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#canções do exílio
odijr · 1 year
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whileiamdying · 2 years
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Morreu a cantora brasileira Gal Costa. Tinha 77 anos
A cantora tinha cancelado vários espetáculos recentes por ter sido operada para retirar um nódulo na fossa nasal.
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Morreu a cantora brasileira Gal Costa, uma das maiores vozes da música popular brasileira, na manhã desta quarta-feira (9), aos 77 anos. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da artista e a causa da morte é desconhecida.
Gal Costa tinha feito recentemente uma pausa nos espetáculos que tinha agendados, após ter sido operada para retirar um nódulo na fossa nasal direita.
Gal Costa era uma das atrações do festival Primavera Sound, que aconteceu em São Paulo no último fim de semana, mas teve a sua participação cancelada à última hora.
A cantora brasileira também tinha na agenda dois concertos em Portugal, marcados para novembro em Lisboa e Porto, que haviam sido adiados para o próximo ano devido à cirurgia que realizou.
Nascida em 26 de setembro de 1945, na cidade de Salvador, Maria das Graças Penna Burgos, que era chamada de Gracinha pelos amigos até adotar o nome artístico Gal Costa, destacou-se ainda muito jovem pela voz de 'cristal' inconfundível.
Fã de João Gilberto, que conheceu no final dos anos de 1960 e que a classificou como a "maior voz do Brasil", Gal Costa foi um dos maiores expoentes do movimento tropicalista brasileiro, ao qual também pertencem grandes símbolos da cultura musical brasileira como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia de quem se aproximou ainda na adolescência.
Com pouco mais de 20 anos, participou no álbum "Tropicália ou Panis et Circensis", um disco lançado por ela junto com Caetano Veloso, Gilberto Gil, Nara Leão, Os Mutantes e Tom Zé, considerado a pedra fundamental do movimento tropicalista.
Em 1971, tornou-se a estrela de um dos espetáculos de maior repercussão da história da Música Popular Brasileira (MPB) chamado "Fa-Tal", que viraria também um dos seus discos mais importantes.
Ao lado de Caetano, Gilberto Gil e Maria Bethânia a cantora formou o grupo Doces Bárbaros, também responsável por um dos discos mais emblemáticos da Música Popular Brasileira (MPB), lançado em 1976.
Com 57 anos de carreira, a cantora brasileira interpretou sucessos inesquecíveis como as canções "Baby", "Meu nome é Gal", "Chuva de prata", "Vapor barato", " Pérola negra", "Barato total" e a "Modinha para Gabriela", que marcou a banda sonora da primeira telenovela brasileira estreada em Portugal, na RTP, em 1977.
Além do imenso talento, Gal Costa tinha uma personalidade ousada e ficou conhecida por quebrar tabus ao longo de sua vida.
Em 1973 realizou um ensaio fotográfico com o peito nu, para a contracapa do seu sexto LP, "Índia", causando grande polémica. Na época, os artistas do Brasil sofriam com a severa censura imposta pelo regime da Ditadura Militar (1964-1985).
Num país amordaçado pelos militares, Gal Costa usou a sua voz para quebrar tabus enquanto os seus parceiros Gilberto Gil e Caetano Veloso estavam no exílio.
A sua coragem foi celebrada e censurada, mas ela conseguiu iluminar o Brasil com apresentações contundentes ao som de seu violão.
Vencedora do Grammy Latino em 2011 pelo seu trabalho como um todo, Gal Costa dialogou com diferentes correntes ao longo de sua carreira, da Bossa Nova ao samba, passando pelo rock.
Aos 70 anos, celebrando 50 anos de carreira, em 2015, Gal Costa se reinventou novamente lançando o álbum "Estratosférica", que trouxe uma leveza jovial ao seu trabalho musical cheio de parcerias com jovens compositores como Marcelo Camelo, Mallu Magalhães, Criolo, Céu e Jonas Sá.
Nas suas últimas apresentações, Gal Costa apresentava "As várias pontas de uma estrela", um projeto de 2016, que consistiu num espetáculo e disco, dirigido por Marcus Preto, a partir da obra de Milton Nascimento.
Além de fazer uma conexão com o trabalho de Milton Nascimento, que completou 80 anos em 2022, o último trabalho de Gal Costa também tinha composições de Tom Jobim, Caetano Veloso, Chico Buarque e Dorival Caymmi.
Em 2020, em plena pandemia, Gal Costa gravou um dueto com o português António Zambujo, que marcou também as comemorações do Dia de Portugal, no Brasil.
Nesse ano, a cantora programava um digressão em Portugal, que acabou cancelada, por causa da covid, e que previa passar por salas de concerto como o Teatro das Figuras, em Faro, o Coliseu dos Recreios, em Lisboa, e a Casa da Música, no Porto, para apresentar o seu álbum "A Pele do Futuro". A
Antes, numa carreira que teve sempre em conta palcos portugueses, Gal Costa atuara em Lisboa e Porto em março de 2018, com Gilberto Gil e Nando Reis, no âmbito do projeto "Trinca de Ases", criado em homenagem ao advogado Ulysses Guimarães (1916-1992), opositor à ditadura militar no Brasil.
Um dos seus maiores sucessos foi a "Modinha para Gabriela", de Dorival Caymmi, genérico da famosa telenovela da Globo, a primeira a passar em Portugal. Sobre ela, o compositor afirmou um dia que muitas atrizes interpretaram Gabriela, mas a voz da personagem sempre será única, sempre será a de Gal Costa.
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ceusemqueda · 2 years
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De vez em quando, o exílio que se perde entre os meus cílios, endurece um pouco mais as minhas costas e perdura, mas a sua fé em mim não. Quatrocentos dias; todos já sabem que eu estive perdendo a graça que antes lhe inebriava. Então sacrifique o meu sentimentalismo, as cartas que escrevi com os dedos incendiados e ouvidos surdos; venda as minhas razões tolas e idôneas, enquanto você invoca o veneno entoado entre as coxas mornas dela. Ela se casará com suas flores raras e perpétuas de domingo, e a vista dessa cidade me assombrará até que os meus ossos desfiem em silêncios prateados e ruídos do breu antes da aurora me acender.
- Cereja fresca veste os lábios dela? A Áurea caída dela na sua cama é como céus de canela pingando das suas bochechas? O cabelo dela se embaraça dentro dos castelos de areia das suas mãos?
Eu procuro os teus astros das poças d’água até os sinais vermelhos, para me guiar de volta pra casa, e reviro as tuas palavras convictas empoeiradas nos becos em alarde, mas eu sei que a saudade árdua é apenas lembrança do que eu não pude ser.
Melancolia quase final, recortada da avidez do peito cabal da escritora:
(Talvez eu seja mesmo tão livre quanto o meu exílio, mas tão enjaulada quanto as minhas hesitações. Tão estranha, carnavalesca e cerval. (Eu nunca serei quem você procura, pois tornei-me o anti herói que eu ouvia e não entendia nas canções.) Converso com Jesus no meio da chuva ácida do meu quarto, mas as minhas danças com querubins e demônios revelam o meu rosto na aurora. Eu não nasci para me casar com os seus delírios de domingo, eu não sou a parte que falta de ninguém, eu apenas cravo os meus dez dedos dentro da tua carne e destilo amassos perfumados de noites carmesins, mas eu não posso permanecer e ser sua doce Amélia. Eu só quero sujar os pés e ir embora antes da festa acabar e você me dedicar promessas perfeitas que não foram feitas para alguém como eu.)
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reinato · 11 days
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Devocional Jovem AMADOS - Cândido Gomes
MÃES
Assim como uma mãe consola seu filho, também Eu os consolarei; em Jerusalém vocês serão consolados. Isaías 66:13
Há um lago bem bonito perto do prédio da reitoria do UNASP. Esse era um dos meus lugares prediletos no campus, onde eu podia passar um tempo sozinho, orando e compondo canções. Lembro-me de uma vez, em especial, que desci para lá de bicicleta. Naquele dia, havia uma surpresa no caminho. Tive que parar em respeito a um grupo de filhotes de ganso que atravessava a estrada de terra e contemplar a cena. Acontece que a travessia estava durando mais do que eu considerava razoável.
A certa altura, tomei a decisão de interromper o desfile e abrir caminho, afinal, eu não tinha todo o tempo do mundo. Quando dei um passo à frente, como que os desafiando, percebi que surgiu do meio das plantas um ganso maior. Pelo jeito que me olhava, logo entendi que era a mãe gansa. Ela veio andando impaciente em minha direção. Confesso que fiquei assustado, mas pensei: é só um ganso! Respirei fundo, coloquei a bicicleta na frente e decidi continuar. Tudo o que consigo lembrar a partir desse ponto é de uma mãe gansa se transformando em uma fera do Apocalipse. Ela fazia barulhos ensurdecedores, movimentava as asas e avançava em minha direção. Imediatamente refiz o meu plano. Dei meia-volta e não olhei mais para trás.
Sempre que passo por aquele lugar, eu me lembro dessa história e do que aprendi com ela. Mais do que uma mãe gansa, naquele dia, eu conheci uma verdade universal: mães são capazes de fazer tudo pela sobrevivência de seus filhos.
Há uma espécie de instinto materno que transcende o tempo, a cultura e até a lógica. Esse é, em realidade, um impulso divino. Muitas pessoas se sentem à vontade com a imagem masculina de Deus. Deus é pai, guerreiro e juiz. Mas, na Bíblia, encontramos diversas imagens femininas para ensinar como Deus é e como Ele age em nosso favor. No texto de hoje, o profeta Isaías fala ao povo no exílio. Eles estão longe de casa. Foram derrotados, quebrados e humilhados. Então o profeta diz: “Deus vai cuidar de vocês como uma mãe cuida de seu bebê.” Que imagem magnífica do cuidado divino!
Deus é assim. Ele criou você e tem sonhos lindos para o seu futuro. E, se algum dia a vida o ferir, em Seus braços há consolo e cura. Creia!
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edisonblog · 8 months
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“Various Poems” from “Livro das Canções”, written by poet Qu Yuan.
This poem expresses the plot of history and doubts about the future and reflects Qu Yuan's emotion about the passage of time and the impermanence of life.
The artistic conception of this poem may simply be that the author is in a historical desert. There are no wise old things in front of him, no future generations behind him. It feels like an infinite vastness of time. When Qu Yuan thought deeply about the universe and the infinite destiny of life, he felt lonely and sad and could not help but shed tears.
Every poem uses a simple and profound language to express infinite thoughts about history, life and the future. It is two classics of ancient Chinese poetry.
Qu Yuan (about 340 BC - about 278 BC), a native of the state of Chu during the Warring States Period, was a notable writer, politician and military general in ancient China. One of his representative works is “Li Sao”, also known as “Li Sao Poems” or “Li Sao Pian”.
Qu Yuan was an official of the State of Chu, but due to political conflicts and conspiracies, he ended up being forced into exile. It is said that he committed suicide by drowning in the river in the year of the Red Emperor (around 278 BC), ending his life. Qu Yuan's "Li Sao" is hailed as two pinnacles of ancient Chinese literature. Rich in images and deep thoughts. It is considered a representative work that expresses sadness and sadness of the country.
In addition to his literary achievements, Qu Yuan also possessed exceptional talents in politics and military affairs. One time, he held an important position in the state of Chu and made a series of political suggestions, but he ended up being demoted to Hubei due to the arming of his political opponents. Later, he suffered exile and difficulties and finally decided to end his life. His image and his works became the object of admiration of later generations of writers, and also conferred profound literary and historical value.
edisonmariotti @edisonblog
.br
“Poemas Diversos” do “Livro das Canções”, escrito pelo poeta Qu Yuan.
Este poema expressa o traçado da história e as dúvidas sobre o futuro e reflete a emoção de Qu Yuan sobre a passagem do tempo e a impermanência da vida.
A concepção artística deste poema pode ser simplesmente dita que o autor está em um deserto histórico. Não há sábios antigos à sua frente, nem gerações futuras atrás dele. Ele sente a vastidão infinita do tempo. Quando Qu Yuan pensou profundamente sobre o universo e o destino infinito da vida, sentiu-se solitário e triste e não pôde evitar derramar lágrimas.
Todo o poema utiliza uma linguagem simples e profunda para expressar pensamentos infinitos sobre a história, a vida e o futuro.É um dos clássicos da antiga poesia chinesa.
Qu Yuan (cerca de 340 aC - cerca de 278 aC), natural do estado de Chu durante o Período dos Reinos Combatentes, foi um notável escritor, político e general militar na China antiga. Uma de suas obras representativas é “Li Sao”, também conhecida como “Li Sao Poems” ou “Li Sao Pian”.
Qu Yuan era um oficial do Estado de Chu, mas devido a conflitos políticos e conspirações, acabou sendo forçado ao exílio. Diz a lenda que ele cometeu suicídio afogando-se no rio no ano do Imperador Vermelho (cerca de 278 aC), acabando com a vida. "Li Sao" de Qu Yuan é aclamado como um dos pináculos da antiga literatura chinesa. É rico em imagens e pensamentos profundos. É considerado uma obra representativa que expressa tristeza e saudade da pátria.
Além de suas realizações literárias, Qu Yuan também possuía talentos excepcionais em política e assuntos militares. Certa vez, ele ocupou um cargo importante no estado de Chu e apresentou uma série de sugestões políticas, mas acabou sendo rebaixado para Hubei devido à armação de seus oponentes políticos.Mais tarde, ele sofreu exílio e dificuldades e finalmente decidiu acabar com sua vida. Sua imagem e seus feitos tornaram-se objeto de admiração de gerações posteriores de literatos, e também lhe conferiram profundo valor literário e histórico.
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framed-dreams · 6 years
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Reticências no ponto final
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amcrilis · 3 years
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˗ˏˋ   🌷    ❛      i know there is  𝓱𝓸𝓹𝓮  in these waters, but 𝐢 𝐜𝐚𝐧'𝐭 bring myself to swim.  ❜
Quem canta, seus males espanta! Bom... pelo menos às vezes, né?! É nisso que AMARÍLIS DE PROTEA, A MUSA DO PRESENTE, acredita. Em Storybrooke ela se chama MARISSA GOLDLEAF, a segunda mais velha das trigêmeas, e é uma organizadora de casamentos. Tem 25 anos e está desacordada, mas tem memórias extremamente confusas da Land of Untold Stories, das quais não dá a devida importância. Ela foi amaldiçoada pela Rainha Má a viver com o fardo de não acreditar no amor, mas faz papel de cupido sempre que pode.
PARA SABER MAIS INFORMAÇÕES DA PERSONAGEM: leia a história de storybrooke, curiosidades e da floresta encantada. Também tem umas wanted relations esperando por você, e se achar conveniente veja também a pasta dela no pinterest, além da tag de musings. Você acha um resumo dela junto de outros personagens meus bem aqui.
FALANDO SOBRE A PERSONAGEM:
Ela é totalmente control freak e tem TOC com limpeza e organização. Muito fácil ficar enojada com alguém por alguma coisa grudada no cabelo, no rosto ou na roupa e querer tirar isso porque fica agoniada. Geralmente acaba sendo chata nessa questão porque só presta atenção em alguém quando tá tudo perfeito aos olhos dela.
Foi amaldiçoada pela Rainha Má a não acreditar no amor e nem ter expectativas sobre isso, então por mais que ela tenha namorado com alguém ou se envolvido de alguma forma, provavelmente terminou por falta de interesse dela. Marissa também fala muito sobre como acha tudo isso de amor verdadeiro uma bobagem  - mesmo que seja um cupido!
No passado cantava sobre o presente das pessoas, ela sabia cada passada que davam, mas com o exílio para LoUS ela e as irmãs perderam seus poderes. Em Storybrooke, no entanto, ela conta com uma estranha mania de conseguir agradar as pessoas com coisas que elas querem muito, quase um resquício do que viveu em Protea, cantando canções do que as pessoas faziam no momento. Não era tão útil antes e não parecia ser minimamente agora, exceto por sua percepção de ler uma pessoa e agradá-la ou ajudá-la quase que involuntariamente. Isso na verdade é só uma sensação que ela tem, mas não quer dizer que seja cem por cento correta em tudo que faça.
FALANDO SOBRE A MUN:
Meu único trigger é de tubarões. Pelo AMOR de Deus, não tratem de nada que remeta a esse demônio satânico comigo. 😭
Não tenho problemas em escrever smut, contanto que não seja algo banal. Acredito que há muito mais pra se explorar do que uma pegação! Tenho muita timidez da minha escrita, por isso que sempre que tiver alguma oportunidade pra tal tipo de plot, vou querer algum alívio cômico ou mesmo pular a cena principal (sou uma garota de preliminares apenas, soft), pois morro de vergonha!
Gosto de combinar inters em que meus chars sejam colocados em situações cômicas e não tenho problemas em desenvolver momentos em que eles percam ou se fodam de alguma forma, na verdade gosto muito! Tô aqui pelo angst, só vamo. hehe
Muito difícil eu não topar uma interação, seja qual for a ideia. Tenho minhas limitações, muito poucas na verdade, com relação a plots e etc, mas sou super de boas pra resolver isso e jogar mais e mais ideias pra que possamos chegar em comum acordo! Prefiro muito mais agradar meu partner pra que juntos possamos nos divertir jogando, respeitando os limites de cada um.
Gosto de transcender criar conexões com o partner ao invés de algo puramente por plots. Acho que se temos simpatia um pelo outro, as coisas, ideias e inters, fluem muito mais tranquilamente e fica mais divertido até! Então se te incomodar em algum momento algo que eu fale fale, poste ou qualquer que seja a coisa, não precisa se acanhar jamais, pode me falar! Sou muito tranquila pra receber críticas e palavras sinceras cujas intenções são positivas, porque assim podemos fazer do rp um espaço melhor não só pra nós jogarmos como pra nos darmos bem também uns com os outros. 💕💕💕
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lilicursed · 3 years
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˗ˏˋ   INSPIRAÇÕES E CURIOSIDADES!
INSPOS:
Bruna Linzmeyer (personalidade atual de humanas);
Emma Pillsbury (Glee);
Claire Dunphy (Modern Family);
tba.
CURIOSIDADES:
Ela é totalmente control freak e tem TOC com limpeza e organização. Muito fácil ficar enojada com alguém por alguma coisa grudada no cabelo, no rosto ou na roupa e querer tirar isso porque fica agoniada. Geralmente acaba sendo chata nessa questão porque só presta atenção em alguém quando tá tudo perfeito aos olhos dela.
No passado cantava sobre o presente das pessoas, ela sabia cada passada que davam, mas com o exílio para LoUS ela e as irmãs perderam seus poderes. Em Storybrooke, no entanto, ela conta com uma estranha mania de conseguir agradar as pessoas com coisas que elas querem muito, quase um resquício do que viveu em Protea, cantando canções do que as pessoas faziam no momento. Não era tão útil antes e não parecia ser minimamente agora, exceto por sua percepção de ler uma pessoa e agradá-la ou ajudá-la quase que involuntariamente. Isso na verdade é só uma sensação que ela tem, mas não quer dizer que seja cem por cento correta em tudo que faça.
Ela já tentou se inscrever em um concurso musical, mas por mais que tenha uma bela voz e cante muito bem  - mesmo que só dentro de casa ou no chuveiro -, não tem coragem de lidar com o público. Na verdade, Marissa odeia sentir esse medo de que está sendo julgada a todo momento.
Ativista ambiental, Marissa é muito ligada à natureza e gosta muito de se envolver pelas causas. Seus programas preferidos são: fazer trilhas, acordar bem cedo pra ver o sol nascer, plantar mudinhas e muitas outras coisas relacionadas.
tba.
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xbornvillainx · 3 years
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CONEXÕES. Abaixo há uma lista de conexões, sendo algumas delas baseadas em músicas. Algumas estão ocupadas, mas podemos elaborar muitas outras!
                                                          ⸸
PLAYLIST. Asabi é uma personagem complexa, com camadas a serem desenvolvidas e cada resposta das interações dela exige um tipo diferente de música. Aqui estão algumas das canções que eu uso enquanto respondo as coisas dela, seja porque me deixam no humor que preciso para chegar ao nível da personalidade da personagem, seja porque a letra remete a alguma característica da história dela ou da conexão que ela tem com outras pessoas dentro do jogo.
Algumas destas músicas, entretanto, são outros títulos que eu acho que se encaixam bem na definição de quem eu acredito ser Asabi Azura, ainda que ela não demonstre muito disso nas relações num geral.
CONNECTIONS.
How did I let you sink your fangs so deep? (ASABI + TODRIC). Tudo começou porque Asabi adora atormentar qualquer pessoa com mais cara de besta, e, no Rosa do Deserto, ele foi o escolhido para isso. Acontece que a relação evoluiu e demonstrou ser bastante tóxica, a ponto da presença dela não fazer bem a Todric, mas e daí? Algumas pessoas dizem que existem viciados em adrenalina.
It’s the blue in his eyes that helps me see the future (ASABI + VICTOR). Ela sempre evitou se apaixonar, mas o que sentiu por Aymed no relacionamento rápido que tiveram, foi intenso o suficiente para que, até hoje, ela seja revisitada pelos sentimentos que tem pelo médico.
You betrayed me and I know that you’ll never feel sorry (ASABI + FELICITY). Durante a vida em Pixie Hollow, elas eram tão próximas que tornaram-se amantes. Nesta nova realidade, Asabi optou por preservar o relacionamento, que só chegou ao fim por conta de uma traição por parte de Felicity. Até hoje, Azura nutre mágoa e rancor dela, evitando-a a todo custo porque sabe que poderia facilmente perder as estribeiras em uma conversa qualquer.
I don’t know where I’d be without you here with me (ASABI + ANDRESSA + CLAIRE). São basicamente as melhores amigas de Asabi. O trio de ouro da Glamour.
I’ve tasted blood and it is sweet… (ASABI + ÉMILE). Este é o tipo de relação desaconselhável a pessoas sensíveis, considerando que tanto ele quanto ela são donos de mentes bastante perturbadas e perturbadoras. A conexão é inegável e ela sente que o Facilier é uma das poucas pessoas no mundo que não seria capaz de julgar seus gostos peculiares. Entendem-se muito bem, obrigada.
I beg to serve, your wish is my law, now close those eyes and let me love you to death (ASABI + LUCIUS). Asabi é muito centrada e focada em seus objetivos, mas quando está na presença de Lucius, as coisas desandam em se tratando de seus sentimentos. A luxúria é a principal responsável por deixá-la entregue nas mãos dele e isso, nem de longe, é algo saudável.
If you only knew I’d sacrifice my beating heart before I lose you (ASABI + JOSEPH). Breu e Nox tornaram-se próximos após o exílio da fada e construíram uma relação sólida. Algo que começou como a proposta de um mentor e sua aprendiz do caos, desembocou nos dias atuais, onde Asabi o tem como seu amigo mais próximo e maior confidente, ainda que, juntos, tenham um relacionamento romântico bastante conturbado simplesmente por serem dois vilões sem escrúpulos, mesmo que seja um para com o outro. Ela não sabe ao certo o que sente por ele e é assim que vivem seus dias, sem questionar muito mais detalhes acerca do que possuem.
Can you kiss me more? (ASABI + GALAHAD). O intuito de se envolver com Sandman era contribuir para os planos de Breu, mas as diferenças entre os dois tornaram tudo ainda mais atraente, vivendo no mais típico “os opostos se atraem” que alguém poderia imaginar.
You don’t wanna talk no more about it in the past tense (ASABI + MADDOX). A aproximação entre eles se deu estritamente por negócios, quando Asabi disse que poderia ajudá-lo a encontrar quem Maddox estava procurando, mas a atração acabou falando mais alto. Não sabem estar no mesmo ambiente sem se provocar e se desafiarem, mas ela realmente se porta como se um pobretão como ele não a interessasse. E ninguém precisa ser um especialista para atestar como ela mente quando diz isso.
Will you still love me when I’m no longer young and beautiful? (ASABI + GERARD). Este é o casal 20 na concepção dos seguidores deles. A relação é baseada única e exclusivamente em aparências, levando em conta que o caráter dos dois não é lá grandes coisas… A grande questão é: eles seriam capazes de nutrir algo mais um pelo outro, em meio a tantas superficialidades?
& ETC…
Good Influence (02/02): Nick e Tabitha são algumas das pessoas que conseguem alimentar alguma humanidade e um lado bom em Asabi.
Work hard (01/??): Colegas de trabalho de Asabi. Andressa/Audrey + ??
Good terms (04/??): Colegas ou amigos que podem até ser próximos de Asabi, ainda que não sejam vilões. Geralt + Gretel + Carmilla + Ada + ??
Drinking buddies (00/03): Os famosos amigos de bar. O gosto dela é mais requintado, dificilmente estará em um lugar barato, mas isso não significa que ela não tenha as amizades dela de copo.
Partying buddies (00/03): Amigos de festa, aquelas pessoas que ela quase sempre encontra quando sai por aí, seja visitando os estabelecimentos noturnos deles ou chamando esse pessoal pra algum rolê.
Secret admirer (00/01): Alguma pobre alma que goste da Asabi e prefira manter isso em segredo, seja por qual for a razão. Mais detalhes podem ser combinados pela inbox.
PLAYLIST.
💀 ROCK YOU.
Natural Born Sinner, In This Moment.
Maybe you should stop, question all your pain. Can you look me in my eyes and say we’re not the same?
Born Villain, Marilyn Manson.
I’m born villain, don’t pretend to be a victim.
Hells Bells, AC/DC.
I’ll give you black sensations up and down your spine, If you’re into evil, you’re a friend of mine.
You call me a bitch like it’s a bad thing, Halestorm.
I think you hate me ‘cause you want me, you only want what you can’t have. I’m just being who I want to be, but you can’t deal with that.
Broken crown, Mumford and sons.
My heart was flawed I knew my weakness, so hold my hand, consign me not to darkness.
Mayhem, Halestorm.
A little mayhem never hurt anyone, where’m I gonna get some? A little bedlam ‘til I’m coming undone!
Nemo, Nightwish.
This is me for forever, one without a name. These lines the last endeavor to find the missing lifeline.
Square Hammer, Ghost.
Are you on the square? Are you on the level? Are you ready to swear right here, right now before the devil?
Sympathy for the devil, The Rolling Stones.
Just as every cop is a criminal and all the sinners saints, as heads is tails just call me Lucifer.
🎵 POP BABY.
Born to die, Lana Del Rey.
I was so confused as a little child tried to take what I could get, scared that I couldn’t find all the answers.
MANiCure, Lady Gaga.
Put some, lipstick on, pefume your neck, and slip your high heels on. Rinse and curl your hair, loosen your hips and get a dress to wear.
Glamazon, Rupaul.
She’s so wild, so animal, she gonna work that sexy body, so sexual. She’s like a female phenomenon, she’s a glamazon.
I did something bad, Taylor Swift.
They say I did something bad, but why’s it feel so good? Most fun I ever had and I’d do it over and over and over again if I could. It just felt so good!
  Cockiness, Rihanna.
Suck my cockiness, lick my persuasion, eat my poison and swallow your pride down.
Wasabi, Little Mix.
Lick me up, I’m sweet and salty, mix it up and down my body. Love to hate me, praise me, shame me… Either way, you talk about me.
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gabrielmar1222 · 4 years
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As cores parecem mais frias que outrora, as flores ainda desabrocham mas seu cheiro não e mais tão inebriante, o mundo ainda gira mas para meu coração tudo está parado em somente um instante.
Me pergunto qual e a medida do aceitável, até onde e justo ou não desistir, pra falar a verdade sei que não devo, mas meu pior cobrador sou eu mesmo, até onde a desistência e covardia e quando ela se torna necessária para se viver outro dia.
De fato cansado me exílio em meu quarto, as pessoas passam por mim mas quase nunca conseguem ver, será que elas tem ideia de o quanto estou cada vez mais próximo de desistir de viver?
Talvez tudo tenha um sentido, uma razão ou talvez a ordem natural seja só a aleatoriedade desprovida de emoção, no modo aleatório da vida por que só tocam canções que maltratam meu coração?
De casa pro trabalho, do trabalho para casa, até onde existo de verdade e até onde sou só mais uma máquina, uma casca, perdi minhas ambições correndo atrás de um salário que no fim das contas não dá pra comprar nada.
Então e assim que e crescer, bem que você me avisou mãe, saudade de ser criança, saudade de depender, ser o único responsável por mim mesmo, e enganoso, um desastre está para acontecer...
Gmr...
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justaboutafrica · 4 years
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Girma Bèyènè, Geraldo Vandré e o isomorfismo da figura do artista exilado
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 No post de hoje, gostaríamos de propor algo diferente. Ao invés de nos debruçarmos propriamente sobre um tema específico de História da África, vamos mais fazer um exercício de provocação e de reflexão, na tentativa de expandir um pouco mais as nossas percepções e entendimentos sobre o papel que um artista pode vir a ter em seu país, para sua cultura e para a história como um todo. Esse início enigmático e um tanto abstrato tem a ver com uma comparação que levantaremos nas linhas que se seguem, sendo que ela surgiu às nossas cabeças durantes uma das pesquisas que efetuamos para a construção desse nosso Tumblr.
           Dentre muitos nomes, etnias, propostas, ritmos e realidades com as quais tivemos contato na busca por temas interessantes a serem tratados, deparamo-nos com uma curiosa figura: Girma Bèyènè. Como é de praste nas análises que trazemos, aqui, este fora um importante músico e compositor que buscou adaptar para a realidade do continente africano um conjunto estilístico profundamente influenciado pelo jazz, mas mesclado com as formas típicas de seu país e/ou região. No caso de Bèyènè isso não foi diferente: ele tentou trazer para sua terra, a Etiópia, os arranjos que tomavam contam do mundo e que, como vimos, vinham se tornando muito populares em outras regiões de seu continente. Tanto isso é verdade, que ele é lembrado como um dos célebres artistas etíopes da Era de Ouro dos Vinis, que teve seu início no fim dos anos 60 e que acabou se encerrando nos idos de 1978.
           Mesmo que por de trás das telas ele tenha ajudado a compor uma vasta quantidade de músicas que ganharam o país nesse recorte temporal, é fato que o músico só nos relegou 4 canções nas quais aparece como vocalista (Set Alamenem, Enken Yelelebesh, Ene Negn Bay Manesh e Yebeqagnal). Porém não é sobre isso que queremos nos debruçar, mas sim sobre a sua careira após o seu auge. Isso porque, Bèyènè, mesmo tendo alcançado muito sucesso na época em que tocou e que tenha ganhado o gosto popular na Etiópia, veio a buscar exílio nos Estados Unidos, onde permaneceu em silêncio por 25 anos, deixando para trás todo o seu legado e toda relevância no campo musical de seu país. Esse verdadeiro ato de fuga– e o ponto central para a nossa reflexão – foi feito com base nos temores do artista com a tomada de poder feita em 1974 pela junta militar etíope, que fez valer naquela região do leste africano um governo provisório socialista que ficou conhecido como Derg.
           Passados os anos, tivemos, em 1987, a decadência desse regime, em decorrência, sobretudo, da perda da influência soviética no âmbito global e da consequente queda de seus interesses no continente africano - o que tornou o regime ditatorial frágil e vulnerável às forças democráticas. No entanto, seriam necessárias mais três décadas para que víssemos o retorno de Bèyènè aos palcos e à sua terra natal. A grande ressurreição dessa lenda da música etíope veio a acontecer com o lançamento de seu álbum Mistakes on Purpose, no qual vemos a figura de um artista já maduro, mas, ainda, na busca pelo seu legado, pela revisitação de seu passado, de sua memória e de suas próprias contradições.
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           E foi, justamente, nesse ponto em que vimos aberta uma curiosa e inegável semelhança entre um caso vindo do outro lado do Atlântico, das terras tupiniquins, e aquilo que temos falado sobre Bèyènè. Acreditamos que seja quase um clichê da licenciatura as aulas de ensino fundamental nas quais o professor passa aos alunos as músicas de protesto que tanto eram comuns à época da ditadura, como forma de melhor os situarem no contexto e fazer com que a dinâmica seja mais atrativa para eles. No nosso caso, isso não foi diferente, sendo que uma figura em particular se manteve viva nas nossas considerações: Geraldo Vandré, o responsável pela famigerada ‘Para não dizer que não falei das flores’.
           Tempos atrás nos vimos pegos por uma curiosidade acerca da carreira desse importante músico brasileiro que é tão mencionado quando falamos sobre 1964, mas que pouca ou quase nenhuma atenção recebe na mídia atual. Com uma rápida pesquisa compreendemos o motivo para tanto: perseguido pelo regime, Vandré fugira do país em 1969 e, mesmo após seu regresso ao país quatro anos mais tarde, renegou seu passado na música, afastou-se dos palcos e passou a se dedicar à carreira jurídica. Décadas depois, quando finalmente quebrou seu silêncio e veio a público, ele já nos aparecia como um outro homem, recusando todo o passado, afirmando que sua mais famosa música não passara de uma crônica daquilo que ele presenciara na Passeata dos 100 mil, não podendo ser ela enquadrada como sendo uma música de protesto. Além disso, de forma inesperada, Vandré ressurgiu como alguém que nutre profundo apreço pelas ordens militares e, mais especificamente, pela aeronáutica, a quem dedicou uma de suas mais recente músicas e com quem promoveu uma apresentação na qual veio a expulsar militantes de esquerda que protestavam a favor de Marielle Franco.
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           Conforme fica evidente, a trajetória desses dois artistas nutre de grandes semelhanças, mesmo que pertençam a realidades praticamente dissociadas e que nutrem de poucas intersecções entre si. No entanto, achamos interessante coloca-los um ao lado do outro para que bem possamos entender que existiu, entre os anos 1960 e 1970, uma verdadeira tendência de artistas e da própria cultura frente aos governos militares que eram patrocinados por um e ou lado que figuravam na Guerra Fria. Ainda que seja delicado fazer tal tipo de análise com base em apenas dois casos, é fato que ao menos factualmente Vandré e Bèyènè nos aparecem como dois artistas que abandonaram o sucesso e toda uma carreira que emergia ao estrelado em decorrência de suas desavenças e de seus medos para com os regimes de seus países. Os dois, de modo muito semelhante, parecem ter nutrido em exílio um grande temor e uma espécie de receio que os manteve calados por anos, mesmo que a vocação principal deles fosse a música. Frente a isso, perguntamo-nos se seria possível estudos mais amplos e que, em certa medida, fossem para além daquilo que tradicionalmente se busca em termos de aproximação entre Brasil e África, tendo em vista que existem muitas particularidades que possibilitam esse tipo de abordagem por caminhos que não são tão intuitivos.    
Referências
1- https://www.africabib.org/rec.php?RID=242733395
2- http://www.tadias.com/12/04/2016/new-ethiopiques-cd-celebrates-legend-girma-beyene/
3- https://www.last.fm/music/Girma+Bèyènè/+wiki
4- http://blogs.jornaldaparaiba.com.br/silvioosias/2020/09/12/a-morte-e-a-ressurreicao-de-geraldo-vandre-que-chega-hoje-aos-85-anos/
5- https://www.redebrasilatual.com.br/revistas/2018/12/geraldo-vandre-o-ultimo-show-e-a-volta-silenciosa/
6- https://oglobo.globo.com/cultura/cinquenta-anos-depois-geraldo-vandre-volta-cantar-para-nao-dizer-que-nao-falei-das-flores-22523538
7- https://www.youtube.com/watch?v=OpUcFX2qVFA
8- https://www.youtube.com/watch?v=uIb-QqS29ik
9- https://www.youtube.com/watch?v=FByQWCMZY2s
10-https://www.youtube.com/watch?v=oISclvtT6X0
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odijr · 1 year
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ninaemsaopaulo · 4 years
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Hoje é aniversário de 76 anos de Chico Buarque. Esse é o tradicional post de todo ano, de agradecimento por viver no mesmo espaço-tempo que esse homem, onde sempre escolho uma ou duas músicas dele para declarar meu amor por ele.
No isolamento social, ouvi muito sua discografia. Não é uma novidade, ouço Chico Buarque dia sim e dia também, mas há três anos escrevi sobre “Iracema”, uma canção de exílio, e volto a falar dela porque fazer quarentena numa cidade que não é a minha intensificou ainda mais essa sensação de exílio, como se eu precisasse me esconder - e não foi isso mesmo? Fora a solidão, semanas nas quais fiquei incomunicável, uns dias afoita e doida pra ligar a cobrar - para quem? Deve ser a terceira ou quarta vez que falo sobre essa música, pois todo ano “Iracema” renova em mim seu significado: com os sonhos que a personagem tem, os planos que coloca em prática, os amores que conhece e até mesmo a não-vontade em retornar.
Ano passado, quando eu podia ler no ônibus sem ficar tonta, sem me sentir sufocada entre o óculos e a máscara, o livro de Wagner Homem, que narra as histórias das canções do Chico, me contou que “Iracema” foi uma canção encomendada para um filme, mas não ficou pronta a tempo: “o filme foi finalizado em três ou quatro meses, a música me pediu sete”, disse Chico.
Há três anos gostei de falar sobre essa ligação telefônica que continua as narrativas de “Bye bye, Brasil” e “Anos dourados”, observação muito bem feita por José Miguel Wisnik. Daí que hoje me lembrei de algo que Caetano disse sobre Chico, provavelmente no documentário Coração Vagabundo, algo que nunca entendi antes de VIVER o disco As Cidades: “Chico Buarque é mais São Paulo que Rio de Janeiro”. É verdade, faz sentido. Tem uma coisa no Chico que é muito cosmopolita e muito do mundo todo, mas você só percebe quando se encontra fora do ninho, da sua zona de conforto e de tudo que já conhece. O disco As Cidades é meu favorito do Chico e, junto com algumas canções do Belchior, é o que me fortalece aqui em São Paulo.
Dia 26 é aniversário de Gilberto Gil, volto para falar sobre “Back in Bahia”. Em agosto, mês do solar Caetano, “Vaca profana”. Junto com “Iracema,” essa é minha tríade de canções sobre não-pertencimento, sobre quem não sabe voltar para casa.
Parabéns, Chico.
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ceusemqueda · 1 year
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Decifrar o teu tom é uma religião entorpecida e curvou o meu peito entre garras e margaridas, e tudo parecia tão terrivelmente adorável até você me deixar ir. Então eu afundo no piso laminado, pois eu estou cercada pela sua áurea e pelo seu planeta novel longíquo. Lavada pelo teu signo, pelo teu silêncio maculado, me olho e o meu reflexo por pouco não desaparece do espelho. Me pergunto onde eu perdi o meu coração e tento encontrá-lo nos últimos lugares antes de te ver apartar; no aperto da rua, na multidão se esbarrando nos vagões, nos fotografias ainda não reveladas. A tristeza me cobre mais uma vez onde o espírito encontra a senhora desesperança dançando entre os discos de vinil e o piscar dos cílios. O seu nome pesa das minhas vísceras até rachar a louça áurea na cozinha. Não há mais pelo que esperar, então o exílio me amarrota cedo como antes, e apenas as velhas canções esculpidas em preto e branco me levam para casa; mas o meu pesar há de se embriagar dos rios onde os poetas ainda escrevem, depois de terem seus corações definhados por uma serpente azul. Sem disfarces, pétalas brancas hão de cair como louvores dos meus ossos, e eu vou renascer no crepúsculo.
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reinato · 4 months
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Devocional Jovem AMADOS
MÃES
Assim como uma mãe consola seu filho, também Eu os consolarei; em Jerusalém vocês serão consolados. Isaías 66:13
Há um lago bem bonito perto do prédio da reitoria do Unasp. Esse era um dos meus lugares prediletos no campus, onde eu podia passar um tempo sozinho, orando e compondo canções. Lembro-me de uma vez, em especial, que desci para lá de bicicleta. Naquele dia, havia uma surpresa no caminho. Tive que parar em respeito a um grupo de filhotes de ganso que atravessava a estrada de terra e contemplar a cena. Acontece que a travessia estava durando mais do que eu considerava razoável.
A certa altura, tomei a decisão de interromper o desfile e abrir caminho, afinal, eu não tinha todo o tempo do mundo. Quando dei um passo à frente, como que os desafiando, percebi que surgiu do meio das plantas um ganso maior. Pelo jeito que me olhava, logo entendi que era a mãe gansa. Ela veio andando impaciente em minha direção. Confesso que fiquei assustado, mas pensei: é só um ganso! Respirei fundo, coloquei a bicicleta na frente e decidi continuar. Tudo o que consigo lembrar a partir desse ponto é de uma mãe gansa se transformando em uma fera do Apocalipse. Ela fazia barulhos ensurdecedores, movimentava as asas e avançava em minha direção. Imediatamente refiz o meu plano. Dei meia-volta e não olhei mais para trás.
Sempre que passo por aquele lugar, eu me lembro dessa história e do que aprendi com ela. Mais do que uma mãe gansa, naquele dia, eu conheci uma verdade universal: mães são capazes de fazer tudo pela sobrevivência de seus filhos.
Há uma espécie de instinto materno que transcende o tempo, a cultura e até a lógica. Esse é, em realidade, um impulso divino. Muitas pessoas se sentem à vontade com a imagem masculina de Deus. Deus é pai, guerreiro e juiz. Mas, na Bíblia, encontramos diversas imagens femininas para ensinar como Deus é e como Ele age em nosso favor. No texto de hoje, o profeta Isaías fala ao povo no exílio. Eles estão longe de casa. Foram derrotados, quebrados e humilhados. Então o profeta diz: “Deus vai cuidar de vocês como uma mãe cuida de seu bebê.” Que imagem magnífica do cuidado divino!
Deus é assim. Ele criou você e tem sonhos lindos para o seu futuro. E, se algum dia a vida o ferir, em Seus braços há consolo e cura. Creia!
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arielfagundes · 4 years
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Entrevista exclusiva com Charly García publicada na revista Noize #75 Confira a revista aqui: https://bit.ly/32w5rgj 
- Exclusivo: Charly García está em paz Texto Ariel Fagundes Fotos Nora Lezano/Divulgação
A maior lenda do rock argentino fala sobre sua relação com o Brasil, Os Paralamas, as drogas e o milagroso lançamento de seu novo disco, Random. Após quase 50 álbuns lançados desde 1972, um prêmio especial do Grammy por sua Excelência Musical, o título de Doutor Honoris Causa da Universidad Nacional de General San Martin, tornar-se Cidadão Ilustre de Buenos Aires, ser o nome mais importante do rock argentino de todos os tempos e ter sobrevivido a décadas de uma escandalosa rotina de excessos, Carlos Alberto García Lange chegou aos 66 anos tendo a vida e a morte como suas amigas íntimas. 
A mídia explorou sua imagem à exaustão e foram famosas as brigas, inclusive a socos e pontapés, que ele teve com profissionais da imprensa quando era mais jovem e mais explosivo. Dar entrevistas nunca foi seu passatempo favorito, mas, aqui, publicamos uma exclusiva que Charly García concedeu à NOIZE em uma ocasião rara, talvez motivado pelo fato de a revista ser lançada com o vinil de uma banda que se tornou sua amiga. 
Lacônico, mas amável, respondeu a todas as perguntas feitas exceto uma: “Como está sua saúde?”. Desde 2008, o artista enfrentou uma série de internações e seu silêncio aqui apenas demonstra que a questão, no fundo, não era tão importante assim.
Charly García já deu provas suficientes de que, não importa o aconteça, jamais irá morrer.
La suerte del azar
No dia 21/12/2016, Charly foi hospitalizado devido a um quadro de febre e desidratação. Teve alta no Natal, mas, no dia 28, foi internado para novos exames e só saiu do hospital no dia 31. Ninguém imaginava que, semanas depois, em 24/2/2017, sairia o impressionante Random. Esse é o seu 13º disco solo e seu primeiro álbum de estúdio desde Kill Gil (2010). É também o primeiro que traz apenas músicas inéditas e escritas pelo próprio Charly desde o clássico Say No More (1996) e o primeiro feito só com composições posteriores à série de internações pós-2008.
Nele, Charly gravou voz, piano, teclado, guitarra, violão, baixo, bateria, bateria eletrônica e fez os samples, loops e programações. Também criou a ilustração da capa e todo conceito gráfico do disco, que traz na capa o ichthys, símbolo em forma de peixe usado pelos primeiros cristãos, e, nos créditos, agradecimentos “aos fiéis da Igreja do Peixe” (em espanhol, “pescado”). Seria uma alusão a uma das bandas mais clássicas do rock argentino, o Pescado Rabioso, um ataque irônico ao Cristianismo (que também é citado nas faixas “Amigos de Dios” e “La Máquina de Ser Feliz”) ou uma homenagem sincera aos devotos de Jesus?  
“Random é um álbum conceitual, assim como La Hija de la Lágrima (1994)”, é a resposta de Charly quando o assunto é o tema do disco. Vale notar que ele se refere ao que muitos consideram seu último grande trabalho antes do álbum atual. Aquele disco foi gravado de forma caótica, explorando a aleatoriedade da criação musical. Agora, Charly conta que extrapolou esse conceito fazendo com que a lista de faixas de Random fosse escolhida for um sorteio de computador. “A inspiração é o 2001: Uma Odisseia no Espaço”, explica. 
Tal qual o filme de Stanley Kubrick, que também é citado na música “Ella Es Tan Kubrick”, Random faz uma ponte entre elementos artísticos do passado, presente (e quiçá do futuro) unindo o rock n’ roll a melodias da música clássica e a beats de música eletrônica. 
Outra semelhança entre o filme e o álbum é que ambos trazem uma atmosfera perturbadora e crítica. Na faixa “Primavera”, Charly canta com acidez: “Ahora que estoy rehabilitado / Saldré de gira y otra vez / Me encerrarán cuando se acabe / Y roben lo que yo gané” (em português, algo como: “Agora que estou reabilitado, sairei de novo em turnê, me deixarão fechado quando acabe e roubem tudo que eu ganhei”. Já a letra de “Amigos de Dios” mira nas igrejas neopentecostais que inundam as TVs argentinas com seus programas: “Son brasileros o de otro país / Todos se esconden bajo de un tapiz / Esto con Hitler ya pasó / El milagro de una mala actuación” (“São brasileiros ou de outro país, todos se escondem embaixo de um tapete, isso com Hitler já aconteceu, o milagre de uma má atuação”). O senso de humor sulfúrico de Charly não dá desconto nem quando o assunto é ele mesmo. Em “Otro”, canta: “Yo quería ser fascista / Pero no me fue bien / Después psicoanalista / Pero ahí me asusté” (“Eu queria ser facista, mas não me dei bem. Depois, psicanalista, mas aí me assustei”).
- [Componho] dando pistas diretas ou indiretas que correm paralelamente às canções e “obrigam” o ouvinte a completar a história. [Em Random,] debaixo das músicas, há uma história, que, creio, foi entendida - diz.
Os números apoiam sua tese: Random ganhou Disco de Ouro na Argentina tendo vendido mais de 20 mil cópias, um feito e tanto na era do streaming. “Eu me sinto honrado pela recepção que teve um álbum onde a ordem das canções foi escolhida por uma máquina”, afirma o músico provavelmente destilando outra dose de ironia.
El maestro del rock porteño
O sociólogo argentino Pablo Alabarces resume bem a importância de Charly García no prólogo do livro 100 Veces Charly (2016), de José Bellas e Fernando García:  
- [Ele] significou muito para a música argentina. [Fez] a primeira banda de massas, a primeira banda de rock progressivo consistente, a primeira superbanda, a passagem à modernidade pop-roqueira; e, além disso, algumas das melhores canções da história da música popular nativa.
Tudo isso começou quando Carlos tinha três anos e se interessou pelo piano. Logo ficou ficou evidente que tinha ouvido absoluto e um dom sobrenatural para a música. Aos cinco, sua família lhe botou em um conservatório para seguir estudando e, aos 12, já dava aula de teoria musical e solfejo. Para desgosto dos pais, a carreira de pianista clássico foi por água abaixo no início dos anos 1960, quando chegou a adolescência e ele conheceu o rock. 
Em 1966, aos 15, Charly formou sua primeira banda de covers, a To Walk Spanish. Em 67, conheceu Nito Mestre e formou o Sui Generis, que se tornaria um marco na Argentina. Seu disco de estreia, Vida (1972), lançou canções cantadas até hoje, como “Canción Para Mi Muerte” e "Quizás Porqué". Já o álbum Pequeñas Anécdotas Sobre Las Instituciones (1974) desafiou o contexto político da época e foi um dos primeiros a ser censurado no país: duas de suas faixas foram cortadas e outras quatro só puderam sair com modificações nas letras.
Apesar do sucesso, em 1975, o Sui Generis se desfez. Em 76, Charly e Nito se uniram a León Gieco, Raúl Porchetto (músicos que já eram famosos na época) e Maria Rosa Yorio, cantora e mulher de Charly que, pouco depois de ter um filho com ele, o deixou para se casar com Nito. O grupo se chamava PorSuiGieco y su Banda de Avestruces Domadas, fez apenas três shows e gravou só um disco homônimo. Ao mesmo tempo, já estava nascendo o projeto seguinte de Charly, La Máquina de Hacer Pájaros, uma banda de rock progressivo que lançou dois discos. Apesar de serem cultuados, esses álbuns não venderam muito e o grupo só durou até 1977. 
Naquele ano, Charly estreou como artista solo criando um evento chamado El Festival del Amor, em que tocou sozinho e com vários amigos e ex-parceiros. Parte do show foi lançado no primeiro disco solo de Charly, o ao vivo Música del Alma, que só sairia três anos depois de ser gravado.
Temendo a repressão da ditadura argentina, Charly alugou uma casa em Búzios (RJ) onde passou meses com amigos e sua nova mulher, a bailarina brasileira Marisa “Zoca” Pederneiras, com quem foi casado até o fim dos anos 1980. O que faziam lá? “Compor, pescar e tomar ácido, entre outras coisas. Depois, nos mudamos para São Paulo em uma camionete”, contou Charly em entrevista publicada Rolling Stone da Argentina em 1º de junho de 2002.
Foi nessa viagem que surgiu sua nova banda, Serú Girán, que logo seria um estouro na Argentina. Questionado sobre sua passagem por Búzios e sua relação com o Brasil, disse apenas que ama nossa música: “Sempre gostei do seu ritmo e da sua harmonia tão rica em acordes e doçura, que eu associo com o tango”. 
Em 1982, quando acabou, o Serú Girán estava no seu auge. A partir dali, Charly se tornou oficialmente um artista solo, ainda que tenha se reunido com Sui Generis e Serú Girán em algumas turnês, tenha até gravado com eles nas décadas seguintes e também com outros parceiros musicais.
Solito y feroz 
O primeiro álbum solo de estúdio de Charly foi o Yendo De La Cama Al Living (1982), que saiu como um disco duplo acompanhado do ao vivo Pubis Angelical. Charly então passou a soar ainda mais pop e ainda mais experimental do que era nos grupos anteriores. Em 82, já usava a recém criada drum machine Roland TR 808, cujo som e usabilidade redefiniriam os rumos do pop mundial nos anos seguintes.
Seu segundo disco, Clics Modernos (1983), lançou “No Me Dejan Salir”, faixa feita com o sample de “Please Please Please” tornando esse o primeiro álbum do mundo a trazer um sample de James Brown. Hoje, James Brown é considerado o artista mais sampleado de todos os tempos. Seu terceiro disco, Piano Bar (1984), além de contar com o jovem Fito Páez na banda de apoio, lançou “Rap del Exílio” quase dez anos antes de o hip hop chegar na Argentina. 
O disco seguinte, Parte De La Religión (1987) também tinha um rap, o “Rap De Las Hormigas”, e Os Paralamas do Sucesso gravaram essa faixa como convidados do disco. Paula Toller, do Kid Abelha, tinha uma relação com Herbert Vianna na época e gravou com Charly “Buscando Um Símbolo De Paz”. Os brasileiros haviam feito amizade com o argentino um ano antes. 
“Conheci eles através do seu empresário e imediatamente surgiu uma amizade que espero que seja duradoura”, diz Charly, que segue: “Quando estamos tocando juntos, há uma cumplicidade e uma empatia que vai além do simples fato de estarmos tocando juntos”. No ano seguinte, Charly gravou o piano de “Quase Um Segundo”, do álbum Bora Bora d’Os Paralamas. Em 1989, Herbert voltou a gravar com ele a faixa “Zocacola”, do disco Cómo Conseguir Chicas. 
Nesse momento, Charly García já estava mais do que consagrado, fazendo shows em estádios e vendendo muitos discos. Porém, o sucesso veio com um crescente consumo de drogas e o artista passou a ser conhecido por um comportamento violento. 
A cidade argentina de Mendoza que o diga. Em 1983, Charly teve um ataque de fúria lá e destruiu o quarto em que estava no Hotel Plaza, o que inspirou a composição de “Demoliendo Hoteles”, um hit de Piano Bar. Em 1987, lançando o Parte De La Religión, Charly viveu vários incidentes. No voo para lá, brigou com um passageiro e jogou um copo de uísque na sua cara. Quando chegou ao hotel com sua equipe, houve uma discussão e todos foram expulsos. No show, irritado com parte da plateia que lhe gritava “puto”, Charly abaixou as calças e ficou nu no palco, o que lhe fez ser detido pela polícia depois.
Sua primeira internação devido ao abuso de drogas foi em 1991 na Clínica Psiquiátrica Villa Guadalupe. Em 1994, sua mãe lhe internou contra sua vontade provocando um rompimento com filho que nunca foi reparado. O nome de batismo de Charly era Carlos Alberto García Moreno, mas ele trocou o sobrenome materno “Moreno” pelo paterno “Lange”. No disco El Aguante (1998), há uma faixa chamada “Kill my Mother” (em português, “mate minha mãe”).
Em 1995, o jogador Diego Maradona, amigo de Charly, participou de uma campanha governamental chamada Sol Sin Drogas (“Sol Sem Drogas”), lema que fazia referência ao sol estampado na bandeira argentina. Em 1996, Charly lançou um show chamado Drogas Sin Sol. 
Perguntado sobre a relação que manteve com as drogas ao longo do tempo, Charly cita sua maior inspiração musical: 
- O melhor grupo de rock, The Beatles, fez Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, considerado o melhor disco da história, sob a influência de substâncias. [Mas] as drogas não fazem de ninguém um gênio. É uma opção pessoal.  
Apesar das polêmicas e de ser atormentado pela mídia, sua carreira ia bem. Em 95, gravou em Miami o elogiado disco ao vivo Hello! MTV Unplugged; e, em 97, gravou com Mercedes Sosa o álbum Alta Fidelidad, em que a maior cantora da Argentina interpreta composições dele. Mas tudo isso em meio a novos escândalos. Em 98, aos 47 anos, ele namorou uma menor de idade chamada María Florencia; no ano seguinte, após a relação acabar, Charly perseguiu a garota chegando a ir a sua escola tentando lhe convencer a reatar com ele. Na ocasião, houve uma discussão entre eles que envolveu o pai de María e, no fim, Charly acabou sendo detido pela polícia de novo. 
No ano 2000, em uma noite após tocar com Mercedes Sosa em Mendoza, Charly recebeu uma garrafada na cabeça de uma mulher em um bar e, por isso, fugiu para seu hotel (pelo menos, essa sempre foi sua versão). Na manhã seguinte, a polícia foi à porta do seu quarto para lhe levar preso acusado de agressão e assédio sexual. Ao invés de recebê-los, o músico preferiu se atirar da janela do quarto para cair, nove andares abaixo, na piscina do hotel. Seu salto foi filmado pelas TVs locais (procure o vídeo no YouTube, vale a pena) e o mais surreal foi que Charly não sofreu nada com a queda. Pelo contrário, saiu nadando tranquilamente.  
A lista de confusões é enorme. Em 2002, foi detido pela polícia equatoriana após quebrar os equipamentos do palco de um festival; em 2005, causou um grande tumulto em Bogotá quando disse ao público que estava feliz de estar na “Cocalômbia”; em 2007, foi acusado por cinco prostitutas de não ter pagado seus serviços e teve que fugir dos seus cafetões em Mendoza; em 2008, na mesma cidade, teve outro ataque e destruiu mais dois quartos de hotel. 
Depois disso, foi internado por uma pneumonia e, em seguida, foi para uma clínica de reabilitação. A partir de então, se agravaram seus problemas de saúde. Em 2012, sofreu uma queda de pressão e desmaiou no piano no meio de um show em Córdoba. Em 2015, foi internado duas vezes por estar com febre e desidratação e, após quebrar o quadril, precisou botar uma prótese, que infeccionou no ano seguinte.
Apesar de tudo isso, perguntado se tem algum arrependimento em sua vida, Charly García é categórico: 
- No.
El artista es de su pueblo
Desde que tocou no festival Cosquín Rock 2014, foram poucos os shows que Charly fez. Houve algumas apresentações pequenas, mas o primeiro show oficial em três anos foi o lançamento de Random, em março de 2017, quando tocou todas faixas do disco. Anunciado de surpresa no mesmo dia do evento e custando 1000 pesos o ingresso, o show lotou.    
Perguntado sobre a idolatria que existe ao seu redor hoje, Charly não é nada modesto. “Não me sinto idolatrado de uma forma comum, eu me sinto mais bem compreendido”.
No seu último aniversário, em 23/10/17, Charly chamou Fito Páez e Juanse (ex-líder da banda Ratones Paranoicos) para um pequeno show festivo. Em janeiro de 2018, participou de um show do argentino Zorrito Von Quintiero no Uruguai. 
Talvez nunca mais vejamos outra turnê apoteótica de Charly García, mas a maior lenda do rock argentino não parece preocupada com isso. Perguntado sobre qual é o seu objetivo de vida hoje, ele diz apenas: “Deixar as pessoas felizes”.
Pela primeira vez na vida, Charly García parece estar em paz.
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