Tumgik
#cap201
As aventuras das três espiãs demais
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Havia muito sangue espalhado pela sala.
Havia sangue sob a mesa, parede e até mesmo nas minhas roupas.
Costurar aquelas partes de boi não foi ad fácil, e eu não esperava que fosse espirrar tanto sangue como aconteceu.
Mas agora está feito, e eu e Castiel finalmente conseguimos trazer à vida a nossa mais nova criação: "Boixodia".
Nova não é bem a palavra, mas antiga também não se encaixaria bem.
Assim que terminamos a costura, Castiel começou a falar empolgado sobre o que faríamos em seguida. 
"CARALHO, ALEXYYYY, AGORA QUE TEMOS NOSSO BOIXODIA, A GENTE VAI PEGAR AQUELE FILHO DA PUTA DO NATHANIEL E ENFIAR ESSA COISA NA CARA DELE!"
Castiel estava radiante com a nossa realização. 
"Cara, isso é tão foda! Olha só como ele solta ácido!", exclamou, apontando para a criatura. "Agora, o que vamos fazer com ele?” Eu não tinha a menor ideia. 
"Não sei, talvez possamos usá-lo como arma secreta contra nossos inimigos?", sugeri. 
"Ou talvez possamos estudá-lo e ver como funciona?" sugeri mais uma vez.
Castiel balançou a cabeça em negação intensa. 
"Não, cara, isso é chato. Vamos fazer algo mais divertido com ele. Talvez possamos usá-lo em shows!" Eu franzi a testa em dúvida ao ouvir sua afirmação. 
"Shows? Como assim?" 
"Shows de rock, cara! Nós podemos trazer ele para o palco e deixar ele soltar ácido enquanto eu toco guitarra! Seria tão foda!"
"Castiel, isso é completamente louco", eu disse, mas ele já estava muito animado com a ideia.
“PORRA ISSO É LOUCO?! E TRAZER UM BOI DE VOLTA A VIDA É DE BOA NÉ? SE FUDER ALEXY. Vamos fazer isso! Vamos precisar de alguns acessórios, é claro. Talvez possamos pegar algumas luzes e fogos de artifício, para dar um efeito ainda mais legal. E vamos precisar de algumas roupas novas também." Eu suspirei. 
"Calma, Calma, Castiel. Vamos pensar direito nisso antes de fazermos algo muito louco. Castiel, isso é muito arriscado. E se alguém descobrir o que fizemos? Fora que isso não tem sentido ALGUM! Olha, eu concordei em fazer isso porque tava entediado, mas essa merda toda que tu tá falando tem logica alguma! Um show?!"”
Ele deu de ombros. "Eles nunca saberão. Nós somos discretos. E, de qualquer forma, é melhor do que simplesmente deixar Boixodia na sala de experiências para sempre."
“Não tem como ser discreto com um boi que solta acido em UM PALCO DE SHOW Castiel!” eu exclamei.
Mas ele insistia incansavelmente que a ideia dele era genial.
Por que concordei com isso mesmo?
Eu não tinha como argumentar com isso. Castiel sempre foi teimoso, e quando ele tinha uma ideia em mente, nada poderia detê-lo. Parecia a Boreal, então só segui o fluxo, tava entediado mesmo.
Então, nós começamos a planejar o show. Castiel passou horas criando uma nova música para tocar enquanto Boixodia soltava ácido. Eu, por outro lado, passei todo o meu tempo estudando a biologia da criatura e tentando entender como ela funcionava.
Eu realmente não estava levando aquilo a sério.
Mas, infelizmente, nem tudo correu como planejado. Enquanto ensaiávamos para o show, começamos a perceber que estávamos sendo vigiados. Sempre que olhávamos pela janela, víamos carros pretos estacionados do lado de fora do prédio em que estavamos, que alias, era o antigo apartamento do Castiel.
Eu tentei avisar Castiel sobre isso, mas ele não queria ouvir.
"Eles não podem fazer nada, cara. Nós não estamos fazendo nada de errado", disse ele, ignorando completamente o fato de que tínhamos costurado um boi morto e o havíamos ressuscitado como uma criatura que solta ácido.
Mas, é claro, isso era apenas o começo dos nossos problemas. 
"OK, Castiel. Mas precisamos planejar direito. Vamos para o laboratório e estudar as propriedades desse Boixodia antes de sair por aí causando o caos." "PORRA, ALEXY, VOCÊ É MUITO CHATO. MAS TUDO BEM, VAMOS PARA O LABORATÓRIO." Fomos para o laboratório da faculdade e começamos a estudar o Boixodia. Descobrimos que ele soltava ácido quando ficava nervoso ou excitado, e que sua força física era enorme. Mas, ao mesmo tempo, ele parecia ter uma inteligência limitada. "PORRA, ALEXY, ISSO É INCRÍVEL. IMAGINA O QUE PODEMOS FAZER COM ESSA PORRA?", disse Castiel, empolgado. "Sim, mas precisamos ter cuidado. Não podemos deixar que essa coisa saia do controle. Precisamos encontrar um jeito de controlá-lo." Ficamos horas estudando o Boixodia, até que Castiel teve uma ideia. "PORRA, ALEXY, EU TENHO UMA IDEIA. E SE USARMOS A MÚSICA PARA CONTROLÁ-LO? AFINAL, ELE É UMA ABERRAÇÃO, NÃO É? E TODA ABERRAÇÃO GOSTA DE MÚSICA." Aquela ideia parecia meio maluca, mas, ao mesmo tempo, fazia sentido. Decidimos testá-la. Castiel começou a tocar sua guitarra e, para nossa surpresa, o Boixodia ficou calmo e até parecia gostar da música. "PORRA, ALEXY, ISSO É INCRÍVEL. AGORA PODEMOS CONTROLAR ESSA PORRA. VAMOS LÁ, VAMOS PARA AS RUAS. QUERO VER A CARA DO NATHANIEL QUANDO ELE VÊ ESSA ABERRAÇÃO." 
“PORQUE VOCÊ QUER MOSTRAR ISSO PRO NATHANIEL?! NÃO TEM SENTIDO!” 
“PORQUE ELE É CONTRA E ACHA IMPOSSÍVEL!” eu só consegui respirar fundo e voltar aos meus afazeres.
Eu confesso que estava divertido nosso experimento, e nós realmente fizemos essa aberração com a intenção de deixá-la jogada nessa linha temporal pra que Lysandre tivesse que lidar com ela, mas vendo a empolgação em fazer merda do Castiel me contagiou.
Eu notei mais uma vez que alguém estava nos observando pela janela e cutuquei discretamente o Castiel.
“Castiel… Alguém realmente está nos observando, e isso não é bom…” Castiel dessa vez não ignorou.
“Alexy, é o seguinte, vou fingir como quem não quer nada lá fora pra ver se descubro algo, me espera aqui com o Boixodia.” ele falou baixo, em tom sério e com um rosto tão sério quanto. Esse Castiel é um gostoso mesmo, nossa, fico até sem ar pensando naquela cara que ele fez.
Quando ele fala serio me faz até sentir coisas.
Eu continuei agindo normalmente para as pessoas que nos vigiam não notarem nada de diferente, mas estava de olho na situação toda enquanto Castiel ia lá fora verificar esses “espiões”.
Castiel voltou discretamente como quem só foi pegar algo pra bebermos.
“Acho que são de alguma organização governamental Alexy. Pode ser algo do Lysandre ou até mesmo daquela organização que perseguia a Boreal. Temos que ficar ligados.” ele dizia baixo enquanto me entregava um energético.
Eu só acenei positivamente sorrindo pra ele naturalmente, porém, pensativo sobre o que eu faria.
De repente, ouvimos um barulho alto e o som de portas sendo arrombadas. Castiel e eu nos olhamos em pânico. 
"Merda, eles descobriram!", eu gritei, enquanto corria para tentar encontrar um lugar para nos escondermos. 
Castiel pegou Boixodia e correu para fora da sala, tentando escapar pela porta da sacada, que também estava cercada, ele volto rapidamente e já gritou comigo enquanto me puxava pra fora empurrando os agentes e puxando o Boixodia pra um esconderijo na área de limpeza do prédio, ele morava ali, obviamente ele conhecia bem o local.
"PORRA, ALEXY, NÓS TEMOS QUE AGIR RÁPIDO ANTES QUE ESSA ORGANIZAÇÃO GOVERNAMENTAL CHEGUE AQUI. ELES VÃO FAZER DE TUDO PRA NOS PARAR."
Eu sabia que Castiel tinha razão. Aquela organização governamental estava atrás de nós sabe-se lá a quanto tempo, talvez há dias e não podíamos nos dar ao luxo de ficar esperando. Especialmente com a missão importante que estávamos fazendo com a Boreal. Vamos ser sinceros, Castiel e eu só queríamos trollar o Lysandre, não era como se estivéssemos fazendo algo realmente importante com o Boixodia. Precisávamos agir rápido.
“Eu tive uma ideia, Castiel.” falei já saindo do esconderijo.
Eu fiquei para trás, tentando distrair os invasores enquanto Castiel fugia com a nossa criação.
Eles me encontraram rapidamente e me capturaram antes que eu pudesse sair do prédio. Mas ei me sentia seguro, afinal, sabia que o Castiel não me deixaria pra trás.
Fui levado para uma van preta, onde me prenderam em uma cela pequena e escura. O carro começou a se mover, e eu fiquei me perguntando o que diabos estava acontecendo.
Eu sabia que estava em encrenca.
Fiquei em silêncio, tentando descobrir o que poderia dizer.
"Responda-me", o homem ordenou. 
"O que vocês faziam naquele quarto com pedaços de carne?".
Ali eu decidi meter o louco e sim, cedi e comecei a contar tudo o que tinha acontecido, era tudo muito absurdo, então nada mais justo. 
Falei sobre como tínhamos costurado o boi morto e como Castiel tinha ficado animado em usar a criatura em um show de rock. 
"Nós não sabíamos estarmos fazendo algo errado", eu expliquei bancando o inocente, mas, no fundo, eu queria rir muito da situação.
Medo é algo que já perdi tem tempos. E pudor eu nunca tive.
O cara estava entre acreditar e desacreditar. Ele provavelmente se questionava sobre a veracidade da história e sobre o quanto tínhamos de QI naquele momento.
Notei que eles estavam em contato com alguém, não faço a mínima ideia de quem.
Mas podia ouvir as vozes do outro lado da linha. 
Parecia que estavam tentando confirmar a nossa história e alguém confirmava a veracidade de alguma forma. 
Enquanto isso, eu aproveitei para avaliar o local em que estava preso. Era uma cela pequena dentro da van, sem janelas, com uma única porta de metal. Eu sabia que não seria fácil escapar dali, mas também não podia ficar parado esperando pelo pior. 
De repente, ouvi um barulho de explosão vindo de fora. Era como se algo tivesse sido arremessado contra a van. 
As vozes que eu ouvia pelo rádio ficaram agitadas e comecei a ouvir gritos e disparos. Eu não sabia o que estava acontecendo, mas estava claro que alguém estava tentando nos resgatar. A porta da van se abriu bruscamente, e eu vi Castiel sorrindo para mim. "Vamos sair daqui, Alexy!" ele gritou, e me puxou para fora da cela. 
Nós corremos para fora da van, pulando por cima dos corpos dos agentes caídos no chão e subindo no Boixodia que estava com uma cela.
E assim, saímos para as ruas com o Boixodia, controlando-o com a música, sim, Castiel o fez. As pessoas olhavam para nós com medo, mas nós estávamos tão empolgados que nem ligávamos para isso.
Era realmente emocionante fugir do governo montado em um boi zumbi que expelia acido e era controlado por música.
Era a coisa mais sem noção que eu já vi na vida, mais do que minha cunhada ser um alienígena ciclope de outra dimensão.
Eu não ligava pros civis nos vendo, o que realmente me preocupava era a reação daqueles que estavam atrás de nós. Eu sabia que não era uma simples coincidência que estávamos sendo perseguidos. Eles estavam atrás de algo grandioso, algo que poderia mudar tudo. E isso, sem dúvida, tinha a ver com a nossa criação.
“Cara, que loucura foi essa que a gente fez?” perguntou Castiel, olhando para a criatura diante de nós nos levando pra longe e rindo. 
“Boixodia 2.0, meu amigo! Esse sim valeu a pena! Essa tua ideia de controlar ele com musica foi genial!” respondi, rindo. 
“Agora que tem dois…Criamos uma nova espécie!” Castiel falava no auge de sua empolgação.
“De qualquer forma, precisamos nos esconder. Eles estão chegando cada vez mais perto. Quem são ‘eles’?” perguntei, desconfiado e pensativo enquanto notava que os agentes estavam atrás de nós.
“Ainda não sei. Mas tenho um palpite.” ele respondeu, olhando com uma expressão séria. 
“E qual é esse palpite?”
“Nathaniel.” 
“O quê? O Nathaniel? O cara que viaja no tempo e é super religioso? O cara todo certinho? Qual o sentido disso?? De onde tirou essa ideia Castiel??” Eu estava surpreso com sua resposta, mas curioso até onde seu raciocínio iria. Até porque não tínhamos Nathaniel nessa linha, pra ser sincero, não tinha mais ninguém aqui. Armin do passado levou todos para locais diferentes. 
“Sim. Ele é capaz de coisas que você nem imagina. E eu tenho certeza de que ele está por trás disso tudo.” Castiel insistia. Eu realmente não via sentido ALGUM na lógica dele.
“Mas porque justo o Nathaniel?” perguntei, ainda sem entender. 
“Eu não sei exatamente. Talvez ele esteja tentando nos impedir de fazer algo grandioso. Talvez ele esteja tentando impedir a criação de uma nova espécie. Mas não importa. Precisamos fugir.” ele insistia tão sério na ideia que comecei a cogitar real.
“E para onde vamos?” perguntei preocupado.
“Eu tenho um amigo que pode nos ajudar. Ele mora em uma cidade próxima daqui. Vamos para lá pedir ajuda.” Castiel dizia.
“Sabe que estamos em outra linha né? Você tem amigos aqui?” perguntei.
“Obvio, acha que estamos esses meses todos aqui e não interagi com ninguém?” Castiel sorria.
“Tudo bem, vamos nessa. Mas se a gente for pego, eu vou dar um soco em você com a Boreal.” falei rindo. 
“Relaxa, Alexy. Eu sou forte o suficiente para nos proteger.” disse Castiel, erguendo os braços e mostrando seus músculos. E que músculos… Abençoadas sejam Ambre e Boreal que deram pra esse gostoso.
“Eu não tenho dúvidas quanto a isso. Mas é melhor não subestimarmos nossos inimigos. Eles estão atrás de algo muito importante. E não vamos deixá-los nos pegar.” respondi.
Assim, com o Boixodia em mãos e a perseguição dos misteriosos inimigos cada vez mais intensa, eu e Castiel partimos em direção à cidade vizinha em busca de ajuda. 
Mas o que encontraríamos lá seria muito mais do que esperávamos. 
Depois de alguns minutos de corrida, finalmente encontramos um esconderijo seguro, ou pelo menos achamos que era seguro. 
Era uma pequena cabana no meio da floresta, e a porta parecia estar aberta. 
Entramos, e Castiel logo trancou a porta atrás de nós.
“Merda, estamos fodidos” disse ele, agitado. 
“Calma, acho que ninguém nos viu” respondi, tentando acalmar meus nervos e consequentemente os dele também. 
“Como você sabe? E se eles tiverem câmeras escondidas ou algo do tipo?”
“Bem, não tenho certeza. Mas não podemos entrar em pânico agora, precisamos pensar em um plano para sair daqui e ir ver esse teu amigo.” falei.
“Eu tive uma ideia.” disse Castiel, animado puxando o celular. 
“Lembra que eu tenho um amigo que mora perto daqui? Ele é um cara forte e pode nos ajudar. Era pra casa dele que eu estava indo.” quando o Castiel descreveu eu comecei a me lembrar de alguém com essa discrição.
“Você quer dizer o Rodrigue?” perguntei, lembrando-me do amigo de Castiel que era famoso por sua força física. 
“Exatamente! Vou ligar para ele agora. Ele deve conhecer bem essa região. Estamos tentando despistar os caras lá então assim vai ser melhor.” Castiel não parava de olhar as janelas.
Castiel pegou seu celular e discou rapidamente um número. Depois de alguns segundos, alguém atendeu do outro lado da linha.
“Rodrigue, sou eu, Castiel. Preciso da sua ajuda. Estamos em uma cabana no meio da floresta, cercados por pessoas perigosas. Você pode vir aqui e nos ajudar? Eu te envio a localização”
Eu ouvi a voz de Rodrigue do outro lado da linha. Ele parecia estar um pouco relutante em ajudar, mas depois de algum tempo, finalmente concordou em vir nos buscar.
“Ele está a caminho” disse Castiel, animado. 
“Vamos ter que esperar um pouco.”
“Ótimo. Enquanto isso, podemos tentar descobrir mais sobre essa organização.” sugeri já puxando o celular e tentando saber mais. Nessas horas meu irmão seria de grande ajuda… Ele com certeza descobriria mais dados dos nossos perseguidores mesmo se ele só tivesse acesso a um tamagochi ou uma calculadora.
Enquanto eu tentava descobrir algo, Castiel sugeriu de vasculhar a cabana, e assim o fez.
Eu logo desisti ao notar que não encontraria nada, eu não sou meu irmão, infelizmente. Assim como dele não entende nada de bio medicina, eu não entendo nada de computadores.
E assim, começamos a vasculhar a cabana, procurando por qualquer coisa que pudesse nos ajudar a descobrir mais sobre a organização ou sobre a cabana em sí. 
Encontramos alguns documentos e arquivos, mas nada que fosse muito útil. Parecia ser só coisas do antigo dono da cabana.
Depois de algum tempo, ouvimos um barulho do lado de fora da cabana. Castiel correu para a porta e a abriu, revelando Rodrigue do outro lado.
“Vocês estão bem?” perguntou Rodrigue, com sua voz grave. 
“Estamos bem, obrigado por vir.” disse eu, aliviado. 
“Sem problemas, cara. Vamos sair daqui antes que seja tarde demais.”
Rodrigue nos guiou para fora da cabana e começamos a correr pela floresta. Atrás de nós, podíamos ouvir os sons dos helicópteros e dos carros da organização, mas conseguimos despistá-los.
A perseguição estava REALMENTE muito séria.
O Boixodia já tinha derretido metade do caminho, e isso me preocupava, era quase como brincar de João e Maria e deixar migalhas de pão no caminho pra nos encontrarem.
Aquele rastro de ácido era realmente preocupante.
Finalmente, chegamos a uma estrada onde um carro tipo caminhonete que nos esperava. Entramos no carro e colocamos os Boixodia na traseira, Rodrigue dirigiu o mais rápido que pôde, levando-nos para longe da floresta.
“Acho que conseguimos” disse Castiel, sorrindo. 
“É, acho que sim” concordei, aliviado.
Infelizmente o carro começou a parar, o Boixodia havia corro a parte traseira do carro inteira e isso danificou seriamente o carro.
Rodrigue não parava de xingar.
“MERDA MERDA MERDA!! E AGORA?!” os helicópteros começaram a se aproximar e cercar o carro. Eles estavam em nossa cola.
Nós tivemos que sair do carro.
“Acho que vamos ter que lutar.” Castiel dizia.
“Que merda você me enfiou, seu filho da puta.” Rodrigue respondia em posição de combate.
Eu mesmo sem super força sabia que poderia ser útil, tanto na questão de estratégia quanto em luta corporal comum, então me posicionei com eles.
Estávamos completamente cercados, mas tinha um carro maior no meio.
Foi então que ouvimos um barulho de porta desse carro se abrindo enquanto vimos que havia uma equipe de agentes do governo nos cercando. 
Castiel sacou sua guitarra das costas e parou ao lado do Boixodia, ele estava pronto para lutar, enquanto eu tentei pensar em uma maneira de fugir. 
Foi quando ouvi Nathaniel rindo saindo de dentro do carro central.
"Parabéns, vocês conseguiram", ele disse, aplaudindo sarcasticamente.
"Eu não achava que vocês conseguiriam trazer essa abominação à vida, mas vocês provaram que são ainda mais estúpidos do que eu pensei." ele continuava a dizer.
Era o Nathaniel amigo do Armin do passado, o que tinha vindo pro nosso lado.
“Porra eu sabia que tu era traíra!” Castiel dizia.
“Traíra? Vocês estão amigos do Nathaniel?? O que está acontecendo??” Rodrigue perguntou confuso. Realmente ele não sabia que o Nathaniel estava do nosso lado como infiltrado no Lysandre.
Se ainda precisávamos de alguém pra “cuidar” do Lysandre era simplesmente porque precisávamos vir pra essa dimensão ainda por conta do portal que meu irmão e a Boreal foram verificar.
A principio eu estava atordoado. Nathaniel havia nos enganado o tempo todo, pelo menos era assim que eu me sentia. 
Ele havia criado a organização governamental falsa para nos perseguir, e agora ele havia nos levado a uma armadilha. No fim a piração do Castiel tinha algum sentido.
Eu não sabia como reagir, mas Castiel não perdeu tempo.
"SEU FILHO DA PUTA, NÓS QUASE MORREMOS POR SUA CULPA!" ele gritou, avançando para Nathaniel com a guitarra em punho. 
“Vocês quem estão colocando um alvo na própria cabeça! Alexy, justo você aceitando fazer parte das loucuras do Castiel? Sério?” Nathaniel dizia se direcionando a mim.
É, não tiro sua razão, apesar de que pensamos juntos em usar o Boixodia pra infernizar o Lysandre, eu tenho culpa no cartório.
Eu sabia que precisávamos sair dali o mais rápido possível, mesmo com o Nathaniel sendo responsável, eu não queria sermões e muito menos que matassem o Boixodia, que por sua vez, haviam jogado cordas resistentes nele e o prendido.
Então corri até a porta do carro mais próximo, seguido por Castiel e Rodrigue. Nós estávamos cercados por agentes do governo, mas não tínhamos outra escolha a não ser lutar e tentar escapar de lá sem sermos capturados. 
Castiel usou sua força para derrubar alguns deles, enquanto eu tentei usar minha inteligência para criar uma distração.
"Pessoal, cuidado com a abominação!" eu gritei, apontando para o Boixodia, que havia se soltado de suas amarras e estava soltando ácido para todos os lados.
Enquanto os agentes tentavam fugir do monstro, eu, Rodrigue e Castiel corremos para a porta do carro mais próximo e conseguimos escapar. Ainda estávamos cercados por agentes, mas tínhamos uma vantagem: o Boixodia estava causando caos no local, e eles estavam ocupados tentando contê-lo.
Nós corremos para longe dali, sem olhar para trás. Quando finalmente paramos para descansar, estávamos a vários quilômetros de distância do local da confusão.
"Que porra foi essa, cara?" Castiel perguntou.
"Eu não sei", eu disse, tentando processar tudo o que havia acontecido. 
"Eu não fazia ideia de que Nathaniel faria algo assim." 
"Isso só mostra que não podemos confiar em ninguém", Castiel disse, dando de ombros. 
"Mas pelo menos conseguimos criar um monstro que cospe ácido. Isso é foda."
Eu não conseguia acreditar que ele estava focando no Boixodia depois de tudo o que havia acontecido, mas não pude deixar de rir.
"É verdade", eu disse, sorrindo. "Nós criamos um monstro que cospe ácido."
“Falando nisso ele ficou pra trás!! TEMOS QUE RESGATAR ELE!!!” Castiel estava muito revoltado. 
Deixamos com o Nathaniel que estava contra aquila aberração… Olha, não tiro a razão dele não viu? Eu fiz mas ele tá certo.
“Castiel! Estamos conseguindo fugir! A gente não pode voltar por causa de um pedaço de boi putrificado!!” Rodrigue gritava. 
Castiel mandou um “foda-se” e pulou do carro.
Meu cérebro entra em contradição o tempo todo quanto a querer dar pro Castiel e querer jogar ele na privada e dar descarga.
Foda…
Castiel chegou correndo e gritando com o Nathaniel, eu e Rodrigue corríamos logo atrás mantendo distância, e só vimos ao longe ele sendo capturado junto com o Boixodia.
Ele pretendia usar sua guitarra pra fazer o Boixodia atacar a todos, mas ele não conseguiu, pois foi capturado antes com cordas fortes para segurar rinocerontes.
Nathaniel sabia que estava lidando com alguém com superforça.
Vimos que Castiel estava sendo levado pra um galpão junto coim Boixodia, Rodrigue e eu decidimos seguir os carros até o galpão para tentar resgatar o Castiel, essa mula…
Chegando lá, tentamos criar um plano enquanto estávamos agachados em uma pequena janela que dava no local onde colocaram o Castiel preso.
E ouvimos ele gritar muito e acusar o Nathaniel de ser Illuminati sem parar… Que porra é essa?
“VAI TOMAR NESSE TEU CU! VOCÊ E TODA SUA FAMÍLIA!! ACHA QUE EU NÃO SEI QUE SÃO ILLUMINATI?? GANHOU TODO O DINHEIRO QUE TEM EM TODAS AS LINHAS TEMPORAIS, SENDO ILLUMINATI E FICA PAGANDO DE CRETE! ME SOLTA QUE EU GUARDO TEU SEGREDO!”
“Castiel, do que você tá falando?” eu podia ouvir o Nathaniel falando calmamente.
“ME SOLTA SEU ILLUMINATI FILHO DE UMA PUTA!”
Rodrigue e eu nos entreolhamos confusos, sem entender o que estava acontecendo.
Enquanto isso, Castiel continuava a xingar e ameaçar o Nathaniel, que parecia surpreso com as acusações. 
Decidimos ser hora de agir e tentar resgatar o Castiel antes que algo pior acontecesse(ou não, Nathaniel parecia ok e só queria controlar o furacão Castiel).
Fomos até a porta do galpão e tentamos abri-la, mas estava trancada. 
Então, Rodrigue sugeriu que usássemos a janela por onde estávamos observando.
Com muito esforço, conseguimos abrir a janela.
Decidimos que Rodrigue iria distrair os guardas do lado de fora, enquanto eu tentaria entrar pela janela, e libertar Castiel. 
Eu fiquei de tocaia perto da janela, esperando pelo sinal de Rodrigue. 
Logo, vi Rodrigue correndo pelo canto do prédio e fazendo barulho suficiente para chamar a atenção dos guardas.
E eu entrei sorrateiramente no galpão. 
O lugar era escuro e mal iluminado, mas pude ver que Castiel estava amarrado em uma cadeira no centro da sala, rodeado por homens armados. 
Nathaniel estava em pé ao lado de Castiel, com uma expressão séria no rosto. 
Parecia que Castiel tinha tocado em um ponto sensível com suas acusações. Seria verdade? Ou ele só cansou de discutir com Castiel?
"O que você quer, Castiel?" perguntou Nathaniel, ainda com a voz calma. 
"Eu quero que você me solte, devolva meu Boixodia e que pare de me perseguir! Eu sei que vocês estão me monitorando, eu sei que você é um Illuminati e eu não vou deixar isso passar!" gritou Castiel, tentando se soltar das cordas que o prendiam.
Nathaniel respirava fundo com um ar cansado, acho que não importa a versão do Nathaniel, sempre vai cansar com o Castiel.
“Nós temos que agir com cautela, estamos tentando passar despercebidos pelo Lysandre, mas com você chamando atenção assim até eu vou ser pego daqui a pouco! Castiel, pensa um pouco!” Nathaniel falava com toda sua maturidade que parece não ter sido afetada mesmo essa versão dele sendo completamente diferente.
Castiel simplesmente não parava de acusar o Nathaniel de ser Illuminati.
Desconfio que ele leu sobre illuminatis na internet e tirou o Nathaniel pra ficar acusando disso.
“Castiel, acalme-se. Não há razão para tanta agressividade”, disse Nathaniel, ainda mantendo a calma. "Eu não sou um Illuminati, e mesmo se fosse, não seria um problema. Mas você precisa se acalmar e conversar comigo de forma civilizada."
Castiel resmungou alguma coisa inaudível, mas parecia estar começando a se acalmar um pouco. 
Rodrigue entrou pela janela pouco depois, discretamente.
Eu e Rodrigue trocamos um olhar, sabendo que essa era a nossa chance de agir.
Castiel parecia cansado e abatido, mas quando me viu, seus olhos se iluminaram. 
"Finalmente alguém apareceu para me ajudar", disse ele, suspirando de alívio e chamando atenção pra gente. 
"Shhh, fique quieto", respondi, tentando desamarrar suas cordas correndo já sabendo que nos notaram. 
"Precisamos sair daqui antes que —"
Foi nesse momento que os homens armados começaram a se mexer, parecendo nervosos com a presença de intrusos (Rodrigue e eu). Decidimos que era hora de agir rápido.
Rodrigue atacou um dos homens com um soco, enquanto eu corri em direção a Castiel para desamarrá-lo. 
Nathaniel tentou se defender, mas foi rapidamente dominado pelo Rodrigue.
Eu sei que o Nathaniel poderia pulverizar o Rodrigue se quisesse, mas ele só respirou fundo e se deixou levar, acho que ele já desistiu e só queria voltar pra casa pra beber um café e chorar no colo da Sophie.
Com Castiel livre, corremos em direção à porta do galpão, sem olhar para trás. Sabíamos que não podíamos ficar ali por muito tempo.
Conseguimos chegar até o carro e fugir dali em alta velocidade. Enquanto dirigíamos, Castiel continuava a xingar o Nathaniel e os Illuminati, parecendo mais agitado do que nunca.
Foi uma noite louca e cheia de emoções. E no fim, perdemos o Boixodia.
Quando finalmente chegamos a um lugar seguro, paramos o carro e respiramos aliviados. Castiel agradeceu a nós dois por ter salvado sua vida, e Rodrigue estava mais confuso do que nunca.
No fim, cada um seguiu seu caminho.
Voltamos pro shopping frustrados e desanimados com a perda do Boixodia… Não sabíamos o que nos aguardava lá.
Era tudo muito confuso.
Querendo ou não, nosso dia foi divertido, mas… Terminar desse jeito?
Quando Castiel e eu chegamos no shopping, ainda estávamos tremendo com o que acabara de acontecer.
Eu não sabia o que pensar, mas meu coração estava acelerado e minhas mãos estavam suando. Quando vi Nina chorando em choque em pé, toda suja de sangue, com o corpo de Ken explodido no chão com seus miolos todos pra fora, eu não pude evitar de gritar.
“O QUE DIABOS ACONTECEU AQUI?” gritei, apontando para o corpo no chão. 
Nina soluçou enquanto me olhava com olhos arregalados.
Havia muito sangue espalhado pela sala.
Havia sangue sob a mesa, parede e até mesmo nas roupas da Boreal e da Nina...
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HHhH(cap201-225)
El capítulo 201 empieza contando que Heydrich a pasado una semana en París, pero a vuelto a Praga, capítulo cuenta también que ha conocido a Bousquet, un francés aliado de Alemania que los ayuda.
El capítulo 203 habla sobre Helmot Knochen, jefe de los policías alemanes en Francia, que cuenta en el 2000, muchos años después de lo ocurrido que Heydrich le había dicho que sabía que Alemania no iba a llegar más lejos y debía hacer un acuerdo con los demás lideres mundiales para acabar con la guerra, pero Heydrich sabía que Hitler no iba a pensar igual y no iba a servir para nada su opinión, si se hubiese firmado un acuerdo en aquél momento todo en la actualidad habría cambiado.
Del capítulo 214 al 218 habla del momento antes del atentado, cuenta como los tres agentes se colocan para esperar a Heydrich, pero este se retrasa de una forma inavitual, los agentes esperan a Heydrich una hora y poco hasta que ven la señal de uno de sus compañeros, esto ocurre a las 10:30.Gabčík cruza rápidamente la carretera, llega el mercedes sin escolta, su conductor un nazi de 2metros de alto, junto a Heydrich; para enfrente de Gabčík, por mala suerte cruza el tranvía y hace que queden expuestos una gran cantidad de civiles testigos del atentado,en aquél momento Heydrich y Gabčík se cruzan las miradas, el agente aparta su gabardina que lleva colgada en su brazo, saca su Sten(su arma) apunta y dispara, pero no pasa nada, el gatillo se atasca, los dos hombres del coche se dan cuenta de lo que ocurre, frenan el coche del todo, los cuatro hombres se quedan paralizados, pero por fin Kubis entra en acción y lanza una bomba al coche pero explota en las ruedas traseras del mercedes, el coche salta hacia arriba despegándolo del suelo 1metro, por mala suerte los dos nazis están más o menos bien, Klein(el conductor) se dirige a por Kubis y Heydrich hacia Gabčík, se disparan entre ellos, por suerte Heydrich ha sufrido bastantes daños por la explosión, los dos agentes huyen uno en bicicleta y otro corriendo, apañandoselas como pueden, Kubis en bicicleta decide ir hacia donde se encuentra Valčík, quien sufre un disparo(Kubis tiene la cara llena de sangre porque la explosión hace que partes del coche le den)Heydrich se desploma en el suelo, Klein lo ve y por suerte una alemana ayuda a Heydrich buscando un coche para que lo lleven al hospital, Klein decide ir detrás esta vez de Gabčík, los dos se disparan pero solo es herido Klein, Gabčík consigue escaparse corriendo.
Heydrich llega al hospital y es operado, Hitler se entera del atentado y ordena que sean matados 10000 checos y entregar a quien informe donde se encuentran los agentes 1000000 de coronas; aparte si alguien ocultaba a los agentes serían matados junto a su familia, luego ordeno que desde una hora a otra no saliese nadie a la calle, si alguien salía y huía de los policías seria abatido y matado, mientras esto ocurría mandarían soldados a inspeccionar muchas casas a los ciudadanos de Praga.
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