Tumgik
#resenhas
mypapertown · 4 months
Text
Tumblr media
Eu tinha 12 anos quando li Percy Jackson pela primeira vez, justamente a idade em que o nosso protagonista começa sua grande missão e aventura. E agora, 13 anos depois, decidi finalmente reler a saga, por conta do lançamento da série, e foi uma decisão maravilhosa!!! Inclusive, eu criei a minha primeira conta no tumblr por causa de Percy Jackson! Eu queria interagir com outros fãs e consumir outros conteúdos produzidos por eles (fanfics, fanarts etc).
Alguns anos atrás eu cogitei reler PJO, pois eu estava relendo outras sagas que marcaram minha infância e adolescência, mas acabei desistindo da ideia porque achei que eu talvez não fosse gostar tanto da releitura e, assim, acabaria estragando todo o imaginário e sentimento de carinho e nostalgia que sentia pela saga. Ok, eu não poderia estar mais errada! Revisitar esse livro foi uma das melhores decisões que tomei como leitora, e agora pretendo reler tudo que me der vontade, sem medo algum!
Durante a leitura, eu obviamente percebi que tinha esquecido vários detalhes, então foi uma delícia rever tudo. E, na minha opinião, é uma história que envelheceu bem, apesar de ter passagens que demonstram o pensamento e construções da época; tem bastante orientalismo e falta de (uma boa) diversidade, por exemplo. Então, apesar de agora, sendo adulta, eu ter notado coisas que já não fazem mais tanto sentido e que normalmente me incomodariam em uma primeira leitura, acabo deixando passar (perdoando o Rick Riordan mesmo), porque são questões da época e que acredito que o autor vem melhorando ao longo dos anos com suas novas publicações. Ele peca em algumas coisas, é fato, mas constrói outras de uma maneira incrível!
Para mim, o destaque da obra é a narração do Percy. Esse livro não seria o mesmo se não fosse narrado por ele. Também gosto muito da construção da amizade do trio e do enredo em si. O mistério sobre quem roubou o raio e os plot twists são muito bem pensados, estruturados e escritos. As pequenas missões dentro da grande missão às vezes podem incomodar um pouquinho (como a cena das camas d'água), e achei o final um pouco corrido. O começo parece mais lento e o final é cheio de informações sendo jogadas pro Percy. Mas, podemos pensar que tudo isso também faz sentido, já que toda a história é vista e narrada pelo Percy. E o livro termina fazendo com que queiramos mais!!! Mesmo eu já sabendo a história, só consigo pensar no quanto quero reler os próximos livros. Estou até cogitando terminar Os Heróis do Olimpo, que acabei abandonando em A Marca de Atena.
E antes de encerrar minha curta resenha, preciso comentar sobre o Luke! Quando eu era mais nova eu não dava muita bola para o Luke, mas tinham muitos fãs que amavam o loirinho. Relendo o livro consigo compreender essa compaixão pelo querido. Ele errou tentando acertar! Ele tinha razões e motivos! Não posso odiá-lo, mesmo com ele tentando matar o Percy.
Enfim, amei muito! Fico feliz em saber que continuo amando uma das minhas sagas favoritas de quando era criança/adolescente. É um livro que significa muito para mim, que me dá um quentinho no coração e uma nostalgia deliciosa.
8 notes · View notes
readsbymerilu · 8 months
Text
resenha #3 ︱o caçador de pipas
Tumblr media
"Por você, faria isso mil vezes!"
avaliação: ★★★★★
Khaled Hosseini, autor afegão formado em medicina e premiado diversas vezes, teve a obra "O Caçador de Pipas" levada à 29 países após tornar-se popular. Tendo estreado no mercado editorial em 2003 com o livro, Hosseini rapidamente se tornou um fenômeno literário ao redor do mundo, podendo citar "A Cidade do Sol" como outra de suas obras aclamadas.
Em "O Caçador de Pipas" acompanhamos dois irmãos de coração, Amir e Hassan que, inicialmente, levam uma vida calma no Afeganistão. Hassan e seu pai trabalham para a família rica de Amir, vivendo desde que se entendem por gente no pequeno casebre atrás da casa principal. Cresceram como dois irmãos, beberam leite do mesmo peito, dividiram seus pais e empinaram pipas juntos.
Ao decorrer da história, somos expostos a situações delicadas que mudam o percurso de todos os detalhes antes vistos; a invasão do regime Talibã, golpes comunistas e uma mentira que apodrecerá dentro de Amir e colocará a relação com todos que mais ama em jogo.
"Quem mente também rouba. Rouba o direito do outro de saber a verdade."
A fama de Khaled se deu principalmente pelo poder que sua escrita e habilidades de narração tem de levar o leitor diretamente ao Afeganistão. Na maior parte do livro, me senti tão imersa que para onde ia, sentia a necessidade de levar o livro comigo. Sendo metade Argelina, sempre gostei muito de livros que englobam a cultura árabe e ver pequenos detalhes, termos e acontecimentos que me são familiares foi como um golpe de nostalgia.
A relação de Amir com seu pai foi muito bem construída. O ciúmes que sente de Hassan, a insegurança e culpa que sente pela morte da mãe e a luta constante para fazê-lo enxergar o filho e como isso acabou afetando, também, sua relação com o meio irmão Hassan.
O livro é absurdamente doloroso, um tapa na cara sem aviso prévio. Antes de começar a leitura, já tinha visto muito sobre principalmente nas redes gringas dizendo que era uma leitura obrigatória na lista dos leitores que amam ler livros para chorar feio. Eu não pensei que fosse ser tão pesado assim.
Recomendo para todos que se interessam pela história do Afeganistão, ou que simplesmente buscam por um livro que possa deixá-los a beira de lágrimas. Mas também vou dizer que este não é um livro para qualquer um, visto que trata de temas pesados como estupro, morte e violência explícitos. Trabalha com o luto parental, morte em trabalho de parto, e menção constante a estupro. Então caso queira ler, não deixe de checar todos os gatilhos ao fim dessa resenha.
Pretendo reler no futuro, quando tiver coragem de ler certas cenas outra vez. Foi uma experiência maravilhosa; tendo lido 4 meses atrás, ainda consigo pensar em todas as cenas e em como a história me comoveu e comove até hoje.
Meu único pedido é que leiam essa obra prima e façam ela viralizar outra vez entre os brasileiros, esse livro merece todo o reconhecimento que recebe há mais de 20 anos, contando até com uma adaptação para televisão e uma versão em quadrinhos!
"Descobri que não é verdade o que dizem a respeito do passado, essa história de que podemos enterrá-lo. Porque, de um jeito ou de outro, ele sempre consegue escapar."
informações do livro:
Editora: Nova Fronteira.
Páginas: 365.
Gênero literário: romance.
Autor(a): Khaled Hosseini.
Tradução: Maria Helena Rouanet.
Classificação indicativa: +16
Data de publicação no Brasil: 1 de outubro de 2013.
Data de publicação original: 29 de maio de 2003.
Gatilhos: estupro, abuso sexual (infantil incluso), terrorismo, guerra, suicídio, parto de natimorto, bullying, ansiedade, depressão, doença terminal, morte, pedofilia e molestamento.
sinopse adicional:
'Amir é inseguro e está sempre em busca da aprovação do pai; Hassan é valente, leal e generoso. Apesar de diferentes, os dois cresceram juntos, com as mesmas brincadeiras e assistindo aos mesmos filmes. Até que um dia, durante um campeonato de pipas, Amir perde a chance de defender Hassan ― e esse episódio marca a vida dos dois amigos para sempre.'Amir é inseguro e está sempre em busca da aprovação do pai; Hassan é valente, leal e generoso. Apesar de diferentes, os dois cresceram juntos, com as mesmas brincadeiras e assistindo aos mesmos filmes. Até que um dia, durante um campeonato de pipas, Amir perde a chance de defender Hassan ― e esse episódio marca a vida dos dois amigos para sempre.
Vinte anos mais tarde, após Amir ter abandonado um Afeganistão tomado pelos soviéticos e ter se estabelecido nos Estados Unidos, ele retorna ao seu país de origem, agora dominado pelo regime Talibã, e tem a oportunidade de acertar as contas com o passado.'
links uteis:
compre o livro em:
19 notes · View notes
booksbymar · 4 months
Text
Resenha;
Jogos de herança
De Jennifer Lynn Barnes
Esse livro não nos revelou o porque de Tobias hawthorne deixar a maior parte de sua herança para avery grambs, uma jovem que so quer sobreviver ao ensino medio, ganhar uma bolsa de estudos garantir sua independência, mas nos revelou um pista importantíssima pra descobrir o misterioso motivo pelo qual Tobias deixaria tanto dinheiro a uma estranha, desde que eu terminei esse livro fico ligando os ponto me sentindo Sherlock Holmes em um caso sempre pensando em pistas, a história e envolvente, personagens bem trabalhados, escrita boa e bem detalhada mas uma coisa eu digo não leia esse livro se vc não quiser se apaixonar pelo mistério Hawthorne.
Com misterio, mar leitora 🐚
#booksbymar #resenha #jogosdeherança #jogosdeherançabook #jenniferlynnbarnes #blog #blogdeleitura #misterio #books #book #romance #averygrambs #jamensonhawthorne #graysonhawthorne #brothershawthorner #lanadelrey
4 notes · View notes
hilloproblema · 7 months
Text
ei, ei, ei! pode ir parando aí! cadê o meu bom dia?
little blog pessoal destinado a muitos surtos, reclamações, opiniões, críticas (positivas e/ou construtivas) com base nas vozes da minha cabeça sobre e apenas sobre as minhas leituras! ou seja:
1. não espere resenhas super formais e criteriosas; 2. não fique chateado se você me ver massacrando seu livro fav; 3. não fique chateado se eu ler o SEU livro e ter uma impressão meio negativa dele.
não tenho a intenção de ofender nenhum autor ou fandom. o único objetivo desse blog é falar sobre algo que eu gosto muito: ler! se alguém por acaso cair aqui de paraquedas, espero que se divirtam um tico às minhas custas.
7 notes · View notes
yoongivenn · 8 months
Text
Manacled - SenLinYu
I’ve wanted to read Manacled for about a year now, but the sheer size of it made me reluctant to even pick it up. I was going through yet another reading slump this August and scrolling through my Kindle I stumbled upon the file. I opened it and decided to read the first chapter. I was immediately hooked and could not stop. This fanfic is one of the best things I’ve ever read in my entire life,…
Tumblr media
View On WordPress
7 notes · View notes
bookreadsniki · 14 days
Text
౨ৎ ⋆。˚ Resenha: Bilhetes de ódio - Vi Keeland & Penelope Ward ౨ৎ ⋆。˚
Tumblr media
3/5 estrelas
౨ৎ ⋆。˚Sinopse ౨ৎ ⋆。˚
Das autoras best-sellers do New York Times Vi Keeland e Penelope Ward, uma história de amor inesperada entre corações de segunda mão e segundas chances... Tudo começou com um bilhete azul misterioso costurado dentro de um vestido de noiva. Algo azul. Eu tinha ido vender o meu próprio vestido de casamento não-usado em uma loja de roupas antigas quando encontrei o “algo velho” de uma outra noiva. Preso à barra de um vestido emplumado fabuloso, estava a mensagem mais romântica que já li na vida: Obrigado por realizar todos os meus sonhos. O nome gravado em relevo no pequeno papel azul era Reed Eastwood, obviamente o homem mais romântico que já existiu. Descobri também que ele era o homem mais lindo que já vi. Se ao menos as minhas fantasias sobre amor verdadeiro tivessem parado por aí... Porque, desde então, descobri mais uma coisa sobre o Senhor Apaixonado. Ele é arrogante, cínico e exigente. Eu deveria saber. Graças a um giro do destino, ele agora é meu novo chefe. Mas isso não vai me impedir de descobrir a história por trás de seu bilhete de amor. Um bilhete de amor que não resultou em felizes para sempre. Mas aquela história não é nada comparada à que se está se desenvolvendo entre nós. Está ficando mais quente, mais doce e mais surpreendente do que qualquer coisa que eu poderia ter imaginado. Algo novo
౨ৎ ⋆。˚ Resenha ౨ৎ ⋆。˚
Fiquei tão decepcionada. Quando li a sinopse, pensei: nossa, que legal! Queria muito ver a animosidade entre esses dois. O ódio que na verdade era atração. Eu recebi? Sim, teve um indício de enemies to lovers. Mas nada daquilo que estou acostumada a ler (bem fraquinho na verdade). O livro está mais para um romance dramático do que para um romance erótico. E não me achem uma depravada! Sou obcecada pelos livros da Brittainy C. Cherry, e choro em todos. Mas não estava na vibe desse, sabe? (talvez seja o período fértil e eu só penso em certas coisas… hmm, como eu posso dizer… acho que você me entendeu). Os personagens são bem construídos. A Charlotte é uma personagem extremamente forte que sofre com síndrome do abandono. Foi abandonada bebê e foi traída pelo noivo. E o Reed sofre de uma doença e por isso foi abandonado pela noiva, uma semana antes de se casar, pois ela achava que teria que cuidar dele, que ele seria um fardo na vida dela. A vida de ambos é triste e cruel, porém enquanto Reed se fecha para o mundo por REALMENTE acreditar que é um fardo e que não merece amor. Charlotte é uma pessoa extremamente amorosa e gentil (QUE VONTADE DE TE ABRAÇAR), e digo, com certa inveja, com uma inteligência emocional de milhões. Ambos são juntados pelo destino e um certo bilhete azul encontrado em um vestido de casamento na loja onde Charlotte vai penhorar o seu vestido de casamento. Somando esse bilhete + uma foto do seu ex anunciando noivado com outra mulher que está usando O ANEL DE NOIVADO DELA!!! + um porre de vinho + uma stalkeada aqui e ali + encontrou o escritor do bilhete azul + marcou uma visita em um apartamento que custa alguns milhões + ter sido humilhada pelo escritor do bilhete por ser mentirosa = chorar no banheiro e receber conselhos e um emprego de ninguém mais, ninguém menos que a avó do Reed e diretora da empresa. Agora Charlotte trabalha como secretária da família Eastwood e adivinha quem não gosta nada da ideia, isso mesmo Reed. Mas a convivência entre eles vai aproximando os dois, até o ponto de ajudarem um ao outro a concretizarem os afazeres da lista do foda-se (uma lista de coisas para fazer antes de morrer), e tem muitaaa coisa em! Tipo cantar em um coral, fazer sexo em uma cabine de trem que vai para a Itália, escalar… ah, e casar com Charlotte Darling (palavras do Reed, não minhas). O livro é muito fofo e merece ser lido quando você quer chorar. Eu gostei, mas infelizmente, não amei.
Me siga no Bookgram e no Booktok: bookreadsniki
Skoob: https://www.skoob.com.br/usuario/5361123
3 notes · View notes
millendo · 18 days
Text
Resenhas da Mille N° 11
O Fabricante de Lágrimas
2024 - Livro 16
Tabbo Romance | Gatilhos | FALENA
⭐⭐⭐⭐⭐
Tumblr media
Alguém inventou que, nas fábulas, os lobos são malvados. Mas não é sempre assim.
🦋 Estatísticas: 🦋
Data de leitura: 19/03/2024
Formato: PDF
Páginas: 560
Obrigada a terminar: Não
Nota: ⭐⭐⭐⭐
Pode conter Spoiler´s
Queridos leitores, este livro ao contrário do filme é maravilhoso! riquissimos em detalhes e com o desenvolvimento do romance e das tramas paralelas muito bem desenvolvidas tambem! Rigel é um "fofo", um bad boy de fato, mas ele ter segurado a mao da Nica no passado aaaaaa que triste e que lindos! Adorei os hots, ou quase hots, a tensão e a quimica entre eles é EVIDENTE adorei! Tem alguns gatilhos com abuso infantil e é bem pesado em alguns momentos... sobre o filme nem vou comentar a vergolha alheia que aquilo foi sinceramente, apesar do cast impecavel, pecaram muito em colocar elementos que fizessem oq eles colocaram no filme fazer de fato sentido!
A escrita é boa, foi um livro facil e rápido de ler, é muito romantico, chega a ser romantico demais! é muito poético e doce.
RECOMENDO!
5 notes · View notes
noemyreads · 2 months
Text
Tumblr media
the berry pickers - amanda peters [⭐⭐⭐⭐⭐]
“Anger is exhausting. Holding on to it will drain the life out of you.”
pt-br review: substack
5 notes · View notes
filmsbylucs · 1 year
Text
WEDNESDAY (2022) ★★★★☆
– Memorável!
Tumblr media Tumblr media
Jenna Ortega chega para entregar mais uma personagem de peso e sim, ela faz isso muito bem! Com uma nova versão da Wandinha Addams, ela consegue fazer um papel excelente com uma atuação incrível. A nova história desta personagem gira em torno a sua nova escola chamada 'Nunca Mais' um lugar onde somente os excluídos estudam, ela é enviada para lá após ser expulsa de sua escola por conta de problemas com os colegas. Em sua nova escola é apresentada Enid (Emma Myers), sua amiga que vai estar com ela durante toda a aventura dessa primeira temporada, Bianca (Joy Sunday), Xavier (Percy Hynes White), Eugene (Moosa Mostafa) e Tyler (Hunter Doohan) são outros personagens que entram na vida de Wandinha.
Bem, o mistério da temporada é sobre um monstro que está matando pessoas e que Wandinha acredita ser alguma pessoa próxima a ela, com ajuda de Mãozinha ela está determinada a descobrir quem está por trás disso. A série tem oito episódios que conseguem ser bem distribuídos em relação a narrativa, ou talvez nem tanto assim, tantas histórias foram abordadas que deixou um pouco confuso para acompanhar mas mesmo assim eles não se perdem na história e nem o ritmo dela porque afinal eles conseguiram fechar bem os ciclos e deixar pontas para uma nova temporada. A atuação do elenco está de parabéns, Jenna Ortega claro se destaca por sua grande presença, além sua personagem trazer habilidades como esgrima, tocar instrumentos e cenas de luta, que ela estudou e fez tudo sozinha sem dublês o que é impressionante. Enid é a garota divertida que trás esse contraste para Wandinha, quase sendo uma dupla personalidade já que ambas se destoam bastante uma da outra mas se complementam, Bianca sua "rival" que de início teve um conflito mas ao passar da temporada foi resolvido e suas diferenças colocadas de lado, Xavier e Tyler fazem parte do triângulo amoroso de Wandinha – eu pessoalmente sou Tyler e Wandinha – Xavier é um garoto da escola Nunca Mais no qual é acusado de ser o monstro por ela e que não tem nenhuma química com a mesma, já Tyler de outro lado tem uma química boa de se ver na tela com a personagem além de ter uma ponta solta para sua história que pode vim a ser explorada em temporadas futuras. Eugene é um aluno excluído, realmente excluído, que faz parte de um clube onde só ele participa mas logo cria um grande vínculo com Wandinha quando ela também entra no clube, pode-se dizer que os dois estabelecem uma relação de quase irmãos.
No final de tudo temos um final satisfatório, com pontas soltas para uma nova temporada e muito bem balanceada já que a série é focada somente na Wandinha e não na Família Addams, conseguem entregar vários núcleos diferentes com desenvolvimentos envolventes.
25 notes · View notes
lendocomlau · 2 years
Text
LIDOS DO MÊS DE JULHO
Esse mês foi um pouco complicado com a otimização do meu tempo de leitura.
Acabei focando mais em livros disponíveis no kindle unlimited - principalmente de autores nacionais.
Iniciei o mês com a (PÉSSIMA) leitura do livro: "Narrativas do medo", obra com vários contos de diversos autores nacionais.
Tumblr media
Os contos são rasos e nada interessantes.
Uma decepção gigante.
Nota: 1 de 5.
Após essa tragédia, resolvi ler um livro menor - para no caso de uma história ruim, não acabaria sendo uma grande perda do meu precioso tempo.
A obra que escolhi foi, então, "Garotos Mortos Não Contam Segredos" escrito por Mark Miller.
Tumblr media
Esse é o primeiro livro que constitui uma série de quatro livros, sendo os outros três nos títulos: "Garotos Mortos Não Contam Mentiras", "Garotos Mortos Não Sangram" e "Garotos Mortos Não Descobrem Verdades".
Como um típico brasileiro com "síndrome de vira-lata", o autor insiste em contar uma história ambientada em São Paulo, mas em uma espécie de comunidade (alá Alphaville) em que a escola E os personagens tem nomes norte americanos. Uma pataquáda grandona.
Essa característica me fez abandonar a ideia de ler a série toda. Uh.
Nota: 3 de 5.
Já parti para o próximo livro com aquele desgosto. Resolvi ler uma obra sem expectativa NENHUMA. A escolhida da vez foi "O Baú do Zumbi Gelado" escrito por Rafael Weschenfelder.
Tumblr media
Para minha surpresa, a história me prendeu com facilidade.
Curtinho e envolvente, o conto é um pouco confuso, mas com um plot twist mindblowing! Quer saber o porquê você deveria ler? Clique aqui e veja a postagem que fiz exclusivamente com 5 motivos para ler "O Baú do Zumbi Gelado".
Nota: 5 de 5.
Partindo para o próximo, selecionei um livro físico: "Confissões do Crematório" escrito por Caitlin Doughty.
Tumblr media
Fui ler esperando uma nova perspectiva da morte e acabei terminando com uma sensação de ter lido um diário com gaps temporais.
Veja aqui o que achei de " Confissões do Crematório".
Nota: 3 de 5.
Seguindo com as leituras, reli um livro que minha mãe lia para mim quando eu era pequena: "O Universo, Os Deuses, Os Homens" de Jean-Pierre Vernant.
Tumblr media
Esse livro conta EXATAMENTE os mesmos mitos e histórias contadas em "Percy Jackson e os Deuses Gregos", livro que li no mês de junho.
Foi uma repetição do que já estava fresco na minha cabeça com uma linguagem apropriada pra adultos.
Nada de novo pra mim.
Nota: 3 de 5.
Por último, fiz uma escolha terrível para finalizar as leituras de julho: "Mutiladas" escrito por Sérgio Fragoso.
Tumblr media
Já leio livros com temáticas de investigação policial e thriller há uns anos e, esse troço aqui não deveria nem poder ser categorizado nesses temas.
A história tem um detetive extremamente amador com as atitudes para desvendar quem é o assassino. Leia mais aqui sobre o que eu achei de "Mutiladas".
Nota: 2 de 5.
O saldo de páginas que li no mês de julho foi de 1.009, sendo 98% delas de livros sem sal ou ruins.
Veremos em agosto se poderei fazer um post um pouco mais feliz quanto às leituras do mês hahaha
40 notes · View notes
primeirapagina · 1 year
Text
fui dormir muda, acordei calada
Tenho o desprazer de confirmar que minha primeira leitura, de livro, do ano foi uma merda. Eu não sei porque eu continuo dando murro em ponta de faca e lendo dark romance, não sei o que eu acho que vai acontecer, se eu vou ter uma revelação, ou se eu espero algo totalmente diferente de dark romance. Eu devo gostar dessa tortura de ler esse gênero.
Silent Vows é sobre uma querida não tão querida que resolve ficar muda, Naomi, porque o pai dela matou a mãe dela. Quando eu descrevo assim, parece um motivo idiota, mas fica ainda mais idiota, quando coloca a merda da máfia no meio, porque, além disso tudo, ela ficou prometida para um sarado rude, machista encubado, e da máfia, porque ela também é da máfia.
Prometida é um eufemismo. Ela foi escolhida por Conner, um mafioso da família irlandesa, porque ela era muda. Mas convenientemente, ao decorrer do livro, vamos esquecer essa parte. Ele a escolheu por causa dos olhos. Sim, foi exatamente por isso.
Então temos a muda de Taubaté Noemi, que tem que casar com o Conner por convivência, mas também quer usar essa casamento como uma forma de salvar seu irmão estúpido, que venera o pai deles, dessa família tóxica.
Esse livro não faz sentido nenhum, sabe.
O motivo do assassinato da mãe da Noemi (sem nome) é um grande mistério, mas no fnal é o motivo mais tosco que não precisa de tanta carga emocional. Todo o livro é uma carga emocional totalmente desnecessária.
A Noemi fica batendo nessa tecla que o pai dela é isso, que o pai dela é aquilo, que ele matou a mãe dela. Mas Noemi, perguntaram para ela, sua mãe sofria abuso do seu pai? E ela respondia não sei, mas ele segurou meu pulso a ponto de ficar roxo, e fica me ameaçando psicologicamente para não abrir a boca, por isso eu sou muda.
Nossa, então é esse o motivo dela ser muda? Sim.
Noemi sabe porque a mãe dela foi morta por seu pai, e o pai dela a força ficar caladinha, porque senão o irmão dela sofrerá as consequências.
O livro todo é sem sentido, nada se vinga e é uma baboseira sem fim. O Conner é um idiota, que só sabe jogar masculinidade para cima dos outros, a Noemi é só mais uma porta que os protagonistas masculinos chamam de “baixinha invocada”. Essa é a pior parte, sabe. O Conner falou que a Noemi era sarcástica só lendo um papelzinho que ela escreveu, porque até ela começar a falar de novo, ela falava por papelzinho.
Outra coisa, até que para alguém que não queria falar, spoiler, ela volta a falar até que bem rápido. E olha só quem foi que a obrigou a falar, foi contra o desejo dela de ficar muda, o noivinho dela.
Nem vou entrar no mérito de como achei esse livro um propaganda religiosa. Não estou a fim de falar dessa merda mais.
Odiei minha leitura, não recomendo, tem dark romance melhor do que essa bomba atômica.
7 notes · View notes
depredando · 1 year
Photo
Tumblr media Tumblr media Tumblr media
James Cameron lançará 4 filmes para dar sequência a “Avatar” (2009): é crível uma leitura decolonial e antimilitarista deste blockbuster em série?
 LEIA O ARTIGO EM A CASA DE VIDRO: https://acasadevidro.com/avatar
"O cineasta canadense James Cameron – nascido em 1954 em uma província de Ontario – é um fenômeno de bilheteria como poucos na história da indústria do entretenimento: Avatar (2009), com rendimentos de quase 3 bilhões de dólares, e Titanic (1997), que faturou 2 bilhões e 200 milhões, estão entre os 3 filmes mais rentáveis de todos os tempos. Agora, ele anuncia seu plano de lançar mais 4 sequências de seu maior sucesso: The Way of The Water (2022), The Seed Bearer (2024), The Tulkun Rider (2025) e The Quest for Eywa (2027). Na iminência desta enxurrada de Avatares, pareceu-me uma boa ideia reconsiderar criticamente o filme que agora nos aparecerá como o primeiro de uma série de 5 arrasa-quarteirões." - Leia no site d' A Casa de Vidro o artigo de Eduardo Carli de Moraes >>> https://acasadevidro.com/avatar
SIGA NA LEITURA:
“O que me surpreendeu no arrasa-quarteirão e papa-dólares Avatar, lá em seu lançamento em 2009 (que em 2022 vive um revival nas salas de cinema), foi a surpresa de perceber nele vibrações “decoloniais”. O filme que à época levou Cameron para além das alturas de sucesso comercial e crítico que tinha conquistado com o épico melodramático e papa-Oscar Titanic, tinha o curioso caráter de denúncia contra uma certa cultura hegemônica no meio social do qual o filme é proveniente. Avatar é uma estranha obra cultural que eclode dentro de uma indústria movida a lucro mas que surpreendentemente mostra-se como um soco no estômago do que Angela Davis chamaria de “o Complexo Industrial Militar”.
Curioso fenômeno: um crown-pleaser, vendedor de ingressos a rodo, não costuma confrontar o establishment ideologicamente. E Avatar ousa ser claramente um acusação contra a invasão imperial que os seres humanos machos e estadunidenses, fundamentalistas de mercado e fanáticos do extrativismo, realizam no Planeta Pandora. É uma hecatombe ecológica e um etnocídio brutal o que estão em tela. Os seres humanos, no filme, aparecem como ecocidas vomitadores de chamas e balas, perpetradores de genocídio e desmatamento. Eles buscam acalmar suas consciências pesadas pelo fardo do assassinato em massa cometido contra as populações nativas do planeta invadido perguntando: ora, não são apenas árvores, não são apenas índios, que importa massacrá-los?!?
Emblema fílmico do colonialismo, a obra é “didática” ao mostrar a invasão dos humanos como algo visto pelo viés dos Navi (as criaturas de peles azuladas e olhos verdes que povoam Pandora) como uma chocante intervenção alienígena. O desfecho do filme Avatar – atenção pro spolier! – mostra os humanos tomando um pé na bunda e sendo enfiados num foguete de volta pra casa. Os Navi dão um chega-pra-lá no imperialismo. Vazem, canalhas! Os minérios são nossos! A Resistência anti-colonial triunfa (ao menos por enquanto).
A graça do filme começa por aí: os seres que mais se parecem conosco, os espectadores, são os vilões do filme, e nós somos interpelados com um chamado ético para identificar-nos com os Navi. O “povo indígena” invadido e ameaçado, que vê a biodiodiversidade que sustenta sua existência coletiva começar a ser massacrado pelo ecocida invasor, é não apenas descrito com deslumbrância acachapante, mas sua sabedoria ecológica supera em muito a humana.
Os humanos é que são aqui os aliens. Com ganância nos corações e atirando muitas balas por seus rifles, estes trigger-happy humans representam para os Navi a hecatombe na forma de uma força bélica alienígena, vinda de fora do mundo.
Jake Sully, o protagonista do filme (interpretado por Sam Worthington), já de partida é descrito como alguém que foi moído pelo status quo da máquina bélica da Yankeelândia: está numa cadeira de rodas, seu irmão morreu recentemente, e ele vê-se confrontado com toda a prepotência tóxica do general que manda e desmanda nas tropas. Tem hora que Avatar beira a vibe de Full Metal Jacket de Kubrick – as opressões relacionadas com a rigidez da hierarquia militar fazem com que sujeitos subjugados a esta maquinaria busquem rotas de fuga.
Avatar é a rota de fuga de Jake Sully neste épico espacial, nesta odisséia em Pandora. Seu alter-ego, seu avatar, a partir de quem ele pode andar, voltar a pular e a corre com uma agilidade que sua condição de paraplégito impede, o seduz como uma fuga para um mundo melhor. Ele é um militar mutilado, sugado pelos assuntos da guerra por ser um peão nela. Mas… vive nesta guerra a posição rara, extraordinária, do invasor que acaba aliado ao povo invadido e que acaba por liderar a Resistência contra o invasor. Não apenas sua mutilação, suas pernas imóveis, seus ferimentos de batalhas pregressas, conduzem-no a uma consideração negativa do belicismo dos U.S.A. (United States of Aggression), mas também o enamoramento em que ele sucumbe diante da mocinha Navi chamada Neytiri (interpretada por Zöe Saldaña).
Avatar mostra o conluio do fundamentalismo de mercado com o Estado capitalista imperial invadindo o mundo Pandora de maneira semelhante ao que ocorre na conquista de Marte descrita nas Crônicas Marcianas de Ray Bradbury (obra-prima da literatura fantástica). Jake Sully consegue esquivar-se do destino comum do soldadinho máquina-mortífera, exterminador de quem difere dele, pois sua disability, sua deficiência, o torna muito mais um objeto de chacota dos outros soldados do que alguém que tenha “glória” no Exército. Se Avatar certamente pode ser descrito como sci-fi, como estou convicto, não é apenas pelo futurismo envolvido nestas star wars, mas é também pois o filme questiona o campo científico que está enrolado no rolê todo. A ciência é descrita aqui como mancomunada ao aparato bélico, mas também é mostrada em seus ímpetos de biohacking, de reinvenção da carne, numa ânsia de formar uma Cronenbergiana new flesh.
Neste seu O Vermelho e o Negro futurista, Jake Sully é seduzido por estes dois mundos: o Exército e a Ciência. Eles o puxam em suas direções, mas ele também, neste meio campo onde está sendo disputado pelas Forças Armadas e pelo Laboratório de Ciências Cibernéticas, está em sua própria jornada existencial de busca por “redenção” – e novas pernas, de preferência.
Este paralítico das pernas, este ser que não anda senão por procuração (através de seu avatar), quer ser Ícaro. Seu avatar poderá planar nos céu sobre dragões. Mas ele, Jake Sully, morreria sem oxigênio se precisasse andar 10 passos até a máscara – como naquela dramática cena, no fim do filme, em que ele quase morre sem ar com a máscara de oxigênio a poucos centímetros de distância. O filme coloca em tema, pois, o que sociólogos tem chamado de gameficação, ou seja, o desejo de fuga ou escape de condições degradadas ou mutiladas de existência, causadas justamente pelo predomínio do capitalismo heteropatriarcal belicista, fugas estas que envolvem uma outra vida que o sujeito “comanda” a partir de seus avatares eletrônicos. Só que Cameron dá concretude a isto ao invés de propor apenas um simulacro.
Parece-me que Jake Sully, por seu corpo queer, é um corpo um pouco estranho ao sistema de guerra: por ser um mutilado ainda imiscuído nos combates, uma cicatriz viva das agruras bélicas e das feridas fundas que estão em sua carne, ele é atraído pela ciência alternativa dos indígenas.
Jake Sully se interessa no que ela pode ter de mais interessante para ele, pragmaticamente: a cura. A xamânica cura de quem está conectado à Internet da Natureza. Há quem taque pedras em James Cameron por este seu suposto “eco-sentimentalismo”. Mas vejamos mais a fundo. A jornada toda de Jake controlando remotamente seu Avatar evidencia, é claro, sua pertença à classe dos militares – ele se apresenta aos Navi como warrior. Mas ele parece muito mais atraído pela classe científica e também pela classe dos médicos ou curandeiros. Apesar das desavenças que possui com a cientista-chefe interpretada por Sigourney Weaver, vê-se que Jake está mais alinhado a ela do que ao general.
Ele prefere enlaçar-se em afetos ardentes com uma Navi, que talvez possa curá-lo, muito mais do que adere ao projeto do Exército. Ele é um pouco como um corpo estranho no setor bélico onde desenham-se os últimos modelos de robôs de guerra a serem comandados no combate contra os Navi, em prol de seu deslocamento forçado, para que os poderes colonizadores se apossem dos recursos minerais. Se não quiserem sair do caminho, serão chacinados – dizem os humanos ao Navi. Não surpreende que Jake fique um pouco envergonhado por ser humano e passe para o lado dos Navi, como um herói da resistência anti-colonial. Ironia da história, que a História registra muitos episódios parecidos.
Avatar, assim, fala sobre o passado: ensina de maneira acessível o que significou a Conquista da América, ainda que seu enredo esteja situado no futuro. O passado da invasão imperialista do “Novo Mundo” – também maravilhosamente cinematografado por Terence Mallick em The New World, um dos que rivaliza com Cameron pelo posto de mais impecável cineasta tecnicamente falando.
Está em Avatar também uma ressonância da invasão da América no massacre dos nativos, a chacina dos indígenas (Navi). Matá-los não é algo que o poder invasor-imperial se proíba. Para acessar as riquezas minerais do subsolo, os humanos-alienígenas impõe em Pandora um regime de genocídio. Ou os Navi vazam daquela terra, ou os humanos vão torrar tudo com seus mísseis teleguiados e lança-chamas. Tem hora que Avatar quase fede a gás lacrimogêneo (se o cinema apelasse a nosso olfato, em algumas cenas passaríamos mal de tanta tosse!). E a gente acaba torcendo pelos Navi – cheios de piedade pelos indígenas de pele azulada que os humanos desapiedados massacram sem dó em prol dos lucros.
Para além disto, o filme inclui ainda pitadas de ecologismo e doutrinas hippie-chique: Cameron irá descrever os Navi como profundamente conectados com a biodioversidade de seu mundo – e os invasores humanos como destruidores do ecossistema deslumbrante onde os Navi existem. Ou seja, Avatar talvez participe de um movimento que inclui Greta Thunberg, Fridays for Future, New Green Deals: prepara o terreno para uma espécie de tomada do mainstream pela cultura pop environmentaly conscious.
Os que estão cientes das monstruosidades relacionadas ao desmatamento, ao extrativismo, à extinção de espécies animais e vegetais, podem encontrar em Avatar enredo que enreda os sistemas produtivos humanos, e as ideologias a eles grudadas, na teia mortífera de uma destrutividade insana. Avatar registra estas atrocidades com aquelas cenas perfeitamente coreografas, maravilhosamente montadas, que fazem Cameron superar o excesso de Rambices de Aliens (o segundo filme da série inaugurado por Ridley Scott com Alien – 8º Passageiro). Deixando Tarantino no chinelo, chutando para escanteio o cinema ultra-violento do autor de Kill Bill, Cameron faz um uso da violência fílmica que é ético e pedagógico.
Agora, ao fim de 2022, James Cameron pousa novamente no cenário cinematográfico. Traz na bandeja a sequência de Avatar, O Caminho das Águas, e promete ainda outros dois (pelo menos). Teremos, assim, no mínimo uma tetralogia – como Matrix já é. Reassitir o filme de 2009 vale a pena, por todas as razões que tentei expor acima, mas por uma última que me parece crucial: este ecologismo hippie-chique que o filme veicula com seus deslumbrantes efeitos visuais fala sobre o amor inter-espécies, aproximando-se assim do que Donna Haraway conceitua sob o nome de “espécies companheiras”. Jake Sully e sua namoradinha Navi simbolizam um pouco deste amor que atravessa a fronteira da espécie. Um amor para além do especismo. O filme ainda sugere em Pandora a existência de algo parecido com o Reino dos Fungos em nossa Terra: no subsolo, uma espantosa Internet conecta o mundo vegetal numa web que é quase world wide. Os Navi de Pandora estão plugadões nesta Internet que não necessita de modem, mas sim de uma cosmovisão que nos antene e sintonize com o cosmos complexo que habitamos.
Para os Navi, como Jake aprendeu, a energia não se possui, a energia só se usufrui provisoriamente. A energia flui. Nossos corpos interdependentes dançam na realidade e a interconexão não é wishful thinking, é fato da existência. A interconexão é coisa da Vida. Teria Joseph Campbell adorado este filme?
James Cameron nos fornece representações muito vívidas disto, da interconexão como fato da vida. Por isto as chamo de cenas “pedagógicas”, no sentido de que tem o poder de ensinar, ou a pretensão de educar, quando mostra por exemplo a conexão entre os Navi e seus “dragões de estimação”. Há operando em Avatar um sistema de plugagem biológica, organismos plugando-se uns nos outros, e é isto que Jake Sully, o forasteiro do mundo humano, paraplégico em busca de redenção, começa a tentar dominar, tendo sua namorada por mestra, iniciadora, parceira xamânica. Ele que em Pandora “esconde-se” por dentro, como piloto oculto, de uma criatura feita à imagem e semelhança de um Navi.
Avatar parece pintar diante de nossos olhos, através das funduras de seu 3D, uma espécie de Antropoceno modelo exportação: a humanidade levando para outros rincões do Universo o que fudeu seu planeta de origem, entregando às corporações mineradoras e ao aparato industrial-militar do Estado neoliberal-neofascista os destinos do povo infeliz que leva sua vida em meio à Árvore Sagrada,sob a qual as toneladas de riqueza mineral de mais de 1 trilhão de dólares repousa, convocando a carnificina.
Não sabemos pra onde irá o enredo de Avatar, mas James Cameron parece ter apostado as fichas do resto de sua vida na transformação da série de filme no seu Star Wars, rivalizando com Lucas, ou no seu magnum opus potencialmente “triunfador” sobre a tetralogia Matrix.
Com seu gosto pela bombast, seu ecologismo hippie-chique, seu “lirismo” neo-romântico e tecno-xamânico, o “cara” vem aí para balançar de novo o cinema mundial com sua megalomania. Neste caso, estamos diante de um artista com poder raro de enfeitiçar as massas e de consagrar-se como autor de alguns dos maiores sucessos comerciais da história da 7a arte, pau a pau com Spielberg.
Por tudo isto aqui esboçado, fiquemos atentos! Avatar é mais que o popcorn descartável com que normalmente a indústria de Hollywood nos empanturra. Algo do destino da consciência das massas no futuro imediato está inextricavelmente linkado com a recepção que centenas de milhões de consciências, plugadonas na cultura pop contemporânea, farão desta re-entrada em cena de Avatar. Ela se faz em um momento chave do Antropoceno, quando estamos perto do ponto-de-não-retorno e onde o cinema talvez se alce à pretensão de que não pode mais se esquivar: ensinar alguns caminhos para fora do buraco do já-corrente Caos Climático.
Os caminhos que nos serão sugeridos, é evidente, estejamos prontos a criticá-los! Mas sem ignorar que a maioria dos espectadores irá sugar estes filmes com os afetos mais do que com o cérebro, com a ânsia do coração mais que com a frieza de uma razão criticante. E que talvez esta seja a lição que Avatar nos lança: através da ficção científica, pode-se ensinar algo relevante para nossa sobrevivência em meio à teia de interconectividades que as atitudes hegemônicas de extrativismo, desmatamento, poluição, ecocídio e genocídio estão aniquilando.
Por Eduardo Carli de Moraes Outubro de 2022
QUERO LER MAIS!!!
13 notes · View notes
filhadearthemis · 1 year
Text
Quatro Vidas de Um Cachorro de W. Bruce Cameron
Tumblr media
Sinopse: Esta é a inesquecível história de um cão que após renascer várias vezes, imagina que haja uma razão para o seu retorno, um propósito a cumprir e que, enquanto não o alcançar, continuará renascendo. Narrado pelo próprio animal, Quatro Vidas de um Cachorro aborda a questão mais básica da vida: por que estamos aqui?
Emocionante e com boas doses de humor, este é um livro para todas as idades, que mostra o olhar de um cão sobre o relacionamento entre as pessoas e os laços eternos entre os seres humanos e seus animais. Se você gostou de Marley e Eu vai adorar esta aventura que agora ganha as telas do cinema.
“Esta história vivaz e emociante encantará a todos os apaixonados por cachorros.“ – Booklist
Atenção: Contêm Spoiler porque eu não consegui me controlar! 
A história começa quando um cãozinho vira lata tem seu primeiro contato com o mundo dos humanos, o pequeno nasce nas ruas, aprende com sua mãe e seus dois irmãos a caçar comida e principalmente a fugir dos humanos, ele não compreendia porque deveria fugir dos homens, viver à margem da sociedade, mas apenas seguia a sua mãe. Um dia os três cãezinhos são resgatados por um grupo que cuida de animais abandonados e então o pequeno tem o seu primeiro contato com os seres humanos, ele aprende o que há de bom e de ruim no instinto humano, que há pessoas boas, de coração puro e outras perdidas, tomadas pela maldade.
Em sua segunda encarnação ele é um cão de porte grande e vasta pelagem dourada, um Golden Retriever, seu nome agora é Bailey, ele é adotado e tem sua primeira família de verdade. Ao contrário de sua vida anterior no abrigo, agora ele é o centro das atenções e o melhor amigo do pequeno Ethan. Ele descobre no menino o verdadeiro significado do amor incondicional. Bailey faz parte do desenvolvimento de Ethan, vê ele crescer, conhecer sua primeira namorada, se magoar, ir à Universidade e etc. Bailey passa a crer que o seu proposito de vida é estar ao lado do menino, amá-lo e protegê-lo acima de tudo. Mas a vida de um cão é curta demais, Bailey sente que seu tempo está acabando e que terá que ir embora, mesmo achando que ainda não fez o suficiente por Ethan.
Mais uma vez o cão reencarna, dessa vez como uma cadela, uma pastora alemã da equipe de buscas e salvamentos da polícia. Depois de ter vivido a experiência de amor incondicional por um humano, o cão não consegue compreender o motivo de ter que viver mais uma vida longe de Ethan, ele nunca esqueceria o seu melhor amigo. Apesar de levar uma vida boa, aprendendo novas habilidades, encontrando e achando pessoas, ele não é feliz e encara a sua nova vida com a única missão de salvar pessoas das burradas que os outros fazem. Em sua vida como cão policial ele aprende o valor da vida humana e em como o ser humano é complexo e cheio de emoções turbulentas.
Poderia ter acabado, depois de tanto ajudar as pessoas ele merecia descansar ou sei lá para onde vão os cães depois de fazerem tantas pessoas felizes. Mas ele nasce novamente e pela primeira vez sente revolta por ter que viver mais uma vez, uma nova vida imprevisível e cheia de obstáculos. Ele sofre com a dor do abandono, da falta de amor humano. Como poderia depois de ajudar tanta gente ser abanado no meio da estrada como se não valesse nada? A quarta vida do nosso amigo não parecia nada fácil. No entanto, nem tudo estava perdido, ele podia reconhecer vagamente o lugar onde se encontrara sem querer, algo o lembra de sua primeira vida como Bailey.
Será se depois de tantas histórias vividas com tantas pessoas diferentes sua missão fosse voltar para Ethan? Ele seguiu seu faro, tendo a certeza de que ainda poderia reencontrar o seu amigo e consertar o que quer que tenha ficado para trás. O cão consegue encontrar a fazenda onde passou boa parte de sua vida com Ethan, consegue até sentir o seu cheiro, mas será se Ethan o reconheceria? Aceitaria sua amizade de volta? O tempo passara para Ethan que já chegara a terceira idade sozinho em uma fazenda, sem ter construído uma família e agora com um cão teimoso que insistia em permanecer na sua importa, implorando por companhia.
Nosso amigo de quatro patas aprendeu o significado do amor incondicional quando conheceu Ethan e mesmo vivendo outras vidas, nunca esqueceu o seu melhor amigo e foi capaz de voltar para ele, quando ele se encontrava triste e solitário. O eterno Bailey percebeu que talvez tudo isso tenha acontecido porque sua missão era fazer o amigo feliz e resgatá-lo da solidão em que vivia.  O livro nos mostra como o amor irracional de um cão é tão mais simples e genuíno do que o complexo e imperfeito amor humano. Bailey nos ensina o quanto a vida é frágil, feita de momentos únicos, a tolice que é tentar ser feliz sozinho e a necessidade de amar sem medo
PS: O livro é  W. Bruce Cameron é de uma sensibilidade incrível, narrado pelo próprio cão, nos faz pensar que tudo poderia ser bem mais simples se enxergássemos a vida através dos olhos de um cachorro. Quem tem um amigo de quatro patas nunca mais conseguirá olhar para ele da mesma forma depois de ler esse livro. Com boas doses de bom humor, nos faz dar muitas risadas, mas nos faz chorar também, os sentimentais de plantão que peguem seus lencinhos. Assisti o filme recentemente e confesso que fiquei decepcionada, por já ter lido o livro e ter imaginado a história toda em todos os detalhes na minha cabeça, o filme foi um balde de água fria, embora seja também muito bom, mas não tem a riqueza de detalhes e a intensidade emocional do livro, além das peças não se encaixarem totalmente. Nunca mais deixo para assistir o filme depois de ler o livro! Esse é um livro que eu quero guardar comigo para sempre e ler novamente daqui há alguns anos só para me lembrar de tudo o que essa história me trouxe de bom. 
O que eu aprendi em todas essas vidas como um cão? Divirta-se é obvio, sempre que possível ache alguém para salvar e salve-o, ame quem você ama, não faça cara triste pelo o que não aconteceu ou franzida pelo o que não foi possível, só viva o momento, esteja aqui agora.  – Bailey
3 notes · View notes
petiteblasee · 2 years
Text
𝐀 𝐫𝐞𝐝𝐨𝐦𝐚 𝐝𝐨 𝐝𝐞𝐬𝐞𝐬𝐩𝐞𝐫𝐨 | 𝐀 𝐑𝐞𝐝𝐨𝐦𝐚 𝐝𝐞 𝐕𝐢𝐝𝐫𝐨 - 𝐒𝐲𝐥𝐯𝐢𝐚 𝐏𝐥𝐚𝐭𝐡
Tumblr media
Quando escolhi esse livro para a maratona literária de verão, fui ciente de que havia uma grande sombra em volta dele por se tratar de um romance clássico onde alertavam que uma leitura não seria nada fácil, mas nunca especificavam o real motivo dessa dificuldade, então fui preparada para uma escrita difícil em termos técnicos, e quebrei a cara. Em menos de 10min de leitura logo fui pega pela história e vi que funcionaria perfeitamente para o desafio, pois estava indo rápido demais e, até então, tudo estava fácil. Aí veio o baque.
"A última coisa que eu queria da vida era “segurança infinita” ou ser o “lugar de onde a flecha parte”. Eu queria mudança e agitação, queria ser uma flecha avançando em todas as direções, como as luzes coloridas de um rojão."
A história é narrada pela Esther, uma jovem que está numa fase decisiva e transitória da vida pois encerrou os estudos e não sabe o que fazer. Diante dessa decisão, ela começa a perder a vontade de seguir com o que sempre quis, e essa ausência de vontades e sentidos se estende a um nível em que a sanidade é colocada em xeque. Eu sabia que o livro abordava a depressão, mas não esperava me identificar tanto com os sentimentos da Esther - essa constatação não é nenhum autodiagnóstico; apenas serviu para perceber como é tênue a linha que separa a apatia momentânea de uma que merece mais cuidados.
A Sylvia escreve tudo de uma maneira tão simples que acompanhar a jornada da Esther não foi só tensão ao pensar como ela terminaria essa etapa da vida. Para além do assunto extremamente delicado, é uma história de amadurecimento; uma menina passa a ser mulher, mas não se encontra no que está sendo colocado para ela, mesmo que sejam inúmeras as possibilidades. Com essa extrema confusão, a redoma, que começa como um espaço de proteção, passa a ser uma prisão. Ali dentro, a Esther não consegue se desvencilhar de todas as críticas e pensamentos intrusivos extremamente equivocados a respeito de si mesma. No fim, se torna prisioneira do Eu, diante da incapacidade do colapso em tornar possível uma vivência mais aberta com os outros.
"Se ser neurótico é querer ao mesmo tempo duas coisas mutuamente excludentes, então eu sou uma baita de uma neurótica."
A narrativa é inspirada nos acontecimentos do verão de 1952, quando a autora foi internada em uma clínica psiquiátrica após uma tentativa de suicídio. Diante disso, a obra foi publicada na Inglaterra sob um pseudônimo como forma de preservar as figuras que serviram para a criação da obra. Não foi nada fácil perceber que o complicado da leitura não era uma escrita cheia de frufru por ser um clássico, mas lidar com cada sentimento da protagonista sem se perder em tudo que ela descrevia e não conseguir enxergar uma solução diante do contexto histórico - nessa época, as formas de tratamento e o entendimento das pessoas a respeito dos transtornos mentais eram totalmente equivocados, chegando a ser bem cruéis.
Ainda assim, apesar dos pesares, foi uma leitura maravilhosa. Terminei a leitura aceitando, e entendendo, a grande sombra em volta dele, mas com a esperança ativa por saber que a personagem encontra o que precisava no momento. No fim, a redoma existe, mas o mundo acontece ao redor dele e é essa percepção que, muitas vezes, nos salva.
Tumblr media Tumblr media
19 notes · View notes
hilloproblema · 6 months
Text
Tumblr media
'salem, por stephen king
iniciado em: 7 ago 2023
terminado em: 24 out 2023
nota: 5.0
um livro que começa no fim. afinal, a cidade de jerusalem's lot já estava perdida e a salvação era um sonho (se ainda podiam sonhar os habitantes de lá) distante. não havia jeito melhor de iniciar essa fascinante história senão pelo seu fim. 'salem é um livro sobre não apenas a ruína física de uma cidade na colina, uma casa, um corpo desumano, mas também sobre a ruína da vida e até da fé. personagens cativantes e horripilantes, vivências de cores fortes e escuras, futuros inteiros - todos apagados pelo Mal com M maiúsculo mesmo, este que há muito nem a Igreja lida diretamente, mas nunca apagados pelo tempo e pela memória dos que restaram. é uma história sobre O homem alto e o seu retorno ao passado para exorcizar seus próprios demônios; uma história sobre O menino de uma inteligência maior que de muitos adultos e que não se deixa abalar nem diante dos seus piores medos; uma história de amor e dor para A garota que lê na praça; uma história vitoriosa àqueles que perderam suas vidas lutando; uma história de terror a todos os outros moradores e uma história de sombras aos corações ambulantes que não batem mais. stephen king é capaz de dizer tudo em uma história calada, sorrateira, que faz visita no meio da noite, bate à janela do seu quarto e pede para entrar. e o leitor, hipnotizado, cede aos pedidos outrora apaixonantes, logo sendo devorado com afinco pelas quatrocentas páginas de puro medo e desespero, do não saber o que está por vir. stephen foi meu vampiro, e esse livro foi a minha ruína. vidas e não-vidas que se entrelaçam umas às outras e traçam o destino que se sucede, é isto que esse livro é. carinhosamente recomendo a leitura aos amantes (ou não) de terror, e tenho apenas um defeito a pontuar pela quantidade enorme de nomes e personagens que com certeza não guardei na cabeça, e por muitas vezes me perdi neles. mas pode ter sido apenas um problema pessoal, que não aconteceria com outros leitores mais atentos. muitas referências à drácula de bram stroker e, para quem assistiu missa da meia-noite, essa história tem um conceito bem parecido. de longe, a superação do primeiro livro do king, carrie. para um segundo livro de toda a sua carreira, escrito em longos quase três anos, é inspirador e fantasmagórico, no seu bom sentido. cinco estrelas merecidíssimas.
(OBS: crítica negativa à capa da editora suma. quer dizer, é só olhar para a disposição do título e do nome do autor. o STEPHEN todo em caixa alta e o King apenas com a primeira letra da mesma forma, e o nome do livro perdido entre o nome do autor? sem falar que a imagem da capa é feinha mesmo e não diz muito sobre a história em si. nada se liga ao enredo ou à personalidade dele. poderiam aproveitar os 10 anos de lançamento para criarem uma nova edição, porque 'tá precisando.)
notas: gostou da minha resenha? deixa uma nota aí pra mim então! vai me deixar muito feliz <3 essa resenha também pode ser encontrada no meu perfil no skoob e no goodreads, deem uma olhadinha lá!
5 notes · View notes
yoongivenn · 3 months
Text
Wolfsong - T.J. Klune
Wolfsong is not my first T.J. Klune book, but it is certainly one of his best works. I was skeptical at first for numerous reasons, first I am always a bit reluctant with certain wolf books, I do enjoy this theme if done right, but I am always afraid it might be too cringy or fall too close into those ABO fanfics. Thankfully, that is not the case here. I feel like one of the reasons Wolfsong is…
Tumblr media
View On WordPress
2 notes · View notes