#e viva este sonho por completo

[kyuala]

♡ one of the girls ♡

par: enzo agente x leitora cantora | notas da autora: oi gente td bem tô a fim de ser tóxica hoje. já que já começaram os trabalhos com enzo membro de banda, enzo cantor, enzo rockeiro... trago aqui a antítese ☝🏼 enzo empresário e a estrela é a leitora. completamente inspirado na música de mesmo nome mas só na música mesmo pois não assisti um episódio sequer daquela série 🙏🏽 espero que gostem, se não gostarem lamento 💔 | avisos: linguagem adulta, descrições de sexo explícitas, comportamento obsessivo, abusivo e tóxico, final meio ambíguo

♡ você era só mais uma sonhadora ingênua antes de encontrá-lo. postava teus covers no youtube, se apresentava em bares e restaurantes não muito populares, dava aulas de canto aqui e ali; tudo que precisava fazer para se manter viva

♡ até que numa bela e fatídica noite, você conheceu enzo. as roupas vintage, os óculos escuros sempre pendurados na camisa e os cabelos negros e longos do uruguaio te chamaram a atenção, mas não mais que a forma como ele se portava e se dirigia a você, como se já estivesse completamente convencido de que era tua única salvação

♡ e talvez realmente fosse. veja bem, enzo também não era ninguém antes de você; não tinha clientes, não tinha contatos e muito menos perspectivas, mas após te convencer de que ele - e apenas ele - poderia agenciá-la e te transformar na maior estrela do mundo (e convencer até seus pais disso também), ele se empenhou como ninguém para tornar teus sonhos (e os dele) realidade

♡ vocês dois juntos formam uma dupla imbatível. com o teu talento e teu esforço, e o charme e a lábia de enzo, as portas se abrem como se não fosse nada, te levando a lugares e patamares que você nunca sonhou alcançar e te transformando, efetivamente, na maior estrela mundial da atualidade

♡ o que ninguém vê - e você não conta a ninguém - é o que rola nos bastidores, longe de todo o glamour dos holofotes. é a forma como ele te controla, te deixa submissa e a ama por isso

♡ enzo sabe muito bem como te tratar e quais palavras usar para te manter ali, do ladinho dele, sem te perder de vista e se certificando de que você ainda é leal a ele como a cadelinha que é

♡ enzo tem o hábito de te trancar nos quartos de hotel que reservam, seja para tuas turnês mundiais, aparições na mídia ou grandes premiações, te permitindo apenas ser visitada por ele e liberada quando necessário para as agendas

♡ se mantém firmemente ao teu lado durante entrevistas; quem não a conhece como a maior artista solo em atividade facilmente confundiria os dois com uma dupla, mas a presença dele ali é necessária para te manter na linha, de acordo com ele

♡ e não que ele seja completamente um monstro para você, não. muito pelo contrário. a forma como ele te explica, a sussurros e em meio a carinhos na tua bochecha, que tudo isso é para o teu bem, para que você possa dar o teu melhor e realizar todos os teus sonhos - que tudo isso que ele faz é por você - apenas te dá a mais pura certeza de que ele não é só o teu empresário; é o amor da tua vida

♡ e te garante, sempre que necessário, com beijos distribuídos sobre a tua pele, que é melhor que ninguém saiba a dinâmica, o verdadeiro relacionamento entre vocês. "eles não entenderiam," ele diz, a respiração quente te ouriçando todos os pelos ali, "eles não conseguem notar que eu te amo"

♡ e ele ama. ama o quanto você é cegamente fiel. ama quando você se submete totalmente ao controle dele, dentro e fora da cama. ama quando ele consegue rachar tua pele sensível com os dentes ou com as mãos firmes. ama o quanto você consegue aguentar todas as dores que ele te dá sem sequer vacilar. ama o quanto você o ama, implora pelo amor rude e violento dele

♡ os momentos de reafirmação e resseguro contidos em sussurros que poderiam facilmente se passar por juras de amor são completos contrastes ao resto do tempo, à maior parte; a calmaria, a mansidão e tranquilidade na intimidade de vocês, após ele ter tirado tua virgindade, são deixadas apenas para estes momentos

♡ enzo gosta de te empurrar sobre a cama, te atacando assim que teu corpo atinge o colchão sem te dar tempo de se recuperar. gosta de te manter ali, presa, contida às vontades dele. gosta de cuspir na tua boca, te fazer gritar, te deixar acabada e esgotada. gosta de te enforcar enquanto mete com força e brutalidade, às vezes até quase te fazer desmaiar. mas gosta principalmente de te negar quando você implora para ele gozar dentro de você, pelo menos uma vez, para te dar um filho. "ainda tem toda uma carreira pela frente, chiquita," ele te diz, sorrindo soberbo enquanto coloca de volta as calças e admira tua carinha de choro decorada pelo líquido quente, branco e viscoso que ele não pretende limpar, "estrelas não têm tempo para família"

♡ sai, sempre te deixando quando você implora por mais, mesmo que ainda não tenha se recuperado, e não se preocupa em te cuidar depois que te usa; está sempre ocupado demais com ligações, com reuniões, com o planejar do próximo passo da tua carreira e essa é a prioridade dele

♡ você não se importa, focando toda tua positividade em se relembrar que, apesar de tudo, ainda está vivendo teu sonho: cantar. canta vazia, canta quebrada, canta montada para disfarçar as sombras, mas canta para multidões, para legiões de fãs e admiradores, canta para ser premiada e prestigiada

♡ começa a se importar, porém, quando o sucesso chega a ser tanto que os olhares se voltam também para ele: tão charmoso, tão hipnotizante e, principalmente, tão talentoso em gerir o teu talento e toda a tua carreira; mais e mais artistas se interessam por ele e suas habilidades como empresário e ele tem um claro padrão visto nas clientes que aceita representar - jovens, bonitas, talentosas, desesperadas

♡ se lembra muito bem da primeira vez que foi autorizada a conhecê-las - todas, sem exceção, um reflexo sombrio e aterrorizante de si própria

♡ e você tenta continuar não se importando, afinal vocês não precisam estar apaixonados, não mesmo - você só quer ser uma das garotas dele por essa noite e todas as outras que ele te permitir

♡ mas enzo, apesar de bom empresário, é apenas um homem e um homem extremamente falho. começa a te ver cada vez menos, com desculpas de que agora, com mais clientes, tem mais chamadas a atender, mais reuniões para participar e mais agendas para gerir

♡ mas você sabe - sente, no âmago do teu ser, não importa o que veja ou o que te falem - que não é o caso. sabe que ele não quer mais vê-la agora que tem novos brinquedinhos para se entreter e bonequinhas para controlar. sabe que faz de propósito quando repassa uma oportunidade, originalmente oferecida a você, a alguma nova garota que não o conhece como você o conhece, que não passou um terço do que você passou com ele e que definitivamente não o ama como você ama

♡ sabe que é por isso que tua carreira tem declinado: cada vez menos aparições, entrevistas, shows, músicas, álbuns - tudo e o pior, cada vez menos telefonemas, ligações, visitas, noites de amor viradas em claro; cada vez menos enzo na tua vida

♡ enzo, por sua vez, sabe como tirar o pior de você, uma briga diferente regada a gritaria e objetos caros sendo atirados e quebrados toda vez que se vêem

♡ e você sabe que, sem a tua carreira, já não é mais nada. sem enzo então, sozinha, não é nenhuma força da natureza para o mundo admirar

♡ e, agora que não tem mais nada exceto a estatueta do prêmio obsoleto que ganhou há anos atrás em mãos enquanto o espera para uma rara visita no teu quarto trancafiado de hotel, sabe que não vai poder nunca ter paz até que ele se vá

masterlist principal | masterlist de lsdln

[itsmeraki]

mais um dos 7 que escrevo pra ti, tirando esse sobra mais 3

já falei do teu jeito, dos teus sonhos, das tuas crenças e ainda tô decidindo pra que rumo levar este poema

posso falar dos teus olhos, que apesar de tanta inquietude me passam segurança completa

escuros, profundos, por vezes viajados mas que hipnotiza a quem se aprofunda

o abraço aconchegante e constante a quem gosta, é até viciante

o sorriso que é pouco mostrado mas muito sincero, uma fixação eterna pelo seu brilho contagiante

o estilo eloquente, cheio de personalidade com a presença hipnotizante de quem sabe ao que veio e quem é

cheiro marcante que gruda, sentido pelo dia inteiro dando espaço até pra saudade

chega a ser fascinante, talvez seja só o meu modo de ver com olhos e sentidos muito perceptivos

mas seria uma pena se só eu visse essas características de modo tão particular,

obviamente é muito além do superficial, admiro a pessoa real da qual eu sempre vou ter a curiosidade de conhecer

dificilmente nos conhecemos por completo, mas vai ser sempre um fascínio tentar entender

a curiosidade sempre me consome, dizem q ela matou o gato, mas eu tô viva demais pra deixar de saber qm é você

[schoje]

Florianópolis se prepara para reviver sonhos e resgatar a esperança. E é com esse espírito, que a Prefeitura de Florianópolis vai promover uma série de espetáculos espalhados por cada cantinho da cidade. Com uma cobertura vacinal positiva, cerca de 85% da população total com esquema completo, a programação terá início na próxima quinta-feira (02), com o acendimento das luzes no Largo da Catedral a partir das 19h. Este ano, com a retomada das atrações natalinas, a cidade vai receber iluminação especial, elementos decorativos, casa do Papai Noel, presépio em tamanho real, além de apresentações artísticas que vão reunir performance teatral com personagens caracterizados. A Parada de Natal, nos dias 16 e 17 de dezembro, na Praça XV de Novembro, promete reunir centenas de pessoas com a presença da Banda do Papai Noel e outras atrações.  A programação não para por aí. Dia 19 de dezembro, a Ponte Hercílio Luz também será palco da Parada de Natal. O show, além do cenário encantador, vai contar com carros cenográficos e diversas alas coreografadas com figuras natalinas iluminadas, como: anjos, reis magos e brinquedos representativos com mais de 250 integrantes. O Natal da Virada 2021 vai levar a tradição natalina também aos bairros de Florianópolis. De 03 a 18 de dezembro, a partir das 19h30, a Caravana do Papai Noel passará por 14 localidades da cidade com apresentações locais de escolas da região, apresentação de corais e outras manifestações culturais.  Acendimento das Luzes O tradicional acendimento das luzes, que acontecerá na quinta-feira (02), abrirá as festividades da programação, momento em que o bom velhinho recebe a chave da cidade das mãos do Prefeito Gean Loureiro. Neste dia, no Largo da Catedral, surpresas estão sendo cuidadosamente elaboradas. Pensando na segurança da população e para seguir as normas de prevenção adotadas, um espaço, em frente à Catedral, será cercado para o controle e exigência do passaporte da vacinação.  Para acessarem este local, os interessados devem obrigatoriamente apresentar o comprovante da vacinação. Serão duas entradas, uma na Rua Arcipreste Paiva e a outra, na Rua Padre Miguelinho. As duas saídas estarão localizadas na Praça XV de Novembro.  O evento terá início às 19 horas e contará com a alegria da Banda do Papai Noel da CDL de Florianópolis, a apresentação do músico e pianista Luiz Zago, com participação de convidados, além da chegada do Papai Noel e do acionamento do botão que iluminará a cidade. A programação segue na Praça XV que terá o jardim decorado, Casa do Papai Noel em estilo açoriano, grandes personagens e iluminação cenográfica com cerca de 30 mil micro lâmpadas.  Como ficará o trânsito Com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e a Guarda Municipal de Florianópolis, cerca de 100 agentes de segurança estarão atuando na organização do evento de acendimento das luzes de Natal. A partir das 17h, do dia 02, iniciam os bloqueios viários necessários para a realização do evento.  Os motoristas precisam ficar atentos, pois não poderão acessar a Rua Arcipreste Paiva no cruzamento com a Rua Marechal Guilherme, bem como, a via em frente do Largo da Catedral e a Praça XV, que também estarão bloqueadas.  As linhas executivas do transporte coletivo também vão ter alteração no itinerário: Sentido Centro/Bairro: •Norte /Leste/ Central: sobe a Rua dos Ilhéus e entra na Rua Dorval Melchiades de Souza e volta ao itinerário normal; •Sul: atrasa em 5 min a partida para não impactar no horário de passagem nos pontos após o TICEN e sai do TECIF direto para o Sul da Ilha; • Continente/Ponte Viva: sobe a Rua dos Ilhéus, Av. Rio Branco seguindo itinerário normal;  Sentido Bairro/Centro: • Norte/Leste/Central/Ponte Viva: Rua Jerônimo, Rua Tenente Silveira, Rua Pedro Ivo, Av Paulo Fontes; •Sul / Continente: Av. Hercílio Luz e entra direto no TECIF. Caravana do Papai Noel nos bairros   A partir do dia 03 de dezembro, Florianópolis contará com eventos e apresentações especiais com a participação de grupos artísticos e corais de 14 regiões da cidade.

A Caravana do Papai Noel passará pelos seguintes bairros: Dia 03 – Coqueiros | Parque de Coqueiros; Dia 04 – Estreito | Praça Nossa Senhora de Fátima; Dia 05 – Carianos | Praça do Carianos; Dia 07 - Rio Tavares | Conselho Comunitário da Fazenda do Rio Tavares; Dia 08 – Tapera | Praça da Tapera; Dia 09 – Agronômica | Praça Chico Mendes – ao lado do Direto do Campo; Dia 10 – Itacorubi | Praça Caiçara; Dia 11 - Santo Antônio de Lisboa | Praça Getúlio Vargas; Dia 12 - Lagoa da Conceição | Praça Bento Silvério; Dia 14 - Barra da Lagoa | Praça Aderbal José dos Santos; Dia 15 – Ingleses | Parque Linear; Dia 16 – Canasvieiras | Praça Francisco Germano da Costa - Chico Camarão Dia 17 - Rio Vermelho | Praça da Igreja; Dia 18 - Armação | Centrinho da Praia da Armação; A programação acontecerá sempre a partir das 19h30min. Parada de Natal   Um verdadeiro espetáculo está sendo preparado para o Natal 2021. A Parada de Natal desembarca no centro de Florianópolis, nos dias 16 e 17 na Praça XV, com mais de 250 integrantes entre artistas, músicos e bailarinos. Canções de Natal, apresentações coreografadas, elementos luminosos e duas alegorias farão parte do evento.  Dia 19 de dezembro, a Ponte Hercílio Luz também será palco da Parada de Natal, assim como na Praça XV. O show, além do cenário encantador, vai contar com carros cenográficos e diversas alas coreografadas com figuras natalinas iluminadas, como: anjos, reis magos e brinquedos representativos.  As programações da Parada de Natal terão início às 19h. Natal da Virada: Prefeitura de Florianópolis divulga programação Fonte: Prefeitura de Florianópolis

[guizitosdumpster]

Meu eu

Oi...

Já achou que era sobre o como eu gostava de você, né?

Sei que repeti muito isso por aqui, mas dessa vez não é.

Dessa vez é sobre mim, sobre meu eu que redescobri quando abri mão de ti.

Quase que não reconheci aquele sentimento de plenitude em ser, por simplesmente estar sendo ofuscado pela ideia de você.

Me achei incrível e sensacional, a companhia perfeita para ir naquela feira, naquele rolê numa certa feita pra me sentir o tal.

Talvez eu realmente seja muita areia pro caminhão de alguém, mas só se este se negar, se achar um ninguém.

Nem sei quando abri mão da ideia que tinha de você. Perdi esse momento na minha mente, pois a plenitude do meu ser falou mais alto simplesmente.

É claro, não posso dizer que nos últimos tempos não sofri, mas o que senti hoje, o sentir o agora, fez meu coração sorrir.

Finalmente eu entendi que para ser eu mesmo, para ser completo de verdade, eu só preciso de um "ti", o meu próprio eu.

Já o "ti" você... tchau! E obrigado por me colocar neste sofrimento que na verdade foi um ciclo de aprendizado.

Por vezes pensei que não tinha nada e que não estava machucado. Mas ao rever e entender a ideia que criei de você, foi quando percebi que eu tinha algo a ser tratado.

Que bizarro, achar por um momento que de sonhos e ilusões eu havia me libertado. Ainda bem que pela fantasia da realidade fui visitado.

E que agora eu viva,

que eu sinta,

que eu seja...

Se quiser aparecer de verdade e se apresentar, venha, quero lhe conhecer de verdade. Sem fantasias ou ilusões que alteram e distorcem a realidade.

Nunca me senti tão consciente e presente, pleno em simplesmente viver comigo mesmo e mais ninguém.

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Capítulo XIV

O som do disparo foi escutado por todos que presenciavam a cena tensa entre o ex-casal dentro da casa da moça, e uma onda de choque espalhou-se pela sala de estar instantaneamente.

S/N expremeu os olhos naquele momento e só voltou ao estado normal quando a porta de casa foi violada pela polícia e finalmente levaram o monstro que ela tanto temia para bem longe dali.

A vizinha, Elizabeth, uma senhora de sessenta anos foi quem ajudou a moça desamparada, livrando-a das mãos daquele psicopata pela segunda vez.

Além de acionar as autoridades, Elizabeth auxiliou S/N, tirando-a do chão e buscando um casaco qualquer no guarda-roupa dela para que cobrisse a parte de cima do corpo da garota.

- Obrigada por salvar minha vida de novo, Beth. - o abraço oferecido pela senhora foi bem mais que um gesto de carinho. Sentir o contato de outra pessoa depois de vinte minutos agonizantes, era como uma segunda chance à vida. Afinal, S/N passou por uma experiência que deixaria qualquer um desnorteado. E com base em seu histórico, essa situação certamente faria parte da coleção de cicatrizes que a mulher carregava dentro de si.

- Você ouviu o policial, não é? Aquele vagabundo ficará preso por muitos anos, querida. Ele nunca mais te incomodará. - com certeza a notícia dada de antemão foi a melhor que a garota recebeu nos últimos anos. Era impossível mensurar o alívio que S/N sentiu ao ser tranquilizada pela polícia em relação a Charles, e consequentemente toda a burocracia necessária para que ele finalmente apodrecesse na cadeia.

- Parece até um sonho. - disse após separar-se da vizinha. - Bom, não quero mais te dar problemas, Beth. Me desculpe por te meter nessa de novo.

- Pare com isso, S/A. Eu já disse que pode contar comigo sempre que precisar. - logo depois de um sorriso singelo, outro abraço e mais dez minutos para convencer a senhora de que a garota estava bem e poderia ficar sozinha, S/N deu um jeito na fechadura de sua porta e por fim pôde raciocinar tudo o que havia acontecido minutos atrás.

Afetada psicologicamente, ela não conseguiu dar mais que cinco passos pela casa sem sentir suas pernas tremerem. As mãos estavam inquietas e sua respiração descontrolada. A ansiedade veio à tona e foi meramente impossível não chorar diante de todos os acontecimentos ocorridos há pouco.

O choro era de alívio, mas ao mesmo tempo muito doloroso. Ela estava completamente devastada e a única pessoa que queria por perto naquele segundo era seu melhor amigo.

*Ligação*

- Achei que você tinha me esquecido. - Harry comentou assim que atendeu o telefonema mas não prosseguiu sua fala ao escutar a amiga chorar. - S/A, por que está chorando? - perguntou preocupado.

- Você pode vir aqui? Por favor.. - soluçando, S/N proferiu o mínimo de palavras que pôde antes que o choro se tornasse incontrolável.

- Claro, claro. Eu já estou indo. - o rapaz desligou a ligação e correu até o carro, dirigindo tão rápido que possivelmente havia sido multado umas três vezes ao longo do trajeto.

Contudo, Styles não ligava nem um pouco se teria que pagar duzentos euros por andar em alta velocidade. Não quando sua preocupação em relação à S/N era sua prioridade.

Ao estacionar o carro em frente ao triplex branco, Harry caminhou depressa até a entrada e deu duas batidas na porta antes de ouvir a voz da mulher, dizendo que estava aberta.

Em vinte e seis anos de vida, ele nunca presenciou uma cena tão melodramática e intensa ao ver aquela que se tornou facilmente uma de suas pessoas favoritas da vida, destruída tanto física quando psicologicamente.

S/N estava sentada no chão, próxima à lareira desligada, abraçando as pernas encolhidas, com o rosto machucado, olho direito levemente roxo e cortes em diversas partes da face.

Ela, ao perceber que o rapaz a encarrava perplexo, abaixou o rosto, envergonhada por ele encontrá-la naquele estado.

Harry não precisava perguntar absolutamente nada para saber claramente o que havia acontecido. Seu sangue ferveu quando chegou próximo à ela e viu de perto a quantidade de ferimentos pelo rosto angelical, o qual ele era fascinado.

Sem dizer nada, o rapaz sentou-se na frente de S/N e apenas tentava formular alguma frase em seu cérebro que fosse válida. No entanto, ao perceber que o carpete tinha gotas vermelhas vivas inéditas, Styles preferiu manter-se calado. Ele não queria pesar clima e muito menos ser inconvincente em um momento tão delicado. Ás vezes, o silêncio é muito melhor que palavras vazias. E era exatamente este pensamento que vagava pela sua cabeça.

Delicadamente, o moreno acariciou de leve os dedos de S/N e ficou por ali até que ela se sentisse confortável para encará-lo novamente.

Por mais que a vontade dele fosse abraçá-la e ser o ombro que a garota tanto precisava no momento, ele não acelerou um segundo sequer daquele contato simplório. Apenas permaneceu quieto enquanto fazia carinho nas mãos macias da amiga.

- Obrigada por ter vindo. - finalmente uma voz ecoou pelo cômodo depois de minutos em completo silêncio. No entanto, S/N ainda não teve coragem de olhar para Harry, e direcionou o olhar para os dedos que brincavam juntos lentamente.

- Sabe que não precisa agradecer. Estou aqui porque me importo com você. - ela assentiu e soluçou. - Chora, S/A.. Não precisa guardar nada disso aí dentro.

- Eu não quero parecer fraca.

- Isso não é questão de fraqueza, e sim de vulnerabilidade. Se permita sentir todos os sentimentos agora para que depois você os jogue no lixo e esqueça essa sensação ruim que já virou comodidade.

- Para quê? - questionou aos prantos. - Quem garante que não vou passar por isso de novo?

- Eu garanto! Porque a partir de hoje eu te protegerei de tudo e de todos. - respondeu convicto de suas ideias. - Pode confiar em mim. - sem dizer absolutamente nada, a moça se jogou nos braços do rapaz, que a acolheu com tanto amor que foi difícil achar defeito naquele simples ato.

As lágrimas dela molhavam a camiseta cinza que Harry vestia, e a cada gota que caía, diminuia o peso em suas costas, mesmo que aquele choro também expressasse a dor e angústia por ter revivido uma das piores fases de sua vida.

- Muito bem, S/A. Põe para fora tudo o que for necessário. Estou aqui para você, não se preocupe. - as mãos dele acariciavam a cabeça da garota, que despejava todo o sofrimento no ombro do amigo.

- Eu não fiz nada para ele, Harry. Nada! E ainda sim esse filho da puta quis me matar. - soluçou. - Aonde foi que eu errei?

- Ei, você não errou em momento algum! - ele levantou o queixo dela devagar para que conseguisse visualizar seus olhos. - Foi ele quem errou, S/N. Charles é o culpado por tudo o que aconteceu e ele vai pagar por cada dor que você sentiu nas mãos daquele desgraçado de merda! Nem que eu tenha que fazer isso sozinho!

- Por favor, não se envolva nisso. Eu não sei o que faria se por acaso Charles tentasse algo contra você.

- Fique tranquila. Esse homem morreu para mim. E inclusive para você. Nós nunca mais tocaremos no nome dele, em hipótese alguma, combinado? - S/N concordou, com o choro controlado, e abraçou o moreno ainda mais forte, deitando sua cabeça nas pernas dele. Ela sentia-se segura ali.

- Não queria que me visse desse jeito. - escondeu o rosto no corpo do rapaz, que deu uma risada fofa ao vê-la tão frágil.

- E por que não?

- Eu estou horrível e toda machucada.. Você não tem noção da vergonha que sinto quando as pessoas me olham nesse estado deplorável.

- Pois não devia. Mais uma vez, isso não é culpa sua, S/A. Ser vítima de tamanha brutalidade não é motivo de vergonha e sim de coragem. Você é uma heroína, assim como tantas mulheres que sofrem ao lado de monstros covardes. Eu te admiro tanto por ter aguentado, e muitas vezes enfrentado aquele babaca todos esses anos. Então não se sinta mal por sofrer. Encarre essa dor como algo que te fortalecerá e te tornará uma mulher muito, muito poderosa. - após uma sequência de choro e tristeza, S/N finalmente sorriu e deixou que todas as palavras sábias ditas por Harry entrassem em seu coração, tendo grande participação para que o ânimo retornasse aos poucos. - Agora vamos até o seu quarto que eu vou cuidar desses machucados. - o rapaz pegou a moça no colo e a levou até o cômodo, o qual ela dormia, colocando-a na cama logo em seguida. - Você tem kit de primeiros socorros?

- Harry, não precisa..

- Shiiiu. - ele a interrompeu de forma engraçada, deixando um sorriso escapar de seus lábios ao observar a garota rir. - Você tem?

- Dentro do armário do banheiro. - e assim, com o os utensílios em mãos, Styles limpou cada ferimento no rosto de S/N, tomando todo o cuidado do mundo para que ela não sentisse nenhum incômodo.

- Está doendo? - questionou preocupado enquanto passava o algodão úmido com soro fisiológico no corte que se destacava entre os demais.

- Não. Você está indo bem. - respondeu rindo de leve.

- E esse olho roxo? Acha melhor colocar gelo ou passar uma pomada?

- Acho que a pomada funciona melhor. - Harry concordou e pegou o produto dentro da caixinha branca de plástico.

Com muita cautela, o rapaz depositou o creme de leve na região inchada do rosto da mulher. E a cada machucado que encontrava, a raiva que sentia por Charles aumentava em uma proporção gigantesca. Contudo, ele não comentaria nada disso com a pobre moça. Não agora.

- Ai.. - resmungou ela quando Harry pressionou sem querer a parte mais dolorida de seu rosto.

- Ai meu Deus, desculpa.

- Tudo bem. - S/N o tranquilizou e riu após o susto dele.

- Prontinho, acho que acabei. - falou ao dar um sorrisinho e então ficou a observar a mulher, sem que o sorriso saísse de seus lábios.

- Estou tão feia assim para você não ter tirado os olhos de mim desde que entrou? - questionou brincalhona, mas com certo tom de verdade.

- Não. - respondeu com um riso bobo. - Pelo contrário, você está linda.

- OK, senhor Styles. Não precisa me bajular tanto assim.

- E quem disse que estou bajulando? - S/N sentiu suas bochechas corarem e empurrou o ombro do amigo de leve. - Não importa o jeito que estiver. Eu sempre te acharei linda.

- Até com o rosto todo fodido? - brincou ela.

- Até com o rosto todo fodido. - Styles confirmou a pergunta com um sorriso perfeito, levando a mulher a um lugar que a tranquilizava como nenhum outro conseguia.

A paz que a presença de ambos trazia para a vida de cada um era surreal. E toda a vez que se encontravam tão próximos, a sensação de borboleta no estômago era a primeira a surgir, seguida de um coração acelerado e por fim uma vontade louca de saciar todos esses sentimentos com um beijo, que já havia sido imaginado por eles muitas e muitas vezes.

- Você está sentindo seus lábios? - perguntou ele.

- Estou, por quê?

- Só para saber se posso te beijar sem que te machuque. - a vergonha tomou conta da moça e uma risada fraca saiu de sua boca antes dela aproximar seu rosto ao do rapaz. - Eu posso?- a pergunta soou baixa, com ele olhando fixamente para os olhinhos caídos de S/N.

A garota, encatada pela atenção e carinho que o rapaz disponibilizava exclusivamente para ela, aceitou com a cabeça o pedido de Styles ao esboçar um sorrisinho tímido e de uma vez por todas colou os lábios em um beijo sereno, lento e que ainda sim foi muito gostoso.

Harry em nenhum momento tocou no rosto de S/N ou em outra parte específica do corpo dela, a qual ele não tinha o consentimento. O que Styles fez foi puxar devagar a cintura da garota para mais perto de seu corpo, e continuou a beijá-la com as pernas envoltas de sua cintura, enquanto os braços a abraçavam delicadamente.

- Fica aqui comigo essa noite?

- Nem que você me expulsasse eu iria embora. - S/N sorriu sem graça e Harry a abraçou forte, depositando um beijo delicado em sua testa. - Eu vou cuidar muito bem de você. Te prometo..

[...]

[ikonic131]

Series Apology:

One and Only pt.1

B.I/ Kim HanBin

"...Você sempre soube quem eu sou

Aquele tipo de cara egoísta

Acho que me senti sobrecarregado por você

Quando você apenas

me pedia um pouco de atenção

Até o último momento

Nós pensamos apenas em mim! "

Line: B.I- Hanbin

/Apology-iKON

"-Você acha que porque estamos juntos que de alguma forma isso a isenta de cometer esse erro ridículo?"

Suas palavras ásperas reverberaram por todos os ossos de seu corpo, sacudindo-a de medo. Você ficou lá congelada no local porque o que mais você poderia fazer quando o homem que você conheceu como um homem de bom coração e fala mansa estava a um grau de gritar com você. Você ficou chocada para dizer o mínimo e, quisesse ou não, as lágrimas já escorriam pelo seu rosto no momento em que o tremor involuntário começou a se instalar em nas mãos grandes de Hanbin.

A mão que segurou a sua, acariciou sua alma até as embalou em sua mente para o mais doce dos sonhos, agora estava puxando irritantemente a gravata cara que você havia presenteado o no aniversário dele, jogando-a descuidadamente como se fosse um lixo, como se significasse nada. Você fungou, mas não foi porque estava com medo agora ou porque acabara de ser humilhada pelo homem que chamava de seu nos últimos três anos. Você fungou porque estava com raiva e não havia como parar os tremores de seus lábios e o derramar de seus olhos. Então, em silêncio, você se afastou antes que palavras ofensivas pudessem ser proferidas, afastou-se antes que pudesse seguir por um caminho sem volta.

Você sabia que não tinha feito absolutamente nada de errado para merecer o constrangimento concedido a você, era inocente e sabia que tinha sido sabotada. Tão bem quanto tinha conhecimento de quem a sabotou, você sabia exatamente por que estava com raiva. Não foi porque ele gritou ou porque questionou sua metodologia, jogou fora o arquivo em que você trabalhou tanto em uma onda de decepção e calor do momento. Era natural para o líder de uma empresa estar estressado por ter que examinar cada detalhe de seu negócio. Você estava com raiva, furiosa porque, desde que você o conhecia, ele também conhecia muito bem você. Ele sabia que você nunca faria nada para comprometer sua carreira e ele deveria ao menos lhe dar a chance de explicar antes de vir com o fogo ardente de um leão pronto para atacar sua presa mesmo quando nenhum dos fatos estava sobre a mesa. Ele não deixou você ter a palavra, nem mesmo um segundo para esclarecer a situação, para explicar o que diabos estava acontecendo antes de decidir que você era culpada de falha no projeto. Você estava furiosa, mas no fundo, você sabia que se ele falhasse, havia várias vidas em seus ombros, vidas perderiam seus empregos. Deixando isso de lado, você sabia que não importa o que estava sendo dito, este não era apenas um projeto normal de curto prazo jogado fora. O futuro não apenas de seu próprio departamento, mas de uma parte crucial da empresa dependerá de quão bem executado este projeto será, então, por enquanto, o seu orgulho teria, mais uma vez que ser colocado em segundo plano.

Estar casada com o trabalho era uma bênção e uma maldição. Havia noites pelas quais você ansiava desesperadamente, tudo o que você precisava, era respirar o ar fresco da primavera que desabrochava e toda a bondade que ela trazia a este mundo monótono. Pela primeira vez, você gostaria de ter férias normais, de se aquecer no sol brilhante do verão e sentir a água fria do oceano batendo em seus pés com Hanbin ao seu lado. No entanto, noites como esta, noites em que o mundo não era gentil e seu relacionamento não era exatamente o sol e as risadas, você ficava feliz em ver seu trabalho completo, terminado com excelência. Por esse motivo você se encontrava agora em frente a uma grande pilha de relatórios revisando os projetos desde do início até em setores que não lhe cabiam responsabilidade.

"-Chefe, tem certeza de que não precisa que fiquemos?"

"-Tudo bem, podem ir."

Com um sorriso de desculpas e um adeus empático, o último de seus subordinados saiu do escritório vazio, deixando você e sua alma solitária com uma montanha de trabalho. Um suspiro pesado escapou de seus pulmões quando o tilintar de sua caneta de repente se tornou estrondoso, ecoando sobre o ar frio da sua sala vazia. As últimas 5 horas foram gastas em palavras bem formuladas que certamente seriam bem engolidas por velhos facilmente deslumbrados com a beleza da superfície, você na verdade não tinha pensado nele durante um tempo, raiva esquecida e por um segundo lhe deixou agitada e um calor em seu peito fez você desejar chegar em casa logo. No entanto, quando o ar frio começou a se assentar com a falta de outras almas vivas para acompanhá-la e distrai-lá pela noite solitária, o mesmo aconteceu com a realidade. Seria sensato voltar para casa com sentimentos não resolvidos, enquanto o assunto de suas frustrações ainda estava inacabado. Então você tratou de ignorar a idéia de mergulhar em um bom banho quente enquanto Hanbin espera seu retorno para a cama que ele tão gentilmente aqueceu e onde ele lhe daria o mais caloroso abraço e beijos ardentes antes de cairem no sono satisfeitos qualquer que fosse o tipo de carícias trocadas antes.

Você sabia que misturar trabalho e romance era um pecado capital que nunca deveria ser cometido, muito menos cometer tal pecado com seu chefe. Você tentou ignorar, não apenas a maneira como seu coração começou a bater lentamente por ele, mas também o chamado de algo muito mais primitivo, o desejo ardente que ele lhe causava. Você resistiu quando Hanbin passou a te persuadir, para desmoronar a parede de gelo que você colocou para proteger a ambos, mas foi nada menos que admirável e cativante aos olhos dele sua tentativa. Você ganhou algumas batalhas, mas no final, ele venceu a maior batalha de todas, a batalha pelo seu coração e, em troca, você deu a ele tudo de si. Havia noites em que você mal podia acreditar que seu amor havia sobrevivido às fofocas do escritório, velhos em ternos elegantes balançando suas ações como uma ameaça ao Hanbin, e até mesmo a tempestade que eram as mulheres de seu passado, as mulheres que matariam para ser dele, tanto poder que você nem poderia começar a imaginar, pois o inferno não tem fúria como a de uma mulher desprezada ... Elas o cobiçam e você era a pedra no caminho, considerada inadequada para alguém de sua posição, mas de alguma forma ganhou seu coração. Você sobreviveu a tudo e ganhou o prêmio que era amor do Hanbin e como troféu o anel gigante em seu dedo, o anel que você não tirou desde o momento em que Hanbin o colocou com olhos marejados e um sorriso mais brilhante do que as estrelas. Por motivo desconhecido, esta noite parecia pesado, pesado não no sentido de que provavelmente custou a ele o preço da sua antiga casa para comprar, mas no sentido figurado onde você não tinha mais certeza se poderia suportar a pressão e o peso de ser a noiva do Ceo Kim Hanbin.

"- Querida, admirando as estrelas?" - disse Hanbin te tirando de seus devaneios enquanto você encarava o céu através da enorme janela.

"- Sim." - Não importa quanta merda a vida jogou em você ou quão ruim seu dia foi, não importa se ele foi o motivo pelo qual foi ruim, não havia nada ... Nada como ouvir aquela doce voz te embalando de volta ao tom constante e carinhoso. De repente, você não estava mais preocupado com a apresentação do projeto na manhã seguinte ou com o quão grande seria a queda em desgraça que você sofreria se este projeto falhasse ... Tudo que você podia sentir era o calor da suave cashmere roçando suas pernas nuas enquanto ele se pressiona contra seu corpo esculpido, o aroma caro de whisky e ambar que atinge a ponta do seu nariz enquanto ele dá um beijo direto em seus lábios. O maravilhoso aroma do café da manhã na manhã seguinte enche sua imaginação com o pensamentos brincalhões que tantas vezes deixou vocês dois se sentindo culpados por talvez acordar empregada pela bagunça que faziam em noites de reconciliação, isso acontecia muito, talvez demais, era inevitável na verdade. Você queria pegar a mão dele, correr para casa, porque só ele poderia realmente confortá-la depois que o mundo tinha sido um pouco duro demais e as palavras um pouco indelicadas. No entanto, quando você estava prestes a retribuir o toque de seus lábios com um abraço o pensamento daquelas palavras desagradáveis ​​de repente inundam seu cérebro de quão rancoroso, quão amargo foi e por que motivo? Você não tinha feito nada de errado e ainda assim estava recebendo tudo sem pensar duas vezes. Você não pede um tratamento especial, mas o que você pede é justiça ... E justiça talvez seja exatamente o que falta a ele, nos últimos meses parecia que a única atenção que ele lhe dedicava era a necessária para se desculpar por ter agido de forma incoerente no trabalho, as boas e velhas conversas de casal relacionadas ao seu futuro casamento não existiam mais, todas as vezes haviam assuntos referentes ao trabalho e a empresa que eram sempre mais prioritários que você, e que o seu casamento.

"- Sobre mais cedo..."

"- O novo esboço do projeto está feito." - Você diz cortando e se afasta, antes que ele pudesse te puxar de volta para o mundo que te deixou tão embriagada e apaixonada. Antes que ele pudesse usar mel para curar suas feridas, você decidiu que precisava parar, pelo menos por enquanto. "- Eu já te enviei uma cópia por e-mail, imprimi uma cópia impressa também. Todos nós sabemos que, com o nível de competência que sua querida assistente possui, é melhor para ela apenas ter uma cópia em mãos. Deus sabe o que ela faria com um digital. " - Talvez a nitidez e tonalidade na maneira como você soltou a palavra "assistente" tenha sido um pouco tensa, mas, mesmo assim, não foi indigna ou desesperada.

O silêncio se seguiu, Hanbin sabia, já havia sido alertado por seu amigo DongHyuk e até por você mesma sobre as intenções da assistente que lhe servia mas ele havia ignorado, assim como ele vinha ignorando as suas tentativas de ter mais atenção dele como sua noiva. Seu coração antes agitado não estava mais disparando. Você sabia, mais cedo ou mais tarde, que precisaria lidar com o conflito e a turbulência ... a dúvida sobre o futuro de vocês como casal. Pensar que havia um final alternativo para você e Hanbin partiu seu coração. Você precisava lidar com isso antes que pudesse apodrecer, explodir em seus rostos e terminar de uma forma muito ruim, mas agora, os corações ainda afetados por palavras indelicadas e frustrante talvez não seja o melhor momento.

"-Eu não devia ter gritado com você querida, JiWon me abriu os olhos e mostrou o projeto original que você tinha mandado para ele e não o que foi impresso de maneira errônea. Me desculpe."

"-É compreensível. Você tem uma empresa para administrar e erros como esse não são perdoáveis. " --Você falou com uma facilidade inesperada e, de certa forma, não foi nada surpreendente. Você aprendeu a deixar passar quando se trata de Hanbin, você aprendeu a perdoá-lo. E você tinha perdoado, mas não da maneira que Hanbin gostaria que você fizesse.

"- Vamos para casa, hmm? Podemos passar naquele restaurante que você gosta. Você pode relaxar antes da reunião de amanhã. "- Você podia ouvir aquele pouquinho de esperança na ponta da língua e a culpa no fundo de sua garganta. Você conhecia Hanbin e sabia que ele passaria pelo inferno só para fazer você se abrir com ele, temendo que a qualquer momento você fosse embora. Foi incrível, você não conseguia fazer seu ex falar sobre o dia dele, muito menos sobre seus sentimentos, com Hanbin, você nunca precisa se preocupar. Mas agora, agora não era o que você precisava.

"-Eu vou dormir na casa de Jennie esta noite. Ela está saindo da cidade em breve e eu só quero passar um tempo com ela. "

"-Querida ..." pela primeira vez desde que você testemunhou o fogo do inferno nos olhos do homem que você ama, você olhou em seus olhos. Ruborizado de exaustão e à beira das lágrimas, você podia ver o desespero nesses olhos e uma desesperança que partiu seu coração, mas você não pode, você se entregou a Hanbin inúmeras vezes, mas o seu futuro e o dele dependiam disso .. Mesmo que a carranca em suas sobrancelhas e a escuridão em seus olhos lhe dissessem que ele acreditava, ele acreditava que havia perdido você. Você precisava fazer isso, resolver o problema sem as palavras suaves dele atrapalhando seu julgamento. Você precisava ter certeza de que um dia você não iria acordar uma velha amarga, cega pelo amor infinito que seu marido tem por ela. Este ciclo de ceder e transigir havia durado muito tempo e muitas coisas não foram ditas, questões não foram ditas porque ele cedeu e você cedeu. Era hora de ser um adulto e era hora de parar.

Você deu às costas a ele, pegou sua bolsa na mesa e saiu pela porta sem deixar de reparar que Hanbin encarava a janela a sua frente com os ombros tensos e respiração pesada, sabia que ele estava se segurando tanto para não chorar quando para não gritar de raiva e frustração. Você andou até seu carro mas antes mesmo de abrir a porta soube que Hanbin estava atrás de você, ele apareceu ao seu lado e segurou seu braço, seus olhos vermelhos e maxilar trincado, ele não te deixaria ir embora sem lutar, Kim Hanbin não é do tipo que te deixar ir. Isso era ruim ou bom? Naquele momento a insistência dele em querer um conversa e suas justificativas para ter agido mal estavam lhe afastando ainda mais, porque tudo e qualquer desculpa lhe soavam egoístas, tudo parecia ser sempre sobre ele, ele e os problemas dele, ele e as falhas dele, ele e os sentimentos dele. Ele! Ele! Ele!

Hanbin já havia admito que era um cara egoísta, e você era compreensiva demais, mas havia chegado ao seu limite, você chegou ao ponto de gritar que o odiava, que não queria mais vê-lo, porque não aguentava mais ser apenas o segundo plano em sua vida. O anel pesado em de seu dedo que você sempre carregou orgulhosa você tirou e lhe jogou enquanto proferirá palavras duras contra ele, palavras que a muito você guardava de todas as mágoas anteriores vividas durante essa relação com ele. Você entrou e fechou a porta do carro com força, algumas batidas no vidro da janela, Hanbin pedindo pra você abrir a porta de forma desesperada, mal sabia ele que isso estava piorando a situação. Decidida você deu partida no carro e saiu ignorando a visão de Hanbin correndo atrás do carro no espelho retrovisor. Você foi embora sem olhar para o homem em pânico, antes que o calor de seu abraço pudesse acalmar as coisas que precisam ser resolvidas. Você foi embora, completamente alheia às lágrimas rolando pelo seu rosto e os dedos esbeltos alcançando o anel no chão. Você foi embora o deixando sozinho...

[elianaoliveira-escritora]

Acreditar

A única forma de chegar ao impossível. E acreditar que tudo é possível! Outro dia eu li, esta frase; "Viva como se tudo fosse um milagre" (De Albert Einstein). E percebi, que tudo na vida é único assim como, as pessoas e os momentos em que estou vivenciando ao longo desses anos. Sei que nada na vida é fácil mais, se você acredita. Todo recomeço é um grande começo. Hoje e todos os dias eu me permito ter gratidão por tudo o que, chega até a mim. Vejo que a gratidão ou seja, o meu sentimento de reconhecer o quanto é importante ser grata pela vida, e por tudo o que a cerca, me fazendo realizar novas conquistas e muitas realizações com vitória e glória. Eu percebi que a partir do momento que eu, me voltei a ter um olhar sobre mim mesma. As dúvidas, as incertezas, e as inseguranças desaparecerão por completo da minha vida. Ou seja, comecei a ser mais autêntica comigo e com Deus. Não tenho medo de dizer: que busquei a permissão de Deus para por em prática a minha meta que é escrever livros que tenham sucesso. Com verdade e respeito pelo mundo que irá recebê-lo. Da mesma forma como, eu respeito o meu próximo. Eu sabia, que cada palavra escrita por mim, iria ressuscitar o eu interior de cada um que tivesse com ele em mãos. Percebo que às vezes você pode dizer; que está bem por fora, mais por dentro, existe um vazio, um eu morto. E uma palavra escrita com amor e sabedoria iria fazer renascer dentro do outro, uma nova alma. Este é o meu segredo de "SUCESSO"! Está escrito em (João 1:9). A palavra é a luz verdadeira que, vinda ao mundo, ilumina a toda a humanidade. A minha Obra foi escrita para a humanidade. Este enigma está presente no mundo à milhões de anos a.c. (Antes de Cristo). Aprendi que aquilo que está oculto, é onde estar a verdade. E nós ocultamos nossos pensamentos, dores, desejos, amores e sonhos. Neste momento eu estou buscando ter, um nível elevado de consciência para viver e ser feliz. Sem ocultar do mundo aquilo que eu sou e pretendo ser. Sem ser modéstia, porque, ao abraçar este mundo, até então oculto. Eu teria que enfrentar os meus medos e inseguranças que poderiam impedir o processo do crescimento evolutivo deste trabalho. Ouvir várias vezes de meus amigos africanos, que daria tudo certo, eu só precisava ter mais confiança no poder da minha palavra . E que Deus, estava trabalhando em mim num silêncio absoluto dentro desta criação. Realmente, o silêncio vence e tem verdades que não precisam ser ditas.   Quero recomeçar, criar, escrever e sentir que estou pronta para viver este novo mundo, que estar por vim.  Eu desejo à todos vocês meus amigos, muitas felicidades. Nunca digam não, a si mesmos. Acreditem primeiro em vocês. E sejam felizes, sempre!

Todos os direitos reservados: Escritora - Eliana Oliveira

[vai-ver-e-assim-mesmo]

Sobre uma despedida amarga, e algo que ainda tenho que aprender.

Uma das experiências mais estranhas pela qual passei na minha vida, foi a de ir a um funeral de um amigo.

Não que eu já não tivesse ido em outros , mas ao ver uma pessoa dá sua idade, alí, é muito difícil é algo que só consigo descrever como anti natural (não sei se essa palavra existe).

Mas não é exatamente sobre isso que quero escrever, mas sim sobre o que aconteceu neste dia.

Ao final do funeral, pude reencontrar uma amiga muito importante em minha vida.Em minha adolescência éramos muito próximos, conversamos sobre tudo, segredos, sonhos, expectativas, frustrações, desejos, amores impossíveis, enfim, posso dizer que por um grande período de minha vida, ela talvez tenha sido minha maior confidente e eu o dela.

Mas sei lá,com o passar dos anos, sem nenhum motivo específico,fomos nos afastando, não houve brigas ou algo do tipo, apenas que em certo momento da vida, a vida aconteceu, e cada um seguiu seu caminho, até reduzir nossas interações a curtidas e comentários em diferentes redes sociais.

Mas naquele dia, naquela situação estranha, eu me reencontrei com ela, naquele dia a abracei, um abraço profundo, nós dois sentíamos o peso daquele momento, não dissemos muito um para o outro, mas em meio a tanta tristeza, me lembro que fiquei feliz em ver aquela pessoa, de escutar sua voz, sim fazia muito tempo que não a escutava, como eu disse anteriormente, eram apenas alguns likes trocados.

Nos despedimos, não tenho certeza se dissemos o que vou relatar a seguir ou se isso é alguma daquelas lembranças que não aconteceram de verdade mas que temos vividas em nossa mente.

Dissemos : "precisamos nos encontrar, não apenas em um funeral"

Pois é.

Alguns anos se passam, e infelizmente não nos encontramos, e dessa vez até mesmo os likes e comentário diminuíram, sei dela apenas o que vejo vez ou outra na internet, fico sabendo que está quase se formando, em artes, (ela sempre foi talentosa).

Mais algum tempo se passa, estou em casa, sozinho, zapeando qualquer coisa na televisão, passo o pé nas costas do meu cachorro, só mato o tempo, meu telefone toca.

- Alô?

- E aí emo, é o Kimura.

- E aí cara tudo bom?

(Kimura nunca me ligava)

- Você soube que a Cau morreu?

Acho que nunca vou me esquecer deste dia, e da sessão estranha que senti.

É muito difícil processar, o fato de que você nunca mais vai ver aquela pessoa.de que não há mais a chance de dizer: "vamos marcar algum dia".

E novamente fui eu a um funeral de um amigo, desta uma experiência, de uma solidão tamanha.

Acho que nunca me senti tão alienado em minha vida, não conseguia raciocinar, ou entender aquilo tudo.

Não consegui ver seu caixão, não consegui chegar perto, apenas observei de longe.

Ela foi enterrada no mesmo local, que eu a vi pela última vez.

É exatamente este o pensamento que as vezes me pego remoendo e digerindo até hoje (acho que já faz uns 3 anos).

A última vez que a vi, foi em um funeral, a última vez que a abracei e escutei sua voz, foi no mesmo local onde ela está enterrada agora.

Ainda não entendo muito bem o significado disso tudo,ainda não entendi por completo a lição ou o que a vida quiz né ensinar.

Mas só sei de uma coisa, parece que depois deste dia, carrego comigo uma saudade, de inúmeras coisas e de inúmeras pessoas, das quais gostaria de, ainda não sei como diminuir de alguma maneira.

Ainda acho que vou conseguiu entender toda essa situação.

Mas por hora, algo que me deixa com um vazio muito grande em meu estômago, é saber que não temos nem uma foto, nem mesmo as conversas antigas.

Tudo que tenho tá na minha memória.

Enfim, pra terminar, vou retomar ao tempo em que éramos próximos.

Era uma tarde de sábado, estávamos na casa de uma amigo em comum, ela tocando violão e eu cantando em inglês errado.

Ela me corrigiu brincando, "você e esse embromation"

Demos risada e continuamos cantando.

2019: Estou voltando do trabalho, mudando de rádio sintonizando qualquer coisa, quando me deparo com uma melodia que conheço de algum tempo atrás.

Era aquela música, na qual ela me corrigiu, me lembrei na hora daquele dia, e fui tomado por uma nostalgia boa, me deu saudade, mas fiquei feliz de escutar aquela música no rádio.

O mais legal é que o refrão daquela música diz o seguinte:

"I'll be there in your dreams and in this song"

Naquela época eu nem entendia direito,mas chega a ser irônico, que esse refrão me lembre ela.

Não tenho, fotos, não tenho textos ou mensagens apenas lembranças, e a certeza que de certa forma, ela vai estar viva, nessa canção e nos meus senhos, em que já nos encontramos uma vez.

É a história foi grande eu sei, mas eu precisava escrever tudo isso, pra quem sabe enxergar melhor e aprender alguma coisa.

Saudade de você.

O foda é que não temos mais o

"vamos marcar de se ver"

[seedsrp]

| Nova Matrícula |

Nome do Personagem: Heo Yura Nome Singular: Silvermist FC: Rothy (Solista) Twitter: @SA_01HY Dormitório: Legends - 4 Nascimento: 06/05/2001 Ocupação: Acadêmica de Enfermagem, Enfermeira Estagiária Qualidades: Doce, alegre e inteligente.   Defeitos:  Hiperativa, competitiva, impulsiva.

Nome da Singularidade: Mimetismo Feérico Descrição da singularidade: Habilidade de se transformar em “fada”, possuindo as habilidades correspondentes ao que comumente são atribuídas a este ser, bem como manipulação a um dos elementos da natureza. Permite que seu tamanho, funções físicas e psíquicas sejam modificadas e melhoradas, além da capacidade de voar com suas asas.

Sobre:

Heo Gain deu à luz a pequena Yura quando tinha apenas 17 anos. O pai era um garoto de seu colégio que se aproveitou do baile de inverno e da garota embriagada para ter o que queria: apenas um corpo quente numa noite demasiadamente fria. Gain não tinha muita coisa na vida além de sua inteligência e pais amorosos que tentavam apoiá-la em tudo o que fazia, então a gravidez foi uma notícia inesperada. Teve de parar os estudos quando Yura nasceu, começando a trabalhar para poder sustentá-la.

Apesar das dificuldades na primeira infância, Yura cresceu como uma criança feliz ao lado da mãe e dos avós. Contudo, sua primeira perda veio quando ainda era muito nova — os pais da mãe, um mês após seu quinto aniversário, sofreram um acidente de carro e acabaram falecendo. Yura ainda era muito nova para entender a profundidade da vida e a complexidade da morte, mas soube que parte de sua vida havia se partido junto aos avós.

Mas foi no ano seguinte que o destino — talvez o universo — lhe deu um presente. Aquele homem alto e de expressão um pouco fechada entrou em sua vida tão rápido quanto seus avós saíram. Chamava-o de “o amigo da mamãe”, porque ambos passavam tempo demais juntos. É claro, em sua mente infantil aquela relação não passava daquilo, pelo menos não até flagrá-los aos beijos no sofá da sala. Teve de ter uma conversa séria com a progenitora sobre namorados.

Foi aos sete anos que sua singularidade deu o ar da graça pela primeira vez. Frequentava uma escola nova na época, e se destacava dentre os estudantes. Ocupava o primeiro lugar nos característicos rankings que aquelas instituições teimavam em empregar nos alunos, e isso deixava sua mãe extremamente orgulhosa. Porém, a garota que sempre teve os sentidos mais aguçados do que o normal — embora não percebesse isso por conviver com essa predominância a vida toda — passou a ter acessos ao seu outro “eu”. Os olhos tornavam-se totalmente negros de uma hora para outra, as escleróticas escuras como o breu, e era como se suas potencialidades estivessem mil vezes mais aguçadas.

Foi quando a atenção se voltou para si e sua mãe. O primeiro ataque veio um ano depois que a singularidade foi descoberta. A casa ficou totalmente destruída, e Yura teve de lidar com a imagem da mãe morta diante de sua visão. Saiu viva apenas pela intervenção de Yujin, que conseguiu salvá-la a tempo de ter o mesmo destino da mãe.

Sua vida virou, mais uma vez, de ponta-cabeça quando foi levada a um orfanato. A influência de Yujin garantiu-lhe uma passagem livre naquele lugar, que descobriu ser um local para crianças órfãs que eram parecidas consigo — possuíam habilidades das quais não tinham uma explicação plausível. Era um lugar disfarçado, obviamente, e bastante protegido. Yura viveu lá pelos anos seguintes, sendo secretamente sustentada por Yujin, que nunca deixou nada lhe faltar. Graças aos envios de dinheiro frequentes, Yura tinha tudo do bom e do melhor, e tinha oportunidades melhores que as das outras crianças. O homem mais velho fazia visitas frequentes também, tratando-a como uma filha, e a afeição entre ambos apenas cresceu no tempo que se transcorreu. Aquilo, entretanto, não era o suficiente para apagar as cicatrizes formadas em seu íntimo. A menina, no entanto, não perdeu sua essência para a tristeza, preferindo guardar as mágoas e as perdas num cantinho de sua mente que seria tocado somente em seus momentos de fraqueza.

Mas, como tudo em sua vida, a perfeição cobrava seu preço. Aos dezoito anos, uma nova destruição acometeu sua vida pacata, parecendo persegui-la aonde quer que fosse. As G.E.M.s tomaram ciência da existência daquele pequeno orfanato, e o ódio pelos singulares levaram ao assassinato de dúzias de crianças que lá residiam. Mais uma vez, Yura escapou por um fio, e novamente Yujin, como o cavaleiro de armadura branca, a salvou novamente. Dessa vez, novos erros não podiam ser cometidos, e Yura foi levada para o lugar onde o pai adotivo residia.

Habilidades:

1 —  Características de fada. Todos os sentidos do singular são extremamente aguçados — olfato, paladar, tato, visão e audição. Contudo, quando sua singularidade está ativada, suas orelhas se tornam pontiagudas, nariz arrebitado e seus orbe tornam-se escuros na ausência de luz. Dessa forma, ganha mais agilidade quando estiver em um local com pouca luminosidade, podendo identificar a posição do inimigo, e também confere uma força sobre-humana aos seus ataques físicos.

2 — Pequenina. Neste estágio, o singular pode reduzir seu tamanho corporal instantaneamente ao ativar sua singularidade do nível anterior, não conseguindo controlar a transformação. O tamanho atingido pode chegar a cinco centímetros, voltando ao tamanho natural do indivíduo após o mesmo desativar sua singularidade. Nessa forma, pequenas asas de energia crescem de suas costas. Elas são translúcidas e de uma coloração escura, uma mistura de roxo e preto, garantindo um voo rápido.

3 — Controle elemental I: Trevas. Em sua “forma de fada”, o singular agora tem um domínio parcial sobre o elemento trevas, podendo manipular as sombras já existentes em um lugar, moldá-la à sua vontade, fazê-la tornar-se maior, mais densa, ou extinguí-la se necessário. É capaz de deixar um cômodo fechado inteiro em completo breu apenas manipulando o tamanho das sombras.

4 — Voz de Fada. O singular possui uma voz doce e afetiva, que pode ser extremamente persuasiva. Nesse nível, pode fazer com que humanos caiam de amores por si apenas ao cantar, ou que eles obedeçam suas vontades com um pedido, enquanto estiver falando. Pode fazer singulares mais fracos que si agirem contra a própria vontade e tenderem a fazer o que o singular-fada quer. Quando se torna mais forte, a persuasão cresce, tornando-se muito difícil não obedecer aos seus doces pedidos.

5 — Pó de Fada Amarelo. O singular é capaz de produzir da palma de suas mãos um pó multiuso que serve para ser jogado contra os adversários. Nesse nível, o pó tem efeito sonífero, tendo uma coloração amarela.

6 — Controle Elemental II: Trevas. Neste nível, o singular adquire maior controle elemental sobre o elemento trevas durante sua “forma de fada”. Já é capaz de criar trevas usando sua própria energia, podendo dar formas às sombras tanto para se proteger — como a criação de um escudo — quanto para atacar — como a criação de espinhos de sombras ou outros exemplos perfurantes ou cortantes.

7 — Cura de Fada. O metabolismo de um singular-fada é extremamente acelerado, dando-lhe a possibilidade de se curar de ferimentos com mais agilidade, e até mesmo lhe preservando da degradação fisiológica do corpo, garantindo uma longevidade bem maior do que a de humanos comuns ou singulares que não tenham esse fator de cura.

8 — Pó de Fada Vermelho. Neste nível, o pó que o singular produz na palma de suas mãos tem a coloração vermelha, e serve para causar uma sensação de calor e ardência sobre a pele daqueles sobre os quais é jogado, podendo causar queimaduras de leves a graves de acordo com o tempo que passa sobre o corpo.

9 — Pó de Fada Roxo. O pó desta vez é de uma coloração roxa e tem propriedades alucinógenas. Toda forma de vida que entre em contato com esse pó passa a alucinar descontroladamente, as visões podendo variar entre imagens dos sonhos dos atingidos, ou mesmo coisas loucas e aleatórias, até à visão do pior pesadelo de cada um, dependendo do humor do singular-fada.

10 — Pó de Fada Azul. Neste nível, o pó produzido tem uma coloração azul e, ao entrar em contato com os adversários, provoca um frio intenso. É como se a sensação térmica fosse de -30°C, e pode até causar hipotermia dependendo do tempo de contato com a pele.

11 — Pó de Fada Rosa. Este pó permite que tudo e qualquer coisa que entre em contato adquira a habilidade de voar de acordo com a vontade do singular, podendo ser usado tanto em aliados quanto em inimigos, para afastá-los.

12 — Pó de Fada Preto e Branco. Neste nível, o singular tem a incrível e terrível habilidade de produzir um pó misto, nas cores preto e branco. Ele serve como uma questão de escolha, podendo trocar uma vida pela outra. O pó preto se derrama sobre a pessoa que deve morrer para dar a alma para a pessoa morta, que será atingida pelo pó branco. É uma habilidade irreversível uma vez feita.

13 — Fada dos Desejos. Esta é a maior extensão de seu poder, tornando-se um ser capaz de realizar o desejo de outras pessoas. Nunca é capaz de realizar seu próprio desejo, mas tem a capacidade de dar qualquer coisa que outra pessoa lhe pedir, caso seja da vontade do singular. Não existe limites para o pedido, desde que seja da vontade do singular realizá-lo. É capaz de criar matéria, caso lhe seja pedido; ou capaz de destruir.

[fckdwhocamz]

Passar um tempo refletindo sobre os momentos que passou não é querer voltar ao passado, mas dizer ao seu coração que as lembranças dele você quer levar consigo onde quer que vá. 2018 passei por altos e baixos em todos os sentidos, 2017 foi o pior ano, onde determinados momentos me fizeram desistir dos meus sonhos. Mas 2019 tá sendo incrível, meu presente.

É assim que começo a falar do meu presente. Sei que 2019 não começou da melhor forma como eu queria, mas sei também que eu não posso deixar que pequenos detalhes me barrem de viver outras coisas boas. E posso dizer uma coisa? Em meio a este caos, há algo que me tirou a concentração e que ocupa minha mente boa parte do dia.

Uma garota marrenta, de 17 anos. A pessoa mais improvável. E de repente este contato com ela começou de forma natural, sem precisar dos devidos requisitos de apresentação, porque a gente agiu como se já nos conhecíamos. Essa é a ideia de quando uma vibe é boa. Ela era a pessoa mais complicada do universo e ainda sim conquistou um pequeno espaço no meu coração que só quer guerra, seja onde for. Tô dando murro em ponta de faca sabendo que ela pode me deixar maluca e ainda sim me deixar boba com aquele sorriso fofo... Ela tem todos os defeitos do mundo, mas a maior qualidade é que naquele abraço me encontrei em paz e que consegue basta falar qualquer bobagem e eu vou rir de tudo, porque sou boba e idiota, mesmo com suas piadas sem graça. Eu não tenho nada contra ela, mas há muitas pessoas que talvez tenha, justamente por falar o que pensa. Ela é impulsiva, mas talvez entenda um pouco sobre controle. E por isto, de ser irritante, impulsiva, eu ainda não consigo ter raiva dela, talvez porque eu seja teimosa ou talvez porque eu esteja gostando dela e aceitando aos poucos o seu jeito meio grosseiro.

Ela é totalmente diferente de todas as garotas que conheci desde o ano de 2017. Inclusive ignore as gurias que me perseguem, elas são comum, gente que não encaixa no meu jeito meio maluca de ser. E você é fora dos padrões que eu sempre “procurei”. Não me imaginava estar me apaixonando por alguém completamente diferente de mim. Logo eu que sou toda clichê, escrevi sobre tantos amores e não sei ainda escrever sobre o meu, porque é totalmente novo. Em apenas um mês e poucos dias ela revirou minha vida de cabeça pra baixo. Um mês conturbado pra quem já viveu de tudo um pouco.

Conhecemos o mundo, as pessoas e descobrimos que nem tudo é como nos desenhos animados. Que os vilões também sabem se dar bem (e como sabemos rs). Que ser sincero requer atenção para que não ultrapasse o nível da ignorância e tampouco para que a pessoa interprete mal. Também aprendemos que o sol aparece para quem quer ver, que a tempestade é temporária e não pra sempre. Tempos difíceis nos leva ao chão, mas mostra que podemos andar sobre ele sem tropeçar, devagarzinho, com cuidado para não esbarrar em outras pessoas; se esbarrar em outras pessoas não é nenhum mal, mas também pode magoar ela com nossos problemas que nem resolvemos. O passado pode ser apavorante para quem já está dois passos a frente do seu. E que conhecer pessoas em meio a uma tempestade também pode acalmar, porque ela pode ser o nosso sol. Eu conheci meu sol. E também conheci o lado sombrio e nublado de sua história. Que bom que conheci.

Eu conheci a pessoa mais bipolar e maluca deste mundo e não vou me deixar levar porque não é o que todos querem que esteja ao meu lado. Eu admiro sua coragem e ainda mais a sua determinação, mesmo que de modo confuso, podemos trabalhar nisso.

Eu odeio contos fadas; prefiro ate que a gente viva o anormal. Mas quer saber de uma coisa? Se a gente começou errado, pode ser que seja um sinal para que a gente insista em dar certo. Eu não sei o que eu espero lá na frente e quero amadurecer o que eu sinto. Eu odeio filmes de terror, mas largaria tudo para ir ao cinema se insistisse na minha companhia. Eu amadureci a ponto de largar baladas e noitadas na Cidade Baixa apenas por uma vida clichê dentro de casa e aquelas saidinhas ao Gasometro, shopping e viagem em família. Eu não tenho mais 15 anos ou 18 para querer uma vida adoidada. Cresci vendo meus pais serem completos um pro outro e planejando várias coisas e aprendi que é desse jeito que as coisas dão certo, mesmo que você queira se divertir com seus amigos, eu respeito e jamais vou proibir disso, me sentirei feliz que a sua liberdade estará a frente de qualquer coisa, seja pra onde vai, com quem e o que pensa. Sem críticas.

Eu quero conhecê-la e acima de tudo, conhecer seus medos e ajudá-la a enfrentá-los. Eu não sou a pessoa mais corajosa do mundo, porém eu não tenho medo das pessoas nem das consequências, apenas de me ferir internamente. Entretanto, estou segura de que é isso que eu quero. Procurar seu espaço e estender a mão para que você caminhe comigo e faça parte do meu mundo. Cê quer? Ta disposta a entender meus vícios e aceitar meu jeito estourada de ser? Cê quer ser minha vizinha? Ou talvez minha pequena estrela?

[burningshiva]

Para todos os amores de Aurora

Aurora Dominique Collet se tornou a mãe amorosa e dedicada que todos sabiam que ela seria. Desde que veio a este mundo, a garota buscava coisas para amar. Este era seu estado natural, seu irreversível modus operandi: Aurora precisava ter o que amar para se sentir viva. Eliji Dae foi o primeiro e eterno alvo de tamanho sentimento, mesmo quando a bruxa ainda era nova demais para saber como nomeá-lo corretamente. Mesmo agora, tantos anos depois, a língua dos homens não parece suficiente para fazer jus ao que ela sentia pelo pai de seus filhos. Ainda carregava nos olhos aquele mesmo brilho de menina ao admirá-lo, como se toda nova manhã acordando ao lado de Eliji fosse uma indescritível surpresa. Se considerava sortuda, a ganhadora constante de uma loteria feita apenas para ela. Nenhum dos felizes para sempre que ela leu durante a mocidade se comparava minimamente com a felicidade que Aurora atingiu quando formou sua família com o garoto loiro que lhe apresentou a loja de logros, tantos e tantos anos atrás. Seu ‘cocotinho’, até o infinito e tudo que há depois. E Aurora não era de amores passageiros — e aqui, cabe a mim provocá-lo, caro leitor: se passou, será que então pode ser chamado de amor? Para Aurora, não — pois o amor crava uma marca em quem é atingido por ele, e esta não pode ser apagada ou esquecida de maneira alguma. Nem sequer os senhores dos tempos e da magia seriam capazes de convencer Aurora do contrário. Ao longo de toda sua vida, Aurora amou. E amou intenso, abnegando de si e de suas vontades, se colocando como mero receptáculo do que sentia por aqueles que lhe eram quistos, tamanha a força de sua devoção. Draven, seu melhor e único amigo. Seu eterno retrato da infância, escapando do acampamento durante a madrugada para brincar, discutindo na sala comunal sobre ursos de pelúcia e sentimentos primários. Arabella, Apolline e Signy, suas confidentes. Suas pink ladies. Aurora descobriu que compartilhar segredos, risadas e confidências com outras mulheres é um tipo de religião: Uma potência universal, como se a própria Deusa estivesse presente nos abraços trocados pelas amigas. Pandora, sua gatinha e grande companheira nas muitas noites que Aurora se viu sozinha, numa casa que nunca pode chamar de lar, com saudade de uma mãe que se foi cedo demais e de um pai que ainda existia, mas não para ela.  E então, vieram as suas crianças. Aurora passou a acreditar no que chamam de arrebatamento, pois não há outro nome que lhe passe pela cabeça para descrever o que a jovem sentiu quando expurgou para fora de si a sua primogênita. Sua filha lhe tirou o ar de tal forma que Aurora acredita que, desde então, nunca mais o encontrou por completo. Alaska. Alaska. Alaska. Seu nome era uma oração. Aurora rezaria até o fim de sua vida por isto. E então, veio seu garoto. Seu caçula, Marvin. A risada que preenchia a casa, os rabiscos de giz de cera na parede e as marcas de terra no chão. Eliji tinha realizado mais um dos muitos sonhos de Aury ao comprar para sua família uma casa com um vasto e verde jardim, onde a mulher podia cultivar suas tão queridas flores e criar as crianças soltas pela grama.  Naquelas proximidades, também existia uma área florestal densa, para onde Eliji fugia nas noites que antecediam a lua cheia. A licantropia acompanhou o bruxo até o último dos seus dias, mas Eliji nunca deixou que sua condição representasse um risco para Aurora e as crianças, que cresceram vendo apenas a melhor versão possível de seu amoroso pai. Eliji compartilhava suas feridas apenas com Aurora, que cuidava com bom grado. Para a bruxa, nada que fizeste ao marido sequer chegaria perto do poço escuro e profundo do qual ele a salvou, ainda na infância, quando insistiu em conhecer a menina tímida e amedrontada que ela era, salvando-a de si mesma e de uma vida de solidão. Aurora foi embora deste plano numa manhã rosada e de sol, exatamente como ela mais gostava. Foi uma partida tranquila, embalada por uma canção sem rádio, de um tempo em que ela ainda tinha força nas pernas para dançar. Já na velhice, Aury guardava suas forças para cuidar de suas plantas e acariciar o cabelo de seu amado. A vida de Aurora foi longa, doce e rica. Valiosa a cada segundo, proveitosa nos dias bons e naqueles que nem tanto. Mas ela seria incapaz de definir sequer um dia como ruim, não. Não quando amou tanto e com tanta força cada instante. Não quando pode segurar tantas vezes suas crianças nos braços. Não quando trocou tantos beijos apaixonados com o seu verdadeiro e único amor. 

“Obrigada”, foi tudo o que conseguiu dizer em pouca voz na hora de sua partida. Ela sequer sabia a quem agradecia, mas sentia que devia. Aurora Dominique Collet morreu rodeada por todo o amor que plantou e colheu durante a sua vida, e nada além de uma gratidão imensa habitava seu bondoso coração quando este, enfim, bateu pela última vez. 

[wangshurp]

Jiang Jinghao

@wgs_jiang FACECLAIM: Zuo Jinjie. DATA DE NASCIMENTO E IDADE: 31 de outubro de 2000 / 21 anos (incompletos). NACIONALIDADE: Wangshu. ETNIA: Chinês. GÊNERO: Masculino. ORIENTAÇÃO SEXUAL: Homossexual. ATIVIDADE: Gerente do Wuxin Spa (familiar). LOCALIZAÇÃO: Songwon. TEMAS DE INTERESSE: Angst; Crack; Fluff; General; Romance; Smut. TRIGGERS: Maus tratos aos animais.

PERSONALIDADE:

Brilhante e animado, Jinghao realmente honra o nome que recebeu, sendo luz mesmo depois que o sol se põe. Tem muito jeito para lidar com pessoas, procurando sempre as melhores palavras para falar aquilo o que pensa ou verdades que possam machucar caso não sejam ditas da forma correta. Apesar do tom gentil e da pouca idade, ele tem pensamentos altos e fortes e sabe lutar para fazer com que estes sejam ouvidos.

Da mesma forma como sabe lutar, também sabe a hora de abrandar e vergar, como os bambus que crescem no lago em frente à sua casa. Costuma passar a maior parte do seu tempo livre por ali, lendo, mexendo no celular ou brincando com as carpas — às vezes fazendo os três ao mesmo tempo.

Quem o vê de fora tende a achar que o wangshuer é um completo extrovertido, mas, na verdade, ele possui uma natureza bastante complexa. Pode passar dias indo de festa em festa, visitando amigos e puxando papo com toda e qualquer alma viva que cruze seu caminho, mas também pode sumir de repente e se isolar por um longo período; aparecendo com a cara mais lavada do mundo assim que sente a bateria recarregada.

É um amigo muito leal, daqueles que dá para confiar de olhos fechados. Ao saber que alguém de quem ele gosta vai dormir sem jantar, ele é capaz de sair de casa até de madrugada só para levar um lanchinho. Foi criado em uma família muito carinhosa e está acostumado até demais com skinship, não resistindo a cumprimentar com abraços na menor abertura que tiver. Não é por mal, muito menos com segundas intenções. Ele é só um grande pãozinho.

Jinghao não pede muito em troca de seus elogios, carinhos, comida e amizade como um todo. Respeitar o espaço e a liberdade que o garoto precisa, especialmente quando está cansado, já é mais do que suficiente.

JUSTIFICATIVA:

Pouco sabe do seu passado mais distante. Na verdade, sabe apenas que foi adotado quando ainda era um bebê de colo. Não tinha nenhuma medalhinha, carta ou uma história romântica envolvendo uma cesta no meio da noite. Tinha duas mães (sim, mães no plural) que enfrentaram uma verdadeira batalha burocrática até conseguirem adotá-lo, afinal lei é lei, por mais metida a moderninha que Wangshu fosse.

Wanyu e Suyin o criaram com todo o amor do mundo. Quando criança, sua vida era correr pela casa e pelo quintal da propriedade, que se misturava com a reserva florestal. Seus melhores amigos eram os macaquinhos e as raposas que vinham se esquentar nas termas ou roubar um pouco dos deliciosos pratos que Suyin deixava esfriando no parapeito da janela.

Ele cresceu junto com o consultório, que deixou de ser apenas uma salinha em frente à casa da família para se transformar em um spa de verdade. Pouco a pouco os serviços foram sendo transformados, adicionados e mais pessoas iam se juntando àquela família, inicialmente pequena e pouco convencional. Cada funcionário era uma parte da história deles e um grande amigo.

Tinha um enorme apreço pela cozinha, assim como tinha pela música também. Só que, caramba, como amava história. Ah, tinha literatura também, o que seria da vida dele sem os livros? E o museu então? Impossível esquecer das excursões escolares de quando ainda estudava no Instituto Confúcio. Era um menino que gostava de muitas coisas, mas perdia o foco rapidamente. Sua mãe chegou a achar que era TDAH, mas o diagnóstico não se confirmou. Ao que tudo indicava ele era só agitado e distraído mesmo.

Ainda assim tinha boas notas e era visto como um dos melhores alunos. É claro que ele não estudava, como poderia sentar para estudar com tantas coisas para explorar e raposas para alimentar? Aprendia rápido e esquecia com a mesma facilidade. Essa característica lhe rendeu uma grande insegurança quando chegou à adolescência. Por melhor que fossem suas notas, sentia que aquilo não representava a realidade e que não era merecedor de elogios nem do orgulho das mães. No entanto, como admitir isso para elas? Era nesses momentos que, até mesmo ele, tão bom com as palavras, engolia em seco e abaixava a cabeça.

PRESENTE:

Acabou fazendo Hotelaria e Turismo na intenção de ajudar a administrar o Wuxin Spa, já que o sonho de Suyin era transformá-lo em hotel. Não é que ele desgostasse do curso, mas sua insegurança até hoje, mesmo depois de formado, o impede de dormir à noite. Não é incomum que a luz do seu quarto seja a última luz acesa no prédio anexo ao spa, a casa onde a família habita.

Ele sabe que possui um vínculo forte demais com as mães e se pergunta até que ponto é amor e até que ponto é gratidão. Não imagina a vida sem as duas e o pensamento de perdê-las já é o suficiente para o deixar profundamente angustiado, mas ele guarda isso para si. Para não preocupá-las, claro.

Enquanto todos festejavam o feriado do Primeiro de Maio, Wanyu e Suyin fecharam as malas e embarcaram para o Japão, já que a mãe de Wanyu tinha adoecido e precisava de cuidados. Não era recomendado que ela fizesse uma viagem internacional por conta da idade avançada, então as duas foram juntas, deixando o filho sozinho pela primeira vez e, ainda por cima, responsável por cuidar do spa.

Felizmente, Jinghao conta com a ajuda de alguns funcionários e o restaurante (a parte mais trabalhosa) ficou fechado enquanto elas não voltavam. Ainda assim, o rapaz se viu frente a frente com o maior teste que a vida lhe apresentou até agora: provar que pode cuidar de si e dos negócios da família.

DESEJOS:

Sinceramente falando? Engatinhar para baixo da cama e se encolher em posição fetal enquanto grita bem alto até fazer suas mães voltarem. Quando consegue parar de tremer e se acalmar, ele percebe a chance de ouro que tem nas mãos. Pode provar para si mesmo que não é a falha que pensa ser, pode encarar Suyin e Wanyu de cabeça erguida e aceitar o patpat no cabelo sem se sentir culpado.

Ele só não sabe exatamente por onde começar para conseguir chegar a esse objetivo. Talvez fazendo pesquisa de campo nos hotéis locais, quem sabe organizando as planilhas de lucros e despesas do spa? Ou talvez comprar um planner? Sua amiga raposa não tem aparecido esses dias, será que adoeceu que nem a avó? Entre distrações e novas metas, cabe a Jinghao encontrar o caminho para si mesmo, sem deixar de lado seus amigos e bobeiras.

[thewritingheaven]

Como Ser Visto Como Perdedor (Ainda Que Você Continue Vencendo)

Acorde as 5 da manhã todos os dias.

Durma cedo.

Tenha coragem de ser independente — independentemente do que os outros irão pensar.

Veja o nascer do sol, faça o almoço e cuide do jardim enquanto os líderes dormem até as 10am.

Gaste a maior parte do seu dia com tarefas criativas e projetos pessoais, ao invés de ser uma engrenagem a mais na máquina da sociedade.

Gaste a sua vida com tarefas criativas.

Pense por si mesmo. Tenha uma opinião que seja realmente sua. Foda-se o que a sociedade, o que os donos do mundo ou o espírito natalino esperam de você, se isso vai contra a sua verdade e valor pessoal.

Prefira conversar com gatos de rua do que ser o cachorrinho do seu chefe endinheirado.

Não tenha um chefe.

Apresente sempre resultados acima da média. Não invista em publicidade.

Seja melhor que seus professores mais egocêntricos (e ainda assim aprenda algo com eles).

Aprenda a ler e escrever antes de todos; forme-se mais tarde.

Acredite em Deus, se quiser. Mas não dependa dele ou de nenhuma fé — e principalmente, no que depende de escolhas humanas.

Mantenha por perto o direito de não se importar (e nunca reclame se os outros fizerem o mesmo).

Converse com mendigos ao invés de dar esmolas. Sente ao lado deles e escute.

Ouça o que as crianças tem a dizer.

Ame ao invés de apenas sentir desejo. Respeite ao invés de comprar.

Mesmo ao ser tratado como um merda, não seja igual ao verdadeiro lixo.

Entenda a piada antes de todos... e atrase o riso.

Escreva textos enormes e comentários inteligentes sobre coisas e assuntos que deveriam importar para todos, mas ninguém está nem aí.

Entenda muito. Fale pouco.

Tenha vergonha de se expor em um mundo exibicionista.

Abra mão da arrogância em prol de uma vida simples.

Seja mais amigo das plantas do que das pessoas.

Não trate as pessoas como objeto, ainda que elas pensem que isso é vantagem.

Tome um murro na cara de um parente bêbado e covarde e não revide por respeito a família.

Trate os sem educação com respeito, apenas pra ver se eles são capazes de aprender alguma coisa.

Compre um carro mais velho que o do seu vizinho. A vida não é a merda de uma competição.

Entre em competições apenas pelo prazer de participar.

Faça piada com suas derrotas.

Não queira ser eterno. Ninguém será.

Durma mais, festeje menos. E não se sinta mal com isso.

Acredite nos seus sonhos mais independentes, tenha pouco dinheiro e seja rico em realizações.

Construa memórias, não mansões.

Não pise na grama. Seja filmado, mas não sorria.

Use óculos de sol depois das 19h, ainda que riam de você.

Seja engraçado ainda que tudo o que conheça seja a depressão.

Lute contra a tristeza silenciosamente. Vença causando um estrondo.

Tenha um vício por opção. Assuma cada risco e se ficar doente, aceite a morte.

Nunca espere por compreensão. Simplesmente aceite como as coisas são.

Não compre nada sem ter um objetivo em mente. Nem mesmo pessoas.

Respeite quem merece respeito, não quem parece ou dizem merecer.

Ame quem te amar primeiro, não a ideia que você tem das pessoas e do amor.

Admire quem age por ter valores e não quem paga pra ter sucesso.

Pesque o peixe e solte-o sem sentir pena de si mesmo.

Deixe a sua namorada pagar a conta, se ela quiser (e você não puder).

Nunca dependa da sua namorada. Ou dos seus pais.

Respeite seus pais.

Diga que ama sua família sem medo do que as pessoas irão pensar de você.

Diga a alguém muito mais poderoso que você que estão errados. Mande-os irem a merda.

Não aceite a ideia de que alguém é alguma coisa (boa ou ruim, melhor ou pior) só porque os outros estão dizendo.

Saiba o valor da humildade. Ao mesmo tempo, valorize-se.

Rejeite propostas que te dariam alto retorno financeiro simplesmente por você ter integridade.

Honre aquilo que você se propõe a ensinar. Ou nenhuma palavra terá valido de nada.

Não tenha vergonha de quem você é só porque não está na moda.

Diga um foda-se ao Marketing com um letreiro em Neon.

Sinta orgulho do que faz; seja você mesmo seu mais importante público.

Ouça sua própria voz antes de ouvir o que todos tem a dizer.

Lembre-se de ser você mesmo. Você não é “todo mundo”.

Ao escolher o isolamento, não reclame de sentir falta de alguém. Descubra-se completo por si só. Mas não seja refém do “estar sozinho.”

Respeite o mundo e as leis. Mas não cumpra todas as regras, se for necessário.

Divirta-se e seja louco enquanto isso ainda é uma possibilidade.

Assuma suas responsabilidades — incluindo escolher não assumi-las.

Busque entender tudo. Não espere ser entendido.

Sonhe acordado, mas não durma de olhos abertos.

Dedique-se completamente. E saiba quando dizer “foda-se”.

Separe o sexo do amor. E se conseguir uni-los, não deixe ir embora tão facilmente.

Pense no futuro dos seus pais (ou quem te criou) e dos seus filhos (ou quem depende de você) antes de tomar decisões importantes.

Pense em si mesmo antes de tudo, mas não pense que você é tudo o que existe.

Não diga “sim” ou “não” simplesmente porque é o que esperam de você.

Tenha a coragem de excluir o “talvez” de sua vida.

Escolha não fazer parte, se for necessário.

Não tenha ilusões de pequenez ou de grandeza. Somos todos iguais, ainda que tal ideia não seja popular.

Seja real ao invés de famoso.

Deixe seus talentos falarem mais alto que as aparências — suas e das outras pessoas.

Não discuta opniões indefinidamente. Mostre o que você quer dizer com o seu trabalho e os seus atos.

Tenha a obra em si como maior resultado — e não sua interpretação ou status.

Tenha companhias intensas sazonalmente. Mas mantenha as importantes sempre por perto.

Viva além do lembrar, mas não abandone suas memórias.

Entenda o valor da individualidade. Fazer tudo o que a sociedade dita não é liberdade, mas sim, submissão.

Destaque-se ao não se importar com destaques. Esqueça o protagonismo.

Nunca se esqueça de rir do grande teatro do absurdo que é este mundo.

Tenha opiniões e sentimentos reais (e acredite neles)

6 de Abril, 2021.

8:16

[ricofog23]

 - Sabia, estava quase desistindo, afinal você demorou para coloca-la aqui no colinho do chefe, ela é a mulher dos meus sonhos.

   - Com certeza que sim, vou marcar a próxima consulta para ela.

   - Marque, com certeza não serão muitas, ja sinto que vamos nos compromissar bem antes do esperado.

   - Boa sorte doutor.

   - Parece que sinto, esta com ciúmes Luciana?

   - Jamais sou uma profissional, só isso, não tenho nada que ver com o que acontece em assuntos pessoais do doutor.

   - Fique em paz, já te disse, não vai ficar desamparada como outros te fizeram no passado, se tudo der certo e vai, te deixo o apartamento de papel passado.

   - Obrigado doutor.

   - Esta vendo os bons ventos sopram para mim.

   - Com certeza que sim, bem, tudo certo, vou resolver alguns assuntos.

   - Já, achei que ficaria comigo, que tal discutirmos mais nossos próximos passos.

   - Tenho tudo planejado doutor, o doutor será feliz neste assunto.

   - Obrigado Lú.

   - Nada doutor, agora tenho de ir.

   Luciana sai dali e entra no primeiro postinho, confere os medicamentos, logo sente uma mão a lhe puxar para uma outra sala.

   - O que foi hein, ficou brava, assim, sabe que desse jeito eu me excito muito mais, minha gostosa.

   - Não é isso, só não estou me sentindo bem.

   - Vamos pra minha sala, vou fazer um exame daqueles que você precisa e gosta, vem.

   - Tenho muito trabalho, obrigado doutor mais tenho de ir.

   - Vamos, eu te quero agora.

   Luciana destranca a porta e sai deixando Cristiano ali, logo ele sai atrás dela mais ao dobrar o corredor dá de cara com algumas enfermeiras.

   - Pode deixar doutor, eu irei providenciar o que precisa e mandarei uma das enfermeiras entregar em sua sala.

   - Obrigado, faça isso por favor.

   Cristiano segue para sua sala, Luciana sai para outro lado, depois de alguns instantes ela entra em uma sala vazia e ali desaba em lágrimas.

   - Desgraçado, me usou todo esse tempo, anos jogados no lixo, tomara que ele ao menos cumpra a sua parte no acordo me dando aquele apartamento.

   Dois meses depois e Cristiano tem seu casamento marcado com Tereza, ele chama Luciana para ser a madrinha deles, ela se nega mais depois ele a chantageia com o apartamento e ela decide por ser.

                                          28112020......................

                           Glads entra de mãos dadas com Elis, Mafalda os recebe na porta, Marcelo chegara depois com sua namorada, pedido de Mafalda.

   - Tudo bom rapaz?

   - Boa noite Marcelo.

   - Que bom, sabe como tratar um médico.

   - Sim doutor.

   Elis olha firme para o pai, Mafalda entra ali levando o casal para a sala de jantar, a namorada de Marcelo fica admirada com a mobília da casa, Renato desce do quarto com Sandra e Levi.

- Oi gente.

   - Olá.

   Glads logo se enturma com Renato e os amigos dele, Hellen é a última a aparecer, porém logo é contagiada pela pessoa de Glads.

   - Finalmente minha irmã arrumou um namorado legal.

   Elis fica sem graça com aquilo, Hellen continua.

   - Vocês vão se casar quando, posso ser a madrinha?

   Todos ali riem, Marcelo somente balbucia algo e olha para eles, logo silenciando a todos, o jantar acontece de forma agradável, para quem gosta de silêncio, vez e outra Hellen faz algumas gracinhas sendo sempre repreendida por seus pais.

   Terminado o jantar, os jovens segue para a sala de cima que Mafalda deixara para os jogos de game, com intuito de assim não manter eles dentro do quarto de Renato.

   Marcelo convida Glads para o escritório, ao entrarem ele fecha a porta.

   - Acho que já podemos conversar de forma mais direta.

   - Por favor doutor.

   - O que pretende com essa relação?

   - Eu amo a Elis.

   - Não é sobre amor, somos homens e sei que qualquer um vindo de sua origem quer subir na vida e ser alguém mais próspero, é isso que quer tendo minha filha a seu lado?

   - Eu serei um vencedor e tendo sua filha comigo, mais não estou disposta e não a usarei de forma alguma para conseguir isso, sou capaz e tenho meu emprego doutor, serei feliz sim com a Elis.

   - Não acho, pronto ja disse, para mim é só uma chuvinha fora de época, só isso, logo alguém se cansara.

   - Lhe entendo, mais doutor por que não deixamos o tempo dizer..........

   - Para quê culpar e deixar a cargo algo que ja sabemos, não prevalecerá, acredite no que digo, ela é acostumada a ser mimada ao chique ao bom da vida, coisas e mimos que você nunca a dará.

   - Sei que ouviria isso, mais acredito ainda no amor que sinto e que sei, ela sente o mesmo.

   - Não sente, eu sei disso, ja fui como você e tive ai no seu lugar, quando a primeira tempestade veio nos separamos e foi doloroso para mim e para ela, só muito tempo depois encontrei a Mafalda e ela sim me fez o que sou.

   - Mais não arrumou seu interior por completo, me desculpe mais não quero continuar a ter este tipo de conversa com o doutor, prefiro me retirar.

   - Entendo o seu lado, saiba disso, não sou seu inimigo, ao contrário mais amigo do que nunca, isso tem de acabar antes que ela sofra mais ainda, por favor a deixe e eu cuidarei do restante, só isso que te peço.

   - Por que doutor, posso saber na realidade o que lhe aflige?

   - Quer que ela abandone a medicina?

   - Jamais doutor, quero que ela cresça, é uma profissão linda demais, doutor, vocês são anjos na terra.

   - Então a deixe, sei que ela sofrerá, mais logo acaba, afinal isso tudo é fogo de aventuras, juventude, entende?

   - Acho melhor eu sair daqui.

   - Pense bem, não quer o mal para Elis.

   - Com licença doutor.

   Glads sai do escritório, Marcelo acende um charuto, Mafalda entra ali.

   - O que houve, ele saiu quase correndo?

   - Só lhe disse a realidade, nossa realidade.

   - Você o maltratou?

   - Jamais, fui um gentleman, ele sabe disso.

   - Por favor Marcelo, Elis é sua filha, não estrague a vida dela.

   - Você que deixou ela fantasiar essa loucura, eles não podem ficar juntos e você sabe muito bem disso.

                                        29112020.............

                                 17

                Glads fica na portaria do condomínio esperando o táxi que pedira, Elis chega com Mafalda.

  - Glads, o que foi que aconteceu, você saiu apressado, nem me olhou direito, você esta chorando amor, vai me diz Glads?

  - Por favor Elis, eu ouvi muito, preciso digerir tudo aquilo.

  - Foi o meu pai, fale, o que ele te disse?

  - Por favor Elis.

  - Vai diz logo, me diz amor.

  Ela grita ali para Glads que tenta sorrir, Mafalda a segura num desespero.

  - A verdade, só isso, a tal da verdade que tanto conheço e olhe, eu já sabia que dia ou outro iria acontecer.

  - Que verdade, que droga de verdade, vai me diz Glads, me diz amor.

  - Eu só quero ir, por favor, respeite meu tempo, depois a gente conversa, eu te prometo, agora só preciso ir.

  O táxi se aproxima, Elis se lança na frente do veiculo, Mafalda grita, Glads vai até a moça.

  - Amor.

  - Por favor me diz, o que ele te falou?

  - O que todos sabemos e muito bem, somos diferentes, vidas diferentes, classes sociais diferentes, eu não tenho nada bom para te oferecer, só meu amor, mais sabemos, não basta, você merece uma vida bem melhor.

  - Glads.

  - Sério, eu preciso ir, estou me sentindo muito mal aqui, por favor.

  Elis tenta abraça-lo, ele sai entrando no carro que sai dali.

  - Não, volta aqui meu amor, volta.  A mulher grita a força de seus pulmões, de joelhos na entrada, com ajuda de Mafalda consegue se levantar e devagar é levada de volta a casa.

  Ao entrar na casa, Elis recupera suas forças e vai ao seu pai.

  - Sai daqui, eu te quero fora daqui, agora.

  Marcelo sentado no sofá saboreia um café, Elis num tapa joga a xícara e pires para longe.

  - Ficou louca, é isso mesmo?

  - Fora daqui, você não é mais meu pai, eu te odeio, fora daqui.

  - Por que, por que te amo e quero o melhor pra você, por que aquele rapaz pode até te amar, mais ele nuca te dará a segurança e o conforto que você precisa, merece e esta acostumada em todos esses anos a ter.

  - Eu não sou de vidro, sou um ser humano, estou viva e tenho meus sentimentos, entende, eu amo aquele homem como nunca amei outro cara em toda a minha vida, dá para entender de uma vez?

  Ela vocífera ali, logo o telefone toca, Mafalda atende, reclamações de vizinhos na portaria.

  Marcelo sai do sofá, sua namorada já esta na porta.

  - Eu falei e não volto atrás, ele não vai ficar com você.

  - Quem é você para decidir ou não o que eu devo fazer da minha sou de maior, se esqueceu, dona do meu nariz, quer que eu volte a fique a apanhar do Yuri só por que ele é da alta sociedade, um canalha igual a você?

  - Baixe a bola garota, ainda sou teu pai.

  - Pro inferno seu traidor de uma figa, é isso que você é, ADULTERO.

  Marcelo dá um tapa em Elis, Mafalda entra ali e expulsa Marcelo que é puxado pela namorada.

  - Vai embora Marcelo, eu não quero mais você aqui, você já não mais bem vindo, vá.

  - Vão para o inferno.

  - Vai embora ou vou ter que ligar para a policia, VAI EMBORA.

  Aos gritos, Mafalda empurra o homem para fora e bate a porta, na escada Renato, Levi, Sandra e Hellen assistira a tudo.

  - Crianças.

  - Não mãe, tudo bem a gente entende.

  Eles descem e todos se abraçam, Elis ali entre eles ao choro recebe o carinho e o afago da família.

  Já perto de chegar, Glads chora muito no táxi, o motorista já lhe dera vários lenços de papel e ele ali aos prantos, logo seu celular toca, ele vê, é o número desconhecido, ele atende.

  - Oi.

  - Oi Glads, sou eu a Mafalda, por favor não desligue, ouça, quero que encontre com a Elis, não agora mais amanhã, ela brigou feio com Marcelo, por favor querido não jogue a felicidade de vocês pela janela, o pai dela é um imbecil, eu posso te garantir, ela te ama muito, converse com ela filho.

  - Eu também a amo muito dona Mafalda, obrigado.

  - Tchau.

  Ele desliga e logo abre um sorriso que faz o motorista tecer algum tipo de comentário motivador, Glads já é um outro homem.

  Leticia confere a contabilidade junto de Gil, Jarbas entra ali.

  - Que bom que chegou, Jarbas procure o Ivo, este garoto acha que pode me fazer de boba, ele esta muito enganado.

  - Sim senhora.

  Nisso toca o celular dela, ela atende.

  - Oi, já não morre mais, literalmente, e ai, vai ser hoje, tem certeza disso, olhe rapaz já estou por ali contigo, faça mesmo e bem feito, sei, agora vai idiota.

  Ela desliga e pega uma caneta.

  - Pronto, acho que agora as coisas andam.

  - Mais alguma coisa senhora?

  - Fique de olho nesse Ivo, ainda acho que ele vai querer aprontar algo.

  - Tudo bem.

  Jarbas sai da sala deixando Leticia continuar com Gil no averiguo dos livros.

  Levi se despede de Renato, Sandra vai dormir na casa e eles papeiam ali na frente quando o celular de Levi toca.

  - Oi, Ivo, e ai, tudo bem, sim, estou indo para minha casa, o quê, se encontrar contigo, agora, tá, tá bom, tudo bem, onde, conheço, pode deixar, tá, beleza, falou.

  Ele desliga e Renato olha para ele.

  - Já esta tarde, o que ele quer?

  - O que Renato, somos amigos, deve ter acontecido algo.

  - Acho melhor você não ir.

  - Por que?

  - Sei lá, não vai.

  Sandra também pensa o mesmo, Levi agradece e assim segue para sua casa, o casal se olha e decide por segui-lo sem este saber.

  Tempos depois, Levi sai de sua casa a pé, na portaria um carro o aguarda e ele entra, logo Sandra e Renato o segue no veiculo dela.

  O lugar é uma praça de um bairro afastado, sem muita iluminação e ele desce pagando o motorista.

  - Obrigado.

  Ivo surge atrás dele.

  - Oi amigo.

  - Boa noite, o que houve?

  - Vamos andar um pouco?

  - Sim, vai logo me diz, você parece nervoso, aconteceu algo?

  Eles caminham um pouco até ficarem rodeados por 3 homens, Ivo recebe um golpe na cabeça e cai, logo inicia uma série de agressões em Levi que cai diante a chutes, socos e outros golpes, o carro de Sandra para eles descem, Renato grita que chamou a policia porém ele vê algo que o deixa surpreso, Levi se levanta e em alguns golpes ele domina a luta e deixa aos outros no chão, Ivo levanta e vem as costas de Levi com um canivete.

  - Morre logo viado dos infernos.

  Renato corre dando uma voadora em Ivo que cai, de forma que o canivete perfura a barriga do rapaz.

  - Ai.

  Os caras levantam e saem correndo e Levi olha para Renato e Sandra, Ivo esta no chão.

                                          30112020.............

                         Levi ali machucado mais nem metade dos caras que ficaram ruins, Ivo ali no chão, o SAMU chega junto da policia.

  - Você nos acompanha.

  Renato assume junto do amigo a autoria da briga ali, Levi nega, Sandra é chamada para acompanha-los juntos a delegacia.

  Glads deitado no quarto não consegue dormir quando toca seu celular.

  - Oi.

  - Oi Glads, meu irmão, ele foi preso, eu acho que ele esta na delegacia, me ajude Glads.

  Glads desliga e coloca sua roupa saindo.

  - Aonde vai, meu filho?

  - Mãe, o irmão da Elis esta na delegacia.

  - Mais o que aconteceu?

  - Eu vou lá, saber mãe.

  - Vai meu filho, mais tome cuidado, DEUS TE PROTEJA,  cuidado.

  Ele sai, Lourival vai até Arlete.

  - O que houve?

  - Não sei direito, mais parece que o irmão da moça que ele namora esta na cadeia.

  - Isso é muito sério.

  - Vai vô, vê lá com seus santos.

  - Não precisa, o que posso te dizer, a liberdade do garoto esta nas palavras do outro, mais este é um diabo na terra.

  - Credo vô.

  - Mais existe coisas piores, este outro vai falar e algumas coisas serão resolvidas e outras não.

  - Será?

  - Estou lhe dizendo, só espere, aguarde.

  Glads chega na delegacia, viera de moto táxi.

  - Amor.

  - Oi e ai, o que houve?

  - Não sei, só nos ligaram e disseram que viesse para cá que o Renato, Levi e a Sandra estavam aqui.

  - Sua mãe?

  - Esta lá dentro, vamos?

  - E seu pai?

  - Aquele homem esta lá também, mais você esta comigo, não vou te deixar amor.

  - Vamos.  O casal entra, Mafalda ao ver Glads o abraça ao choro, Marcelo fica de longe observando, logo o delegado sai a porta.

  - Vocês são os pais de quem?

  - Somos os pais do Renato.

  - Entrem por favor.  Mafalda e Marcelo entram logo entra na delegacia, Macedo e Júlia junto de 3 advogados, um destes bate á porta e logo todos entram na sala.

  Uma hora e meia depois, Renato e Levi saem, Sandra fica mais um pouco, seus pais estão na Itália, sua tia que é a responsável por ela saira e não fora encontrada, um dos advogados do lado de Levi consegue a liberação dela.

  Leticia se prepara para sair do clube que esta fechado para descanso quando Jarbas vem a ela.

  - Temos problemas.

  - Quais?

  - Policiais.

  - Cuidou de tudo?

  - Sim rainha.

  - Ok, vamos recebe-los, como sempre de forma o mais simples e agradável possível.

  - Sim, rainha.  Leticia segue com Jarbas, Gil se esconde aos fundos até conseguir pular para uma outra propriedade.

  - Boa noite.

  - Boa, senhora Leticia Albuquerque?

  - Sim.

  - Pode nos acompanhar a delegacia, por favor?

  - Posso saber o motivo?

  - Lá o doutor delegado vai explicar para a senhora.

  - Senhorita.

  - Sim.

  Leticia olha para Jarbas que entende e já faz diversas ligações enquanto ela entra na viatura.

  A chegada dela na delegacia vira uma espécie cena de filme, com direito a rosto coberto por uma toalha, repórteres, fotógrafos, enfim boa parte da imprenssa ali, mesmo ela encoberta já se tornara a noticia de diversos sites.

  Quatro advogados entram para o auxílio ali junto ao delegado.

  No carro, Renato abraçado a Sandra, Levi fora com Macedo e Júlia, Mafalda olha para o filho enquanto Marcelo dirige sem dizer qualquer palavra, no carro atrás, Elis e Glads acompanham, ela um tanto ainda ne nervos com tudo que acontecera nas últimas horas.

  O carro pára na entrada do condomínio, Marcelo olha para eles.

  - Pronto, estão entregues.

  Mafalda desce seguida dos outros, Marcelo sai sem se despedir, logo Elis para perto deles.

  - O que houve, por que ele já foi assim?

  - Você parece que não o conhece, esta com o cão hoje, melhor assim.

  - Vem gente, entrem aqui.  Todos entram no veiculo de Elis e assim passam pela portaria indo para a casa.

                                          02122020...............

                                            18

              - É amanhã.

  - Sim, não acredito.

  - Finalmente vai se casar.

  - Ai, obrigado Dani, você não imagina o quanto sou grata.

  - Que nada, afinal é a minha cunha, linda.

  - Estou linda?

  - Perfeita.

  Ali na loja de um conceituado estilista de noivas, Simone desfila seu lindo vestido, saindo dali, ela e Dani vão as compras de jóias e outros acessórios, horas depois seguem para a boutique, Simone aproveita a descontração dela.

  - Sobre a festa, o Marcelo.........

  - Fique tranquila, eu enviei os convites tanto para ele quanto para ela, mais já sei, ele pode até comparecer, agora ela não virá.

  - Me desculpe sobre aquilo Dani.

  - Você não me deve desculpas, ela sim.

  - Você não fez aquilo que disse antes, na época.

  - Logo saberá.

  As duas seguem para o shopping.

  Mafalda termina ali na escola e sai para o almoço, decidira por ir em sua casa, assim que chega, Regiane vem a ela lhe entregando um envelope.

  - O que é isso?

  - Deixaram, é do juiz, tive de assinar e colocar até documento e.........

  - Mais isso é uma intimação, não acredito que ele esta me processando, mais essa meu Deus.........

  Ao abrir ela descobre que não se trata do ex mais sim de Danielle que a processara.

  - Preciso de um advogado e urgente.

  Mafalda abre a bolsa e faz algumas ligações.

  Na boutique, Simone é servida de champa por Dani.

  - Que luxo cunha.

  - Você merece, afinal será uma mulher casada.

  - Obrigada, mais Dani, você realmente fez aquilo?

  - Da Mafalda, sim, conversei com alguns amigos de meu pai, me orientaram muito bem, acho que ela ja recebera o presentinho que foi enviado para lá, afinal ela achou que iria fazer o que fez e sair impune, jamais.

  - Mais eles tem negócios com vocês e...........

  - Com o Edú e caso eles se queixem, faço sairem disso, afinal já serviram ao propósito.

  - De qual propósito estamos falando?

  - Simone.

  - Me diz Dani, o que sabe que eu não sei.

  Edú chega ali neste momento.

  - Oi amor, que bom que veio, veja como sua irmã esta feliz.

  - Do que falavam?

[desafiodaescrita]

Semana 2 — Email

O eu que existe em 2020 saúda o eu que existe em 2030

1 message Ergresta ergrest@protonmail.com To: ergrest@protonmail.com

04 December 2020 at 13:20 Será que e-mails existirão no futuro? Fico me perguntando se não seria este um formato previamente sufocado de passar minha mensagem e me comunicar com alguém que existirá apenas daqui a dez anos. Será que lembrarei? Será que acordarei numa manhã de 4 de dezembro de 2030 e pensarei: preciso checar o e-mail! Aqui vem uma mensagem de quem eu era no passado. Se ainda estiver respirando, espero ainda conseguir sentir afagos relampejosos que surpresas assim trazem. Não é uma ideia muito original enviar cartas ao futuro. Já repetiram a fórmula dezenas de vezes, no cinema, na televisão, existe um site da internet que faz isso por você. Por que a vontade de falar com aquilo que ainda não existe? Certamente faríamos o mesmo com o passado, caso fosse possível com a tecnologia de hoje. Um dia talvez seja, você acredita nisso? Em 2030 existem máquinas do tempo? Cresci acreditando nessas invenções, em artefatos que nos fariam viajar para outras dimensões, em civilizações desconhecidas que se juntam a nossa bela nação de Gaia e na conquista de Marte. Hoje um pouco disso até existe, mas veio no formato de descrença. Temos a Tesla, mas quem não a odeia já perdeu qualquer traço de humanidade (ou qualquer palavra que possa designar o mínimo de senso crítico). Alías, em 2030 ainda se fala nesses termos? "Humanidade", "civilização", "progresso", "o Homem", com H maiúsculo. Trago uma mensagem do passado para perguntar se a guerra retórica teve um fim. De um mundo anterior que se recusa a acabar sem levar a todos nós junto com ele e um outro que ainda não somos capazes de compreender. Espero que vocês daí de longe tenham conseguido o que não fizemos. Por incrível que pareça, ainda espero muitas coisas do futuro. Lembro de um dia que fui ao cinema ver um especial de animações curtas (o cinema ainda existe? e o Anima Mundi?), e todas aquelas que tinham a temática sobre o futuro o imaginavam em completa barbárie, muito maior do que a que vivemos agora. Grandes centro do capitalismo em ruínas, facções armadas até o cu, espasmos de liberdade lutando contra o completo controle do tempo e a completa destruição da biosfera, é tudo que os roteiristas de agora conseguem imaginar para daqui a dez, vinte, trinta anos. Me faz pensar sobre a virada de perspectiva completa que tivemos em um curto espaço de tempo. Há 50 anos, pensávamos em carros voadores e nos Jetsons, há 20, os sonhos de possibilidades que mencionei, e agora, de repente, não conseguimos pensar num mundo possível. O que ficou para trás? Não sei como estou soando para você agora, nem como te imaginar recebendo tudo isso. Será que está sendo um grande incômodo ler sobre o passado? Você pode estar pensando agora: "obrigada por não ter feito nada pelo futuro, agora eu preciso ler a sua mensagem num smartphone decrépito de dentro de um esgoto". Torço para que não, para que de algum modo esteja lendo isso de um computador adequado, se compadecendo e dizendo: "coitadinha, aquela foi uma fase bem ruim da minha vida!", para depois desligar a tela - na sua meia hora de internet diária, é claro - e voltar para a sua vida significativa em uma fazenda onde planta alimentos orgânicos. Desculpe por projetar tantas especificidades sobre você, não sinta culpa caso não seja exatamente assim. Eu sei que você faz o seu melhor. É estranho que me refira a você como algo alheio a mim? Não sei escrever de outra forma um e-mail assim para um "eu" que sequer existe. Torço, no entanto, que exista, que viva por mais dez anos para poder ler tudo isso, de onde quer que esteja. Caso já seja possível enviar mensagens ao passado, por favor, diga o que posso fazer para melhorar. Diga que talvez precise ouvir menos podcasts niilistas, estudar mais, continuar com os banhos de sol. E diga para que eu tenha um pouco mais de afeição por quem sou agora, pois isso às vezes é muito difícil sem que alguém o diga. Como disse, é difícil para nós daqui de 2020 com uma pandemia no ar pensarmos em um futuro próspero, mas de alguma forma deposito confiança na pessoa que serei. Essa contradição, de amar o futuro e duvidar do presente talvez seja uma mensagem propícia para ambos os laços de tempo, que no final das contas são um só.

Com afeição, Ergresta

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— Joana Loureiro

[silencialma]

abençoado seja seu coração, que foi arrancado do peito, mas teve forças pra voltar ao seu corpo e te fazer seguir a vida, seguir em frente. abençoadas sejam todas as vezes que seu coração, ao te ver chorar, fez o trabalho redobrado de te manter saudável, são e vivo. abençoado seja seu coração que, vendo a impossibilidade do amor, foi pra você mais do que isso: foi coragem, foi destreza, temperança e autocuidado. abençoados sejam todos os corações que, de tanto apanharem, criaram uma casca pra não se sentirem mais tão expostos – mas que sejam igualmente abençoados aqueles que não tiveram medo de se expor e estar à frente no campo de batalha que é a vida. estes que não criaram casca porque preferiram sentir tudo à flor do músculo. abençoados sejam aqueles que, de tanto apanharem, já sabem de cor o caminho para a regeneração. abençoados os corações dessa gente que se joga em tudo que é sinal de fumaça, em tudo que produz luz, em tudo que é vagalume. abençoados sejam os corações crentes no perdão – corações que acreditam na possibilidade da cura como processo pra caminhar. abençoados sejam os corações que, entendendo sobre falta, continuam presentes, latentes, até o final. abençoados sejam os que já viram o pior do mundo, e continuaram preservados. continuaram amando, continuaram sendo o centro de todos os sentimentos bons. abençoados sejam todos os corações que, pra se curarem, permitiram que a ferida neles morasse. permitiram que um parasita fizesse deles sua casa, pra que apreendessem a tática do inimigo e desenvolvessem ainda mais força e resiliência. abençoados sejam todos os corações que aqui chegaram, exaustos, mas completos; cansados, todavia vivos; perdidos, no entanto competentes em suas funções. abençoado seja seu coração, que te viu perder pessoas e sonhos, mas continuou impecável na tarefa de te preparar pra caminhos maiores e quem sabe até mais difíceis. abençoado seja esse órgão que muitas vezes se confunde com aquele lugar calmo e tranquilo onde você vai pra descansar. você o transformou em lar todas as vezes que se sentiu triste e enfraquecida; todas as vezes que te faltou o ar e tudo o que tinha era a si mesma pra chorar. abençoado seja seu coração, que suportou sentimentos nem tão bonitos e, mesmo assim, conseguiu se recuperar do ódio, da raiva, e da mágoa de se entregar demais a quem já não estava mais na mesma frequência afetiva que você. abençoado seja ele que, mesmo abrigando todos esses sentimentos, continua sendo completamente humano. abençoado seja seu coração, que participou de todas as suas crises de choro no chão do quarto, quando todos já estavam dormindo e se preparando pra batalha do dia seguinte. ele estava ali, drenando o ar e fazendo com que você estivesse viva. abençoado seja o coração que palpitou mais forte ao sentir que você fugiria de casa naquela noite em que tudo parecia não fazer mais sentido e, ao perceber que ainda valia a pena viver, bateu mais forte e te fez parar. e voltar atrás. abençoado seja seu coração que te preservou de todos os conflitos que o mundo jogou em cima dos seus ombros. e, vendo seus ombros quase cederem, foi alicerce pra que você pudesse olhar por cima do problema e se ver maior que ele. abençoado seja seu coração, que sobreviveu às crises de ansiedade e à queda da sua autoestima. abençoado seja ele, que sentiu você temer a solidão, a desesperança e a ausência. abençoado seja o que ficou quando todos foram embora. que foi seu melhor amigo, aquele que ouvia todas as palavras emocionadas de quem tinha, de novo, ficado sozinha. aquele que, pacientemente, ouvia todas as lágrimas que você escondia do mundo pra não incomodar. abençoado seja seu coração, que resistiu até aqui. abençoado seja ele que morreu de amor, mas continuou vivendo.