#003 task
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miloricci · 4 months ago
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TASK 002: a kalimba de rafael
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portugal, february 2025.
parte 1 — camilo’s pov:
camilo abriu as cortinas do jatinho para revelar a suas vestes, deparando-se com christopher também recém arrumado com o que o ricci havia achado pertinente para ambos. “eu ainda acho que eu deveria ser o artista. acha mesmo que eu passaria batido como um mero assistente?” deu um giro no próprio eixo, exibindo a calça clara e o colete marrom que faziam um pobre trabalho em cobrir o torso sobre o qual não havia camiseta alguma. chris ajustou os óculos escuros, movendo-se um pouco desconfortável no poncho colorido que vestia. ‘quem sabe tocar alguma coisa aqui sou eu. lembra do que conversamos, camilo, enquanto você distrai todo mundo, eu procuro a kalimba. depois nos juntamos para pensar no melhor jeito de pega-lá’ o loiro relembrou, tendo aparentemente desistido de contestar a escolha das vestimentas. ‘está pronto?’ o mais velho pegou o restante da fantasia: uma prancheta de assistente para que anotasse coisas de assistente, e uma bolsa com uma enorme papelada de assistente. chris, por sua vez, tinha em mãos apenas um violão. “agora sim. vamos”
do jato até o festival não demorou mais do que quinze minutos, já que haviam pousado suficientemente perto. conforme se aproximavam, a música alta e o cheiro de maconha e suor invadiam seus sentidos. camilo adorava drogas, música e festa; mas os ambientes que frequentava costumavam ter muito menos lama e muito mais desodorante. “aqui, toma isso” entregou-lhe um crachá falsificado, colocando um parecido no próprio pescoço. ‘ícaro nebulosa?’ christopher perguntou, perplexo. “seu nome artístico. precisei ser criativo né, seu nome não ia colar. então você é ícaro nebulosa, o maior artista de indie experimental que mistura jazz e vaporwave que a itália já viu. e eu sou antonio rojos, seu assistente espanhol bonitão e solteiro que cresceu em barcelona e é professor de tango nas horas vagas.” explicou, exagerando em um sotaque fajuto ao pronunciar o nome da cidade. para azar de christopher, era tarde demais para criticar os disfarces escolhidos pois a segurança do local lhes pedia o crachá de acesso. “hola, grandão” piscou para o homem em uniforme, entregando os crachás. ao questionar que aqueles nomes não estavam na lista, camilo carregou o sotaque, mantendo a pose. “nosotros estamos no lineup do palco lua cósmica. se quiserr, pode ligar parra nosso emprresario pero ele está em um rretiro espirritual. você não vai querrrer ser rresponsavel porr carregarr a aurra de mi jefe, eh? se icarro nebulosa no canta, terrao milhões de fãs desolados. você querr toda essa gen—“ foi interrompido quando o homem ergueu a mão impaciente, e então indicou o caminho para que eles entrassem de uma vez. “sabia que ia funcionar.” disse orgulhoso enquanto se dirigiam aos camarins - que nada mais eram que trailers bem velhos. “vamos nos dividir e procurar a kalimba, nos encontramos na frente da barraca de cerveja.” o que seria o ponto de encontro ideal, porque ele queria mesmo tomar uma.
caminhou na direção dos trailers buscando reconhecer qualquer membro da banda de tariq, mas distraiu-se no caminho com um grupo de jovens animados e bem pouco vestidos. “hola, señoritas, señoritos” cumprimentou, forçando o sotaque cretino e iniciando uma conversa muito animada sobre tudo menos o que devia. em algum ponto, quando comentou sobre a pulseira que uma delas usava, a informação útil lhe chegou despretensiosamente. ‘é uma réplica da pulseira do ali. ele sempre usa nos shows! é como se fosse uma pulseira da sorte. todos do grupo tem alguma coisa. o tariq, por exemplo, com a kalimba. ele sempre fica grudado nela o dia todo quando tem festival, e só guarda no camarim quando acaba. e tem também o—‘ antes da jovem fã continuar enumerando os objetos especiais de cada membro, camilo a interrompeu. “esperra um momento. que dice dessa tal kalimba?” e então, a moça reforçou. tariq a considerava mágica (bem, meio que era), e ficava com o instrumento em mãos o dia inteiro quando precisava se apresentar. apenas a guardava no final, para comemorar com o restante dos membros um show de sucesso. ela também falou sua cor favorita, o nome do cachorro de infância dele e seu mapa astral, mas duvidava que precisariam dessas informações. deu uma desculpa qualquer e prometeu que encontraria os jovens depois, indo até a barraca de cerveja para encontrar chris. que, por sua vez, havia encontrado o camarim de tariq e inclusive o próprio homem, junto da kalimba.
“certo. eu fiquei sabendo que ele não desencosta até o final do show. depois, guarda no camarim. precisamos pegar de lá” apontou, para o que christopher tão logo complementou com a ideia do plano: durante a apresentação, chris manteria tariq distraído enquanto camilo entrava no trailer e deixava uma janela aberta. mais tarde, quando o artista deixasse o instrumento guardado, eles poderiam entrar no trailer pela janela e furtar o objeto. não era o mais genial dos planos, mas era um começo! o que camilo não demorou a desafiar, já que assim que o amigo se afastou, pensou em algo bem melhor: com a quantia certa de dinheiro, convenceu dois dos jovens com quem conversava mais cedo a oferecer um chá de ayahuasca a tariq — isso certamente garantiria que ele se mantivesse distraído por tempo o suficiente. em seguida, enquanto todos estavam ocupados prestando atenção na primeira música que iniciava, o ricci foi até o trailer indicado pelo d’amato. a porta estava trancada, percebeu, e enquanto olhava em volta uma bela morena se aproximou. camilo observou as vestes brilhantes e recortadas da outra, que cobriam pouca pele. ‘procurando alguma coisa?’ ela perguntou, simpática. simpática e muito, muito gostosa. “você. a minha vida toda” a garota riu lisonjeada, e ele segurou sua mão, beijando o dorso de modo exagerado. “antonio rojos. e usted, quem és?” as sobrancelhas arqueavam ligeiramente em sinal de curiosidade. ‘namorada de tariq’, ela respondeu, oferecendo-lhe a oportunidade perfeita para entrar naquele trailer.
havia calculado quanto tempo poderia usufruir do espaço antes do fim do show, mas não apenas ele havia obviamente se distraído, como aparentemente a apresentação fora interrompida antes. quando abriram a porta do trailer, bem, suficiente dizer que havia sido pego com as calças arriadas.
parte 2 — christopher’s pov:
Quando se é acostumado a conviver em meio ao caos, qualquer momento de calmaria já se torna suspeito, e era justamente esse o motivo da ansiedade de Christopher naquele momento. Tocar em frente a uma multidão de pessoas? Tranquilo. Roubar um instrumento musical? Moleza. Fazer uma banda inteira gostar o suficiente dele a ponto de chamá-lo como músico substituto? Fácil demais. Um plano que dependia dele e de Camilo para dar certo estar dando certo sem nenhum problema? Perigoso…
Tariq, para o desespero de Christopher, era um ótimo observador, e não tardou a perceber o nervosismo que ele emanava, mas, dadas as circunstâncias, foi fácil atribuir o nervosismo ao show que estava prestes a acontecer. Com a finalidade de tranquilizar o novato, Tariq ofereceu a ele seu próprio chá, explicando que a bebida era uma espécie de ritual para ele, pois sempre o acalmava antes de qualquer apresentação. Ainda que não fosse exatamente um fã de chás, Christopher aceitou a bebida, sorvendo a bebida de cheiro terroso e enjoativo o mais rápido que a temperatura lhe permitiu. Chegada a hora do show, todos subiram ao palco, dando início a apresentação. Ainda que estivesse desacostumado a aquele estilo de música específico, Christopher não teve dificuldade alguma em se adaptar ao som, conseguindo acompanhar todas as melodias e ainda adicionar um toque pessoal a cada uma, toque esse que, por sua vez, pareceu chamar a atenção da platéia que parecia vibrar com crescente entusiasmo. Cerca de metade do show havia passado quando Christopher sentiu as primeiras mudanças no campo visual.
Os padrões coloridos encontrados tantos nas roupas das pessoas como na estrutura do palco começaram a ondular de uma forma estranha, como se estivessem sendo distorcidos pelo espaço tempo, e, depois de um certo tempo, tudo começou a seguir com o mesmo padrão, dando a ele uma sensação de não apenas estar caindo, como também se desfazendo pouco a pouco. Assustado, Christopher tentou se livrar às pressas da alça do baixo, porém, como mal conseguia se manter em pé, acabou tropeçando e caindo sobre os equipamentos eletrônicos que, por sua vez, não estavam tão bem instalados como deveriam e deram início a um pequeno incêndio, que acabou arruinando por completo a apresentação da banda.
Tempos depois, eles voltavam para o trailer, praticamente carregando Christopher que ria após dizer que se sentia vivendo em um desenho animado e que jurava que a barba adornada de pingentes coloridos de um dos membros da banda era a entrada principal de Narnia. Porém, ninguém prestava atenção em Christopher, apenas discutiam sobre como o chá de Tariq havia sido adulterado e o que aquilo podia implicar. A porta do trailer foi aberta e Christopher colocado na parte de dentro, porém, pouco depois, ouviu-se gritos, e duas novas figuras apareceram e prontamente Christopher reconheceu Camilo. Não pôde evitar o riso que escapou de seus lábios ao ver a cara do amigo, riso esse que foi ignorado, visto que a grande maioria dos presentes sabia da atual condição do rapaz. Os gritos continuavam, mas, de repente, Christopher começou a ouvir alguns sussurros “me pega e foge daqui, eles não querem a nossa presença.” Completamente alucinado, Christopher teve uma certa dificuldade de encontrar a origem dos sussurros, mas, quando finalmente encontrou, a kalimba disse “vamos, agora seria o momento perfeito.” E dito e feito. Ninguém prestava atenção nele quando ele se levantou e caminhou até o instrumento, o envolvendo carinhosamente entre as mãos. Dando uma última olhada ao redor, ele notou que a mulher parecia suplicar algo aos outros homens, que por sua vez estavam distraídos com ela e com Camilo. Sem pensar duas vezes, Christopher abriu a porta do trailer e gritou “Falou seus otários.” E logo saiu correndo, segurando a kalimba em mãos.
Não demorou muito para sentir uma mão envolver seu braço, seguida pela voz conhecida de Camilo. “Por aqui, eles vão acabar encontrando a gente se continuarmos por esse caminho.” A primeira reação de Christopher teria sido a de correr, no entanto, após a kalimba dizer que tudo certo seguir o outro, ele se acalmou. Correram por cerca de cinco minutos até acabarem escondidos em uma apresentação repleta de véus coloridos e fumaça de um gigantesco incensário, que por sua vez parecia fazer com que Christopher retomasse a sanidade. “Eu sei porque eu tô correndo, mas e você? Tá correndo pelo mesmo motivo que eu tô correndo?” Enquanto balançava os ombros junto de uma das dançarinas, ele gritou para que Camilo conseguisse escutá-lo mesmo com a música alta. Não conseguiu ouvir por completo o que ele disse, apenas algo sobre como Christopher havia acabado drogado e finalizou admitindo que ele estava no meio de algo com a mulher de Tariq. “Não é atoa que ele tá puto, virou corno e perdeu o instrumento da sorte na mesma noite.” Em um estado bem mais lúcido do que estava a alguns minutos atrás, Christopher ouviu quando os homens que os perseguiram viram ele e Camilo entre as dançarinas. “Eles tão vindo, corre.” No entanto, Christopher ainda não estava totalmente livre dos efeitos do chá alucinógeno e, ao tentar correr, empurrou Camilo que, na tentativa de permanecer em pé, se agarrou a ele e ambos caíram sobre o incensário gigante. “Quem colocou essa coisa aqui?” Christopher resmungou enquanto levantava às pressas junto do amigo. No fim, a fumaça do incensário serviu como uma cortina, ajudando os dois a conseguirem sair dali e encontrar Danniela, uma artesã que os refugiou em sua van enquanto toda a banda de Tariq procurava por ambos.
“Eu só queria entender porque eu acabei drogado.” Confessou ele a Camilo. “Bom, era para o Tariq estar drogado…” Assim que o ouviu, os olhos de Christopher se arregalaram devagar enquanto entendia o que havia de fato acontecido. “ SEU DESGRAÇADO! Por que não me avisou?” Esbravejou. “Eu não teria tomado aquela porcaria se soubesse e a gente não ia precisar se esconder em uma van pra não tomar uma surra!” Porém, antes mesmo que a briga pudesse continuar, Danniela apareceu novamente, dizendo saber do motivo pelo qual eles fugiam e ameaçando contar seu paradeiro caso os dois não comprassem uma boa quantidade de seus produtos. No fim das contas, Danniela conseguiu vender todos os itens de sua van, Christopher saiu com uma sacola gigantesca de incensos e alguns itens esculpidos em madeira enquanto Camilo, como penitência, foi obrigado a pagar por todos os itens coloridos e de penas que estavam naquela van.
@christopherd-amato @khdpontos
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eternaladagio · 23 days ago
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ARC II • DROP-DEAD GORGEOUS
She didn’t dress to impress—she dressed like she already had.
The gown was a modified Vivienne Westwood: all romantic draping and defiant structure, the skirt whispering as she moved, cinched just enough to suggest danger, and yes—it had pockets. The open back left no room for modesty, only poetry.
At her throat, a 24-karat gold collar, each curve of metal cradling a single, luminous pearl. A matching pair hung from her ears like whispered threats—delicate, deliberate, devastating. They caught the light like a secret.
The shoes? YSL. Over a thousand. A crime, honestly. But they made her feel like vengeance incarnate, so she chose not to think about it.
And the bag—also YSL, also flirting with financial recklessness—rested on her wrist like an afterthought. She’d cringe later. Right now, it was perfect.
She didn’t need a spotlight.
She was the stage.
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honeyedking · 24 days ago
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ARC II • DROP-DEAD GORGEOUS
Feat. @gossameria
Once, Nicolai thought of a well-tailored suit as a piece of armor - donned to wade through the metaphorical bloodbath that was high society. Now, they were chess pieces on a far deadlier battlefield, and some rational part of him railed at the fact they were still expected required to dress to the nines. And yet, as he examined himself in front of the mirror with a critical eye, Nicolai couldn't help but preen for a moment, ever the connoisseur of fine stitching and craftsmanship. At least, if he ended up dying, he'd do it in style.
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cogitxre · 26 days ago
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TASK 3.2 :: THE PHOTOGRAPH.
a blurry film photo, taken of a stack of letters. the writing is illegible; thick looping script scrawled by a careful hand. the owner of the handwriting—and the recipient of the message—are not apparent.
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suapoesie · 2 months ago
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Sua essência sempre foi um problema ou como diria sua mãe, um aviso do quão intenso (para não dizer problematico) Sarang possa ser. O aroma principal de uísque deixa claro que não é qualquer um que aprecia sua intensidade alcoólica e envolvente assim como sua personalidade não é bem vista por alguns. A nota de pimenta rosa cria uma experiência única, seria até mesmo exótico e agradável... Se não fosse a nota de pólvora no meio. Seu cheiro sempre fora um problema para si.
Talvez o mais preocupante seja a nota de pólvora. Apesar de suave no dia a dia, quando tirado do sério- coisa que é inacreditavelmente fácil de acontecer - a pólvora toma conta tornando-se quase sufocante. E talvez seja essa a intenção, sufocar o causador daquela sensação. Como o cheiro de pólvora após a explosão do gatilho, é um sinal de alerta, perigo, cuidado. Quando ainda passando pela puberdade, supressores foram extremamente necessários para que tentasse não controlar mas conviver consigo mesmo.
No entanto, a pimenta rosa presente em si deixa o cheiro alcoólico mais intrigante, quase que misterioso e ainda mais intenso. O cheiro apimentado costuma tomar força em momentos de excitação, envolvendo seu/a parceiro/a numa nuvem de sensações profundas, quase como se conseguisse embriagar outrem.
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kretina · 11 months ago
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𝐭𝐡𝐞 𝐤𝐢𝐧𝐠 𝐨𝐟 𝐩𝐚𝐢𝐧, 𝔱𝔞𝔰𝔨 𝔦𝔦𝔦.
(...) rescue me from the demons in my mind. whatever you do, don't ever play my game, too many years being the king of pain; you gotta lose it all if you wanna take control.
trigger warning: o texto abaixo contém menção a assassinato, estupro e morte por fogo.
a adrenalina percorrendo a corrente sanguínea fora de maneira instantanea enquanto adentrava a floresta junto a sua equipe de patrulha; as correntes estavam prontas para serem usadas, todo o corpo trabalhando nas musculaturas, as tornando mais flexíveis. contudo, nenhum deles estavam esperando para o que os esperava; no início, fora como um afogamento, a neblina espessa consumindo os pulmões, liberando algo que logo mais, ela rotularia como um alucinogeno. em seguida, a dor física, todo o corpo contorcendo-se sem que saísse do lugar, até que não houvesse mais nada, até que a mente fosse como um buraco negro e flutuasse no centro, perdida entre as imagens que rondavam sua consciência, seus medos.
o cheiro que preenchia o lugar era de bolo recém assado, havia o som de uma televisão ligada mas ninguém assistia; todos estavam no centro da cozinha, as vozes abafadas enquanto circulava em torno da cena que conhecia: seu meio-irmão com uma faca em mãos, pronto para matar a própria mãe. a katrina de anos atrás sorria, divertida com tudo o que acontecia. até que a cena mudou, katrina estava embaixo de um viaduto, bebendo água de um córrego, uma pequena fogueira acesa dentro de um túnel, até que um homem se aproxima e a toca de maneira ousada e enquanto o ato repugnante acontecia, a mente desligou-se em um click, percebendo tudo o que poderia ter tido. seu pai sorrindo a entregando o diploma da faculdade, sua madrasta sorrindo e lhe fazendo um bolo em seu vigésimo aniversário, seus irmãos abraçando-a… os dígitos buscaram no chão algo que pudesse ajudá-la, um caco de vidro sendo usado para cortar a garganta do homem, o sangue deste caindo-lhe no rosto, dentro da boca… luis sorria, estavam no mundo dos sonhos mas logo ele se afastava, observava os dois corpos que katrina carregava, os dois semideuses que morreram por sua culpa. um soco lhe era dado no rosto. kitty caminhava em sua direção, os braços abertos até que hesitou, percebendo que katrina era a responsável por colocar sasha em uma situação ruim, mesmo que não fosse de propósito. outro soco, agora sangue escorria do nariz. tommaso a oferecia um cigarro, rindo alto de alguma bobagem que katrina o dizia, mas logo gritava com ela, a dizia o quão era imunda ao perceber que a amiga sentia-se bem demais diante da morte do irmão dele. lá estava, a incapacidade de ser amada, de fazer algo ruim para aqueles que se importava. os dedos das mãos foram quebrados, a dor insuportável a atingindo por quem estava com o seu carrasco. o homem que a tocava outrora, não estava sozinho; seus amigos agora faziam justiça por ele, enquanto o fogo que antes a mantinha aquecida, lhe tocava a pele. a sensação de pavor era muito maior que a dor das queimaduras. conseguia sentir a pele derretendo por debaixo da roupa, conseguia sentir cada parte do seu corpo implorando por ajuda enquanto se contorcia, consumida pelo que a deixava assustada. os olhos marejaram até que fosse o suficiente para transbordarem, o medo a abraçando enquanto a morte caminhava em sua direção, mas fora capaz de perceber a sombra de éris de longe, rindo e dizendo-lhe o quão fraca era. katrina tentou gritar, não por ajuda mas por raiva, porque não havia nada pior do que perder a única coisa que tinha: a vida.
quando os olhos abriram-se ainda estava na floresta, mas havia um grito entalado na garganta, o rosto estava molhado pelas lágrimas e todo o corpo tremia, como se uma avalanche de sentimentos que reprimia, tivesse a atingido. sentia-se suja pelo toque do homem desconhecido, sentia-se imunda por saber que um dia, todos os seus amigos a deixariam como sua família havia feito e mais ainda, sentia-se quebrada por reconhecer que toda a merda que outrora passou e ainda passaria, fora unicamente culpa sua.
a incapacidade ser amada.
personagens citados: @luisdeaguilar ; @kittybt ; @tommasopraxis
para: @silencehq
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ozanulusoy · 6 months ago
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BR NEW YEARS EVE 2024 - OZAN ULUSOY
"any new beginning is forged from the shards of the past, not from the abandonment of the past."
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gabevargas · 6 months ago
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BR NEW YEARS EVE 2024 - GABE VARGAS
"I’d rather regret the risks that didn’t work out than the chances I didn’t take at all."
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santanalonyada · 5 days ago
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SANTANA'S DREAM ROLES !
velma kelly (chicago)
santana is a bad bitch, and velma kelly is a bad bitch. santana belongs in the cell block tango and in singing all that jazz. they're both women who have been falsely persecuted and who have something to prove.
catherine parr (six)
out of all of the queens, i think santana relates to parr the most. i also think she'd be a baller cleves but i think santana likes the emotional connection to parr, and that parr is a woman who used her own talents to get ahead. i also think it's an empowerment anthem that santana would be known for.
lola (damn yankees)
this is really hard for santana, because it's one of the movie musicals she watched with her abuela (while she and her abuela were on speaking terms) and they used to sing "whatever lola wants" to each other. santana has a secret manifestation that if she ever plays lola, her abuela will reconcile.
sheila bryant (a chorus line)
a chorus line is such a bucket list show for santana, and out of all of the roles she thinks she'd fit sheila the best. sheila is the one with daddy issues in at the ballet.
persephone (hadestown)
honestly this one would just be fun. santana's voice is a perfect match for persephone, the rasp would absolutely demolish everyone, and it's a jazz style that she would love to sing in.
judas (jesus christ superstar)
tell me a genderbent judas would not slay the house boots down houston i'm deceased. this would destroy everyone ngl.
gloria (on your feet!)
santana wants to play gloria aka a cuban legend.
vanessa or nina (in the heights)
santana used to want to be nina, specifically because of the character's relationship with her abuela. she sings an incredible tribute, everything i know, and santana had a similar experience to nina in breathe when she went to the university of kentucky. but her abuela doesn't speak to her so we shove all of those emotions away. vanessa is the bad bitch, santana is a bad bitch, so she wants to be vanessa now.
bonus: anita (west side story)
santana got to play anita in her senior year at laguardia and it was life changing. everyone cried.
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tonibeltran · 7 months ago
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[ 171 SYCAMORE DR, BLUE HARBOR, IL ]
Located in Oak Gardens, this four-bedroom, three-and-a-half bath home is the picture of suburban luxury. Built around five years ago, the house was designed to embody a modern farmhouse style, featuring tall, exposed ceilings, rustic wood finishes, and a carefully curated mix of clean lines and traditional touches. Equipped with the latest appliances, the home combines functionality with its open, airy aesthetic, creating a welcoming yet polished atmosphere fit for those who appreciate both space and elegance.
[ THE BELTRAN HOUSEHOLD ]
Since moving in, Antonio has made several adjustments to reflect his tastes. He hired a stager to bring a sense of warmth and personality to the neutral palette by incorporating rich greens in the kitchen, calming blues in the bedroom, and other soft hues throughout the house. Antonio also converted the basement into his personal recording studio, allowing him to compose and work from home without the need to commute — a practical touch that accommodates his profession as a lyricist and composer. One of the smaller bedrooms serves as his “rec room,” a space he’s set aside for relaxation and reading, as well as a place to unwind privately with a smoke, where his cat, Moon, isn’t allowed access. The main living area is anchored by a large, plush couch, which Antonio chose with comfort in mind, ensuring it was supportive enough for both relaxation and, well, intimate endeavors. A weekly housekeeper helps keep the expansive space tidy, and a gardener maintains the neatly manicured front lawn, allowing Antonio to focus on his work. Despite his efforts to personalize the space, the home’s grand scale often leaves him feeling lonely, an emptiness he finds difficult to shake. While he admits it might make a perfect family home for someone else in the future, he jokes that his basement conversion may pose a minor challenge to that dream.
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papaflynn · 6 months ago
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BR NEW YEARS EVE 2024 - CALLUM FLYNN
"no matter how hard the past, you can always begin again.
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clementinebriar · 7 months ago
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[ 2403 POTTS LN, APT 2A, BLUE HARBOR, IL ]
This cozy 500-square-foot studio apartment is located on the second floor of a vintage two-story building in Weaver Ridge. The unit offers an efficient layout, combining a comfortable living area with a compact kitchen. Windows allow natural light to brighten the space, while the original hardwood floors lend a touch of warmth. The building itself provides a functional fire escape and a basement laundry room, though amenities reflect the building’s age. Ideal for those who appreciate an affordable, no-frills home with urban charm, this apartment captures the unique, gritty essence of Weaver Ridge.
[ THE WOOD HOUSEHOLD ]
Clementine Wood’s studio apartment may be small and worn, but it’s unmistakably hers. Despite what the description of the apartment might say online, the place comes with its fair share of quirks: the basement laundry room is almost always out of commission, the kitchen appliances work about as often as they don’t, and the landlord is a rare sight. The bed has to be shoved up against one wall to create enough room for a modest living area, and there’s likely mold creeping somewhere in the walls. But, hey! At least there’s a functional fire escape. Inside, Clem’s apartment is a canvas in itself, a vibrant, unapologetic tribute to her love for art. The walls are spray-painted in a chaotic burst of color, covered with sketches and bits of graffiti, and behind her bed sprawls a mural of Blue Harbor’s view over Cardinal Hill. Art spills across every surface, layered over any patch of blank wall with more of her creations, as if they’re pieces of her personality on display. Plants fill the space, too — lining the windowsills, spilling over corners, and even hanging from the ceiling. The air smells fresh and earthy, with a faint hint of citrus from the lemons ripening on a tiny tree she’s somehow managed to coax into life in the kitchen. Amongst the art and greenery, she’s carved out a cozy corner for her blue budgie, Dionysus. His cage and a few perches make up a small, lively nook of the apartment, adding a touch of warmth and companionship. Clem has called this place home since she first struck out on her own at 18, and despite its faults, she’s transformed it into her sanctuary — a little slice of Weaver Ridge that’s all her own.
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traegics · 1 year ago
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✧ ― every photo tells a story: task 003 ― ✧
@ofhowlingxs @oflautus
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tinatm · 1 year ago
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▶ glee club task: week three: "homecoming" - duet with @blaineshq
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cogitxre · 26 days ago
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TASK 3.1 :: THE DINNER.
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jessetm · 1 year ago
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JESSE ST. JAMES ↪ homecoming dance outfit
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