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#Património Cultural
tempocativo · 3 months
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Concurso de fotografia "Aspiring Geoparque Oeste"
Muito feliz com mais uma distinção 🙂 2º lugar no Concurso de fotografia “Aspiring Geoparque Oeste! Estas foram as fotos com as quais concorri. 1 imagem por cada tema. As fotos estão identificadas com os temas. Diploma 2º lugarLocal: Óbidos Tema: Homem e atividade humanaImagem premiada “Nau dos corvos e as Berlengas” Local: Peniche Tema: Património CulturalLocal: Peniche Tema: Património Natural
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ddb-celiapalma · 9 months
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Canto a Vozes de Mulheres
Poéticas do Canto Polifónico
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(documentário, 2019)
“Canto a vozes de mulheres” designação criada numa sessão plenária no dia 1 de março de 2020 por cerca de 360 cantadeiras para referir uma expressão vocal coletiva, com três ou mais vozes polifónicas sem acompanhamento instrumental, mantida viva por mulheres, por vezes com o apoio de homens nas vozes mais graves, ao longo de sucessivas gerações, em comunidades do centro e norte de Portugal continental. Nas comunidades onde se faz cantar e ouvir, o canto a vozes de mulheres tem designações distintas, sendo conhecido como cantada, cantaraço, cantaréu, cantarola, cantarolo, cantedo, cantiga, cantiga em lote, cantoria, cramol, moda, modas de campo, ou terno.
Este tipo de canto é considerado dos mais raros e únicos na Europa.
No século XXI, o canto a vozes de mulheres vincula as cantadeiras e os cantadores na salvaguarda do saber fazer tradicional, na coesão das comunidades em que se inserem e na desocultação do papel das mulheres nos processos e práticas culturais, nomeadamente ao atualizar o conhecimento e memória coletivos no espaço público das suas comunidades.
Desde o início do século XX, foi extensamente documentado nas coleções de transcrições musicais e registos sonoros de folcloristas, etnógrafos, coletores e músicos como Gonçalo Sampaio, Armando Leça, Vergílio Pereira, Artur Santos, Michel Giacometti, Fernando Lopes-Graça, José Alberto Sardinha e Tiago Pereira.
Canto a Vozes de Mulheres entrou na lista do Património Cultural Imaterial português
(dezembro 2023)
"É um património riquíssimo, que não é divulgado, a maior parte dos portugueses não o conhece e ele é muito extenso e faz parte da nossa identidade enquanto povo e especificamente enquanto mulheres", defende a vice-presidente da Associação de Canto a Vozes - Fala de Mulheres, Margarida Antunes, que define este canto de trabalho, "que passa de forma oral, de mãe para filhas e netas", como um canto de superação, "um canto de liberdade".
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O Canto a Vozes de Mulheres, "não é exclusivo de mulheres, é inclusivo, há homens, mas é um tipo de canto que começou nos trabalhos agrícolas, que era essencialmente realizado por mulheres".
O canto "era usado para aliviarem o trabalho e as dores do trabalho, para estimularem outras mulheres, para se incentivarem e desafiarem, no fundo, era um canto libertador".
Estes cantos de mulheres tiveram um papel central na sociedade rural agro-pastoril durante séculos, até aos anos 80 e 90, do século XX: faziam-se ouvir no trabalho agrícola coletivo, das sementeiras às colheitas, na apanha da azeitona, na limpeza e preservação das florestas e nas festas e rituais religiosos como a “Encomendação das Almas”. O progressivo desaparecimento desses contextos performativos conduziu ao progressivo silenciamento do canto a vozes de mulheres.
"As mulheres viviam fechadas nos trabalhos domésticos e a cuidar dos filhos e depois na agricultura e era lá que soltavam o canto e se expressavam". Era um canto de liberdade.
O Grupo de Cantares de Manhouce, em São Pedro do Sul, distrito de Viseu, é dos grupos mais conhecidos graças ao trabalho da Isabel Silvestre.
O trabalho de Isabel Silvestre parte da ideia de registar o canto de Manhouce e das terras da sua infância. Cantora que co-fundou em 1978 o Grupo de Cantares e Trajes de Manhouce.
fonte: https://www.publico.pt/2023/12/14/culturaipsilon/noticia/canto-vozes-mulheres-entrou-lista-patrimonio-cultural-imaterial-portugues-2073757
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ddbandreiapintassilgo · 3 months
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#34 - Entrada
Estrela IMPRESSÃO 3D - Objeto físico Narrativas Transmedia
Experiência 3D, impressão com a colaboração do Loulé Design Lab Loulé Criativo. Um agradecimento muito especial.
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ourbeautywilldie · 5 months
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Mosteiro de Rendufe, Portugal - 2022.
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tbhimnoteasyonmyself · 7 months
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9 Fandom Peeps to Get to Know You Better
First of all, thank you Mickey (@thisautistic) for tagging me <3. Super thrilled that you thought of me for this!!
Now...
3 Ships You Like
1. Kimchay (Kinnporsche)
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My babies. I want to protect them both. They're precious and perfect to be put in situations. A force strong enough to have me cooking a longfic after years of not writing a single one. Do I need to same more?? Absolutely obsessed 💜💜💜.
2. Pangwave (The Gifted)
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Obligatory mention to my special little ADHD x Autism duo. Don't even argue that they're not canon, if you think that it's bc you missed very significant subtext, I suggest you rewatch this series. Pls and thank you. I will NOT take any criticism.
3. Sandray (Only Friends)
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I knew from their 1st sex scene that I was down bad but their trailer sex scene just completely rewired my brain. Is their dynamic fucked up? Yes. Will they hurt each other along the way? Absolutely. But they're on their path to something better and I believe in them. Bc if Ray is deserving of love even after everything that went down then so are all of us. And there's that.
First Ship Ever
Larry Stylinson! (from One Direction)
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Straight back from when I was 13, going strong! kskskskssksk I'm not so much there actively in the fandom anymore, but know that I'm there in spirit. sksksksksks Could never abandon the reason for so much change in my life! Good memories!!
Last Song Heard
Nooit Meer Spijt by S10
It's such a good song! I'm not Dutch or Dutch-adjacent but I was introduced to S10 by a friend of mine who's Belgian and I fell in love with her music ever since!
Favorite Childhood Book
A Fada Oriana (The Fairy Oriana) by Sophia de Mello Breyner Andresen.
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It's about a fairy named Oriana that has to take care of a forest but one day, while looking at the river, meets a fish who talks her into neglecting the forest, which causes a lot of trouble. Then, Oriana, has to learn how to repair the damage she made.
It's a book about responsibility, consequeses, the importance of individual action and learning from one's mistakes.
Currently Reading
Património Cultural: Realidade Viva (Cultural Patrimony: Live Reality) by Guilherme d'Oliveira Martins.
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It's a book about the preservation of patrimony in Portugal under the context of belonging in the European Union in the 21st century.
It's not a very interesting book nor scientific, just a summary of Portuguese and European laws for people who don't wanna read the laws (?). I wouldn't read it on my own but it's a mandatory read for one of my classes in my Master's so I gotta ¯\_(ツ)_/¯.
Currently Watching
23.5
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I didn't know if I was going to but since GMM seems to be finally trying out more for the GLs, I feel like I need to show my support in this direction so I made the moral choice of watching as it airs to make it clear to them the audience for this is here and we want more of it!
So far ep.1 was super cliché and silly but I liked it a lot!! I want all the clichés for the girls too! Tired of seeing queer women suffer and die on screen...
2. 3 Will Be Free
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It had been sitting on my watchlist for a while but I never gotten around to it for some reason... Nevertheless, my latest Wheel Decide™ for what to watch next landed on it, so... I'm watching it now!
2 episodes in only but I'm loving it a lot!! The plot's super interesting so far, really like the way they're going about it. Let's see where it goes!!
Currently Consuming
I'm gonna opt to mention the game I'm currently playing (besides Bloons TD 6, but I'm always playing Bloons, so... not news), which is Heaven's Vault by Inkle!
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It's an extremely niche game, focused on figuring out an ancient language and, with it, the history of the world it's set in. It envolves robots, space travelling, discussions on xenophobia and religious intolerence and a lot more. I haven't finished yet but I'm loving the experience so far!
I understand it's not for everyone but I'm loving it!! <3 (not a Mickey D's reference, fuck Mickey D's)
Currently Craving
You know, I could go with bibimbap bc I really want some rn but I'm gonna go a bit deeper and say: after the terribleness of my last 2 relationships, all I really want is one that's not enirely chatastrophic. kskssksksksk That'd be pretty neat. kssksksk
So yeah... This was a lot of fun, actually!! I love to share stuff about media I like!!
Tagging @jukain4216 @lost-my-sanity1 @anthrotmnt @shannankle @defomin @aiyui @fiddlepickdouglas @tinysandwichstudent @sicknsadsicknrad @itsamzz28 @whomanist and any other of my lovely moots that hasn't directly been tagged but comes accross this <3.
All the love! 💜💜💜
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portugalisrael · 2 years
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Hoje partilhamos uma das prendas que o MNAA recebeu neste Natal 🎄! 🎨Baltazar Gomes Figueira (1604-1674) e Josefa de Áyala (ou de Óbidos) (1630-1684), "Mês de Abril", c. 1668, Inscrição: «Pascoa de flores Abril/[...]/quando Alleluya amanhece/[...]; Obidos», Óleo sobre tela, Prov. Compra em leilão pelo Estado Português para o MNAA 📷©CML/Vasco Cunha Monteiro Hoje, 26 de dezembro, o MNAA está encerrado. Reabrimos na terça-feira! Direção-Geral do Património Cultural República Portuguesa - XXIII Governo #Lisboa #MNAA #MNAA_lisboa #DGPC #patrimoniocultural #MuseuNacionaldeArteAntiga #Arte #Portugal #InLisbonvisitMNAA #InPortugalvisitMNAA https://www.instagram.com/p/CnCXK_DIzsd/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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pacosemnoticias · 22 hours
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Dois canhões de bronze do século XVI resgatados do fundo do mar em Esposende
O município de Esposende recuperou do fundo do mar, ao largo da praia de Belinho, dois canhões de bronze do século XVI, supostamente pertencentes à embarcação quinhentista cujos destroços deram à costa em 2014, anunciou o município.
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Em comunicado, o município diz que a operação de resgaste decorreu na segunda-feira e foi realizada na presença de mergulhadores, na área do naufrágio de Belinho, "após diversos alertas ao Serviço de Património Cultural da autarquia".
"Os trabalhos arqueológicos foram realizados com caráter de emergência, atendendo aos recorrentes alertas e às excecionais condições do mar, nomeadamente a fraca ondulação. Efetivamente, durante os trabalhos de monitorização e de registo, verificou-se que as duas bocas de fogo tinham sido deslocadas, estando totalmente à mercê da natureza e/ou de interesses ilícitos", acrescenta.
Os canhões foram levados para as instalações do município de Esposende, em tanques construídos para o efeito em 2017.
Agora, segue-se a fase de conservação e de investigação das duas peças, "raras no território português".
"A recuperação deste importante património cultural permitirá a sua investigação de forma mais detalhada e, eventualmente, trazer novas perspetivas sobre o navio de Belinho", sublinha o comunicado.
Diz ainda que será "mais um elemento de valorização do acervo arqueológico do município de Esposende, com vista à posterior fruição por parte dos cidadãos, reforçando a partilha de informação e do conhecimento".
Foto Município de Esposende
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No dia 12 de outubro, pelas 17h00, realiza-se no Museu do Cante Alentejano, em Serpa, a apresentação do livro de fotografias 𝟭𝟬 𝗮𝗻𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗖𝗮𝗻𝘁𝗲, da fotojornalista Ana Baião. De entrada livre, conta com a presença da autora, Ana Baião, do editor José Moças e a participação especial do Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Serpa.
A iniciativa, promovida pelo Município de Serpa/Museu do Cante Alentejano, integra as comemorações dos 10 anos de Cante Património Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco.
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selecoesliterarias · 4 days
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Prémio Imprensa Nacional Ferreira de Castro (Internacional, Poesias e Ficção, Gratuito) - Até 31/10/2024
#SeleçõesLiterárias — Vai até 31/10/2024 a seleção de originais de livros de poemas/poesias e ficção para o Prémio Imprensa Nacional Ferreira de Castro, a ser realizado pela Imprensa Nacional – Casa da Moeda – INCM. Proposta\Sinopse: “Selecionar trabalhos inéditos de grande qualidade nos domínios da ficção e da poesia, procurando difundir o património cultural e artístico expresso em língua…
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ismailambouombouo7 · 16 days
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hotnew-pt · 1 month
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O MIRANTE | Ampliação do cemitério de Constância emperrada em Lisboa #ÚltimasNotícias #lisboa
Hot News O projecto previa mais 168 campas e estacionamento de automóveis com 60 lugares Município de Constância aguarda que a Direcção Geral do Património Cultural autorize a desafectação de terreno junto à Igreja Matriz da vila, para efectuar as obras de ampliação do cemitério previstas há anos. A ampliação do cemitério de Constância está na agenda do município há já alguns anos mas o…
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ddb-celiapalma · 7 months
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As Mulheres de Maria Lamas
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Exposição que mostra a obra fotográfica de Maria Lamas (1893–1983). 26 jan – 28 mai 2024 Biblioteca de Arte Gulbenkian
"Maria Lamas (1893–1983), jornalista e escritora, pedagoga e investigadora, tradutora e fotógrafa, lutadora pelos direitos humanos e cívicos em tempos de ditadura, foi porventura a mais notável mulher portuguesa no século XX. Enquanto perdura uma certa memória da sua afirmação e ação políticas durante o Estado Novo (anos 1930–1960, que a levou à prisão em 1949, 1951 e 1953) e do seu exílio em Paris (1962–1969), a sua obra literária e jornalística está praticamente esquecida. Muito poucos dos seus livros – mais de uma vintena de obras entre poesia, ficção, literatura infantil, antropologia social, tradução – se encontram disponíveis no mercado."
«O Amor exprime para mim a vida, explica a minha existência assim como define a minha personalidade»
Escreve a própria, em outubro de 1984, para publicação através de Helena Neves (Biblioteca Nacional de Portugal, Espólio E-28, caixa 53).
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ddbandreiapintassilgo · 7 months
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#15_ENTRADA
Conceptualização - método a/r/cográfico
“Mãe Soberana - Património (In)Visível”. É uma obra/instalação que pretende proporcionar uma experiência emersiva, recorrendo às narrativas transmédia e interativas, com destaque para a vídeoarte, constituída por imagens, sons, pessoas, datas, locais e memórias relevantes, recolha e património de vários autores, os quais serão devidamente creditados e informados do seu uso.  A água será o fio condutor, em que os sons transmitidos e percepcionados, representarão momentos mais emotivos, tranquilos, felizes, etc., cruzados com os sons próprios da procissão, léxico dos homens do Andor, marcha processional, rezas, rogativas clamando chuva e a alegria da festa, culminando com fogos de artificio. A montagem das imagens, vídeos e sons será realizada pela autora, representado um percurso cronológico, que comunique os quase cinco séculos de história que a manifestação apresenta. Limitado pela instalação silhueta das flores do “andor”, remetendo para a frase proferida por António Aleixo, (1925), “A Alma daquele povo vai dentro daquele andor”. O vídeo será carregado remotamente e transmitido em loop.
A projeção será feita num ecrã led ou tela no interior de uma blackbox, preferencialmente e projetada na vertical, para transmitir a ideia de andor. O som será transmitido através de colunas exteriores. A fruição será feita através de um corredor onde será possível interagir com vários objetos que nos remetem para a temática.
A vídeoarte será colocada no monitor com uma pen. Os sensores de movimento irão detetar a presença do espectador debaixo das flores, despoletando sinais onde serão emitidas as frases “Viva à Mãe Soberana” e “Água é Vida!”. Para tornar o ambiente mais intimista e real serão colocados objectos e imagens significativas do património, as quais terão qr codes, que permitirão aceder a informação mais detalhada acerca de cada um dos objectos, conforme exemplificado na figura 2: (1) Laço preto e Laço branco - laço utilizado pelos homens do andor na festa pequena e na festa grande respetivamente; (2) lenço do adeus - despedida da Nossa Senhora, subida da ladeira, regresso a casa; (3) Flores do andor - símbolo de pureza, fertilidade e primavera; (4) Réplica do andor, com qr code, direccional para a marcha processional da Banda Filarmónica Artistas de Minerva;; (5) Estrela - símbolo da identidade do santuário; (6) garrafa de água reutilizável; (7) Dístico com o hino da “Mãe Soberana”; 8) Fotografia com os Homens do andor, onde se explica a constituição da farda de trabalho;
Quanto aos aspetos técnicos, existem algumas limitações por parte do autor na criação de algumas etapas referentes à materialização do processo criativo. Essencialmente na parte tecnológica, no que se refere à programação e funcionamento dos sensores que interagem com o público, será uma parte exigente e reflexiva, para que se consiga transmitir com clareza aquilo que se pretende com uma possível colaboração ou parceria. O som e as colunas é outro problema, tenho que ver como tudo vai funcionar. O espaço expositivo está dependente das dimensões que cada um de nós terá. Terei ainda de explorar como irei transportar os equipamentos e se saber se consigo alugar ou fazer também aqui algumas parcerias.
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considerandos · 1 month
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Turismofobia
Há uma tendência crescente contra o turismo. Isso é evidente, quer nos artigos de opinião publicados, na mais variada imprensa, quer no surgimento de movimentos cívicos, contra a massificação do turismo e a gentrificação dos centros históricos.
Conheço até casais em que um dos elementos se recusa a fazer turismo, por questão de princípio, e o outro se vê obrigado a fazê-lo sozinho ou acompanhado de familiares ou amigos.
Há quem proteste contra a transformação de vilas históricas em "Disneylândias" (sic) e quem escreva artigos a convidar as pessoas a irem de férias, mas sem fazerem turismo.
Toda esta polémica causa-me uma enorme perplexidade. Então numa fase histórica em que a Europa está quase sem indústria e sem agricultura competitiva, em que toda a economia do velho mundo decorre dos serviços e sobretudo do turismo, esta gente acha que é demais e quer matar a galinha dos ovos de ouro?
O que faríamos aos milhões de pessoas que trabalham, direta ou indiretamente, ligados ao turismo? Iriam trabalhar para a China ou para a Índia? Na Europa já não há empregos na indústria, nem na agricultura e a função pública é um cancro, em estado terminal, não aguenta mais sanguessugas a esgotarem os recursos do estado. Além disso, se matarmos o turismo, as receitas públicas descem abruptamente, pelo que os próprios funcionários públicos ficariam com os empregos em risco.
Querem voltar ao tempo em que os senhorios deixavam os prédios cair, nos centros históricos das cidades, porque não davam rendimento, nem para os impostos que custavam? Eu ainda me lembro de venderem prédios em Lisboa, por valores ridículos, porque estavam decrépitos, com inquilinos a pagar menos de renda, do que de água ou luz, e senhorios desesperados, sem saber o que fazer a tamanha fonte de despesas, que aumentavam, ano após ano.
O argumento da gentrificação e da desertificação dos centros históricos parece-me lamentável. Eu sempre vivi e continuo a viver nos subúrbios, desde que nasci e não morri por causa disso. Mas parece que há gente que acha que tem o direito de morar na Lapa ou em Santa Catarina! Há tempos, uma senhora perguntou-me, quando soube que eu vivia em Massamá, se lá não havia muitos indianos? Eu respondi-lhe que havia menos do que em Lisboa, onde até o presidente da câmara era indiano (ao tempo, o Dr. António Costa).
Se todos seguíssemos os utópicos conselhos destes ecologistas de bairro e fôssemos passar férias, à antiga portuguesa, para a terra dos nossos avós ou para as vilas à beira mar plantadas, o que sucederia a essas vilas e aldeias? Que passe de magia evitaria a gentrificação desses espaços? Será que enviar milhões de pessoas para os locais onde a natureza ainda está preservada é uma medida ecologicamente responsável, em alternativa à concentração turística nos grandes centros urbanos?
O aumento do poder de compra e da oferta turística tornaram esta indústria uma das principais fontes de riqueza do mundo, sobretudo nos países, como Portugal, que têm um património histórico, cultural e natural importantes a oferecer aos seus visitantes. A pujança da indústria turística gerou um acréscimo grande de visitantes, sobretudo nos centros urbanos, aumentou os custos da habitação, devido à afetação turística de muitos imóveis e à especulação imobiliária, mas criou emprego para centenas de milhar de portugueses, gerou uma fonte importante de receitas para dezenas de milhar de proprietários, multiplicou a oferta hoteleira de um modo nunca visto, com a consequente criação de emprego e de riqueza, pública e privada, desenvolveu o comércio nos centros históricos, vocacionado para o turismo, alguns que se encontravam já decrépitos e moribundos. E vamos matar a indústria mais lucrativa do nosso país, para controlar as rendas de casa de meia dúzia de privilegiados, que não querem turistas no seu bairro histórico?
Pois vão viver para o campo, onde não há turistas que os incomodem, nem gente para ser incomodada por eles.
Ou então vão viver para a Amadora, para Odivelas ou para a Cova da Piedade, como eu fui e muitos milhões como eu, onde as casas são muito mais baratas do que nos bairros chiques de Lisboa.
Até lhes fazia bem, um banho de humildade, para lavar essa soberba acumulada por décadas de privilégio.
E viva o turismo de massas!
Que dure por muitos e longos anos!
18 de Agosto de 2024
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jorgecastrohenriques · 2 months
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CURRICULUM VITAE
FORMAÇÃO ACADÉMICA E PROFISSIONAL
Licenciatura/Graduação em Direito (Universidade Católica Portuguesa, Lisboa, 1998-2003)
Pós-Graduação em Direito do Ordenamento, do Urbanismo e do Ambiente (Universidade de Coimbra, Coimbra, 2004/2005)
Curso Profissional de Fotografia (Instituto Português de Fotografia, Lisboa, 2008/2010)
Pós-Graduação em História e Cultura no Brasil (Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro, 2024)
Micro-Curso de Economia Circular (Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2024)
FORMAÇÃO ADICIONAL E COMPLEMENTAR
Curso - Língua e Cultura Italiana - Nível A2 (Istituto Italiano di Cultura di Lisbona, Lisboa, 2003/2004)
Workshop - Digitalização e Restauro de Fotografia (LUPA/Luís Pavão Ltda, Lisboa, 2012)
Curso - Rio, Capital do Mundo - Dois Séculos de História (Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2024)
Curso - História do Rio de Janeiro: Cultura e Cidade (Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2024)
Oficina - Fotografias do Colonialismo (Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro, 2024)
COLABORAÇÕES/EMPREENDEDORISMO
JURISTA (2003/2007)
Instituto da Água (2004)
Instituto de Conservação da Natureza/Parque Natural de Sintra-Cascais (2005/2006) 
Comissão Nacional da UNESCO (2007) 
Câmara Municipal de Lisboa (2007)
TÉCNICO POSTAL
Técnico de Tratamento Postal - CTT - Correios de Portugal (2008/2009)
Técnico de Distribuição Postal - TNT Post (2014/2015)
TÉCNICO DE DIGITALIZAÇÃO (2009/2022)
Instituto de Investigação Científica Tropical/Arquivo Histórico Ultramarino [Projeto Arquivo Científico Tropical Digital (2009/2011)]
photonova - serviços de digitalização, tratamento digital e organização de fotografias (2015/2020) 
Fundação Calouste Gulbenkian [Projeto Obras Completas de Jorge Borges de Macedo (2022)]
FOTÓGRAFO (2008/2023)
Portfólio/Publicações/Exposições/Prémios - jchphoto.tumblr.com 
INVESTIGADOR/PESQUISADOR INDEPENDENTE (2023-?) 
ANTIQUÁRIO (2024-?)
Achados FC (lojas enjoei.com.br/olx.com.br)
VIRIDIS Antiguidades (site em preparação)
TRABALHOS ESCRITOS
Obelisco de Axum: De Roma (de volta) a Axum - Estudo de caso de Direito do Património Cultural (2005)
Paul do Boquilobo - A Reserva Natural e a Reserva da Biosfera (2007)
Apontamentos para um Programa Municipal de Agricultura Urbana em Lisboa (2007)
Urban Agriculture and Resilience in Lisbon: The role of the municipal government (Urban Agriculture Magazine n.º 22 – Building Resilient Cities, 2009)
Memória de José Flores - 50 anos ao serviço do Jardim Botânico Tropical (2023)
Capital Mundial da Ecologia: a Rio-92 em retrospectiva (2024)
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FREVO
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PT — Para acompanhar um artigo que escrevi em relação ao apagamento e gentrificação de certas culturas, criei esta ilustração de um dançarino de frevo. Frevo, uma dança cultural de Pernambuco, foi criada como filho de outras danças de auto-defesa como a capoeira. Esta arte é considerada património da humanidade e continua forte, mesmo perante as dificuldades de manter viva a tradição.
EN — To accompany an article I wrote about the erasure and gentrification of certain cultures, I created this illustration of a frevo dancer. Frevo, a cultural dance from Pernambuco, was created as a child of other self-defense dances such as capoeira. This art is considered World Heritage and remains strong, even in the face of the difficulties of keeping the tradition alive.
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