Eis que eu a garota de 19 encontrei, encontrei um garoto de 22 e que ainda hoje prova que nem todos os homens são iguais.
Por vezes penso ter sido tão burra em não aceitar um pedido de namoro, que era o que mais desejava, o que já tínhamos, mas que por medo fugi, com medo de quebrar a cara, tentando não rotular o que os olhos não mentiam e as atitudes não condiziam. Num fingimento de que se não aceitasse seria mais fácil não enjoar, medo de não descobrir algo que fizesse com que abandonasse, insegurança pelas que as experiências de outros relacionamentos, que não foram nada boas, ou por não terem sido realmente vividas ou terem sido rasos e superficiais, ou por falta de sentimento ou por simplesmente estar por comodismo .
Por medo do novo, tentei fugir ... de um sentimento que não entendia a complexidade e intensidade, nunca tinha sentido algo que causava tanta dependência, como se o amor fosse uma droga, mas no melhor sentido da palavra. Além da dependência surgiu uma vontade de apego, de ver se estava online pra teclar, de poder ouvir a voz por telefone e ao vivo, mandar sms, esperar ansiosamente a hora de estar junto, de sentir o cheiro, de ficar dentro do abraço, de trocas de carinhos, logo eu que sempre fui tão comedida em demonstração de afeto.
Eu sempre fui tão fria e amargurada. Abusava da razão, buscava provas de que o outro não valia nada, sempre conseguia. Era fácil quando não se estar apaixonada, fazer com que outro pensasse que tinha nas mãos, quando na verdade o que ela queria era comprovar qur o e outro não valia a pena e acertava.
Não era emocionada demais, nem louca e inconsequente, tentava na medida da razão no que podia e no sentido amoroso bem até fria, pq minhas crenças eram a de q homem não prestava mesmo, com a ideia de querer usar, enfim. Tinha uma capacidade de não apegar, mas acredito que pq não havia amor.
Eu tinha um desinteresse, pq a vida e as falas impostas na cabeça levavam a ser fria, já que eram as de que nenhum homem prestava, que só ficariam pra usar, que levariam a sério até o ponto de comer e depois quando cansassem largariam. Isso e ao mesmo tempo a ilusão de que me guardaria p homem da minha vida, que casaríamos e teria a noite mais bela e apaixonada da vida, e que depois de casados seria perfeito os dois maravilhados pela nova vida. Sempre tive uma montanha russa na cabeça até descobrir que era ansiedade, que por mais eu eu pense a maior parte dos meus pensamentos eram e são negativos, pessimistas e que parecem chiclete.
Não tive muitos ficantes e namoros, poucas vezes saia para baladinhas, pq não gostava, odiava o fato de a pessoa poder estar com gosto de vômito, cerveja ou de pegar aquela ferida na boca. Da pra contar nos dedos as vezes que sai e fiquei com alguém. Mas tinha "um" que era certo e minha prima fazia de tudo para que nós encontrassemos, o típico apaixonite de adolescente, mesmo que por vezes nem quisesse e só quisesse beber e dançar estranhamente, pq era o jeito de perder a vergonha, isso fazia com que não tivesse nem a possibilidade de tantos assim, pq acabava "agarrada", já que o que ela queria era que ficassemos juntos mesmo. Mas mesmo gostando um pouco dele, pensava que nunca iria dar certo, pq eu preferia sair p cinema, era o que mais gostava e era p ver o filme mesmo e ele era como ela, ligado no 220v. Era certo um fim de semana na vibe da cachaça, pela distância e por sem mais antigamente, via mais nas férias e quando saiam os 3 juntos. Afinal era outros tempos, tinha a distância, mal tinha msn, pq era discado ou lanhouse, tinha o ensino médio e o telefone além de caro demais e aparecia na conta.
Na verdade eu só saia com ela, só me sentia bem com ela, pq desde sempre minhas amizades eram raras e as do colégio a maioria era umas mini piriguete, e minha mãe confiava mais na prima do que na propria filha, pq não tínhamos um bom relacionamento, tambrm ate aquele ano moravam na mesma casa e tinha e tem ela mais como filha.
Por incrivel que pareça o "um" não foi o primeiro namorado, pq num a aniversário da Natália, em 2008, último ano da escola, conheci o "outro". Aí juntou todos os pensamentos sobre o garoto que já não valia nada, com os pensamentos de que até os mais velhos tbm não valiam nada, pq ele era 6 anos mais velho, do meu tamanho e só podia usar rasteirinha, um sotaque de Paulista, mas que foi um burrinho, achava sempre que passava a perna, que usava a desculpa de estar de serviço, mas mal sabia que eu tinha uma amiga da escola do mesmo prédio e andar, e como ela era doida por ele e pra que a gente terminasse, ela contava e ainda mandava o dia a dia dele. Quando ele dizia que naquele dia, por exemplo sábado, não podia era certo de eu sair com minha prima, era certo que era ele pra um lado e eu provavelmente com ia fazer alguma coisa, principalmente com a prima/irmã, malmente tinha celular, eu não tinha orkut ainda, nem ligava e ainda não ligo pra redes sociais. Mesmo sendo rado, me fez usar um anel de compromisso de namoro que vivia na pia, ele tinha 2 Orkuts, mas esqueceu de colocar privado, alguém que não lembro descobriu, aí aproveitei que tbm não estava querendo mais, e então eu tive que fazer um pra mim e mandar um oi e foi então quando arranjei uma desculpa p acabar de vez, até pq tava querendo dar um fim de alguma forma. Já meio sem saída, pq ele ia voltar p Pará já que a nota do curso dele foi baixa, e queria me levar, pediu em casamento e claro que nunca! (Minha mãe quase infartou, me chamou de doida, mas não estava nem aí, nem tinha sentimento, ainda aproveitei pq estava empolgada nas provas da faculdade.
Mas logo entrei em outro problema, o "um" que estava distante em Florianópolis estava voltando e queria conversar, pra descobrir que queria namorar sério, que tinha mudado, que só pensava em falar comigo quando voltasse. E demos uma chance, até então, geralmente quando saíamos era pra algum lugar era pq minha prima ia ou ela chamava ele ou a gente chamava. Até isso mudou, aqueles que sabiam falavam - até que enfim! - mas foi só o tempo passar pra ver que o namoro só serviu pra acabar! E da pior forma possível pelo menos pra mim, mesmo desconfiada. Conseguiu ser sujo e imaturo, toda aquela floreira da adolescência ficou como se tivesse sido tempo gasto sem finalidade e se contatou como mero passa tempo, mas acredito quetodos que entram em nossas vidas tem algum propósito, mesmo que a experiência não sejam boa serve como aprendizado.
Desses namoros, o primeiro até colecionei motivos e provas pra quando quisesse não continuar mais, ter certeza que seria definitivo, e quando acabou, nem liguei, pois sim, era mais comodismo do que outra coisa. Por sua vez o segundo gostava sim, mesmo que no fundo não valia nada, que era muita saída de cachaça, fomos namorar pra certificar que não era o homem que queria na vida, o suficiente pra cortar o vínculo porque ultrapassou o limite de tentar forçar o que o outro não queria e eu senti o que qualquer garota não queria, além enraizar a crença de que "só querem te usar".
Tenho que certeza que um bloqueio se estabeleceu ali. Uma resistência. Talvez por isso que quando tudo foi diferente, quando me vi apaixonada de verdade, quando vi que já estava me entregando por completo, não consegui avançar, era como se estivesse sempre com pé atrás esperando o momento da queda, mas o universo sabia o que estava fazendo. A vida seguiu e ele sim foi e é incrível, um homem de verdade, soube me esperar e agradeço muito ter aprendido e poder aprender até hoje. Quebrou padrão, ressignificou minha forma de ver o relacionamento amoroso e até a vida.
Chegou me deixou de cabeça pra baixo, me permitindo ser tocada e beijada como nenhum sequer conseguiu como todo o esforço, e com o amor da minha vida foi tudo espontâneo, o primeiro beijo, tão como a primeira vez que me tocou no ponto de ônibus, o tesão todo no carro, a minha primeira vez.
Às vezes me culpo em não ter podido me permitir a aceitar que tudo que eu acreditava não servia pra nosso relacionamento. Me travei. Foi difícil aceitar que eu não podia mais esperar.
Me fez sentir o gosto de viver o agora, intensamente e sem pressa, queria ter podido fazer isso de cara logo. A vida acontece enquanto a gente faz planos, e eu sentia medo da frustração dos nossos planos, queria estar com ele e tinha medo do que a gente tinha, mas eu já era dele de corpo e alma, mas hoje penso que era pra ter topado logo o namoro, pq já era um namoro, igual quando já estávamos planejando casamento e nem tinha noivado. Mas hoje o fato de não ter pedido me deixa insegura.
É meio louco isso, no meu interior queria esperar pedir, mas como ele mesmo disse foi tudo tão corrido, por mais que eu já sentia que não aguentava mais, como não aguentava mais não rotular o namoro, quando só o eu queira era "aceitar" a tê-lo mais na minha vida. Pensei seja o que Deus quiser, vem de uma vez pq estava com medo do tamanho do amar imensamente
Às vezes penso que devo ter o deixado sem entender, ou que não dava o devido valor, mas que na verdade só estava com medo.
Medo tolo e que hoje vejo sem sentido, mas que ainda sinto.
Às vezes acho que tá me dando o troco pq me faz esperar, e agora eu que tenho que esperar pra me pedir, mas que eu gostaria mesmo que fosse até debaixo do chuveiro. Ou se for levar em consideração o que o padre falou já noivados sem saber e tudo fluiu e aconteceu.
Por mais que o pedido agora não faça sentido, queria poder responder um - querer continuar casado com vc e estar com vc todos os dias!!!
"Uma certeza que sei que vc me faz feliz, me faz plena, me faz tão bem que não vivo mais sem vc na minha vida, mas quero saber se vai lutar pra dar certo até quando fará questão da minha companhia, de dará tudo por nosso amor e que esse amor dê frutos...?"
Eda
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