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#as três máscaras do terror
lunaverrse · 2 years
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# 6, 8, 15, 17, 24, 32, 38, 39 (yuna)
send me a # to learn an unusual hc about my muse!
aceitando
Jung Yuna 🐰
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6. what do they normally dream about? nightmares or nonsense?
A Yuna tem um sono absurdamente pesado, então raramente lembra dos sonhos dela. Quando acontece, geralmente é com pesadelos. Por exemplo, se assistir um filme de terror de noite, ela vai ter dificuldades para pegar no sono, já sabendo que vai ter algum sonho ruim relacionado ao filme, por isso faz o possível para não acabar dormindo. Também acontece de surgirem alguns pesadelos relacionados à faculdade. Como é muito preocupada com os estudos, pode acontecer de sonhar com alguma nota baixa ou com perder o horário de alguma prova.
8. what do they sleep in? pj’s, normal clothes, nothing?
Sempre de pijamas. Ela adora e tem vários, de todos os tipos e para todas as estações. A maioria são pijamas de tecidos leves e muito coloridos, com estampas de gatos, coelhos e raposas, seus animais favoritos. No inverno, ela usa os macacões de pelúcia.
15. do they know how to drive? do they like to drive?
Ela sabe dirigir, mas morre de medo. Um pouco antes de atingir a idade permitida para tirar a carteira, os pais se envolveram em um acidente sério quando estavam na Coreia, ficaram vários dias no hospital e ela não tinha como simplesmente viajar para outro país e saber pessoalmente como eles estavam. Quando foi o momento de tirar a carteira, Yuna hesitou muitas vezes e só fez depois de muita insistência dos pais. De qualquer forma, ela quase nunca dirige, já que a família tem um motorista e ela prefere ser levada para os lugares.
17. do they have pets? what kind? dogs, cats, etc?
Tem dois coelhos! Uma fêmea, chamada Artemis, e um macho, chamado Zeus. A família Jung adora animais num geral e possuem também dois gatos e um cachorro. Quando está em casa, Yuna sempre é vista na companhia de algum dos animais.
24. do they have a short temper? what’s most likely to set it off?
Ela tem um temperamento tranquilo até demais e isso sempre é motivo de provocação por parte das pessoas. Alguns colegas brincam que ela nunca poderia ser advogada sendo tão tranquila assim e as colegas do grupo de cheers também reclamam que, apesar de ser ótima, não é competitiva o suficiente. A verdade é que é difícil definir com facilidade o que tiraria Yuna do sério e se essa tranquilidade não passa de uma máscara que ela usa para as outras pessoas, ela nunca deixa transparecer se está sem paciência ou não, um ponto a ser testado e trabalhado.
32. do they critique others easily? do they judge from afar?
Intimamente, sim. Apesar do bom temperamento, ela tem uma forte tendência a julgar a maioria das pessoas sem uma experiência prévia, mas o faz para si mesma. A Yuna é muito sociável, mas também é desconfiada, então pensa dez vezes antes de compartilhar alguma crítica ou julgamento com alguém, com medo de que essas coisas se espalhem. Isso acontece porque ela simplesmente adora que as pessoas gostem dela, então evita toda e qualquer chance de estragar a própria imagem com esse tipo de coisa. Seus julgamentos partem de qualquer coisa que ela ache pertinente: seja um comentário atravessado ou uma peça de roupa, sempre vai achar algo para questionar.
38. do they have parents / parental figures? do they have a good relationship with them?
Ela tem os pais ainda e a relação com ambos é ótima. Sempre foi esperado que a Yuna seguisse alguns caminhos traçados para ela e a surpresa dos pais foi que não existiu uma resistência, ela simplesmente gosta das coisas que faz. Por parte do pai, veio o gosto pelo curso de direito, pela mãe, os esportes e as atividades como líder de torcida. Além do time e da faculdade, eles sempre esperaram que ela fosse o tipo de filha exemplar que fala vários idiomas e faz muitas atividades extras, o que se cumpriu. Dito isso, a relação entre eles não tem nenhum tipo de pressão ou coisas do tipo, ela adora os pais e o carinho é recíproco, os três se dão muito bem. Sua única questão é a falta de conversa em respeito à sexualidade, já que os pais são bastante conservadores e não trazem a abertura que ela precisa para compartilhar algumas coisas com eles.
39. do they have siblings? if so, how many? do they like them?
Tem um irmão mais velho, chamado Yunho. Diferente dela, o irmão foi a decepção da família. Saiu de casa assim que completou a maioridade para viver da própria música e fazer o que bem entende da vida. Ele formou uma banda quando ainda estava na escola e vive dos pequenos shows que eles fazem em locais pequenos na cidade, além de trabalhar como barman. Mesmo se afastando dos pais, ele tem uma boa relação com a irmã, que sempre o visita quando possível. Yunho é muito protetor com ela e não pensa duas vezes antes de fazer o que for necessário para defender a caçula. É claro que os dois possuem suas diferenças e ocasionalmente discutem por isso, mas não muda o fato de que são muito unidos.
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ocoffe-cato · 21 days
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~ •Treino de escrta• ~
Eu não contive o sorriso de satisfação ao ver as cabeças caírem no chão.
Os corpos do rei Rodriguez,da rainha Rosalina e das três princesas do reino, as tão preciosas jóias da coroa, caíram deixado o chão de mármore branco da sala do trono manchado com o carmesim de seus sangue, sem dúvidas um belo contraste. Meus guardas devolveram suas espadas a suas bainhas e voltaram a suas posições aguardando o próximo comando.
Barulhos de passos vieram do corredor, como se alguém estivesse correndo, e em questões de segundos meu momento de alegria foi interrompido quando alguém abriu violentamente as grandes portas de madeira drunda, ele me encarou com uma expressão furiosa em seu rosto bronzeado, suas roupas e espada estavam manchadas muito provavelmente com o sangue de meus guardas que deveriam estar guardando seus aposentos e o caminho até aqui.
Seus olhos de âmbar, a maior característica da família real de Solares, carregavam ódio genuíno em seu olhar juntamente com um brilho no qual não consegui identificar,porém, em menos de um segundo sua expressão raivosa e assassina se transformou em choque e terror após notar os corpos decapitados de seus familiares caídos no chão.
-... Não- a palavra não passou de um sussurro, tão fraca que se não fosse pela minha audição sobre humana duvido que a teria escutado, seus joelhos falharam e ele desabou no chão soltando sua espada. Sua respiração ficou pesada e lágrimas começaram a brotar dos seus olhos de imediato junto com soluços.
Um grito estrondoso e animalesco saiu de sua garganta, um tão profundo e miserável que tocou até o fundo de minha alma. Uma parte de mim que se importa com ele se estremeceu e desejou correr até ele para consolá-lo ou protegê-lo, um desejo irônico considerando que foi eu que o deixei assim. Me dando conta dessa ideia tola eu reprimi esses sentimentos e os joguei no fundo de minha mente.
Uma dúzia dos meus guardas apareceram atrás dele,e apesar de estarem de máscara consegui sentir a tensão neles, estavam com medo, provavelmente temiam como eu os puniria por terem deixado Gabriel escapar do seu quarto.Dois deles, acho que os mais corajosos, fizeram uma reverência e entraram no salão, antes que se aproximasse mais fiz um gesto com a mão para que parassem e mandei todos, incluindo aos que estavam ao meu lado, se retirarem deixando apenas eu e Gabriel sozinhos no salão.
Levantei do trono e desci as escadarias passando pelos corpos da família real caminho em direção ao miserável príncipe que estava prostrado no chão, suas mãos apertavam seus cabelos e os manchava com sangue enquanto ele chorava e gritava pelos seus pais e irmãs.
Estava a apenas alguns passos de distância quando notei um micro movimento de Gabriel e tão rápido quanto uma cobra dando um bote ele pegou sua espada e me atacou, um movimento desleixado para os seus padrões contudo, ainda extremamente mortal se me atingisse.
Desviei de seu ataque pela esquerda, me posicionando atrás dele, antes que se vira-se lhe desferir um chute na lateral de seu abdômen que o arremessou para longe. Ele caiu no chão e rolou um pouco antes de parar, tossindo e com uma das mãos no local do impacto ele tentou se levantar, mas seu corpo cedeu e não cumpriu o comando, não coloquei força o suficiente para ter quebrado suas costelas,mas certamente foi o suficiente para deixá-lo com uma dor incapacitante e sem ar, vai ser por enquanto.
Caminhei em sua direção mantendo minha expressão o mais neutra possível,não importa o que sinto ou o que tivemos, não posso poupá-lo.
Finalmente conseguir o que quería meu objetivo foi alcançado,as defesas do império solariano caíram, quase toda a família real e seus apoiadores estavam mortos, seus aliados os abandonaram, o império era nosso. Anos de preparo e planejamento foram recompensados e agora todo o que faltava para terminar essa etapa do plano era eliminar até o último herdeiro da linhagem imperial.
-Seu desgraçado…você…realmente era…um deles.- ele puxou longas lufadas de ar buscando fôlego para colocar as palavras para fora. Ele não se incomodou em me olhar nos olhos quando eu parei em sua frente.
-Sinto muito pequeno príncipe, mas eu nunca disse que era seu aliado, apenas que ficaria do seu lado.
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arquivista2 · 10 months
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this is another story, im posting it directly by the sideblog
edit: i think i forgot the CW? anyway
CW: blood & gore, weird smells, cops, intrusive thoughts, implied mass shooting
SUBMETA-SE OU MORRA
(Parte 1: Cena do crime)
"⁠𝘕𝘢̃𝘰 𝘪𝘮𝘱𝘰𝘳𝘵𝘢 𝘰 𝘲𝘶𝘢̃𝘰 𝘦𝘴𝘱𝘦𝘳𝘢𝘥𝘰, 𝘢 𝘮𝘰𝘳𝘵𝘦 𝘦́ 𝘴𝘦𝘮𝘱𝘳𝘦 𝘢 𝘴𝘶𝘳𝘱𝘳𝘦𝘴𝘢 𝘧𝘪𝘯𝘢𝘭." - Robin Morgan
Em Londres, o Sol brilhava forte, levemente acima do horizonte; o céu mostrava uma cor cinzenta; os pássaros cantavam uma melodia repetitiva; os carros seguiam as ruas e avenidas rapidamente. Às sete da manhã do dia nove de março de dois mil e trinta e três, dois detetives aproximavam-se de mais uma cena do crime, dentro de um carro. Um deles ajustava seu tapa-olho, cobrindo uma ferida no lado esquerdo do rosto, enquanto outro dirigia o veículo, com seus dois olhos intactos e focados na estrada.
— Alguma ideia do porquê temos pouquíssima informação? — O caolho perguntou.
— Não tiveram coragem de entrar na cena do crime em si, imagino. — O outro respondeu, brevemente soltando uma das mãos do volante para coçar seus cabelos ruivos.
— Pensei o mesmo, mas achei que estava errado.
— Assim espero.
Chegando no local, os dois andaram até o perímetro demarcado por fita amarela, mas foram parados por um oficial uniformizado perguntando-os quem eram, e tiraram seus distintivos dos bolsos, identificando-se:
— Jason Cunningham, Detetive Inspetor. — O ruivo disse, com sua voz grossa e seca.
— Alexandre Bertrand, Detetive Inspetor. — O caolho seguiu, com seu leve sotaque estrangeiro e tom caloroso. — Você é?
— Jonathan Finch, Sargento. Podem passar. — O oficial tirou seu grande corpo do caminho.
Bertrand e Cunningham seguiram até o interior do pub em passos cautelosos e foram imediatamente recebidos pelos cheiros fortes de álcool, sangue e morte do local. Bertrand apertou seu nariz para fechar suas narinas e sussurrou:
— Aprecio a preservação da integridade da cena, mas isso é um exagero...
— Concordo. — Cunningham respondeu, tirando uma máscara descartável do bolso e vestindo-a.
— Pode me emprestar uma?
— Claro. — Ele tirou mais uma e entregou-a ao parceiro.
— Muito obrigado. — Bertrand pegou a máscara e vestiu-a.
Apropriadamente equipados, a dupla andou pelo pub, observando-o adequadamente. Apesar do cheiro ser parcialmente resolvido com aquelas máscaras, os corpos ainda traziam um aspecto nojento, claramente perfurados principalmente no rosto e no peito. Os dois detetives olharam-se e logo atribuíram suas funções em pensamento. Cunningham, com suas mãos nos bolsos, computava uma contagem silenciosa dos cadáveres, enquanto Bertrand procurava detalhes mais práticos, como pegadas.
— Trinta e nove. — Cunningham comentou.
— Você cuida da identificação. — Bertrand respondeu, já afastando-se do parceiro.
— Como sempre.
Cunningham aproximou-se de um deles, primeiro olhando para as suas feições. Seu rosto paralisou-se em uma expressão de terror, com suas bochechas marcadas com linhas vermelhas. Na sua testa, havia um único buraco de bala, sujo com sangue seco. "Entrou em pânico, chorou, depois o atirador finalizou-o", o detetive pensou. Ele então tirou uma carteira do bolso da vítima e olhou para a sua identificação, anotando os detalhes mentalmente. Mas logo um pensamento agarra a sua cabeça:
— Pegue o dinheiro. Ele parece ter bastante dinheiro. Pegue.
— Não. — Cunningham silenciou o pensamento em voz alta.
— O que foi, Jason? — Seu parceiro perguntou, do outro lado do pub.
— Nada. — Ele respondeu, seco. — Não se distraia.
Cunningham pôs a carteira de volta no bolso do dono e anotou os detalhes da sua identificação, dessa vez, em um pequeno caderno, com o auxílio de uma caneta completamente negra com a ponta dourada. Levantou-se, para então repetir o processo mais trinta e oito vezes.
Enquanto isso, Bertrand olhava para o chão, procurando quaisquer sinais que pudessem reconstituir o ocorrido. Os primeiros foram cápsulas de balas espalhadas no chão. Bertrand cuidadosamente agachou-se, pegou um pequeno saco à vácuo da sua bolsa, pôs o pequeno pedaço de metal dentro dele e fechou-o, analisando o objeto dentro.
— Hm... — murmurou a si mesmo. — Parece ser de uma pistola, ou algo parecido. Deve ser difícil matar trinta e nove pessoas com uma pistola...
Bertrand pôs aquela evidência na sua bolsa e levantou-se, continuando a analisar os sinais. Os próximos foram pegadas, feitas no sangue e de sangue. Haviam várias naquele local, mas um par destacava-se: botas, de tamanho trinta e nove, quarenta. Ele tirou uma foto daquelas pegadas com o seu celular e continuou sua análise.
Quando Cunningham terminou, ele olhou o relógio do seu pulso. Eram oito da manhã. Uma hora se passou, e tudo que ele fez até agora foi identificar corpos. Então, aproximou-se de Bertrand, cujo também havia terminado sua inspeção, e disse:
— Deveríamos questionar o oficial do lado de fora.
— Pensei nisso. — Seu parceiro respondeu. — Vamos.
Os dois detetives andaram até o exterior do pub, onde Jonathan Finch ainda protegia o perímetro como um cão de guarda. Finch, ao ver os dois, perguntou:
— Terminaram?
— Dentro do pub? — Bertrand perguntou, retoricamente. — Sim, terminamos, mas ainda precisamos fazer-lhe algumas perguntas.
— À vontade.
Cunningham segurava o seu caderno e sua caneta, encarando fixamente o oficial e Bertrand, o responsável pelo questionamento. Começou:
— Qual o horário da sua chegada?
— Às seis. — Finch respondeu, sério e firme. — Troquei de lugar com o meu colega que pernoitou.
— Quem seria seu colega?
— É Robert Emerson.
— Pode passar-me o contato dele?
— Sim, posso.
— Obrigado. — Bertrand anotou o número no seu celular e prosseguiu — Ele te contou algo sobre o caso?
— Muito pouco. Disse que chegou aqui às vinte, trinta minutos depois do massacre.
— Certo. É seguro afirmar que a data do crime foi aproximadamente às vinte e uma e meia do dia oito de março deste ano, então, não é?
— Sim.
— Tens acesso às câmeras de segurança?
— Não, na verdade não. — Finch coçou seus cabelos loiros. — O massacre aconteceu em um apagão.
— Conveniente... — Bertrand sussurrou um xingamento em sua língua materna e prosseguiu. — Há alguma testemunha na sua delegacia?
— Sim, uma mulher com uns vinte anos, uma tal de... — Deu uma pausa, mas logo suspirou em frustração. — Não lembro o nome dela.
— Não lembra... Entendo. Acabamos o questionário por aqui, senhor Finch.
— Eu sou quem agradeço por ser de utilidade, senhor Bertrand. — Finch sorriu calorosamente, com as mãos atrás das costas.
— Jason?
— Sim, Alexandre? — Cunningham guardou o seu caderno no bolso, pondo as duas mãos dentro de cada um.
— Vamos. Devemos ir à delegacia deste distrito.
Bertrand e Cunningham andaram até o carro com pressa, logo sentando-se em seus assentos e partindo em direção à delegacia onde suas perguntas seriam respondidas.
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lostgoonie1980 · 2 years
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44. Black Sabbath: As Três Máscaras do Terror (I tre volti della paura, 1963), dir. Mario Bava
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liel-sumeragi · 7 years
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Black Sabbath - As Três Máscaras do Terror (1963)
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A lenda conta que Ozzy Osbourne e Tony Iommi andando pela cidade passaram por um cartaz publicitário que lhes chamou a atenção. O cartaz de Black Sabbath mostra Boris Karloff cavalgando alucinado com uma cabeça decepada nas mãos! Os dois pensaram: “- Se eles ganham dinheiro fazendo filmes que assustam as pessoas, nós ganharemos fazendo músicas que assustam as pessoas!” e mudaram o nome de sua banda de Earth para Black Sabbath.
O filme é uma coletânea de três contos. O primeiro “O Telefone”, conta a história de uma bela mulher que recebe ligações ameaçando-a de morte. Impossível não lembrar da cena inicial de Pânico (1996).
A história é filmada num único ambiente (o quarto) e lembra um pouco os episódios da série de TV Além da Imaginação.
O episódio tem alguns pontos polêmicos. Cenas de nudez que eram ousadas pra época e dá a entender que a relação de Rosy, a protagonista ameaçada de morte, e sua amiga Mary, que ela convida ao quarto por medo de ficar sozinha, vai além da simples amizade.
No segundo conto “O Wordulak”, uma família tem o patriarca transformado numa criatura sedenta pelo sangue daqueles que amou em vida.
É o conto mais longo dos três e tem como protagonista um dos grandes nomes do Terror: Boris Karloff. É também Boris que faz no começo do filme uma introdução (ao estilo das que Hitchcock fazia na sua série de TV) conversando com o público.
A história desse segundo conto tem todos os elementos e características que fazem lembrar o estilo dos filmes de terror do estúdio Hammer! A floresta com árvores fantasmagóricas, a constante neblina sinistra, uivos de cães e ruínas ameaçadoras.
O terceiro e último episódio (que seria na minha opinião o mais assustador se não fosse a morta ter um aspecto tão falso de boneca de plástico!) chama-se “A gota d’água” e explora com sucesso o efeito perturbador que esses ruídos aparentemente inofensivos das gotas caindo podem causar sobre o psicológico da protagonista, uma enfermeira que está assombrada pela culpa (ok. Não só pela culpa...) após ter roubado um anel valioso da mão do cadáver de uma velha enquanto preparava o corpo para o funeral!
Black Sabbath faz parte dos primórdios do que se tornaria um gênero: o Giallo Italino. Giallo é “amarelo” em referência aos livros de suspense e terror muito populares na Itália que tinham como característica capas amarelas.
Algumas outras curiosidades sobre o filme:
- A segunda história é uma adaptação de um conto de Aleksei Tolstói, primo do nosso conhecido Leon Tolstói.
- A versão americana modificou bastante o filme tendo inclusive um final diferente (mais sobrenatural) para o conto “O Telefone”
- O título original italiano I Tre Volti de La Paura
Onde baixar: http://terrortorrent.blogspot.com.br/2017/11/black-sabbath-as-tres-mascaras-do.html
Onde comprar: http://www.dvdversatil.com.br/black-sabbath-as-tres-mascaras-do-terror/
Porque comprar: Os DVDs da Versátil são incríveis! Esse vem com mais dois filmes do Mario Bava : OS HORRORES DO CASTELO DE NUREMBERG e OS VAMPIROS. Vem também com a raríssima versão americana alterada. E extras como trailer e entrevista com Bava. Está imperdível.
Outras indicações de compra: http://www.dvdversatil.com.br/a-arte-de-mario-bava/ (A arte de Mario Bava) e http://www.dvdversatil.com.br/giallo/ (Giallo – vol.01)
*obs: Queria muito... mas a Versátil não me patrocina ok... é só porque gosto dos produtos deles mesmo...
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lonelykiwiclub · 3 years
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[TUTORIAL] Fazer capa com gif é fácil, você só não sabe disso ainda
lembrando que esse tutorial não é sobre como fazer o próprio gif ou como fazer eles ficarem em png, é apenas para mostrar que fazer capa com gif é fácil sim! e você não precisa ter medo de receber pedidos que exigem dos gifs. diga adeus aos quadros de animação!
vou levar em consideração que você já tenha um gif em mente para usar, e a única coisa que precisa é adicionar ele na capa. mas a preguiça de mexer nos quadros de animação te dá asno e é por isso que não quer fazer (e eu te entendo).
para quem ver esse tutorial, recomendo fazer pelo menos duas vezes para testar e ver se concorda comigo. porque vendo de longe pode até parecer complicado, só que não é, é justamente o contrário. meu objetivo é deixar o trabalho de capas com gif mil vezes mais fácil. eu coloquei algumas coisas que talvez podem acontecer e já aconteceu comigo, só que é bem tranquilo assim que você entender que as coisas não estão ali para complicar, apenas facilitar o manuseio de um gif.
esse tutorial não cancela outros tutorais com o mesmo objetivo: ensinar como fazer capas com gif, apenas quis mostrar uma alternativa que conheço há anos e nunca vi ninguém comentar, mas que é simplesmente perfeita e quebra um galho imenso.
ETAPA 1: O GIF
passo 1: abra o seu gif no ps (aquivo > abrir > e escolha o seu arquivo)
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então vai aparecer algo assim. os quadros de animação em vídeo tão ali. se você quiser mudar o tempo do gif, faça isso agora! senão terá que desfazer todas as ações e fazer o processo até chegar no final depois.
continuando dessa parte, vamos ao passo 2
passo 2: convertendo os seus quadros de animação para linha do tempo em vídeo
antes do print, queria ressaltar que isso não transformará a sua capa posteriormente em vídeo, até porque, o photoshop não tem a opção de salvar em .mp4
clique nesta opção (três riscos):
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e em seguida (converter em linha do tempo de vídeo):
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na linha do tempo, as suas camadas de vídeo vão ficar assim:
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por enquanto, isso não significa nada além de quem deixaram de ser quadros de animação e tudo se transformou na linha do tempo em vídeo. por isso, vamos ao passo 3.
passo 3: transformando suas camadas em objeto inteligente
esse passo é o mais fácil de todos, a única coisa que você precisa fazer é abrir a aba de camadas:
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selecione todas as camadas (caso você não souber fazer isso de uma maneira rápida, é simples: selecione a primeira, role o scroll até a última, aperte o shift e selecione a última camada), aperta com o botão direito em cima delas e converta em objeto inteligente.
vai ficar assim:
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no lado esquerdo tem um botão de play, se você apertar nele, vai ver que o gif ainda está funcionando, ou seja, as camadas não foram mescladas (e você precisa tomar cuidado com isso).
essa etapa acabou, agora vamos para o terror dos capistas.
ETAPA 2: COLOCANDO O GIF NA SUA CAPA
passo 1: jogue o seu gif convertido em objeto inteligente na capa (ela pode estar pronta ou não) como se você estivesse colocando um psd em um icon.
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agora eu vou te contar um segredo: ESQUEÇA QUE É UM GIF, FINGE QUE É UMA TEXTURA NORMAL POR ORA E FAÇA O QUE BEM ENTENDER! JOGA PRA BAIXO PRA CIMA PRO LADO MESCLA COM QUALQUER OUTRO ELEMENTO DA CAPA SE QUISER (só não dá pra apagar nada nele porque é um objeto inteligente, e na tentativa, você vai acabar rasterizando ele e ele vai parar de ser executável).
sabe por que você pode fazer o que bem entender com o gif? porque ele não está em quadros de animação!
passo 2: por enquanto, se divirta.
joguei o meu gif pra onde eu queria que ele estivesse e usei a opção de mesclagem divisão, ficou assim:
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se o seu gif tiver cor, você pode usar o efeito matiz para alterar a cor dele e criar uma máscara de corte pra esse efeito só afetar o gif.
mas aí você me diz, ketlin, eu to me coçando pra apertar criar linha do tempo em vídeo ali embaixo. sabe o que eu vou te responder e te indicar? só faça isso quando tiver a capa finalizada, porque você como iniciante, vai acabar se perdendo numas coisas e se esquecer de outras.
ok, vamos apertar o botão criar linha do tempo em vídeo
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vocês vão ter essa imagem assim que selecionar ele:
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para quem nunca viu algo assim, vai ficar meio perdido, mas vou explicar o que são as coisas que você, capista, vai se deparar.
ETAPA 3: ARRUMANDO A LINHA DO TEMPO E FINALIZANDO A CAPA (E EXPLICAÇÕES)
queria explicar algo rapidamente agora: se você ainda quiser continuar editando a sua capa, você pode! eu aconselho apenas fazer isso depois da capa estar finalizada por causa dos meus três amiguinhos aqui, eu não sei o nome deles, mas sei para o que servem:
passo 1: entendendo para que servem os tico e teco
na sua linha de tempo, esses dois bichinhos são seus amigos, o primeiro indica onde a sua capa vai começar e o segundo onde ela vai terminar.
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eles em si, não são um problema. a mão nervosa da gente que é. então é claro, se você ainda estiver editando a capa, der play dela pra ver como ela tá com o gif se mexendo e pausar no meio, esse carinha aqui vai te dar dor de cabeça:
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vamos fingir que estamos no youtube e tratar ele como a bolinha de vídeo que indica onde certa parte do vídeo tá. se você colocar qualquer coisa nas suas camadas e esse negocinho estiver em qualquer outra parte da sua linha do tempo e não no começo, a sua imagem ou textura, só vai iniciar depois da linha vermelha. aí vc vai ter que ficar puxando tudo de volta pro começo (não é um grande trabalho, mas pra quem tá começando vai dar um bug louco), se mesmo assim você der play no vídeo pra ver como tá, é só puxar ele de volta pro começo assim que terminou pra não ter que fazer depois.
dado essa parte como entendida, vamos continuar.
passo 2: continuando
você vai procurar o seu gif agora, normalmente ele é menos que as outras camadas, então, lembra dos tico e teco? o tico precisa estar no começo do gif e o teco no final dele, assim:
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NÃO TEM PROBLEMA SE AS OUTRAS CAMADAS ESTIVEREM MAIORES. o importante é o tico e o teco estar do tamanho do gif e as outras camadas dentro deles, pode ser do tamanho exato ou maiores MAS NUNCA MENORES, porque vai acontecer de um monte de coisa piscando e aparecendo do nada na sua capa quando vc salvar pq vc disse pro ps que quer que tal camada só apareça em tal parte, igual em um vídeo.
EXEMPLOS DAQUILO QUE VOCÊ NÃO PODE DEIXAR SE TIVER:
deixar a linha correr, esquecer que pausou ela em um lugar aleatório e continuar editando mesmo assim
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mas se isso acontecer, você seleciona as camadas que estão para frente e coloca para o começo, assim:
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DEIXAR AS CAMADAS DA LINHA DE TEMPO MENORES QUE A DISTÂNCIA ENTRE OS TICO E TECO, inclusive isso encaixa com a mesma linha de pensamento de cima, só que ao invés de estar afastado do começo, esse é afastado do fim.
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dessa vez, você vai passar o mouse em cima do fim dessa camada na linha de tempo e vai aparecer um símbolo que infelizmente não aparece no print, mas que te permite alongar ele
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assim, então você faz um por um, até ficar assim:
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ketlin, o que são esses negócios verdes/azul entre o tico e o teco? não sei explicar, só sei que significa que o negócio vermelho vai passar mais fácil por eles. se você deixar correr, vai ficar com a cor entre eles por completo, do começo ao fim.
ETAPA 4: FINALIZANDO A CAPA
você arrumou tudo, certo? acabou a capa? então tá na hora de finalizar! faça agora a mesma coisa que está escrito no passo 3 da etapa 1 que é converter a capa em objeto inteligente.
se quiser colocar nitidez na sua capa, você pode! só selecionar o objeto inteligente, apertar na action de nitidez que você tiver (ou usar filtro > nitidez > aplicação inteligente de nitidez, ou talvez filtro > nitidez > tornar nítido). se você estiver usando action de nitidez de terceiros, CUIDADO! muitas vezes essas actions mesclam as camadas no final, então elas vão tirar a funcionalidade do gif. o que recomendo a fazer nesse caso é dar ctrl + z até que deixe de estar mesclado. de resto, tu só precisa executar qualquer action apenas uma vez que a capa pegou nitidez no gif inteiro.
CUIDADO em qualquer ação que mescle a capa e tire o formato dela como objeto inteligente. e fazer efeito 3d é tranquilíssimo, é só fazer igual fosse uma capa normal, sem gif, vai pegar da mesma forma.
salvando: predefinições para gif na hora de salvar
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por que eu acho essa forma mais fácil? pelo simples fato de que posso tratar o gif como uma imagem normal na maior parte do tempo assim que transformei ele em objeto inteligente. sei que vocês podem olhar para isso e achar que estou fazendo da pior forma possível, mas é que algumas funcionalidades que apresentei são novas para muitas pessoas e eu decidi explicar cada uma delas, por isso esse tutorial ficou enorme. desculpa se não expliquei muito bem algumas coisas, tentei dar o meu máximo.
eu estou aberta a todas as dúvidas que tiverem, felizmente conheço um pouco bem a ferramenta então é bem provável que eu saiba responder. me mandem por chat ou ask, por resposta ao post eu não vou responder, não consigo responder usando essa conta.
resultado final:
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queenhuntsman · 3 years
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A quinta noite consecutiva não tinha se mostrado diferente das anteriores. O mesmo sono o pegando de jeito, empurrando bem fundo nas profundezas e o soterrando de memórias. Figuras obscurecidas e gritos de terror nos bosques. Uivos tão altos que estourariam os tímpanos de alguém não preparado. Adonis não era um deles, protegido dos pés a cabeça ele caçava a matilha. O arco em mãos tenso, esticado, disparando flechas que quase acertavam o alvo em cheio. E quando o grande lobo - loba - ficava na mira, os olhos abriam e ele acordava coberto de suor. 《 ━━ Por que não se isola logo no manicômio, Erik? 》  A imagem no espelho não respondeu, o rosto naquela máscara insatisfeita eterna. Não podia continuar daquele jeito, acometido pela vida passada e conflitando com a atual. Precisava de três garrafas de cerveja e muitas outras doses de whisky. Adonis na escuta. O dever chamava e a distração não poderia ser menos bem-vinda. Quando chegou ao local ele entendeu. As chamas apagadas pelo corpo de bombeiros, o lugar carbonizado em alguns cantos, o portal para Wonderland oculto pelas folhagens destruídas.  《 ━━ Com licença, srta @krmzi​. Viu alguma coisa suspeita? 》
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cronicasthay · 3 years
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Paranoia, mistificação ou realidade?
Escrito em 19/12/2018 - jornal acidade
Que a Arte ajuda a nos desenvolver em vários níveis já é fato, porém ainda ela é vista como forma de recreação e aplicada em certos níveis terapêuticos através de suas vertentes, como pintura, escultura, artesanato, etc. O que sempre lutarei é para que a Arte seja vista como uma área do conhecimento e devidamente reconhecida como uma ferramenta na melhora da saúde mental através de sua história – A História da Arte, com o exemplo dos grandes artistas que deixaram um legado não só de pinturas, mas de comportamento e expressão humana. O que vemos nas pinturas não são apenas tinta, forma, linhas e contrastes de luz, são sentimentos, expressões conscientes e/ou inconscientes que se bem amparadas e estudadas, são relevantes e ótimas ferramentas de autoconhecimento e efeito terapêutico. Falarei um pouco de Edvard Munch, expoente do expressionismo alemão. Talvez por nome você não se lembre de quem estamos conversando, mas olhando a imagem ao lado, certamente você já viu essa pintura em vários lugares, seja na tv, livros, filmes, etc. Esta obra chama-se “O Grito”, de alta expressão e singularidade. Remete-nos a angustia, pânico, conflito e medo. Esta pintura seria o retrato do próprio artista. Na ocasião ele estaria na colina de Ekeberg, de onde se via toda a cidade, com alguns amigos – as figuras de fundo da imagem, quando sofreu um ataque de pânico. Edvard é o segundo dos cinco filhos, filho de um médico e que perderá sua mãe muito cedo de tuberculose, doença que matou sua irmã mais velha, tendo na época quinze anos. Outra irmã foi diagnosticada com uma doença mental. O próprio artista teve uma vida doente ao longo da vida e enfrentava problemas de alcoolismo. Este histórico familiar provavelmente está relacionado às pinturas expressivas e de pura aflição, - a imagem, comunicação universal dos sentimentos. Edvard se dedica muito a pintar retratos, e esteve muito além de sua época.  Já tirava fotos estilo “selfie” e usava como um mecanismo de estudo em suas obras. Nesta obra, por exemplo, de “O Grito”, Munch tinha já feito outras versões dela, inclusive em xilogravura, até ser pintada a óleo. Esta obra tem uma importância enorme na História da Arte pela nova proposta estética e significativa que ele trouxe para a época. Ela é comparada a Mona Lisa de Da Vinci e já foi usada em revistas, desenhos, e foi à inspiração na criação da máscara do Pânico, filme de suspense/terror bem conhecido por todos.  Nesta obra, em sua biografia Munch diz ter olhado para o céu numa tarde quente e notado um clima pesado e no mesmo momento teve a sensação de estar cansado, doente, lhe causando certo pânico. Ele diz ter percebido “o grito da natureza”, que na verdade foi o titulo original dado à obra.  Conhecendo um pouco sobre esse artista e esta obra tão importante, notamos um dos efeitos da Arte – a mistificação, a criatividade e as histórias que criamos ao observarmos uma obra de arte. Durante a vida sentimos paranoia (palavra de origem grega, significando turvamento da razão, loucura, ou dentro da psiquiatria que se refere a delírio sistematizado, resumindo brutamente: certezas sem fundamentos, imaginadas). Sofremos ao longo dos dias de pânico, incertezas, cansaços e sofremos com a mistificação (entenda-se por ato ou efeito de enganar alguém, de induzi-lo a crer em uma mentira) das mídias, pessoas e até por nós mesmos. O que não conseguimos por vezes é identificar cada sentimento e dar vazão a eles. O que nos difere desses artistas é a forma de expressar. Edvard conseguiu na pintura expor seus sentimentos, suas angustias, a questão da morte, o que para a Arte, suas obras não são apenas “pinturas”, e sim um conjunto de significados que são no final considerado Arte. Portanto a pergunta do titulo deste texto sugere que escolhemos uma das três palavras para atribuirmos, de certa forma, a arte e a nossa vida. Concluímos que a Paranoia e mistificação fazem parte da nossa realidade. Quais são as suas paranoias, o que mistifica em sua vida e o que considera realidade?
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gmwdness · 3 years
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⠀⠀⠀⠀⠀Porra.
⠀⠀⠀⠀⠀Disponho a língua pela carne dos lábios vagarosamente, limpando a porção de sangue vívido. “Nós poderíamos simplesmente fazê-lo engolir o próprio…” Madness soa pela mente, mas contenho o ímpeto a medida que concentro-me no homem diante de nós. Com uma metralhadora .50 ele mantém-se protegido em uma das pilastras do prédio, devidamente encapuzado e impedindo o alcance do grupo de civis que urram aterrorizados. Há duas mulheres, um garotinho e um casal de senhores, todos encolhidos entre os escombros e as ondas psíquicas caóticas demonstram seus estados mentais. O medo os cerca, lançando-os ao desgaste da situação, mas através da manipulação de suas emoções os oriento a inércia. Presos aos sonhos, se distanciam da realidade. O homem, o terrorista, no entanto, não reage, o seu rastro psíquico não carrega nada além de uma profunda apatia. Mesmo após ferir quatro policiais e haver um corte profundo em seu tórax. Ainda na segurança da cobertura, direciono a atenção à sua silhueta e conforme o apanho, por meio de brechas mentais, um fluxo de ira preenche meu corpo. O músculo palpita agressivamente e ainda que saiba que é o seu conteúdo, Madness grunhi para que saíamos logo, os contornos sádicos seriam fortes o suficiente para nos ferir. Conquanto, enquanto me aproximo fisicamente dele, afastando-me da zona de segurança em meio às ordens dos polícias para que retorne, algo nos prende a si. Dor.
⠀⠀⠀⠀⠀Em sua forma nua, o homem se despe e revela o sentimento primordial, pelo qual construiu a estrutura egóica de defesa. “Wow, que surpresa o psicopata ter tido uma infância ruim. Muito original.” Mad menciona enquanto caminha por sua mente, a procura de referenciais. “Pode ser outra coisa.” Digo em resposta, mas os resquícios de trauma remontam aos primeiros anos… ou até meses. “Digo que não, CrazyG.” Ela tem razão, há detectores anteriores a primeira infância e estão tão profundamente enterrados que… Porra, Madness ensurdece-me. Uma dor, dessa vez sob meu ombro, rompe com a ligação e conforme a substância vívida percorre o uniforme percebo que o homem está se preparando para atirar outra vez. Direciono o olhar para meu em torno e buscando por proteção, corro para a parede em ruínas em segundos, mas conforme o faço a metralhadora me segue ferozmente. Minha costas vão contra a porção e pouso a palma no ferimento, o músculo pulsa pela ruptura conforme meus dedos esguios invadem o corte em busca da bala. Gemo pelo desconforto, mas com elas em mãos, controlo a respiração ofegante. Um. Dois. Três. Na própria escuridão, retomo a investida mental e dessa vez com mais facilidade, encontro o inconsciente do homem. Ele reluta, mas seus demônios não poderiam prever os meus monstros. Eles, os rondando, sustentam as alucinações e conforme decai a camada de poeira do chão, abandono a proteção outra vez. As formas obscuras estão por cima de sua silhueta e usam de feições conhecidas para o violentar, uma criação feita por si e que não suspeitaria ser. Aproximo-me, gemendo à medida que obrigo os músculos exaustos a funcionarem, para observar o rosto por detrás da máscara e quando a retiro, o emaranhado louro é contemplado. Beira os vinte e poucos anos, mas as cicatrizes roubam sua jovialidade e denotam uma expressão assolada pelo terror. “Huh, ele é quente.” Madness diz e eu a ignoro. Sustentamos as alucinações por mais alguns minutos, precisos para que os policiais possam se aproximar e algemá-lo. Conquanto, quando ele é posto no container de contenção algo em sua mente me chama e com Madness veementemente contra, sigo o rastro. Dessa vez é pesar, mas um pesar distinto que não consigo compreender totalmente. Eles o levam quando nego ir ao hospital, caminhando em direção às vítimas e rondada pelos braços frágeis da senhora.
⠀⠀⠀⠀⠀— Querida, você é um anjo. Deus a mandou para nos salvar daquele lunático! A mocinha gosta de bolo? — A mulher com superficiais cortes na face diz, sem sequer se preocupar em respirar. O homem ao seu lado, em silêncio, apenas a observa e por ele um fluxo de alívio e felicidade preenche minha mente. Ele morreria para salvá-la. “Brega.” Mad diz. A interrompo com um sinal e sua expressão de dúvida é desfeita quando aponto para a palma rugosa. — Por que, por céus, você não fala, criança? — “Talvez por retratação ao seu pobre marido que lhe aguenta?” Irritada, Mad responde. Mas, sem realmente o fazer, apenas me concentro no toque e na limpeza, transferindo suas emoções para mim. Em seguida, faço com seu marido, as mulheres e com a criança, mais cuidadosamente. Sem rondar as estruturas primárias.
⠀⠀⠀⠀⠀Após discutir com o tenente sobre minha postura, que segundo ele fora inconsequente e suicida, e quase desmaiar por conta do ferimento, sou obrigada a ir ao hospital — mesmo argumentando que meu apartamento e o kit médico que comprei online seriam o suficiente. Por fim, lançada a uma cama e com Madness adormecida, pouso a atenção sob a Tv e após uma série de notícias incrivelmente insignificantes — meteoros, sério? —, uma chama-me atenção. A velha discussão acerca da participação ou não dos heróis na segurança pública, como se essa fosse a principal questão. No entanto, a alta porcentagem me preocupa, essencialmente por ser um fator de risco levando em consideração os movimentos higienistas no Senado. O medo os aterroriza. Então, os esforços em controlar heróis é apenas o começo. Devo conversar sobre com o prefeito, insistir na criação de um Estatuto dos Heróis, penso. No entanto, tal divagação é interrompida pelo próxima trecho da matéria. “Na semana passada, um grupo de turistas foram assaltados e agredidos por um menor infrator, o mesmo usava manipulação de água para atingir seus alvos...” Suspiro, pesadamente. O que estamos fazendo? Questiono. Fazemos a mínima mudança? Ou apenas fechamos os olhos para os monstros que criamos? Mordo a carne dos lábios, presa a questão. Talvez se eu souber seu nome... posso distanciá-lo. No entanto, antes que pudesse saber mais sobre o caso, o meu rosto é mantido pelo visor e o discurso da âncora rouba-me um riso cômico.
⠀⠀⠀⠀⠀— Simmons, Madness no último mês atuou sozinha, o quê... duas ou três vezes? Acha que a família de heróis está com questões de relacionamento e nossa adorável Grace Lithinum está percorrendo os próprios passos como heroína? — Bufo.
⠀⠀⠀⠀⠀— Sem sombras de dúvidas, Tracy. Há fontes confiáveis que apontam uma certa dissonância entre os pais e filhos. E possivelmente Grace é a primeira a se afastar do legado. Mas, não podemos esquecer, nossa pequena heroína que salvou 5 pessoas hoje é a mesma que em 2012 quase... — Madness apanha o controle e desliga o eletrônico. “Quanto blá, blá. Hey, estou com fome! ” Diz e pela meia hora seguinte eu e Mad discutimos o que escolher. Mesmo que soubesse que por fim, seus esforços em nós manter na dieta com a pobre salada sobressaíram ao meu anseio por um hambúrguer vegetariano.
⠀⠀⠀⠀⠀Quando saímos do hospital, inúmeros fotógrafos dispõem suas câmeras em nossos rostos violentamente, sedentos por uma primeira página, e pelo mínimo espaço entre a massa corpórea, Mad e eu alcançamos o Mustang. Perguntam sobre mamãe, papai e Chance, alegando que eu estou os abandonando. Cravo os dentes e as palmas afundam no volante, cogitando atropelá-los pela próxima frase sensacionalista. Eles urram e não poupam os pulmões ao gritar nossos nomes, mesmo que minha expressão permaneça distante e os abandone assim que o automóvel parte na direção oposta. Pelo retrovisor, contemplo suas feições frustradas e com um curvar, sigo o caminho. O som que sai do rádio cobre-nos e pela brisa amena de LA, minha mente divaga distante de Madness. Com o aumento da criminalidade, disputas políticas e a crescente descrença nos heróis, em mim... Solto o ar pelos dentes, a respiração pesada acompanha a palma sobre as pálpebras cansadas. Eles não nos querem. E não posso afirmar se precisam de nós. Contemplo a cidade erguer-se, a medida que o automóvel a atravessa, e observo a massa corpórea se mover livremente. Condenamos a liberdade, sussurro para mim. Quando é possível visualizar a residência, desligo o motor do Mustang e permaneço por seguidos minutos em silêncio. “Grace?” Mad chama. “Você sabe que não somos como eles. Esperar que nos compreendam é como estender um de nossos pesadelos para quando se está acordada. Talvez devesse apenas aceitar isso.” Ouço-a e suas palavras ecoam repetidamente, cercando-me sem que pudesse fugir delas. Ela tem razão. Abandono o automóvel e caminhando para a residência, antecipando as emoções de mamãe e papai por uma rápida leitura, afundo o indicador na campainha. Nos segundos em que aguardo, os pés permanecem inquietos e no que antecede a abertura, pergunto-me se meus próprios passos como heroína estão fadados ao fracasso.
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diariodoapocalipse · 3 years
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1 - A Era do Terror
Dizem que foi o David Rockfeller quem cunhou a frase: “não se deve desperdiçar uma boa crise”. Não sei se foi ele, mas não desperdiçaram. O Corona vírus pariu a restrição das liberdades individuais.
Dizem também que é uma conspiração, e é mesmo. A verdade é que nunca existiu uma conspiração sequer, desde que existe o homem sobre a face da terra, que não tenha sido inspirada pelo diabo. Conspirações nascem no inferno, é o que afirma Efésios 6. E entre tantas que deram errado, esta é uma que deu certo, de maneira que pessoas rotuladas de conspiradores, como Bill Gates, ou Antony Fauci, ou Tedros Adhanom, entre outros, as caras aparentes desta crise, são apenas coadjuvantes do senhor a quem servem.
O Corona vírus é outro 11 de Setembro. Mais restrições à liberdade, proibição perpétua de ajuntamentos, distanciamento social, passaporte imunológico, suspenção de direitos individuais, entre outras mazelas que vieram para ficar. Depois desta primeira haverá outra onda, e depois outra, e depois outro vírus. É o setup de uma nova ordem global, aquela descrita com precisão em Apocalipse 13.
Apocalipse 13 é o ponto em que nós, a igreja, concordamos sobre o futuro. Concordamos que em breve haverá uma governança única no mundo (poder sobre toda a tribo, e língua, e nação); que este governo será aceito e bem-visto pela imensa maioria das pessoas (adoraram-no todos os que habitam sobre a terra); que virá a perseguição sobre a igreja fiel a Cristo (foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los); que será respaldado por uma espécie de religião universal (dizendo aos que habitam na terra que fizessem uma imagem à besta); que esta religião terá autoridade legal para perseguir os que pensam de maneira diferente (fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta); e, por fim, concordamos que determinará os padrões aceitáveis de convívio social subserviente (para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal).
De fato, já vimos isto no passado, quando houve a inquisição, ou o nazismo, ou a revolução bolchevique, ou qualquer outro governo absolutista no mundo, e de maneira semelhante ao que acontece no presente, estes regimes se impuseram através do terror. Funcionou no passado e está funcionando hoje, tal e qual, através da passividade da maioria silenciosa. Lembro-me de uma frase de um documentário que questionava como um povo que legou ao mundo homens como Lutero, Goethe, Beethoven, e Einstein, fez parir o nazismo? A resposta é a mesma: através do terror.
Mas como, partindo do tipo de sociedade que temos hoje, chegaremos à sociedade descrita em Apocalipse 13? A resposta é sempre a mesma: através do terror.
No momento, importa implantar o terror como ferramenta de dominação. Daí a efervescência no mundo político. Quem se impuser agora acredita que fará parte da governança que se materializa. Vivemos o momento em que implantam o “terror da saúde” como um instrumento para governar aquilo que os teóricos chamam de “piores cenários”.
O que são estes “piores cenários”? É o que virá depois que o Covid 19 atingir seus objetivos. É o reset do sistema financeiro. Nada a ver com os milhões de mortes causadas pela quarentena, suicídios de gente que ficou na miséria, desemprego estrutural (aquele posto de trabalho que nunca mais vai existir), violência sem precedentes, crianças empurradas para a prostituição, destruição de famílias, desestabilização de governos, fome, e cerca de 300 milhões de pessoas empurradas para abaixo da linha da pobreza já em 2020, segundo o Banco Mundial. Nada disto. “Piores cenários” se refere ao que vem depois disto, o reset da economia global.
Existe uma teoria secular, não religiosa, que explica o porquê da imposição disto que acontece diante de nossos olhos. A teoria em questão é descrita com precisão no artigo reproduzido abaixo de autoria de Giorgio Agamben, que por sua vez cita a obra “Tempêtes microbiennes” (Tempestades microbianas) de Patrick Zylberman, escrito em 2013. Leia com atenção e, se possível, desprovido de defesa.
Biosegurança e Política (Giorgio Agamben)
(Giorgio Agamben (Roma, 22 de abril de 1942) é um filósofo italiano, autor de obras que percorrem temas que vão da estética à política.) Wikipedia
Tradução do blog de Giorgio Agamben, 11 de Maio de 2020. O original está aqui.
O que chama a atenção nas reações aos aparelhos de exceção que foram implementados em nosso país (Itália – e não apenas neste) é a incapacidade de observá-los além do contexto imediato em que eles parecem operar. Raros são aqueles que tentam interpretá-los como sintomas e sinais de um experimento mais amplo – como qualquer análise política séria exigiria – em que o que está em jogo é um novo paradigma para o governo dos homens e das coisas.
Já em um livro publicado há sete anos, que agora vale a pena reler com cuidado (Tempêtes microbiennes – Tempestades microbianas, Gallimard 2013), Patrick Zylberman descreveu o processo pelo qual a segurança da saúde, até então à margem dos cálculos políticos, estava se tornando uma parte essencial das estratégias políticas nacionais e internacionais.
O que está em questão é nada menos do que a criação de uma espécie de “terror da saúde” como um instrumento para governar o que é chamado de “piores cenários”.
É de acordo com essa lógica das piores coisas que já em 2005 a Organização Mundial da Saúde anunciou “2 a 150 milhões de mortes por gripe aviária se aproximando”, sugerindo uma estratégia política que os estados ainda não estavam prontos para aceitar na época.
Zylberman mostra que o aparato sugerido foi articulado em três pontos:
1) a construção, com base em um possível risco, de um cenário fictício no qual os dados são apresentados de forma a promover comportamentos que permitam governar uma situação extrema ;
2) a adoção da lógica dos piores como regime de racionalidade política;
3) a organização total do corpo de cidadãos de maneira a fortalecer a máxima adesão às instituições do governo, produzindo uma espécie de boa cidadania superlativa, na qual as obrigações impostas são apresentadas como evidência de altruísmo e o cidadão não tem mais direito à saúde ( segurança da saúde), mas torna-se juridicamente obrigado à saúde (biossegurança).
O que Zylberman descreveu em 2013 foi agora devidamente confirmado.
É evidente que, além da situação de emergência, ligada a um determinado vírus que poderá no futuro ser substituído por outro, está em questão o desenho de um paradigma de governança cuja eficácia excederá a de todas as formas de governo conhecidas até agora em outros países na história política do Ocidente.
Se já, no declínio progressivo das ideologias e crenças políticas, razões de segurança permitiram que os cidadãos aceitassem limitações de sua liberdade que anteriormente não estavam dispostas a aceitar, a biossegurança mostrou-se capaz de apresentar a cessação absoluta de toda atividade política e de todas as relações sociais na forma máxima de participação cívica.
Assim, foi possível perceber o paradoxo das organizações de esquerda, tradicionalmente no hábito de reivindicar direitos e denunciar violações da constituição, aceitando limitações à liberdade feitas por decreto ministerial desprovidas de qualquer base legal e que nem o fascismo pudesse sonhar que conseguiria impor.
É evidente – e as próprias autoridades governamentais não deixam de nos lembrar disso – que o chamado “distanciamento social” se tornará o modelo de política que nos espera, e que (como representantes de uma chamada “força-tarefa” anunciada, cujos membros estão em óbvio conflito de interesses com o papel que se espera que exerçam), aproveitarão as vantagens deste distanciamento social para substituir por aparatos tecnológicos digitais em todo lugar , a presença humana, que, como tal, torna-se suspeito de contágio (contágio político, seja entendido).
As aulas na universidade, como o MIUR (Ministério da Educação da Itália) já recomendou, ficarão estáveis ​​online a partir do próximo ano; você não se reconhecerá mais olhando para o seu rosto, que pode estar coberto com uma máscara, mas através de dispositivos digitais que reconhecem dados biológicos coletados compulsoriamente; e qualquer “multidão”, formada por razões políticas ou simplesmente por amizade, continuará sendo proibida.
O que está em questão é uma concepção completa dos destinos da sociedade humana a partir de uma perspectiva que, de várias maneiras, parece ter adotado a ideia apocalíptica do fim do mundo a partir de religiões que estão agora no seu por do sol.
Tendo substituído a política pela economia, agora, para garantir a governança, isso deve ser integrado ao novo paradigma da biossegurança, ao qual todas as outras exigências deverão ser sacrificadas.
É legítimo perguntar se essa sociedade ainda pode ser definida como humana ou se a perda de relações sensíveis, de face, de amizade e de amor pode ser realmente compensada por uma segurança de saúde abstrata e presumivelmente completamente fictícia.
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wangshurp · 3 years
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Nicolas Oliveira Song
@wgs_nich FACECLAIM: Taeyang. DATA DE NASCIMENTO E IDADE: 28 de setembro de 1997 / 24 anos (incompletos). NACIONALIDADE: Brasil. ETNIA: Coreano. GÊNERO: Masculino ORIENTAÇÃO SEXUAL: Bissexual. ATIVIDADE: Instrutor de dança no Club Med. LOCALIZAÇÃO: Downtown. TEMAS DE INTERESSE: Angst; Crack; Fluff; General; Romance; Smut. TRIGGERS: Jumpscare; Maus tratos aos animais; Terror.
PERSONALIDADE: Durante boa parte de sua infância, Nicolas demonstrava ser alguém bastante responsável, determinado e empático. Eram os três adjetivos que melhor descreviam o menino. Entretanto, após a perda de sua mãe e ter sido abandonado pelo pai, seu comportamento acabou sofrendo algumas consequências. Não que ele não tentasse manter o sorriso no rosto ou deixasse de ser o menino alegre que era, ele continuou sendo, porém, com uma certa dificuldade de manter a máscara. 
Apesar dos pesares, Nicolas retraiu um pouco suas emoções, mas manteve o seu lado energético, gentil, animado e extrovertido, então está sempre por aí procurando alguma diversão para distrair um pouco a cabeça e/ou para divertir alguém que está passando por um momento ruim, em geral, ele é aquele palhaço da turma — mesmo com o psicológico na merda. Entretanto, seu humor às vezes sofre uma variação, na mesma hora que ele está rindo, ele pode começar a sentir uma tristeza descomunal, sendo considerado emocionalmente instável. 
Além de ser bastante dinâmico, sua mente está sempre no mundo da lua, consequentemente, acaba se perdendo no que está acontecendo a sua volta, fora que há momentos em que Nicolas age por puro impulso e sequer analisa a possibilidade de esperar um momento oportuno para suas ações, isso sempre causa grandes prejuízos não apenas a si, como para outras pessoas, só percebe a merda que fez depois que acontece, que ele se arrepende e cria um sentimento de culpa. Para completar o combo, Nicolas consegue ser muito teimoso e possui um dom de implicar com os outros, acaba não acompanhando mentalmente a idade original; é como se sua mentalidade fosse de uma criança birrenta.
JUSTIFICATIVA: TW: Abandono familiar; TW: Menção a morte; TW: depressão; TW: Furto. 
Filho único de um renomado empresário e uma cantora famosa, Nicolas Oliveira-Song nasceu em São Paulo, no Brasil, onde seu pai conheceu sua mãe enquanto fazia uma viagem a negócios, acabou se encantando com o país tropical, casando e iniciando sua nova vida em território brasileiro, o que não demorou muito para o pequeno nascer e crescer até seus 8 anos em perfeita harmonia. Seu pai, antes dono de um grande conglomerado de restaurantes na Coreia do Sul, deixou todo o conforto para iniciar um novo negócio em terras desconhecidas, o que de fato deu certo até ter que decretar falência quando caiu em um golpe pela pessoa que imaginava ser seu maior aliado, seu irmão mais velho. Com o conforto de sua família em risco, o homem voltou a sua terra natal para obter ajuda de seu pai e foi obrigado a ficar no país para cuidar dos negócios familiares. Nicolas nunca teve muito interesse na cultura coreana, mas diante a distância, não viu outra escolha a não ser iniciar seus estudos em coreano, pois esperava que o pai voltasse para buscá-los, o que se passaram 4 anos com apenas telefonemas e promessas paternas, sua mãe acabou sofrendo um acidente o qual a levou no caminho do hospital. A partir dali, foi criado pela avó materna com o dinheiro que recebia do pai e a ajuda que dava na pequena mercearia que possuíam. 
Minsu e Clarisse eram pais incríveis, nunca deixaram faltar nada para Nicolas e sempre davam a devida atenção que uma criança merece dos pais para crescer saudável e feliz. Mas, após seu pai “abandoná-los” e logo em seguida sua mãe falecer, sua vida mudou completamente. Quase que em um piscar de olhos viu seu mundo inteiro de cabeça para baixo, estava sem seus pais e morando com sua avó. Seu pai sequer voltou para buscá-lo quando soube da fatídica notícia e foi difícil para o menino superar o ocorrido, já que era muito apegado à progenitora. Com o passar do tempo, o mestiço começou a pensar em uma coisa, como Song Minsu conseguia ser tão egoísta? Ele não era o único passando por um momento difícil, na verdade, não sabia se realmente os negócios de seu pai haviam entrado em falência, já que sempre recebeu uma mesada gorda, fora o que sua avó recebia para sustentá-lo. Mas, como ele pode deixar o único filho para trás? Ele não se importava mais com a mulher que ele dizia tanto amar? O garoto precisava de alguém ali ao seu lado, dizendo que as coisas iriam ficar tudo bem, não queria ser consolado por sua avó que também estava sofrendo com isso. 
Com tudo acontecendo muito rápido, a mudança em seu comportamento era notável para qualquer um. Sempre foi um menino muito alegre, comunicativo e amigo de todos. E apesar dos anos se passando, a dor em seu peito não diminuía da forma como gostaria. Ainda tentava manter o bom humor e o sorriso em seu rosto, mas era difícil demais para si, além disso, após 2 anos, sua avó também se foi e o menino, agora com 14 anos, se viu solitário e sem ninguém em sua vida, na verdade, até tinha uma tia, porém, ela não cuidava nem dos próprios filhos, quem dirá do filho de outra pessoa? Por algum milagre, ela aceitou deixar o menino viver com ela, em troca do dinheiro que seu pai enviava para sustentá-lo; era uma quantia razoável que faria qualquer um querer. 
Durante o tempo em que residiu com a família de sua tia, Nicolas descobriu que tinha mãos leves e rápidas demais. Se via sozinho no mundo, sem ninguém para lhe orientar — a mulher só havia dado um teto e alimento a ele — e foi aí que se meteu com coisas que nunca tinha imaginado que se meteria na vida. Disposto a aliviar o estresse, o sentimento de vazio em seu peito e o fato de se sentir cada dia mais morto, acabou desencadeando, principalmente, um desejo compulsivo por furtar. Seja lojas baratinhas ou até lojas caras e de marca, bem nos bairros nobres paulistanos. Eram pequenos furtos, mas a adrenalina de estar fazendo algo errado, pronto para ser descoberto o fazia se sentir vivo. Começou com isso quando tinha 16 anos, andava com algumas pessoas que denominavam como más influências, e é como dizem. O Song acabou se perdendo.
PRESENTE: O encontro com o pai somente aconteceu quando Nicolas terminou o ensino médio, pois ficou sabendo sobre os pequenos delitos que o único filho cometeu durante o final de sua estadia no Brasil. A única coisa boa disso, ou não, foi que o garoto voltou a ter a vida luxuosa que tinha quando mais novo e conseguiu entrar na universidade de Seoul para cursar dança. Quando o curso, após 4 anos de terapias para interromper o ciclo de roubos compulsivos, o Song ganhou uma viagem para Wangshu, mais como uma comemoração por ter terminado os estudos. O mestiço acabou gostando tanto de turistar pela ilha que acabou se mudando para Downton em abril e conseguiu um emprego como instrutor de dança no Club Med.
DESEJOS: O maior desejo de Nicolas, talvez, seja o reconhecimento de seu pai, desde que ele o abandonou, o mestiço se sentiu impotente, pois não possuía mais uma figura que pudesse apoiá-lo em suas decisões, tendo conhecimento que sua avó era uma pessoa bastante retrógrada e não apoiava uma de suas maiores metas que era ser um bailarino, com muito custo conseguiu que a senhora o matriculasse em aulas de jazz. Deseja também continuar com suas terapias, mesmo que seja difícil criar confiança em um profissional desconhecido para si. Futuramente quer abrir um estúdio de dança, mas dentre todos os seus anseios, todos envolvem se divertir e aproveitar o momento, já que o céu é o limite.
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caosemtextos · 4 years
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11/12/2020 - 00h45.
Eu tenho um transtorno alimentar. Admitir para mim mesma foi a parte mais difícil. Eu tentei fazer parte de um padrão cruel que não quer saber da sua saúde mental e muito menos quem és por dentro. Queria me encaixar, como se o meu corpo precisasse de aprovação pra ser do seu jeito, até parece que havia algo de errado comigo. Depois de tanto ouvir dos outros o ideal que eu deveria seguir, eu acreditei que ele era correto, e fiz dele uma verdade. Eu me machuquei tanto, fiz tão mal a mim mesma, perdi tantos momentos, deixei de construir tantas histórias. Não me achava suficiente, capaz, merecedora, nem digna. Só vivendo pra entender o quanto um distúrbio tem a capacidade de destruir com você, e o pior é que você é o seu distúrbio. Eu criei aversão as coisas mais simples, um momento de refeição era um verdadeiro terror. Lembro-me dos vários dias em que eu deitava, suspirava, chorava e me enchia com as mais variadas comidas, até passar mal, e ficava pensando no que me levou a ser daquele jeito. Eu não sabia as respostas, não entendia quando foi que fiquei cega daquele jeito. Crises atrás de crises, frustrações, compulsões, e compensações máscaras de exercício físico faziam parte da minha vida. A pior parte, definitivamente, era tudo o que eu tinha que ouvir das pessoas as minhas volta. Palavras são muito duras se ditas da forma errada, elas podem marcar do jeito errado.
Eu tenho um transtorno alimentar. Não há como se livrar dele, você só aprende a controlar. Não foi um, dois ou três meses, foram anos convivendo com tudo isso, um dia a gente aprende a lidar, uns mais rapidamente e outros não. Uma coisa eu digo, tem que partir da pessoa. Por muito tempo eu estive cega, depois veio a obsessão, e então o medo, a vergonha, a falta, a vontade de desistir, sempre muitas lágrimas, pra então eu conseguir começar a ver a luz. Precisei achar minha essência, e criar o meu próprio padrão, aquele que faz sentido dentro da minha realidade. Sim, eu tenho um transtorno, e todo dia é uma nova chance de fazer melhor, de ser melhor, de deixar ele no seu lugar. Mas ainda há resquícios, no medo de comer, na vontade de contar calorias, de usar roupas largas, quando me importo com um número ou quando me comparo com alguém. Ao longo de tanto tempo, e mesmo com ele, eu aprendi que eu mereço me alimentar, eu mereço usar uma roupa que eu goste sem me preocupar, eu mereço curtir momentos com quem eu amo, eu mereço apreciar uma boa sobremesa e eu mereço fazer um exercício que eu goste. Eu tenho um transtorno alimentar, mas eu também tenho uma vida, e eu mereço viver.
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escritordecontos · 4 years
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Gira, gira mundo.
CHOVEU fodeu. Não faz diferença. Tem previsão de ciclone, mas não tem vento. Será? O mundo está virado. Hoje sai de manhã antes das 10 h e fui ao meu trabalho, para um reuniãozinha, almocei e vim embora. No caminho resolvi passar no mercado comprar umas coisas, na entrada do mercado resolvi ir para o caixa 24 horas sacar uma grana. De três caixas, apenas um liberando dinheiro em qualquer quantia e dois apenas até 50 reais. Fiquei na fila não tão grande do caixa que permitia saque maior que 50 reais, respeitando o distanciamento. Dentro mercado, começo de mês, as pessoas enlouquecidas empurrando seus carrinhos. A capacidade do supermercado é para 506 pessoas, capacidade permitida em razão da pandemia, em tempos normais deve ter a esperança de socar lá dentro umas 2 mil pessoas. Num mercado é impossível você não passar próximos demais a outras pessoas. Outras pessoas chegam ao seu lado quando você está escolhendo bananas, dá vontade de pegar uma banana e enfiar no olho da pessoa, vai pra lá, seu infectado. Não gosto muito desse mercado, mas gosto de ver os repositores, os caixas, os que carregam isso e aquilo, um bando de carinhas gostosos, pegáveis, consumíveis, de arrancar o pinto, desossar. Encontrei meu vizinho fazendo compras, parecia disfarçado de boné e máscara, na verdade, dois vizinhos, eles são amigos, os dois são viados também, um na categoria discreto e outro poc-poc, tanto que o @ dele no Instagram é "bicha(nome dele)". Tem viado que gosta de se auto-afirmar gay, viado, bicha, baitola, homossexual etc e tal, uma coisa ativismo militância a cada respirada e tal, sei lá, acho desnecessário, que se foda, a vida é para ser vivida e não auto-afirmada o tempo todo. Essa coisa de um lugar ao Sol, direitos e o caralho a quatro é tão relativo, tão a ver com outras questões sociais, enfim, o mundo não é lugar legal, de igualdade, de direitos universais, não é um paraíso, pelo contrário, é uma selva e na para sobreviver é preciso ser forte e tocar o terror, é a lei da selva, o mais forte come o mais fraco, mesmo que o mais forte seja passivo. E não fique chocado, o mundo já foi muito pior, já foi desumano. Enquanto ia para mercado ouvi no rádio do carro o Pondé na Jovem Pan, ele falava disso, dessa galera que acha que vai salvar o mundo plantando orgânicos no sacada do apartamento, os budistas da classe média que meditam e dizem namasté e por aí vai, em outra situação ele falava na esquerda patinete, os mesmo que andam de bicicleta e também acham que vão salvar o mundo. O mundo está cheio de gente fora da casinha, some-se a esses esse bando de gente da direita e ultra-extrema-cagada-direita, tudo um bando de lunático que levanta uma bandeira e quer sair por aí marchando e empunhando armas, tão last season, tão idade das trevas, Idade Média. Aloou!!! O mundo mudou, estamos no século XXI, o mundo tudo se tornou um, uma aldeia e nacionalidade cada vez vai ter menos importância. Não há diferenças, há gente.
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quase-bruxa · 5 years
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KALI
Kali personifica os três aspectos do ato cósmico, que se revelam na criação, na preservação e na aniquilação. Ela é a divindade mais misteriosa de todas as ordens religiosas indianas – no Budismo, no Jainismo, entre os seguidores de Vishnu ou Shiva, ou qualquer outra. Ela faz gestos que asseguram a ausência de medo (abhaya) e benevolência (varada), definindo perpetuamente sua disposição mental mais profunda. Porém, em contraste, a aparência da Deusa inspira sentimentos de espanto e terror, espalhando a morte com a espada nua que carrega em uma de suas mãos e se alimentando com o sangue que jorra dos corpos que mata. Os instrumentos de destruição, para ela, são meios de preservação. Seu caminho de passagem para a vida é através da moradia que Ela escolheu – o terreno de cremação, iluminado por piras queimando e cheio dos ecos de gritos dos chacais e dos fantasmas, que pairam sobre cadáveres desmembrados.
A Deusa mais sagrada, Kali, partilha sua moradia com terríveis monstros que comem carne humana (pishachas) e é representada montada sobre um cadáver. Ela ama Shiva, mas só se une com o seu cadáver (shava), seu corpo passivo e morto, sendo ela própria o agente ativo. Ela se alegra com a destruição e ri, mas apenas para fazer com que os quatro cantos da Terra e do Céu tremam de terror. Sendo uma mulher, Kali gosta de se enfeitar, mas seus ornamentos são uma guirlanda ou um colar de cabeças humanas decepadas, um cinto com braços humanos cortados, brincos com cadáveres de crianças, braceletes de serpentes – tudo com aparência horrível e lamentável. A essência de Kali é essa fusão de contradições, um misticismo com o qual nenhuma outra divindade foi dotada. Vashishtha Ganapati Muni disse corretamente sobre ela:
"Tudo aqui é um mistério de contrários, trevas, uma luz mágica que oculta a si própria, sofrimento, uma máscara secreta do êxtase trágico, e morte, um instrumento de vida perpétua.".
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mezanino · 5 years
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Menshiki e eu paramos de falar e apuramos os ouvidos, imóveis. Já nenhum inseto cantava mais, como nas madrugadas anteriores. Em meio àquele silêncio profundo, escutei o som tênue do guizo, que soava algumas vezes, parava por um tempo, depois recomeçava. Olhei para Menshiki, sentado no sofá à minha frente. Pela expressão estampada em seu rosto, soube que ele estava ouvindo a mesma coisa. Tinha as sobrancelhas franzidas, e os dedos das mãos, pousadas sobre os joelhos, se agitavam ligeiramente, como acompanhando o som do guizo. Não era apenas minha imaginação.
Depois de escutar com atenção por dois ou três minutos, Menshiki se levantou do sofá.
— Vamos até o local de onde vem este som — declarou, categoricamente.
Peguei a lanterna. Ele saiu, foi até o Jaguar e também pegou uma lanterna que havia trazido para isso. Em seguida subimos os sete degraus de pedra e entramos no bosque. A lua de outono não estava tão clara quanto a de duas noites atrás, mas iluminava bem o chão. Contornamos o santuário, abrimos espaço entre o capim e paramos diante do montículo de pedra. Então voltamos a apurar os ouvidos. O ruído misterioso escapava por entre aquelas pedras, sem dúvida.
Com cuidado, Menshiki contornou o montículo, iluminando as pedras com a lanterna e examinando tudo com atenção. Mas não encontrou nada de anormal. Eram apenas pedras arcaicas, cheias de limo, empilhadas rusticamente. Ele me encarou. À luz do luar, seu rosto me lembrou um pouco uma máscara antiga. Será que o meu também tinha esse aspecto?
— Na outra noite, o som também vinha daqui? — sussurrou ele.
— Sim — respondi. — Exatamente daqui.
— Parece que tem alguém embaixo dessas pedras, tocando algum tipo de guizo. Assenti com a cabeça. Era um alívio saber que eu não estava ficando louco. Ainda assim, aquelas palavras concretizavam a possibilidade absurda insinuada ali. Tive que admitir que os encaixes da realidade pareciam ter se deslocado sutilmente.
— O que você acha que devemos fazer? — perguntei.
Menshiki continuava iluminando com a lanterna o lugar de onde escapava o som. Refletia sobre alguma coisa, com os lábios apertados. Em meio ao silêncio da noite, eu tinha a impressão de que podia ouvir as engrenagens da sua cabeça funcionando, a todo o vapor.
— Talvez alguém esteja pedindo socorro — murmurou Menshiki, como se estivesse pensando em voz alta.
— Mas quem poderia ter se enfiado embaixo dessas pedras enormes?
Menshiki balançou a cabeça. Havia questões que nem ele sabia responder.
— Acho que, por enquanto, o melhor é voltar para casa — disse ele, tocando de leve meu ombro. — Lá pelo menos conseguimos confirmar de onde vem o som e podemos conversar com calma.
Atravessamos o bosque e chegamos à frente da casa. Menshiki guardou a lanterna de volta no Jaguar e pegou uma pequena sacola de papel sobre o banco. Então entramos.
— Se você tiver um uísque, poderia me servir um pouco? — perguntou Menshiki.
— Pode ser um scotch comum?
— Claro. Puro, por favor. E um copo d’água sem gelo.
Fui até a cozinha, peguei uma garrafa de White Label no armário e servi dois copos, que levei para a sala junto com uma água mineral. Nos sentamos frente a frente e, sem dizer nada, tomamos o uísque puro. Quando Menshiki esvaziou o copo, eu trouxe a garrafa de uísque da cozinha e servi outra dose. Ele pegou o copo, mas não bebeu. No silêncio da madrugada, o guizo continuava ressoando, intermitente. Era um som baixo, mas com uma intensidade penetrante, impossível de ser ignorada.
— Eu já vi muita coisa nessa vida, mas é a primeira vez que vejo algo tão estranho — disse Menshiki. — Por favor, não se ofenda, mas quando você falou sobre isso eu fiquei um pouco incrédulo. Nunca imaginei que essa história pudesse acontecer no mundo real!
Aquilo chamou minha atenção.
— Como assim, “no mundo real”?
Menshiki ergueu o rosto e me encarou por um momento.
— Eu já tinha lido uma história semelhante em um livro — respondeu ele.
— Quer dizer, uma história com um guizo tocando no meio da noite?
— Para ser preciso, na história não é um guizo, e sim um kane. Você sabe, aquele sino antigo, em forma de prato, em que se batia com um martelinho de madeira nos rituais budistas, enquanto eram recitadas orações. No livro, é este o instrumento que soa debaixo da terra, no meio da madrugada.
— É uma história de terror?
— Acho que a definição mais correta seria uma história sobrenatural. Você já leu Contos da chuva de primavera, de Ueda Akinari? — perguntou Menshiki.
Fiz que não com a cabeça.
— Não, este não. Dele, só li Contos da lua e da chuva, mas há muito tempo — respondi.
— Contos da chuva de primavera foi o último livro escrito por Akinari, já no fim da sua vida, cerca de quarenta anos depois de Contos da lua e da chuva, que foca mais nos enredos. Em Contos da chuva de primavera o mais importante é a filosofia do autor, como homem de letras. No livro há um conto curioso, chamado “Um destino para duas encarnações”, cujo protagonista, um estudioso, filho de um agricultor rico, passa por uma situação semelhante à sua. Certa noite, enquanto está estudando, começa a ouvir o som irregular de um sino, vindo debaixo de uma pedra, em um canto do jardim. Ele acha aquilo estranho e, no dia seguinte, chama algumas pessoas para escavarem o local. Sob a terra, encontram uma pedra grande, a tampa de uma espécie de caixão. Ao removê-la, se deparam com um homem, ressecado como um peixe seco e com cabelo na altura dos joelhos Esse homem move apenas as mãos, para bater com o martelinho em um kane. Ao que parece, era um monge, que decidiu morrer buscando alcançar a iluminação eterna, e para isso entrou vivo em um caixão e foi enterrado. Esse costume era chamado de zenjō. Depois que o corpo havia se mumificado, era desenterrado e adorado nos templos. A ação de ser enterrado desta forma era chamada de nyūjō. Aquele devia ser um monge muito importante… Depois que sua alma alcançou, como ele desejava, a fronteira do nirvana, apenas o corpo foi deixado para trás, ainda vivo. Como a família do protagonista vivia naquela terra já havia dez gerações, tudo aquilo teria acontecido muito antes, há centenas de anos.
Murakami, Haruki. O assassinato do comendador - Vol. 1 . Alfaguara. Kindle Edition.
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personagens-domlobo · 6 years
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Prologo - Campanha Scion
Tudo começou em uma chuvosa noite de verão. Uma tempestade despenava lá fora e você esperava impaciente em seu assento pela decolagem do avião. A comissária havia informado que o pior da tempestade havia passado e logo a decolagem aconteceria. Mas algo não estava certo. Você não sabia porque, mas sempre teve uma intuição forte, uma espécie de sexto sentido. E naquele momento ele não te dizia nada de bom. Mas não havia nada a ser feito além de esperar.
Com quase três horas de atraso seu voo parte rumo a um turbulento céu noturno. O medo, sempre presente, se fortalece com cada rajada de vento. A chuva cai farta contra as janelas e longos trovões fazem vibrar toda a aeronave. Mais de uma vez você se pega escutando uma vozinha no fundo da sua mente dizendo “eu avisei...” e por um momento sente vontade de gritar de volta “ok, ok, agora para de falar!”. 
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Até que o primeiro raio atinge a aeronave. A descarga elétrica percorre a fuselagem fazendo um coro de gritos se elevar entre os passageiros. Ao fundo, somando-se a preces e orações desesperadas você escuta a voz do comandante tentando acalmar a todos. Dizendo que é apenas uma nuvem passageira e que a aeronave foi projetada para aguentar esse tipo de situação. Então um segundo raio atinge o avião e mesmo ele deixa escapar um palavrão antes de desligar o microfone. As luzes piscam e por longos segundos você teme que elas não voltem. O alarme dispara e junto descem as máscaras de oxigênio. 
Em pânico as pessoas tentam agarra-las e muitas acabam rasgando. Gritos ecoam pelo ar até o terceiro raio atinge a aeronave. O estrondo ensurdecedor te deixa atordoada e por alguns segundos você não consegue focar no que esta acontecendo. Até que você olha e vê um enorme buraco onde antes estavam a fileira ao lado da sua. O vento puxa com força contra a noite tempestuosa e você agradece ao universo por estar de sinto de segurança. Mas então enormes rachaduras começam a percorrer toda a aeronave e junto vem a certeza de que ela não irá aguentar.
Um novo raio atinge a aeronave fazendo tudo estremecer violentamente e você bate a cabeça contra o vidro da janela. Um frio molhado percorre o seu rosto e você mal tem tempo de identificá-lo antes de ser arrastada para a escuridão da inconsciência.
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Você acorda em uma praia deserta. O mar revolto funde-se ao céu tempestuoso e é impossível dizer se é dia ou noite. A areia fina e negra da praia não reflete a luz intensa dos relâmpagos que cortam as nuvens. Porém nenhuma gota de água cai do céu. Apenas a promessa de uma prodigiosa e perigosa tempestade. Um frio intenso envolve o seu corpo e parece abraçar até os ossos. Por um instante você fica parada, absorvendo aquela paisagem terrível e tentando se localizar e, inicialmente, não vê sinais do avião em qualquer parte, nem mesmo fumaça de um possível incêndio durante a queda. Confusa, se põe a caminhar em busca dos destroços e de outros sobreviventes. Afinal, eles não podem ter caído muito longe.
Você caminha pelo que parecem horas. A paisagem lentamente muda de uma praia tenebrosa para um deserto de pedras negras e árvores ressequidas. As nuvens de tempestade espirando pelo céu parecem se estender até o infinito e o frio se torna cada vez mais presente. Não há pontos de referencia para se guiar e, após algumas horas, você não é mais capaz de dizer de onde veio ou em qual direção deveria seguir. Apenas continua a vagar. O cansaço, sempre presente, sempre ameaçando te derrubar, faz companhia a um sentimento onipresente de solidão. Uma solidão eterna, reforçada por cada tronco de árvore morta, por cada pedra pontiaguda, por cada vale sombrio. Até o próprio tempo parece ter abandonado a região. Sem um sol para se orientar, a passagem do tempo se torna imperceptível e logo você não é mais capaz de dizer a quanto tempo esta caminhando. Horas? Dias? Poderiam ser anos. Anos de solidão e monotonia, naquela caminhada eterna na esperança de encontrar alguma coisa, qualquer coisa, que traga um alívio para aquela paisagem desolada. 
Então você decide parar para reavaliar a situação. Toda aquela situação não faz sentido. O Avião não poderia ter caído tão longe já que você estava de sinto de segurança. Não tinha como estar sozinha naquela ilha. Deveria haver outros sobreviventes, precisava haver outros sobreviventes. A menos que... Não! O pensamento era idiota de mais para considerar. Não tinha como. Não era possível. Então você começa a apalpar o seu corpo, em busca de hematomas e arranhões da queda. Afinal, você sobreviveu a uma queda de avião. Não havia como ter saído ilesa disso. O desespero começa a tomar conta a medida que percebe não consegue encontrar nada. Nem um arranhão, nem um hematoma, nem mesmo o inchaço de onde você bateu a cabeça. E então você percebe. A cicatriz! Aquela cicatriz de infância, que tanto foi tema de histórias e risadas com os amigos, ela não estava mais lá. Apenas a pele lisa e saudável, sem aquela marca que te acompanhou a vida inteira!
O desespero, a solidão, o medo da verdade inaceitável tomam conta e com ela vem o choro. Você se agarra ao próprio corpo e desaba em prantos, desolada pelo pensamento de que você está...
Morta.
Você chora pelo que parece ser uma eternidade. E talvez seja mesmo. Ao seu redor, a paisagem desolada e imutável parece emanar desprezo pelo seu sofrimento, pelo seu tormento. E após uma eternidade em prantos, você tenta se recompor, tenta colocar os pensamentos em ordem. Se você estava mesmo morta, então que lugar era aquele? Definitivamente não era um paraíso, seja lá qual for a definição disso. E com certeza não parecia com o inferno narrado pelos cristãos. Não havia fogo, diabos e dor. Apenas aquele sentimento perene de solidão. 
Você fica parada, observando ao seu redor, tentando compreender aquele universo, quando com o canto de olho o vê. Pousado sobre uma pedra, quase invisível contra a paisagem com suas penas negras, um pássaro te observa com olhos atentos. Você não sabe por que, mas de repente tem a sensação de que ele sempre esteve ali, te observando, desde o início, mas apenas agora você foi capaz de percebe-lo. Você se apega àquela presença repentina como um afogado se agarra a uma taboa solta no mar e se arrasta para perto dele. Abre boca para falar e então fecha novamente, se sentindo um tanto tola. A ave apenas te observa com olhos inteligentes antes de levantar voo rumo ao horizonte.
Em um momento de pânico, você teme ficar sozinha novamente e se põe a correr atrás da ave. Suas penas negras contra o céu tempestuoso prega peças em sua mente e te força correr o mais rápido que jamais pôde. O cansaço ameça te fazer parar e as pernas queimam enquanto o sangue corre rápido por suas veias expulsando o frio e trazendo esperança de que aquilo talvez não seja mesmo o fim. Após uma longa jornada, sempre no limite de suas forças, a ave finalmente para no topo de uma enorme arvore negra. Seus galhos ressequidos, parecem apontar para o céu em busca de piedade enquanto suas raízes profundas se espalham em todas as direções em busca de uma gota de água. Nem uma única folha pende de deus galhos, apenas os restos de uma forca, uma grossa corda apodrecida pelo tempo, parada no vento ausente.
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Pousada no galho mais alto, a ave te observa com olhos inteligentes enquanto espera sua aproximação. Com um leve gesto de cabeça ela parece apontar para algo no chão, próximo das raízes. Ao se aproximar, você percebe o crânio limpo de um segundo pássaro. O osso branco, coberto de pó negro, tão limpo e tão puro que pareceria artificial, se a situação não sugerisse outra coisa. Você pega ele e começa a girá-lo nas mãos enquanto observa sua forma. O bico comprido, levemente curvado na parte superior. As grandes cavidades onde, um dia, habitaram olhos inteligentes. Os olhos! Uma sensação de nausea e torpor toma conta da sua mente enquanto você se sente sugada para para aqueles olhos ausentes. Sua mente se desfaz em milhares de fragmentos e cada uma delas te revela uma visão diferente.
Homens selvagens, usando de peles de animais, saindo de cavernas admirados com a luz do Sol. Altares de pedras diante dos quais pessoas se ajoelham. Tempos de mármore branco abrigando estátuas de deuses belos como a vida. Pirâmides brilhando sob o sol escaldante das areias do deserto. Ritos noturnos em savanas selvagens. Sacerdotes oferecendo corações humanos ao Sol. Homens em posturas rígidas com oferendas de delicadas flores a estatuas sorridentes. Cidades de aço e vidro onde pessoas apressadas caminham como se tivesse esquecido como sorrir. Guerras onde pessoas morrem asfixiados em gases tóxicos. Bombas explodindo templos onde crianças oravam por misericórdia. Um lobo gigante coberto de sangue dourado uivando para a lua. Uma serpete titânica enrolada no Sol tentando devorá-lo. Monstros de rocha incandescente e tempestades lutando contra jovens de aparência perfeita. Pilhas de corpos cobertos de sangue dourado, de homens de pele negra como a noite, mulheres tão belas quanto o amor e seres com cabeça de animais. Fogo devorando o paraíso e cobrindo tudo de cinzas negras e milhares de sombras vagando por um deserto de infinita solidão...
Você acorda de um susto, deixando o crânio do pássaro cair na areia fofa enquanto recua tomada pelo terror. Sua mente se rebela contra a realidade que acabou de presenciar. Uma total tristeza toma conta do seu ser e ameça destruir tudo o que ainda resta. O pranto, incontrolável, faz seu corpo todo estremecer e, mais uma vez, você se rende a terrível destino. As lagrimas queimam contra sua pele e todo o seu corpo geme refletindo sua mente. Porque a realidade é simplesmente terrível de mais para se aceitar. Pior do que tudo que você ou qualquer outra pessoa um dia imaginou.
No topo da arvore, o pássaro ainda te observa com olhos de paciência eterna. Até que por fim você consegue devolver o olhar para aquele ser de calma infinita. Você conhece ele. Das lendas que sua mãe contava na infância. Duas aves negras, corvos, companheiros do deus Odin. Sua memória e seu pensamento feitos vivos para auxiliar o deus. E se aquele que você segurou o esqueleto fosse a memória, talvez a ave sobre o galho fosse o pensamento. E se ela ainda estava viva, talvez houvesse esperança. Talvez nem tudo estivesse perdido. Talvez fosse por isso que ela havia te trazido até ali, te mostrado todas aquelas imagens. Por que no fundo você possa fazer algo para mudar isso, reverter isso!
Você se ergue do chão e encara Huginn com olhos determinados e pergunta “o que eu posso fazer?”. Na mesma hora escuta no fundo da sua mente uma voz que diz “retorne”.
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Você acorda em meio a uma floresta destruída. Ao seu redor, o som de animais assustados e o estalar de arvores em chama. Seu corpo, completamente dolorido revela uma série de hematomas e alguns ossos quebrados a medida que você se ergue para ver o avião despedaçado. Ao seu redor, outras quatro pessoas se erguem atordoados, com olhos de quem viu o universo e o semblante determinado de quem tem uma grande missão a cumprir.
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