Tumgik
#Joffre Soares
adamwatchesmovies · 2 months
Text
Massacre in Dinosaur Valley (1985)
Tumblr media
There’s one genre of horror that feels particularly daunting to explore: the “cannibal horror” genre. Its best-known entry, 1980's Cannibal Holocaust is notorious for its real-life footage of animal killings and anyone whose interest is peaked hearing this probably needs psychological help. Then there’s the inherent racism of these stories: the plots almost always concern a group of urban people who encounter savage aboriginals that want nothing more than to butcher, cook and then eat white meat. You're curious why the genre was so prolific but you don’t want to be offended so you pick the most ridiculous-sounding entry of them all: Massacre in Dinosaur Valley. The idea is that when your hapless explorers are getting torn apart by prehistoric reptiles, it will be easy to forget about what’s socially acceptable and just laugh between the “yuck!” scenes.
Deep in the Amazon jungle live the reclusive Aquera Indians: a tribe of cannibals who have little contact with the outside world. Their territory contains the “Dinosaur Valley”, a bone-bed rich with fossils and hidden dangers. Palaeontologist Kevin Hall (Michael Spokiw), Professor Pedro Ibañez (Leonidas Bayer), his daughter Eva (Suzanne Carvalho), fashion models Belinda (Susan Hahn) and Monica (Maria Reis), Vietnam vet John Heinz (Milton Morris) and his wife Betty (Marta Anderson) are flying over the off-limits area when their plane suddenly crashes. The survivors must find a way back to civilization before they become victims of the jungle surrounding them.
Originally shot in Italian, then dubbed in English, no one - on camera or otherwise - gives a good performance. That only matters so much because you’re not here for high art. What you’re here for is the sleaze. You want nudity? Massacre in Dinosaur Valley has it in droves. We get to see the supermodels changing, Eva showering, a gratuitous sex scene that comes out of nowhere, a sadistic lesbian that can’t wait to tear Belinda’s top off and when the ladies get captured by the Aquera Indians (that’s what the movie calls them so I will too), the cannibals promptly rip off their clothes and give them new outfits that barely cover anything. The objective was to find as many ways to show the actresses barring it all - logic or tact be damned. When Eva is shown in the nude (there’s quite a bit of full-frontal nudity), she’s showering with the doors to the bathroom and hotel room wide open so anyone can walk in. When Kevin wanders inside looking for her father, he gets a nice view. He gives her a towel, but she only realizes a stranger provided the helping hand after about 30 seconds. My question is… who did she THINK was helping her dry off? Her father? Gross.
Speaking of gross, how’s the gore? Disappointing, unfortunately. With a title like Massacre in Dinosaur Valley, you expect to see the idiots who stumble into that green inferno getting dismembered, decapitated, flayed alive and otherwise brutalized before getting eaten - either by dinosaurs or racist caricatures. Someone does get eaten but it’s nothing spectacular and isn’t treated as such either, which is a letdown. By my count, there are two massacres in this movie. Too bad it’s not the people you expect that get reduced to deli meat. Most of our ill-fated adventurers bite the dust because of non-cannibal dangers, which you might not think is a big deal. It’s not called Massacre in Cannibal Valley, am I right? Just wait.
The film could essentially be split into three parts, only one of which has anything to do with that titular valley. Part one is a story filled with quicksand, flesh-eating jungle beasts and other clichés. Part two concerns the cannibals. Part three, the white slavers! Between these three hurried plots, fans of bad movies will have some laughs. There’s plenty of questionable behavior spread throughout, the gratuitous nudity is so outlandish it’s hard not to crack a smile, the body count is so extreme it's hilarious, there are plenty of ideas introduced and then dropped and at points, it’s hard to tell if the movie is implying certain things or if the filmmaking and continuity are just THAT BAD. A lot of stuff just happens because writer/director Michele Massimo Tarantini wanted it to happen. Logic had nothing to do with it.
Massacre in Dinosaur Valley is better shot than you'd think, the plot moves along quickly enough to prevent you from getting bored and it manages to be so incompetent you skip the phase where you’d be offended and go directly to rolling your eyes while chuckling at the pathetic attempts at storytelling. All this SHOULD make for a decent “so bad it’s good” cannibal film… if it weren’t for one glaring flaw. There are no dinosaurs in this movie. None! What a ripoff! (November 5, 2021)
Tumblr media
2 notes · View notes
brokehorrorfan · 4 years
Photo
Tumblr media
Massacre in Dinosaur Valley will be released on Blu-ray on September 29 via Severin Films. Severin is selling it with an exclusive, not-safe-for-work slipcover (pictured below) for $30.
Released as Cannibal Ferox 2 in the UK, the 1985 Italian cannibal film is written and directed by Michele Massimo Tarantini (Women in Fury), with uncredited writing by Dardano Sacchetti (The Beyond). Michael Sopkiw, Suzane Carvalho, Milton Rodríguez, Marta Anderson, and Joffre Soares star.
Massacre in Dinosaur Valley is presented uncut from a new 4K scan of the original negative. Read on for the special features.
Tumblr media
Special features:
Interview with actor Michael Sopkiw
Interview with co-writer Dardano Sacchetti
Deleted and extended scenes reel
Italian credits
Trailer
youtube
A plane crashes in the Amazon jungle, and its passengers must battle their way through cannibals, slave traders, wild animals and murderous piranha fish to safety.
9 notes · View notes
cromanegra · 6 years
Photo
Tumblr media
O ex-covarde Entro na redação e o Marcelo Soares de Moura me chama. Começa: — “Escuta aqui, Nélson. Explica esse mistério.” Como havia um mistério, sentei-me. Ele começa: — “Você, que não escrevia sobre política, por que é que agora só escreve sobre política?” Puxo um cigarro, sem pressa de responder. Insiste: — “Nas suas peças não há uma palavra sobre política. Nos seus romances, nos seus contos, nas suas crônicas, não há uma palavra sobre política. E, de repente, você começa suas “confissões”. É um violino de uma corda só. Seu assunto é só política. Explica: — Por quê?” Antes de falar, procuro cinzeiro. Não tem. Marcelo foi apanhar um duas mesas adiante. Agradeço. Calco a brasa do cigarro no fundo do cinzeiro. Digo: — “É uma longa história.” O interessante é que outro amigo, o Francisco Pedro do Couto, e um outro, Permínio Ásfora, me fizeram a mesma pergunta. E, agora, o Marcelo me fustigava: — “Por quê?” Quero saber: — “Você tem tempo ou está com pressa?” Fiz tanto suspense que a curiosidade do Marcelo já estava insuportável. Começo assim a “longa história”: — “Eu sou um ex-covarde.” O Marcelo ouvia só e eu não parei mais de falar. Disse-lhe que, hoje, é muito difícil não ser canalha. Por toda a parte, só vemos pulhas. E nem se diga que são pobres seres anônimos, obscuros, perdidos na massa. Não. Reitores, professores, sociólogos, intelectuais de todos os tipos, jovens e velhos, mocinhas e senhoras. E também os jornais e as revistas, o rádio e a tv. Quase tudo e quase todos exalam abjeção. Marcelo interrompe: — “Somos todos abjetos?” Acendo outro cigarro: — “Nem todos, claro.” Expliquei-lhe o óbvio, isto é, que sempre há uma meia dúzia que se salve e só Deus sabe como. “Todas as pressões trabalham para o nosso aviltamento pessoal e coletivo.” E por que essa massa de pulhas invade a vida brasileira? Claro que não é de graça nem por acaso. O que existe, por trás de tamanha degradação, é o medo. Por medo, os reitores, os professores, os intelectuais são montados, fisicamente montados, pelos jovens. Diria Marcelo que estou fazendo uma caricatura até grosseira. Nem tanto, nem tanto. Mas o medo começa nos lares, e dos lares passa para a igreja, e da igreja passa para as universidades, e destas para as redações, e daí para o romance, para o teatro, para o cinema. Fomos nós que fabricamos a “Razão da Idade”. Somos autores da impostura e, por medo adquirido, aceitamos a impostura como a verdade total. Sim, os pais têm medo dos filhos, os mestres dos alunos. O medo é tão criminoso que, outro dia, seis ou sete universitários curraram uma colega. A menina saiu de lá de maca, quase de rabecão. No hospital, sofreu um tratamento que foi quase outro estupro. Sobreviveu por milagre. E ninguém disse nada. Nem reitores, nem professores, nem jornalistas, nem sacerdotes, ninguém exalou um modestíssimo pio. Caiu sobre o jovem estupro todo o silêncio da nossa pusilanimidade. Mas preciso pluralizar. Não há um medo só. São vários medos, alguns pueris, idiotas. O medo de ser reacionário ou de parecer reacionário. Por medo das esquerdas, grã-finas e milionários fazem poses socialistas. Hoje, o sujeito prefere que lhe xinguem a mãe e não o chamem de reacionário. É o medo que faz o Dr. Alceu renegar os dois mil anos da Igreja e pôr nas nuvens a “Grande Revolução” russa. Cuba é uma Paquetá. Pois essa Paquetá dá ordens a milhares de jovens brasileiros. E, de repente, somos ocupados por vietcongs, cubanos, chineses. Ninguém acusa os jovens e ninguém os julga, por medo. Ninguém quer fazer a “Revolução Brasileira”. Não se trata de Brasil. Numa das passeatas, propunha-se que se fizesse do Brasil o Vietnã. Por que não fazer do Brasil o próprio Brasil? Ah, o Brasil não é uma pátria, não é uma nação, não é um povo, mas uma paisagem. Há também os que o negam até como valor plástico. Eu falava e o Marcelo não dizia nada. Súbito, ele interrompe: — “E você? Por que, de repente, você mergulhou na política?” Eu já fumara, nesse meio-tempo, quatro cigarros. Apanhei mais um: — “Eu fui, por muito tempo, um pusilânime como os reitores, os professores, os intelectuais, os grã-finos etc, etc. Na guerra, ouvi um comunista dizer, antes da invasão da Rússia: — “Hitler é muito mais revolucionário do que a Inglaterra.” E eu, por covardia, não disse nada. Sempre achei que a história da “Grande Revolução”, que o Dr. Alceu chama de “o maior acontecimento do século XX”, sempre achei que essa história era um gigantesco mural de sangue e excremento. Em vida de Stalin, jamais ousei um suspiro contra ele. Por medo, aceitei o pacto germano-soviético. Eu sabia que a Rússia era a antipessoa, o anti-homem. Achava que o Capitalismo, com todos os seus crimes, ainda é melhor do que o Socialismo e sublinho: — do que a experiência concreta do Socialismo, Tive medo, ou vários medos, e já não os tenho. Sofri muito na carne e na alma. Primeiro, foi em 1929, no dia seguinte ao Natal. Às duas horas da tarde, ou menos um pouco, vi meu irmão Roberto ser assassinado. Era um pintor de gênio, espécie de Rimbaud plástico, e de uma qualidade humana sem igual. Morreu errado ou, por outra, morreu porque era “filho de Mário Rodrigues”. E, no velório, sempre que alguém vinha abraçar meu pai, meu pai soluçava: — “Essa bala era para mim.” Um mês depois, meu pai morria de pura paixão. Mais alguns anos e meu irmão Joffre morre. Éramos unidos como dois gêmeos. Durante 15 dias, no Sanatório de Correias, ouvi a sua dispnéia. E minha irmã Dorinha. Sua agonia foi leve como a euforia de um anjo. E, depois, foi meu irmão Mário Filho. Eu dizia sempre: — “Ninguém no Brasil escreve como meu irmão Mário.” Teve um enfarte fulminante. Bem sei que, hoje, o morto começa a ser esquecido no velório. Por desgraça minha, não sou assim. E, por fim, houve o desabamento de Laranjeiras. Morreu meu irmão Paulinho e, com ele, sua esposa Maria Natália, seus dois filhos, Ana Maria e Paulo Roberto, a sua sogra, D. Marina. Todos morreram, todos, até o último vestígio. Falei do meu pai, dos meus irmãos e vou falar também de mim. Aos 51 anos, tive uma filhinha que, por vontade materna, chama-se Daniela. Nasceu linda. Dois meses depois, a avó teve uma intuição. Chamou o Dr. Sílvio Abreu Fialho. Este veio, fez todos os exames. Depois, desceu comigo. Conversamos na calçada do meu edifício. Ele foi muito delicado, teve muito tato. Mas disse tudo. Minha filha era cega. Eis o que eu queria explicar a Marcelo: — depois de tudo que contei, o meu medo deixou de ter sentido. Posso subir numa mesa e anunciar de fronte alta: — “Sou um ex-covarde.” É maravilhoso dizer tudo. Para mim, é de um ridículo abjeto ter medo das Esquerdas, ou do Poder Jovem, ou do Poder Velho ou de Mao Tsé-tung, ou de Guevara. Não trapaceio comigo, nem com os outros. Para ter coragem, precisei sofrer muito. Mas a tenho. E se há rapazes que, nas passeatas, carregam cartazes com a palavra “Muerte”, já traindo a própria língua; e se outros seguem as instruções de Cuba; e se outros mais querem odiar, matar ou morrer em espanhol — posso chamá-los, sem nenhum medo, de “jovens canalhas”.
6 notes · View notes
biancajoffre · 7 years
Text
Britta the World Witch by Bianca Joffre (did this ‘cause I was bored)
Once upon a time, there lived a witch, Who could fly into many realms. Britta, the Witch of Worlds, Has come to visit you.
Take her hand and soar with her For she will show you her favorite places. Listen to her beautiful songs And you will become wiser.
She watches over her many worlds, And protects them with her life. Young witch, why do you do this? "Everyone deserves to live peacefully."
Britta, you make everyone smile and laugh, Brave and strong, calm and right, But who protects you, young witch? Why are you so alone?
"I may be alone, but it shall not last, For I know my pain will go away, So don't feel sad for me. I know I'll be saved."
0 notes
noticiaspace · 5 years
Text
O Ex-Covarde
Nelson Rodrigues
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Nelson Rodrigues
Entro na redação e o Marcelo Soares de Moura me chama. Começa: - "Escuta aqui, Nélson. Explica esse mistério." Como havia um mistério, sentei-me. Ele começa: - "Você, que não escrevia sobre política, por que é que agora só escreve sobre política?" Puxo um cigarro, sem pressa de responder. Insiste: - "Nas suas peças não há uma palavra sobre política. Nos seus romances, nos seus contos, nas suas crônicas, não há uma palavra sobre política. E, de repente, você começa suas "confissões". É um violino de uma corda só. Seu assunto é só política. Explica: - Por quê?"
Antes de falar, procuro cinzeiro. Não tem. Marcelo foi apanhar um duas mesas adiante. Agradeço. Calco a brasa do cigarro no fundo do cinzeiro. Digo: - "É uma longa história." O interessante é que outro amigo, o Francisco Pedro do Couto, e um outro, Permínio Ásfora, me fizeram a mesma pergunta. E, agora, o Marcelo me fustigava: - "Por quê?" Quero saber: - "Você tem tempo ou está com pressa?" Fiz tanto suspense que a curiosidade do Marcelo já estava insuportável.
Começo assim a "longa história": - "Eu sou um ex-covarde." O Marcelo ouvia só e eu não parei mais de falar. Disse-lhe que, hoje, é muito difícil não ser canalha. Por toda a parte, só vemos pulhas. E nem se diga que são pobres seres anônimos, obscuros, perdidos na massa. Não. Reitores, professores, sociólogos, intelectuais de todos os tipos, jovens e velhos, mocinhas e senhoras. E também os jornais e as revistas, o rádio e a tv. Quase tudo e quase todos exalam abjeção.
Marcelo interrompe: - "Somos todos abjetos?" Acendo outro cigarro: - "Nem todos, claro." Expliquei-lhe o óbvio, isto é, que sempre há uma meia dúzia que se salve e só Deus sabe como. "Todas as pressões trabalham para o nosso aviltamento pessoal e coletivo." E por que essa massa de pulhas invade a vida brasileira? Claro que não é de graça nem por acaso.
O que existe, por trás de tamanha degradação, é o medo. Por medo, os reitores, os professores, os intelectuais são montados, fisicamente montados, pelos jovens. Diria Marcelo que estou fazendo uma caricatura até grosseira. Nem tanto, nem tanto. Mas o medo começa nos lares, e dos lares passa para a igreja, e da igreja passa para as universidades, e destas para as redações, e daí para o romance, para o teatro, para o cinema. Fomos nós que fabricamos a "Razão da Idade". Somos autores da impostura e, por medo adquirido, aceitamos a impostura como a verdade total.
Sim, os pais têm medo dos filhos, os mestres dos alunos. o medo é tão criminoso que, outro dia, seis ou sete universitários curraram uma colega. A menina saiu de lá de maca, quase de rabecão. No hospital, sofreu um tratamento que foi quase outro estupro. Sobreviveu por milagre. E ninguém disse nada. Nem reitores, nem professores, nem jornalistas, nem sacerdotes, ninguém exalou um modestíssimo pio. Caiu sobre o jovem estupro todo o silêncio da nossa pusilanimidade.
Mas preciso pluralizar. Não há um medo só. São vários medos, alguns pueris, idiotas. O medo de ser reacionário ou de parecer reacionário. Por medo das esquerdas, grã-finas e milionários fazem poses socialistas. Hoje, o sujeito prefere que lhe xinguem a mãe e não o chamem de reacionário. É o medo que faz o Dr. Alceu renegar os dois mil anos da Igreja e pôr nas nuvens a "Grande Revolução" russa. Cuba é uma Paquetá. Pois essa Paquetá dá ordens a milhares de jovens brasileiros. E, de repente, somos ocupados por vietcongs, cubanos, chineses. Ninguém acusa os jovens e ninguém os julga, por medo. Ninguém quer fazer a "Revolução Brasileira". Não se trata de Brasil. Numa das passeatas, propunha-se que se fizesse do Brasil o Vietnã. Por que não fazer do Brasil o próprio Brasil? Ah, o Brasil não é uma pátria, não é uma nação, não é um povo, mas uma paisagem. Há também os que o negam até como valor plástico.
Eu falava e o Marcelo não dizia nada. Súbito, ele interrompe: - "E você? Por que, de repente, você mergulhou na política?" Eu já fumara, nesse meio-tempo, quatro cigarros. Apanhei mais um: - "Eu fui, por muito tempo, um pusilânime como os reitores, os professores, os intelectuais, os grã-finos etc, etc. Na guerra, ouvi um comunista dizer, antes da invasão da Rússia: - "Hitler é muito mais revolucionário do que a Inglaterra." E eu, por covardia, não disse nada. Sempre achei que a história da "Grande Revolução", que o Dr. Alceu chama de "o maior acontecimento do século XX", sempre achei que essa história era um gigantesco mural de sangue e excremento. Em vida de Stálin, jamais ousei um suspiro contra ele. Por medo, aceitei o pacto germano-soviético. Eu sabia que a Rússia era a antipessoa, o anti-homem. Achava que o Capitalismo, com todos os seus crimes, ainda é melhor do que o Socialismo e sublinho: - do que a experiência concreta do Socialismo,
Tive medo, ou vários medos, e já não os tenho. Sofri muito na carne e na alma. Primeiro, foi em 1929, no dia seguinte ao Natal. Às duas horas da tarde, ou menos um pouco, vi meu irmão Roberto ser assassinado. Era um pintor de gênio, espécie de Rimbaud plástico, e de uma qualidade humana sem igual. Morreu errado ou, por outra, morreu porque era "filho de Mário Rodrigues". E, no velório, sempre que alguém vinha abraçar meu pai, meu pai soluçava: - "Essa bala era para mim." Um mês depois, meu pai morria de pura paixão. Mais alguns anos e meu irmão Joffre morre. Éramos unidos como dois gêmeos. Durante 15 dias, no Sanatório de Correias, ouvi a sua dispneia. E minha irmã Dorinha. Sua agonia foi leve como a euforia de um anjo. E, depois, foi meu irmão Mário Filho. Eu dizia sempre: - "Ninguém no Brasil escreve como meu irmão Mário." Teve um enfarte fulminante. Bem sei que, hoje, o morto começa a ser esquecido no velório. Por desgraça minha, não sou assim. E, por fim, houve o desabamento de Laranjeiras. Morreu meu irmão Paulinho e, com ele, sua esposa Maria Natália, seus dois filhos, Ana Maria e Paulo Roberto, a sua sogra, D. Marina. Todos morreram, todos, até o último vestígio.
Falei do meu pai, dos meus irmãos e vou falar também de mim. Aos 51 anos, tive uma filhinha que, por vontade materna, chama-se Daniela. Nasceu linda. Dois meses depois, a avó teve uma intuição. Chamou o Dr. Sílvio Abreu Fialho. Este veio, fez todos os exames. Depois, desceu comigo. Conversamos na calçada do meu edifício. Ele foi muito delicado, teve muito tato. Mas disse tudo. Minha filha era cega.
Eis o que eu queria explicar a Marcelo: - depois de tudo que contei, o meu medo deixou de ter sentido. Posso subir numa mesa e anunciar de fronte alta: - "Sou um ex-covarde." É maravilhoso dizer tudo. Para mim, é de um ridículo abjeto ter medo das Esquerdas, ou do Poder Jovem, ou do Poder Velho ou de Mao Tsé-tung, ou de Guevara. Não trapaceio comigo, nem com os outros. Para ter coragem, precisei sofrer muito. Mas a tenho. E se há rapazes que, nas passeatas, carregam cartazes com a palavra "Muerte", já traindo a própria língua; e se outros seguem as instruções de Cuba; e se outros mais querem odiar, matar ou morrer em espanhol - posso chamá-los, sem nenhum medo, de "jovens canalhas". 
Nelson Rodrigues foi Jornalista, Escritor, Dramaturgo, Cronista esportivo e torcedor do Fluminense (suspeita-se que tenha sido, na verdade, um flamenguista enrustido). Morreu, aos 68 anos, em 21 de dezembro de 1980. Texto extraído pelo Sobrenatural de Almeida, originalmente publicado In A cabra vadia (novas confissões), Livraria Eldorado Editora S.A., Rio de Janeiro, s/data, págs. 7-10.
0 notes
ttcatalao · 7 years
Photo
Tumblr media
Glauber faria 78 anos, hj, 14 de março...ainda vive, não há tempo q apague sua partida; a obra em transe permanente ainda permite entrevisagens e subtextos ... cenas revisitadas continuam a traduzir seu desespero para libertar o brasil...fez cinema como linguagem sem perder a paixão ... ao trever "O Dragão da Maldade c/ Santo Guerreiro (1969)" pincei o nome do BAR ALVORADA e logo reluziu ali a dramática situação atual em q o país se desintegra e a nação cai desmoralizada... o bar alvorada d glauber é liturgia dramática sobre encenação simbólica da tragedia brasileira entre canalhas e submissão, luta e libertação... o Bar Alvorada do filme concentra nossa secular contradição entre beatos; cangaceiros sem rumo e derrotados (mesmo q o líder Mata Vaca/Vinicius Salvatori faça a passagem do punhal d luta para o intelectual classe média (o professor Othon Bastos); militante religioso armado sem foco para eleger um alvo (padre/Emmanuel Cavalcanti), esquerda impotente boquirrota frustrada e auto-isolada(professor/Othon); o santo católico (guerreiro/Mario Gusmao) e santa do terreiro Yansã-RosaMPenna), coronelismo cego demagogo do ruralista bruto (Joffre Soares); a jagunçada q topa tudo por dinehiro (o baixo clero do parlamento golpista d hj); o matador de cangaceiro chocado ao perceber o "real inimigo" (mauricio do Valle), o povo rebanho desorientado (as cabras e bodes crê), o político corrupto (Hugo Carvana) e a mulher (deslumbrante Odete Lara) com o punhal da redenção na tentativa de restaurar a história como protagonista...e na cena final o matador em crise eterno gigante adormecido perambula tropego sob a grife do colonizador na placa shell (implacavel michel)... ópera sertaneja genialmente coreografada em luz e som por glauber q hj continuaria a coriscar seu tratamento de choque sobre essa cultura pastel domesticada "audio-visual demais" tímida para correr riscos... vale rever como o bar alvorada de glauber explode hj no boteco pé sujo dos brasis em decadência - como glauber ainda reflete agora no alvorada usurpado de hj com um cercadinho tosco e mimimismos caricatos, um alvorada menor, aviltado, feito bibelô daquilo q um dia rápidamente ensaiamos
0 notes
brody75 · 9 years
Photo
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
Massacre in Dinosaur Valley (1985)
You know what you are? You're a fat, smelly, evil bastard.
29 notes · View notes