Tumgik
#Cowboy Protetor
skzoombie · 2 years
Text
Futuras postagens...
dpr ian
cowboy carter especial
formula 1 especial
lsdn como namoradores protetores
(roxo - está sendo escrito / verde - postado / vermelho - em espera)
145 notes · View notes
curso-online · 1 month
Text
Homem de Honra: O Amor Proibido do Cowboy por J P HOOKE | eBook
Sinopse: Tristan Emory nunca imaginou que seu mundo poderia ser abalado novamente. Após a trágica perda de sua mãe na infância, ele foi resgatado e acolhido pela família Harper, que se tornou sua verdadeira família. Crescendo com a missão de proteger a família que o salvou, Tristan se tornou o cowboy mais turrão e protetor de Lindon. Gracelyn Harper, por outro lado, acaba de retornar à cidade…
0 notes
denilsonsancho · 7 months
Text
Tumblr media
Fevereiro
Escute só,
isto é muito sério.
Anda, escuta que isso é sério!
O mundo está tremendamente esquisito.
Há dez anos atrás o Leon me disse
que existe uma rachadura em tudo
e que é assim que a luz entra,
não sei se entendi.
Você percebe alguma coisa
da mistura entre falhas e iluminação?
Aliás, me diga,
você percebe alguma coisa de carpintaria?
Você sabe por que foi que
meteram um boi naquele estábulo
ao invés de um pequeno rinoceronte?
Deve ter tido alguma coisa a ver com a geografia.
Ou com os felizmente
insolucionáveis mistérios
que só podem vir do misticismo asiático.
Um boi é um bicho tão … inexplicável.
Ainda bem!
O amor é um animal tão mutante,
com tantas divisões possíveis.
Lembra daqueles termômetros
que usávamos na boca
quando éramos pequenininhos?
Lembra da queda deles no chão?
Então!
Acho que o amor quando aparece
é em tudo semelhante
à forma física do mercúrio no mundo.
Quando o vidro do termômetro se quebra,
o elemento químico se espalha
e então ele fica se dividindo
pelos salões de todas as festas.
Mercúrio se multiplicando.
Acho que deve ser isso
uma das cinco mil explicações possíveis
para o amor.
Ah é! Eu gosto de você!
A luz entrou torta
por nós a dentro, mas, olha,
eu gosto de você!
A luz do verão passado
quebrou o vidro da melancolia
e agora ela fica se expandindo
pelas ruas todas,
desde aquele outro lado do Sol
até esse tremendo agora.
Hoje ainda faz bastante frio.
As cinzas ainda não aterraram
sobre as cabeças disfarçadas.
Tem gente batucando
suor e cerveja
pelas ruas da nossa cidade sul.
E na cidade norte,
há ondas de sete metros
tentando acertar no terceiro olho
dos rapazinhos disfarçados de cowboys.
[suspiro]
O mestre ainda não veio
decretar o começo da abstenção
e ... olha,
a luz ainda está conosco.
Sim,
o mundo está absurdamente esquisito.
Já ninguém confia
nas imposições dos perfeitos.
A esta hora na terra é um tanto carnaval,
um tanto conspiração,
um tanto medo.
Metade fé,
metade folia,
metade desespero.
E, provavelmente,
a esta hora,
uma metade do mundo está vencendo
e a outra metade dormindo.
Há ainda outra metade
limpando as armas,
outra limpando o pó das flores.
Mas, por causa do que me ensinou o místico,
eu acredito que agora exista alguém
profundamente acordado.
Alguém que esteja vivendo
entre o intervalo tênue
entre o sonho e a agilidade.
Suponho que ele saiba perfeitamente
que este começo de século
será nosso batismo do voo
para nossa persistência no amor.
João molhou a testa de Emanoel.
Os gritos das ruas
molham as testas de nossos corações.
De que lado você está,
eu não me importo!
De que garfo você come?
de que copo você bebe?
que posto certo você escolhe?
qual é seu orixá?
seu partido?
sua altura?
de qual de suas cicatrizes você cuida?
que pássaro você prefere?
quem é seu pai?
qual é seu samba?
Pinot noir ou Chardonay?
que protetor você usa?
qual é sua pele?
seu perfume?
qual político?
quantos amores você sonha?
em que Fernando?
em que Ofélia?
em que cinema?
em que bandeira?
em que cabelo você mora?
Qual dos túneis de Copacabana?
Reze para seus santos quando atravessar.
É… é impossível
viver no país de Deus.
Isso eu te dou de barato.
Mas, atravessar o gramado de Deus em bicicleta,
isso não é impossível, não.
Escuta, isso é sério!
Andamos crescendo juntos,
distraidamente.
As árvores crescem conosco.
Nossa pele se estende,
nosso entendimento teso, também!
O século cresce conosco.
O amor pelas ventas da cara do mundo,
também!
Quanto a um pra um
entre nós dois,
isso logo se vê.
Não sei nada sobre a paixão,
suspeito que você também não.
Mas, começo a entender
que o compasso da fé
está mudando a passos largos.
Dois pra lá e dois pra cá.
Portanto, escute.
Isto é muito serio!
Isto é uma proposta aos trinta anos.
Agora que o mercúrio
assumiu sua posição certa,
vem comigo achar
o meu trono mágico
entre a folhagem.
E, no caminho até lá,
vem dançar comigo, vem!
Matilde Campilho*
0 notes
ateaultimapagina · 2 years
Text
Resenha | "Cowboy protetor", de Milan Watson
“Cowboy Protetor” é um romance quente e leve, cheio de amor e superação. O casal tem muita química e podemos sentir a tensão sexual pairando no ar, mas por conta da situação atual não podem se entregar ao amor… isso até não aguentarem mais. Uma delicinha de leitura, dinâmica, rápida e leve. Ótima opção para o final de semana! *Leitura Coletiva com a #lcabacaxipsiciana Rachel passa por uma…
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
mileshurwitz · 5 years
Text
𝕥𝕣𝕖𝕒𝕥𝕚𝕟𝕘 - a small para with @youngandmoony
Raramente Miles se importava com o Dia das Bruxas, esforçava-se para que o dia de Emily fosse divertido, mas não era uma data que gostava, pessoalmente. Provavelmente seu instinto te pai protetor gritasse mais alto nesses momentos e exatamente por isso não achava uma boa ideia uma menina de doze anos comer doces dados por estranhos. Todo o conceito de trick or treating fugia dos seus ensinamentos: não converse com estranhos, não aceite nada que pessoas desconhecidas lhe oferecerem. Entretanto, ali estava ele, fazendo um penteado nos cabelos loiros de sua filha para que pudessem sair. Diferentemente do pai, Emily adorava o halloween e Miles faria qualquer coisa para deixa-la feliz. A menina sempre vestia-se com a mesma fantasia, Tinker Bell, mesmo ganhando novas todos os anos de sua mãe.
O pai prendeu a última mecha do penteado com uma presilha em formato de borboleta antes de pentear a franja da menina que falava incessantemente. O sorriso bobo no rosto do homem ao ouvir a filha era sempre presente, ela estava animada, aquela seria a primeira festa de halloween que o pai a levaria e não conseguia segurar suas emoções, mas antes iriam pegar doces. 
Miles também estava fantasiado, apesar do descontentamento. A pequena Hurtwitz era extremamente persuasiva e havia convencido o pai de que ele devia fazer algo naquele ano. A roupa improvisada de cowboy fora montada com um chapéu e um paletó antigos. Vesti-los deixara o homem extremamente nostálgico, aquelas eram as roupas que usava no Texas. — Pegue sua sacola, não queremos deixar Moony esperando, certo? — Disse para a baixinha, Emily era uma criança esperta e doce, apesar de todos os mimos do pai. Desceram de mãos dadas até a portaria do Smith’s enquanto a menina cantarolava e saltitava. Aqueles momentos valiam a pena, apesar de todo o desconforto que sentia ao sair na rua com aquela “fantasia”, Miles amava aqueles momentos. O amor e o cuidado incondicional que sentia por Emily enchia seu coração todos os dias. Andaram até a entrada do Lux, Moony já devia estar chegando. Enquanto esperavam, a menina brincava no meio-fio, subindo e descendo da calçada enquanto o pai observava os carros na rua, sempre preocupado.
7 notes · View notes
booksfriendsnews · 4 years
Photo
Tumblr media
[eBOOKS GRATUITOS – 07.04.2020] Vários livros e séries incríveis de diversos gêneros (fantasia, horror, ficção científica, policial, suspense, mistério; jovens e adolescentes; ficção: clássica, história e contemporânea; romances e erótico) estão disponíveis gratuitamente na Amazon. ATENÇÃO!! Confira os e-books gratuitos dos dias anteriores, a partir do dia 22.03.2020. Alguns ainda se encontram gratuitamente. - O Jogo do Playboy (Império Mershano #2) - Lexi C. Foss: https://amzn.to/2xbrmOl - Ayra - Andy Collins: https://amzn.to/34r9Tha - Explosiva: Bombshell (EOD #2) - Jane Harvey-Berrick: https://amzn.to/3aNkfu1 - Por trás da fama - M. S. Fayes: https://amzn.to/3bXyBYX - Devorador de Corações - Parte 1 e 2 (BOX) - Elisete Duarte: https://amzn.to/2FdrQo7 - BOX PRÍNCIPES DA MÁFIA com 4 livros - Ivani Godoy: https://amzn.to/2IQUDAe - Orlando: Uma biografia - Virginia Woolf: https://amzn.to/39MCQFe - O Chamado Selvagem (Clássicos Melhoramentos) - Jack London: https://amzn.to/39L9VS0 - O que toca o coração - Silvia Spadoni: https://amzn.to/2VoGvEf - O dobro ou nada - K. Patterson: https://amzn.to/2RiJTPq - Aprendendo a confiar: Série Rendição - Mariel Grey: https://amzn.to/2VbOUun - BOX IRMÃS MACBRIDE - Kira Freitas: https://amzn.to/2xSZNcB - A Rainha (Irmãs MacBride #1) - Kira Freitas: https://amzn.to/2JP7yDa - A Duquesa (Irmãs MacBride #2) - Kira Freitas: https://amzn.to/2UP56mu - A Princesa (Irmãs Macbride #3) - Kira Freitas: https://amzn.to/2JPUX2G - CONDENADA - OS CALLAHAN'S: OS CALLAHAN'S (OS CALLAHAN'S #2) - LYSA MOURA: https://amzn.to/38CLOo8 - Na Esquina Da Paixão: Um amor improvável - Tanyh Moreira: https://amzn.to/39OQ3NF - RUSH (The Curse Of Sinners #1) - Victória Torres Ruaro: https://amzn.to/3bY42lU - Entrega-me - S.F Petersen: https://amzn.to/39hgCuM - Encontra-me (Entrega-me #2) - S.F Petersen: https://amzn.to/3dw3TYz - Nicolai (Máfia Russa #1) - Becca Avlis: https://amzn.to/3aVpvfk - O Amor Cura - Fabiana Bianchini: https://amzn.to/2We21uh - Azul como ela nunca conheceu - Sil Zafia: https://amzn.to/2EJ8bMq - As Bruxas de Oxford (Trilogia Coração da Magia #1) - Larissa Siriani: https://amzn.to/2V6ECvA - E se a Bela fosse a Fera? - Águeda Faon: https://amzn.to/2V0VdCK - Ruby (Entre Vidas #3) - Juliana Leite: https://amzn.to/2EEfO6T - Deuses caídos - Gabriel Tennyson: https://amzn.to/3e6xUOI - Desejo Obscuro (Os Clãs #1) - Thamires Dias Gomes: https://amzn.to/2Xmp2yD - As Crônicas do Mundo Novo: Volume I: Projeto HES - M. S. C. Araujo: https://amzn.to/3c1dsgE - Cerberus: O Diabo pede Carona - Leonardo Monte: https://amzn.to/2V8N1Pi - SOBREVIVENTES - DANNY MARKS: https://amzn.to/34r8mYs - Nefilins - M. Marques: https://amzn.to/3e61vrx - O Protetor: Confiar no anjo ou no monstro? (Trilogia Salva-me #1) - Ariane Zucco: https://amzn.to/2y0FPgg - A Protegida: O perigo está mais próximo do que imaginávamos! (Salva-me #2) - Ariane Zucco: https://amzn.to/39SfT3i - Protegendo (Trilogia Salva-me #3) - Ariane Zucco: https://amzn.to/3aWFfi0 - Você é minha: uma virgem para um mafioso (romance contemporâneo) - Danae Sousa: https://amzn.to/2VdKBP5 - Rude e sexy: meu vizinho me enlouquece - Danae Sousa: https://amzn.to/2VbQBbd - Me abrace amor - Francesca Duran: https://amzn.to/2yDxoHL - Quero romance: Novela de amor e vingança - Stella Sampson: https://amzn.to/2RlU5Xv - A Filha do Dr. Pena de Morte: Uma história de amor, perdão e luta pela liberdade. - Stefen Moonwalker: https://amzn.to/2vK4JQn - Broken Sea: Um Estranho nas Sombras - Miller Britto: https://amzn.to/2O2h1u7 - Revele-me seus sonhos (Conspiração #1) - Meirilene Reis: https://amzn.to/2MGWZpZ - Meu Príncipe virou um Sapo - Josiane Veiga: https://amzn.to/2RlUyJf - Compromisso Selado - Rafaelly Monike: https://amzn.to/2XgyqDR - My Sunshine: Primeiro Romance (Trilogia Livro 1) - Rose SaintClair: https://amzn.to/2US9XDk - O dia em que eu salvei o mundo - Lívia Stocco: https://amzn.to/3e230XS - Ben Falcão: Um CEO playboy em minha vida - Gil R. Santos: https://amzn.to/2Vcam2w - Um Dia Irei Te Amar - Manuh Costa: https://amzn.to/3c3H9xE - Hilary Barker No Covil do Amor: Nas Garras do Amor - Cristina Rocha: https://amzn.to/2VhfimS - Nas Mãos do CEO (Livro Único) - Yule Travalon: https://amzn.to/2JL1YS3 - Perfeitos Estranhos - Gileade Wenceslau: https://amzn.to/3byZDpe - Perfeita Bailarina: Um spin-off de Perfeitos Estranhos - Gileade Wenceslau: https://amzn.to/39pj8PF - Casei Com Um Cowboy (Família Ross #1) - Evilane Oliveira: https://amzn.to/2XF5WUX - Jogos de Máscaras - Roberta Del Carlo: https://amzn.to/34iZPqk - O homem que Amei - Vall Chruscielski: https://amzn.to/2JPoJ7G - Deixada no altar - Tânia Giovanelli: https://amzn.to/2WUNjwG - Minha Chefe Me Odeia: Parte I - Olívia Molinari: https://amzn.to/2RkmD3K - Meu Sócio Me Odeia: Parte II - Olívia Molinari: https://amzn.to/34hf5UI - Meu Conselheiro de Luz - Mila Wander: https://amzn.to/2XWLu2h - Trocando os Polos - Mila Wander: https://amzn.to/30bxCOV - O meu melhor amigo? – Bruna Longobucco: https://amzn.to/2IMv4Cg - Depois do verão passado: Até onde uma estação pode mudar a sua vida? (Estações #1) - Sarah C. L: https://amzn.to/2JL354b - Depois que ela se foi...: Érica Calefi - Érica Calefi: https://amzn.to/3bZP5zF - Perdida em seu Coração (Sob o Domínio do Ritmo #1) - Suellen Mendes: https://amzn.to/2Rn0XEd
0 notes
postsingular · 6 years
Video
(via https://www.youtube.com/watch?v=VasLnEWnAxY)
Fevereiro - Matilde Campilho 
“Escute só, isto é muito sério.
Anda, escuta que isso é sério!
O mundo está tremendamente esquisito. Há dez anos atrás o Leon me disse que existe uma rachadura em tudo e que é assim que a luz entra, não sei se entendi. Você percebe alguma coisa da mistura entre falhas e iluminação?
Aliás, me diga, você percebe alguma coisa de carpintaria? Você sabe por que meteram um boi naquele estábulo ao invés de um pequeno rinoceronte? Deve ter tido alguma coisa a ver com a geografia. Ou com os felizmente insolussionáveis mistérios que só podem vir do misticismo asiático. Um boi é um bicho tão… inexplicável. Ainda bem.
O amor é um animal tão mutante, com tantas divisões possíveis. Lembra daqueles termômetros que usávamos na boca quando éramos pequenininhos? Lembra da queda deles no chão?
Então, acho que o amor quando aparece é em tudo semelhante à forma física do mercúrio no mundo. Quando o vidro do termômetro se quebra, o elemento químico se espalha e então ele fica se dividindo pelos salões de todas as festas. Mercúrio se multiplicando. Acho que deve ser isso uma das cinco mil explicações possíveis para o amor.
Ah é! Eu gosto de você. A luz entrou torta por nós a dentro, mas, olha, eu gosto de você! A luz do verão passado quebrou o vidro da melancolia e agora ela fica se expandindo pelas ruas todas. Desde aquele outro lado do Sol até esse tremendo agora.
Hoje ainda faz bastante frio. As cinzas ainda não aterraram sobre as cabeças disfarçadas, tem gente batucando suor e cerveja pelas ruas de nossa cidade sul. Na cidade norte, há ondas de sete metros tentando acertar no terceiro olho dos rapazinhos disfarçados de cowboys.
[suspiro]
O mestre ainda não veio decretar o começo da abstenção e, olha, a luz ainda está conosco. Sim, o mundo está absurdamente esquisito. Já ninguém confia nas imposições dos prefeitos, a esta hora na terra é um tanto carnaval, um tanto conspiração, um tanto medo. Metade fé, metade folia, metade desespero. E, provavelmente, a esta hora, uma metade do mundo está vencendo e a outra metade dormindo, há ainda outra metade limpando as armas, outra limpando o pó das flores. Mas,  por causa do que me ensinou o místico, eu acredito que exista, agora, alguém profundamente acordado. Alguém que esteja vivendo entre o intervalo tênue entre o sonho e a agilidade. Suponho que ele saiba perfeitamente que este começo de século será nosso batismo do voô para nossa persistência no amor.João molhou a testa de Manuel. Os gritos das ruas molham as testas de nossos corações.
De que lado você está, eu não me importo! De que garfo você come, de que copo você bebe, que posto certo você escolhe, qual é seu orixá, seu partido, sua altura, de qual de suas cicatrizes cuida, que pássaro você prefere, quem é seu pai, qual é seu samba, Pinot noir ou Chardonay, que protetor você usa,  qual é sua pele, seu perfume, qual político, quantos amores você sonha, em que Fernando, em que Ofélia, em que cinema, em que bandeira, em que cabelo você mora, qual dos túneis de Copacabana. Rezo para seus santos quando atravessar.
É… é impossível viver no país de Deus. Isso eu te dou de barato. Mas, atravessar o gramado de Deus em bicicleta, isso não é impossível, não.
Escuta, isso é sério!
Andamos crescendo juntos, distraidamente. As árvores crescem conosco. Nossa pele se estende, nosso entendimento, teso, também. O século cresce conosco. O amor pelas ventas da cara do mundo, também. Quanto a um pra um entre nós dois, isso logo se vê. Não sei nada sobre a paixão, suspeito que você também não. Mas, começo a entender que o compasso da fé está mudando a passos largos. Dois pra lá e dois pra cá.
Portanto, escute. Isto é muito serio! Isto é uma proposta aos trinta anos.
Agora que o mercúrio assumiu sua posição certa, vem comigo achar o meu trono mágico entre a folhagem. E, no caminho até lá, vem dançar comigo, vem!”
5 notes · View notes
sentilizar-se · 6 years
Quote
Escute só, isto é muito sério. Anda, escuta que isso é sério! O mundo está tremendamente esquisito. Há dez anos atrás o Leon me disse que existe uma rachadura em tudo e que é assim que a luz entra, não sei se entendi. Você percebe alguma coisa da mistura entre falhas e iluminação? Aliás, me diga, você percebe alguma coisa de carpintaria? Você sabe por que meteram um boi naquele estábulo ao invés de um pequeno rinoceronte? Deve ter tido alguma coisa a ver com a geografia. Ou com os felizmente insolussionáveis mistérios que só podem vir do misticismo asiático. Um boi é um bicho tão… inexplicável. Ainda bem. O amor é um animal tão mutante, com tantas divisões possíveis. Lembra daqueles termômetros que usávamos na boca quando éramos pequenininhos? Lembra da queda deles no chão? Então, acho que o amor quando aparece é em tudo semelhante à forma física do mercúrio no mundo. Quando o vidro do termômetro se quebra, o elemento químico se espalha e então ele fica se dividindo pelos salões de todas as festas. Mercúrio se multiplicando. Acho que deve ser isso uma das cinco mil explicações possíveis para o amor. Ah é! Eu gosto de você. A luz entrou torta por nós a dentro, mas, olha, eu gosto de você! A luz do verão passado quebrou o vidro da melancolia e agora ela fica se expandindo pelas ruas todas. Desde aquele outro lado do Sol até esse tremendo agora. Hoje ainda faz bastante frio. As cinzas ainda não aterraram sobre as cabeças disfarçadas, tem gente batucando suor e cerveja pelas ruas de nossa cidade sul. Na cidade norte, há ondas de sete metros tentando acertar no terceiro olho dos rapazinhos disfarçados de cowboys. [suspiro] O mestre ainda não veio decretar o começo da abstenção e, olha, a luz ainda está conosco. Sim, o mundo está absurdamente esquisito. Já ninguém confia nas imposições dos prefeitos, a esta hora na terra é um tanto carnaval, um tanto conspiração, um tanto medo. Metade fé, metade folia, metade desespero. E, provavelmente, a esta hora, uma metade do mundo está vencendo e a outra metade dormindo, há ainda outra metade limpando as armas, outra limpando o pó das flores. Mas,  por causa do que me ensinou o místico, eu acredito que exista, agora, alguém profundamente acordado. Alguém que esteja vivendo entre o intervalo tênue entre o sonho e a agilidade. Suponho que ele saiba perfeitamente que este começo de século será nosso batismo do voô para nossa persistência no amor.João molhou a testa de Manuel. Os gritos das ruas molham as testas de nossos corações. De que lado você está, eu não me importo! De que garfo você come, de que copo você bebe, que posto certo você escolhe, qual é seu orixá, seu partido, sua altura, de qual de suas cicatrizes cuida, que pássaro você prefere, quem é seu pai, qual é seu samba, Pinot noir ou Chardonay, que protetor você usa,  qual é sua pele, seu perfume, qual político, quantos amores você sonha, em que Fernando, em que Ofélia, em que cinema, em que bandeira, em que cabelo você mora, qual dos túneis de Copacabana. Rezo para seus santos quando atravessar. É… é impossível viver no país de Deus. Isso eu te dou de barato. Mas, atravessar o gramado de Deus em bicicleta, isso não é impossível, não. Escuta, isso é sério! Andamos crescendo juntos, distraidamente. As árvores crescem conosco. Nossa pele se estende, nosso entendimento, teso, também. O século cresce conosco. O amor pelas ventas da cara do mundo, também. Quanto a um pra um entre nós dois, isso logo se vê. Não sei nada sobre a paixão, suspeito que você também não. Mas, começo a entender que o compasso da fé está mudando a passos largos. Dois pra lá e dois pra cá. Portanto, escute. Isto é muito serio! Isto é uma proposta aos trinta anos. Agora que o mercúrio assumiu sua posição certa, vem comigo achar o meu trono mágico entre a folhagem. E, no caminho até lá, vem dançar comigo, vem!
​Fevereiro - Matilde Campilho
4 notes · View notes
justicereborn · 6 years
Photo
Tumblr media
Clinton “Clint” Gregory Saunders/Cowboy 
O nome Clinton significa aquele que se localiza no topo. Ele, no entanto foi nomeado em homenagem a Clint Eastwood, o ator favorito de seu pai. Seu nome do meio é Gregory e significa “vigiar”. Por extensão, o nome tem o sentido de “o vigilante”, “homem atento”, “sempre acordado”. O que numa conotação literal se traduz como o vigilante que se localiza no topo.
Clint cresceu no Texas, na cidade de Memphis. Por essa razão, seu sotaque sempre foi bem carregado e por algumas vezes faz com que as pessoas estranham inicialmente. Reiko mesmo teve certa dificuldade em compreender o que o amigo dizia quando o conheceu. Atualmente, ele suavizou mais seu sotaque só que por vezes acaba deslizando e deixando escapar ainda mais quando está muito animado com algo.
Ele é o filho mais velho, tendo duas irmãs mais novas que são gêmeas (Deborah/Debbie e Abigail/Abbie). Sua convivência com mulheres desde pequeno o fez tornar-se muito protetor em relação ao sexo feminino. Um cavaleiro a moda antiga, alguns diriam.
Clint aprendeu a atirar quando fez quatorze anos. Greg temia que caso sua identidade como vigilante chegasse aos ouvidos das pessoas, sua família pudesse acabar se ferindo e assim foi que decidiu ensinar o filho a se proteger e as mulheres da casa.
Pelo lado materno, Clint Saunders é descendente de Jonah Hex. Sua mãe é bisneta do caçador de recompensas mais famoso do velho oeste, porém ela nunca foi uma vigilante ou heroína.
Seu pai não queria que Clint fosse um vigilante como ele e sempre incentivou o filho a estudar e ser alguém na vida. O rapaz seguiu a vontade de Greg e foi para a faculdade graças a uma bolsa de estudos que conseguiu por jogar futebol americano. Ele inclusive foi convidado a fazer testes para o Dallas Cowboys, mas acabou recusando porque nunca quis jogar profissionalmente.
Clint perdeu o pai quando tinha dezessete anos, Greg Saunders faleceu enquanto atuava como herói e combatia uma invasão de parademonios de Apokolips junto com os membros da Liga da Justiça. Para honrar o legado de seu pai foi que Clint tornou-se um vigilante.
Clint e Reiko são grandes amigos desde que o cowboy ingressou na equipe dos New Outsiders. Ambos costumam passar algum tempo livre um com o outro e geralmente isso inclui frequentar alguns bares e tavernas. Foi Clint o responsável pela primeira ressaca de Reiko Yamashiro. Atualmente, eles saem mais em encontros de casal cada um com sua respectiva parceira.
Ele conhece Guinevere Knight desde que tinham sete anos, seus pais eram melhores amigos e por vezes parceiros de combate ao crime. Clint sempre teve uma atração pela garota nova iorquina, mas sempre se manteve na defensiva achando que ela não iria querer um caipira do Texas. Ambos começaram a namorar 01 ano antes de Clint iniciar a carreira de herói.
A arma de Clint Saunders foi forjada no século 31 é uma herança de família vinda de Jonah Hex durante o período em que esteve no futuro. A arma futurista foi construída aos moldes de um antigo revolver Colt do modelo Paterson, criado no século XIX (exatamente em 1836). Ele é alimentado por um núcleo vindo de um fragmento de meteorito desconhecido que lhe permite disparar rajadas de energia de plasma. A arma nunca ficou sem munição.
4 notes · View notes
blogmmmonteiros · 7 months
Text
10 Romances Kindle com Cowboys
Hey, cowgirls! Se vocês são como nós e adoram um romance que envolva cowboys charmosos, paisagens rústicas e um toque de aventura, então preparem-se para mergulhar em uma lista dos melhores romances com temática de cowboys! Deixe-se levar pelas histórias apaixonantes que vão fazer seu coração bater mais forte e seus suspiros ecoarem pelas pradarias. Afinal, quem pode resistir ao charme rude de um…
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
nerreeene · 6 years
Text
Fevereiro - Matilde Campilho
Escute só, isto é muito sério.
Anda, escuta que isso é sério!
O mundo está tremendamente esquisito. Há dez anos atrás o Leon me disse que existe uma rachadura em tudo e que é assim que a luz entra, não sei se entendi. Você percebe alguma coisa da mistura entre falhas e iluminação?
Aliás, me diga, você percebe alguma coisa de carpintaria? Você sabe por que meteram um boi naquele estábulo ao invés de um pequeno rinoceronte? Deve ter tido alguma coisa a ver com a geografia. Ou com os felizmente insolussionáveis mistérios que só podem vir do misticismo asiático. Um boi é um bicho tão… inexplicável. Ainda bem.
O amor é um animal tão mutante, com tantas divisões possíveis. Lembra daqueles termômetros que usávamos na boca quando éramos pequenininhos? Lembra da queda deles no chão?
Então, acho que o amor quando aparece é em tudo semelhante à forma física do mercúrio no mundo. Quando o vidro do termômetro se quebra, o elemento químico se espalha e então ele fica se dividindo pelos salões de todas as festas. Mercúrio se multiplicando. Acho que deve ser isso uma das cinco mil explicações possíveis para o amor.
Ah é! Eu gosto de você. A luz entrou torta por nós a dentro, mas, olha, eu gosto de você! A luz do verão passado quebrou o vidro da melancolia e agora ela fica se expandindo pelas ruas todas. Desde aquele outro lado do Sol até esse tremendo agora.
Hoje ainda faz bastante frio. As cinzas ainda não aterraram sobre as cabeças disfarçadas, tem gente batucando suor e cerveja pelas ruas de nossa cidade sul. Na cidade norte, há ondas de sete metros tentando acertar no terceiro olho dos rapazinhos disfarçados de cowboys.
[suspiro]
O mestre ainda não veio decretar o começo da abstenção e, olha, a luz ainda está conosco. Sim, o mundo está absurdamente esquisito. Já ninguém confia nas imposições dos prefeitos, a esta hora na terra é um tanto carnaval, um tanto conspiração, um tanto medo. Metade fé, metade folia, metade desespero. E, provavelmente, a esta hora, uma metade do mundo está vencendo e a outra metade dormindo, há ainda outra metade limpando as armas, outra limpando o pó das flores. Mas,  por causa do que me ensinou o místico, eu acredito que exista, agora, alguém profundamente acordado. Alguém que esteja vivendo entre o intervalo tênue entre o sonho e a agilidade. Suponho que ele saiba perfeitamente que este começo de século será nosso batismo do voô para nossa persistência no amor.João molhou a testa de Manuel. Os gritos das ruas molham as testas de nossos corações.
De que lado você está, eu não me importo! De que garfo você come, de que copo você bebe, que posto certo você escolhe, qual é seu orixá, seu partido, sua altura, de qual de suas cicatrizes cuida, que pássaro você prefere, quem é seu pai, qual é seu samba, Pinot noir ou Chardonay, que protetor você usa,  qual é sua pele, seu perfume, qual político, quantos amores você sonha, em que Fernando, em que Ofélia, em que cinema, em que bandeira, em que cabelo você mora, qual dos túneis de Copacabana. Rezo para seus santos quando atravessar.
É… é impossível viver no país de Deus. Isso eu te dou de barato. Mas, atravessar o gramado de Deus em bicicleta, isso não é impossível, não.
Escuta, isso é sério!
Andamos crescendo juntos, distraidamente. As árvores crescem conosco. Nossa pele se estende, nosso entendimento, teso, também. O século cresce conosco. O amor pelas ventas da cara do mundo, também. Quanto a um pra um entre nós dois, isso logo se vê. Não sei nada sobre a paixão, suspeito que você também não. Mas, começo a entender que o compasso da fé está mudando a passos largos. Dois pra lá e dois pra cá.
Portanto, escute. Isto é muito serio! Isto é uma proposta aos trinta anos.
Agora que o mercúrio assumiu sua posição certa, vem comigo achar o meu trono mágico entre a folhagem. E, no caminho até lá, vem dançar comigo, vem!
3 notes · View notes
Text
A 'homoerotização' do martírio de São Sebastião
Tumblr media
Canonizado pela igreja, a figura de São Sebastião se configurou para o catolicismo como um grande símbolo de resistência cristã em tempos de perseguição religiosa durante parte do império Romano. Perseguido e alvejado a flechadas pelos soldados de Diocleciano, Sebastião não foi morto, porém assim fora eternizada sua imagem como mártir. Após insistir na pregação cristã, foi novamente sentenciado pelo imperador romano, desta vez culminando em sua morte a pedradas. Desde então, diversas representações de tal iconografia foram reproduzidas em diferentes momentos e espectros do campo das artes.
Foi durante o início do período medieval, entre 527 e 565, que surgiram as primeiras representações artísticas do santo. "A recorrência da representação do santo, seminu, voluptuoso e andrógino, desde o século XIV foi tolerada pela Igreja, considerando a influência da Antiguidade Clássica e também o fato de que São Sebastião era padroeiro das pestes, pois simbolizava o triunfo sobre a morte pelas flechadas" (SANTOS, 2016). Com o início do período da contrarreforma, a igreja decidiu substituir a imagem do santo pela figura de São Roque, por ser considerada mais decente e sábia na tarefa de protetor das pestes. Isso já elucidava o impacto dos pensamentos e representações estéticas da arte barroca que levaram a ver o "sexualmente explícito" na nudez.
“Num dos concílios provinciais realizados no continente americano ecoando essa virada— como o de Santo Domingo, em 1622 — determinou-se que nas pinturas sagradas se evite toda lascívia e se afaste toda superstição, e que tanto as representações como as relíquias dos santos não se adornem, nem se esculpam ou pintem com beleza torpe ou procaz” (SIBILIA, 2014). Foi apenas durante o período barroco que sua figura viria a ser dramatizada, e propositalmente erotizada, sintomaticamente já acompanhando a nova lógica de pensamento do período moderno. Não a toa, com as manifestações no final do século XX, são Sebastião viria a ser considerado um "santo gay" devido suas representações coincidirem com toda uma cultura de padrões estéticos da figura masculina homossexual criada no contemporâneo. É justamente nesta virada entre o período medieval e o moderno que se tornava cada vez mais perceptível nas representações das artes plásticas o início do fenômeno que viríamos a enxergar hoje como “pornificação” do corpo, mesmo tendo erotismo e religião coexistido na arte desde a Antiguidade Tardia. Isto se deve justamente às mudanças de lógica de pensamento advindo da construção e consolidação das regras que viriam a moldar as sociedades no mundo ocidental moderno e passariam a regir a nudez através da vergonha, não mais por uma lógica punitiva de coerção. 
Durante a efervescência cultural e libertária no final dos anos 60 nos Estados Unidos, diversos diretores LGBTs da cena underground - como Andy Warhol, Kenneth Anger e Jack Smith -, se propuseram a representar o corpo masculino no cinema experimental, fazendo críticas e sátiras com diversos arquétipos do universo gay masculino, como a figura dos motociclistas estadunidenses e cowboys, que perpassavam pelo imaginário popular. Derek Jarman, homossexual e politicamente ativo nas artes, se propôs a reproduzir a imagem do santo no polêmico “Sebastiane” de 1976, representando a vida de Sebastião sobre uma narrativa e estética "camp" bastante características de representação da figura masculina homossexual nas artes.
A construção desse ideal de corpo masculino viril e erotizado por artistas LGBTs já vinha sendo arquitetada por diversos outros artistas antecessores ao movimento no cinema, como os ilustradores Tom da Finlândia e George Quaintance, e fotógrafos como Bob Mizer e Bruce Bellas, que no início do século XX, moldariam toda uma forma de representação artística - os “beefcakes” -, em diversas revistas masculinas, tendo como grande influência a figura fisiculturista de atletas gregos, como Mílon de Crotona; cultura esta cujo ideias de representação foram perpetuadas até os dias de hoje, assolando diversas áreas como o campo da publicidade e da venda de um estilo de vida fitness e “saudável”.
Tumblr media
“[...] enfim libertados das severidades de outrora, porém suavemente intimados a se enquadrarem nos moldes do fítness para estarem à altura do que deles se espera. Ou seja: para poderem desfrutar dos sacrossantos prazeres da sua condição encarnada, deverão obedecer à reluzente moral da boa forma.” (SIBILIA, 2008)
Mesmo com alguns aspectos moralizantes ao redor da dessacralização de figuras religiosas, a chamada moral da boa forma ainda é um dos fatores principais para que algumas representações sejam melhor aceitas do que outras. A utilização de corpos fora de tais padrões de beleza ainda causam estranhamentos e repulsas devido a forte projeção histórica ao redor do corpo definido, malhado, padrão. As representações artísticas do atual universo LGBT masculino nada mais elucidam uma forte cultura moldada desde os períodos antigos, mas que apenas viriam a ter significados mais amplos com uma forte reivindicação dos direitos civis e igualitários do público LGBT, que ao finalmente se entenderem e apresentaram assim como indivíduos, foram estigmatizados e sujeitos a uma forte pressão social de performance e representação de seus corpos na mídia, em que, a fim de legitimar seu papel na mesma, acabaram por tornar-se cúmplices de seus parâmetros de controle, reproduzindo seu discurso coercitivo daquilo que pode ser ou não digno de ser exposto.
Referências Bibliográficas:
SIBILIA, Paula. O que é obsceno na nudez? Entre a Virgem medieval e as silhuetas contemporâneas. Revista FAMECOS, Porto Alegre, v. 21, n. 1, pp. 24-55, janeiro-abril de 2014.
SIBILIA, Paula. O corpo reinventado pela imagem. Revista Trópico, São Paulo, novembro de 2008.
SANTOS, Alexandre. Tensionamentos entre religião, erotismo e arte: o Martírio de São Sebastião. PPGAV/UFRGS, Porto Alegre, v. 21, n. 35, maio de 2016.
Luis Monteiro
4 notes · View notes
Text
Fevereiro - Matilde Campilho
Escute só, isto é muito sério. Anda, escuta que isso é sério! O mundo está tremendamente esquisito. Há dez anos atrás o Leon me disse que existe uma rachadura em tudo e que é assim que a luz entra, não sei se entendi. Você percebe alguma coisa da mistura entre falhas e iluminação? Aliás, me diga, você percebe alguma coisa de carpintaria? Você sabe por que meteram um boi naquele estábulo ao invés de um pequeno rinoceronte? Deve ter tido alguma coisa a ver com a geografia. Ou com os felizmente insolussionáveis mistérios que só podem vir do misticismo asiático. Um boi é um bicho tão… inexplicável. Ainda bem. O amor é um animal tão mutante, com tantas divisões possíveis. Lembra daqueles termômetros que usávamos na boca quando éramos pequenininhos? Lembra da queda deles no chão? Então, acho que o amor quando aparece é em tudo semelhante à forma física do mercúrio no mundo. Quando o vidro do termômetro se quebra, o elemento químico se espalha e então ele fica se dividindo pelos salões de todas as festas. Mercúrio se multiplicando. Acho que deve ser isso uma das cinco mil explicações possíveis para o amor. Ah é! Eu gosto de você. A luz entrou torta por nós a dentro, mas, olha, eu gosto de você! A luz do verão passado quebrou o vidro da melancolia e agora ela fica se expandindo pelas ruas todas. Desde aquele outro lado do Sol até esse tremendo agora. Hoje ainda faz bastante frio. As cinzas ainda não aterraram sobre as cabeças disfarçadas, tem gente batucando suor e cerveja pelas ruas de nossa cidade sul. Na cidade norte, há ondas de sete metros tentando acertar no terceiro olho dos rapazinhos disfarçados de cowboys. O mestre ainda não veio decretar o começo da abstenção e, olha, a luz ainda está conosco. Sim, o mundo está absurdamente esquisito. Já ninguém confia nas imposições dos prefeitos, a esta hora na terra é um tanto carnaval, um tanto conspiração, um tanto medo. Metade fé, metade folia, metade desespero. E, provavelmente, a esta hora, uma metade do mundo está vencendo e a outra metade dormindo, há ainda outra metade limpando as armas, outra limpando o pó das flores. Mas, por causa do que me ensinou o místico, eu acredito que exista, agora, alguém profundamente acordado. Alguém que esteja vivendo entre o intervalo tênue entre o sonho e a agilidade. Suponho que ele saiba perfeitamente que este começo de século será nosso batismo do voô para nossa persistência no amor. João molhou a testa de Manuel. Os gritos das ruas molham as testas de nossos corações. De que lado você está, eu não me importo! De que garfo você come, de que copo você bebe, que posto certo você escolhe, qual é seu orixá, seu partido, sua altura, de qual de suas cicatrizes cuida, que pássaro você prefere, quem é seu pai, qual é seu samba, Pinot noir ou Chardonay, que protetor você usa, qual é sua pele, seu perfume, qual político, quantos amores você sonha, em que Fernando, em que Ofélia, em que cinema, em que bandeira, em que cabelo você mora, qual dos túneis de Copacabana. Rezo para seus santos quando atravessar. É… é impossível viver no país de Deus. Isso eu te dou de barato. Mas, atravessar o gramado de Deus em bicicleta, isso não é impossível, não. Escuta, isso é sério! Andamos crescendo juntos, distraidamente. As árvores crescem conosco. Nossa pele se estende, nosso entendimento, teso, também. O século cresce conosco. O amor pelas ventas da cara do mundo, também. Quanto a um pra um entre nós dois, isso logo se vê. Não sei nada sobre a paixão, suspeito que você também não. Mas, começo a entender que o compasso da fé está mudando a passos largos. Dois pra lá e dois pra cá. Portanto, escute. Isto é muito serio! Isto é uma proposta aos trinta anos. Agora que o mercúrio assumiu sua posição certa, vem comigo achar o meu trono mágico entre a folhagem. E, no caminho até lá, vem dançar comigo, vem!
26 notes · View notes
livrosdavinia · 4 years
Text
RESENHA: Uma longa jornada
Tumblr media
Uma longa jornada é um livro escrito por Nicholas Sparks, o rei do romance clichê. Esse livro está longe de ser sua história mais famosa, mesmo tendo ganhado filme. Porém, dos romances que eu já li/vi, é um dos meus preferidos. O livro narra duas histórias: Sophia e Luke, Ira and Ruth. O primeiro casal se passa na atualidade e é sobre uma estudante de arte e um cowboy. Já o segundo casal é da década de 1940, sendo Ruth uma amante de arte e refugiada que veio de Viena fugindo do nazismo e Ira um filho de alfaiate. Em capítulos intercalados entre o ponto de vista de Ira, Luke e Sophia, vemos a história desses quatro se conectando de alguma forma. Quando eu li esse livro, já tinha assistido o filme e particularmente tinha gostado bastante. Então é impossível apenas ler, sem comparar as duas versões. Dessa vez, ao contrário do que aconteceu em barrado do beijo, eu acabei gostando das duas versões, de forma diferente. Graças ao esquema de mudança de ponto de vista, é possível se conectar e saber o lado de todos os personagens (menos de Ruth, que já está morta quando a história começou). Ira é um homem velho, solitário e melancólico que passa o livro inteiro preso num acidente de carro, relembrando sua história com Ruth. Ele e Ruth tiveram uma vida bonita, que mostra como amor é escolhas, escolhas essas que requerem sacrifícios, mas que é justamente através disso que sabemos se alguém nos ama. Em geral, a história dele é mais bonita no filme. No livro, é angustiante passar por todos aqueles momentos com ele, perceber a decadência do ser humano aos poucos. No livro, por ter sido salvo antes, Ira compartilha sua história com Sophia, quando ela o visita para ler as cartas. Essa jogada do filme teria sido bastante útil no livro, já que em muitos momentos eu me peguei contando as páginas, esperando quando o capítulo do Luke chegaria. Claro que Ira continua sendo um romântico totalmente apaixonado em sua deusa Ruth, porém até mesmo o final faz mais sentido no filme que no livro. No entanto, devo concordar que quando se trata de Sophia e Luke, o livro dá uma surra no filme. Não que o filme seja ruim. Mas a relação desses dois fica muito melhor no livro, se desenvolve lentamente, te dá tempo para perceber eles se apaixonando e se apaixonar junto com eles. Luke não é tão teimoso e arrogante, ele na verdade é carinhoso, educado, gentil, homem de família, protetor. E Sophia é uma menina doce, companheira, gentil e muito menos direta que no filme. Eles formam um casal simples, porém incrível, que te faz soltar o livro às vezes para poder suspirar em meio a tanta fofura. No filme, embora os atores tenham sido ótimos, a personalidade dos personagens mudaram um pouco e ambos perderam essa maturidade e docilidade que é típica dos casais de Sparks. Resumindo, tanto o filme quanto o livro são bons, só que de modos diferentes. O livro é bom porque você tem um casal doce, meigo e maduro, que é Luke e Sophia, embora tenha que aguentar a melancolia de Ira. O filme é bom porque você tem um casal que demonstra escolhas e sacrifícios, um casal com um amor muito forte e verdadeiro, que é o caso de Ruth e Ira, embora você tenha que ver uma Sophia e Luke meio apressados, opostos demais para conseguir dar certo. Enfim, minha recomendação? Leia o livro. Assista o filme. Aprenda a amar os dois e você é quem sairá no lucro.
0 notes
diam0ndcard · 4 years
Text
FEVEREIRO
Escute só, isto é muito sério.
Anda, escuta que isso é sério!
O mundo está tremendamente esquisito. Há dez anos atrás o Leon me disse que existe uma rachadura em tudo e que é assim que a luz entra, não sei se entendi. Você percebe alguma coisa da mistura entre falhas e iluminação?
Aliás, me diga, você percebe alguma coisa de carpintaria? Você sabe por que meteram um boi naquele estábulo ao invés de um pequeno rinoceronte? Deve ter tido alguma coisa a ver com a geografia. Ou com os felizmente insolussionáveis mistérios que só podem vir do misticismo asiático. Um boi é um bicho tão… inexplicável. Ainda bem.
O amor é um animal tão mutante, com tantas divisões possíveis. Lembra daqueles termômetros que usávamos na boca quando éramos pequenininhos? Lembra da queda deles no chão?
Então, acho que o amor quando aparece é em tudo semelhante à forma física do mercúrio no mundo. Quando o vidro do termômetro se quebra, o elemento químico se espalha e então ele fica se dividindo pelos salões de todas as festas. Mercúrio se multiplicando. Acho que deve ser isso uma das cinco mil explicações possíveis para o amor.
Ah é! Eu gosto de você. A luz entrou torta por nós a dentro, mas, olha, eu gosto de você! A luz do verão passado quebrou o vidro da melancolia e agora ela fica se expandindo pelas ruas todas. Desde aquele outro lado do Sol até esse tremendo agora.
Hoje ainda faz bastante frio. As cinzas ainda não aterraram sobre as cabeças disfarçadas, tem gente batucando suor e cerveja pelas ruas de nossa cidade sul. Na cidade norte, há ondas de sete metros tentando acertar no terceiro olho dos rapazinhos disfarçados de cowboys.
[suspiro]
O mestre ainda não veio decretar o começo da abstenção e, olha, a luz ainda está conosco. Sim, o mundo está absurdamente esquisito. Já ninguém confia nas imposições dos prefeitos, a esta hora na terra é um tanto carnaval, um tanto conspiração, um tanto medo. Metade fé, metade folia, metade desespero. E, provavelmente, a esta hora, uma metade do mundo está vencendo e a outra metade dormindo, há ainda outra metade limpando as armas, outra limpando o pó das flores. Mas, por causa do que me ensinou o místico, eu acredito que exista, agora, alguém profundamente acordado. Alguém que esteja vivendo entre o intervalo tênue entre o sonho e a agilidade. Suponho que ele saiba perfeitamente que este começo de século será nosso batismo do voô para nossa persistência no amor.João molhou a testa de Manuel. Os gritos das ruas molham as testas de nossos corações.
De que lado você está, eu não me importo! De que garfo você come, de que copo você bebe, que posto certo você escolhe, qual é seu orixá, seu partido, sua altura, de qual de suas cicatrizes cuida, que pássaro você prefere, quem é seu pai, qual é seu samba, Pinot noir ou Chardonay, que protetor você usa, qual é sua pele, seu perfume, qual político, quantos amores você sonha, em que Fernando, em que Ofélia, em que cinema, em que bandeira, em que cabelo você mora, qual dos túneis de Copacabana. Rezo para seus santos quando atravessar.
É… é impossível viver no país de Deus. Isso eu te dou de barato. Mas, atravessar o gramado de Deus em bicicleta, isso não é impossível, não.
Escuta, isso é sério!
Andamos crescendo juntos, distraidamente. As árvores crescem conosco. Nossa pele se estende, nosso entendimento, teso, também. O século cresce conosco. O amor pelas ventas da cara do mundo, também. Quanto a um pra um entre nós dois, isso logo se vê. Não sei nada sobre a paixão, suspeito que você também não. Mas, começo a entender que o compasso da fé está mudando a passos largos. Dois pra lá e dois pra cá.
Portanto, escute. Isto é muito serio! Isto é uma proposta aos trinta anos.
Agora que o mercúrio assumiu sua posição certa, vem comigo achar o meu trono mágico entre a folhagem. E, no caminho até lá, vem dançar comigo, vem!
— Fevereiro, Matilde Campilho
0 notes
1poesiapordia · 7 years
Text
Fevereiro, por Matilde Campilho (2014)
Foto: Ismar Tirelli Neto
Escute só, isto é muito sério.
Anda, escuta que isso é sério!
O mundo está tremendamente esquisito. Há dez anos atrás o Leon me disse que existe uma rachadura em tudo e que é assim que a luz entra, não sei se entendi. Você percebe alguma coisa da mistura entre falhas e iluminação?
Aliás, me diga, você percebe alguma coisa de carpintaria? Você sabe por que meteram um boi naquele estábulo ao invés de um pequeno rinoceronte? Deve ter tido alguma coisa a ver com a geografia. Ou com os felizmente insolussionáveis mistérios que só podem vir do misticismo asiático. Um boi é um bicho tão… inexplicável. Ainda bem.
O amor é um animal tão mutante, com tantas divisões possíveis. Lembra daqueles termômetros que usávamos na boca quando éramos pequenininhos? Lembra da queda deles no chão?
Então, acho que o amor quando aparece é em tudo semelhante à forma física do mercúrio no mundo. Quando o vidro do termômetro se quebra, o elemento químico se espalha e então ele fica se dividindo pelos salões de todas as festas. Mercúrio se multiplicando. Acho que deve ser isso uma das cinco mil explicações possíveis para o amor.
Ah é! Eu gosto de você. A luz entrou torta por nós a dentro, mas, olha, eu gosto de você! A luz do verão passado quebrou o vidro da melancolia e agora ela fica se expandindo pelas ruas todas. Desde aquele outro lado do Sol até esse tremendo agora.
Hoje ainda faz bastante frio. As cinzas ainda não aterraram sobre as cabeças disfarçadas, tem gente batucando suor e cerveja pelas ruas de nossa cidade sul. Na cidade norte, há ondas de sete metros tentando acertar no terceiro olho dos rapazinhos disfarçados de cowboys.
O mestre ainda não veio decretar o começo da abstenção e, olha, a luz ainda está conosco. Sim, o mundo está absurdamente esquisito. Já ninguém confia nas imposições dos prefeitos, a esta hora na terra é um tanto carnaval, um tanto conspiração, um tanto medo. Metade fé, metade folia, metade desespero. E, provavelmente, a esta hora, uma metade do mundo está vencendo e a outra metade dormindo, há ainda outra metade limpando as armas, outra limpando o pó das flores. Mas, por causa do que me ensinou o místico, eu acredito que exista, agora, alguém profundamente acordado. Alguém que esteja vivendo entre o intervalo tênue entre o sonho e a agilidade. Suponho que ele saiba perfeitamente que este começo de século será nosso batismo do voô para nossa persistência no amor.João molhou a testa de Manuel. Os gritos das ruas molham as testas de nossos corações.
De que lado você está, eu não me importo! De que garfo você come, de que copo você bebe, que posto certo você escolhe, qual é seu orixá, seu partido, sua altura, de qual de suas cicatrizes cuida, que pássaro você prefere, quem é seu pai, qual é seu samba, Pinot noir ou Chardonay, que protetor você usa, qual é sua pele, seu perfume, qual político, quantos amores você sonha, em que Fernando, em que Ofélia, em que cinema, em que bandeira, em que cabelo você mora, qual dos túneis de Copacabana. Rezo para seus santos quando atravessar.
É… é impossível viver no país de Deus. Isso eu te dou de barato. Mas, atravessar o gramado de Deus em bicicleta, isso não é impossível, não.
Escuta, isso é sério!
Andamos crescendo juntos, distraidamente. As árvores crescem conosco.
Nossa pele se estende, nosso entendimento, teso, também. O século cresce conosco. O amor pelas ventas da cara do mundo, também.
Quanto a um pra um entre nós dois, isso logo se vê. Não sei nada sobre a paixão, suspeito que você também não. Mas, começo a entender que o compasso da fé está mudando a passos largos. Dois pra lá e dois pra cá.
Portanto, escute.
Isto é muito serio!
Isto é uma proposta aos trinta anos.
Agora que o mercúrio assumiu sua posição certa, vem comigo achar o meu trono mágico entre a folhagem. E, no caminho até lá, vem dançar comigo, vem!
Link.
205 notes · View notes