#Blog O Povo com a Notícia

[portalnaynneto]

Operação policial erradica plantação de maconha em Floresta

Neste domingo (02), uma operação policial erradicou uma plantação de maconha em Floresta, no Sertão de Pernambuco. O fato ocorreu no Sítio Quebra Unha. De acordo com informações, a ação foi realizada por Policiais Militares do BEPI (Batalhão Especializado de Policiamento do Interior). A plantação encontrada tinha 1.543 covas e 7.715 pés de maconha. Toda a plantação foi erradicada e incinerada…

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[elcitigre2021]

A Matrix de Controlo Está a Lutar Para Manter Os Escravos Na Plantação.

Durante décadas, jornalistas independentes, pesquisadores, pensadores e buscadores da verdade têm trabalhado para descobrir a verdade nua e crua sobre como o nosso mundo é administrado, manipulado e controlado por uma elite corporativa e política irresponsável.

Trabalhando para levar a mensagem para a consciência pública, escrevemos incontáveis livros, financiamos programas de rádio, filmes e programas de televisão, criamos organizações, boletins informativos e blogs, realizamos reuniões e manifestações públicas e tudo que tenha sido possível, para iluminar os outros com conhecimento e informação deliberadamente escondida da visão pela imprensa.

A matrix, entretanto, insiste em dirigir a narrativa, porque, para que o paradigma da guerra, da dívida, da poluição, da vigilância e da injustiça sobreviva, nós, o povo devemos nos contentar em viver a nossa vida na plantação da mente. Temos que permanecer focalizados nas suas histórias e, esquecer as nossas. Temos que permanecer agarrados na sua versão fabricada da realidade, para que não nos ocupemos em criar uma nova visão para nós mesmos.

Mas agora a mensagem da verdade e liberdade está a alcançar a consciência convencional. Ela está a atingir a massa crítica e, previsivelmente, a matrix de controlo está a lutar para manter o seu controlo sobre a realidade e a forma como percebemos o mundo.

Ela simplesmente não pode permitir que nos aventuremos na selva da imaginação humana porque se nos levantarmos e fugirmos, então, seguirá o rumo de todos os impérios … o túmulo. Tudo o que temos que fazer, é retirar o nosso consentimento e a nossa cumplicidade e, o sistema cairá.

E assim, visto que muitos de nós temos evitado a máquina de propaganda corporativa / estatal e, porque muitos de nós saímos da caverna de Platão e vimos além do mundo da ficção de sombra, a matrix de controlo foi forçada a usar a sua carta previsível: A Censura.

Este é o surgimento do lendário Ministério da Verdade, profetizado por George Orwell. A tentativa de encurralar a consciência pública através da censura da rede por nomeação de um conselho ridiculamente preconceituoso da elite corporativa e da imprensa. Eles querem que a capacidade de iluminar a humanidade, nos dê a impressão de que a realidade que vemos, sentimos e experimentamos todos os dias seja irreal.

Pura loucura. Arrogância da mais alta ordem.

À medida que a tecnocracia, ou qualquer outra agência da matrix de controlo, ergue-se para lutar contra o despertar, ela vai encontrar-se sempre com formas evolutivas e criativas de resistência.

Eles podem ter que reescrever os algoritmos do Facebook para que as pessoas veem apenas coelhinhos fofos e competições de desportos de bandeira-adoração. Eles podem chamar tudo o que eles não aprovam de “notícias falsas”. Eles podem dizer que toda voz dissidente é patrocinada pela Rússia, ou qualquer outro absurdo ridículo que inventam, mas eles estão apenas a sabotar a si mesmos.

Nós já sabemos a verdade. O desespero é a força motriz por trás das suas novas tentativas de censura.

As pessoas querem ser livres, querem liberdade e querem escolhas. Seria melhor para todos que a matrix de controlo parasse de fingir que isso é o que eles oferecem à humanidade. Seria melhor que ultrapassássemos as ilusões quanto ao verdadeiro propósito da sua missão.

Sócrates minou a legitimidade e a autoridade moral do Estado apenas com as suas palavras. Por “recusar-se a reconhecer os deuses reconhecidos pelo Estado” e por “corromper os jovens”, ele foi condenado à morte.

Por mais que eles gostariam que acreditássemos o contrário, o poder da consciência desperta é muito maior do que até mesmo a ameaça da morte. O desejo humano de ser livre neste mundo material é tão forte que inúmeros heróis e mártires sacrificaram tudo pelo sonho da liberdade. É por isso que Sócrates bebeu de bom grado a cicuta venenosa, para ser que ele a executar a sua própria sentença de morte.

Num jogo de alta estratégia, forçar o seu adversário a revelar a sua jogada e usar o seu jogo é uma vitória.

Se as pessoas deixarem de acreditar e de obedecer a propaganda, a matrix de controlo perde a sua autoridade e poder. Isso está a acontecer agora e, enquanto a jornada pode ser angustiante, simplesmente não há retorno à escravidão. Fonte

[cordeiroleao]

Porque as vezes precisamos ficar em silêncio?

Mesmo muitos estando em isolamento social nesse momento, dificilmente estamos em silêncio. Sempre estamos ouvindo música, rádio, algum podcast, deixamos a TV ligada até mesmo para ouvir pregações enquanto fazemos outra coisa. Ou trocamos diversos vídeos e áudios no Whatsapp. Hoje em dia inclusive trabalhamos ouvindo alguma coisa. Às vezes parece que só estamos em silêncio quando dormimos.

Mas o meu ponto aqui é dizer que é importante gastarmos tempo em silêncio, dispostos apenas a ouvirmos a voz de Deus. Muitas vezes esquecemos de voltar nossos ouvidos para o nosso Pai que sabe de todas as coisas. Como está escrito em Jó 12:13, “Deus é que tem sabedoria e poder; a ele pertencem o conselho e o entendimento”.

Neste momento de crise o barulho está bem alto

Neste momento estamos vivendo algo inédito em que a crise do coronavírus não é algo exclusivo de apenas uma cidade ou de um único país. Praticamente o mundo inteiro está passando por isso junto. Tem pessoas isoladas em quase todos os países. Moradores de cidades europeias estão passando pelos mesmos problemas que moradores de cidades na América do Norte e América do Sul. Resultado disso: está todo mundo falando sobre a pandemia. O barulho está alto!

Recebemos uma enxurrada de informações, vídeos, áudios, notícias. Tem especialistas da saúde, do governo, da economia, psicólogos. Todos tem algo a dizer. Às vezes a gente não sabe nem o que ler ou ouvir ou em qual informação acreditar.

Deixo aqui a seguinte pergunta: temos dedicado um tempo em silêncio dispostos apenas a ouvirmos o que Deus tem a nos dizer sobre tudo isso que está acontecendo? Não estou dizendo para deixarmos de nos informar, mas para separarmos um tempo com Ele. A Palavra diz em Lucas 5:16 que Jesus retirava-se para lugares solitários e orava.

A importância do silêncio

No silêncio podemos ouvir a voz de Deus. Um dos meus pastores sempre dizia que precisamos abaixar o volume do mundo e aumentar o volume da voz de Deus em nossos ouvidos.

E abaixar o volume do mundo não diz respeito apenas a desligarmos a TV ou o rádio. Diz respeito a alimentarmos a nossa mente com aquilo que o Espírito Santo deseja. Quando alimentamos o nosso espírito, aumentamos a nossa capacidade de discernirmos nossa vida espiritualmente. Ou seja, nos tornamos mais sensíveis à voz de Deus, a sermos guiados por Ele e por Sua vontade.

Quem vive segundo a carne tem a mente voltada para o que a carne deseja; mas quem, de acordo com o Espírito, tem a mente voltada para o que o Espírito deseja. A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz; a mentalidade da carne é inimiga de Deus porque não se submete à lei de Deus, nem pode fazê-lo. Quem é dominado pela carne não pode agradar a Deus. – Romanos 8:5-8

Ao usar seu tempo para se alimentar do que é espiritual, você deixará de se alimentar com o barulho da sociedade e de pensamentos humanos. Você se alimentará com pensamentos que vem do alto, pensamentos de paz e de esperança porque sabemos que Ele já venceu o mundo e que alegria do Senhor é a nossa força, mesmo em momentos de tribulação.

O Senhor é bom para os que esperam nele, para aqueles que o buscam. Bom é aguardar a salvação do Senhor, e isso, em silêncio. – Lamentações 3:25-26

Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa, porque dele vem a minha esperança. – Salmos 62:5

Sabemos ouvir?

No livro de Eclesiastes, o capítulo 3 fala que para tudo há ocasião certa. O versículo 7 que diz que há tempo de calar e tempo de falar.

Como é fácil falarmos. É fácil ficarmos um tempão orando em cima de uma lista gigante de pedidos. Pedidos pessoais, pedidos dos nossos amigos queridos e familiares. E não tem nada de errado em pedirmos. Mas sabemos em determinado momento parar para apenas ouvir o que o Senhor quer de nós? Sabemos o tempo de nos calarmos e prestarmos atenção n’Ele? Sabemos ler algum trecho da Bíblia e depois em silêncio refletirmos sobre o que Deus quer nos ensinar e falar a partir do texto?

E ouvir a voz de Deus não é só escutar, mas é escutar e obedecer. Uma mente voltada para o Espírito nos capacita a ouvirmos a voz de Deus e também a nos submetermos à Sua vontade.

Através de Isaías, Deus adverte o povo por não ter prestado atenção n’Ele. O povo teria prosperado se tivesse ouvido e obedecido a voz do Senhor.

Assim diz o Senhor, o seu redentor, o Santo de Israel: “Eu sou o Senhor, o seu Deus, que lhe ensina o que é melhor para você, que o dirige no caminho em que você deve ir. Se tão-somente você tivesse prestado atenção às minhas ordens, sua paz seria como um rio, sua retidão, como as ondas do mar. Seus descendentes seriam como a areia, seus filhos, como seus inúmeros grãos; o nome deles jamais seria eliminado nem destruído de diante de mim”. – Isaías 48:17-19

No silêncio rasgamos nosso coração

Além de no silêncio podermos ouvir a voz de Deus, no silêncio podemos também rasgar o nosso coração. Onde estou apenas eu e o Senhor, posso chorar, posso me quebrantar, posso me apresentar diante d’Ele com sinceridade e verdade.

Jesus estava triste e angustiado quando foi para o Getsêmani (Marcos 14:32-36). Estava próximo o momento em que Ele enfrentaria a cruz. Ele afastou-se dos discípulos, prostou-se e com o rosto em terra orou ao Pai. Ele pediu, que se possível, fosse afastado dele aquele momento de dor. Jesus naquele momento tão duro, em que se aproximava o pior momento de sua vida, foi para um local onde ele tivesse um momento de oração a sós com Deus.

Diante do Pai Jesus não esconde seu desejo de não passar por aquele sofrimento. Diante de Deus podemos expor nossas fraquezas, fragilidades e o que sentimos. Talvez por isso que temos tanta resistência em ficar no silêncio com Deus. No silêncio ficamos com Aquele que enxerga o mais profundo do nosso coração e intenções.

O Salmista fala sobre isso no capítulo 139:1-4 – Senhor, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me sento e quando me levanto; de longe percebes os meus pensamentos. Sabes muito bem quando trabalho e quando descanso; todos os meus caminhos te são bem conhecidos. Antes mesmo que a palavra me chegue à língua, tu já a conheces inteiramente, Senhor.

Mas como é maravilhoso que o nosso Pai nos conheça de forma tão profunda. Porque é Ele quem pode nos relevar condutas que precisam ser transformadas e nos guiar pelo caminho eterno. O salmista encerra o capítulo 139 justamente dizendo “vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno”.

Conclusão

O silêncio onde nos encontramos com Ele é muito precioso. Seu dia tem 24 horas. Comece separando pelo menos alguns minutos para ficar em silêncio na presença d’Ele. No silêncio ouvimos a voz de Deus e somos transformados.

Deus abençoe!

- Blog JFA Offline

@cordeiroleao

[winningtalks]

Eu gostava muito do blog até observar a parcialidade de vocês com a t*. Incoerente criticar um plot isolado da comunidade, mas em outra ask citar o ITA como inspiração, que também é br. Enfim a hipocrisia.

Acho que esse pessoal precisa pesquisar mais sobre como funciona uma bateria universitária. Várias universidades DO MUNDO tem percussão para animação de jogos, não sei porque estão se doendo dessa vez.

Povo sai tanto da interp incluindo desrespeito as hierarquias e quebrando coisa básica do dia a dia na ásia, dps querem reclamar de detalhe interno e que seria pra gerar plot e enturmar personagens, tipo atlética kkkkkkkk me poupem

Oiii. Anon da ask, juntei sua outra ask aqui pra poder responder tudo mais fácil, tá? Aviso logo que vai ter textão, se vc lançar o tl;dr eu não vou poder fazer nada não. kkkkk Como sempre faço nesses casos aí, vou separar tudo em tópicos pra não me perder e pra você (ou vocês? ops) tbm não se perder. Vou colocar até read more pra ficar melhor no blog:

Qualquer um que tenha o mínimo de boa interpretação textual pode reler tanto a ask quanto minha resposta e perceber que a reclamação veio do anon e tudo que eu fiz foi dizer: “eu acho que é ok permitir umas brasilidades, como coisas que já usam tipo frases de efeito e memes verbais, mas a linha entre liberdade de expressão e quebra de imersão é muuuito tênue. Tem que tomar cuidado com isso, pra não pirar demais e acabar transformando a cmm numa colônia brasileira na Coreia.” Eu não estou lá pra saber, e se essa não é a realidade então o que eu disse ♥ não é aplicável ♥ nessa situação. Mas olha só que interessante caro anony, eu também disse: “e isso vale pra tag toda", justamente por saber que eu não posso afirmar nada sobre o funcionamento de um lugar onde eu não jogo. Agora, se mesmo lendo tudo isso você achou minha resposta parcial demais pro seu gosto, o problema é todo e inteiramente seu. Seu julgamento errado é cortesia da casa.

A tag precisa sair dessa bolha utópica e parar de achar que todo plot central ou subplot vai agradar geraaaaaaaaaal. Notícia chocante: não vai. Nem o da sua comunidade favorita, nem o da minha, nem o da cmm favorita dos seus migos. Nunca foi assim e não é agora que vai ser, e isso vale sobre tudo na vida plmdds. Nada vai agradar 100% e isso não quer dizer que quem só gosta 80% é hater. Só significa que você é incapaz de entender que ninguém é obrigado a n a d a.

Todo mundo adulto nessa porra de tag e tem até gente casada e com filho aqui, vida feita e talz, só q vocês não desistem esse comportamento chato chato chatoooooo de não poder ver uma reclamação qualquer de uma cmm que vocês gostam sem reagir com UWARR COMO OUSAMMM. Se você gosta de onde tá, vem e faz propaganda positiva, diz sua experiência e explica o que você acha que alguém não entendeu com educação. Não sai brotando em inbox dando de doide falando que tem gente se doendo e chamando de parcial quem não concorda com vcs.

Nem eu nem Ning temos interesse em parcialidade, em defender ou queimar um lugar só de sacanagem. A gente não faz isso nem pelas cmms onde a gente joga, vamo perder tempo fazendo isso com cmm que a gente nunca nem entrou? De graça só defendo meus pais e meus amigos, não sei vcs.

Sobre o ITA: nada a ver o cu com as calças. Comparação totaaaaaaaal sem sentido. kkkkkkkk O ITA é uma instituição militar vinculada ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial. Eu citei eles como sugestão de inspo pra um plot de academia militar pq seria o mesmo que adicionar cursos da KAIST nesse universo, e isso não tem nada a ver com o que eu disse sobre brasilidade. O que o ITA tem de culturalmente brasileiro? Boa tentativa de argumentação, mas dou nota 0. Tente novamente!!

Anon, se você gostava do nosso blog até alguém mandar algo que você discorda, só lamento e desejo que vc vá com Deus e pela sombra.

Concluindo: se vcs não tão preparados pra tankar pessoas gostando pela metade ou desgostando dos plots de vcs por X razões, tá na hora de dar um passeio fora da tag. E ficar espumando em cima de quem expressou não gostar tanto quanto vc só vai te dar dois trabalhos: espumar e parar de espumar.

[iluminalma]

Quarentena... Notícias ruins aos montes... Angústia, tristeza e sofrimento são as palavras do momento. Contudo, há um povo que está em paz em meio a tudo isso e é conhecido como o povo mais alegre da terra. Não estão... São alegres! A Bíblia nos prometeu uma alegria duradoura que podemos experimentar mesmo nos altos e baixos da vida. O Salmo 16.11 diz: "Você me mostrará o caminho da vida, na sua presença há plenitude de alegria" (NKJV). Jesus prometeu: "mas Eu vos verei de novo, e então muito vos alegrareis; e mais, ninguém tirará a vossa alegria." (João 16.22) Você pode imaginar o que seria a plenitude da alegria em sua vida? Isso parece bom demais para ser verdade.. Não é? A verdade é que a alegria não é apenas uma emoção que sentimos quando as coisas estão indo bem. Isso é melhor descrito como felicidade. Nós tendemos a confundir felicidade com alegria. A felicidade depende das nossas circunstâncias. Alegria, por outro lado, é independente de nossas circunstâncias. A alegria é real se as pessoas vêm sua vida como um serviço e têm um objeto definido na vida fora de si mesmos e de sua felicidade pessoal. Nas palavras de Leon Tolstoi "A amizade desenvolve a felicidade e reduz o sofrimento, duplicando a nossa alegria e dividindo a nossa dor. A alegria de fazer o bem é a única felicidade verdadeira" שלום Shalom! 📖 Por @Joas.Adecc (#SoliDeoGloria) 📖#ClarearDiario #Devocional #TodoDia #encorajamento #Sabedoria #alegria #felicidade #paz #amizade #sofrimento #quarentena #fé #verdade #quaresma #שלום Abençoe alguém com essa palavra! Marque ele nos comentários . 

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[noticiaspopulares]

Canais no youtube que difundem notícias falsas

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Atualizado em junho de 2020.

Fontes:

Quem são os youtubers ligados a Bolsonaro - Intercept Lista de canais do youtube que espalham notícias falsas Ranking do Youtube da extrema direita - Intercept Bloqueie os canais de notícia falsa do Youtube

[ricardofonseca]

Ao amigo Ronald Damasceno com alegria

Quando criei este Blog, havia prometido que daria só notícias boas, afinal noticias  ruins estão em toda parte e por todas as mídias. 

Acordei ontem (13), com notícia do passamento de Ronald Damasceno, um jovem de 51 anos, idealista, batalhador, Jornalista, que lutou muito atrás dos seus sonhos. Foi um choque, não pela morte física que é a unica certeza da vida, mas pela partida precoce de alguém que ainda tinha muita coisa a fazer por aqui. 

Conheci Ronald em 1999, eu tinha retornado de Brasília, meu irmão tinha infartado aos trinta e pouco anos (mas havia sobrevivido) e minha mãe tinha sido diagnosticada com mieloma múltiplo ( um tipo de câncer nos ossos).

Eu buscava forcas na doutrina espírita, me tornei trabalhador do Centro de Estudos Espírita Humberto de Campos e, Ronald tinha ido lá num sábado divulgar uma excursão para visitar os mais importantes Centros Espíritas do País no mês seguinte.

Eu fiquei maravilhado, iria conhecer dentre outros a cidade espírita de Palmelo(GO) e a “Casa da Prece” de Chico Xavier em Uberaba (MG).

Então, chegou o dia da viagem e que viagem... Se eu disse que aconteceram tantas coisas mágicas ninguém vai acreditar e tantas coisas que colocaram a prova á nossa fé.

Logo na saída de São Luís na BR, antes deixar o distrito industrial, paramos pra fazer uma refeição num posto de gasolina, estava anoitecendo e estávamos desde às 14h na pracinha em frente à antiga Delegacia Metropolitana no Centro, esperando o povo chegar para sairmos. Ou seja, havia muita gente com fome.

A maioria comeu uma empada de camarão, eu ressabiado com comida de posto de beira de estrada, preferi não arriscar, outros comeram biscoitos,etc... O fato e que logo que deixamos a ilha de São Luís, algumas pessoas começaram a passar mal, enjoo vômitos,... Foi um Deus nos acuda tamanha era a crise.

Ronald e Cláudia sua primeira esposa, com muita calma e paciência tentavam ajudar as pessoas, eu e Brandãozinho ( Pai de Cláudia) tentávamos ajudar. A verdade é que vomitaram os corredores daquele imponente ônibus double deck todo, com tanta gente passando mal ao mesmo tempo. Tivemos que fazer uma parada estratégica no primeiro posto que tivesse na frente para podermos higienizar o ônibus e conseguir seguir viagem.

Feito isso conseguimos amanhecer em Carolina (MA), onde conhecemos todas as cachoeiras do lugar e foi onde a primeira coisa mágica aconteceu. Foi dentro da garganta da “Pedra Caída”, quando juntamos todos de mãos dadas num abarco gigantesco àquela beleza da natureza, oramos e sentimos uma energia tão forte que todos nós não aguentamos e choramos de emoção e felicidade. Foi algo indescritível, só sabe mesmo quem esteve lá.

Seguimos pra Anápolis, Goiânia e no caminho de Caldas Novas (GO), o ônibus imponente que parecia um avião , Pasmem! pregou no meio do caminho. Foi outro susto!!! Ficamos parados num posto por quase 12 horas, quando Ronald conseguiu fretar um ônibus velho caindo aos pedaços, que nos levou à Caldas Novas e suas piscinas termais, onde passamos só uma manhã (foi super rápido) e, de tarde seguimos pra Palmelo (GO).

Durante a viagem toda, eu assumi um lado de palhaço e ia fazendo brincadeiras, colocando o povo pra cantar, Ronald, Cláudia o saudoso Brandãozinho seu sogro nessa época, riam que se acabavam ( mas isso foi no ônibus novo).

Em Palmelo visitamos tudo e de noite Ronald conversando com um grupo de amigos, ficava contando histórias de fantasmas... como se os espíritas tivessem medo de espíritos! Pode um negócio desse???

Fomos depois a Pires do Rio, Peirópolis (Museu dos Dinossauros) , até chegamos a Uberaba e foi lá que realizei o meu sonho de conhecer e beijar a mão do grande médium Chico Xavier, que recebeu mais de 800 pessoas do Brasil inteiro naquele dia. Outra sensação mágica, que só sabe quem também já esteve lá.

Foram tantos os momentos mágicos ao lado do amigo Ronald ( sempre com um sorriso largo no rosto) que passamos juntos, que ficaria cansativo aqui relatar.

Fomos também à Sacramento e Araxá, onde pegamos um frio de rachar o beiço. Graças ao bom Deus, nosso ônibus novo foi consertado e voltamos com conforto sãs e salvo pra São Luís (MA).

Poderia falar da magia do grande Hotel de Araxá, onde passamos uma manhã ( o hotel estava em reformas não pudemos entrar)  no imenso parque com um lago gigante onde se localiza.

Tantos e tantos momentos felizes nessa viagem, que acabou resultando no nascimento do meu primeiro filho. Bom , mas essa é uma outra história.

No fim de semana após a viagem, Ronald e Cláudia, como forma de agradecimento, me convidaram pra almoçar na casa deles no conjunto Santos Dumont. Foi um almoço muito bacana, mas aconteceram duas coisas pitorescas:

1-      Esqueci de avisá-lo que não como aves e naquele dia ele havia feito uma galinha da terra, com tudo que o prato tem direito.

2-      A filha Raquel era pequena ( devia ter uns 6 anos), quando sentei á mesa ela me olhou e com cara de espanto perguntou em alto e bom som pro Ronald: Pai o que fizeram com o cabelo dele? Espirituoso como ele era, disse as gargalhadas: roubaram minha filha. Ele é tão feio, que roubaram os de cima e só deixaram esses do lado,... e todos nós rimos muito.

A vida passou, eu conheci minha esposa, casei, tive 4 filhos com ela. Ronald se separou de Cláudia, Brandãozinho desencarnou e muitas coisas aconteceram no meio do caminho.  

Uma das últimas vezes que encontrei com Ronald, foi no Arraial do Ipem do ano passado, quando o avistei com uma morena, me aproximei e ele foi logo dizendo: Ricardo essa é Ana Lucia, minha atual esposa e mãe do meu filho Luigi Enrico. Ela muito simpática, me estendeu a mão e disse: prazer. Eu disse que o prazer era todo meu!

Ronald estava feliz, com o velho sorriso largo no rosto, cheio de projetos políticos e de ações beneficentes, como ele sempre os tinha.

Vá meu amigo, você cumpriu sua missão aqui na terra. Cuidou dos seus filhos como um Pai amoroso e dedicado, fez muita caridade, ajudou muitas pessoas,deu seu ombro amigo a muita gente e enxugou muitas lágrimas.

Mas é com os cabelos roubados da sua reposta à filha Raquel e com os sorrisos que demos juntos naquela inesquecível viagem e que sempre dávamos quando nos encontrávamos e que quero lembrar de você. As lágrimas?  Essas quando caírem como a cachoeira de “Pedra Caída” ou de “Mandacaruzinho”, vamos transformá-las em energia, sentimentos bons e luz, de uma vida bem vivida que tivestes na terra.

Quando saíres do grandioso hospital espiritual que se encontras, tenho certeza que lerás essas singelas palavras de um amigo-irmão que deixastes na terra. Que Deus na sua infinita bondade te receba de braços abertos e que você possa na espiritualidade, continuar sua evolução e ajudar outros irmãos a evoluírem também.

Muito obrigado amigo, pelos momentos que passamos juntos,

LUZ e PAZ para você e sua família! 

Ricardo Fonseca.  

[portalnaynneto]

Homicídio é registrado em Floresta; Acusados são presos

Na manhã deste domingo (04), por volta das 08h00, um homem de 36 anos foi morto na BR-316 em Floresta, no Sertão de Pernambuco. O fato ocorreu no bairro DNER. De acordo com informações, Policiais Militares foram acionados para verificar o caso. Chegando ao local, encontraram a vítima, identificada como Taciano Souza Cavalcanti, já sem vida. De imediato, os policias realizaram diligências no…

[acdvsocialistas]

Jornal da Cidade Online EDITORIAIS BLOGS E COLUNAS APOIA.se DESTAQUE AGORA Nos dias atuais, a liberdade é a maior condenação de Lula POLÍTICA Nos dias atuais, a liberdade é a maior condenação de Lula ÚLTIMAS NOTÍCIAS Mudança drástica na direção da Biblioteca Nacional (veja o vídeo) CULTURA BRASILEIRA 02/12/2019 Mudança drástica na direção da Biblioteca Nacional (veja o vídeo) Em entrevista, Moro "encerra" pretensão Política de Lula: "Faz parte do passado do País" MORO 02/12/2019 Em entrevista, Moro "encerra" pretensão Política de Lula: "Faz parte do passado do País" Extrema imprensa trata baile funk de Paraisópolis como "expressão cultural inocente" POLÍCIA 02/12/2019 Extrema imprensa trata baile funk de Paraisópolis como "expressão cultural inocente" AI-5: 12 frases da esquerda que escancaram a hipocrisia da extrema imprensa AI-5 02/12/2019 AI-5: 12 frases da esquerda que escancaram a hipocrisia da extrema imprensa Black Friday acima das expectativas é reflexo da melhora da economia, afirma Presidente de grande rede varejista GOVERNO BOLSONARO 02/12/2019 Black Friday acima das expectativas é reflexo da melhora da economia, afirma Presidente de grande rede varejista O que vimos na Black Friday é um reflexo da melhora da economia Orgulho nacional: valor devolvido pela Lava Jato aos cofres públicos ultrapassa R$ 4 bilhões DELTAN DALLAGNOL 02/12/2019 Orgulho nacional: valor devolvido pela Lava Jato aos cofres públicos ultrapassa R$ 4 bilhões Urgente: Lula pede ao STF a anulação da sentença condenatória do sítio de Atibaia EDSON FACHIN 02/12/2019 Urgente: Lula pede ao STF a anulação da sentença condenatória do sítio de Atibaia Bolsonaro não mencionou Leonardo DiCaprio sem indícios, ao contrário do que apregoa a extrema-imprensa LEONARDO DICAPRIO 02/12/2019 Bolsonaro não mencionou Leonardo DiCaprio sem indícios, ao contrário do que apregoa a extrema-imprensa Sem ter o que dizer, Joice agora foge de CPMI das Fake News JOICE HASSELMANN 02/12/2019 Sem ter o que dizer, Joice agora foge de CPMI das Fake News O cego ódio mira um atleta olímpico por uma foto com o presidente da República DIEGO HIPÓLITO 02/12/2019 O cego ódio mira um atleta olímpico por uma foto com o presidente da República DENÚNCIAS Sites de esquerda colocam em risco a vida de militante de direita e serão processados 02/12/2019 às 20:38 O absurdo passou de todos os limites do razoável... Lucinha Ramiro, uma conhecida lutadora de direita, foi vítima de criminosos nas redes sociais.... Ela tem milhares de seguidores e todos podem testemunhar que os posts abaixo nunca estiveram no perfil dela. Ou seja, falsificaram posts para tentar transformar a Lucinha em criminosa.... Para piorar, jornais de esquerda (aqueles que acusam o governo de Fake News), publicaram as montagens como se fossem reais.… A ativista já está sendo orientada acerca das providências e disse que não vai poupar esforços para repararem o dano que fizeram à sua imagem!! O Boletim de Ocorrência já foi lavrado no 2o DP de Guarulhos!! O Diário do Centro do Mundo e a Folha Impacto, que estão divulgando a Fake News e estimulando o ódio contra a ativista, terão muito trabalho para se livrar dessa.... da Redação O jornalismo em que você confia depende de você. Colabore com a independência do Jornal da Cidade Online doando qualquer valor. 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[jeremoabohoje-blog]

Jeremoabo: a terra dos prefeitos sem honra

O lema que rege a fundação do município de Jeremoabo está em latim: Fides super omnia. Significa Fé em primeiro lugar ou Fé acima de tudo. O maior município de nossa região, que divide com Itapicuru a maior longevidade, tem a fé como marca registrada estampada na labuta do seu povo. Jeremoabo nasceu duas vezes. Primeiro foi em 1625, quando povoado pelos Tupinambás, da linhagem dos Muongorus e Cariacás. Algum tempo depois a aldeia foi incendiada pelo Garcia D’Ávila, senhor das 60 léguas, morador da Casa da Torre da Praia do Forte. No meu romance Cariri Sangrento, no Amazon.com, dedico um capítulo ao período da reconstrução, ordenada pelo Rei de Portugal e pelo Papa. O refundador foi o capitão Sebastião Dias. Renascido das cinzas, ao longo de sua história, Jeremoabo pode ser varrido do mapa mais uma vez. Seus mais de 40 mil moradores enfrentam uma sucessão de administradores corruptos jamais vista na história, principalmente após sua efetivação como cidade em 1925. Os últimos prefeitos de Jeremoabo parecem disputar entre si o título de mais desonrado. Não há previsão de vencedor, até aqui.

O município, mãe de vários outros neste sertão, não consegue dar o exemplo, mesmo depois da eleição suplementar, ocorrida em 3 de outubro de 2018. A vitória de Derisvaldo José dos Santos, conhecido como Deri do Paloma (PP), seu vice é Luiz Carlos Bartilotti Lima, conhecido como Lula de Dalvinho (DEM), deveria ser um divisor dos tempos. Deri seria o prefeito da nova Jeremoabo. Seu lema era até interessante: vencer é saber esperar. A espera deu chabu. Desonra, corrupção, desfaçatez, incompetência, nepotismo, ostentação e outras desgraças marcam sua decepcionante passagem pela cadeira de prefeito. E se trata de um homem economicamente bem posto na vida. O povo esperava dele o verbo transformar ou, pelo menos, melhorar. Deri devolveu o abraço de confiança do povo com um pontapé nas partes já frágeis de Jeremoabo.

É preciso lembrar que a eleição suplementar de 2018 foi necessária porque, no pleito de 2016, a candidata à prefeita mais votada, Anabel de Tista (PSD), teve o registro indeferido e os votos dela não foram validados. Ela conseguiu disputar a eleição com recursos na Justiça Eleitoral. Os crimes cometidos por Anabel, Tista, Dr. Spencer fazem inveja a qualquer preso da Operação Lava Jato. Só para que fiquem lembrados, houve contratação de escritórios de advocacia com superfaturamento, licitação de empresas para limpeza pública com flagrantes irregularidades, notas fiscais forjadas, atraso gritante de salários, superfaturamento de obras… A lista é quase infinita. A impressão que se tem é que os prefeitos gastam o dinheiro primeiro e depois vão a busca de justificativas para prestas contas.

Não causará surpresa se o atual prefeito disputar a reeleição, mesmo com tamanha catástrofe administrativa. Também não será surpresa se ele tiver como adversário um dos seus antecessores. As denúncias contra prefeitos, quando são a nível federal, mesmo demandando certo tempo, são julgadas. Muitos já foram condenados em 2ª instância e outros cumprem pena. Mas as denúncias a nível estadual parecem caminhar a passos de lesmas, quando são efetivadas. O Ministério Público da Bahia bate nos prefeitos com mão de lã. Por outro lado, movidos pelo desejo de vingança das desgraças promovidas pelo atual prefeito, muitos eleitores, principalmente servidores públicos, procurarão o vitorioso mais próximo para amainar sua ira. Isso também contribui para eleger oportunistas. Se Deri continuar sua trajetória de desonra pública administrativa, fará o povo esquecer, na hora do voto, das mesmas desgraças feitas por Dr. Spencer, Pedrinho de João Ferreira, Tista, Anabel de Tista, o interino Antônio Chaves e outros menos lembrados.  

O Bahia Notícias, em reportagem de Francis Juliano e Lula Bonfim, e vários blogs de nossa região, a exemplo do Blog do Joilson Costa, noticiaram o vexame de servidores do município de Jeremoabo fazendo vigília e carreata por causa dos atrasos de salários e décimo terceiro. Os servidores promoveram uma carreata no centro da cidade na manhã desta sexta-feira (3). Na noite anterior, professores da rede municipal rezaram em uma vigília na frente da prefeitura.

Os servidores da educação reclamam que o reajuste salarial anual, previsto em Lei do Piso Nacional, não aconteceu em 2019. Além disso, o salário de junho de 2018 não teria sido pago. Para piorar, a grande maioria dos funcionários municipais não recebeu salário em dezembro. O vereador Kaká de Sonso (PSD), ligado ao grupo de Anabel, criticou duramente a falta de organização da prefeitura. O vereador está cumprindo seu papel, mas ele protestaria se o prefeito fosse Tista ou Anabel? Fato é que os servidores estão reagindo e prometem novas manifestações na próxima semana. Na quarta-feira (8), planejam uma manifestação em frente ao fórum da cidade, para cobrar uma atitude do Poder Judiciário, agora que já é possível ter um juiz de garantias.

Tudo isso que está ocorrendo é consequência da visão equivocada que os políticos têm do serviço público. A cultura cuidou de transformar o ato da escolha política como uma disputa de grupos, como se tivessem num jogo de campeonato. Ninguém pensa no coletivo, no público. Os políticos aproveitam tais rivalidades para transformarem suas administrações como caminho fácil para a prosperidade pessoal. Uns poucos, movidos pela honra, tentam ainda fazer algo de bom. Em Jeremoabo, há uma coisa que é possível encontrar nos seus últimos administradores: a ausência da honra.

Landisvalth Lima

[arteirablog]

BRUMADINHO, MINAS GERAIS

Como os leitores e seguidores do blog sabem, falar sobre notícias não é o nosso foco, contudo, nós - Caroline e Gabriely - como jornalistas e acima de tudo, seres humanos, não podemos deixar de nos compadecer e revoltarmo-nos com um crime como esse. Não pode passar em branco.

Não foi um acidente, não foi um desastre ambiental, não foi algo imprevis��vel. Foi negligência, foi um crime ambiental, foi sonegar responsabilidades.

A Vale, assim como a Samarco, em prol de lucro, não mediu esforços. Sua ganância possui mais valor que todas as vidas que foram envolvidas nessa catastrofre. O lucro foi mais valioso que toda a natureza relacionada e, agora, destruída, foi mais importante que a contaminação que o rio Paraobeba está sofrendo e atingindo animais e outras pessoas.

Vale, quanto Vale o Brasil agora? Quanto custou a sua ganância agora? O que vale ganhar o mundo e perde-lo em lama? Diga-me, por favor.

Políticos, todos vocês, me digam também - a propina recebida para a "vista grossa" realizada foi o suficiente? Realmente ainda é mais importante que todas essas vidas, agora, afogadas em lama? Digam-me, políticos! Não eram vocês que deveriam zelar pelo povo? Mais uma vez, nós brasileiros, devemos colocar nossos narizes de palhaços?

Quantas casas, quantas famílias, crianças, animais, quantas coisas e pessoas foram perdidas? Quantos sonhos estão soterrados na lama?

Vale por Brumadinho, Samarco por Mariana e Governo Federal por Minas Gerais e pelo Brasil, vocês são criminosos.

Agora a natureza sofre por vocês mas vou lembra-los que com a mãe-natureza não há brincadeira. Ela sempre cobra de volta, sempre.

Agora cabe a nós tentarmos ajudar. Faça o que pode. Verifique doações confiáveis e se possível contribua.

Brumadinho precisa de nós. Mariana ainda precisa de nós. A natureza também.

Não niglegencie agora o direito de ajuda para aqueles que mais precisam.

Caroline Vieira; Gabriely Ártico

Via Arteira Blog

[seasickpoetry]

O que fazer?

[um manual/relato a partir da Frente Antifascista de Itapeva e a partir do estudo/observação]

Esse post aqui é uma dica/guia e um passo a passo. Muitas pessoas tem se perguntado 'o que fazer?' em relação a: 1) fazer resistência e 2) tentar se movimentar politicamente. Resolvi pesquisar e botar em prática algumas ações, metodologias e práticas que funcionam. Vou compartilhar o que aprendi tanto do ponto de vista das possibilidades e dificuldades, quanto de caminhos e potencialidades. Trago exemplos da Frente Antifascista de Itapeva e de minha trajetória pessoal para ilustrar.

Pois bem. Vamos lá, essas lições tirei e aprendi de pessoas como: Zapata, Marx, Lênin, Rosa Luxemburgo, Chico Mendes, Angela Davis, Gramsci, Debord & Marighella. Então esse é um post objetivo, prático e direto, mas que não inventa a roda. O que estou para dizer aqui nas próximas linhas é reproduzido há muito tempo por grupos sociais, partidos, coletivos e nós só nunca nos movimentamos o suficiente para conhecer os métodos, não ouvimos falar, ou nem buscamos saber. Por isso eu também vou ocultá-lo de algumas pessoas - porque esse tipo de coisa se tornou perigosa levando em conta a escalada de autoritarismo e paranoia dentro do próprio povo.

Temos que ter em mente que nós, trabalhadores [de várias áreas, posicionamentos e funções], pequenos comerciantes e estudantes, bem como as minorias, devemos nos unir, suportar e conversar [mais do que nunca] para a elaboração de pautas e demandas em comum. O discurso que está no poder não vai abandoná-lo pela resiliência das nossas costas, pelo nosso poder crítico e, acima de tudo, devemos afastar o intelectualismo elitista da pauta: boa parte das pessoas que suportam essa agenda política conservadora nem fazem diferença do ponto de vista prático. Não foram elas que elegeram Bolsonaro - está cada vez mais claro que o novo presidente é um lacaio do império que perdeu parte de suas áreas de influência no Oriente Médio e na África, se voltando para a América Latina com um novo e arrojado discurso, munido de um aparato ideológico com o qual nunca lidamos antes e cujo poder é avassalador.

Escrevi sobre isso [o discurso do ocidentalismo, a geopolítica atual e ferramentas] em duas oportunidades:

Entendi o plano do Putin, só não sei se concordo https://acoluna.co/entendi-o-plano-do-putin-so-nao-sei.../

O Ocidente acha que está REALMENTE em uma cruzada https://acoluna.co/o-ocidente-acha-que-esta-realmente-em.../

ANTES DE TUDO: Não desanime. Tenha força - e não há como dizer isso de outra forma mas as dificuldades organizacionais são imensas [lidar com pessoas/egos/problemas/falta de comprometimento], e tudo dirá "desista, desista", mas você não pode desistir. Não espere resultados IMEDIATOS, estamos em um nível de organização local e regional MUITO INICIAL. Tenha paciência. Espere. Será árduo e complexo, DIFÍCIL, mas vai acontecer. Chico Science já dizia - O homem coletivo SENTE a necessidade de lutar. Você encontrará pessoas. Nós estamos aqui e por aí.

SEÇÕES:

1. REGIONALISMO 1.1 FRENTES/COMITÊS/GRUPOS 2. REAPROPRIAR NOSSAS PAUTAS 3. AÇÃO DIRETA 3.1 CONCEITUALIZAÇÃO 4. FORMAR UMA REDE 4.1 DÊ VISIBILIDADE 5. SARAUS, BATALHAS DE RAP, ENCONTROS DE ARTISTAS 6. AULÕES E RODAS DE CONVERSAS 7. PROPOR E MUDAR 8. USAR AS ARMAS DELES? 9. REPENSAR

1. REGIONALISMO:

Não adianta 'salvar o mundo' sozinho com suas contas em redes sociais e vontade de postar. A primeira coisa é saber onde você está e em qual contexto se insere [sócio-econômico e político]. Se pergunte: Já existem pessoas se organizando no meu bairro/cidade/região? Qual sua orientação política? Sei o suficiente? Busque saber - a prática transformadora é junção de teoria & ação. Procure por coletivos políticos, partidos, sindicatos, reuniões, use os mecanismos de busca da Google e Facebook, saiba usar as palavras de busca [o que implica em que você precisa saber o que busca: é uma organização com qual tipo de orientação prática e teórica? Você quer contribuir na luta de que maneira?]. Se você simpatizou com algum desses movimentos, entre em contato. Não se acanhe nem tenha medo de errar e posteriormente sair: a vida política é cheia de transformações. Construa o movimento e cresça dentro dele, essa prática vai te levar a gostar ou não ainda mais do trabalho. Voltarei aos temas e demandas DENTRO do regionalismo mais à frente.

Digamos que não haja - ou que você não tenha achado - nenhum coletivo e que os partidos da sua cidade/região não te apetecem. Veja bem, então você pode começar algo.

1.1 FRENTES/COMITÊS/GRUPOS:

Converse com pessoas de confiança [amigos, colegas de trabalho/escola/faculdade] sobre ação política - fiz isso junto com alguns amigos e nasceu a Frente Antifascista - Itapeva/SP [FAI]. Veja se há proximidade de posicionamento e vontade de agir. Promova reuniões [na sua casa, num café, numa praça] sempre pensando na segurança do local. Nessas reuniões, promova a discussão sobre o que está acontecendo, leve notícias de jornais para leitura conjunta. Criem uma regularidade para reuniões [neste caso, a ausência de regularidade foi um problema da FAI, pois não ter um calendário de ações bem definidas afasta os membros e 'esfria' a discussão]. Ponderem sobre a necessidade de leitura/discussão de textos teóricos: procurem textos práticos, de fácil acesso [pdf's ou alguém que tem o livro/texto escaneia e tira xerox], como por exemplo as sugestões [se você vier falar comigo posso indicar muito mais coisas - mas também se aventure pela marxists.org e outros sites, não se assuste com os preços da Boitempo, muita coisa está online e de graça]:

Palestras sobre Libertação [Angela Davis - http://rapefilosofia.blogspot.com/…/texto-completo-de-angel…]

O Manifesto do Partido Comunista [Marx - https://www.marxists.org/…/ManifestoDoPartidoComu…/index.htm]

O que fazer [Lênin - https://www.marxists.org/portugues/…/1902/quefazer/index.htm]

Zapatismo, autonomia e territorialidade da luta social [Spinelli - http://www.uel.br/…/g…/anais_ivsimp/gt1/16_lucasspinelli.pdf]

Mini-manual do guerrilheiro urbano [Marighella - https://www.marxists.org/port…/marighella/…/manual/index.htm]

Ciberativismo e zapatismo [Rivello e Pimenta - http://www.intercom.org.br/…/sudeste2…/resumos/r9-0215-1.pdf]

Mídia e poder na sociedade do espetáculo [Coelho e Paulino https://revistacult.uol.com.br/…/midia-e-poder-na-sociedad…/] --------------- VOLTAREI À SOCIEDADE DO ESPETÁCULO NA SEÇÃO SOBRE CONCEITUAÇÃO [3.1]

O que aprendemos e o que ensinamos [Che Guevara - https://www.marxists.org/portugues/…/1959/mes/aprendimos.htm]

Escolham como vocês se chamarão - utilizamos o termo 'Frente' em Itapeva porque nosso objetivo era agregar diferentes matrizes políticas e de movimentos já existentes, bem como demonstrar nosso caráter plural e variado. Mas pode ser 'grupo', 'coletivo', pode não ser nada. Entendam sua própria realidade: qual é o tamanho do bairro? Da cidade? Quais são as demandas populares - explore as páginas de Facebook críticas às ações da prefeitura e da câmara de vereadores. Revesem visitas frequentes à câmara - isso te aproximará das associações de bairro e das demandas de cada bairro. Conheça os casos de corrupção locais. Conheça os políticos e empresários locais - saiba o número de desempregados, os produtos principais da cidade. Escreva sobre isso. Explore a wikipedia, o site da prefeitura, os blogs críticos. Se falta um posto de saúde ali, se tem muito buraco na rua lá, se abriu um encanamento em tal lugar. E também te apresentará contatos de quem realmente é agente da transformação: o povo. Você precisa conhecer a sua realidade para transformá-la - e é só preciso dar o primeiro passo. Sabendo os problemas, aparecem as soluções na medida em que o grupo as discute, procura contatos, atrai novas pessoas, busca pessoas-chave, faz alianças.

[Em Itapeva procuramos ficar de olho dos casos de corrupção dos políticos e empresários - bem como ficar de olho nos jornais locais, que apresentam interessantes pautas --- o que nos leva para a próxima ação]

2. REAPROPRIAR NOSSAS PAUTAS

[esta seção também é útil para reflexõs sobre 'o que fazer' a partir de um movimento já existente no qual você entrou - isso se o movimento já não tem essas atitudes]

A pauta anticorrupção é por essência da esquerda e do povo. Quem mais além do povo para se preocupar com quem desvia as verbas, corrompe políticos, impede realização de obras e etc? Sabendo os casos de corrupção da sua cidade/região, você poderá conversar com as pessoas e encontrar nelas um ponto em comum que possibilitará reflexão sobre privilégios e problemas sociais, bem como para a abordagem de outros temas: reformas trabalhistas, previdenciárias, temas identitários.. etc.

Sabendo o que ocorre na sua região, você poderá falar, comentar, discutir, denunciar e propor. A voz [seja pelo Facebook, por cartazes, manifestações, requerimentos] deve ser exercitada mesmo que não seja ouvida por completo num primeiro momento. Falando você conhecerá em que tom, com qual veículo, de que forma e com quais interlocutores poderá falar.

Praticamente toda demanda popular - desde infraestrutura básica e corrupção à educação, desde anti-racista até gênero - são demandas dos trabalhadores e do povo. São por essência nossas demandas. Por nos preocuparmos demais com níveis nacionais & internacionais - e não é só sobre culpa, vivemos um mundo de distâncias aproximadas pela internet - demandas locais, efetivas [tanto para comunicação e propaganda] se diluíram a ponto de não conseguirmos mais dialogar com setores populares mesmo sendo populares. Não é sobre convencer - é sobre ouvir. Conheça as demandas do SEU POVO, do seu LUGAR. Crie relações com esse lugar.

[Na FAI ficamos de olho em jornais e processos políticos dentro da câmara da cidade. Recentemente resolvemos nos manifestar em relação a: i) um cidadão que publicou uma coluna defendendo regimes nazi-fascistas e conseguimos uma publicação de repúdio dentro do próprio jornal e ii) através de colagem de lambes e panfletagens nos apropriamos da pauta crítica a um caso de corrupção envolvendo o prefeito da cidade, para ficar em apenas dois atos]

Mas o que fazer depois de conhecer as demandas e pautas?

3. AÇÃO DIRETA

Existem várias formas de tornar a apropriação um fato. A direita e seus setores organizados conhecem todas elas - desde memes, posts, virais, vídeos, outdoors, carreatas e passeatas. Mas quando vão para esta última - passeatas - que envolvem sair às ruas, ainda estamos em domínio nosso por mais difícil que isso pareça.

A depender do número de pessoas que pode ser mobilizado, vocês podem fazer ações pontuais como: i) panfletagens [ótimo momento de encontrar pessoas que pensam de forma parecida - e é preciso escolher o lugar da panfletagem a partir do objetivo, se é em uma praça, se é numa avenida, se é perto de uma escola ou faculdade, se é na porta de uma fábrica - e neste último vocês podem fazer contato com o(s) sindicato(s) locais, contato ótimo para aprender táticas e empreender ações em comum]; ii) colagem de lambes e cartazes denunciando, propondo ou discutindo fatos LOCAIS ou que façam ponte com fatos mais gerais; iii) atos públicos: convocações de pessoas para protestos em votações polêmicas na câmara de vereadores; protestos; fechamento de vias; etc. Do I ao III a exigência de pessoas participando é cada vez maior - o contato olho a olho, escutar, ter paciência, é essencial. O que nos leva a discutir conceitualização no item 3.1.

A ação direta tem níveis mais ou menos radicais e deixarei os mais radicais - e óbvios - para as referências, para os exemplos já conhecidos e para a exploração dos próprios organizados regionalmente.

Outro nível de ação é a ponderação sobre candidaturas e participação efetiva na instituição - apesar de não servir como meio transformador, uma vez que os aparatos do capital e imperialistas se apoderaram do Estado como um todo, eleições são excelentes oportunidades para [segundo Lênin]: discutir política, fazer propaganda, criar oportunidades para participação setorial popular e representação - em suma, envolve as pessoas no debate político e empodera, mesmo que de forma inicial, uma prática política.

*Postagens em redes sociais dependem de: alcance; relevância e efetividade. Vocês precisam ponderar se: tem uma página, se a página tem alcance, se será nos perfis pessoas e se esses perfis servem de algo. Vivemos um momento em que o post na rede social MATERIALIZA a reivindicação e apostar nisso como ato durável de poder político é o maior problema dos setores organizados da direita. Suas polêmicas e demandas ou são bombardeadas em mil páginas e posts e perfis ou são esquecidas - facilmente substituídas.

3.1 CONCEITUALIZAÇÃO

Somos acusados de usar Gramsci para criar uma espécie de marxismo cultural, certo? Isso é uma falácia, já que não existe marxismo cultural e nossa cultura se aprofunda em dois pilares contraditoriamente úteis: liberalismo e conservadorismo. As pautas liberais de liberdade individual e representatividade se chocam com as pautas conservadoras - e aqui reside uma lição que foi esquecida pela esquerda, mas a nossa capacidade de fomentar discordâncias políticas nesses setores culturais dominantes. Apoiar esta ou aquela ação, fomentar este ou aquele candidato, buscar e entregar informações úteis para um grupo deslegitimar o outro, contrabalanceando os poderes e emergindo enquanto alternativa - e sim, a nível nacional isso parece loucura, porque qual é o meu e o seu poder quando consideramos as instituições brasileiras e até mundiais? Por isso enfatizo a questão local. É muito mais fácil fazer isso no bairro, na comunidade, na cidade, no condomínio, onde você conhece as pessoas e pode levar e trazer informações - ou até mesmo publicar este ou aquele posicionamento, se manifestar ou promover ação direta de 'bandeira falsa'. Usar a estética do inimigo para criar inimizades entre os inimigos - dividir para conquistar. Parece longe da realidade ainda? Exemplo sobre a FAI:

[Páginas de direita e políticos de direita em Itapeva estavam se acusando mutuamente sobre a autoria dos lambes que apenas relatavam quais vereadores votaram a favor ou contra a abertura de uma comissão que poderia terminar em cassação do mandato do prefeito da cidade. Os lambes citavam nominalmente os vereadores, que se indispuseram com a ideia de divulgação desse fato, que poderia associá-los ao caso de corrupção. Essa ação criou um conflito e fez com que vereadores e o próprio prefeito fizessem vídeos acusando opositores de serem 'mandantes' da colagem de lambes. Opositores de direita];

Voltando a Gramsci, em toda ação direta, definição de nome, divulgação e propaganda, os conceitos precisam ser compreendidos. Talvez seja necessário 'transformar' as palavras - tornando-as mais próximas das pessoas e das realidades locais. Gramsci usa 'teoria da práxis' ao invés de marxismo, e poderíamos usar conceitos como 'justiça social', 'transformação social' para pensar 'esquerda'. A direita faz isso muito bem e de forma gramsciana, já que transformou 'corrupção' e 'globalismo', dois conceitos do capitalismo liberal e do conservadorismo moral, em 'coisa de esquerdista'. Conseguiram subverter os conceitos porque entenderam o momento atual como de ESPETÁCULO, onde importa mais a narrativa e a 'divulgação do fato' do que a verdade efetivamente e o próprio fato. Não é sobre mentir, como a direita faz - mas sobre reapropriamento e sobre utilização dos conceitos na sua forma mais efetiva. Por isso, conhecendo as demandas locais, ouvir, estudar e participar, usar palavras como as que listarei podem demonstrar efetividade no plano do discurso, do convencimento e da ação, porque estão mais próximas e são imediatas - despertam para a consciência do seu lugar e papel na política:

- Democracia - Direitos - Deveres - Segurança - Contra a corrupção - Mutirão [para discutir, pensar, construir, limpar praças/bosques/florestas, plantar, ajudar] - Trabalhador - Políticos servem aos ricos - Impostos beneficiam os ricos - Justiça - Igualdade -Aposentadoria - Água encanda - Esgoto - Energia

Não excluir o papel religioso do pensamento filosófico de justiça social também é importante. Entender a religião como possibilidade de transformação a partir da discussão sobre, no caso do Brasil principalmente, Jesus defendeu o povo, expulsou os vendilhões do templo, pensou no próximo.

Pensar no próximo, se conectar, olhar nos olhos, cumprimentar, abraçar, sentir e se importar REALMENTE com as pessoas ao seu redor são consequências do pensamento coletivo, do amor e da justiça, da existência humana por essência. Essa postura substitui a lógica de egoísmo político que nos envenena e nos permitem: ouvir mais, aprender mais e tornar nossa voz uma ferramenta da transformação. Também são consequência de conhecer e viver na sua comunidade e região - se importar com o próximo, consigo e com a terra. São por essência o que desperta o comunista como agente transformador - e são por essência o que deixa o termo 'comunista' para escanteio a partir da possibilidade de definições, variações regionais e aberturas do termo.

** Se você já é militante ou está familiarizado com o vocabulário à esquerda e presente nas redes sociais, talvez evitá-lo ou transformá-lo será mais eficiente. Conhecer a sua realidade - o povo local, seu contexto - já vai alterá-lo e transformá-lo, pois você vai aprender muito com o povo ao seu redor.

*** Toda a obra traduzida de Gramsci [que precisava escrever com conceitos/termos 'escondidos' por ter sido preso na época de militância contra os fascistas na Itália] está presente online. Se inspire a partir dos seus conceitos, formas de escrever [que muitas vezes nos ensina muito sobre como na verdade os conceitos de 'esquerda' já estão presentes de outras formas] e entendimentos de cultura, conceitos, e prática política. Acesse:: [https://www.marxists.org/portugues/gramsci/index.htm]

4. FORMAR UMA REDE

Encontrar outros movimentos, coletivos, frentes e grupos. Criar contatos - ou individuais, ou em grupo - para ações em conjunto, para criar redes de compartilhamento de conhecimentos, práticas e ações que deram certo [ou não]. Aprender com os movimentos e partidos mais velhos - encontre os Quilombolas da sua região, aprenda com eles. Encontre os LGBT's da sua região, aprenda com eles. Encontre o MST na sua região, aprenda com eles. Encontre os grupos de leitura da sua região, aprenda com eles. Convide as pessoas para reuniões, pergunte se você pode participar das reuniões como representante - tenha sigilo e respeite as decisões desses outros grupos. Os grupos podem compartilhar dicas, conhecimentos importantes e membros [como a presença sempre útil de advogados para consultoria ou eventuais outras ações], criar mutirões em conjunto e abrir um leque de contatos, horizontes e de alcance [páginas, sites, etc].

Todos esses grupos tem táticas, formas, métodos e ações políticas para: representação, sobrevivência, autoproteção, autonomia. Essas palavras, quando combinadas com prática política - de vivência e de aprendizagem - levam à emancipação. Nosso objetivo maior. Enquanto indivíduo, enquanto coletivo e enquanto sociedade.

Os contatos podem ser com redes de whatsapp [e é sempre bom que não sejam todos os membros que estejam no grupo compartilhado de grupos, para evitar aglomerações de mensagens - a pessoa 'contato' pode ser rotativa], facebook, telegram, signal, etc.

4.1 DÊ VISIBILIDADE

Compartilhe mais as ações desses grupos e do seu próprio grupo nas redes sociais, deixe essas ações locais aparecerem e ganharem enfoque como alternativa. Esse mecanismo foi usado pela direita e hoje praticamente criou grupos de isolamento e barreiras quase intransponíveis a partir do algoritmo que privilegia 'o que você gosta' e do baixo alcance das alternativas. Dê visibilidade à possibilidade, e peça para amigos e parentes fazerem o mesmo a partir do desenvolvimento desses vínculos comunitários.

5. SARAUS, BATALHAS DE RAP, ENCONTROS DE ARTISTAS

Geralmente espaços como batalhas de Rap, Slams, Saraus, e encontros/festas de artistas em geral são espaços permeados por várias formas de resistência, subversão, crítica e possibilidade. São espaços que produzem indivíduos, ideias, narrativas, conceitos, que tem tanto ligações com os fatos nacionais e mundiais, quanto tem especialidades locais.

Sua cidade/bairro/região, tem um sarau? [Procure através dos mecanismos de busca do Facebook e google, utilize 'sarau', 'batalha' associado com o nome da sua região - geralmente na opção 'eventos' aparecem mais]. Se sim, apareça. Conheça as pessoas, os poemas, as vontades que existem por ali. Ouça atentamente e espere para mostrar sua voz: aprenda primeiro, produza depois. As narrativas dos 'rolês' e dos 'espaços artísticos' geralmente reúnem lados não conhecidos no 'senso comum' e no 'normal' da sua região: acontecem na noite, promovem a liberdade, te deixa conhecer o que outras pessoas como você estão pensando, o que elas estão lendo e produzindo, e como elas fazem isso.

Se não existe nenhum, você já pensou em criar um sarau? Os começos sempre são complicados. Aparecem poucas pessoas, existem enormes espaços vazios de fala. Mas a persistência - você já percebeu que é uma das principais qualidades que esse manual tenta passar/fomentar - te recompensará. Exemplo:

[Em Itapeva um dos nossos maiores mecanismos é o Sarau comunitário itapeva - como espaço de resistência e possibilidade, ele funde o 'rolê' e suas narrativas de liberdade, com espaços de aprendizado, divulgação e ação direta. Muitos dos membros da FAI se reconheceram pelo sarau - e o sarau é um misto de festividade com acolhimento. É um ótimo lugar para conhecer, se afeiçoar e se aproximar dos seus companheiros de luta. Proximidade vem em conjunto com a possibilidade e com o afeto. Se importar de verdade e conhecer de verdade é muito importante - - - - "terá que endurecer, mas sem perder a ternura jamais", frase atribuída a Che Guevara].

6. AULÕES E RODAS DE CONVERSAS

Com o grupo já melhor estabelecido e munido de contatos com outros movimentos e pessoas - uma das formas de criar um calendário de atividades movimentado, fomentar discussões científicas e políticas, engajar e empoderar as pessoas é criar aulas públicas e rodas de conversas. Vocês terão contatos - e mesmo que estes não sejam as autoridades máximas no assunto pretendido, a pesquisa para a realização dos eventos já é uma forma de inclusive fomentar perfis de liderança e formações políticas.

Os temas podem envolver: divulgação científica [professores de exatas ou biológicas]; política [profs. de história, geografia, sociologia, filosofia]; temas polêmicos [aborto, religião, polícia, armas, como funciona um mandato de vereador], profissionais, tradicionais [conhecimentos tradicionais, costumes, cultura], artes e etc. Fomentar uma cultura da informação e da discussão faz parte da formação de uma sociedade crítica e autônoma. Como estamos muito atrás - enquanto sociedade brasileira em geral - talvez o baixo público te desanime. É por isso que procurar escolas pode ser uma boa saída, e nesse momento todos os contatos anteriores serão de grande ajuda.

[Na FAI temos dificuldades de público pela ausência de trabalho na criação de contatos e redes - bem como do baixo nível de envolvimento/participação gerado pela ausência de periodicidade de reuniões. Solucionar isso é o principal objetivo desse ano, e as soluções envolvem necessariamente fomentar mais aulas, contatos e reuniões periódicas para a criação de uma cultura participativa e efetividade de ações, coisa que anima e envolve as pessoas].

Essa seção também é importante para fomentar uma cultura de compartilhamento de informações na região: filmes, livros, artigos, ideias, aulas. Compartilhar gera vínculo, que gera empatia, que aproxima e envolve as pessoas dentro da luta, bem como atrai atenções. Poucas coisas são mais bem vistas que conhecimento gratuito e doação do tempo - isso também ajuda na moral e legitimidade do grupo.

7. PROPOR E MUDAR

O caminho comum das discussões políticas e pautas - considerando que nossas próprias pautas e demandas foram apropriadas pela direita - é este: eles propõe, falam ou discutem algo absurdo [bolsa estupro, reforma da previdência que mantém privilégios, reforma trabalhista que acaba com direitos básicos, reformas tributárias que facilitam para os bancos e grandes empresas ao invés dos pequenos empreendedores, etc] e nós respondemos. Eles propõe e nós tentamos discutir, mitigar ou reduzir danos.

Esse papel de contenção precisa acabar. Enquanto estamos reativos, sempre estamos à mercê da próxima barbaridade dita ou proposta. Ficamos sem tempo para elaboração de propostas e viabilização de projetos - e assim desaparecemos/somos apagados do processo político.

Conhecendo nossas pautas regionais, podemos propor discussões e tomar novamente - mesmo que por alguns momentos - pautas de importância fundamental. O caso dos lambes em Itapeva é um retrato disso - por um momento quem teve de responder e repensar sua ação foi a direita organizada e institucional. Para isso é preciso ter conhecimento, discernimento e vontade política: escrever projetos, realizar ações diretas, chamar atenção da mídia e das discussões, fazê-los dançar a nossa dança, com os nossos termos, e então serão eles que precisarão negociar.

**** Aqui o papel dos grandes intelectuais, partidos e figuras públicas, a nível nacional, é imprescindível. Para cada reforma no horizonte devíamos ter uma contraproposta para comparativo na mídia e, portanto, no boca-a-boca. Para cada projeto de lei deles, devemos ter o nosso, com soluções práticas e possíveis - a nível de estratégia - para que a pressão popular [que quando conhecemos a demanda efetivamente, está conosco] seja ouvida realmente e integralmente. As reformas empreendidas pela direita através da pressão popular distorcem a vontade do povo [que não necessariamente quer armas e privatizações pois não terá devido o preço, mas quer segurança, trabalho, comida e acesso], que é soberana. O povo quer saúde, educação e segurança públicas, de qualidade e universal. O povo quer se apropriar dos espaços, viver e comer bem, trabalhar e construir um mundo melhor. O PT tentou isso em 1989 a partir do Governo Paralelo, que a partir de intelectuais ''ministros'' visava fiscalizar o governo Collor [veja mais aqui https://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2511200206.htm]. É preciso aprofundar essa lógica incentivando a participação e planificação horizontal ou vertical - de baixo para cima - com as demandas genuinamente populares. Mas para isso, os grandes caciques nacionais precisarão dar um passo para trás e ouvir o povo efetivamente - o que facilita o trabalho se estivermos organizados.

Usar o espetáculo, propor, discutir e fazê-los reagir e responder nos nossos termos inverte - ou subverte - a lógica e efetivamente conduz o reapropriamento das nossas pautas. Não é uma tática política nova - muitos grupos já se utilizam desses mecanismos.

Não é o momento para militância álcool gel: botar a mão na massa depende também da ação individual. Nada cairá do céu - e é você que vai construir sua emancipação. Nisso também temos outra vantagem - a super individualização a partir da demonização do coletivo [como quer o anti-filósofo da direita, Olavo de Carvalho e seu livro 'o imbecil coletivo'] empodera o indivíduo para a ação política, lidar com isso em tempos de espetáculo, redes sociais e argumentos-meme é nosso papel.

8. USAR AS ARMAS DELES?

Se nosso objetivo é armar a população com o conhecimento transformador, com a possibilidade e autonomia, não devemos usar da mentira, da falsificação e da enganação. Mas podemos usar dos memes, do compartilhamento e viralização, das 'zoeiras' e sem medo de 'baixar o nível' - quando for estratégico - ao 'zoar' ou 'revelar' o que forma a direita. Nesse sentido, o contraditório YouTuber PcSiqueira do canal MasPoxaVida vem fazendo um trabalho exemplar ao desmascarar o Movimento Brasil Livre e o Nando Moura [YouTuber divulgador do Olavo de Carvalho e do conservadorismo].

"Vídeo Censurado pelo Nando Moura" - https://www.youtube.com/watch?v=l1LDdsybzL0&t=626s

"A verdade sobre o Nando Moura" [nesse o YouTuber até sugere que venderá os mesmos produtos que são vendidos na loja do Nando Moura só que com 30% de desconto] - https://www.youtube.com/watch?v=Y303DgUXnEg

Vídeos do YouTuber Henri Bugalho também se dedicam a desmistificar e destruir as falácias produzidas por pessoas como Olavo de Carvalho.

"O IMBECIL COLETIVO: PEGA AÍ NANDO MOURA!" https://www.youtube.com/watch?v=EjQ9kVVuW0Y

Esse artigo da Vice também explica como o MBL monopolizou os memes - e a recente denúncia do PcSiqueira sobre a compra da página Corrupção Brasileira Memes [CBM] pelo grupo, além de apontar para uma estratégia importante, também levanta dúvidas como: de onde vem o dinheiro para ações desse porte? [leia o artigo aqui:https://www.vice.com/…/como-o-mbl-monopolizou-as-fabricas-m…].

Em caso de discussões: às vezes é necessário usar a estratégia de desviar do assunto - já que as pessoas de direita geralmente também a utilizam - a partir de inferências com dados, conhecimentos sobre o tema discutido e até localização ou pequenas provocações ["ah, então você está desviando porque não sabe nada sobre 'tananã'? hahahaha"] podem ser ferramentas úteis na hora de 'sair por cima' de um debate, principalmente debates 'assistidos'. É claro que esse tipo de estratégia não é agregadora, mas nem sempre temos que agregar, às vezes [e você precisa ponderar isso a partir da análise fria das situações] é necessário 'sair por cima'. Tudo depende do motivo, do lugar, do algo e da estratégia utilizada - por isso é bom sempre ter domínio dos seus objetivos políticos dentro da comunidade que está inserido. Novamente, conhecer as demandas, fatos e necessidades regionais é essencial para destruir argumentos falaciosos - e estar ligado nos 'memes', gírias e falas também. Conhecer a realidade nacional também é interessante, principalmente para articulação de escalas: associar políticos/personalidades locais ao Bolsonaro e seus deslizes [e vice e versa, associando o Bolsonaro a um político corrupto ou pessoa da sua região] - mesmo que no campo do discurso - é perfeito para destruir ou causar conflitos com a visão pública dessa pessoa. Leia-se qualquer político no lugar do Bolsonaro, se necessário.

Precisamos entender os conceitos utilizados pela direita e pela influência imperialista: guerra cultural e massificação. Para eles, ao falsamente influenciar o pensamento ''livre'', na verdade estão sendo produzidas massas de pessoas sem nenhum compromisso com qualquer tipo de conhecimento - e daí emergem os 'terraplanistas', 'anti vacinas', 'nazismo é de esquerda', 'mamadeira de piroca' e etc. Entender que eles acreditam que estão em guerra não é necessariamente jogar o seu jogo - mas desarmá-los a partir do que temem, o conhecimento e a verdade. Para isso, todas essas estratégias devem ser combinadas e repensadas a partir da sua realidade, lugar, aprendizado com o grupo[s] e povo, e contexto: pensar sobre nossas ações práticas e teóricas é uma das maiores diferenças entre nosso grupo político e aquele que se mantém na ignorância e no medo.

9. REPENSAR

Sempre se repensar, se analisar e construir ou desconstruir. Pensar seus privilégios, como sua voz pode servir ao outro, e como você pode ser um veículo de transformação. Todo ser humano merece chances, é claro, e não há aqui efetivamente 'julgamento', mas é o caso de pensar antes de se associar com lgbtfóbicos, racistas, agressores, personalidades duvidosas e 'babacas' em geral. Essas ações precisam ser discutidas em grupo e apontamentos precisam ser feitos - respeitando, é claro, as devias gravidades/necessidades - e os membros devem estar em constante avaliação no sentido de transformação em pessoas melhores, não no de 'pódio', como se houvesse uma competição ou validação para legitimidade.

É possível que uma pessoa mude? Sim, de fato é possível, principalmente quando os erros cometidos - através de preconceitos e/ou outras formas - são reconhecidos, assumidos, refletidos genuinamente e compreendidos enquanto erros e passos para a transformação. Estar comprometido com a própria mudança é mais importante que 'se arrepender', pois essa ação não significa nada do ponto de vista da prática política. É preciso se transformar para transformar. Estar em constante vigilância e reflexão das próprias ações - principalmente no casos de indivíduos mais privilegiados mais propensos à cometerem algum tipo de abuso.

[Este, por exemplo, vem sendo meu processo de desconstrução de conceitos e pré-conceitos estabelecidos na fala, nos termos, nas gírias, atos e no próprio convívio sócio-cultural. Meus erros me perseguem como fantasmas em cada ação que tomo, e em cada tomada de consciência sobre a compreensão deste determinado termo ou atitude preconceituosa ou abusiva, é que se alteram os padrões de reprodução social das várias formas de abuso e dominação. Esse norte, e somente esse, pode efetivamente repensar o indivíduo para com sua forma de inserção e convívio saudável e propositivo no coletivo, sabendo seu lugar, contexto e motivações para existir enquanto sujeito político].

[portalmunicipiosbaianos-blog]

NÃO IGNORE AS MUDANÇAS DO BRASIL DE BOLSONARO

 O brasileiro votou em Jânio Quadros porque estava cansado da corrupção, votou em Fernando Collor porque estava cansado da corrupção, votou em Jair Bolsonaro porque estava cansado da corrupção. A corrupção que nos acompanha desde sempre é o maior cabo eleitoral de candidatos que se apresentam como antissistema e antipolítica, mesmo que sejam, eles mesmos, parte da mesma geléia moral que dizem combater. Jair Bolsonaro, apoiado por grandes meios de comunicação, por empresários milionários e por pastores poderosos é um candidato do sistema. Uma ponta diferente do sistema que costuma eleger políticos no Brasil. Mas, ainda assim, do sistema.

A campanha de Jânio, em 1960, talvez tenha sido a mais parecida com a de Bolsonaro: Jânio cobrava a moralização da administração pública e queria varrer os corruptos – sua música de campanha falava em uma “vassourinha” que faria o serviço. O “Brasil moralizado” que Jânio tentou implantar regulou o tamanho do maiô das candidatas à miss, a exibição em anúncios na TV de maiôs e peças íntimas de uso feminino e até o uso dos biquínis nas praias. Moralismo sobre a sexualidade. Alguma semelhança com Bolsonaro? Jânio admitia que o Brasil tinha crescido nos anos anteriores, mas falava – enfatizava – que a crise e a corrupção estavam destruindo a nação. Sim, muitas semelhanças com a campanha de Bolsonaro.

Bolsonaro passou anos viajando o país e ouvindo seus lamentos em meio à crise. Como nunca teve problemas em dizer barbaridades, foi inteligente em colher as barbaridades alheias e se tornar um megafone estridente de impropérios. Sim, há gente no Brasil que prefere um filho morto do que gay – e, para cada uma das frases que saem de sua boca, estejamos certos, há gente para aplaudir ou, no mínimo, relevar – entre os exatos 55% do eleitorado que o elegeu no dia de hoje. Bolsonaro é um de nós sem os freios do superego.

Mas a onda anticorrupção surfada pelo candidato não seria tão alta sem alguns fatores. O primeiro deles é óbvio: a corrupção existiu nos governos petistas e segue existindo no governo Temer. Desde 17 de março de 2014, primeira fase da operação Lava Jato, o país acompanha o desenrolar dos casos como uma novela com horário para começar, todas as noites, nos telejornais. E aqui não importa a avaliação interna que o Partido dos Trabalhadores tem sobre si – “são casos isolados, não somos o único partido corrupto” etc. O que importa é a percepção das pessoas sobre o PT. E a maioria delas queria Lula preso em janeiro e quer que ele siga preso hoje. As pessoas associam o PT à corrupção. O PT ignorou a voz do povo e imaginou que uma população amedrontada pela insegurança e que deseja redução da maioria penal, aumento de penas, endurecimento das condições do cárcere e fim de “privilégios”, como a progressão de pena, fosse votar em um… preso.

Fernando Haddad, em campanha, falou sobre os erros do PT, mas já era tarde. A pauta anticorrupção caiu no colo da direita enquanto o PT insistia em não sentar frente a frente com seus antigos eleitores, gente que confiou no partido e que queria apenas um sinal de que aquilo tudo não se repetiria. A maioria das pessoas que elegeu Bolsonaro não é fascista, e são as mesmas que votaram no PT nas últimas quatro eleições. Ninguém ganha nas urnas sem a classe média.

Mas o partido preferiu gastar mais energia na defesa de Lula do que na reconciliação possível com a população. A defesa judicial do ex-presidente – que é legítima e deve ser levada às últimas instâncias, como faria qualquer condenado que se julga inocente – foi misturada com a campanha de modo catastrófico. A presidente do partido, Gleisi Hoffman, atuou mais como advogada de Lula do que como cabo eleitoral de Haddad, muitas vezes atravessando o samba de quem pensava em votar no PT, mas não achava certo usar o mandato para dar um indulto ao ex-presidente. Em determinado momento, o partido pediu nas redes sociais que as pessoas votassem por Lula (#VotePorLulaVote13). Alguém sem emprego, alguém com subemprego, alguém que teve que deixar os estudos por falta de dinheiro… você consegue imaginar que essas pessoas votariam “por Lula”?

No meio do caminho, o PT queimou aliados porque não aceitava deixar o protagonismo. Zé Dirceu falou em “tomar o poder”. Lula soltou carta na última semana de campanha detonando a imprensa. Todas pareceram apenas energia desperdiçada que poderia ser usada na desconstrução de Bolsonaro e no fortalecimento de Fernando Haddad, um bom nome que pode apontar para o futuro do partido, mas que foi jogado na cova dos leões.

 O fim da internet

A mudança que sentimos na internet brasileira durante essa eleição pode ser comparada àquela vivida pelo blogueiro iraniano Hossein Derakhshan. Em 2015, depois de seis anos na prisão, ele tentou reativar seu blog de sucesso e notou que as redes sociais haviam destruído tudo. Escreveu ele:

“As pessoas costumavam ler meus posts cuidadosamente e deixar vários comentários relevantes, e até mesmo aqueles que discordavam de mim voltavam sempre para me ler. Não tinha Instagram, Snapchat, Viber ou WhatsApp. Em vez disso, existia só a web e, na web, havia blogs: o melhor lugar pra encontrar pensamentos alternativos, notícias e análises.”

A destruição da internet foi terminada este ano durante o período eleitoral. Candidatos usaram uma máquina organizada de distribuição de “notícias” em massa, a maior parte delas, enlatados com histórias pela metade, ou apenas mentiras em estado bruto. As fake news, que vinham mostrando força na web desde o impeachment, completaram o serviço em 2018. Pode-se dizer que ajudaram a eleger Jair Bolsonaro em alguma medida, mesmo que isso não explique a derrota do PT.

Estamos perdidos em bolhas de algoritmos cada vez mais decisivos. Ficamos dez horas por dia plugados na rede. A vida digital de muitos de nós já é maior do que a que vivemos lá fora, e nossos afetos estão quase todos no zap. Planos limitados de dados fazem com que a gente se informe sem clicar em links, sem ler nada além das manchetes. Viramos um arquipélago de ilhas surdas.

Em 2006, quando vivíamos o auge dos blogs e da utopia de que a internet seria o celeiro do jornalismo independente, eu não acreditaria que em 2018 a estética e o lema seriam usados por um dos maiores espalhadores de lixo digital do país, como o site Folha Política, que foi banido do Facebook. Hoje, esse e outros sites não são apenas uma realidade: eles influenciam milhões de pessoas e deverão ser premiados pelo presidente eleito com verbas estatais. Descontente com a imprensa que o investiga justamente, Bolsonaro vai criar sua própria imprensa.

Todo o caos fértil que a rede nos pareceu em meados dos anos 90 e depois, toda aquela libertação dos meios tradicionais nos anos 2000, se transformou em um engenho de algoritmos no qual nós somos os animais a empurrar a roda. Animais que votam com a cabeça entupida de desinformação.

  A direita venceu a guerra cultural

Você provavelmente desdenha do filósofo Olavo de Carvalho, mas ele venceu. A ideologia olavista de que a esquerda brasileira dominava a narrativa cultural para se impor politicamente encontrou eco em uma nova geração de jovens votantes que, por natureza, são antiestablishment. E quem foi o establishment brasileiro na última década e meia? O PT. Some isso à corrupção e à crise e temos uma geração de alunos dos cursos de Olavo de Carvalho que passam o dia repetindo suas platitudes pela internet, muitas delas em consonância total com as ideias de Bolsonaro.

A estratégia da direita para vencer a guerra cultural passou por algumas etapas. A principal delas foi forjar ou importar escândalos pré-fabricados e falsas polêmicas. Uma delas: “A esquerda defende a pedofilia”. Militantes de direita fizeram a mesma “acusação” absurda contra progressistas nos Estados Unidos. No Brasil, até mesmo a nadadora Joanna Maranhão, uma vítima de pedofilia, foi acusada de defender pedófilos.

Outra polêmica fabricada que conquistou parte do eleitorado é a crítica à lei Rouanet. Eu fiz um cálculo pra mostrar o quão pequena é essa pauta em termos de orçamento público: o custo anual da Rouanet equivale a uns 5 anos de cafezinho nos órgãos federais. Bolsonaro conseguiu usar um espantalho como cavalo de batalha, e todo mundo caiu.

Há uma coisa que deve ser aprendida com o olavismo: a exclusão das pessoas “menos letradas” do debate público por parte da esquerda ilustrada afastou o eleitorado. A marcha bolsonarista que venceu as eleições começou no oeste do Brasil, nos rincões povoados de gente que não tinha “nível” para saber o que era uma pessoa transgênero ou que não entendia por que ciclovias deveriam ser priorizadas em vez de políticas de emprego. Elas encontraram abrigo no YouTube da direita.

 A imprensa perdeu

É preciso também falar sobre a insistência da imprensa em conversar só com a elite intelectual. Sobre o linguajar complicado, a profusão de jargões, as matérias escritas para serem elogiadas pelos colegas jornalistas, para terem lugar cativo nas newsletter de iniciados, e para serem ignoradas pela população em geral. Esse sistema perdeu, foi humilhado por memes e notícias falsas. A separação antiga entre “jornalismo e opinião” – como se não pudesse haver “jornalismo” mentiroso e “opinião” informativa e embasada – perdeu o sentido. Porque não importa o que nós, jornalistas, achamos sobre esses velhos cânones, o que importa é a percepção das pessoas.

Estabelecer uma ligação com elas, daqui para frente, requer outro tipo de abordagem. De que adianta tentar se mostrar isento praticando jornalismo declaratório que, no fim, é totalmente parcial? O jornalismo que só faz repetir o que alguém disse será ainda mais usado como instrumento de propaganda daqui para frente. Não é mais possível construir uma manchete em que Bolsonaro acusa o PT de fraude nas urnas sem dizer que ele não tem provas.

Só 10% dos jovens confiam na imprensa. As pessoas não diferenciam artigo de reportagem e isso passou a ser irrelevante em um mundo de guerra cultural onde a regra é a mentira. Isenção e honestidade não são sinônimos, é perfeitamente possível se mostrar isento sendo desonesto, assim como é possível assumir a defesa de um princípio com a espinha ereta. O que o jornalismo precisa é de posicionamento claro, de transparência com o público e de um discurso honesto capaz de ser simples e convincente. O jornalismo precisa parar de fingir que não é parte do jogo e que existe só para “reportar os fatos”. Isso pode até parecer isento, mas é desonesto. A julgar pelas declarações de Bolsonaro – se ele não mentiu para seus eleitores – teremos anos pesados pela frente. É preciso tomar pé disso.

 Fonte: Por Leandro Demori, em The Intercept

[ricardofonseca]

Estreia: Giros Sociais

O Blog Propagando tem a honra de apresentar a sua mais nova coluna os  - Giros Sociais - uma compilação de notícias com os fatos que marcaram os dias ou semanas nas redes socais. A partir de hoje, toda segunda-feira você saberá de tudo que rolou na internet e virou notícia. 

A ministra da Mulher e Direitos Humanos Damares Alves,se envolveu em mais uma polêmica nas redes sociais depois do “Jesus na goiabeira”, “meninas vestem rosa e meninos azul” e “ meninas de Marajó são exploradas porque não tem calcinhas”, dessa vez foi por uma declaração do advogado criminalista Antonio Carlos de Almeida castro , o Kakay. 

Kakay teria dito num grupo de whatsapp que: “Foi uma pena os pais desta idiota não terem feito o que ela prega. Se não tivessem trepado, estaríamos livres dela”.

Damares postou em seu twitter: “O que poderia ter gerado ´tanto ódio desse senhor por mim?” 

A defesa foi quase instantânea,veja os tweets a seguir... 

General Heleno ministro do GSI, usou também o twiiter para sair em defesa da ministra. 

Depois o ministro da Justiça Sérgio Moro... 

Por fim o 02, Eduardo Bolsonaro correu para defender Damares. 

“Quero que fique bastante claro: em nenhum momento, eu ofendi a Ministra Damares. Apenas registrei aquilo que realmente considero acerca das proposições políticas por ela expostas”, disse Kakay

Confira o que disse o criminalista sobre tudo isso, aqui:

https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/a-responsabilidade-das-pessoas-publicas-e-o-direito-a-critica/

O Senador Roberto Rocha, usou o seu Instagram para criticar o MOVIMENTO 65 de Flávio Dino. O governador maranhense lançou na internet “um movimento” para tentar resgatar a credibilidade do seu PCdoB perante as esquerdas e à opinião pública...

O senador tucano falou também, sobre as obras do Mercado Municipal do Produtor em Pinheiro (MA), fruto de sua emenda parlamentar. 

Vale aqui o seu bordão: “ primeiro a gente faz, depois a gente mostra!”

Ainda sobre as peripécias de Flávio Dino, o governador que todo dia solta uma notinha tentando se aproximar de Luciano Huck e da direita brasileira, postou em seu intagram, uma foto com o ex-Presidente tucano FHC ( pai da candidatura Huck a presidência em 2018) e Eduardo Leite do Rio Grande do Sul (também do PSDB) e governador mais jovem do País com 33 anos. 

“Quem não te conhece é que te compra Flávio Dino”, todos lembram como conseguiu numa manobra politiqueira, unir no maranhão PCdoB e PSDB em chapa única  para vencer as eleições de 2014, porque nunca teve o apoio declarado do PT nacional no estado. 

Porém, todos sabem quais as intenções dele ao tentar criar essa “Frente Ampla”, assediando FHC e Cia LTDA, qual seja dar um balão no PT que ultimamente vem o esnobando  e, tentar vencer as eleições de 2022 nas costas de uma segunda opção ( Huck ou Ciro). 

Quem te viu e quem te vê, a deputada ultra mega blaster radial de direita Joyce Hasselmann, usou o seu twitter para elogiar- pasmem! - a China Comunista pela construção do hospital para tratar especificamente do Coronavírus. A deputada completou: “ Que outro país conseguiria realizar isto?”

Por conta dessa postagem Joyce estaria sendo chamada de Comunista. Esse povo da internet não perdoa , hein? 

Confira matéria sobre esse mega empreendimento aqui:

https://exame.abril.com.br/mundo/apos-8-dias-china-anuncia-conclusao-de-hospital-para-tratar-coronavirus/