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#Uma nova revelação e um novo caminho a dirigir-se...
victor1990hugo · 1 year
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claudinei-de-jesus · 3 years
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O Espírito no Antigo Testamento
O Espírito Santo é revelado no Antigo Testamento de três maneiras: primeira, como Espírito criador ou cósmico, por
cujo poder o universo e todos os seres foram criados; segunda, como o Espírito dinâmico ou doador de poder; terceira, como Espírito regenerador, pelo qual a natureza humana é transformada.
1. Espírito criador.
O Espírito Santo é a terceira Pessoa da Trindade por cujo poder o universo foi criado. Ele pairava por sobre a face das águas e participou da glória da criação. (Gên. 1:2; Jo 26:13; Sal. 33:6; 104:30.) O Dr. Denio escreve: O Espírito Santo, como Divindade inseparável em toda a criação, manifesta sua presença pelo que chamamos as leis da natureza. Ele é o princípio da ordem e da vida, o poder organizador da natureza criada. Todas as forças da natureza são apenas evidências da presença e operação do Espírito de Deus. As forças mecânicas, a ação química, a vida orgânica nas plantas e nos animais, a energia relativa à ação nervosa a inteligência e a conduta moral são apenas evidências da imanência de Deus, da qual o Espírito Santo é o agente. O Espírito Santo criou e sustenta o homem. (Gên. 2:7; Jo 33:4.)
Toda pessoa, seja ou não servo de Deus, é sustentada pelo poder criador do Espírito de Deus. (Dan. 5:23; Atos 17:28.) A existência do homem é como o som da tecla do harmônio que dura tão-somente enquanto o dedo do artista a comprime. O homem deve a sua existência e a continuação desta às "duas mãos de Deus", isto é, o Verbo (João 1:1-3), e o Espírito. Foi a esses que Deus se dirigiu dizendo: "Façamos o homem."
2. Espírito dinâmico que produz.
O Espírito Criador criou o homem a fim de formar uma sociedade governada por Deus; em outras palavras, o reino de Deus. Depois que entrou o pecado e a sociedade humana foi organizada à parte de Deus e em oposição à sua pessoa, Deus começou de novo ao chamar o povo de Israel, organizando-o sob suas leis, e assim constituindo-o como reino de Jeová . (2 Crôn. 13:8.) Ao estudar a história de Israel lemos que o Espírito Santo inspirou certos homens para governar e guiar os membros desse reino e para dirigir seu progresso na vida de consagração. A operação dinâmica do Espírito criou duas classes de ministros:
primeira, obreiros para Deus — homens de ação, organizadores, executivos; segunda, locutores para Deus — profetas e mestres.
(a) Obreiros para Deus. Como exemplos de obreiros inspirados pelo Espírito, mencionamos Josué (Num. 27:8-21); Otoniel (Juízes 3:9-10; José (Gên.41:38-40); Bezaleel (Êxo. 35:30-31); Moisés (Num. 11:16,17); Gideão (Jui. 6:34), Jefté (Jui 11:29); Sansão (Jui. 13:24,25); Saul (1 Sam. 10:6). É muito provável que, à luz desses exemplos, os dirigentes da igreja primitiva insistissem em que aqueles que serviam às mesas deviam ser cheios do Espírito Santo (Atos 6:3).
(b) Locutores de Deus. O profeta de Israel, podemos dizer, era um locutor de Deus — um que recebia mensagens de Deus e as entregava ao povo. Ele estava cônscio do poder celestial que descia sobre ele de tempos em tempos capacitando-o para pronunciar mensagens não concebidas por sua própria mente, característica que o distinguia dos falsos profetas. (Ezeq. 13:2.) A palavra "profeta" indica inspiração, originada duma palavra que significa "borbulhar" — um testemunho à eloqüência torrencial que muitas vezes manava dos lábios dos profetas. (Vide João 7:38.)
1) As expressões empregadas para descrever a maneira como lhes chegava a inspiração mostram que essa inspiração era repentina e de modo sobrenatural. Ao referirem-se à origem de seu poder, os profetas diziam que Deus "derramou" seu Espírito, "pôs seu Espírito sobre eles", "deu" seu Espírito, "encheu-os do seu Espírito", e "pôs seu Espírito" dentro deles. Descreveram a variedade de influência, declaram que o Espírito "estava sobre eles", "descansava sobre eles", e os "tomava". Para indicar a influência exercida sobre eles, diziam que estavam "cheios do Espírito", "movidos" pelo Espírito, "tomados" pelo Espírito, e que o Espírito falava por meio deles.
2) Quando um profeta profetizava, às vezes estava em estado conhecido como "êxtase" — estado pelo qual a pessoa fica elevada acima da percepção comum e introduzida num domínio espiritual, no domínio profético. Ezequiel disse: "A mão do Senhor (o poder do Senhor Deus) caiu sobre mim ... e o Espírito me levantou entre a terra e o céu, e me trouxe a Jerusalém em visões de Deus" (Ezeq.
8:1-3). É muito provável que Isaias estivesse nessa condição quando viu a glória de Jeová (Isa. 6). João o apóstolo declara que foi "arrebatado em espírito no dia do Senhor" (Apo.?. Vide Atos 22:17.) As expressões usadas para descrever a inspiração e o êxtase dos profetas são semelhantes àquelas que descrevem a experiência do Novo Testamento de "ser cheio" ou "batizado" com o Espírito. (Vide o livro de Atos.) Parece que nessa experiência o Espírito tem um impacto tão direto sobre o espírito humano, que a pessoa fica como que arrebatada a uma experiência na qual pronuncia uma linguagem extática.
3) Os profetas nem sempre profetizavam em estado extático; a expressão "veio a Palavra do Senhor" dá a entender que a revelação veio por uma iluminação sobrenatural da mente. A mensagem divina pode ser recebida e entregue em qualquer das duas maneiras.
4) O profeta não exercia o dom à sua discrição; a profecia não foi produzida "por vontade de homem" (2 Ped. 1:21). Jeremias disse que não sabia que o povo estava maquinando contra ele (Jer. 11:19). Os profetas nunca supuseram, nem tampouco os israelitas jamais creram, que o poder profético fosse privilégio de algum homem como dom permanente e sem interrupção para ser usado à sua própria vontade. Entenderam que o Espírito era um agente pessoal e, portanto, a inspiração era proveniente da soberana vontade de Deus. Os profetas podiam, porém, pôr-se numa condição de receptividade ao Espírito (2 Reis 3:15), e em tempos de crise podiam pedir direção a Deus.
3. Espírito regenerador.
Consideraremos as seguintes verdades relativas ao Espírito regenerador. Sua presença é registrada no Antigo Testamento, porém não é acentuada; seu derramamento é descrito, principalmente como uma bênção futura, em conexão com a vinda do Messias; e mostra características distintas.
(a) Operativo mas não acentuado. O Espírito Santo no Antigo Testamento é descrito como associado à transformação da natureza humana. Em Isa. 63:10,11 faz-se referência ao êxodo e à vida no deserto. Quando o profeta diz que Israel contristou o seu santo Espírito, ou quando se diz que deu seu "bom Espírito" para os instruir (Nee. 9:20), refere-se ao Espírito como quem inspira a bondade. (Vide Sal. 143:10.) Davi reconhecia o Espírito como presente em toda a parte, aquele que esquadrinha os caminhos dos homens, e revela, à luz de Deus, os esconderijos mais escuros de suas vidas. 
Depois de cometer seu grande pecado, Davi orou para que o Espírito Santo de Deus, a Presença santificadora de Deus, aquele Espírito que influencia o caráter, não lhe fosse tirado (Sal. 51:11). Esse aspecto, porém, da obra do Espírito não é acentuado no Antigo Testamento. O nome Espírito Santo ocorre somente três vezes no Antigo Testamento, mas oitenta e seis no Novo, sugerindo que no Antigo Testamento a ênfase está sobre operações dinâmicas do Espírito, enquanto no Novo Testamento a ênfase está sobre o seu poder santificador.
(b) Sua concessão representa uma bênção futura. O derramamento geral do Espírito como fonte de santidade é mencionado como acontecimento do futuro, uma das bênçãos do prometido reino de Deus. Em Israel o Espírito de Deus era dado a certos lideres escolhidos, e indubitavelmente quando havia verdadeira piedade, tal se devia à obra do seu Espírito. Mas em geral, a massa do povo inclinava-se para o paganismo e para a iniqüidade. 
Embora de tempos em tempos fossem reavivados pelo ministério de profetas e reis piedosos, era evidente que a nação era má de coração e que era necessário um derramamento geral do Espírito para que voltassem a Deus. Tal derramamento foi predito pelos profetas, que falaram que o Espírito Santo seria derramado sobre o povo numa medida sem precedentes. Jeová purificaria os corações do povo, poria seu Espírito dentro deles, e escreveria a sua lei em seu interior. (Ezeq. 36:25-29; Jer. 31:34.) Nesses dias o Espírito seria derramado com poder sobre toda a carne (Joel 2:28), isto é, sobre toda a classe e condição de homens, sem distinção de idade, sexo e posição. 
A oração de Moisés de que "todo o povo do Senhor fosse profeta" seria então cumprida (Num. 11:29). Como resultado, muitos seriam convertidos, porque "todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (Joel 2:32). A característica que distinguia o povo de Deus sob a velha dispensação era a possessão e revelação da lei de Deus; a característica que distingue seu povo sob a nova dispensação é a escrita da lei e a morada do Espírito em seus corações.
(c) Em conexão com a vinda do Messias, o grande derramamento do Espírito Santo teria por ponto culminante a Pessoa do Messias-Rei, sobre o qual o Espírito de Jeová repousaria permanentemente na qualidade de Espírito de sabedoria e entendimento, de conhecimento e temor santo, conselho e poder. Ele seria o Profeta perfeito que proclamaria as Boas-Novas de libertação, de cura divina, de consolo e de gozo. 
Qual é a conexão entre esses dois grandes eventos proféticos? Será a vinda do Ungido e a efusão universal do Espírito Santo? João Batista respondeu quando interrogado: "Eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem apos mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo." Em outras palavras, o Messias é o Doador do Espírito Santo. Foi isso que o assinalou como o Messias ou o Fundador do Reino de Deus. A grande bênção da nova época seria o derramamento do Espírito e foi o mais elevado privilégio do Messias, o de conceder o Espírito. 
Durante seu ministério terrestre Cristo falou do Espírito como o melhor dom do Pai (Luc. 11:13); ele convidou os sedentos espiritualmente a virem beber, oferecendo-lhes abundante abastecimento da água da vida; em seus discursos de despedida prometeu enviar o Consolador a seus discípulos. Notem especialmente a conexão do dom com a obra redentora de Cristo. A concessão do Espírito está associada com a partida de Cristo (João 16:7) e sua glorificação (João 7:39), o que implica sua morte (João 12: 23, 24; 13:31, 33; Luc.24:49). Paulo claramente declara essa conexão em Gál. 3:13,14; 4:4-6 e Efés. 1:3, 7:13, 14.
(d) Exibindo características especiais. Talvez este seja o lugar de inquirir acerca do significado da declaração: "porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado". João certamente não queria dizer que nos tempos do Antigo Testamento ninguém haja experimentado manifestações do Espírito; todo judeu sabia que as poderosas obras dos dirigentes de Israel e as mensagens dos profetas eram provenientes das operações do Espírito de Deus. Evidentemente ele se refere a certos aspectos da obra do Espírito que não eram conhecidos nas dispensações anteriores. Quais são, então, as características distintas da obra do Espírito na presente dispensasão?
1) O Espírito ainda não havia sido dado como o Espírito do Cristo crucificado e glorificado. Essa missão do Espírito não podia iniciar-se enquanto a missão do Filho não terminasse; Jesus não podia manifestar-se no Espírito enquanto estivesse em carne. O dom do Espírito não podia ser reivindicado por ele a favor dos homens enquanto ele não assumisse sua posição de Advogado dos homens na presença de Deus. 
Quando Jesus falou, ainda não havia no mundo uma força espiritual como a que foi inaugurada no dia de Pentecoste e que posteriormente cobriu toda a terra como uma grande enchente. Porque Jesus ainda não havia subido aonde estivera antes da encarnação (João 6:62), e ainda não estivera com o Pai (João 16:7; 20:17), não podia haver uma presença espiritual universal antes que fosse retirada a presença na carne, e o Filho do homem fosse coroado na sua exaltação à destra de Deus. O Espírito foi guardado nas mãos de Deus aguardando esse derramamento geral, até que o Cristo vitorioso o reivindicasse a favor da humanidade.
2) Nos tempos do Antigo Testamento o Espírito não era dado universalmente, mas, de modo geral limitado a Israel, e concedido segundo a soberana vontade de Deus a certos indivíduos, como sejam: profetas, sacerdotes, reis e outros obreiros em seu reino. Mas na presente época ou dispensação o Espírito está ao dispor de todos, sem distinção de idade, sexo ou raça. Nesta relação nota-se que o Antigo Testamento raramente se refere ao Espírito de Deus pela breve designação "o Espírito". Lemos acerca do "Espírito de Jeová " ou "Espírito de Deus". Mas no Novo Testamento o título breve o "Espírito" ocorre com muita freqüência, sugerindo que suas operações já não são manifestações isoladas, mas acontecimentos comuns.
3) Alguns eruditos crêem que a concessão do Espírito nos tempos do Antigo Testamento não envolve a morada ou permanência do Espírito, que é característica do dom nos tempos do Novo Testamento. Eles explicam que a palavra "dom", implica possessão e permanência, e que nesse sentido não havia Dom do Espírito no Antigo Testamento. É certo que João Batista foi cheio do Espírito Santo desde o ventre de sua mãe e isso implica uma unção permanente. Talvez esse e outros casos semelhantes poderiam ser considerados como exceções à regra geral. Por exemplo, quando Enoque e Elias foram transladados, foram exceções à regra geral do Antigo Testamento, isto é, a entrada na presença de Deus era por meio do túmulo e do Seol (o reino dos espíritos desencarnados).
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charliebettencourt · 7 years
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É uma honra apresentar a delicada Charlotte H. Bettencourt, mas, permita-me lhe dizer que o médica residente de 24 anos prefere ser tratada como Charlie pelos mais íntimos. Muitos dizem por aí que ela se parece com Emma Watson, mas, ela prefere ser conhecida como The miss sunshine.
“Se você colocar um pouco de dedicação e paixão em tudo o que faz, vá por mim, existe uma enorme chance de dar certo.”
Se você gosta de histórias clichês, deixe-me apresentar-lhe a história da pequena, talvez nem tanto, Charlotte Hamish Bettencourt. Imagine só, Josephine era uma jovem pintora francesa que gostava de pintar rosas, em especial, rosas azuis. Cedric era um astuto jornalista americano viajando pela França com um grupo de amigos em suas férias. Era uma sexta feira e lá estavam eles, em uma das vistas mais românticas de uma das cidades mais românticas do mundo, aquele lugar onde um esbarrão acaba virando cena de um filme de romance e não foi diferente com o casal. Nomes trocados, números trocados, eles estavam procurando um modo de manter contato e foi isso. O que fizeram. Poucos dias depois, um novo encontro e mais alguns se sucederam até a moça se entregou para Cedric e dias depois, bem, ele tinha ido embora. Aí vem a pior noticia, que é também um dos maiores clichês da história: ela ficou grávida. Josephine fizera ligações desesperadas ao descobrir da gravidez, mas o numero de Cedric tinha simplesmente sumido.
Então você pode pensar que o pai da garota a expulsou de casa e toda aquela coisa que acontece tipicamente, mas essa foi uma das poucas coisas que não foi tão obvia. Os Bettencourt eram uma família tradicional de ascendência nobre e algo como uma gravidez indesejada era simplesmente um escândalo, por isso a opção de um aborto seria perfeita para o momento, não fosse a religiosidade fervorosa da mãe de Josephine que, de certa forma, acabara salvando a pequena garota que estava a caminho. Ser mãe solteira? De modo algum essa era uma opção, e foi assim que Josephine acabou casada com um rico engenheiro inglês, Edgar. O homem era cerca de cinco anos mais velho que ela, não muita diferença se você pensar bem, mas, ele era, além de tudo, uma pessoa excelente, só havia um problema: ela não conseguia ter interesse algum no homem.
O casamento dos dois, desde o começo, foi marcado simplesmente por um respeito, coisa que prevalecera durante toda a gravidez da mulher e até mesmo depois do nascimento de Charlotte, a nova herdeira de uma considerável fortuna na cidade de Paris. Era vinte e dois de setembro quando a menina viera ao mundo, estava frio na cidade e Edgar estava nervoso, porque ele tinha acabado transformando Charlotte em sua filha de sangue antes mesmo na menina nascer. Essa relação entre o homem e a garota acabou ficando mais forte. Os dois eram muito ligados e essa relação acabou excluindo Josephine do relacionamento da família. A princípio, a mulher não se importava muito, achava que era comum escolher um dos pais como o favorito. No entanto, com o passar dos anos, a mulher acabou se sentindo excluída não só pela filha, mas também pelo marido, que parecia preferir passar horas montando quebra cabeças com a filha invés de lhe dar noites de prazer. O que J. não sabia era a explicação para o fato de Edgar ser tão apegado a garota: tinha crescido em um orfanato e, quando mais velho, depois de pensar montar sua família, acabara descobrindo que era estéril, então ter uma filha, ainda que não fosse biologicamente sua, era para ele um sonho.
Ciúmes da própria filha. Curiosamente fora por isso que as traições de Josephine começaram e começaram sutis, sem que ninguém desconfiasse. Charlotte foi a primeira a notar os movimentos estranhos da mãe, mas ela nunca pensaria que era algo como traição. Ela devia ter dez anos quando as coisas chegaram a uma situação realmente insuportável e tudo explodiu. Charlie estava em seu quarto, respondendo seus adorados deveres de matemática, quando se assustara com gritos altos e o barulho de coisas quebrando. Demorou um tempo até ela entender o que estava acontecendo ali e então o primeiro choque da garota se deu pelo fato de descobrir, pela boca do próprio pai, que sua mãe era uma adultera. Desde esse dia, a relação de Charlie com Josephine piorara consideravelmente. Foi também a partir desse dia que a pequena Charlotte começara a presenciar as diversas discussões que seus pais tinham todas as noites, nas quais ela geralmente subia para o seu quarto e escrevia uma coisa qualquer, que depois era simplesmente jogada fora. E é clichê pensar nisso, mas fora simplesmente o que aconteceu.
Com o tempo, ela foi aprendendo a lidar com a situação. Aos doze, ela nem se importava mais com as brigas, já estava acostumada. Mas foi em uma noite de sexta feira quando tudo mudara. A discussão foi mais alta do que no normal, ela nem sabia o motivo direito: talvez fosse apenas uma xícara quebrada, o que não surpreenderia a garota, já que eles brigavam por tudo agora. Porém, fora quando a frase ecoara pela casa que a menina realmente se assustou. Ela estava no topo da escada, se arriscando a descer para pegar um copo de água quando ela escutou o “Você nem é realmente o pai dela.” A primeiro momento foi apenas um choque, mas, depois que a sua mãe praticamente gritara toda a verdade para ela, a garota acabara estática, fitando seus pais enquanto mentalmente rezava para que aquilo fosse mentira, mas não era. Edgar saiu de casa zonzo aquela noite, sem que a garota pudesse lhe perguntar algo. Ele também estava abalado por saber que algo assim tinha sido simplesmente jogado sobre sua garotinha, mas, ao invés de checar como ela estava, ele simplesmente saíra, precisava dirigir e respirar um pouco.
Três dias sem comunicação alguma. Foi isso o que a revelação rendeu a Charlotte. Ainda que seus pais insistissem todos os dias para ela falar qualquer coisa, simplesmente não conseguia. Até pensaram em mandá-la a um psicólogo ou coisa parecida, mas havia algo diferente quando Charlie desceu para o café da manhã naquela terça feira. Ela queria a verdade e exigiu isso em um tom baixo, porém firme. Então lhe foi contada toda a história e a garota talvez devesse ter se revoltado mas ela acabara simplesmente dando um abraço forte em seu pai, pelo simples fato de achar que ele merecia aquilo, afinal, o homem cuidara dela mesmo sabendo que ela não era biologicamente uma criação dele. Depois desse dia os dois acabaram mais ligados, Charlie sempre fora uma criança muito doce e astuta, coisa que fazia o homem se alegrar e sentir-se orgulhoso da filha que tinha. Josephine tentou amenizar os ciúmes que possuía, mas, no final das contas, a única coisa que solucionou o problema foi enviar a garota para um internato no sul da França.
Foi nesse internado onde Charlie conhecer Pierre, ele tinha olhos azuis realmente bonitos e o sotaque britânico chamava a sua atenção. Era educado e gentil com ela e, a essa altura, a garota estava crescendo, então seus sentimentos em relação a garotos começavam a mudar. Em pouco tempo, a admiração por Pierre foi se modificando e transformando-se em um amor platônico, coisa que fazia a garota passar horas escrevendo poemas de amor que nunca seriam lidos. O problema sobre ela simplesmente se declarar? Não. Não era a timidez ou o fato de ele ser o garoto mais popular da escola, era ainda mais clichê. O fato era simples, duro e claro: Ele era seu professor. Seu professor de biologia e dito isso fica claro que eles não poderiam ter nada. Mas Pierre era tão educado e gentil que a cada dia a garota estava mais perdida, ficava horas depois do fim da aula, estudando e estudando só para quando acertar alguma pergunta receber o elogio com aquele sotaque bonito que ele tinha e ver ele abrir aquele sorriso que abriria.
Os anos se passaram e foi assim que ela continuara sentindo, como se seu coração fosse simplesmente saltar a qualquer coisa que ele dissesse. Isso não queria dizer que ela era simplesmente uma garota solitária e apaixonada pelo professor, na verdade, você se assustaria com a quantidade de amigos que a garota tinha, além do fato de ser muito bonita, o que chamava a atenção de muitos dos rapazes e até de algumas moças. O problema era que a atenção que ela queria não podia ser dada por nenhum desses garotos – ou até garotas. Estava focada em outra pessoa. Por isso, fora um choque quando ela soube da noticia do noivado do homem. Ele ia casar no fim do semestre com alguém que ela nunca tinha nem escutado o nome na vida e aquele era o ultimo ano de Charlie. Ela tinha esperado os longos anos para conseguir tomar coragem de se declarar e agora ele estava simplesmente noivo? A situação frustrara tanto a garota que após a formatura ela simplesmente voltou para sua casa com o coração partido e agora não sabia ao certo sobre como se sentir.
Os meses passaram, ela tinha se inscrito em diversas universidades e torcia para ser selecionada para a mais longe possível de Paris, porque, de certa forma, cada simples coisa na França lhe fazia pensar no homem que nunca conseguiria ter. Sua mãe agora deixava mais nítido o ciúme que sentia da filha, fosse no que ela vestisse, dissesse ou simplesmente em como agisse, e isso contribuía para a garota querer estar longe daquele lugar o mais longe possível, mas foi novamente em uma sexta feira que as coisas se complicaram ainda mais. Edgar não chegou em casa naquela noite e isso preocupou a todos. No dia seguinte, a noticia. Um acidente de carro havia acontecido e o homem estava no hospital. Charlie e sua mãe saíram de casa as pressas, assim como o restante da família do homem também saiu. Foram dias longos de coma até que o homem simplesmente…Morreu. E nada acabou mais com a garota do que aquela noticia. A menina estava tão abalada, e ficar ali parecia só lhe trazer sentimentos ruins. Fora por isso que ela correra para o local mais longe possível.
Nova York. A cidade que nunca dorme parecera o lugar perfeito para alguém como Charlotte, que agora tinha uma série de noites mal dormidas. Ela conseguiu vaga no seu curso, agora em uma universidade na cidade. Havia se mudado para um apartamento de médio porte em uma parte bem freqüentada da cidade, e precisava daquele tempo, se afastar de tudo o que conhecia e conhecer novas pessoas e, apesar dos primeiros meses de adaptação terem sido complicados, as coisas estavam melhorando para Charlie, ou pelo menos ela gostava de pensar assim. Fora em Nova York onde conseguiu deixar tudo que lhe incomodava para trás ao conhecer Hector, o grande amor de sua vida. Os dois começaram um relacionamento que durou durante todo o seu curso. Após a faculdade, mudou-se para os Hamptons, com o então noivo.
Charlotte é aquela menina adorável que acaba chamando atenção por onde passa. Não só pelo estilo de boneca de porcelana que apresenta aprimeira vista, mas pela simpatia que demonstra. Diferente do que pode se imaginar, não tem nada de tímida e fala até bastante depois de conhecer a pessoa melhor. Tem um certo problema em aceitar elogios pelo fato de a sua mãe geralmente não gostar de quando eles eram direcionados a garota. É um tanto curiosa sobre as coisas e por isso sua mente vez ou outra a faz cogitar em procurar seu pai, mas ela acha que é um desrespeito com Edgar. É um tanto agitada, mas, se tem algo para fazer, acaba se concentrando verdadeiramente naquilo, não deixando que nada impeça seu foco. 
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