#Rubem Fonseca

[sergio-r-pires]

Soraia soube que Zinho era traficante dois meses depois de estarem morando juntos num condomínio de classe média alta da Barra da Tijuca. Você se importa?, Zinho perguntou, e ela respondeu que havia tido na vida dela um homem metido a direito que não passava de um canalha.

Cidade de Deus - Rubem Fonseca

[meusgrifos]

Lilian pegou um palito (estávamos comendo camarões torrados) e limpou a substância que se estende numa linha preta pelas costas do crustáceo. Eu comia os camarões retirando apenas a casca torrada, mas ela limpava um por um com um palito, trabalhando meticulosamente, os dedos longos e finos à frente dos pequenos seios de bicos duros, apertados na camisa de algodão, o rosto atento de menina — e me disse candidamente "essa coisa preta nas costas do camarão é merda". Foi nessa hora, isto pode parecer incrível, que eu descobri que amava Lilian também.

— Rubem Fonseca, em "O Caso Morel".

[amor-barato]

Pedi-lhe para deixar de depilar os pelos do púbis e ela repetiu que eu não a amava mais. Aliás, esse assunto acabou dando uma discussão idiota. Estávamos na cama, em meu apartamento, quando eu disse que depilar os cabelos do púbis era o mesmo que vandalizar as árvores de um lindo bosque. Lucia disse que eu era ridículo, respondi que ridículo era o bigodinho à Adolf Hitler que sobrava depois da depilação. Ela chamou-me de idiota ignorante, a depilação era feita para permitir o uso de biquíni.

Rubem Fonseca (Diário de um fescenino)

[giulessantiago]

Reflexões de uma jovem escritora.

Desde que comecei o curso de escrita criativa, muitas mudanças, reflexões e percepções tem me acometido. O contato com outras pessoas que tem interesse na escrita e os temas abordados na oficina tem tido efeito desde a superfície até meu âmago. Com isso, alguns gostos literários têm voltado para seus lugares na estante enquanto outros têm saído. Meu primeiro contato com a escrita literária foi a partir de autores do mercado americano como Sidney Sheldon e Stephen King, esses que hoje parecem prolixos e um tanto caricatos para mim.

Não as desprezo de forma alguma, a literatura de cunho comercial tem o seu valor, mas no momento não me apetece mais. Enquanto obras do cenário brasileiro e lusitano tem despertado em mim um imenso prazer e curiosidade. Crônicas, contos, entre outros... É como se nesse momento não desejasse conhecer outras realidades estrangeiras antes de conhecer bem a minha. Que além de ser brasileira, é paraense. Riquíssima em folclore e histórias.

Nelson Rodrigues, Mario de Andrade e Rubem Fonseca são nomes que figuram os livros diante de mim enquanto escrevo esse texto e espero encontrar em algumas dessas obras o alimento para a minha própria escrita. Caso não ocorra, com certeza minha alma será satisfeita.

[klimtjardin]

Você poderia recomendar livros?

aaah, fiquei tão feliz de receber essa ask! seguem títulos que marcaram um pouco da minha vida:

Infanto-juvenil:

Anne de Green Gables, L.M. Montgomery

A Cor da Ternura, Geni Guimarães

Jogos Vorazes, Suzanne Collins

Coleção Salve-se Quem Puder (juro, esses livros moldaram minha infância).

Desventuras em Série (só li um ou dois, mas quero ler todos quando puder), Lemony Snicket.

Romance:

O Morro dos Ventos Uivantes (esse é pra quem gosta de fofoca), Emily Bronte

Orgulho e Preconceito, Jane Austen

O Continente (tem romance, ação, aventura, mitologia), Érico Veríssimo

Torto Arado, Itamar Vieira Jr

As Ondas, Virginia Woolf

As Parceiras (triste), Lya Luft

Terror/Sobrenatural:

A Certain Slant Of Light (não sei se tem traduzido), Laura Whitcomb

Histórias Extraordinárias, Edgar Allan Poe

Ficção:

1984 (esse tem umas partes pesadinhas) e A Revolução dos Bichos, George Orwell

Biográfico:

O Carteiro e o Poeta (fala sobre o Pablo Neruda), Antônio Skarmeta

Crônicas:

Crônicas para se ler na escola (comédia), Luis Fernando Veríssimo

O Livro dos Abraços, Eduardo Galeano

Romance/Drama para maiores de 18:

O Caso Morel, Rubem Fonseca

O Amante (triste, triste, triste), Marguerite Duras

Lolita (pesadíssimo, mas é um dos livros mais bem escritos que já li), Vladimir Nabokov

[kdaisies]

Rubem Fonseca - Vastas emoções e pensamentos imperfeitos

[sluttyst0n3r]

Narradores latinoamericanos

Yo escogí el relato de paseo nocturno de Rubem Fonseca, porque el nombre fue el que se me

hizo más interesante de todos, fue un relato bastante breve, sin embargo fue capaz de

hacerme sentir llena de suspenso y misterio, como una historia tan corta puede hacerme sentir

tanto en tampoco tiempo. Al leerlo, no esperaba un plot twist tan grande al final, puesto que el

señor tenía un buen trabajo y supongo que también una buena familia. Cuando de repente,

llega el giro al final a dejarte boquiabierto por la extensión tan corta. El autor va trabajando el

suspenso a lo largo de la historia, va describiendo muy bien todo lo que hay y las emociones

que pueden llegar a surgir, haciéndote esperar que algo va a pasar. Yo enfrenté la crisis de leer

cómo mata a una mujer con un golpe, y como es que el protagonista regresa a casa como si

nada hubiera pasado, a excepción de un comentario que al día siguiente iba a tener un pésimo

día en el trabajo, me pregunto si él pensaba que lo descubrirán en su acción tan violenta. Se

titula paseo nocturno porque el protagonista solía ir a pasear por las noches ya que tenía un

auto lujoso y caro y quería que fuera usado y no solo estuviera guardado.

[ursocongelado]

Rubem Fonseca era delegado.

Eu tenho curso de agente de portaria.

Diego Moraes

[victoriasbrazilianlitblog]

10 Interesting Brazilian Fiction Books

Captains of the Sands by Jorge Amado

The Captains of the Sands is a riveting story about a trio of orphans who live by their own rules in the state of Bahia. Like Robin Hood, they steal from the rich to give to the poor. They also run into several problems while going through their adolescence period.

2. The Hour of the Star by Clarice Lispector

The Hour of the Star is about the disparities of Northeastern Brazil versus Southeast Brazil. Accompanying that, is the story of an uneducated woman who dreams of a better life and struggles to survive in society.

3. Vidas Secas (Barren Lives) by Graciliano Ramos

Vidas Secas follows a family of five trying to get by in the rural areas of the Bahia.

4. Gabriela, Clove and Cinnamon by Jorge Amado

Jorge Amado's book tells the story of a bar/restaurant owner called Nacib and his mistress/cook Gabriela as they navigate a changing Brazilian city. This story unfolds behind a back drop of social and political developments in a changing Brazil.

5. The End by Fernanda Torres

Fernanda Torres' book is about five macho friends in Rio who look back on their "glory days" once they reached their final moments.

6. Macunaima by Mario De Andrade

This story is about a young man who was born and raised in the Amazon. He was born with shapeshifting powers, often going to and from Sao Paulo. This book is a tribute to the ever-changing Brazilian personality.

7. Symphony in White by Adriana Lisboa

The story of a family being told through three generations of children. Each generation deals with an important issue in their lives.

8. My German Brother by Chico Buarque

Chico Buarque, one of Brazil's greatest music artist and songwriter, wrote 'My German Brother' as a letter to his German half-brother. Although he never met him, Chico wonders what happened to him before, during and after the second World War.

9. The Crimes of August by Rubem Fonseca

Rubem Fonseca's novel takes place in August of 1954, a pivotal time frame in Brazil's history. Taking place after the suicide of politician Getulio Vargas, Fonseca's characters get involved in a murder scheme and try to find out who killed a wealthy entrepreneur with ties to Vargas.

10. The Chandelier by Clarice Lispector

Mostly comprised of inner monologues, Clarice Lispector's "The Chandelier" tells the story of Virginia, a woman who tries to free herself by sculpting little clay figurines with the best clay money could buy, seeking the perfect figurine.

[cinocefalo]

FLUSH

[selección]

Francisco José Casado Pérez

Estás bien.

Te sientes bien

pero de veras ocupas un cambio:

colorear las mejillas,

broncearte.

Aún así

yo sí te daba.

¿Cierto?

Refuta el espejo.

¡Está bien!

¡Está bien!

Si la rebelión del vello no cede:

                    depílenlos.

Depílenlos a todos.

Cucaracha cucarachita

relámpago fugaz de coladera

¿qué mano o luz proyectaría

tu figura al escenario cavernoso?

¿En qué perfil o sobrenombre

escondes el ardor de tu sonrisa?

¿Cuántos seguidores tienes?

¿Cuántas menciones?

¿Qué software craqueado

puede trocear los músculos de tu alma?

Y cuando llegan los likes

¿Qué temen los ojos?

¿Qué teme la boca?

¿Cuál fue la culpa?

¿Cuál su condena?

¿Qué depravación tienes en mente?

¿Cuál fue el baño?

¿Qué perfil se atrevió a responder un emoji de vómito?

Cuando los cometas arrastraron tu vestido

y limpiaron de sarro los azulejos

¿Sonreíste por compromiso?

¿Zuckerberg?

Cucaracha cucarachita

relámpago fugaz de coladera

¿Qué mano o luz proyectaría

tu figura al escenario cavernoso?

Aquí dentro

todo puede colgarse

          toallas / papel higiénico

          extensiones / llamadas

          ropa mojada.

Aquí dentro el peso de los vellos deja ver cómo cuelgan

          pechos / vientres

          testículos / papadas

          brazos / lóbulos.

Todo puede colgarse aquí dentro

          hay espacio suficiente

                    incluso para los suicidas.

fffllluuussshhh

          los ideales revolucionarios

                    se fueron por el agu-jeee-rooo

fffllluuussshhh

          el romanticismo

                    se fue por el agu-jeee-rooo

fffllluuussshhh

          la política liberal moderada

                    se fue por el agu-jeee-rooo

fffllluuussshhh

          los sistemas sociopolíticos

                    se fueron por el agu-jeee-rooo

fffllluuussshhh

          Slavoj Žižek

                    no pudo irse por el agu-jeee-rooo

                                                                       (hacía capitalismo).

En el baño

          Agamenón recibió tres golpes vengativos

                    y su muerte se volvió tragedia.

En el baño

          Aon mató a Eglón con una puñalada zurda

                    y desencadenó una masacre.

En el baño

          Jorge II de Gran Bretaña sufrió un desgarro de aorta

                   y su muerte cambió la historia de la medicina moderna.

En el baño

          Jean-Paul Marat fue apuñalado en la tina

                    y su muerte inició la Revolución Francesa

                    y se volvió un de los cuadros más reconocidos de Jaques-Luis David

En el baño

          aprendieron al Tigre de Santa Julia

                   y se hizo leyenda

                    y lo hicieron película

En el baño

          de la estación Penn (NY), Louis I. Kahn murió de un infarto

                    y su hijo hizo un documental

                   y viajó por el mundo

                    y descubrió la maestría arquitectónica de su padre

                   y su segunda familia.

En el baño

          Rubem Fonseca escribió sobre la copromancia en un cuento

                    y por suerte nunca se volvió tendencia.

En el baño

          encontraron (respectivamente) los cuerpos de Elvis y Jim Morrison

                    y solo a uno se le ha parodiado por ello.

En el baño

          Junichiro Tanizaki

                    elogió que la penumbra es el sitio perfecto donde meditar

                    y está en lo cierto.

El límite de todo placer comienza

en su capacidad de hacer daño.

Del estar sentado en el inodoro

del bañarse

del lavarse los dientes

del rutinario cuidado de la piel

del desmaquillarse

del intento de suicidio

comienza pasados los quince minutos.

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Los poemas que se presentan, forman parte de la plaquette Flush (2023), de la colección TOMA TODO ★ TODOS PONEN, editada por Canciones Tristes. Book & Printing.

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Francisco José Casado Pérez (1990, Ciudad de México) Arquitecto y escritor. Ha publicado en revistas digitales como Página Salmón, Irradiación, Mentekupa, Vallejo & Co., Carcaj, entre otras. Mención honorífica del Premio Bruno Corona Petit, Venezuela, 2020 y 2022. Su poemario Para mirar los pasos (2021), editado por Escrúpulos Editorial, recibió el Premio “Don’t Read” 2021.

[sergio-r-pires]

"Ela tinha tirado a roupa: peitos murchos e chatos, os bicos passas gigantes que alguém tinha pisado; coxas flácidas com nódulos de celulite, gelatina estragada com pedaços de fruta podre. Estou toda arrepiada, ela disse. Deitei sobre ela. Me agarrou pelo pescoço, sua boca e língua na minha boca, uma vagina viscosa, quente e olorosa. Fodemos. Ela agora está dormindo. Sou justo."

O Cobrador - Rubem Fonseca

[gabrielpardal]

Lista dos livros que li em 2022

Leio mais de um livro ao mesmo tempo, pois são muitas e variadas as razões para se abrir um livro. Leio por prazer, por estudo, por trabalho, para me sentir melhor. Aqui uma lista com tudo o que li em 2022.

Ficção

Freedom [Conto] - Rachel Cusk

O Inferno é a ausência de Deus [Conto]- Ted Chiang

Gostando do que vê: um documentário [Conto]- Ted Chiang

Como realfabetizar um adulto [Conto]- Woody Allen

O verdadeiro avatar queira por favor subir ao palco [Conto]- Woody Allen

Conde Drácula [Conto]- Woody Allen

Presente de Casamento [Conto] - Neil Gaiman

Cavalaria [Conto] - Neil Gaiman

O Preço [Conto] - Neil Gaiman

A Ponte do Troll [Conto] - Neil Gaiman

Estação Onze- Emily St. John Mandel

Sobre a garota cem por cento perfeita que encontrei em uma manhã ensolarada de abril [Conto] - Haruki Murakami

Homens sem mulheres [Contos] - Haruki Murakami

Três Parábolas [Conto] - Liev Tolstói

Os Detetives Selvagens - Roberto Bolaño

O último quarteto de Beethoven e outros contos - Luis Fernando Veríssimo

Buquê de unhas e dentes - Fabiana Comparato

Salem - Stephen King

Entrevista com o Vampiro - Anne Rice

Nado Livre [Conto] - João Gilberto Noll

Feliz Ano Novo - Rubem Fonseca

O Balão [Conto] - Donald Barthelme

Não Ficção

The Art of Fiction n71 - Joan Didion

The Art of Theater n14 - August Wilson

Graça Infinita no Brasil - Caetano Galindo

Zen e a arte da escrita - Ray Bradbury

M is for Magic *[Introdução] *- Neil Gaiman

As pequenas virtudes *[Ensaio] *- Natalia Ginzburg

O jogo da reinvenção - Cecilia Sayad

Lançar mundos no mundo: Caetano Veloso e o Brasil - Guilherme Wisnik

Do que eu falo quando eu falo de corrida - Haruki Murakami

Um antídoto contra a solidão - David Foster Wallace

Escute as feras - Nastassja Martin

Lado C: a trajetória musical de Caetano Veloso até a reinvenção com a bandaCê - Luiz Felipe Carneiro e Tito Guedes

[lasvib0so0ficas]

ACTIVIDAD 3.

Análisis del cuento: Paseo Nocturno de Rubem Fonseca.

Link del cuento:

[ffllara]

bugo & spallanzani - rubem fonseca