scpequinha - Tumblr blog

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           ——— Geez, o que eu perdi? ”  a influencer perguntou, em tom embargado e confuso, se referindo ao alvoroço que estava no ginásio quando passara pela porta. Na verdade, levou só alguns momentos analisando a situação toda para que associasse a confusão e risadas com o casal coroado do baile banhado em fluído vermelho. Se ao menos ela estivesse sóbria o suficiente para reconhecê-lo.  ——— Eu estou no filme da Carrie, a Estranha? Where’s my John Travolta? ”  

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( theodxj‌ )

— “Quero.” Mesmo sabendo que não deveria aceitar beber mais nada pois iria dirigindo para casa aquela noite, Theodore aceitou o copo e deu um longo gole no mesmo, afinal, no pior dos casos poderia ligar para os pais irem buscá-lo, eles não se importariam de buscar o filho se isso fosse um sinal de que ele havia se divertido. A risada saiu antes mesmo que pudesse pensar em segura-la, sabia claramente que Bloom estava alterada no momento para falar coisas do tipo, mas, ele próprio também estava, então infelizmente - ou felizmente - não fazia questão de controlar o que dizia naquela noite. “Ah, ela beija, e muito bem por sinal“ o sorriso debochado no rosto dele era completamente culpa de sua sensatez alterada pelo álcool, mas, ele não poderia negar nem em sobriedade que estava se divertindo frente a situação. “Eu até poderia te mostrar, mas não vai fazer bem para o meu ego você dizer que só deixou isso acontecer porque estava bêbada sabe.” A destra se dirigiu ao queixo da menor, levantando um pouco o rosto dela para que pudesse olhar diretamente nos olhos da mesma. “Mas seria uma pena desperdiçar uma oportunidade dessas não acha?” Ele já não podia dizer se estava apenas brincando com ela ou se suas palavras tinham um fundo de verdade, mas, que  respiração da menina perto da dele era absurdamente provocativa ele não poderia negar.

           Os olhos cor de safira percorriam cada milimetro do rosto masculino, como se aquela fosse a última vez que Bloom pudesse vê-lo, pronta para memorizar cada detalhe na sua cabeça. Mas não, ela fazia aquilo porque tentava-se lembrar de todas as razões do por quê eles ainda não tiveram um jogo de flertes como aquele. Com aquela carinha doce, como não havia jogado um charme antes, como sempre fazia? Tinha um motivo, sabia, mas estava longe de ter motivação para procurá-lo...  ——— Really? ”  arqueou uma sobrancelha, incerta se o garoto uma vez já usara aquele tom debochado consigo.  ——— Sei que faz bem para o meu ego saber dessa sua chateação. ”  não precisava dizer que, se gostasse, iria fazer propaganda do garoto. Um sorriso divertido pintalgou os lábios da menina quando sentiu os dedos masculinos em seu rosto, e por sua vez sabia que estava entregue ao all star naquele ato.  ——— Bragging much? ”  já estava tão próxima que as respirações mescladas começava a dar-lhe agonia, embora fosse uma boa agonia, na qual ansiava pelo momento em que a pouca distância finalmente se quebraria.  ——— Acho que... está falando demais, para variar. ”  respondeu, ácida, mas antes que pudesse ter uma resposta, tomou Theodore pelos lábios sem pestanejar, levando os dígitos da mão direita para o rosto masculino.

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( fxckiern‌ )

“        Naughty. “ Ele disse rouco antes de tossir, não estava se divertindo no baile, estava entediado. E por isso fumar maconha no próprio carro, o qual levou a contragosto até o lugar, lhe parecia muito mais atrativo. Entretanto, ao ver a garota, fumar no porsche já não era o melhor plano naquele momento, apagou com cuidado a ponta e a guardou na cigarreira deixando que a fumaça saísse pela porta do carro escuro antes o trancar e caminhar até a garota.   “        Está entediada ou tem álcool ai? Cuidado, Santa will put you on the naughty list.” Comentou risinho, provavelmente por conta dos efeitos da droga.  “       Mas caso não tenha álcool, eu tenho.”

            Franziu o cenho quando ele havia dito algo incompreensível, mas não se ateve à curiosidade, procurando sentir aquele cheiro incomum que agora se instaurava no ar delicadamente, sem a menor pressa para se fazer presente.  ——— Não sabia que era o seu. ”  arqueou uma sobrancelha, pegando o copo plástico vermelho e depositando-o na traseira do carro afronte como alternativa, para voltar a encostar-se do veículo novamente. Em seguida, após a sua fala, um fantasma de sorriso malicioso apareceu em seus lábios, denunciando a própria diversão com as palavras alheias.  ——— Not only Santa. ”  retrucou, deixando que a mente masculina trabalhasse naquela confissão.  ——— Sim, o ponche foi batizado há horas. Entretanto não é nada muito forte. ”  mas o suficiente para que ela ficasse um pouco trôpega, mas se nem ela admitia isso, por que falaria? Ao soar do convite subentendido, Bloom olhou para o rapaz da cabeça aos pés, instigada, como quem queria adivinhar que tipo de bebida ele estava falando.  ——— O que você tem aí? ”  

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( theodxj‌ )

— Depois de seu terceiro copo de ponche batizado, Theodore decidiu que precisava de um pouco de ar. A roupa social já estava o deixando com calor, e o ambiente cheio de pessoas dançando grudadas o fazia sentir ainda mais sufocado. Caminhava até seu próprio carro, na intenção de largar seu blazer lá dentro e poder se sentir menos calorento quando encontrou a amiga por ali, como se estivesse se escondendo de alguém, e optou por se dirigir até ela para matar um pouco do próprio tempo. “Já está fugindo da festa Bloom? O que seus pais vão dizer se você chegar cedo em casa? Vão me achar um péssimo falso acompanhante, nem ao menos consigo te entreter em uma festa, que vergonha eu serei para eles.” Falou enquanto se recostava ao lado dela no carro. 

            Adorava a presença de Theo, com ou sem seus pais na cola, e era por justa causa que o escolhera para ser o eleito de toda aquela fachada. Além da amizade, tinham mais outras coisa em comum, o que cultivava para enriquecer suas conversas e risadas. Porém, depois de beber um pouco a mais do recomendado, não sabia se o que pensava naquele momento era na amizade ou no quão atraente o Johnson ficava debaixo de um terno.  ——— Não, só tomando um arzinho. ”  fechou os olhos, em busca de sentir a brisa que soprava. As costas já suadas agradeciam.  ——— Quer um golinho? ”  perguntou, referindo-se ao ponche logo após ter bebido, antes de colocá-lo de volta no capô do carro. Ante a menção dos seus pais, a Ryder riu com vontade, e se não estivesse parcialmente alterada por conta do álcool, com certeza não teria dito o que disse naquele momento:  ——— Vem cá, Theo, essa boca só fala dos meus pais ou ela também beija? ”  

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            Do lado de fora do salão, no estacionamento, Bloom estava recostada num dos carros próximos da entrada da escola. Com dedos ágeis, respondia mensagens e, vez ou outra, encontrava-se rindo de alguma resposta. Nem ao menos sabia quando seria o momento da coroação, mas não queria estar perto, pois também era a hora das danças lentas and stuff. Até que recomeçasse a balada lá dentro a influencer podia matar o tempo que quisesse ali fora, com seu copinho de ponche em cima do capô, sendo pego casualmente para dar um gole. Tão logo quando foi tomar um pouquinho, notou outra presença, relativamente próxima do carro em que se escorava.  ——— Ops, acho que fui pega em flagrante. ”

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( heyfxith‌ )

   Como uma prestigiosa amante da dança, a loira observava através da sua máscara veneziana a multidão ao seu redor que dançava ao som da música a qual ela havia aprendido a coreografia há alguns meses atrás. Estava tão enjoada de ouvir aquela música repetidas vezes que optou por não dançar. Os seus olhos parou nx garotx que dançava com certo ânimo, muto mais que o resto da multidão. Levou o canudo do copo de ponche até a boca conforme se aproximava da pessoa a qual lhe chamou certa atenção.  — Tá errado, muito errado…  — Disse levando os olhos dos pés a cabeça da pessoa a qual dirigia a palavra.  — Você tem um corpo bonito e essa roupa caiu muito bem em você, mas você precisa se soltar mais. Faz um carão e mexe mais esses braços.  — Disse com clareza, claro que, não era possível analisar os corpos tão bem com roupas formais, mas pode perceber o minimo de beleza que fosse na pessoa a sua frente e gostava de deixar as pessoas bem em saber que estavam bonitas em um evento tão importante. —  É uma música lenta, então não vamos precisar de tanto ânimo. —  Deixou o copo de ponche em uma mesa próxima.  — Vem, me segue.  — A loira disse conforme maneava o quadril mostrando a sua habilidade de dança como se sua cintura tivesse vida própria através do vestido que contornava seu corpo.  — A próxima dança será de casais, cadê o seu par?

            Se ainda estivesse em seu juízo perfeito, Bloom arriscaria dizer que tomou mais quatro doses de ponche depois que perdeu a contagem --- nunca tivera muito controle sobre o álcool correndo no sangue, então era questão de instantes para que perdesse a linha. Fato era que não se preocupava com mais nada e prestava atenção em mais nada, apenas se encontrava no meio da pista de dança escutando e dançando alguma música eletrônica dos anos 2010 para frente, com a mão erguida no ar enquanto achava que fazia um stories no Instagram. Até que fora interrompida de súbito, e soltara um resmungo mal falado, antes de se virar para a pessoa que a incomodava, deixando que o queixo caísse lentamente.  ——— Sweet jesus... Quem é você? Os anjos desceram na Terra e eu não vi? ”  disse, com certa dificuldade, franzindo o cenho. Estava momentaneamente incapaz de formar qualquer linha de pensamente ante aquela figura imaculada, para dizer no mínimo; estonteante, encantadora. Nem ao menos conseguiu digerir o elogio direcionado a si, ainda não desprendia os olhos da garota. Será que era uma garota?, sabia que existiam muitas representações de anjos, tais como crianças, figuras sem uma face em específico... Mas Bloom podia jurar que estava diante de um. Arqueou uma sobrancelha, deixando que uma vistoriada ambiciosa percorresse todo o corpo feminino, incapaz de não sentir-se atraída pela garota. Até mesmo desceu a mão que segurava o celular, para dar toda sua atenção à ela. ——— Você se viu hoje? ”  era uma pergunta retórica feita com nenhum tom de ironia. Era um belo elogio, mas a Ryder simplesmente não era capaz de retrucar.  ——— Dá pra ver que você sabe muito mais sobre dança do que eu. ”  obedeceu aos comandos da garota, rindo de soslaio e dançando com mais vontade, conforme ela dizia.  ——— Onde você quer ir? ”  foi uma questão tola, mas quem não arrisca não petisca. Não conteve o paralisar ante a dança feminina, sentindo-se motivada à copiá-la, acompanhando seus movimentos. À essa altura, duvidava que aquele fosse um ser humano de carne e osso, passando a acreditar na própria constatação de que era um anjo, de fato. Após a pegunta dela, um raio de esperança cresceu na influencer, que não hesitou em erguer a mão, num convite silencioso para a próxima música.  ——— Seria muita ousadia da minha parte pedir para que dance essa comigo? ”

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     don't you know she's coming home with me?

                        jump back, what's that sound? here she comes, full blast and top down              hot shoe, burnin' down the avenue; model citizen, zero discipline.

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( billiebxown‌ )

William dobrou a cédula de votação, e passou o papel dobrado pela abertura da caixa onde ficariam os votos até a contagem. Não tinha certeza se venceria, mas torcia que sim, pela boa manutenção de sua própria vaidade. Percebeu a aproximação de algumas pessoas, e julgou que um pouco de boca de urna não poderia causar danos. “Já decidiu seu voto para rainha?” indagou em tom inocente. “Porque para rei, estou certo de que sou eu.”

            Bloom tamborilava com as unhas recém-feitas na caixa de madeira, a qual representava a urna da noite, logo após de ter escrito numa caligrafia caprichada qual era o seu voto num pedaço de papel. Os olhos vistoriavam os alunos, o movimento da festa, e secretamente procurava algo para fazer. Estava considerando tomar um ponche antes dele ser batizado, mas quando escutou a voz masculina do outro lado da mesa, a Ryder girou os calcanhares.  ——— Caso esteja se perguntando porque deu falta do meu nome da lista de candidatas, lhe respondo: uma verdadeira rainha sabe ser humilde. ”  arqueou as sobrancelhas, nem um pouco impressionada com a confiança de William Brown. Bloom, por outro lado, não se dava à votações para rainha em bailes, devido o julgamento dos pais sobre o assunto. O que a faria entrar na Yale não seria suas faixas de prom queen, e sim suas notas. Ela, por outro lado, não podia refutar, já que tão pouco caso fazia da coroa em si.  ——— Oh, well, sabe que há controvérsias. Theodore Johnson, por exemplo, deve ficar lindo com uma coroa na cabeça. ”  

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( theodxj‌ )

— Embora talvez não fosse o lugar mais silencioso do mundo devido a tantos treinos das equipes esportivas do colégio, Theodore gostava de descansar nas arquibancadas. Talvez fosse pelo sol que sempre batia ali, ou pela brisa, ou pela simples sensação de vida, não sabia o motivo só sabia que gostava de ficar por ali. Estava lendo um livro que pegara emprestado, completamente distraído, quando um pompom aleatório surgiu do nada e acertou sua testa. “Ouch!” A mão foi direto para a área acertada, que latejava de dor - mesmo que não fosse uma dor absurda. “Bloom?” notou sua agressora quando viu a amiga vindo em sua direção, e esticou o pompom para ela, torcendo para que tivesse quebrado na pancada apenas por birra. “Uau, é assim que você me agradece por tudo que faço por você babe? Me agredindo com um pompom? Estou chocado.” O drama na voz dele até seria convincente, não fosse o fato de ele ter se rendido a risada poucos segundos depois.

            Já ia iniciar as desculpas quando ele brincou primeiro, arrancando uma conseguinte dramatização da parte da Ryder, evidenciada pela forma como ela pousou a mão no peito, cerrando os olhos desafiadoramente na direção de Theo. Aceitou o pompom da mão masculina, recolhendo-o, mas não sem antes pegar, de fato, a destra do Johnson.  ——— Acho que esqueci de colocar no contrato que sou ciumenta. Sorry not sorry, love hurts. ”  cedeu, instantes depois, rindo junto ao moreno.  ——— Joke is on you, princess. Não sou eu quem está reclamando de dor por conta de um pompom. ”  arqueou as sobrancelhas, como se estivesse incrédula. E, em verdade, estava. Não podia acreditar que o pompom tinha material forte o bastante para provocar sequer um arranhão, quem diria dor. De todo o modo, bastou alguns segundos para que analisasse a testa do outro, negando com a cabeça após empurrá-lo de leve, mas com a pressão necessária para que ele tombasse um pouquinho para tombar para trás.  ——— O que faz aqui? Além de assistir nós, cheerleaders lindas e talentosas, claro. ”  deu de ombros, sem se preocupar em estar sendo tão convencida.

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( cxnnorprice‌ )

           ⊱ ˙ 🎮 ៹ . estava para dar um suspiro aliviado quando a garota mudou o comportamento, fazendo com que o moreno arregalasse os olhos em nervosismo. ❛ —— o que?! ❜ perguntou agitado, colocando o livro de lado para se levantar. tentou olhar para o objeto, mas sem sucesso já que bloom o escondera atrás de seu corpo.  ❛ —— m-me desculpa se estragou! eu posso comprar outro…? ou posso me redimir de outra forma! p-pode dizer. ❜ a expressão do garoto era de um cachorrinho arrependido, embora nele ou bloom tivessem culpa do ocorrido. ele só não queria arrumar problemas ou irritar os outros em vista que da ultima vez que irritara uma líder de torcida acabou tendo que se resolver com um jogador de futebol, namorado da garota.  ❛ —— se ele tiver um valor sentimental grande eu posso tentar concertar pra você também. ❜ sequer sabia se era possível concertar um pompom, mas ele realmente tentaria.

            Mordeu o interior da bochecha enquanto pensava no leque de favores que tinha na mão sobre o Price. Ele era tão ingênuo, e não pode deixar de imaginar o que as pessoas faziam com toda aquela proatividade para se livrar de problemas. Porém, regras eram regras, e se alguém ficava na base de uma cadeia alimentar, deveria ter seus motivos. Mas isso não significava que ela, Bloom, só por ser um pouquinho superior, devia ser como o restante.  ——— Não tem como se redimir, é como colocar band-aid num vidro rachado... ”  torceu as feições num muxoxo, dramatizando como o possível deixava. Até que uma ideia iluminou seu semblante, verbalizando-a logo depois.  ——— Quer dizer, tem uma coisa, mas tenho que pensar muito antes de propor para você, destruidor de pompoms. ”  não evitou uma expressão brava para o geek, passando a andar lado a lado, como se estivesse ponderando o que fazer em seguida.  ——— Estou a ponto de repetir em química... Se me ajudar a passar, posso considerar esquecer o que houve aqui. ”  fez seu preço, arqueando uma sobrancelha. Com todo o desespero de Connor, ela não imaginava que ele fosse ter second thoughts, como o de ‘por favor, garota, você é só uma influencer, vai fazer o quê? me atingir com seu celular?’. Mas no fundo torcia para que ele aceitasse, pois a recuperação na matéria era real.

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( billiebxown‌ )

William erguei os ombros num gesto que demonstrava sua inocência. Talvez tomassem, mesmo, considerando que qualquer tipo de carícia mais evidente era vetado aos alunos nas dependências da escola. Os dedos femininos, no entanto, ao contrário das palavras negativas, pareciam se mostrar dispostos a outro tipo de provocação conforme tomavam a liberdade de tocar seus lábio. William sorriu, tomando a mão da garota, apenas para removê-la dali. Era verdade que estava no seu limite com aquela situação. Muito embora gostasse de Bloom, a sensação de estar sendo feito de besta não era algo agradável, principalmente para alguém com o ego do tamanho do que ele mesmo carregava. A afirmação de que a única razão para não beijá-la era sua má vontade, portanto, só serviu como a gota d’água que faltava. “Right.” disse conforme erguia-se do assento com o corpo da garota nos braços, apenas para ficar de pé e colocá-la sentada sobre o lugar onde ele mesmo estivera sentado até então. “Vamo marcar isso aí, então.” disse de maneira vaga, muito duvidoso de que de fato fossem. Afinal, era sempre assim. Bloom gostava de provocar, para testar até onde o nadador iria. “Acho que eu preciso ir, agora. A Serena tá me esperando.”

            Os Ryders eram indivíduos tranquilos e comedidos, até que houvesse alguém para contrariá-los. Em meio à tantos defeitos que podia herdar, Bloom logo recebeu o gênio controlador de sua mãe. E então, quando William retirou a mão feminina do próprio rosto, recobrando o juízo de que aquelas brincadeiras eram uma rua sem saída, a influencer desviou o olhar, soltando um riso nasalado sem humor. Não bancaria, também, uma garota sorridente quando ninguém mais estava rindo. No entanto, teve de levar os cantos dos lábios para baixo quando ele a carregou por meros segundos para sentá-la devidamente no banco. Afinal, ainda era uma garota tradicionalista no quesito romance, e cavalheirismo era totalmente incluído naquilo.  ——— Uh, que braços fortes. ”  gracejou, piscando os olhos como se para recuperar a normalidade da situação.  ——— Tinha me esquecido deles... Shame on you, huh? ”  provocou novamente, e se levasse uma represália por tal, não iria se zangar. Como sua avó diria: quem procura, acha. O tom displicente em nada passava despercebido pela garota, que buscou ajeitar-se melhor no assento, roçando o pé de propósito numa das pernas do garoto, só para cruzá-la sobre a outra.  ——— Esse é o seu defeito, Billie Brown, é tão previsível que posso até bocejar durante um encontro com você. ”  não era tanta verdade assim, mas Bloom não negaria que gostava de ser surpreendida. Ainda mais por uma pessoa tão especial que o prep era.  ——— Experimente estar no estacionamento amanhã, quando fecharem as portas. ”  sua seriedade era brutal, e apenas se ampliou quando resolveu levantar-se, frente a frente ao corpo masculino.  ——— Vá de branco, fica lindo. ”  recitou, em tom baixinho, para tão somente beijá-lo novamente, sem dar tempo de qualquer resposta, as mãos segurando seu rosto. Porém, havia sido mais rápido --- e dessa vez não prestava atenção numa possível plateia. Coletou seu pompom novamente e saltou para fora das arquibancadas, em direção ao squad das cheerleaders.

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( alexlgreen‌ )

Alex não tinha exatamente orgulho de vender drogas, porém não sentia remorso algum em fazê-lo. Afinal, além de ganhar dinheiro para fugir daquela cidade, ela era muito boa no que fazia. Como parte de um trato com um dos clientes, a loira tinha que deixar uma mochila debaixo das arquibancadas do ginásio. Infelizmente, aquele era o horário de treino das líderes de torcida e a Green teve que fazer esforço para não expressar a sua infelicidade. Quando voltava de trás do local e pensava que sua tarefa de não se fazer notar havia sido um sucesso, sentiu um objeto atingindo a lateral da sua cabeça. “Ouch! What the hell!” exclamou, virando-se para ver quem havia atirado aquilo. Ao identificar a prima, a loira riu. “Não acredito que é assim que você me retribuiu por ser a melhor prima do mundo. Difícil acreditar que foi sem querer!” brincou, com sua recorrente dose de drama diária. “Você é super coordenada, hein? Como te deixaram participar do time?” zombou em um tom bem humorado. 

            Quando seu alvo virou-se para trás, revelando sua identidade, a face de Bloom iluminou-se automaticamente num sorriso largo com direito a olhos apertados. Em meio às regras ditadas em casa, era revigorante ter uma ovelha negra na família, principalmente do lado paterno, o mais rigoroso. Quando saía de casa à caminho do colégio, sempre escutava um 'não seja como a sua prima Alex!' ao bater a porta de entrada. Ante a reclamação alheia, a morena avançou na direção da prima, analisando seu rosto com total drama --- um traço compartilhado pela família, aparentemente.  ——— Espera, espera! Ah, achei que tinha arrancado pedaço. ”  debochou, pegando o pompom que tinha caído no chão.  ——— Como assim? Além do óbvio? ”  levou a mão para o rosto, indicando o próprio egocentrismo numa gesticulação breve. Ryder não era vaidosa, pelo menos não daquele jeito, mas não perdia perder a oportunidade de brincar com aquilo com as pessoas que detestavam aquele comportamento fútil.  ——— E você, o que faz aqui? Decidiu virar líder e não me contou? Bom, vai ter que se livrar dessa segunda pele que você chama de jaqueta. ”  arqueou as sobrancelhas, cutucando suavemente com ambos os indicadores a jaqueta de couro da garota.  ——— E diminuir suas peças de roupas em 70%. ”  

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( cxnnorprice‌ )

           ⊱ ˙ 🎮 ៹ . as arquibancadas não eram bem um local próprio para estudo e connor bem sabia disso, porém não era como se o garoto desejasse ficar horas trancado na biblioteca escola, principalmente em um dia bonito como aquele. por isso se sentou em um dos bancos, ignorando os gritos de treino das líderes de torcida para se concentrar no livro que lia. foi quando sentiu algo acertar seu rosto, caindo então sobre seu livro. o garoto piscou algumas vezes ainda assustado, olhando para o pompom completamente perdido no que havia acabado de acontecer até que a garota se aproximou.  ❛ —— ah… tudo bem. ❜ por fim sorriu gentilmente, pegando o pompom e estendendo para a garota.  ❛ —— espero que não tenha estragado também. ❜  falou de maneira genuína, tentando ver se o objeto estava intacto, mesmo que fosse difícil saber. 

            Ao escutar as palavras de Connor, Bloom examinou minuciosamente o pompom apenas para fazer o suspense, franzindo por vezes o cenho marcantemente, analisando cada aspecto do pompom antes de dar o veredito:  ——— Sorte sua, nerd, ele está... Ah, não! ”  arregalou os olhos de súbito, colocando o acessório atrás do corpo enquanto afobava-se teatralmente ao calcular as palavras que ia dizer. De repente estava mais agitada que o normal (um feitio raro), e com feições que mudavam constantemente.  ——— O que você faria se ele estivesse estragado? ”  

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( babysharkbr‌ )

Como todo final de dia Anna tinha que fazer hora até o horário de uma de suas aulas bater e incrivelmente seus colegas resolveram ficar na quadra enquanto as cheerleaders estavam treinando. Só que em uma das viajadas na maionese da menina um pompom acertou a sua cabeça tirando um gritinho estranho dela, o que fez todo mundo cair no riso -Er… Relaxa. Não machucou mesmo não- falou toda envergonhada pegando o objeto do chão para a entregar -Não é todo dia que um desses voa e acerta alguém sabe? Foi tão ruim assim?

            Até mesmo a Ryder estranhou o grito feminino, mas ignorou. As outras garotas, porém, não perdoavam. Nem ao menos olhou uma segunda vez para trás porque, apesar de ainda ser uma líder de torcida, não era do time que curtia humilhações baratas.  ——— Calma, Michaels, é um pompom, não uma barata. ”  ofereceu um sorriso canteiro, aceitando o objeto de bom grado das mãos alheias.  ——— Não... só foi esquisito. Mas não esquenta, algumas delas tem chulé de carniça e eu não falo nada. Enfim, desliza pra lá. ”  a confidenciou, com uma mão ao lado da face, falando num tom baixo. Não era seu estilo fazer a revolucionária e defensora dos mais fracos, mas como não estava com saco para o treino e a treinadora estava desleixada naquele dia, ela se permitiu sentar-se ao lado da broadway kid, levando os cotovelos para os assentos superiores, descansando.  ——— O que está fazendo? ”  

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( vcderfanclub‌ )

Havia uma máxima que dizia que o refeitório era frequentado apenas pelas pessoas populares, e Laurentia não queria evidenciar a sua falta de todos os dias, de modo que, por vezes, optava em comer sentada nas arquibancadas, enquanto observava o treino da torcida, suspirando diante do fato de não poder participar — era uma regra básica dentro da casa dos Grey, visto que saltitar com pompons vestindo pouca roupa não condizia com seu estilo de vida. Mas se Lia não vai até o pompom… “Whatfu—?” — foi pega de surpresa quando acertada na cabeça, erguendo os olhos para ver de onde tinha vindo o projétil. “Tem sorte de a minha cabeça ser bastante dura” — não era exatamente uma brincadeira. “E há controvérsias. Eu poderia dizer que o conceito fere minha autoestima, mas já estou acostumada”

            ——— Literalmente ou figurativamente? ”  tombou a cabeça para um dos lados, fingindo lentidão no raciocínio só para testar se arrancava ao menos um risinho de Lia. A zona geek não era uma bem conhecida por Bloom, preps fazendo mais parte de seu círculo social, então teve que analisar o rosto feminino durante alguns instantes para se lembrar de quem se tratava. Sua sorte era que a memória fotográfica a ajudava em situações de identificação. Duvidava que já tivesse escutado a voz da garota senão fora da sala de aula, respondendo alguma pergunta ou qualquer coisa do tipo.  ——— Touché. Mas foi acidental, então não pode me culpar. Veja, não é como se eu não estivesse a deixando por último do meu time nas aulas de educação física. ”  sugeriu, esperando que fizesse tanto sentido quanto fez na sua cabeça.  ——— O que está fazendo? ”  só depois lembrou de pegar o pompom na arquibancada, e uma fértil imaginação não deixou de ocorrê-la.  ——— Não diga que está matando aula. ”  

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( heyfxith‌ )

      Após o treino das cheerleaders, seria a vez da equipe de vôlei feminino. Estava sentada na arquibancada tentando guardar toda a sua energia possível, pois não seria um treino fácil. Observava os passos e as roupas incríveis que as líderes de torcida usavam, eram realmente agradável de assistir. Para sua surpresa, de longe viu um dos pompom vermelho voar em sua direção, mas permaneceu imóvel. Fechou os olhos com força, como se fosse doer, mas apenas sentiu o seu toque em seu rosto que durou milésimos de segundos. Abriu os olhos lentamente. — Foi? — Sorriu tornando-a cena engraçada quando deu por conta, ouviu os pedidos de desculpas por uma das saltitantes líderes de torcida. — Imagina. Eu não me incomodei nem um pouco por ter sido atingida por essas coisas fofas e… macias. — Retrucou jogando o pompom de volta para que ela pegasse.

            Capturou o pompom, cruzando as pernas enquanto fazia uma reverência de agradecimento exagerada.  ——— Grazie. ”  arqueou as sobrancelhas, deferindo uma piscadela na direção da loira.  ——— Vocês são as próximas? ”  perguntou, se referindo ao time de vôlei. Quase entrara na equipe, mas sua mãe jamais aceitaria um esporte em que nada valorizasse a feminilidade das Ryders --- além do mais, Claire Ryder havia sido a capitã das cheerleaders do ano de 1996, e esperava que a filha honrasse o legado da família. Bom, a progenitora ficara na esperança mesmo.  ——— Antes uma dessa na cabeça do que a bola de vôlei. Ainda lembro quando ela parou na minha testa, geez. ”  fez uma careta com a lembrança, levando-se para sentar nos bancos ao lado de Faith, só que mais preguiçosamente que a loira.  ——— Vou te fazer companhia. A treinadora Fitz não está com o humor lá nos céus hoje... Enfim, o que tem feito? ”