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#»»  ⸻  𝚊𝚛𝚚𝚞𝚒𝚟𝚊𝚍𝚘 𝚎𝚖... [  pov  ]
danilcc · 5 months
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𝐈 𝐓𝐎𝐋𝐃 𝐘𝐎𝐔, 𝐈'𝐌 𝐅𝐈𝐍𝐄 𝐓𝐎𝐍𝐈𝐆𝐇𝐓 𝑠𝑡𝑎𝑦𝑖𝑛𝑔 𝑔𝑜𝑜𝑑
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personagens mencionados: @zihcn, @yangnaseon e @seudevaneio
Era como se estivesse no céu e caísse diretamente no inferno quando tudo aconteceu, Daniel estava igual uma panela de pressão, acumulando coisas e sentimentos no seu peito de uma forma que não saberia como verbalizar, principalmente porque tudo foi rápido demais para surtar e precisava ser forte para a sua família, no caso, a sua nova e verdadeira família. Jihan, Naseon, os meninos e Hyeri eram mais importantes no momento, então depois de todo o caos e finalmente chegar a notícia de que poderiam pegar algumas coisas para então seguir para um lugar seguro, Daniel não hesitou em tirar aquela caixa escondida debaixo do sofá que ficava no estúdio, no caso, a sua cama já que o quarto ficou com a irmã. Daniel não se importou em tirar de lá o papel com a senha e o endereço do apartamento, nem o controle que ele nem sabia se ainda funcionava, porque a sua mãe tinha planos de lhe dar um carro no futuro quando conseguisse tirar a carteira. Aquela caixa vinha com muitas lembranças que queria esquecer, que queria enterrado em algum jardim e apagado do que foi um dia, mas naquele momento, o mais importante era a segurança e o conforto da sua família, por isso que a colocou em uma sacola de papel.
Daniel demorou alguns segundos para sair do carro quando Naseon parou em frente ao portão da garagem, o controle não tinha funcionado e ele entendeu naquele momento que precisaria dar sinal de vida, não podia apenas entrar e sair sem deixar rastros. “Eu já volto” Chegou a ouvir Jihan dizer que não se importava de ir ap hotel, mas Daniel estava determinado. “Não vou demorar, amor!” Chegou na portaria, deu o seu nome e o número do apartamento, o porteiro pareceu surpreso de finalmente dar o recado e aqueles controles para o verdadeiro dono do apartamento, por todo o tempo apenas recebia funcionários que tinham uma missão, que depois de estacionar e seguir pelo elevador até o último andar daquele prédio pequeno, que do lado de fora parecia um lugar simples, já que estavam em um bairro de classe média, onde tinha um custo de vida mediano, pessoas que trabalhavam o dia inteiro para conseguir pagar o aluguel daquele lugar, uma vista incrível, parquinho cheio de crianças, vizinhos que se conheciam. Era totalmente contrário a visão que teve quando abriu a porta com a senha anotada naquele pedaço de papel.
Definitivamente não teria uma vida simples em um apartamento luxuoso, dois quartos grandes e um pequeno, mas ainda sim, todos com televisão, móveis de primeira, camas grandes, sofá grande, tudo muito grande, era o maior apartamento daquele prédio pelo o que tinha entendido. Daniel não teve muito tempo de reagir ao espaço, nem ao fato de tá tudo limpo, organizado, pronto para receber alguém e esse alguém finalmente colocar os pés descalços naquele chão impecável, no caso, essa era a missão dos funcionários que iam todos os dias para um espaço vazio, manter tudo pronto para sabe-se lá quem iria ocupar aquele canto. Retirou todos os bilhetes que tinham espalhado ali, eram indicações misturado a diversas demonstrações de carinho, confissão de saudades, entre outros que Daniel simplesmente ignorou, jogou o bolo de post-its dentro da sacola de papel com aquela caixa que queria tanto enterrar em qualquer canto.
“Vamos dividir os quartos… o menor vai ficar com o Hangyu, a cama é grande mas acho que ele vai se acostumar...” Disse indicando o quarto no pequeno corredor, na porta do meio. “Nós três ficamos com o quarto maior, no fim do corredor, porque a cama é maior e tem mais espaço pra colocar um cantinho improvisado pro Bonhwa, amanhã eu saio pra comprar alguma coisa pra ele poder dormir, só pra ele não ficar na cama com a gente” Falou com calma, pois dentro da tal caixa tinha o cartão da sua conta, e definitivamente Daniel usaria aquele maldito dinheiro porque era muito mais importante o conforto de quem ele amava. “Hoje eu durmo no sofá pra ficar mais confortável pra vocês, aí o Bonbon pode ficar com vocês” Falou com calma, mostrando a primeira porta onde estaria o quarto que escolheu para a irmã. “Você fica aqui, tá Hyeri. Eu conferi, tem um guarda roupas e tá vazio, então fique a vontade”
Depois de falar tudo, Daniel então pegou as malas e levou para o quarto onde dividiria com os namorados, sendo o momento que escolheu para analisar aquele guarda roupas lotado de roupas, havia de tudo, roupas que usava quando tinha catorze anos e várias outras que provavelmente vivia no imaginário de sua mãe de como ela gostaria que ele se vestisse, e nenhuma delas caberia nele, provavelmente caberia em seus namorados. “Tem roupa nova se quiser” Comentou com um certo humor para si mesmo, fechou as portas, suspirou e se sentou na cama. Não precisaria olhar os armários, ele sabia o que encontraria ali, assim como não precisaria olhar os banheiros e nem nada. Tinha tudo ali, toalha, o shampoo que usava quanto tinha dez anos, cheirinho de morango em tudo e só então percebeu o mural de fotos, não tinha nada além dele, uma criança feliz em um lugar iluminado, aquela praia bonita e o garotinho de dez anos com um sorriso enorme nos lábios.
Naquele momento ele se deu conta de onde estava, e o som do telefone na sala despertou ele dessa breve viagem no tempo, rapidamente correu até o cômodo. “Não atende esse telefone” Ordenou firmemente, puxando o fio e desconectando aquele aparelho, desligando da tomada também, tirou o aparelho dali e guardou na gaveta do hack e então voltou a agir como se nada tivesse acontecido. “Vamos se ajeitar então, acho que o Hangyu quer deitar um pouco… tá tudo bem dele faltar aula né” Sorriu e pegou o pequeno no colo, junto com a mochila e a mala que foi preparada com as suas roupas, seguindo até o quarto, definitivamente, Daniel precisaria lutar contra muitos demônios nos dias que ficaria ali, então não teria muito o que fazer além de seguir em frente, foi o que fez quando decidiu cuidar do sono de seu enteado e ignorar os olhares que recebeu durante todo o processo de incluir as pessoas que mais amava no momento, naquele seu passado sujo e estraçalhado.
imagens de como é o apartamento.
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danilcc · 1 year
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i knew a 𝐛𝐨𝐲 and a 𝐛𝐨𝐲, best friends with each other    { POV
esse é especial pro @nxkyvm​
Daniel relutou de todas as formas a tomar a decisão de se reaproximar de sua irmã, ainda temia pelos resultados que isso poderia trazer, fugindo de seu pai constantemente e de qualquer possibilidade de qualquer outro membro da família de encontrá-lo, naturalmente, Jidam estava na lista. A todo momento o brasileiro inventava desculpas para procura-la, que ela poderia lhe ajudar a reformar o apartamento, que ela poderia fazer o curativo em seu amigo, que ela poderia lhe dar um presente de aniversário caro. E bem, a última desculpa foi a que usou para finalmente colocar os pés em uma das clínicas que ela era diretora. Quando se nasce herdeiro, se torna grande coisa com pouca idade, era um fato que ele aprendeu com a própria vida, antes de sumir da vista de todos, Daniel era apresentado como o futuro, chegou a ser mostrado como um futuro arruinado para finalmente o futuro desaparecer, se tornando apenas o que ele escolheu pra sua vida.
Jidam agora era quem carregava esse peso todo, enquanto esperava na recepção, ouvia da própria recepcionista que ela era dona de uma linha grande de clínicas e hospitais, que era um investimento novo da família e que ela era a cabeça de tudo, ‘Isso sem nem ter se formado ainda’. Que era o grande absurdo de tudo, não é? Como se ser rico e herdeiro fosse o suficiente para colocar tudo isso nas mãos de alguém com vinte e cinco anos, nenhuma experiência e nenhum conhecimento técnico sobre investimentos. Era legal ser invisível, ninguém perguntava nada sobre você ou colocava você nesse ponto de grandiosidade, Daniel se apresentou como Daniel e saiu de lá como Daniel, subiu todos os andares que precisava subir, se apresentou a secretária e passou pela porta do escritório ainda como, apenas, Daniel, e só quando a porta se fechou que ele se tornou... — Irmãozinho, finalmente. — Com uma voz estridente e animada, ok, Daniel jamais negaria que estava muito feliz em ouvir aquela voz irritante de novo, quer dizer, não era a mesma, agora estava mais madura, mais firme e imponente, mas ainda era irritante. Jidam era uma mulher agora, tinha seus cabelos cortados em chanel, uma maquiagem leve e uma roupa social com um par de tênis, provavelmente a contra gosto de sua mãe que sempre insistia que ela tinha que colocar saltos.
“Meio-irmãozinho” Ouviu sua risada de novo, ela fazendo aquela imitação barata com uma careta adorável e então o abraço. Céus, como sentia falta do cheiro dela, ainda usava o mesmo shampoo e a mesma colônia, quem diria que morango e hortelã combinavam tão bem. Encarou a bela face de Jidam, ainda mais baixa, porque Deus podia ser bom com ele também. “Foi o meu aniversário e eu vim cobrar o meu presente”
— Antes que fale o que é, eu vou adiantar as possibilidades. - Disse enquanto guiava o brasileiro até a cadeira em frente a mesa de escritório, pegou o celular dela e então mostrou algumas fotos, mudando e anunciando cada uma delas. - Tem um carro, mas provavelmente você não tem licença ainda, pensei em um sofá também, pro seu apartamento. Aí depois pensei na TV, agora tem algumas com jogos já embutidos nela. Aí um computador novo para produção, uma guitarra nova e até uma viagem pra esquiar, porque provavelmente você não tem ido esquiar nesses dias, deve nem saber fazer isso...
Daniel suspirou e segurou o aparelho, interrompendo a irmã e colocando-o sobre a mesa. Tirou do bolso da jaqueta o próprio celular e então mostrou uma foto de Nakyum, uma em que os dois estavam juntos em seu apartamento, antes de pintar e reformar, quando o colchão ainda era no chão da sala. “O nome dele é Kang Nakyum, você por acaso conhece o irmão dele? Ele se chama Sangho” Jidam pareceu entender o quão séria era aquela conversa, pegou a cadeira ao lado e se sentou, olhando bem o celular antes de devolvê-lo, pensou em silêncio por alguns segundos e então estralou os dedos no ar, mas não estava muito feliz com isso.
— Infelizmente eu conheço - Daniel suspirou em desgosto, esperando a explicação. Jidam pegou o próprio aparelho celular sobre a mesa e então mostrou uma foto que tirou com o citado, no qual ela tinha sido marcada em seu instragram. - Tive o desprazer de conhecê-lo em uma festa, mas não trocamos mais do que duas palavras, sujeitinho nojento, ficava humilhando os funcionários, simplesmente intragável. O que você quer que eu tire dele?
“Nakyum foi internado em uma clínica de reabilitação” A mulher que parecia leve e animada, com sorrisos fáceis, agora carregava uma expressão pesada e encarou o brasileiro com aquele olhar que Daniel conhecia bem, suspirou e apenas negou com a cabeça. “Estou limpo ainda, Jidie, e pretendo continuar assim. É que... ele teve uma internação involuntária... então...” E o peso da conversa finalmente chegou aos ombros dela, fazendo com que a mulher se encolhesse um pouco contra aquela cadeira e as lembranças invadindo a sua mente, encarou o irmão por alguns minutos e os dois ficaram em silêncio, era possível ouvir o tic-tac dos relógios pendurados na parede, aqueles com horários de vários lugares do mundo. Um minuto se passou em Seoul, Tóquio, Pequim, Londres, Washington e Brasília quando Daniel decidiu quebrar aquele silêncio. “Você sabe como foi pra mim, então deve está imaginando como está sendo pra ele. Nakyum é forte, mas até os fortes podem não aguentar... E eu só quero saber como ele está, onde ele está e como me comunicar com ele... é tudo o que eu mais quero agora, Jidam... e eu prometo que...” Pegou o papel no bolso e colocou na palma da mão dela, com o seu novo número. “Eu aceito que volte pra minha vida, do jeito que quiser voltar... só me dá isso, por favor”
Jidam sorriu, não tinha muita coisa naquele papel, mas para ela era como se fosse o mundo que perdeu a mais de dez anos atrás. Ela aceitou a proposta com um assentir leve de cabeça e deixou um beijo no topo da cabeça de Daniel, beijando e guardando o papel na bolsa dela. Depois de algum tempo com os dois tentando se alinhar naquela conversa, era um assunto delicado demais para trazer a tona e nenhum dos dois estavam prontos pra isso. A mulher olhou para o irmão por alguns segundos e sorriu. — Aceita almoçar comigo? E você me explica melhor essa história... me conta o que quiser contar...
“Aceito” Naquele momento, Daniel saiu da sala sem ser apenas o Daniel, invisível e sem importância, pois bastou colocar os pés para fora do prédio para que os cliques de uma câmera começassem. O herdeiro de futuro perdido agora parecia estar de volta e tinha algum fotógrafo de baixo nível querendo ganhar uma boa grana com essa informação importante. Como ele soube disso? Bem, a tal recepcionista fofoqueira que exaltava a genialidade de sua chefe, agora guardava um bolo grande de dinheiro na bolsa enquanto deixava o seu posto no horário de troca de turno, aquele emprego tinha muitas vantagens e essa era a que ela mais gostava.
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danilcc · 1 year
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So, in the end... it looks like you torturing yourself out of guilt     {    POV.
⸻          5:00 AM
Daniel acordou com um pouco de dor de cabeça, não tinha bebido muito na noite anterior, mas foi o suficiente para causar aqueles desconforto. Tomou um banho, fez sua higiene matinal, vestiu um moletom, colocou os seus fones de ouvido e seguiu até a clínica, porque seria o quarto ano começando o dia em comemoração naquela parte da sua vida no qual não pode fugir nunca. Depois de alguns minutos de viagem, Daniel chegou e foi recepcionado com bolo, salgados e ramyeon, além de refrigerante, porque era a única bebida permitida ali além de suco natural e água.
Depois da confraternização com os médicos, enfermeiros, funcionários e pacientes no qual Daniel nem conhecia, foi até o seu psiquiatra, onde teria a sua consulta.
⸻          10:00 AM
— Está feliz? Ou continua sendo um dia triste pra você?
"É, continua"
— Cada dia que passa, parece que você está mais maduro, o plano não era esse, certo?
"Eu sou um adulto, não tem como mudar isso"
— E a missão de viver tudo aquilo que o seu pai lhe tirou?
Sempre tem o momento do silêncio, era no dia do seu aniversário que ele percebia que o que foi perdido, foi perdido e não tem volta. Desviou o olhar e decidiu não dizer mais nada, apesar disso, o médico deu uma risada leve e deixou um pacote sobre a mesa de centro antes de voltar a falar.
— Daniel, aproveita que hoje é um dia importante, abre a porta da sua vida pra sua irmã e pede a ela um presente. Qual presente seria?
"Um final de semana na praia... com... eles"
— Os dois? É meio improvável. E por que a praia?
"Porque eu sinto saudades de casa... quero que vejam apenas o meu lado feliz e divertido..."
— É injusto com você, não acha?
E o silêncio de novo, era diferente, sempre nesse dia, Daniel decidia falar pouco ou quase nada, suspirou e curvou-se para pegar o que tinha ali, abrindo a sacolinha de papel pequena e sorrindo, tirando dali dois chaveiros de pelúcia sendo um no formato de um coelho e outro no formato de cenoura, porque era como os médicos e enfermeiros da clínica se dirigiam a ele. "Obrigado, eu adorei" Depois de um não há de que, o brasileiro seguiu os demais minutos em silêncio, sentado na poltrona enquanto encarava seu médico que apenas fazia anotações, era tão comum que ele já esperava por isso e não se preocupou em simplesmente ficar assim até o momento que a consulta acabasse.
⸻          12:00 PM
Chegou em casa e se jogou sobre o sofá, no qual tinha escolhido ficar por lá até o fim do dia, ao menos não pretendia fazer mais nada naquele dia. Daniel não se via como alguém relevante a ponto de baterem na sua porta a procura de comemorar o dia com ele, seria fácil só fingir que nada tinha acontecido. Ligou a TV, colocou em um canal de viagens com surfe, mergulho e meditação na praia, além daquela parte de culinária que pouco importava pra ele. Tirou o pote de sorvete de dentro da sacola de plástico que trouxe com ele, além de um cacho de bananas, cortando em rodelas dentro do pote e pronto, ficaria ali gastando algumas horas fazendo nada além disso.
"Feliz aniversário, Daniel Lee Monteiro!"
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