Tumgik
shikaletters · 8 months
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- É. Não era pra ser.
- Não era pra ser... Não gosto dessa frase. Tudo pode acontecer se alguém quiser. Mas tem que querer... Tem que querer como louco. E é assim que eu quero ser amada, quero que me amem loucamente! Quero que gritem meu nome, que queimem de amor por mim!
- Gosto quando fala essas coisas, parece, sei lá, um filme... Eu não sei, só você é assim.
- O amor não é complicado, não. As pessoas é que complicam. Não era pra ser? Ah, que bobagem. Isso é pra quem não sabe amar, uma auto-consolação.
- Mas você nunca namorou, garota!
- Nunca fui amada nessa vida... Nunca senti tamanho amor. Se alguém me amou e não contou, não fui amada. E se for pra sentir amor, que seja ardente. Você me entende? Eu preciso de amor, preciso ser amada!
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shikaletters · 9 months
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Retrata a busca pela dor física quando a alma se encontra estilhaçada. A dor psicológica é tão árdua que, em súplica, surge o desejo de sentir dor fisicamente. Existe uma cena na ova de kaze to ki no uta onde, após ter seu coração partido, Gilbert clama por sentir dor física. Eu o entendo como almas alinhadas.
Me abrace forte o suficiente para que meus ossos quebrem
Me toque rudemente
E me mate
Isso, me mate se quiser
Me faça sentir algo maior
Mesmo que eu não saiba seu nome
Me despedace aqui e agora, ou será tarde
Suje suas mãos com meu sangue
O meu corpo não poderia se partir como o meu coração
Então gentilmente
Arranque minha pele, me morda, me sufoque, me abrace, me faça dormir uma noite inteira
O meu sangue não poderia escorrer como minhas lágrimas.
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shikaletters · 9 months
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Gilbert, às vezes te sinto na pele. Sinto-me rasgar. Sinto que nada mereço e quero gritar frustrado unicamente comigo, que tolo, ainda me permito sentir a incerteza daquilo que foge do meu controle e vontade. Queria eu ser escritor motivacional, com minha visão otimista que se apaga a cada vez que dominado pelo meu desabrochar artístico. Enfim conheci o amor, Gilbert, e dói menos que a paixão. Muito, muito menos.
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shikaletters · 9 months
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Não demorou muito para eu descobrir. Gilbert, você foi a farsa que eu cobicei. Agonizei tua amargura velada para aprazer do intocável. Caminhei por teu bosque de Acácias Espinhosas soprando o farfalhar das árvores, cativo de teu toque quebrável. Você é aspirante à tragédias, eu respirante a mudá-lo com lágrimas e suor de meu corpo.
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Gilbert Cocteau. Scanned from Takemiya Keiko no Sekai (竹宮 惠子の世界)- Illustrated World of Keiko Takemiya, 1978.
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shikaletters · 9 months
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É por isso que "Nothing in the world belongs to me, but my love mine, all mine, all mine" soa diferente para mim. Ter e pertencer, coisas que jamais pude experimentar. Um dia terei algo que me pertença tanto quanto pertenço ao abismo melancólico que me cerca desde o primeiro abrir dos meus olhos? Se um dia algo me pertencer, se alguém me pertencer, eu amarei ardentemente. Tão devoto e profundo meu amor será, para enfim cantar que nada nesse mundo me pertence, apenas a única coisa a me esperar.
Pertencer.
Nada me pertence nesse mundo de coisas enlaçadas em afeto. Não pertenço a lugar algum nessa terra de tumulto e proza. Uma carícia sequer me alarma, causa-me estranheza. Mereço ser amado? Logo eu, mereço um abraço? Tão apertado quanto o nó em minha garganta. Se me perguntar não tenho parentes distantes, minha infância foi fuligem. Eu o próprio fardo fadado ao pouco afeto, pouco carinho ou nenhum amparo... enfim, ao pouco. Choro sozinho e enxugo meu próprio rosto úmido, relembro meus sonhos em silêncio e me dou ouvidos, perfuro minha pele e me beijo como se me importasse. Um pouco do seu carinho, um pouco do seu amor... ah, estou cansado de tanta dor. Cansado. Várias peças me faltam, tão quebrado me sinto. Tantas vezes tentei me encaixar, tantas vezes me enganar, tantas vezes lembrei que esse não é o meu lugar. E que atrapalho, não pertenço, só me engasgo e penso: eu mereço amor? Eu mereço apreço? Mereço eu, o peso?
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shikaletters · 9 months
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Pertencer.
Nada me pertence nesse mundo de coisas enlaçadas em afeto. Não pertenço a lugar algum nessa terra de tumulto e proza. Uma carícia sequer me alarma, causa-me estranheza. Mereço ser amado? Logo eu, mereço um abraço? Tão apertado quanto o nó em minha garganta. Se me perguntar não tenho parentes distantes, minha infância foi fuligem. Eu o próprio fardo fadado ao pouco afeto, pouco carinho ou nenhum amparo... enfim, ao pouco. Choro sozinho e enxugo meu próprio rosto úmido, relembro meus sonhos em silêncio e me dou ouvidos, perfuro minha pele e me beijo como se me importasse. Um pouco do seu carinho, um pouco do seu amor... ah, estou cansado de tanta dor. Cansado. Várias peças me faltam, tão quebrado me sinto. Tantas vezes tentei me encaixar, tantas vezes me enganar, tantas vezes lembrei que esse não é o meu lugar. E que atrapalho, não pertenço, só me engasgo e penso: eu mereço amor? Eu mereço apreço? Mereço eu, o peso?
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shikaletters · 10 months
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“Olhando por trás do jardim, você vê: as flores dançam, as fadas cantam, os espíritos da floresta ecoam na mente, e os trolls? Mentem. Porém, de repende, um cheiro delicioso de pão quente você sente. Guiado pela curiosidade e, com certeza, a fome, você descobre que o suposto padeiro, na verdade, é um coelho, mas ele some!”
ㅤ— Trecho do meu livro infantil 'Bread The Rabbit'.
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shikaletters · 10 months
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Entre as risadas que compartilhávamos, ele me olhou nos olhos e eu retribuí o olhar, esvaziando meu sorriso que se calou junto ao dele. Ele virou-se de costas e caminhou até a margem do Rio, em silêncio, com a cabeça baixa. Permaneceu com a vista abaixada quando me aproximei. Eu encarava meu reflexo embaçado na água, tentando disfarçar minha inquietude, mas, naquele momento, o ar estava sufocante demais para conter minha expressão desesperançosa. No fundo, eu já estava conformado, e tudo o que me restava eram dúvidas que insistentemente pediam por suas respostas. Ficamos em completo silêncio por alguns minutos; minutos que mais pareciam horas e, se ficássemos calados por horas, para mim seria uma eternidade.
— O nosso encontro não está escrito no destino. Você não é o meu destino e eu não sou teu destino, raposa. Não estamos destinados, de fato, mas os momentos que compartilhamos juntos estará gravado em meu coração pela eternidade do meu afeto por ti.
— Você está dizendo que nós não somos destino? Como o destino poderia cometer erros? Tudo ao nosso redor é destino. Assim como as estações, lobo, o nosso destino é passageiro e deixará marcas, memórias, recomeço... Eu te deixo ir. Siga sua caminhada e esqueça-me. Esqueça-nos.
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shikaletters · 10 months
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I will still write about you until I get tired, until there are no papers left, until the pencil in my hand is so small that it would be impossible to continue writing. I will continue to cultivate good feelings about us, about you, because you will always be somewhere in my eyes. Even though you left me.
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shikaletters · 10 months
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I think I gave my heart to the right person this time. We can't be together, I know, that's what happens to kindred spirits. I'm fine with that if you ask me, but at the end of the day, I just want to be in your arms. We don't see each other so often anymore, so why do my feelings for you grow?
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shikaletters · 10 months
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Você é o foco da sua própria vida, sua existência vaga solitária. És alma livre e tens que entender: seja por você, como indivíduo, e não consuma da ilusão do tempo duradouro. Respeite a si mesmo, respeite o seu próprio tempo e o tempo externo. Respeite o que não é seu, seja sábio para lidar com outras histórias e não rasgue tuas páginas para fazer parte de outras narrativas.
Se passássemos a vida apaixonados, morreríamos de exaustão. O amor pelo o outro cabe a nós sentir sem que nos preocupemos com o infeliz fim da reciprocidade. A dependência é uma ilusão.
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shikaletters · 10 months
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Quem disse que não existe magia? Penso que a enxergo em todos os cantos, até mesmo nas paredes onde o mofo toma conta. A música é magia, por que você não a vê? Existirá magia mais pura que ser transportado para outro cenário junto às notas daquela canção? Você precisa ver como eu vejo. Existirá encanto mais irreal que dar vida a rostos que sequer existem e que lhes foram concedidos um pouco de existência? Você precisa pintar, escrever, ouvir os sons que clamam por sua chegada.
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shikaletters · 10 months
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Às vezes é preciso reconhecer a nossa força, somos os únicos assistindo cada passo da nossa caminhada. Nós vivemos isso. Sabemos o quanto doeu, o quanto foi bom, como a água escorreu pelo nosso corpo, como a luz sol penetrou na nossa pele, como o chão estava gelado. Nós sentimos. Também sabemos quantas vezes estivemos à beira da desistência. Em alguns momentos, nos deparamos com a beleza da vida, e em outros, com várias perguntas sem respostas. Por mais que tentemos encontrá-las, não existem, talvez. Talvez não seja necessário respostas, mas sentimos necessidade delas. Para cada uma das minhas perguntas, eu não sei bem, mas eu tento. Eu tento e às vezes não consigo. Às vezes não chego nem perto de conseguir. Às vezes eu nem quero. Às vezes eu nem me pergunto, na verdade. Por que eu me pergunto? Por que eu quero respostas? Eu não sei. Acho que estou fazendo mais perguntas de novo. Eu só quero saber quando a vida começa, quando termina e porquê. Muitas vezes eu tive que lidar com a realidade cedo demais, eu diria. A realidade é o que é viver? Mas eu não quero isso. Eu estou dopado de fantasias. E me perco. Me perco até demais nelas. É a minha válvula de escape porque às vezes viver é cruel demais. Respirar é cruel demais. E me iludir, as vezes, é a única coisa que me resta. Me apagar completamente da realidade é a única coisa que me resta. Mas por quanto tempo? Por quanto tempo? Eu sinto como se houvessem dois mundos para mim: um mundo real e um mundo o qual eu deveria pertencer e às vezes ele está presente em mim. São os momentos em que eu não sei o que significa viver. Os momentos em que eu me perco totalmente e me reconecto com algo que está fora do meu alcance. Algo que não tem uma resposta, e não precisa de uma resposta. Na verdade, que bom que não tem resposta para isso. Talvez lá, eu viva. Talvez seja mais uma ilusão da minha cabeça, mais um conto de fadas criado por mim para suportar o quão exaustivo está sendo crescer. Novamente, em alguns momentos, é tão bom acordar. É tão bom abrir os olhos e sentir o chão gelado, sentir a água do chuveiro, sentir o sol, ouvir vozes, olhar-se no espelho e conseguir se reconhecer, saber quem você é e nada mais. Tão bom poder viver. Estar vivo. É tão bom... tão bom. Mas aí... quando eu menos espero, ou quando menos desejo, de repente, nada mais faz sentido. Nada faz sentido, tudo é tão miserável, tão apático, tão insuportável, tão dolorido, tão... eu. Por que eu? Por que comigo? Às vezes eu não quero ser eu. Às vezes eu quero ser nada ou outro alguém. Eu penso bastante nisso. Mas se eu pudesse escolher quem ser, sem pensar muito eu seria... eu seria eu. É, eu seria eu. Quantas vezes fosse possível. Se eu fosse eu, eu não faria tantas perguntas, não tentaria buscar incansavelmente por todas as respostas. Eu tentaria pensar menos em tudo, eu tentaria sentir menos, tentaria ligar menos pra tudo, tentaria me poupar de muito. Mas se eu não posso, e se sou o que não posso, eu sou tudo o que posso, sou tudo o que consigo. E eu sinto muito, eu falo muito, eu penso muito, eu me pergunto muito, eu sou muito. Às vezes é bom ser eu. Às vezes é bom levantar e saber que eu sou eu, continuo sendo eu. Porque se eu não sentisse tanto, não pensasse tanto, não fizesse tantas perguntas, o que seria de mim? O que eu seria? Eu não sei. Às vezes é bom viver, às vezes nem tanto, mas continuar tentando... Isso sou eu. Continuar tentando, mesmo que as vezes eu queira parar e desistir, mas continuar tentando. Isso sou eu.
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shikaletters · 10 months
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Dança às batidas do meu coração.
Dança comigo
Frente ao mar em pleno anoitecer com os pés descalços
Dança comigo
Dança com a baixa maré, de ré
Rema até mim
Vem dançar comigo, morena
Se não sabes, te ensino
Te alucino, te puxo repentino para uma valsa ao luar sereno, manso
Vou a tua varanda, canto uma serenata, te chamo para amar
Te levo ao mar outra vez, outras vezes mais
Dança comigo
Ao som das folhas, das ondas ou até mesmo sem som algum
Dança, me balança
Mesmos passos, mesmo ritmo, o mesmo vento brando à beira-mar
Me diga, amor, como te amar?
Eu mergulho, me molho na chuva, rodopio versos, meu canto espanta o perverso, inverso, controverso e então desconverso, te peço:
Dança comigo?
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shikaletters · 10 months
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shikaletters · 10 months
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Pensar é um vício, escrever é o que sou, amar é o que sei e doar-me é minha condenação. Sou do tipo que sufoca, que grita teu nome, que mergulha independente, que dança na chuva sozinho. Na mente há canções, no sangue poesia, na alma solitude, na casca inverdades.
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shikaletters · 10 months
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Sobre Die For You: ao contrário, eu viveria. Visto que relacionamentos se modernizam junto da sociedade, e atualmente o amor é baseado em dependência emocional, toxicidade, facilidade em desistir de pessoas e muita influência, declarar que morreria ou viveria por alguém que ama, passa uma mensagem contraditória. Morrer por alguém, por outro lado da minha visão pessoal, apenas por aqueles que um dia te protegeram com a própria vida. Viver por alguém, quando essas são minhas palavras, não significa de forma alguma basear sua escolha de permanecer respirando por uma pessoa, tampouco deixar o fogo da sua vida se apagar para que o do outro tenha a chama mais vibrante. As pessoas que nós amamos e nos amam não são o que tornam nossa vida em vida? Então, quando a própria vida for para mim uma dúvida, eu viverei por amor.
Sobre Cure For Me: não preciso que alguém me cure de coisa alguma. É a minha vivência, minhas cicatrizes! Somos os únicos com a capacidade de nos curar, isso é engraçado... A cura, quando a alcançamos? Ela existe, afinal? Ou nos curamos pouco a pouco ao longo da caminhada? E as cicatrizes que virão por cima das que tentamos curar? Existir é intrigante quando penso demais sobre isso. Eu sou forte para me curar sozinho, mas ser forte não significa manter-se de pé o tempo inteiro, ou não necessitar de ajuda. Aliás, os humanos necessitam de outros humanos, isso é indiscutível.
Também sobre Washing Machine Heart: não importa o quanto eu te conte sobre mim, ou o quanto eu te mostre, porque ao me machucar, você não me conhece. Ao tomar essa decisão, você nunca sequer chegou perto de me conhecer. Logo, sou apenas quem você acha que eu sou.
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