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#Glória Perez
noveleironoir · 2 years
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Helô e Stênio de Travessia não são os mesmos de Salve Jorge?
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Quem assistiu Salve Jorge sabe que um dos acertos da novela foi o casal Helô e Stênio — a delegada e o advogado que passaram a novela inteira entre tapas e beijos, tendo a empregada Creuza como cúpida dos dois. Eis que a Glória Perez decide repescar os três personagens de volta para a sua novela atual, a polemica Travessia e isso animou bastante os fãs do casal, mas... nem tudo nesse "comeback" está agradando.
Uma coisa que vem incomodando os fãs de Salve Jorge e fãs do casal é justamente a falta de bagagem dos personagens, a falta de referências sobre Salve Jorge. Helô e Stênio tem uma filha chamada Drica (Mariana Rios), tinham uma porção de amigos de longa data, tendo o Mustafa (Antonio Calloni) como um irmão para Stênio. Além de casos que os personagens viveram lá e se assimilam com situações que estão passando atualmente em Travessia, mas nada disso é se quer citado em momento algum.
É claro, todo mundo sabe que não dá para ficar trazendo os atores antigos de Salve Jorge apenas para uma participação rápida, alguns como a Mariana Rios nem dá, afinal ela está trabalhando na emissora concorrente, mas citar os personagens é perfeitamente plausível e nem isso acontece, é como se Stênio, Helô e a Creuza de Travessia fosse de outro universo. Mas será mesmo?
Em Travessia sabemos que Helô e Stênio se divorciaram duas vezes, o que dá continuidade a história deles em Salve Jorge, onde eles terminam a novela reatando o casamento para tentar uma vez mais. Mas outras coisas não batem, como por exemplo a Creuza ter criado a Brisa sendo que ela trabalhou por muitos anos para a Helô. E é claro, eu sei o que vocês estão pensando, tem também a questão do Rodrigo Lombardi que fazia o PROTAGONISTA de Salve Jorge (Théo) e em Travessia faz o vilão Moreti. Tanto o Théo quanto o Moreti são personagens que a Helô e o Stênio conhecem e pelo visto não acharam estranho o fato de serem literalmente a mesma pessoa. Mas para essa questão eu dou uma passada de pano. Existe séries da Globo onde o mesmo ator já fez personagens diferentes, como em A Diarista (série criada pela própria Gloria Perez).
Mas se é um universo diferente, por que colocar Helô e Stênio como um casal que se separou duas vezes? Isso parece ser um detalhe que deixa claro que são sim o mesmo casal de Salve Jorge. E se é, por que nem citam coisas que aconteceram na outra novela? Você pode dizer que é porque isso incomodaria o telespectador que acharia que precisa ver Salve Jorge para entender Travessia, mas isso não faz sentido. Muitas novelas, séries ou filmes tem personagens que citam situações que aconteceram no passado deles, sem a obrigatoriedade de mostrar. A diferença aqui é que se o público ficar curioso bastaria ir à Globoplay e assistir Salve Jorge.
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No Twitter eu vi um usuário que lembrou um detalhe importante. Lembra da Dona Diva? Ela é uma personagem originalmente feita para a novela América, mas que também foi reaproveitada em Salve Jorge. Mas segundo o usuário do Twitter (eu não assisti América), a personagem também foi "rebootada". Era a mesma personagem, mas com um marido diferente e sem nenhuma bagagem do que aconteceu na outra novela.
O caso da Dona Diva foi até mais surreal. Pois o marido dela em Salve Jorge (Clovis) é protagonizado pelo Walter Breda que fazia o Seu Gomes (vizinho de Dona Diva em América). Sendo que o Seu Gomes tinha um filho em América protagonizado pelo Mussunzinho — ator que está em Salve Jorge fazendo o neto da Dona Diva. Confuso, né?
Se a Glória Perez seguiu o mesmo esquema que fez com a Dona Diva fica obvio que Helô, Creuza e o Stênio de Travessia são sim uma versão diferente da de Salve Jorge.
Mas isso é um acerto ou um erro? Pra mim é um grande erro. As pessoas atualmente estão acostumadas com crossovers, com multiverso, com referências. O barato em trazer personagens de outras histórias é justamente trazê-los com a bagagem daquela história e não os reiniciar ou criar uma versão estranha com alguns elementos da novela anterior sem nenhum motivo de existir. É irônico pensar que a novela se chama travessia, como um conceito de evoluir, se adaptar na geração atual e a autora não conseguir adaptar o modo que repesca seus personagens. Vamos combinar que é muito estranho e duvidoso esse tipo de repescagem, né? Principalmente quando o elenco da novela é quase que todo diferente do de Salve Jorge. Além de Rodrigo Lombardi, Nando Cunha, Betty Gofman e Murilo Grossi (que fazia um policial em Salve Jorge e atualmente faz um delegado — será o mesmo personagem?) basicamente não tem outro ator que fazia algum personagem em Salve Jorge.
Claro, nada até o momento dessa postagem foi confirmado pela autora.
Os fãs estão todos descontentes com essa versão retalhada de Stênio e Helô, cabe a Gloria Perez dar um jeito ou adicionar mais essa questão às críticas negativas que a novela vem sofrendo.
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lcentretenimento · 2 years
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Travessia bate recorde de audiência às quintas-feiras
Centésimo capítulo de Travessia rende a maior audiência da novela às quintas-feiras. (more…) “”
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divulgamaragogipe · 2 years
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Morre Guilherme de Pádua, assassino de Daniella Perez, aos 53 anos
Morre Guilherme de Pádua, assassino de Daniella Perez, aos 53 anos
Informação foi divulgada por um pastor da igreja frequentada pelo ex-ator, em Belo Horizonte Morreu, neste domingo (6/11), aos 53 anos, o ex-ator Guilherme de Pádua, assassino da atriz Daniella Perez. Ele teria sido vítima de um infarto. A informação foi divulgada em uma live pelo pastor Márcio Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha, onde o ex-ator se tornou pastor anos depois de executar…
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bloodsvcker · 5 months
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Here are my favorite media with general Christian imagery. Which one resonates with you the most?
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Film: the Last Temptation of Christ, dir. Martin Scorsese, 1988.
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Film: Carrie, dir. Brian de Palma, 1976.
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Film: Monty Python and the Holy Grail, dir. Terry Gilliam and Terry Jones, 1975.
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Show: Fleabag, created by. Phoebe Waller-Bridge, 2016-2019.
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Film: la Passion de Jeanne D'arc, dir. Carl Theodor Dreyer, 1928.
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Show: Hilda Furacão, written by. Glória Perez, 1998.
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Band: My Chemical Romance, 2001-2013, 2019-present.
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Show: Supernatural, created by. Eric Kripke, 2005-2020.
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Show: Good Omens, showrunner. Douglas Mackinnon, 2019-present.
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a-biblia-ensina · 2 months
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O que significa Amém Aleluia e glória a Deus?
É um termo de origem hebráica "Halleluyah", formado pela junção de Hallelu, que significa Louvar, mais Yah que significa Deus, Javé. Portanto Aleluia é um elogio ao Deus, Javé. Aleluia é uma expressão usada para louvar a Deus nos cânticos e orações rezadas nos cultos e missas dos cristãos.
Prof. Raymundo Cortizo Perez
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ocombatenterondonia · 8 months
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Glória Pires: A Estrela Cotada para Brilhar no Troféu Talentos da Dublagem Gay
Neste ano, o Troféu Talentos da Dublagem Gay, evento anual no Rio de Janeiro, está prestes a homenagear uma grande personalidade do mundo artístico. Dentre as atrizes e atores que já foram honrados no passado, como Claudia Raia, Débora Secco, Taís Araújo, Lília Cabral, Glória Perez, Vera Fischer, Marcos Caruso, Mateus Solano, surge o nome de Glória Pires como a escolhida para ser a grande…
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dreenwood · 1 year
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“A verdade é uma só. As versões são muitas.”
Glória Perez 👐✨
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So here are my two cents about Hilda Furacão's ending (and some considerations about the show as whole):
The ending of Hilda and Malthus story is perfect. Actually, their whole story is pretty close to perfection. I do dislike the part with the two farmers that want to marry Hilda, it's just too absurd and tacky for my style, and the airplane thing is a bit much as well, but, apart from that *chef's kiss*. Of course they wouldn't be able to stay together in 1964. @just-an-enby-lemon put it perfectly when they said Hilda and Malthus just couldn't stay together as the military dictatorship was kicking off. The military coup is a moment of triumph for the Loló Venturas and the Father Nelsons of the world, a moment of triumph for the people that put Malthus and Hilda in their boxes and kept them apart for so long. It's not a moment of triumph for young, forbidden love.
Still, Hilda and Malthus do get their happy ending, I think. Roberto never makes it clear whether Malthus remained a priest or not, but even if he did, things are different in 1968. Times are darker than ever, but now he and Hilda are on the same side, and he's not under the influence of his mother and Father Nelson anymore. He's free to be who he wants.
Father Nelson does overstay his welcome in the plot, but I like it when he tells Malthus he would come back after spending time together with Hilda because, at that moment, it is most likely true. It is probably the only true thing he says in the entire series. They wouldn't make it because they're so much alike, impulsive and tempestuous, though Malthus hides it well under his religious facade, and yet they are completely different at that point in time. And the passage of time is key to understanding Hilda Furacão (no wonder the op song is all about it). Time had to do its job to make Hilda and Malthus right for each other.
Politics-wise, Hilda Furacão is not a pro-dictatorship show, but it is also not pro-communist, as I've seen some claim. Actually, it seems quite confused about what it thinks communism is, and I don't say that because of Comrade Zico's communist morals classes, but mainly because of the introduction of Comrade Lorca and his whole being a communist while waving an anarchist flag in one hand and the national flag in another. Sure, we can read that as a stand-in for different groups that tried to resist and were massacred by the military coup and dictatorship, but I don't know if I'm maybe giving Glória Perez too much credit here. She's not exactly a subtle writer.
There are some small elements that betray a more conservative worldview as well, very much in line with the Bolsonaro supporter that Perez would become. Placing a communist guerrila in Brazil pre-coup when actually the first guerrila war started somewhere around 1966 (in Minas Gerais, nonetheless) reeks of pro-military rhetoric to me.
Still, I like the fact that Zico ran away with a bunch of chickens while Bonfim became the guy that died in the guerrila, fighting for his cause and for the end of the military regime.
I loathe everything involving Tunico Mendes, Gabriela, and Aramel. That story is so misogynistic. Along the light homophobia and the lack of Black representation in the show, it's one of the things that make me glad the 90s are gone. I hate how they paint Gabriela as being in the wrong for making the practical choice, I hate how they paint Aramel as being in the right even after he hits her, I hate that Aramel gets his happy ending, I hate that Gabriela gets her ~comeuppance~, hate it, hate it, hate it.
As for other storylines, I found myself caring less and less for them as my interest in Hilda and Malthus grew. I don't care much for what happens in Santana dos Ferros, I don't care for the MC, I care just a little about the communists.
Overall, Hilda Furacão is indeed one the best fictional shows produced by Brazilian television. It's not a telenovela, though it has telenovela-like elements, but a miniseries, a much more ambitious, prestigious, and expensive kind of project that has been largely abandoned to the current crisis of the linear TV model. It's a pity. I wish they would make more like it. THOUGH PLEASE PRETTY PLEASE I AM NOT ASKING FOR A REMAKE GLOBO IF YOU REMAKE THIS I AM GOING TO KILL SOMEONE
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gazeta24br · 10 months
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O que você diria ou como se sentiria se alguém desse a própria vida para salvá-lo de cair em um abismo profundo e sem volta? Qual seria o nível da sua gratidão? A canção “Sacrifício”, que a cantora e compositora Hadassah Perez lança, fechando o EP “Quebra as Correntes”, fala sobre o sacrifício único e suficiente para salvar a humanidade do sofrimento eterno. O EP está sendo lançado juntamente com esta canção inédita e consta de mais três canções: “Quebra as Correntes”, “Tua Cura” e “Criação”, todas já lançadas anteriormente pela cantora. A composição de Elias Inácio, Gino Martini, Rafael Fagundes e Fadi fala sobre o sacrifício de Jesus, na cruz do Calvário, por todos os pecadores, “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Romanos 3.23, 24). A mensagem aborda também a Sua ressurreição e vitória sobre a morte, além de exaltar a santidade do nosso Senhor e Salvador”. Hadassah conta que, quando estavam gravando a música “Incomparável”, Elias Inácio comentou sobre uma música muito bonita que havia composto com os outros compositores desta canção. O nome original era “Aleluia”, mas, pelo teor da mensagem, foi mudado para “Sacrifício”. Todos quiseram ouvi-la e foi unanimemente “amor à primeira nota! Foi muito lindo escutar uma mensagem que realmente exalta e agradece a Jesus pelo sacrifício dEle na cruz. No mesmo momento, tive certeza de que esta seria uma canção deste projeto”. “Sacrifício” é uma canção que toca profundamente o coração de Hadassah. Ela explica que isso acontece porque sempre quis ter uma música para momentos de comunhão, como a Ceia de Cristo. Assim que a escutou, ela teve certeza de que esta seria uma canção para ser tocada quando “estamos realmente reconhecendo o sacrifício de Jesus na Cruz e agradecendo a Ele por tamanho amor”. Ela diz que, mesmo não tendo participado da composição de “Sacrifício”, esta canção faz fluir de si uma gratidão eterna: “Todas as vezes que tenho a oportunidade de cantá-la, sinto a essência da adoração, do agradecimento e reconhecimento do sacrifício do Filho Unigênito de Deus transbordando do meu coração.” Este single foi gravado no Estúdio Martini, em São Paulo (SP). Produção musical: Gino Martini, Elias Inácio e Rafael Fagundes. Teclados: Rafael Fagundes. Guitarras: Gui Carvalhedo e Maick Souza. Baixo: Elias Inácio. Bateria: Renan Martins. Mixagem e masterização: Silvio Richeto. O clipe foi gravado no Espaço Casa Cora, também em São Paulo (SP). Direção executiva: Diuliano Cardoso e Denise Perez. Direção artística: Diuliano Cardoso. Assistente: Nilton Barbosa. Câmeras: Andrea Petroline, Carlos Franco, Diuliano Cardoso. Áudio: Márcio Lemos. Gravação de áudio: Helinho Castelhano. Assistente de direção: Andrea Petroline. Hair & Make Up: Lis Ortiz. Figurino: Carlos Martinz e Denise Perez. Fotografia: Gabriel Almeida. “Todas as músicas deste EP existem para engrandecer ao Senhor, mas eu queria que todos que vão ouvir a canção ‘Sacrifício’ e assistir ao seu clipe, deixem seu espírito, sua mente e seu coração entrarem em profundo agradecimento a Jesus. Um momento para entender o que Ele realmente fez por você e por mim. Seu amor por nós é tão grande que Ele se tornou homem, sofreu, foi crucificado, ressuscitou e venceu a morte. Tudo para que possamos ter acesso ao Pai, tornarmos Seus filhos e estarmos mais perto dEle. Não deixe para depois este momento que você pode ter com Deus agora. Corra lá e escute a canção ‘Sacrifício’ no EP ‘Quebra as Correntes’. Deus os abençoe.” Assista ao videoclipe da canção “Sacrifício”: https://www.youtube.com/watch?v=KRx5tKsnGT4 Ouça a canção “Sacrifício” na sua plataforma digital preferida. Adicione as canções da cantora Hadassah Perez à sua playlist: https://onerpm.link/Ep-QuebraAsCorrentes Acompanhe Hadassah Perez nas Redes Sociais! Instagram: www.instagram.com/hadassahperez Facebook: www.facebook.com/hadassahperezpage Twitter: www.twitter.com/hadassahperez
YouTube: www.youtube.com/hadassahPerez Acompanhe as novidades da Revista Show Gospel no Instagram: https://www.instagram.com/showgospel
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cnwnoticias · 1 year
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Tentando dar um up na novela das 21h, autor antecipa a morte de um dos protagonistas da trama
Em breve, o filho preferido de Irene se envolverá em um acidente de carro, que o deixará de coma e depois o matará. Gente, não é por nada não, mas o que está acontecendo com as novelas que a Globo está produzindo para as 21h? O horário nobre, que costumava ter novelas bafônicas há muito tempo, não vê uma grande trama.  Como se já não bastasse todas as reviravoltas que a Glória Perez teve que…
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egobrazil · 2 years
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Ari joga bomba no ar e insinua que Brisa é sequestradora
Você se lembra que logo no início da trama de “Travessia”, Brisa (Lucy Alves) caiu em uma fake news, acusada de sequestrar crianças, quase foi linchada e foi parar na cadeia? Pois é, essa história volta agora com força total. Na trama de Glória Perez, Ari (Chay Suede) mais uma vez faz seu jogo sujo com o exame de DNA que vai apontar que Brisa não é mãe biológica de Tonho (Vicente Alvite). Vendo a…
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noveleironoir · 2 years
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Théo de Travessia e a dependência tecnológica
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Travessia veio para abordar temas atuais como as mudanças causadas pela tecnologia e a transição de uma geração para outra. Dentre os temas abordados até agora tivemos o shopping futurístico que o Guerra quer construir, com direito a drones entregadores de compras, roupas sendo feitas na hora por meio de impressoras 3D, painéis holográficos — quase uma Indústrias Stark. Já na parte mais "pé no chão", (embora essas tecnologias estejam batendo à porta, ainda é uma realidade um pouco distante), Glorinha abordou o peso da tecnologia em nossas vidas, como por exemplo os crimes cibernéticos — lá na delegacia da Dona Helô (que em Salve Jorge era polícia federal, mas decidiu que queria ganhar menos e voltou para à civil) constantemente aparece casos de stalkers, chantagens via internet e vazamento de nude.
Também tivemos o que seria a suposta trama principal da novela: a deepfake que Brisa — protagonista da novela, sofreu. Para quem não sabe, levianamente falando, deepfake é uma edição muito bem-feita, geralmente sendo mais popular em vídeos, mas também são feitas em fotos, onde você tem o rosto de uma pessoa no corpo de outra, dando a entender que a pessoa X é a pessoa Y. Em Travessia, Brisa teve seu rosto colocado numa reportagem sobre uma ladra de bebês que estava foragida, fazendo a vida da mocinha virar de cabeça para baixo.
Entre outras questões tecnológicas que estão sendo levantadas em Travessia, temos uma que me chamou bastante a atenção (e não foi o Metaverso, me ouviu, Talita?) que é a dependência tecnológica que o personagem Théo sofre.
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Théo é um adolescente de uma família comum onde o pai é professor e a mãe advogada. Ele tem uma irmã, também adolescente, que constantemente é alvo de preocupações de seu pai, que é superprotetor e não quer a filha no meio de drogas, bebidas e nem saindo muito tarde. Apesar do texto tentar insinuar que o pai está errado, a gente tem que concordar que a Iza é muito mimada e para uma garota de 15 anos ela não deveria ter toda essa liberdade. Já Théo é um garoto estudioso, mas que não sai de casa para nada, passa o tempo todo jogando games no computador (podemos ver dois extremos aí, né?), mas a família não vê isso como um problema.
A novela ainda está cozinhando essa história, ainda estamos na parte em que os pais pensam que o problema é a Iza e sua rebeldia, para logo depois revelar que o grande problema é o menino viciado no mundo virtual que não sai do quarto, isso já está claro.
No entanto o argumento para desenvolver essa trama parece tão sem sentindo. Théo é um excelente jogador de games e ele decidiu lucrar com isso. Como? Fazendo stream? Um canal no youtube? Mods para jogos? Não, cobrando para passar fase em joguinhos. Isso parece um pouco datado para você? Meio anos 00's? As pessoas hoje em dia não pagariam por isso (algum dia já pagaram?), pois basta você pesquisar na internet e você encontraria sites e fóruns com o "save" que você quer, exatamente do lugar onde parou e você não precisaria pagar nada por isso, apenas fazer o download. Então quer dizer que a Glória passou longe da realidade? Nem tanto. Pois existe pessoas que cobram para te ajudar a subir de rank, que é basicamente um modo competitivo que existe em jogos online: Free Fire, League of Legends, PUBG, são apenas alguns jogos que eu já vi muita gente criando até perfil no Instagram para divulgar seus serviços de subir rank, o que não é a mesma coisa de "passar fase", mas tudo bem. Essa não é a parte do texto que eu acho tão sem sentido assim, mas sim como o Théo decidiu vender os seus talentos gamers: no sigilo.
O Théo simplesmente decidiu passar as ranqueadas para os seus clientes as escondidas de seus pais, preferencialmente quando eles não estão em casa. O menino passa a maior vibe de estar traficando drogas, sendo que na verdade só está ajudando alguns nerds cheios de espinhas a pegar um rank melhor em League of Legends. E por que?? Por que os pais dele não podem saber que ele vende seus serviços? E por que precisa ser na casa dele? Ele não pode chamar os clientes para um café, uma lan house, qualquer lugar público? Afinal o cliente leva o notebook para o Théo passar as fases. Não tem necessidade nenhuma de ficar levando desconhecido para dentro da casa dele e mesmo que tivesse, não acho que os pais iriam problematizar isso se estivessem presentes. Nada disso faz sentido.
E sim, sabemos que existe pessoas antissociais, tímidas, introvertidas, mas o caso do Théo é claramente um vício, uma dependência descontrolada. O pai como um pedagogo não consegue reconhecer que o filho está dependente do computador? Os pais não acham um pouco estranho ele não querer sair nem para dar uma caminhada pra prevenir um infarto? Em contraste temos o núcleo do Moreti, Guida e Rudar, onde o Moreti enche o saco de Rudar o tempo todo para que ele socialize. E eu posso estar falando abobrinha, mas o quê assexualidade tem a ver com não querer socializar? Mas isso é discussão para outro dia.
Voltando a falar sobre dependência tecnológica, acredito que seja um tema atual, mas divergente, principalmente quando feito daquele jeito. A dependência tecnológica geralmente da em pessoas que já tem algum problema como depressão, ansiedade, timidez excessiva, ansiedade social. E entre os efeitos colaterais está o baixo rendimento escolar — que não é o caso do Théo. A Glória Perez ao tentar usar o artificio de reviravolta (fazer o público focar em Iza e não em Théo) perdeu a oportunidade de criar o Théo sendo um personagem com problemas sociais e psicológicos, dificultando o telespectador reconhecer os sintomas para saber se seus filhos ou conhecidos sofrem disso, afinal não é esse o objetivo ao tratar temas atuais?
Théo tira notas altas, não parece ter problemas ao se comunicar, não parece ser depressivo e ainda descola uma graninha apenas ajudando jovens a passar de fase em jogos virtuais. Ele provavelmente vai se meter em um problemão ao levar um bandido para a casa dele e só aí os pais vão começar a problematizar a situação dele. Isso é achismo meu, tá? Espero sinceramente que não seja dessa forma que a Glorinha decida desenvolver esse tema.
Um tema que como eu já disse é um tanto divergente, principalmente quando dependência tecnológica é basicamente descrito como uma comorbidade de doenças psicológicas, me parece mais como um sintoma do que um problema em si. Afinal, alguém depressivo, social fóbico e afins sempre existiram e sempre arranjaram um jeito de se isolarem da sociedade — com tecnologia ou sem.
Não estou dizendo que dependência tecnológica é "mimimi", mas que o buraco é bem mais embaixo e que às vezes o texto da novela soa apenas como a boa e velha geração X falando como a internet e o mundo virtual fazem mal (faz mesmo, mas não é esse o ponto) e ainda por cima usando um ponto de partida tão fantasioso. Às vezes até soa como uma crítica a quem é introspectivo (olha o plot de Rudar por exemplo).
Travessia veio para falar sobre a colisão de duas gerações, sobre o futuro e o presente, mas trouxe a visão de uma terceira geração, que talvez não coubesse ali. E sem edições, correções ou a opinião de outro autor (Glória Perez escreve suas novelas sozinha) faz o texto soar confuso, inverossímil, estranho; e citando o vocabulário da novela: cringe.
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lcentretenimento · 4 months
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Contrato de Glória Perez com a Globo vence no fim do ano e renovação é dúvida
O contrato de Glória Perez com a Globo vence no final deste ano, e sua renovação é incerta. Depois de 34 anos, há dúvidas sobre manter um contrato fixo com a autora. Continue reading Contrato de Glória Perez com a Globo vence no fim do ano e renovação é dúvida
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soueu-emanuel · 2 years
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Em Travessia, romance televisivo de Glória Perez, são apresentadas as personagens Guerra e Moretti que pretendem destruir o Centro Histórico de São Luís para a construção de um grande Centro Comercial, a despeito da população local. Diferentemente da teledramaturgia, não há ninguém a querer utilizar-se do Patrimônio da Humanidade para grandes fins comerciais, visto que já é usufruído pelas pequenas empresas em seus casarões a manter viva a cultura, e como estamos em um mundo onde o capitalismo venceu, a economia é fomentada.
Vale o destaque a como o Estado do Maranhão despreza um dos seus principais pontos turísticos, deixando-o abandonado, e dando à população o seu papel, cuidar dos bens materiais de nossa História, como os casarões. São infelizes em imaginar-se cuidando de um Patrimônio Histórico, a exemplo disso, temos os que construíram, os portugueses, os casarões portugueses do Porto são também considerados Patrimônio Histórico da Humanidade, e embora sejam mais clássicos do que os do Maranhão, são melhor cuidados.
Anseia-se, destarte, a mudança de perspectiva tanto do Estado quanto da sociedade comum, haja vista a colossal necessidade de manter viva a História brasileira. Deve-se ser retirada da comunidade um entrave, a Atitude Blasé, tese do pensador alemão Georg Simmel, ser indiferente a quem está ao lado e não promover discussão para que se tenha uma solução de comum acordo com todos é vil e vergonhoso. Nossa sociedade precisa, portanto, de medidas que não deixem nossa História morrer.
O problema da Atitude Blasé é que ela, por conta da Globalização, está em grandes e pequenas metrópoles, como São Luís, embora seja capital, é a capital do Estado mais pobre do país e por conta disso não deveria ser comprovada a teoria de Simmel, entretanto, vê-se que não importa mais se a cidade analisada é metrópole grande ou pequena, a atitude das pessoas a quem está a seu lado é a mesma, indiferença. A dinâmica urbana de São Luís é baseada, sob este prisma, na irrelação entre os ludovicenses ao que tange o histórico e o social, fato esse que deveria ser revertido.
A Ilha do Amor, como é conhecida a capital maranhense, é o ambiente no qual foi feita a pesquisa de campo, visando transformar a perspectiva dos alunos do Colégio Militar Tiradentes III, em âmbito político, espacial, social e histórico. O intuito dos docentes em levar-nos ao Centro Histórico foi fazer-nos refletir sobre muito, mas em específico neste artigo, sobre a dinâmica urbana da conturbada e atrasada cidade de São Luís.
O objetivo deste escrito é demonstrar as causas e a profundidade da Atitude Blasé, bem como outras teorias, no mundo hodierno. De igual forma, suscitar o questionamento sobre o individualismo; Relacionar São Luís à Cadeia Global, enfatizando o fato de não estarmos mais sozinhos; Lançar luz sobre o fato que deveria ser o mais importante, a poluição, visto o descaso da população local e a má administração de recursos públicos para manter viva a nossa História.
Esta obra está dividida em cinco grandes partes:
Apresentação da problemática;
Convivência da problemática na sociedade;
Como é estar dentro da Atitude Blasé;
Como chegar à superfície da problemática;
Após a solução da problemática.
2. TESE DE SIMMEL: A ATITUDE BLASÉ
A Atitude Blasé que será descrita em toda a obra é mentalizada principalmente por Georg Simmel, um dos fundadores da sociologia alemã. Apesar de pensador plural e instigante, é pouco conhecido no ambiente acadêmico brasileiro, por isso, um debate sobre suas contribuições para a Humanidade são essenciais. Além da Atitude Blasé, existem outras vertentes do pensamento simmeliano, a que mais admiro é o seu ponto de vista ao conformismo, que a ele, é uma forma do ser humano manter-se estável, embora estabilidade não seja algo benéfico na sociedade visto que a instabilidade leva à melhora; o momento de paz é essencial, mas só é bom se mantiver-se curto.
Por meio do último tópico, podemos perceber que a dinâmica urbana em São Luís é mantida estável, ou seja parada em um mesmo estágio, no qual não se melhora, nem se piora. Isso a uma metrópole é instigante, os ludovicenses aceitaram sua comunidade do jeito que é, com seus problemas e anseios guardados por uma conformidade tóxica.
A caixa de Pandora da cidade precisa ser aberta, de modo que só assim, saberão como funciona o mundo a sua volta, seus anseios poderão emergir e poderão enfim saber, à face de um problema, como solucioná-lo e como melhorar. A sua Atitude Blasé entretanto os impede de ver por este ponto de vista, pois, convencionou-se colocar os seus anseios pessoais acima dos anseios comuns, e os anseios pessoais não fazem mudança absoluta. Pode parecer radical, mas só mudaremos os reais problemas se os tivermos em mente à primazia, e solucioná-lo no mundo das ideias, Hegel, filósofo alemão, compartilha do mesmo meu ponto de vista, pois só se terá a solução de um problema se nos colocarmos à frente dele e tentarmos solucioná-lo, a sociedade ludovicense desistiu, ela não consegue enxergar o problema, por conta da Atitude Blasé, por conta disso não quer mais lutar por si mesma.
Para Simmel, as relações nas metrópoles se tornam o mais essencial possível, porque as pessoas não passam a ser elas mesmas, passam a ser números, passam a ser elementos, como se fossem somente quantitativos, não qualitativos, porque com a Atitude Blasé as relações só são relações se forem de grau essencialíssimo, uma vez que, procura-se dentro da comunidade, por conta de um individualismo cego, só que é melhor a si mesmo, portanto o outro é resumido a nada.
Em São Luís isso é visto a todos os cantos, pessoas vivem à margem da sociedade e parece que sequer existem, o governo as invisibiliza, porque a sociedade as invisibiliza. A uma conjuntura urbana que não enxerga o próximo está fadada, como a capital em questão está, a ficar estável ou atrasada.
O Maranhão é um Estado injusto, enquanto o governador do Estado está em prédio luxuoso feito por europeus, os reais maranhenses vivem em casas de taipa mais ao sul que não reconhecem essa realidade mordômica do governador, o cinismo do gestor é fato e ele pouco faz para não possuir esta má fama, creio que a ele é mais simples, visto que ele também é blasé. Por fim, se não houver como retirar este entrave da sociedade, não seremos mais uma sociedade, seremos apenas um grupo de seres humanos que se desconhecem.
3. TORNOU-SE NATURAL SER BLASÉ
Hoje, todavia, temos a questão em que se tornou natural ser um ser que não se importa com o outro, ser blasé significa ser clichê hoje em dia, pois, todos têm um pouco de ser blasé. A Atitude, entretanto, é vista ainda com maus olhos embora todos a façam, o pensamento de Simmel sobre a sociedade nas metrópoles não mudou, muito pelo contrário, por conta da Globalização, esse fenômeno não é só ver se o nas metrópoles, como foi o seu espaço amostral à sua época, mas também em todas as cidades grandes, como Bacabal por exemplo. Essa característica é estudada por Milton Santos, em seu livro traz reflexões sobre Aldeia Global: na qual tanto os lados positivos, como o avanço tecnológico, a elitização das condições de vida, tanto nos lados negativos, como a própria Atitude Blasé.
Existe, destarte, um ar de conformidade nessa aldeia global, e a conformidade hoje nao é mais da classe favorecida, mas sim da classe desfavorecida, que simplesmente se cansou de lutar, a chave para emergir desta situação é a luta, mas hoje poucos têm a audácia de ir contra o sistema e fazer um sistema mais agradável e mais democrático.
Parecem conflitantes as duas linhas de raciocínio que fiz, mas elas estão baseadas em um mesmo viés: Luta-se por si mesmo quem tem condições de lutar. Ou seja, quem consegue lutar por si, torna os outros invisíveis, visto que não têm as mesmas condições de lutar. Aos demais, precisam lutar em conjunto para conseguir, as favelas ou comunidades altas são um claro exemplo disso, só conseguiram ter abrigo se estivessem juntos e ajudassem-se, caso contrário nunca conseguiriam.
Infelizmente, por conta da problemática da fábula de que a globalização é totalmente boa, até mesmo dentro dessas comunidades, nas quais deveria haver maior companheirismo, o que existe é uma implementação de uma ideia sofisma que não convém aos conceitos de humanidade: Desde sempre lutamos juntos, desde o tempo das cavernas, sobrevivemos porque estivemos juntos; hoje, os seres renegam sua história, negam que estivemos sempre juntos e que só chegamos onde estamos por conta disso. Portanto a ideia da Atitude Blasé é condicionada principalmente pela falta de Humanidade e companheirismo com o próximo, visto que, se ele melhora, todos melhoramos juntos.
Sigmund Freud, o austríaco pai da psicanálise, explica os motivos de uma falta de empatia por meios científicos lógicos. Para ele, a linhas grossas, existem três seres em nossa mente, o ser das percepções; o ser da moral, do medo e dos ideais; e o ser do irracional; a cada um deu os respectivos nomes: Ego, Superego e Id. Na vida psíquica, o objeto central de análise é a interpretação, o que significa dizer que, a forma como percebemos decide o que somos.
É importante reconhecer tais assuntos, pois nos remete à entrada do Templo de Apolo, o “conhece-te a ti mesmo”, completaria assim: “…para enfim saber o que se passa contigo”, a Atitude Blasé ignora esse questionamento pois os blasés sentem-se autossuficientes e como já vimos, o que lhes interessa é o essencial.
Invoco outra vez em meus trabalhos os escritos de Antoine de Saint-Exupèry*, que diz que “o essencial é invisível aos olhos”, os blasés esquecem-se de que o essencial está nos olhares, na forma como lidamos conosco e com o mundo, não em chegar em algum lugar, mas sim, na forma como chegamos a esse lugar, as pessoas que vemos, as músicas que ouvimos no caminho, o final que nos une é o mesmo. A caminhada é o que faz ser bem aproveitada ou não.
4. CONCLUSÃO: EMERGIR É COMPLICADO
Imagine, meu caro leitor, que estávamos em um navio a vagar em um mar de ideias em uma aventura épica digna dos textos de Luís de Camões; agora é a hora em que Medeia* depois de ter decapitado seu irmão, está colhendo os seus restos mortais do mar para o funeral digno de um príncipe grego, assim os argonautas conseguem fugir do Mar Negro.
Da mesma forma aqui estou, também a afundar do mar de ideias que criei. Junto com elas, de tão pesadas que são, estamos afundando e precisamos emergir. A Atitude Blasé, é a mais pesada das cargas e que também é a mais preciosa, por isso é preciso levá-la comigo à superfície trazendo-lhe uma conclusão digna das ideias do alemão.
Emergir torna-se o passo mais complicado até agora, como estava sozinho na nau não tenho a quem pedir ajuda e por isso faço a seguinte pergunta: Como tornar a carga mais leve? Desmembrando-a, assim o farei.
4.1 A DIN MICA URBANA DA CAPITAL MARANHENSE E O MUNDO
Não estamos sós neste planeta, há conosco outros seres humanos e que exercem influência sobre nossos pensamentos e ações. No Brasil, há o enaltecimento da cultura de fora que corrobora para a Síndrome de Vira-lata, característica que se repete em muitos países latinoamericanos, mas ganha força e forma cada vez mais na cultura do tupiniquim. No Maranhão, reitero que por não estar só, enfatiza o senso que se criou na nação de rebaixamento, o Centro Histórico é retrato deste meu tópico frasal, o que se torna maranhense perde valor histórico e urbano entre si mesmo. A culpa é consequência. Culpado por não se valorizar e que também é consequência de um processo histórico de enaltecimento da cultura do hemisfério norte, como Europa, Estados Unidos ou China.
Meu questionamento durante toda minha escrita foi o seguinte: Por que não nos amamos? Todos esses outros, que foram supracitados, multiplicam-se porque se gostam, gostam de como são, o brasileiro faz o contrário, colabora para que não se goste, por isso se maltrata, por isso que todos os dias matam pessoas pretas neste país, trans, travestis, porque não se gostam. Na maior nação cristã do Universo, é impossível não lembrar do único mandamento de Cristo: “Amai-vos uns aos outros”. Renato Russo nunca esteve tão certo, que país é esse?*
A dinâmica das concentrações urbanas reflete isso, reflete a falta de empatia, reflete a falta de caráter do brasileiro em não querer ser o que é. Em resumo, a dinâmica urbana do Brasil é formada a partir de sucessivas Atitudes Blasés.
4.2 O SEGUNDO PEDAÇO É O MAIS PESADO
Para equiparar-nos a qualquer um que nos toca quando se fala de país de primeiro mundo, a dinâmica urbana não pode ser formada por peças-chave que são apáticas e é por isso que é preciso emergir, a solução da problemática só será possível se nós quisermos tentar mudar, caso isso não aconteça, de nada servirá, debate sobre meio ambiente, clima, palestra sobre os direitos humanos… A mentalidade precisa ser mudada. Por causa disso, esta é a parte mais pesada, mudar os conceitos de uma sociedade conformista é difícil mas é preciso. Posso estar soando idealizador e romântico, e quero ser, se acreditar ainda que essa massa em forma de bola que rodopia sem parar desde que se conhece tem jeito e que podemos fazer a diferença, é isso que eu quero ter em mente.
O bloco mais pesado ainda não está na superfície, muito já se foi feito, precisa-se de ajuda, porém, poucos querem ajudar.
4.3 SEM FÔLEGO
Muitos dos idealizadores de mudanças para melhor da sociedade são massacrados, Galileu é o exemplo mais remoto que conheço, por isso, lutar tornou-se cansativo demais, porque a outra ponta da corda tem mais pessoas.
De volta à metáfora do navio naufragado, já estou na praia, trouxe parte da carga comigo não encontrei ninguém para me ajudar a pegar a outra parte, já estou velho, desisti, não vale a pena. A nossa mentalidade é essa, eu agora, ainda estou nadando, tentando agarrar a carga com toda a força que tenho para emergir com tudo, sem perder nada, todavia, sei que em algum momento, cansar-me-ei só com parte da carga.
Há uma singela passagem no livro de Machado de Assis*, Quincas Borba, sobre o que acabo de mencionar, o chicote só é bem aproveitado se estiver do lado certo dele. Quando passamos a ter o cabo do chicote nas mãos pouco importa o outro lado, queremos que o outro sinta o que eu senti, a visão das gerações mais antigas torna-se desencorajar às novas para que aquelas não se rebaixem, sinto que o meu corretor nunca fez isso, sinto que soube tirar de mim um ímpeto de coragem que não existia antes, agradeço-lhe. Ele é a tangente, um entre muitos, que encorajam porque acreditam, acreditam porque queriam que lho tivessem acreditado. Já está cansado, mas foi a ele quem encontrei quando cheguei à praia, já sem fôlego, deu-me coragem e pude tentar outra vez.
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chapeconoticias · 2 years
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Morre o ex-ator Guilherme de Pádua, condenado pelo assassinato da filha de Glória Perez Chapeco.org https://www.instagram.com/p/CkvVWc0ugap/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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pernambuconoticias · 2 years
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Morre o ex-ator Guilherme de Pádua, assassino da atriz Daniella Perez
Morre o ex-ator Guilherme de Pádua, assassino da atriz Daniella Perez
Morreu neste domingo, 6, o ex-ator Guilherme de Pádua. Segundo informações, o assassino da atriz Daniella Perez teria sofrido um infarto. Atualmente, o falecido era pastor de igreja evangélica. Guilherme e sua então esposa Paulo Nogueira meteram o crime de morte contra a filha de Glória Perez, quando atuavam na novela ‘De Corpo e Alma’. Segundo relatos, o ator tinha ciúmes da colega por ter…
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