Tumgik
#cirandando
inutilidadeaflorada · 6 months
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A Casa que Dante Contribuiu
Transita entre cômodos a esperança Havia um nível de imersão na mitologia Variando entre seringas e costelas Um oásis a memória de elefantes é fundado
Foste visto ente Medusas e intérpretes Confabulando deuses instáveis como animais A mística efêmera custa a crer em austeridade Cada aparição é o desgosto do ethos local
Esta paisagem antisséptica Carregava ossos e cinzas A ancestralidade não proposital Toma para si, feitos inócuos do paladar
Esta pulsão indesejada esteve coexistindo aqui Interpolando visitas e figuras de linguagem Presentes em cada uma das gargantas Que se tingem de encanto
Este país é um hotel bradando virilidade A todo instante em todos os seus personagens atordoados Coexistem eficientemente dentro de um teatro babilônico Onde cada um fragmenta para si seu próprio olimpo-passivo
Imagine você, cirandando bocas Engolindo um mantra constante Proclamado por eletrodomésticos Ressoando os pensamentos da máquina
Cada altar beira precipícios Tais indicativos são: Vampiros desdentados Deixados para agradar hóspedes
É preciso acalma-los ou enfrentá-los Os Cervos que se sucedem ao sacrifício Não tem o mesmo apelo para essa época É preciso encontrar novos deslumbramentos...
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ceusemqueda · 1 year
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Talvez você me encontre de cabelos soltos como montanhas negras em outras vidas, e talvez estaremos correndo da tempestade na Washington Street no fim perpétuo da matinê de domingo, ou talvez eu ainda seja tão livre quanto os pássaros adestrados do meu quarto. Talvez as minhas inseguranças e os meus horrores noturnos não pertencerão á mais ninguém, apenas á sete palmos abaixo da terra. Talvez o âmbar me lembre que talvez eu já tenha te visto antes, e a sua áurea não anunciará tremores fatais do meu queixo até as cicatrizes dos meus joelhos. Mas ainda aqui nessa vida, o teu olho é uma praia nebulosa enchendo os meus pulmões de castelos de areia com quartos abandonados. Os faróis do meu norte estão cegos e eles procuram por onde eu estive todo esse tempo antes de te pressentir olhando pela fechadura, e aqui eu mal consigo respirar entre as estrelas perfeitamente esculpidas na seiva da sua pele. Aqui eu adormeço entre deuses enciumados e finalmente a minha distância me toma para si como o meu único preceito. Aqui nessa vida, eu te reli mil vezes em segundos que me puseram goela abaixo como em um banquete. Mas talvez, talvez você me encontre em outra vida e eu ainda esteja cirandando os lábios com o abismo morno da xícara de porcelana da minha vó, e talvez eu ainda esteja escrevendo sobre naufrágios. Talvez você fique de joelhos e eu parta como um anarquista, assim como eu fugi por vinte e cinco anos. Mas não aqui, porque aqui eu visto clamores mudos nas minhas mangas amassadas, e os seus ouvidos estão surdos.
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spectacularoad · 7 months
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D3lírios
É honestamente frustrante não ter consciência do bom Viver sempre na margem do ruim, cirandando no medo Sonhando grandes momentos, atrapalhando todos eles Ansiando por amor, afastando qualquer tipo de afeto
Se experienciar emoções nos tornam mais fortes, Como tornar real, se o inexistente sempre condena? Se perdoar é um ato de desistir de um passado diferente, Como superar algo que talvez nunca tenha existido?
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Encontro
Deixe-me te abraçar
Fazer-te uma valsa
Destruir suas dores, pois elas me fazem cair
Deixe-me ensinar-te a nadar
Onde não são precisos convites
Esqueça minhas infelizes ideias
Sou alma bebê e anciã
Dupla e desafiante
Ainda tola e bandida, mas em peregrinação
Nossos caminhos não são fáceis
Mas a felicidade já é eterna
Venha para meus reinos
Descubra que eles são, em toda verdade, seus
Vales e castelos
Você os construiu, lindos, sem perceber
São lugares onde as musas te fazem senhor
E mesmo com um manto a nos separar...
Ouço teu canto e posso voar
Estamos em harmonia
Pois nossas árvores sempre viverão...
Aqui e acolá
O tempo passará por nós
Nos fecundando com sua sabedoria
O destino é precioso
Ele nos faz sintonizar místicas estações
Primavera de espelhos e cores a explodir
Verão que acalora e clareia
Outono a balançar e levar
Inverno, recanto, recado, recato, regato
Você, de mim, sempre terá uma letra...
Quando mais precisar, artesão
Sou uma voz
Que te cerca e admira
Meu orgulho certas vezes me faz pecar
A saudade me golpeia
E a distância que eu mesma decreto fica assim...
Arrancando pedaços
Dessa minha alma de laços e cetins
Estou em um palco onde me olham, dissecam
Desde desertos até os jardins
As mensagens vem a cada dia
São amontoados de minutos
Profundos, prósperos
Insuflados pela urgência das cataratas
De cansaços e conquistas
Sou fada errante
Que falha por minha própria sentença
Das luas, sou nova
Ainda discípula
De lampejos ocultos e promissores
Qual o futuro de uma elemental apaixonada?
Pergunto aos guardiões
Quero ser presente, não problema
Mas não há resposta para o que antes nunca aconteceu
Devo eu mesma garimpar
Preciso lembrar
Que somos a própria face da natureza
Apenas eu posso decifrar, tudo e tanto
E é então que preciso abduzir-me
Partirei
Deixando sob sua fronha uma flor
Alva
Pinte suas pétalas
Com toda inspiração que desejar
E proteja-a, amor meu
Ela é meu afago e desejo
E acredite em mim... Eis aí meu último pedido
Porque não estou fugindo de novo
Nunca mais o farei
Apenas sigo uma missão
Me farei renascida, mesmo invisível
Onde temos borboletas sobre os ombros
Onde elas leem, tranquilas, nossos diários
Descartando as desigualdades
Para alimentar as nascentes e encantamentos
E depois disso, deixemos as horas escoarem
Enquanto vamos cirandando com estrelas...
Você e eu
17/02/2024
Ana Luiza Lettiere Corrêa (Ana Lettiere)
Com Patrícia Lettiere ( http://patricialettierepintandonopedaco.tumblr.com ) e todos os nossos inspiradores.
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sandrazayres · 9 months
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IMPÉRIO DA TIJUCA E SALGUEIRO REALIZAM ENSAIO DE RUA NO PRÓXIMO DOMINGO NA CONDE DE BONFIM
Um dos momentos mais esperados do ano chegou! Neste domingo, 17/12, a rua Conde de Bonfim vai ser o palco do encontro de agremiações tijucanas: Império da Tijuca e Acadêmicos do Salgueiro! O Primeiro Império do Samba abre o cortejo, a partir das 17h, com a sua Ciranda de Lia e a Academia do Samba dá continuidade, a partir das 19h, hutukarizando as ruas do bairro.
O trecho percorrido pelas duas escolas fica entre as ruas José Higino e Uruguai. Os ensaios vão contar com a presença de todos os segmentos e comunidade, além dos torcedores das duas agremiações.
Esse é um dos encontros pré-Carnaval mais aguardados pelos moradores da Grande Tijuca, que fazem questão de lotar as calçadas de uma das principais vias do bairro, vestindo as cores das escolas do coração.
Em 2024, na Série Ouro, o Império da Tijuca vai desfilar na sexta-feira de carnaval, dia 09 de fevereiro, com o enredo “Sou Lia de Itamaracá cirandando a vida na beira do mar”, desenvolvido pelo carnavalesco Junior Pernambucano.
No próximo ano, o Acadêmicos do Salgueiro vai em busca da décima estrela no domingo de Carnaval, 11 de fevereiro, com o enredo “Hutukara”, em defesa dos povos yanomami, elaborado pelo carnavalesco Edson Pereira.
Confira o esquema de trânsito montado pela CET-Rio para os ensaios na Conde de Bonfim:
Interdição ao tráfego de veículos na Rua Conde de Bonfim, sentido Alto da Boa Vista, no trecho compreendido entre a Rua Pinto de Figueiredo e a Rua Uruguai, durante a realização do evento.
Será implantado duplo sentido de circulação nas seguintes vias:
I – Rua Conde de Bonfim, no trecho compreendido entre a Rua Pinto de Figueiredo e a Rua Uruguai, com o acesso ao trecho interditado pela Rua Conde de Itaguaí;
II – Rua José Higino, no trecho compreendido entre a Rua Conde de Bonfim e a Rua Antônio Basílio;
III – Rua Dona Delfina, no trecho compreendido entre a Rua Conde de Bonfim e a Avenida Maracanã.
RECOMENDAÇÃO IMPORTANTE
A operação contará com o monitoramento de agentes da CET-Rio, GM e orientadores de tráfego.
É muito importante que sejam respeitadas as orientações dos agentes de trânsito e também toda a sinalização implantada na área.
Aos condutores de veículos, é recomendável que optem por rotas alternativas durante o período de realização do evento.
SERVIÇO:
ENSAIO TÉCNICO - IMPÉRIO DA TIJUCA E ACADÊMICOS DO SALGUEIRO
Data: domingo, 17 de dezembro de 2023
Hora: a partir das 17h
Local: Rua Conde de Bonfim com Rua José Higino
Assessoria de Imprensa: Bárbara Mello
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gazeta24br · 10 months
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Os preparativos do pré-carnaval já estão a todo vapor para Renny Delmondes. O muso do Império da Tijuca marcou presença no “Esquenta da Série Ouro”, realizado na Cidade do Samba. Morando no Mato Grosso do Sul, o sambista faz questão de estar presente nos eventos e apresentações do primeiro império do samba. Com um look trabalhado em pedrarias e nas cores da escola, o verde e branco, o muso foi só alegria na passagem da agremiação, que levará o enredo “Sou Lia de Itamaracá, Cirandando a Vida Na Beira do Mar” no carnaval de 2024. O esquenta já mostrou um pouco do que o muso está preparando para o grande dia. Sou um apaixonado pelo carnaval e agradeço a oportunidade de estar pelo terceiro ano como muso do Império da Tijuca. Faço questão de estar sempre que posso prestigiando a escola e me fazendo presente com a comunidade do Morro da Formiga. Nosso desfile será alegre, colorido, com muita ciranda e podem esperar mais uma bela fantasia. Representarei à altura da escola – revela o muso. Renny se encantou com o mundo do samba e desfilou pela primeira vez em 2004. Começou sua história no Império da Tijuca em 2016, onde iniciou trajetória como destaque de alegoria, permanecendo em 2017 e 2018. No meio da pandemia surgiu o convite, através do amigo Robson Garrido, para ser muso da escola, onde foi prontamente aceito, indo para o terceiro ano em 2024.
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falangesdovento · 1 year
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Todas as palavras leves não valem teus olhos, astros celestes atados às estrelas, cometas errantes cirandando no carrossel do sol…
Lucas Lima
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cdlicarnaval · 1 year
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Nenê de Vila Matilde canta Lia de Itamaracá em 2024
CIRANDANDO A VIDA PRÁ LÁ PRÁ CÁ SOU LIA, SOU NENÊ SOU DE ITAMARACÁ este é o enredo oficial da Nenê de Vila Matilde. Escola de Samba d a ZL/SP para 2024. De forma geral você pode nunca ter ouvido falar de Maria Madalena Correia do Nascimento, mas com certeza já ouviu, e muito, falar de Lia de Itamaracá e da célebre canção Quem me deu foi Lia (Gilberto Gil) … Essa ciranda quem me deu foi Lia/ Que…
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booksfriendsnews · 4 years
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Reposted from @livrosprincipis 📚A obra da autora Louisa May Alcott, salienta os valores morais do século XIX, onde as mulheres eram preparadas desde de cedo para serem "boas moças". Dentre as irmãs, Jô é uma das personagens que mais se destaca por ter uma uma mentalidade muito a frente para aquele tempo. Ela gostava de ler livros e não se importava muito com sua aparência mas sim com seu conforto. Muito diferente de suas irmãs que sempre estavam preocupadas a se adequarem aos moldes daquele tempo. . Já teve a oportunidade de ler esse clássico, conte nos comentários o que mais você gostou! . @editoracirandacultural . #principis #emcasa #cirandando #editoracirandacultural #amolivros #literatura #classicos #livro #classico #amoler #leitura https://www.instagram.com/p/CGInEF-Dx2q/?igshid=1hgdopf1vjl28
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ribacaima · 5 years
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AS FOGACEIRITAS DE SANTA MARIA DA FEIRA.
Introdução.
Todos os anos, a 20 de Janeiro, Santa Maria da Feira engalana-se, em dia de feriado concelhio, para prestar homenagem ao Mártir São Sebastião, por este ter protagonizado grande milagre, ao ajudar a debelar um surto de peste, que assolou a região, corria o ano de 1505 da nossa era.
Desde então, e com regularidade, tem-se organizado imponente procissão, em jeito de promessa, que, saindo da Igreja Matriz, percorre em círculo algumas das ruas do núcleo antigo da povoação.
Tendo-nos sido dada a oportunidade de estar presente à cerimónia ocorrida em 20 de Janeiro de 2007, aqui deixamos o relato daquilo que então vimos em Terras de Santa Maria:
PARTE I - A CHEGADA
A povoação.
Quem entra na povoação vindo da antiga estrada nacional 1, pela variante que liga a Ovar, depare-se-lhe à esquerda, lá no alto, o medievo castelo de Santa Maria.
Mais abaixo, situada em antigo convento/mosteiro a Igreja Matriz, tendo em frente o casco antigo da vila, hoje novel cidade. A rodear a praça-forte frondoso bosque, percorrido por estrada ziguezagueante que leva, cá de baixo, até à Matriz, primeiro e, mais acima, à fortaleza.
O povo.
Ladeando as bermas das ruas eram milhares os forasteiros que aguardavam a passagem da procissão. Viam-se pessoas de todas as idades e de entre elas, pela mão dos mais velhos, muitas crianças.
Curiosamente, e ao contrário do que é usual nos arraiais, poucos vendedores de bugigangas.
Aqui e ali, dispostos de um lado e do outro da rua alguns agentes da autoridade tentando controlar os visitantes.
O engalanado das janelas.
Não era necessário mapa indicativo do percurso da procissão. O espectador um pouco mais atento logo divisava, pelas vistosas colchas penduradas nas janelas, qual o trajeto. Eram soberbos alguns dos adereços, sobretudo nos Paços do Concelho.
As corporações.
Cá ao fundo, e a iniciar o cortejo, quatro imponentes cavalos da G.N.R, montados por elegantes cavaleiros, vestindo farda de honra. Na cabeça vistosos penachos saindo dos seus reluzentes capacetes.
Seguiam-se, ainda em desalinho, no meio da via, a fanfarra de uma das Corporações de Bombeiros locais. Mais atrás, estandartes e bandas de música do concelho. Todos à espera da ordem de marcha.
PARTE II - A PROCISSÃO
O início do cortejo.
Eram cerca das dezasseis horas de uma tarde soalheira, quando foram dadas indicações para se iniciar o préstito. Ouviu-se então, lá à frente, o ribombar de um bombo e o matraquear dos cascos dos animais já referidos.
Ali, ao virar da esquina da Matriz, começaram por aparecer várias bandeiras com a simbologia das suas agremiações e ainda lanternas suportadas por homens e mulheres. Ao meio os pendões.
Formando duas alas, ou em grupo, os respetivos associados, alguns orgulhosamente trajados, com as vestimentas da suas Confrarias, nomeadamente a da Fogaça.
Viam-se ainda muitos ranchos folclóricos e seus dançarinos. Que bonitas estavam as moças envoltas nos xailes e roupas tradicionais da região. Que pescoços aqueles, adornados por vistosos cordões em ouro e grandes argolas nas orelhas do mesmo valioso metal.
Abençoado seja, quem se dispõe a dar a conhecer um tempo passado, a quem vive, desenraizado, neste tempo presente.
A guarda de honra. Garbosos estavam os homens e mulheres da Fanfarra e do Corpo de Bombeiros locais. Tudo reluzia: - instrumentos, capacetes e até os botões da farda. Quanto às botas nada a dizer da falta de graxa e brilho.
Cirandando de um lado para o outro, o galhardo comandante: - agora dava conselhos a uns para, dali a pouco, ajeitar a gola das fardas aos membros mais novos. Até mesmo os atacadores das botas dos rapazolas eram objeto da sua atenção. A seu lado, sem despegar, também, ataviado, o segundo comandante.
O momento solene estava prestes a chegar. Tudo na ordem e em ordem como nestas alturas convém.
Todos em sentido.
Ao aproximar do pálio, dossel, sustido por varas, protetor das autoridades eclesiásticas - neste caso presididas pelo bispo de Dili -, o comandante manda dar toque de sentido ao pessoal do Corpo de Bombeiros. Num repente, todos se perfilam e mantêm posição hirta. A um segundo toque viram as respetivas faces numa mesma direção.
É o ponto mais solene: - prestar homenagem aos dignatários da Igreja, bem como das autoridades civis locais: - Governo Civil e toda a Vereação Camarária fizeram-se representar.
Depois da passagem do andor com o padroeiro São Sebastião, foi dada ordem de descanso; incorporando a partir daí, a pé, todo o pessoal a procissão.
As fogaceiritas.
Íamos à procura de fogaceiras, mas vimos, em boa hora, um elevado número de fogaceiritas.  Vestidas e calçadas de branco, cintadas alternadamente com faixa azul umas e faixa encarnada as outras, certo é que todas levavam à cabeça uma fogaça. A encimar o pão doce benzido, uns papelinhos coloridos e recortados com perfis da fortaleza medieva. Ordeiramente alinhadas foram coisa bonita de se ver.
A fechar o cortejo outras três raparigas, já espigadotas, transportavam também à cabeça uma miniatura do Castelo da Feira.
PARTE III - A DESPEDIDA.
Demorou mais de uma hora até que, posicionados na imponente escadaria que dá acesso à Igreja Matriz, voltássemos a divisar o início do cortejo. Lá vinham, agora do nosso lado esquerdo, primeiro os cavaleiros, depois as irmandades, o pálio, andores, pendões, fanfarras, as graciosas "fogaceiritas" e, por fim, os crentes.
Era um mar de gente que ali, aos nossos pés, se entrecruzava, na viela estreita e cheia de história, aferida pelos brasões e solidez granítica das antigas construções. Uns ainda seguiam, em devoção, os andores; enquanto outros, mirones do espetáculo, já recuavam à procura das saborosas fogaças que, nas montras dos estabelecimentos, faziam crescer água na boca.
Fazendo nós parte deste último grupo, o dos olheiros e amigos de guloseimas também lá fomos à busca das gostosas fogaças. E, logo que as vimos, a elas nos fomos, com os necessários cabedais numa das mãos para, com a outra, pegar no delicioso alimento.
E foi em jeito de romeiro doutros tempos que, palmilhando a serrania comendo regueifa, no regresso das Romarias das Senhoras da Lage ou da Saúde, deixamos Santa Maria da Feira; agora mastigando fogaça, na companhia de nosso mano que, para estas coisas, também está sempre pronto.
Ano de 2007. Manuel de Almeida
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Fotos:
Fogaceiritas, Procissão e vendedoras de fogaças.
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gangabarretooficial · 5 years
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Na Fenearte 2019 foi assim... E agora a próxima caminhada será em São Lourenço da Mata Segue a ciranda! @liadeitamaracaoficial . . . . #cirandacultural #ciranda #patrimoniovivo #fundarpe #liadeitamaraca #cirandando #musicadomundo #itamaraca #olinda #pernambuco #recife #gangabarretooficial #amor #fenearte #fenearte2018 #fenearte2019 #artistas #artistasbrasileiros #musicaboaaovivo #videomusical #igtv #videostory #videoshow (em Varadouro, Olinda) https://www.instagram.com/p/B0CfRB4g12b/?igshid=1466wvoo9wxl8
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Célebre/Crédito
Esse corpo é um mapa de desafogos Nele habitam metrópoles de todo o mundo A cobiça de pares sem pares Uma nuvem palpável de especulação imobiliária
Ratos correm pelas veias Cirandando fonemas Com quais antecipam Todo e qualquer labirinto
A química depõe canonizações Uma crença que convence generais A habitarem um tempo inabitável Acordando uma lástima sacra
Um abraço cálido, o sangue de Medusa Uma viúva selvagem ruminando Um rito de escombros, tais catedrais Devolvidas ao obstáculo do sonho
América você poderá exumar seus porões? Sem culpa? Sem equilibristas? Sem restos mortais? América por que deixam você esquecer de seus filhos? Vitimas sem nome de uma obsessão cruel
Afunda-se nesse rio inconsciente de gafanhotos despejados Uma cabeça que tem a característica de um moinho Capaz de cooptar capatazes e ascendê-los A reencarnação de uma carnificina da sexta-feira santa
As paisagens do hotel gritando de dentro para fora: Querida, me decomponha para fora dessa boca Me dispa dessa alegoria vertiginosa Leia-me a nudez e conclua pura sua reputação enganosa
Você ameaça uma pompeia com os dedos Prometendo derrama-los em meu corpo Cismo a sina em que estes olhos de faróis Se encarregarão de frear a comoção
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ceusemqueda · 2 years
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Me vejo incendiar o Nirvana que até então eu ouvia sussurrar no meu ouvido, e eu sorrio como una niña perdida varrendo a lua; mapeei em mosaico da curva acentuada do teu lábio até o teu queixo, e a tua áurea tem ebulido o desassossego e as cinzas de novembro por debaixo da minha pele. Eu permaneço rouca nas horas decadentes de domingo, me distraio na redoma de xícaras de chá frio e conversas com um Deus tão sozinho quanto os meus rabiscos nas mãos, nas coxas, na tinta já desbotada das paredes. Quase me esqueço de lembrar do pacto ruído de não adormecer pensando nos manifestos do teu cabelo, e nos rastros da sua risada cirandando a poeira da janela branca do meu quarto. O meu castanho te enquadra em remanso repartido e eu lhe espero um tanto sem querer, como quem anuncia sinais brandos de brasa viva debaixo dos pés; mas veja meu bem, a tristeza macia ainda molha as cercas, o cimento fresco e os cômodos vazios da casa, então o ardor dos segundos me desperta, me descabela incenso ao fundo e lhe deixo partir antes mesmo que você pudesse chegar.
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thedharma-bums · 7 years
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A vida é uma brasa, mora?
Uma esquizocrônicapara Samuel Beckett 
Na forma do caos
Nuvens radioativas, pacotes econômicos: nunca fomos tão felizes! Terroristas líbios, uma colagem de Vicente Kutka, qualquer ponto do sensível, ah: resgates, punks no metrô, copos de vinho tinto, um blues de Bessie Smith, sauna japa na Liberdade, trocar lençóis na sexta, Anjelica Huston de chapéu negro, aquele olhar chiquérrimo sobre o mundo, táxis, táxis, alguém no JB referindo-se aos "esfuzian- tes-anos-80" (?), cortes na seleção, leves paranóias, mas eu sei onde estou metido, gangues juvenis, a frase de Beckett dando voltas na cabeça: nenhuma dor, quase nenhuma dor—isso é que é maravilhoso, velhinhos tocando Olhos negros no Brahma, cartão-postal de Paris na cabeceira, tons dourados, folhas mortas, como te amei e não dis­se, Giovanni guilhotinado por amor, imperceptivelmente chegar à próxima face depois desta, talvez desprezível, graves paranóias, o relógio da Paulista marcando trágico, lento & inexorável o come­ço do fim de domingo, sinto falta de você, hi-fi com Fanta: astral Bukowski, geladas fotos sensuais de Pedro Fedrizzi, alguém me chamando de "tiete-bem-pensante" (?), mas não pensem que não sei onde estou metido, pessoas cirandando em torno de um poste, ma­drugada de sábado no Bexiga, engarrafamentos de trânsito, pressa dentro dos táxis, dragão tatuado no braço, muito busto, muita coxa, Hélio que vai para a Europa, yuppies na Oscar Freire, Bruna Lombardi, Diadorim, homem-mulher, feijoada no Supremo, nenhuma im­portância, só porque sei onde estou metido, outra vítima de aids, pa­rem de me testar: sou legal, cara, pizzarias entupidas de criancinhas, táxis, táxis, atriz argentina joga-se pela janela, e se eu dissesse de repente e sem pudor eu-te-amo? Patrícia em prantos ao telefone, de pura transgressão beber litros de água mineral em pleno Madame Satã, quem me seduz? Olhar com medo, olhar com perdão, olhar com interesse, olhar com náusea e paixão, e de jeito nenhum com­preender nada de onde se está desgraçadamente metido, telefones que não param de tocar, Rê Bordosa minha amada à beira do suicídio, não esquecer de comprar gilete G-II, que falta faz Ana C., meu Deus do céu, palavras lindas na letra M do Aurelião, repetir fascinado me- tâmero, metasterno, metereoscópio, paranóias desenfreadas, tudo o que você quiser, e táxis, táxis, monóxido de carbono, amigos solici­tando estranhíssimas cumplicidades, copos e copos de vinho tinto, ninguém dizendo meu-amor, suspeitas, censura interna outra vez, palavrão não pode, esse filme que já vi e por isso mesmo sei onde es­tou metido, uma carta que não chega nunca, nossa, como estou me lixando, vela branca pro anjo da guarda, bate outra, sal de frutas, pó de guaraná, candidatura de Gabeira, sen-si-bi-li-da-de-ex-ces-si-va não, meu caro: honestidade, epidemias, vírus, pestes, dengues, devia vender mais caro minh'alminha inestimável, Toninho amea­çado pelos skinheads, nenhuma solidariedade, azia na certa ama­nhã de manhã, saudade, saudade inútil o tempo todo de qualquer coisa indefinida, de alguém desconhecido, investigar preço de se­cretária eletrônica, ter certeza de que em algum ponto do caminho se perdeu e ponto, e pronto, acabou, e para sempre, querido e não tocado jamais, mobilizado pela raiva, por favor me leva daqui para que eu me esqueça de onde sei que estou metido, corrompido até o último hímen, já temos um passado, meu amor, me convida pra jan­tar na tua casa, bota Billie Holiday baixinho, depois me dá um beijo na boca, bem molhado, irrecusável, um sonho com Hilda Hilst, o texto, o texto, traí meu destino, companheira, empurrado pela de­sordem, sobrevivendo ao naufrágio, agarrado mísero e adjetivoso a meu pedaço de madeira flutuante, e agora chega, chega, let it be, let it be, baby, que la vie, em rose ou em black no duro — é sempre uma brasa, mora: o caos é a forma.Quanto a vocês, salve-se quem puder. Porque quanto a mim, querida, querido, queridos—eu? Ah: eu juro por todos os santos que sei muitíssimo bem onde estou metido.
O Estado de S. Paulo, 6/5/1986
Caio Fernando Abreu
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exdesasfixiando · 7 years
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beija-flor
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O amor não tem pressa Ele pode esperar em silêncio Num fundo de armário Na posta-restante Milênios, milênios no ar... (Chico Buarque)
O seu bater de asas é análogo à bomba que foi instalada em meu peito desde muito. Perco o fôlego até mesmo no simples direcionar de minha atenção à plumagem multicolorida que reveste seu frágil ser. Não consigo acompanhar o ritmo que engana a vista. És pequeno em sua simplicidade, nas características que fazem de ti mais um alguém cirandando por afeto como todos nós. Sim! Confesso eu, desejaria tê-lo entre meus dedos. Gostaria de acariciar sua estrutura carnavalesca como quem consegue tocar o sublime do belo e assim não mais te deixar escapar por aí ansiando por outros jardins. Somente por instantes esta seria uma realidade que afagaria aquele queimar por dentro, ou as esperanças que fazem de mim um eterno e modesto observador. Mas sei, és aventureiro do mundo. Levas contigo o dom de despertar encantamentos, não é mesmo? Foste presenteado com aquele arrebatamento contagiante que se consagra no simples focar dos olhos alheios para ti. Minha ave, colecionas paixões e este parece ser teu modesto hábito desde muito não intencional. Como poderia eu ansiar ser dono daquilo que é filho da natureza? Deixei no ontem este sentimento tão demasiadamente humano que sufoca não somente com o que de fato é amar, mas que esmaga egoisticamente com o presente que é nossa própria individualidade. Esta ao menos é a promessa que me faço a cada amanhecer marcado por sua lembrança instantânea, com a procura de sua silhueta na janela. Liberdade é poder pousar onde bem entender, assim como o afeto verdadeiro. Sei que necessita de tamanha seiva para trazer tranquilidade à aquele comichão enjaulado no seu inconsciente, para alimentar a personalidade e fama de espécie rara pelos céus. Como já quis aprender este tempo deveras acelerado, como ensaiei poder mostrar a ti que seria eu uma bela companhia entre vastos biomas coloridos da vida. Me perderia entre sua plumagem assim que conseguisses perceber que só tu me faz chegar a plena felicidade com seu querer, basta reparar nos digitares amorosos de tantas estações. Bates suas asas e este aqui não consegue pensar em outra coisa senão na brevidade do seu chegar. És sempre efêmero como visita de médico, passas batido a necessidade de fazer rodeios. Linda e assustadora é esta inconstância que nunca dá certeza que vai voltar. Sempre me é claro que novas espécies ao longe despertarão sua curiosidade e que te aventurarás sem nenhum sinal, nem tentativa de adeus. Certa também é a constatação de sua aura poligâmica. Assim, apertado fica meu sentir com o temor de tua própria natureza - deste espírito que parece jamais esquentar lugar e que nunca se contentaria com a lentidão enfadonha humana. Mas me diga, lindo beija-flor: seria eu digno de entrar em sua rotina sem a mínima tremura de te ver ir antes da primavera? És incógnita para meus sentimentos, a dualidade que fixa raízes na razão e na emoção. Aqui nasce também o meu temor de ti: é duro ser presa do que não estaciona. Não consigo eu desapegar desta fome de te ver planando entre as plantas, nem de um dia também poder ser pássaro para acompanhar-te por aí. Voe perto de minha casa no alto do morro do pantanal. Sei que a escuta não é um dos seus sentidos mais apurados, por isso mesmo escrevo na expectativa de seus olhos aqui se fixarem amanhã de manhã. Perceba o ultravioleta destas letras que também são doces como mel e te alimentam com seiva pra lá de nutritiva. Seu ninho um dia inspirou minha fé de aconchego, de me proteger destas recorrentes tormentas com cheiro de realidade. Poliniza este coração que anseia pelos dons que somente tua espécie pode ofertar, deixa o meu corpo se esquentar em tuas penas aveludadas. Basta tu marcar território. Minha vida é a zona ideal para que finalmente fixes lar e assim acasale com a paz que tanto te faria bem, com o sentir mais sincero que encontrarás em tuas jornadas. Não te ausentes como que na cédula de um real que ontem era minha única recordação de ti. Certamente podes farejar as flores que cultivo comigo, ali alegremente acompanhadas pelas borboletas no estômago que se proliferam a cada surgir teu no horizonte. Com o tempo aprendi que precisaria cria meu próprio método para ao menos receber tua visita. Sendo assim, venhas. Encoste teu bico na minha boca e também me suspenda no ar, me retire desta tortuosa realidade.
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Não se admire se um dia Um beija-flor invadir A porta da tua casa Te der um beijo e partir...
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sandrazayres · 10 months
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Renny Delmondes se prepara para o terceiro ano como muso do Império da Tijuca
Os preparativos do pré-carnaval já estão a todo vapor para Renny Delmondes. O muso do Império da Tijuca marcou presença no “Esquenta da Série Ouro”, realizado na Cidade do Samba. Morando no Mato Grosso do Sul, o sambista faz questão de estar presente nos eventos e apresentações do primeiro império do samba.
Com um look trabalhado em pedrarias e nas cores da escola, o verde e branco, o muso foi só alegria na passagem da agremiação, que levará o enredo “Sou Lia de Itamaracá, Cirandando a Vida Na Beira do Mar” no carnaval de 2024. O esquenta já mostrou um pouco do que o muso está preparando para o grande dia.
- Sou um apaixonado pelo carnaval e agradeço a oportunidade de estar pelo terceiro ano como muso do Império da Tijuca. Faço questão de estar sempre que posso prestigiando a escola e me fazendo presente com a comunidade do Morro da Formiga. Nosso desfile será alegre, colorido, com muita ciranda e podem esperar mais uma bela fantasia. Representarei à altura da escola – revela o muso.
Renny se encantou com o mundo do samba e desfilou pela primeira vez em 2004. Começou sua história no Império da Tijuca em 2016, onde iniciou trajetória como destaque de alegoria, permanecendo em 2017 e 2018. No meio da pandemia surgiu o convite, através do amigo Robson Garrido, para ser muso da escola, onde foi prontamente aceito, indo para o terceiro ano em 2024.
GARDEL ASSESSORIA
Alex Sandro Gardel
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