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hotnew-pt · 2 months
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O rover Curiosity da NASA descobriu acidentalmente cristais de enxofre puro em Marte #ÚltimasNotícias
Hot News Cientistas da NASA dizem que enxofre puro foi encontrado em Marte pela primeira vez depois que o rover Curiosity inadvertidamente descobriu um aglomerado de cristais amarelos quando passou por cima de uma rocha. E parece que a área está cheia dele. É uma descoberta inesperada — enquanto minerais contendo enxofre foram observados no Planeta Vermelho, enxofre elementar por si só nunca foi…
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astroimages · 2 months
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ROVER CURIOSITY FAZ DESCOBERTA INÉDITA EM MARTE
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ambientalmercantil · 8 months
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blogverde · 3 years
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Os fertilizantes são uma ferramenta muito importante na agricultura porque repõem nutrientes essenciais para o crescimento das plantas. Mas, no mundo atual, não basta produzir somente mais alimentos, é preciso produzir alimentos com mais qualidade e mais saudáveis. Tudo isso utilizando o solo de maneira sustentável, conservando a sua biodiversidade. Entenda o que é o BAKS® e qual o seu papel na construção dessa agricultura que se preocupa com a saúde das pessoas e do Planeta.
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mllbeatrizuni · 5 years
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Os humanos são realmente feitos de poeira de estrela. Depois de analisar 1.500 estrelas, astrônomos chegaram a conclusão de que tantos seres humanos quanto os astros brilhantes possuem 97% do mesmo tipo de átomo.
Constataram ainda que os elementos essenciais para a vida como a conhecemos (hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre) são mais prevalecentes nas estrelas que estão no centro da galáxia.
A questão é: como os astrônomos sabem quais elementos compõem as estrelas se eles não conseguem chegar até elas? Elementar, meu caro Watson. Eles usam uma técnica conhecida como espectroscopia.
É assim: cada elemento emite um comprimento de onda de luz diferente, é como se cada um tivesse sua própria marca. Assim, analisando cada “marca”, os cientistas conseguem distinguir de qual elemento é aquela emissão, que foi captada com um instrumento chamado espectrógrafo.
O espectrógrafo, neste caso, tem nome e sobrenome: trata-se do Apache Point Observatory Galactic Evolution Experiment (APOGEE), que fica no estado norte-americano do Novo México.
“É de grande interesse poder mapear todos os principais elementos do corpo humano nas estrelas da nossa Via Láctea”, afirmou Jennifer Johnson, participante da equipe da SDDS-III APOGEE, que fez a descoberta. “Isso nos permite ver onde e quando a vida passou a ter os elementos necessários para evoluir na galáxia.”
Fonte: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/01/agora-e-oficial-somos-feitos-mesmo-de-poeira-de-estrela
@mllbeatrizuni
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maria-dib · 3 years
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#elementos #elementosdavida #vida #corpo #corpohumano #aura #energiaindividual #energia #energias #vibração #numeros #numerosdasorte #numerologia #vibrações #energy #quimica #tabelaperiodica #milkyway #azoto ⚛🔯Número atómico ou número atômico é um termo usado na física e na química, para designar o número de protões ou prótons, encontrados no núcleo de um átomo. Num átomo com carga neutra, o número de... Os elementos da Vida números valores da tabela períodica. Hidrogênio (1) Carbono (6) Azoto (Nitrogênio) (7) Oxigênio valor (8) Enxofre (16) Fósforo (15) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Elemento_qu%C3%ADmico_essencial Elemento químico essencial Nem todos os seres vivos têm os mesmos elementos essenciais, por exemplo, o tungstênio não é essencial para os humanos mas é essencial para outros seres vivos. os bioelementos presentes no ser humano, ordenados por ordem de abundância: Majoritários: oxigênio, carbono, hidrogênio, nitrogênio, cálcio, fósforo, enxofre, potássio, sódio, cloro e magnésio. Traços: ferro, zinco, cobre, flúor , bromo e selênio. Microtraços (ultratraços): iodo, manganês, vanádio, silício, arsênio, boro, níquel, cromo, molibdênio e cobalto. Existem outros elementos sem uma essencialidade muito clara como, por exemplo, lítio, cádmio e estanho. https://es.m.wikipedia.org/wiki/Nitr%C3%B3geno Azoto elemento químico com número atómico 7 Aparência gás, líquido ou sólido incolor. O azoto, nitrogénio ou nitrogênio é um elemento químico com símbolo N, número atómico 7 e de massa atómica 14,00674 u (7 protões e 7 neutrões, com adição da pequena massa dos 7 eletrões),representado no grupo (ou família) 7 (antigo VO) da tabela periódica. ... O nitrogénio é um elemento comum no Universo. O nitrogénio é um elemento comum no Universo. Estima-se que seja o sétimo elemento mais abundante na Via Láctea e no Sistema Solar. É sintetizado pela fusão de carbono e hidrogénio nas supernovas. Devido à volatilidade do nitrogénio elementar e dos seus compostos mais usuais, o nitrogénio é muito menos comum nos planetas rochosos do sistema solar interior, para além de ser, no geral, um elemento relativamente raro na Terra. https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vida_humana (em Vila Industrial, São Paulo-Sp) https://www.instagram.com/p/CSNyFbIn5hhThDqNhhmN9r_aj5rChSXy4zXn5g0/?utm_medium=tumblr
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viniciusleal2121 · 3 years
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Magnetismo
Ocorre nos poucos minerais que devido à sua natureza ferromagnética são atraídos por um ímã. Os exemplos mais comuns são a magnetite, a pirrotite e outros com elevado teor de metais que podem ser magnetizados após aquecimento, como o manganês, o níquel e o titânio.
Peso específico (ou densidade relativa)
É a relação do peso de um mineral quando comparado com o peso de igual volume de água. Para isto, o mineral deve ser pesado imerso em água e ao ar. O processo utiliza a balança de Jolly, aplicando a seguinte fórmula:
{\displaystyle G={\frac {\rm {(b-a)}}{\rm {(b-c)}}}}onde {\displaystyle b\!\,} é o peso do mineral fora da água; {\displaystyle a\!\,} a referência inicial da balança ou calibragem em zero; e {\displaystyle c\!\,} o peso do mineral dentro da água. Assim, por exemplo, se um mineral tem peso específico 3,0 determinada pelo processo descrito, tal significa que ele pesa três vezes mais que igual volume de água.
Sistema cristalino
A forma do cristal é muito importante na identificação do mineral, pois ela reflecte a organização cristalina da estrutura dos minerais e dá boas indicações sobre o sistema de cristalização do mineral. Algumas vezes o cristal é tão simétrico e perfeito nas suas faces que coloca em dúvida a sua origem natural. Porém, os cristais perfeitos são muito raros, pelo que a maioria dos cristais apenas desenvolve algumas de suas faces.
Classificação química dos minerais
Os minerais podem ser classificados de acordo com sua composição química e são listados abaixo na ordem aproximada de abundância na crosta terrestre.
Silicatos
O grupo dos silicatos é o maior grupo de minerais, sendo compostos principalmente por silício e oxigénio, com a adição de catiões como o magnésio, o ferro e o cálcio. Alguns dos mais importantes silicatos constituintes de rochas comuns são o feldspato, o quartzo, as olivinas, as piroxenas, as granadas e as micas.
Carbonatos
O grupo dos carbonatos é composto de minerais contendo o anião (CO3)2- e inclui a calcite e a aragonita (carbonatos de cálcio), a dolomita (carbonato de magnésio e cálcio) e a siderita (carbonato de ferro). Os carbonatos são geralmente depositados em ambientes marinhos pouco profundos, com águas límpidas e quentes, como por exemplo em mares tropicais e subtropicais. Os carbonatos encontram-se também em rochas formadas por evaporação de águas pouco profundas (os evaporitos, como por exemplo os existentes no Great Salt Lake, Utah) e em ambientes de karst, isto é regiões onde a dissolução e a precipitação dos carbonatos conduziu à formação de cavernas com estalactites e estalagmites. A classe dos carbonatos inclui ainda os minerais de boratos e nitratos.
Sulfatos
Todos os sulfatos contém o anião sulfato na forma SO4. Os sulfatos formam-se geralmente em ambientes evaporíticos, onde águas de alta salinidade são lentamente evaporadas, permitindo a formação de sulfatos e de halóides na interface entre a água e o sedimento. Também ocorrem em sistemas de veios hidrotermais sob a forma de minerais constituintes da ganga associada a minérios de sulfetos. Os sulfatos mais comuns são a anidrita (sulfato de cálcio), a celestita (sulfato de estrôncio) e o gesso (sulfato hidratado de cálcio). Nesta classe incluem-se também os minerais de cromatos, molibdatos, selenatos, sulfetos, teluratos e tungstatos.
Halóides
O grupo dos halóides é constituído pelos minerais que formam os sais naturais, incluindo a fluorite, a halite (sal comum) e o sal amoníaco (cloreto de amónia). Os halóides, como os sulfatos, são encontrados geralmente em ambientes evaporíticos, tais como lagos do tipo playa e mares fechados (por exemplo nas margens do Mar Morto). Inclui os minerais de fluoretos, cloretos e iodetos.
Óxidos
Os óxidos constituem um dos grupos mais importantes de minerais por formarem minérios dos quais podem ser extraídos metais. Ocorrem geralmente como precipitados em depósitos próximo da superfície, como produtos de oxidação de outros minerais situados na zona de alteração cerca da superfície ou ainda como minerais acessórios das rochas ígneas da crusta e do manto. Os óxidos mais comuns incluem a hematite (óxido de ferro), a espinela (óxido de alumínio e magnésio, um componente comum do manto) e o gelo (de água, ou seja óxido de hidrogénio). São também incluídos nesta classe os minerais de hidróxidos.
Sulfetos
Muitos sulfetos são também economicamente importantes como minérios metálicos, incluindo-se entre os mais comuns a calcopirita (sulfeto de cobre e ferro) e a galena (sulfeto de chumbo). A classe dos sulfetos também inclui os minerais de selenetos, teluretos, arsenietos, antimonetos, os bismutinetos e ainda os sulfossais.
Fosfatos
O grupo dos fosfatos inclui todos os minerais com uma unidade tetraédrica de AO4 onde A pode ser fósforo, antimónio, arsénio ou vanádio. O fosfato mais comum é a apatite, a qual constitui um importante mineralóide, encontrado nos dentes e nos ossos de muitos animais. Esta classe inclui os minerais de fosfatos, vanadatos, arseniatos e antimonatos.
Elementos nativos
O grupo dos elementos nativos inclui os metais e amálgamas intermetálicas (como as de ouro, prata e cobre), semi-metais e não-metais (antimónio, bismuto, grafite e enxofre). Este grupo inclui também ligas naturais, como o electro (uma liga natural de ouro e prata), fosfinos (hidretos de fósforo), nitritos e carbetos (que geralmente são só encontrados em alguns raros meteoritos).
Minerais dietéticos
Designam-se por minerais dietéticos os compostos inorgânicos necessários à vida, incluindo aqueles que devem fazer parte da boa nutrição humana. Entre estes minerais inclui-se o sal de cozinha e compostos contendo nutrientes e oligoelementos como o potássio, o cálcio, o ferro, o zinco, o magnésio e o cobre.
Os minerais dietéticos podem ser constituintes naturais do alimento ou propositadamente adicionados, na forma elementar ou mineral, ao alimento, como o acontece com suplementos à base de carbonato de cálcio ou de sais ferrosos. Alguns destes aditivos provêm de fontes naturais, como os depósitos de conchas, para o carbonato de cálcio. Em alternativa, os minerais podem ser adicionados à dieta em separado dos alimentos, sob a forma de suplementos.
Entre os animais, e também de forma inadvertida, entre os humanos, uma fracção importante de minerais dietéticos é ingerida acidentalmente por ingestão de poeiras. Entre os herbívoros é importante a pica, ou geofagia, isto é a ingestão acidental de poeiras e materiais do solo em conjunto com a dieta normal. A geofagia humana também é corrente em algumas sociedades rurais e como distúrbio alimentar, particularmente entre crianças.
Cristal
sólido no qual os constituintes, sejam eles átomos, moléculas ou íons, estão organizados num padrão tridimensional bem definido
Um cristal é um sólido no qual os constituintes, sejam eles átomos, moléculas ou íons, estão organizados num padrão tridimensional bem definido, que se repete no espaço, formando uma estrutura com uma geometria específica.
Cristais de insulina obtidos por cristalização no Espaço exterior (em condições de microgravidade).
Em química e mineralogia, um cristal é uma forma da matéria na qual as partículas constituintes estão agregadas regularmente, criando uma estrutura cristalina que se manifesta macroscopicamente por assumir a forma externa de um sólido de faces planas regularmente arranjadas, em geral com elevado grau de simetria tridimensional.
Cristal deriva da palavra em grego clássico: κρύσταλλος (krustallos) que quer dizer ao mesmo tempo "gelo" e "quartzo".[1]
Cristais e vidros
Embora o termo cristal tenha um significado preciso no âmbito da ciência dos materiais e da física do estado sólido, em linguagem coloquial o termo é utilizado de forma muito abrangente para designar objectos sólidos que apresentam características de brilho e forma bem marcados, em geral associados a formas geométricas simples. Se alguns são cristais, como o gelo, a neve e o sal de cozinha, outros são na realidade vítreos, isto é são compostos por materiais cujos átomos não apresentam qualquer ordenação especifica.
Apesar de em geral o arrefecimento de uma substância conduzir à formação de cristais (isto é à cristalização), tal não é uma verdade universal. Misturas de substâncias muito heterogéneas raramente cristalizam e em alguns casos o arrefecimento pode ser tão rápido que as moléculas ou átomos perdem mobilidade antes de poderem atingir a posição correcta na malha cristalina. Um material não cristalino, como o vulgar vidro, não apresenta ordenação espacial dos seus átomos ou moléculas ao longo de distâncias consideráveis, face ao raio desses átomos ou moléculas, pelo que é denominado amorfo ou vítreo. Estes materiais são em geral denominados sólidos amorfos[2], sendo um exemplo geológico conhecido a obsidiana.
Na linguagem corrente e no comércio, a palavra cristal é utilizada para designar vidros de elevada transparência e qualidade, genericamente comercializados como cristais. Estes cristais de vidro não são mais do que vidro com um elevado teor de óxido de chumbo, os quais, como vidros que são, não têm estrutura cristalina, já que neles os átomos não apresentam qualquer forma de arranjo regular. Tais vidros, apesar de denominados cristais, não podem de forma alguma ser considerados um cristal no sentido utilizado no presente texto.
Estrutura e formação dos cristais
Célula unitária da estrutura de um cristal de sal (NaCl). Note-se a ordenação dos átomos.
Num cristal a posição de cada um dos átomos, moléculas ou íons que o constituem, que para economia discursiva passaremos a designar (de forma menos correta) por partículas, é determinada pelas posições ocupadas já existentes. Assim, no momento de cristalização, a partícula forma com as suas vizinhas um conjunto de ligações químicas (de qualquer tipo, indo das iônicas às ligações fracas) que determina a posição espacial que tenderá a ocupar.
Em resultado desse processo, forma-se uma estrutura tridimensional, mantida de forma mais ou menos rígida pelas ligações entre partículas, que se vai progressivamente propagando no espaço, formado assim um sólido que tenderá, pela expressão macroscópica desta ordenação interna, a ter uma forte tendência para a simetria. São esses os sólidos a que chamamos cristais.[3]
As estruturas cristalinas ocorrem em todos os tipos de materiais com todo o tipo de ligações intermoleculares e interatómicas.
Quase todas as ligações metálicas por nuvem de elétrons coexistem com um estado poli cristalino, já que os metais em estado amorfo ou mono cristalino raramente existem na natureza. A generalidade dos sais cristaliza, já que as ligações iônicas, formadas a partir da condensação de soluções, ou da solidificação de sais em fusão, formam malhas cristalinas muito estáveis. Daí que quase todos os sais em estado sólido sejam cristais. As ligações covalentes também são muito comuns em cristais, em particular em cristais orgânicos (como os açúcares e as proteínas puras). Outro exemplo de cristais com ligações covalentes são o diamante e o grafite. Os polímeros em geral apresentam regiões cristalinas, mas o comprimento das cadeias dificulta a cristalização total. Para além as ligações atrás referidas, as forças de van der Waals assumem um importante papel na formação dos cristais, controlando a aproximação das moléculas e mantendo-as nos seus mínimos energéticos.
Em geral, os cristais formam-se a partir de substâncias fluidas à medida que estas vão sofrendo solidificação ou precipitação (caso se trate de uma solução). A forma mais comum de cristalização consiste na existência de uma solução, a partir da qual o material que forma o cristal vai precipitando e, no processo, cada átomo ou molécula vai assumindo uma posição que é determinada pelos átomos ou moléculas vizinhas.
O Gálio é um metal que forma grandes cristais.
A arrumação das partículas, e a sua persistência no lugar que ocupam na malha cristalina, é determinada pelo existência de um mínimo energético nessa posição, correspondente à otimização das ligações formadas entre as partículas.
Um exemplo típico deste processo é a formação de gelo: quando o movimento browniano induzido pelo calor é suficientemente pequeno para permitir que as moléculas de água se liguem de forma estável (em água pura aos 0º C), as ligações entre as zonas de polarização elétrica positiva e negativa das moléculas são imobilizadas por ligações de van der Waals (assim denominadas em homenagem a Johannes Diderik van der Waals), as quais as mantêm em posição. Em resultado, as moléculas da água vão sendo progressivamente presas na estrutura, formando-se o gelo. Devido à formação desta rede, e à redução de entropia que corresponde à ordenação das moléculas, o gelo tem uma energia interna inferior à da água, daí que seja necessário fornecer um calor de fusão (igual àquele que ele liberta quando solidifica) para o transformar novamente em água.
Um cristal policromo de Bismuto.
É este calor de fusão que explica a estabilidade dos cristais e a tendência das substâncias puras, quando arrefecem, para assumir a forma cristalina (com elevada ordenação espacial).
Os materiais que quando solidificam não libertam um calor de fusão, como acontece com a solidificação de um vidro, apesar de em geral serem considerados sólidos, são, do ponto de vista termodinâmico, líquidos com viscosidade quase infinita, já que as suas partículas não atingiram um estado de mínimo energético.
Outra forma comum de cristalização, e a mais frequente em geologia, já que está presente nos magmas e nas soluções hidrotermais, é a precipitação a partir de uma solução. Um exemplo comum é o que acontece com as soluções sobressaturadas de sal comum (cloreto de sódio): quando a quantidade de sal em solução excede a que pode ser mantida àquela temperatura, os iões de Sódio e Cloro começam a agregar-se de forma estruturada (em geral em torno de impurezas ou de um cristal semente), crescendo rapidamente por remoção de sal da solução. O mesmo acontece com a formação dos cristais no magma: a partir do material fundido vão sendo precipitados cristais que crescem por agregação dos átomos que os constituem.
Embora menos comum, mas de forma alguma rara, é a formação de cristais a partir de um gás ou mistura gasosa. O exemplo mais comum é o crescimento dos cristais de neve na atmosfera por ressublimação, ou sublimação regressiva, ao ocorrer a passagem de vapor de água (um gás) directamente para sólido. O mesmo acontece com a formação de cristais de enxofre nas sulfataras e de outros cristais em torno das fumarolas.
Em condições ideais, o resultado dos processos de cristalização seria a formação de um único cristal, no qual todos os átomos (ou moléculas) encontrassem o seu lugar numa malha cristalina comum. Na realidade, porque o processo se inicia em múltiplos lugares e é instável no seu desenvolvimento, forma-se em geral uma miríade de cristais que se vão fundindo (com as óbvias imperfeições daí resultantes), à medida que as suas superfícies de crescimento se interceptam. Os sólidos policristalinos assim formados, apesar de localmente manterem a simetria imposta pela malha cristalina, assumem formas complexas onde a simetria geral pode não ser imediatamente perceptível ou mesmo não existir.
Através de processos de deposição controlada, é possível crescer grandes monocristais, como por exemplo os necessários para aplicações fotoeléctricas. Devido às suas especiais propriedade (e beleza) são também criados cristais geminados, resultado de um crescimento simétrico em torno de um eixo predefinido.
Forma dos cristais
Na natureza encontram-se cristais de formas muito diversificadas, dependentes da forma de arranjo das cargas eléctricas nos átomos ou moléculas que formam o cristal e das condições em que a cristalização se deu por exemplo a água, pode assumir múltiplas formas cristalinas em função da forma como o cristal se formou: a neve e um cubo de gelo são formas completamente distintas de cristais de água, com estrutura diferenciada em função das condições de cristalização.
Pelas razões atrás apontadas, a forma dos cristais depende não só das características do material de que o cristal é formado mas também das condições de formação (um caso extremo é o Carbono: a altas pressões e temperaturas forma o diamante, a altas temperaturas e baixas pressões forma grafite, substâncias que á primeira vista nada têm em comum).
Propriedades dos cristais
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astronomodouglas · 4 years
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Olhe para o futuro, más almeja e viva o presente! Agora é oficial, somos mesmo feitos de poeira de estrelas. Uma pesquisa comprovou o que Carl Sagan já falava há tempos: "os humanos realmente são feitos de poeira de estrela." Depois de analisar 1500 estrelas, Astrônomos chegaram a conclusão de que tanto os seres humanos quanto os astros brilhantes possuem 97% do mesmo tipo de átomos. Constataram ainda que os elementos essências para a vida como a conhecemos (hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre) são mais prevalecentes nas estrelas que estão no centro da galáxia. A questão é: como os Astrônomos sabem quais elementos compõem as estrelas se eles não conseguem chegar até elas ? Elementar, meu caro. Eles usaram uma técnica conhecida como espectroscopia. É assim: cada elemento emite um comprimento de onda de luz diferente, é como se cada um tivesse sua própria marca. Assim, analisando cada "marca", os cientistas conseguem distinguir de qual elemento é aquela emissão, que captada com um instrumento chamado espectrógrafo . O espectrógrafo, neste caso, tem nome e sobrenome: trata-se do Apache Point Observatory Galactic Evolution Experiment (APOGEE), que fica no estado Norte-Americano do Novo México. Foto: @astronomodouglas #correnteastronomica #astronomia #astrofisica #cosmos #science #fotografia (em Campo Grande MS - Cidade Morena) https://www.instagram.com/p/CEPYoI-JRat/?igshid=e7ch3ht20clr
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enzorochafotografia · 4 years
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Gás Ácido
A definição mais direta de um gás ácido é qualquer composto gasoso que, quando dissolvido em água, formará uma solução ácida.
Os tipos mais comuns de gás ácido são dióxido de carbono (CO2) e sulfeto de hidrogênio (H2S), embora também existam muitas outras variedades, incluindo cloreto de hidrogênio (HCI), fluoreto de hidrogênio (HF), óxidos de enxofre (SO2 e SO3) e óxidos de nitrogênio (NOx).
O que é gás ácido?
O termo gás ácido abrange qualquer tipo de gás ou mistura gasosa que forme um composto ácido quando misturado com água. Os tipos mais comuns de gases ácidos são sulfeto de hidrogênio (H2S) e dióxido de carbono (CO2).
Os gases ácidos são encontrados no gás natural e devem ser removidos através de um processo conhecido como tratamento de gás amina antes que o gás natural seja utilizável.
Embora o termo gás ácido seja frequentemente usado erroneamente para descrever gases ácidos, o termo não são a mesma coisa.
Um gás ácido contém grandes quantidades de sulfeto de hidrogênio, enquanto um gás ácido real contém qualquer um dos gases ácidos.
Quando encontrado no gás natural, o sulfeto de hidrogênio pode ser considerado um gás ácido e um ácido. O dióxido de carbono, no entanto, é um gás ácido, mas não tecnicamente um gás ácido.
Os gases precisam remover esses materiais ácidos antes de serem utilizados. Isso é realizado usando o processo de tratamento com gás amina, conhecido como adoçante.
O processo pega certos líquidos e os utiliza para remover o sulfeto de hidrogênio e o dióxido de carbono, ou outra combinação de gases ácidos, do gás natural.
O adoçante faz com que o sulfeto de hidrogênio e o dióxido de carbono se separem do gás natural. Isso é fundamental porque, sendo tipos de gás ácido, essas duas substâncias se tornam ácidas quando entram em contato com a água. Qualquer edifício que gere um gasoduto terá problemas com esses gases ácidos se não for removido.
O ácido começará a comer através dos canos e causará vazamentos. A ocorrência desses gases também limita os tipos de materiais que podem ser usados na instalação de linhas de gás.
Para adoçar o gás natural usando o processo de tratamento com gás amina, é adicionada uma etanolamina. A etanolamina é um solvente que esfrega ou limpa os gases ácidos; absorve dióxido de carbono e sulfeto de hidrogênio, mas deixa os outros gases intocados. Existem vários tipos do composto orgânico etanolamina. Os compostos comuns usados no processo de adoçamento incluem monoetanolamina e metildietanolamina.
Além do risco de danificar o oleoduto, o sulfeto de hidrogênio é altamente tóxico e perigoso, até mortal, para animais ou pessoas expostas a ele. Também é inflamável e produz um mau cheiro, de onde vem o nome “gás azedo”.
O dióxido de carbono não é um gás ácido e, ao contrário do sulfeto de hidrogênio, é um gás inodoro.
O que são gases ácidos?
Gases ácidos são compostos gasosos que criam soluções ácidas quando adicionados à água. São frequentemente encontrados como contaminantes no gás natural bruto e devem ser removidos durante o processo de refino.
A remoção do gás ácido do gás natural tem o duplo objetivo de purificar o gás natural e reduzir as emissões nocivas para a atmosfera.
Isso pode ser realizado usando vários processos industriais conhecidos como tratamento de gás amina ou processo de adoçamento de gás, embora os gases ácidos também sejam às vezes descartados por meio de técnicas mais incomuns, como a injeção na superfície.
Dióxido de carbono e sulfeto de hidrogênio são os gases ácidos mais comuns.
Dois outros tipos encontrados nas emissões industriais são óxidos de nitrogênio e dióxido de enxofre. Estes dois últimos são notáveis por seu papel na produção de chuva ácida.
Quando um desses gases reage com a água na atmosfera, é produzido um ácido que cai como precipitação. Os danos ambientais causados pelas chuvas ácidas corrosivas levaram os países ao redor do mundo a tomar medidas para reduzir ou prevenir as emissões de dióxido de enxofre e outros contaminantes no ar.
Embora não estejam diretamente envolvidos na produção da chuva ácida, os gases ácidos comuns, dióxido de carbono e sulfeto de hidrogênio, são corrosivos e o sulfeto de hidrogênio é tóxico.
A remoção e descarte ou reaproveitamento desses gases problemáticos é uma parte necessária do processo de refino de gás natural. Isso geralmente é feito através do tratamento com gás amina, um método também conhecido como adoçante.
No tratamento de amina gasosa, soluções aquosas de alcalaminas são usadas para absorver sulfeto de hidrogênio ou gás dióxido de carbono. As alcalaminas, também chamadas aminas, são bases e, portanto, podem neutralizar compostos ácidos por meio de reações químicas. Quando o gás natural é tratado com aminas, os gases ácidos são absorvidos em uma solução com as aminas, deixando para trás uma corrente de gás “adoçado” puro. A solução de gás amina-ácido é processada ainda mais para reciclar as aminas e remover o sulfeto de hidrogênio ou dióxido de carbono na forma concentrada.
O enxofre elementar é recuperado do gás concentrado de sulfeto de hidrogênio produzido pelo tratamento da amina através de um método conhecido como processo de Claus.
O processo de Claus consiste em uma série de reações químicas controladas que removem o enxofre em um nível tão alto quanto 99%.
Esse enxofre recuperado pode então ser usado para fabricar outros produtos químicos ou vendido para uso industrial, impedindo que ele seja expelido para a atmosfera.
Às vezes, é excedido o excesso de gás ácido do refino de petróleo ou gás natural que não pode ser convertido ou recuperado. Esse método, que envolve a incineração e liberação do gás na atmosfera, é geralmente considerado prejudicial ao meio ambiente. Uma alternativa à queima é a injeção no subsolo. Pensa-se que a injeção subterrânea, na qual gases ácidos são injetados em um reservatório subterrâneo profundo, minimize o impacto ambiental no armazenamento e no descarte de resíduos de gás ácido.
Fonte: cameo.mfa.org/www.envirotech-online.com/www.netl.doe.gov/www.petropedia.com/www.croftsystems.net/www.wisegeek.org/https://ift.tt/2VvYpov.com/www.uspto.gov
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marketingcomcaio · 6 years
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9 Melhores Pomadas para Espinha – Como Funcionam e Dicas
A espinha ou acne é um problema de pele que afeta muitas pessoas, especialmente os adolescentes.
Na maioria dos casos, as espinhas se formam devido ao acúmulo de óleo produzido pelas glândulas sebáceas sobre a pele. O entupimento dos poros pelo sebo pode ser a causa das espinhas. O problema também pode ser originado da presença de bactérias e outras impurezas que se acumulam nos poros da pele.
A saúde não é afetada pelas espinhas, mas a presença delas pode causar incômodo, dor e danos emocionais ou psicológicos para quem tem muitas delas.
Se você não aguenta mais as espinhas no seu rosto e até em outras partes do corpo, aqui trazemos as melhores pomadas para espinha e dicas de como manter sua pele livre delas.
Causas de espinhas
Além da presença de bactérias e oleosidade, as espinhas também podem surgir por causa de outros fatores.
Fatores emocionais:O estresse e a ansiedade, por exemplo, podem aumentar os níveis de hormônios como a adrenalina e o cortisol.
Clima:Estar frequentemente exposto a um clima muito quente e úmido e suar muito também pode contribuir para o surgimento de espinhas.
Dieta:A dieta também pode afetar a saúde da pele. Estudos mostram que o consumo de alimentos gordurosos e ricos em carboidratos podem resultar em mais espinhas.
Alterações hormonais:A atividade anormal de alguns hormônios pode causar um aumento na produção de sebo, o que faz com que os poros sejam obstruídos formando a acne.
Tratamento para espinha
O tratamento para espinhas indicado pelo dermatologista vai depender da gravidade das lesões na pele e de outras informações como a recorrência do problema. Os medicamentos indicados podem contemplar antibióticos e pomadas de uso tópico contendo ingredientes como peróxido de benzoíla, ácido salicílico e enxofre. Também pode ser indicado o uso de isotretinoína, tratamentos a laser e terapia de luz.
Como funcionam as pomadas para espinha
A ação de uma pomada para espinha vai depender da sua composição e do seu princípio ativo. Os principais ingredientes ativos mais comumente encontrados nos cremes, loções e pomadas para espinha e seus mecanismos de ação são descritos abaixo.
– Enxofre
O enxofre é um dos ingredientes mais antigos quando se trata de combate à acne. Além das espinhas, o enxofre é usado no tratamento de problemas como o eczema e a psoríase. Ele ajuda a quebrar os cravos e as espinhas através de um mecanismo desconhecido.
Apesar do mecanismo de ação não ser totalmente compreendido, os especialistas acreditam que o enxofre elementar é oxidado lentamente até formar acido sulfuroso que apresenta propriedades bactericidas. O efeito acaba ressecando a pele e deixando o ambiente desfavorável à proliferação de bactérias, reduzindo as espinhas.
– Peróxido de benzoíla
O peróxido de benzoíla ataca e mata as bactérias presentes na pele além de reduzir a produção de óleo pelas glândulas sebáceas. O peróxido de benzoíla funciona como um agente de peeling, já que ele limpa os poros e diminui a quantidade de bactérias na região.
– Ácido salicílico
O ácido salicílico é muito comum em produtos para acne. Ele atua combatendo as espinhas e os cravos através de uma leve descamação que promove o crescimento de novas células epiteliais.
Esse composto ativo evita o entupimento dos poros e cria espaços para o crescimento de novas células saudáveis.
Sendo assim, ele ajuda a reduzir a inflamação e o inchaço decorrente das espinhas e suas propriedades permitem seu uso também como um fungicida em diversos shampoos para a caspa.
– Ácido azelaico
O ácido azelaico atua matando as bactérias presentes nos poros e ajuda a quebrar a queratina, uma proteína naturalmente produzida pela pele que pode entupir os poros. Assim, ele ajuda a reduzir a proliferação de bactérias, diminuir a inflamação e desobstruir os poros.
– Resorcinol
O resorcinol atua na remoção de cravos e espinhas. Esse mesmo ingrediente é usado também no tratamento de outras doenças de pele como o eczema e a psoríase e para tratar a caspa.
– Ácido retinoico
O ácido retinoico, conhecido também como retinol A ou tretinoína, é um derivado da vitamina A que quando aplicado à pele faz a mesma descascar como se fosse um peeling químico. Isso ajuda a limpar os poros obstruídos e a gerar novas células, reduzindo a incidência de espinhas.
– Isotretinoína
A isotretinoína também é uma substância derivada da vitamina A que é usada em casos de acne muito grave. Ela atua em reduzindo o tamanho e a atividade das glândulas sebáceas, diminuindo assim a ocorrência de espinhas severas.
Melhores pomadas para espinha
1. Acnase
A Acnase é uma pomada composta pelos ingredientes ativos peróxido de benzoíla e enxofre que atua no tratamento de cravos e espinhas.
Qualquer pomada ou creme contendo peróxido de benzoíla deve ser usado com cuidado pois o excesso pode prejudicar a pele devido ao ressecamento e descamação. Além disso, é importante ser consistente pois os resultados podem demorar entre 4 a 6 semanas para começarem a serem observados.
Para usar a pomada, basta aplicar uma pequena quantidade com a ponta do dedo sobre a pele limpa e seca. Após o uso, é importante proteger a pele do sol.
Dentre os efeitos colaterais que podem surgir estão irritação, coceira, dor, vermelhidão, ressecamento, descamação, formação de bolhas e inchaços na pele.
2. Minancora Action
A Minancora é uma pomada que contém cloreto de benzalcônio, óxido de zinco e cânfora em sua composição. A combinação desses compostos confere propriedades antissépticas, analgésicas e cicatrizantes à pomada que podem ser úteis para secar espinhas, bastando passar uma pequena quantidade em cima da espinha e esperar o produto agir.
Já a pomada Minancora Action é uma versão que contém outros ingredientes como melaleuca e triclosan que é ainda mais eficaz no tratamento da acne. A pomada deve ser passada após lavar e secar bem a pele.
Alguns efeitos adversos que podem ser observados são vermelhidão, ardência, coceira, descamação e bolhas na pele.
3. Clean and Clear Acne Control
O Clean and Clear Acne Control contém peróxido de benzoíla em sua composição e atua limpando toda a sujeira e removendo a oleosidade presente nos poros, evitando o desenvolvimento de novas espinhas.
Pode ocorrer irritação e desidratação da pele após o uso do produto. Outros efeitos colaterais podem incluir ardor, vermelhidão, descamação, inchaço e comichão na pele.
4. Benzac
O composto ativo do Benzac também é o peróxido de benzoíla. A pomada tem um efeito bactericida que elimina as bactérias responsáveis pelo surgimento de espinhas na pele.
Efeitos colaterais podem incluir pele seca, alergia, coceira ou vermelhidão na pele.
É importante aplicar o produto sobre a pele bem limpa e seca e evitar a exposição ao sol sem proteção durante todo o tratamento.
5. Pure Zone Tônico Adstringente Anticravos
Esta é uma pomada da L’Oreal Paris contendo ácido salicílico concentrado. Ela atua reduzindo a oleosidade da pele e limpando os poros, o que evita a formação de novas espinhas.
Alguns efeitos adversos relacionados à presença do ácido salicílico são vermelhidão, leve descamação e formação de crostas sobre a pele.
6. Solugel
O Solugel é mais uma pomada contendo peróxido de benzoíla que atua matando as bactérias e promovendo uma descamação na pele. Assim como outros produtos à base de peróxido de benzoíla, o tratamento deve ser feito por várias semanas para que os resultados apareçam.
Os efeitos colaterais relacionados ao uso de Solugel são erupções cutâneas, descamação, ressecamento, sensibilidade, inchaço e coceira na pele.
7. Epiduo
O Epiduo é uma pomada contendo peróxido de benzoíla e adapaleno, um derivado da vitamina A usado no tratamento de espinhas. Ele serve para tratar lesões na pele causadas por cravos e espinhas.
Os primeiros sinais de melhora surgem após 4 semanas de uso e as principais reações adversas relacionadas ao seu uso são pele seca, irritação, descamação e ardência na pele.
8. Clyndoxyl
O Clyndoxyl apresenta peróxido de benzoíla e o antibiótico clindamicina em sua composição. Ambos componentes ativos atuam eliminando e controlando a proliferação de bactérias responsáveis pelas espinhas.
Geralmente, o creme deve ser usado por pelo menos 2 a 5 semanas para que os resultados sejam satisfatórios. Efeitos adversos incluem inchaço, coceira e vergões na pele.
9. Isotretinoína
A isotretinoína, conhecida comercialmente como Roacutan ou Accutane, é um remédio muito eficaz no tratamento de espinhas graves. O tratamento com isotretinoína costuma durar várias semanas e o medicamento está disponível em cápsulas e em pomadas.
No entanto, o medicamento pode causar efeitos colaterais graves e o uso deve ser acompanhado com frequência por um médico. Alguns dos efeitos adversos incluem pele muito seca, hemorragia nasal, dor nas articulações, danos no fígado e até alguns casos de depressão. Mulheres grávidas também não devem usar isotretinoína devido a graves riscos à saúde do feto.
Dicas
Vários métodos de tratamento caseiros e dicas simples também podem ajudar a diminuir a incidência de espinhas. Algumas delas são:
1. Ter cuidado ao se barbear
É comum que alguns homens fiquem com espinhas no rosto logo após fazer a barba. Para evitar esse problema, é essencial lavar bem as mãos e usar um aparelho de barbear com uma lâmina bem afiada e limpa ou um barbeador elétrico limpo.
2. Evitar tocar o rosto
Se você tem propensão a desenvolver espinhas com facilidade, evite ficar tocando no rosto com frequência, principalmente se estiver com as mãos sujas.
Até mesmo objetos como celulares e óculos podem ter resíduos de pele ou de sebo em suas superfícies. Assim, é muito importante limpar esses objetos com regularidade, bem como lavar as mãos com água e sabão.
3. Manter o cabelo longe do rosto
Pessoas com pele oleosa geralmente também têm o cabelo oleoso. Assim, é indicado manter o cabelo sempre limpo e, se possível, evitar usar penteados como franjas que deixam o cabelo colado na pele.
Também é interessante se esquivar de produtos que deixam os fios ainda mais oleosos como aqueles que contêm óleo ou manteiga de coco e cacau que podem piorar a acne na pele e causar espinhas no couro cabeludo.
4. Não espremer espinhas
Estourar uma espinha é uma das atividades preferidas de certas pessoas, mas esse hábito pode fazer com que a bactéria que está causando a infecção entre para as camadas internas da pele. Isso causa um bloqueio ainda pior e um inchaço e vermelhidão mais graves do que antes. Essa prática também aumenta o risco de cicatrizes.
5. Usar roupas largas e frescas
Se as espinhas surgirem também na região das costas ou dos ombros, por exemplo, é uma dica usar roupas de algodão mais soltas para evitar o suor excessivo e deixar a pele respirar.
6. Não se expor ao sol sem proteção
A exposição à luz do sol pode aumentar a produção de sebo e aumentar o risco de desenvolver câncer de pele. Além disso, alguns produtos para o tratamento das espinhas deixam a pele mais sensível e propensa a queimaduras solares.
Desta forma, é essencial usar roupas adequadas e um protetor solar com um fator de proteção alto para evitar problemas.
7. Escolher bem o tipo de maquiagem
Além de escolher produtos antialérgicos e que se adequam à sua pele, é importante lavar bem o rosto e remover qualquer resíduo de maquiagem antes de dormir. Isso ajuda a evitar surtos de acne por causa da maquiagem.
8. Saber o tipo da sua pele
Peles mais sensíveis geralmente se dão melhor com loções e cremes, que são produtos mais suaves. Já os produtos à base de gel são melhores para pessoas que têm pele oleosa, já que o álcool presente em muitos deles ajuda a deixar a pele mais seca. Assim, é muito importante saber que tipo de pele você tem para acertar na escolha.
Considerações e tratamentos alternativos
Em alguns casos, o uso de anticoncepcionais para mulheres pode diminuir a incidência de espinhas, mas alguns desses medicamentos podem aumentar o risco de coágulos sanguíneos, hipertensão e doenças cardíacas.
Antibióticos de uso oral ou tópicos como a tetraciclina também podem ser usados para tratar espinhas graves causadas por bactérias.
A hidrocortisona é um esteroide usado “off-label” no tratamento de espinhas. Ele atua eliminando as bactérias que causam acne e reduzindo a inflamação e o inchaço. Porém, efeitos adversos como pele vermelha, inchaço, lesões e alergias podem ser observados.
Outras terapias alternativas incluem terapia a laser ou terapia de luz para eliminar bactérias causadoras de espinhas. Esse tipo de tratamento consiste em aplicar uma luz de alta intensidade sobre a pele atingindo apenas as camadas mais profundas para afetar as glândulas sebáceas. Esse método faz com que as glândulas produzam menos sebo. Porém, não é comprovado que tratamentos como esses são eficazes e seguros.
Outras possibilidades de tratamento são a realização de procedimentos como peelings químicos, microdermoabrasão e procedimentos de drenagem e extração.
Ao optar por um medicamento para o tratamento de espinhas, é importante lembrar que a maioria deles pode causar irritação, vermelhidão, descamação ou sensação de queimação ao menos nos primeiros dias do tratamento. Além disso, é sensato procurar um dermatologista para prescrever um medicamento adequado ao seu tipo de pele e com uma concentração do ingrediente ativo que não cause efeitos adversos graves.
É sempre aconselhável começar o tratamento com uma pomadas para espinha de forma mais leve e aumentar a concentração aos poucos conforme for necessário para melhores resultados e procurar um médico em casos de efeitos colaterais.
Referências adicionais:
https://www.webmd.com/skin-problems-and-treatments/acne/understanding-acne-treatment#1
https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/acne/diagnosis-treatment/drc-20368048
https://www.aad.org/public/diseases/acne-and-rosacea/acne
https://www.asds.net/skin-experts/skin-conditions/acne-scars
https://www.hindawi.com/journals/drp/2010/893080/
https://www.mayoclinic.org/es-es/diseases-conditions/acne/expert-answers/acne-scars/faq-20058101
Você já utilizou alguma vez pomadas para espinha? Quais tipos e ingredientes usou no tratamento da acne? Coemnte abaixo!
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alimitators-blog · 6 years
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AS RAÍZES DA ALQUIMIA – SUAS ATIVIDADES NA ÍNDIA, CHINA, IMPÉRIO ÁRABE E EUROPA MEDIEVAL.
This entry was posted on 26/02/2018, in Categoria geral, Filosofia e História da Ciência. 
A alquimia foi uma tradição filosófica-mística praticada na Europa, África e Ásia que buscava purificar, amadurecer e aperfeiçoar certos objetos físicos. Dentre seus diversos objetivos estavam a crisopéia (transmutação do ouro), a transmutação de “metais básicos” (por exemplo, chumbo) em “metais nobres”, particularmente ouro; a criação de um elixir da imortalidade; a criação de panacéas (preparados medicinais) capazes de curar qualquer doença e o desenvolvimento do alkahest, um solvente universal.
A perfeição do corpo humano e da alma era um objetivo muto importante para os alquímicos. Resultaria do Opus magnum e na tradição helenística-ocidental, a realização da gnose (do conhecimento total absoluto) (Linden, 1996). Na Europa, a busca por uma pedra filósofal foi o principal motivo para o desenvolvimento de projetos alquímicos.
Durante o século XVII, com a tradução de obras islâmicas sobre ciência e a redescoberta da filosofia de Aristóteles, os alquimistas europeus desempenharam um papel importante na ciência moderna (Eddy et al, 2014), principalmente na química e medicina. Os alquimistas islâmicos e europeus desenvolveram uma estrutura de técnicas básicas laboratoriais, terminologias e métodos experimentais muitos dos quais ainda estão em uso até os dias atuais. Graças aos alquímicos temos ácidos como o nítrico e o sulfúrico e, apesar da produção de elementos e de descobertas importantes na história da ciência, eles seguiam com sua crença da antiguidade em quatro elementos (de Empédocles e Aristóteles) e guardavam seu trabalho em segredo.
A alquimia era guiada por princípios herméticos relacionados à magia, mitologia e religião (Hanegraaff, 2012). Em várias tradições os princípios alquímicos existem há mais de quatro milênios em ao menos em três continentes. A inclinação geral dessas tradições para a linguagem simbólica torna difícil traçar suas influências mútuas e relacionamentos históricos das práticas alquímicas entre diferentes culturas. Contudo, podemos distinguir pelo menos três vertentes principais, que parecem ser amplamente independentes, pelo menos em seus estágios anteriores: a alquimia chinesa, a alquimia indiana e a alquimia ocidental que ocorreu ao redor do Mediterrâneo – cujo centro se deslocou ao longo dos milênios do Egito greco-romano ao mundo islâmico e, finalmente, chegou à Europa medieval.
A alquimia chinesa, obviamente esteve intimamente ligada ao taoísmo enquanto a alquimia indiana com as crenças dármicas. A alquimia ocidental desenvolveu seu próprio sistema filosófico que era amplamente independente, mas influenciado por várias religiões ocidentais. A questão do relacionamento histórico entre elas esta aberta na busca de tentar entender se influenciaram-se uma na outra.
Alquímia na Índia e China
O livro de Vedas do Hinduísmo descreve uma conexão entre a vida eterna e o ouro (Multhauf & Gilbert, 2008) Foi documentado pela primeira vez o uso de mercúrio nas práticas alquímicas no “Arthashastra” que data do século III ou IV. Os textos budistas dos séculos II a V mencionam a transmutação de metais comuns para o ouro. Considerando a data, é possível que a alquimia grega possa ter sido introduzida na Índia antiga através das invasões de Alexandre o Grande em 325 a.c, e os reinos foram culturalmente influenciados pelos gregos – como Gandhāra – que devem ter mantido a prática, embora faltem evidências para isso (Multhauf & Gilbert, 2008).
Na Índia, os objetivos da alquimia incluíram a criação de um corpo divino (sânscrito divya-deham) e da imortalidade (sânscrito jīvan-mukti). Os textos alquímicos sânscritos incluem muitos discursos sobre o manuseio do mercúrio e do enxofre, que são homogenizados com o sêmen do deus Śiva e o sangue menstrual da deusa Devī.
Certos textos alquímicos antigos ainda demonstram ter suas origens nas escolas tântricas de Kaula associadas aos ensinamentos da personalidade de Matsyendranath. Outros textos iniciais ainda apresentam tratados médicos, como o Jaina Kalyāṇakārakam de Ugrāditya, escrito no sul da Índia no início do século IX (Meulenbeld, 2002). Dois autores alquímicos indianos importantes foram Nāgārjuna Siddha e Nityanātha Siddha.
Nāgārjuna Siddha era um monge budista, e seu livro “Rasendramangalam”, é um exemplo de como a alquimia e medicina estavem presentes da Índia entre os anos 150 e 250. Nityanātha Siddha escreveu “Rasaratnākara”, também um trabalho altamente influente na época. Em sânscrito, “Rasa” se traduz em “mercúrio”, e Nāgārjuna Siddha teria proposto um método de conversão de mercúrio em ouro (Wujastyk, 1984).
Enquanto a alquimia europeia acabava se centrando na transmutação de metais básicos em nobres, a alquimia Indiana buscava a transmutação, mas se interessava mais em aspectos ligados a medicina.
Na alquimia chinesa a conexão mais óbvia era com a medicina. A pedra filosofal dos alquimistas europeus pode ser comparada ao Elixir da Longa-Vida, a busca pela imortalidade exercida pelos alquimistas chineses. Na visão hermética, esses dois objetivos não estavam desconectados, e a pedra filosofal era muitas vezes equiparada à panacéia universal. Assim, ambas as tradições podem ter tido mais em comum do que inicialmente parece.
A pólvora pode ter sido uma invenção importante dos alquimistas chineses e pode estar relacionada a aspectos medicinais. Da China, o uso de pólvora se espalhou para o Japão, os mongóis, o mundo muçulmano e a Europa. A pólvora foi usada pelos mongóis contra os húngaros em 1241 e na Europa até o século XIV. Além disto, a alquimia chinesa estava intimamente ligada às formas taoístas da medicina tradicional chinesa, como a acupuntura, a moxabustão (técnica terapêutica da Medicina Tradicional Chinesa que baseia-se nos mesmos princípios e conhecimentos dos meridianos de energia utilizados na acupuntura – sendo amplamente utilizada em outros sistemas de Medicina Oriental), e às artes marciais como Tai Chi Chuan.
Alquímia no Impéro Islâmico
Após a queda do Império Romano, o foco do desenvolvimento alquimista se mudou para o Império Islâmico. A alquimia islâmica é bem conhecida graças a prática de registro dos muçulmanos e comentários. A maioria dos escritos alquímicos anteriores ao Império Árabe só é conhecida em parte porque foram preservados como traduções árabes (Burckhardt, 1967). A própria palavra alquimia própria foi derivada da palavra árabe al-kīmiyā (a química). O Império Islâmico primitivo era um ambiente estimulador a alquimia, pois o pensamento platônico e aristotélico, que já havia sido apropriado um pouco na ciência hermética, continuou a ser assimilado no final do século VII e início do século VIII através de traduções sírias e práticas de estudos.
No final do século VIII, Jābir ibn Hayyān (conhecido como Geber) introduziu uma nova abordagem da alquimia, baseada em metodologia científica e experimentação controlada no laboratório. Suas práticas alquímicas eram bem diferenciadas a dos alquimistas gregos e egípcios antigos cujas obras eram muitas vezes alegóricas e não-inteligíveis – com pouca preocupação com o trabalho experimental (Kraus, 1943). Geber é considerado por muitos como o pai da química (Derewenda, 2007), pois começa a utilizar a experimentação científica no que era uma atividade voltada para aspectos místicos e esotéricos. Geber fagulha aspectos científicos em práticas que não eram científicas. No entanto, no Ocidente ainda se atribui o título de “pai da física” a Robert Boyle (1627-1691) ou Antoine Lavoisier (1743-1794).
Além de Geber, Al-Kindi (Alcindus) e Muhammad ibn Zakarīya Rāzi (chamado de Rasis) contribuíram muito com uma série de descobertas químicas, como o ácido muriático (ácido clorídrico), ácido sulfúrico e ácido nítrico. A descoberta da Aqua regia, uma mistura de ácidos nítrico e clorídrico, poderia dissolver o metal mais nobres – como o ouro – alimentaram a imaginação dos alquimistas para o próximo milênio.
Muitos filósofos islâmicos também fizeram grandes contribuições para o hermetismo alquímico – sendo Geber o mais influente no hermetismo. Um dos objetivos alquímicos era a criação artificial da vida no laboratório – inclusive a vida humana. Geber analisou cada elemento aristotélico em termos de quatro qualidades básicas: calor, frieza, secura e umidade (Burckhardt, 1967). De acordo com Geber, para cada metal, duas dessas qualidades eram interiores e duas exteriores. Por exemplo, o chumbo era externamente frio e seco, enquanto o ouro era quente e úmido. Assim, Geber propôs que ao reorganizar as qualidades de um metal, conseguiria sintetizar artificialmente um metal diferente (Burckhardt, 1967). Seguindo esta linha de pensamento, a busca da pedra filosofal foi introduzida na alquimia Ocidental. Geber desenvolveu uma numerologia em função das letras na raiz do nome de uma substância em árabe, quando tratadas com várias transformações, continham correspondências às propriedades físicas do elemento.
O sistema elementar usado na alquimia medieval também se originou com Geber. Consistia em sete elementos, onde cinco deles eram clássicos (éter, ar, terra, fogo e água), e mais dois que representavam os metais: o enxofre, “a pedra que queima” que caracterizou o princípio de combustibilidade, e mercúrio que continha o princípio idealizado das propriedades metálicas. Posteriormente o sistema mudou para oito elementos com o conceito árabe dos três princípios metálicos: o enxofre conferindo a inflamabilidade, o mercúrio com sua volatilidade e e o sal com sua solidez (Strathern, 2000). Nesta época, Geber também propôs o modelo atômico do corpuscularismo, onde todos os corpos físicos possuem uma camada interna e externa de pequenos corpúsculos (Moran, 2005).
Dos séculos IX a XIV, as teorias alquímicas enfrentaram críticas de uma variedade de químicos muçulmanos, incluindo Alcindus (Klein-Frank, 2001) Abū al-Rayhān al-Bīrūnī, (Marmura, 1965) Avicena (Briffault, 1938) e Ibn Khaldun. Em particular, eram refutações quanto a possibilidade de transmutar metais em outros elementos.
Europa Medieval
O início da alquimia Ocidental geralmente pode ser atribuído ao Egito antigo e helenístico, onde a cidade de Alexandria era um centro de conhecimento alquimista e manteve sua preeminência na maioria dos períodos gregos e romanos. Elementos de tecnologia, religião, mitologia e filosofia helenística foram combinados e formaram os primeiros registros conhecidos de alquimia no Ocidente. Zósimos de Panópolis (final do século III e início do IV) escreveu os livros conhecidos mais antigos sobre a alquimia, enquanto Maria, a Judia (por volta de 273 a.c) é creditada como sendo a primeira alquimista ocidental não fictícia.
Eles escreveram em grego, mas viveram no Egito sob o domínio romano. Zosimos de Panopolis afirmou que a alquimia remonta ao Egito faraônico, onde era o domínio da classe sacerdotal, embora não existisse nenhuma evidência de sua afirmação (Garfinkel, 1986). Os escritores alquímicos usaram panteões clássicos da mitologia grega, romana e egípcia (Isis, Osiris, Jason e muitos outros) para justificar suas obras e estruturar alegorias sobre a transmutação alquímica (Bonnefoy, 1992).
Hermes Trismegistus
A figura central na mitologia da alquimia egípcia é Hermes Trismegistus. Seu nome é derivado do deus Thoth. Hermes e seu caduceu (equipe) simbolizados com duas serpentes estavam entre os principais símbolos da alquimia. Segundo Clemente de Alexandria (150-215), ele escreveu o que se chamava “quarenta e dois livros de Hermes”, abrangendo todos os campos do conhecimento. O Hermetismo é entendido como a base para a filosofia e prática alquímica ocidental, a filosofia hermética – escritos coletados nos primeiros séculos da era comum.
O alvorecer da alquimia Ocidental às vezes é associado com o da metalurgia, cerca de 3500 a.c (Linden, 1996), embora muitos escritos tenham sido perdidos quando o imperador Diocleciano ordenou a queima de livros alquímicos (Partington, 1989) depois de suprimir uma revolta em Alexandria (por volta do ano 292). Alguns documentos egípcios originais sobre alquimia sobreviveram, o mais notável entre eles o papiro Estocolmo e papiro X Leyden datados de 300-500 a.c. Eles continham receitas para tingir e fazer pedras artificiais, limpeza e fabricação de pérolas e fabricação de imitações de ouro e prata (Linden, 2003). Todos estes escritos não possuem os elementos filosóficos místicos da alquimia, mas contêm os trabalhos de Bolus de Mendes, que alinhavam essas receitas com o conhecimento teórico de astrologia. Entre o tempo de Bolus e Zosimos, ocorreu á mudança que levou fez a metalurgia desdobra-se e originar o hermetismo (Linden, 1996).
Alexandria era um ambiente propício ás práticas místicas como o pitagoreanismo (em referência a Pitagoras, que era envolvido em atividades esotéricas e proféticas), o platonismo, estoicismo e gnosticismo que ajudaram a dar origem a alquimia. Outro elemento importante na raiz da alquimia foi a influencia da filosofia grega, originada por Empédocles e desenvolvida por Aristóteles, era a tese de que todas as coisas no universo eram formadas a partir de somente quatro elementos: terra, ar, água e fogo. De acordo com Aristóteles, cada elemento tinha uma esfera à qual pertencia e a qual retornaria se fosse perturbada (Lindsay, 1970). Os quatro elementos do grego eram principalmente aspectos qualitativos da matéria – não quantitativos – como são nossos elementos modernos. A alquimia nunca considerou de fato a terra, fogo, água e ar como substâncias químicas ou corporais no sentido atual da palavra. Para os alquímicos, estes elementos são simplesmente as qualidades primárias e mais gerais por meio das quais o amorfo e a substância puramente quantitativa de todos os corpos revela-se de forma diferenciada (Burckhardt, 1967). Os alquimistas mais recentes desenvolveram extensivamente os aspectos místicos desse conceito.
A alquimia coexistiu com cristianismo emergente. Lactâncio (240-320) acreditava que Hermes Trismegisto havia profetizado seu nascimento. Santo Agostinho mais tarde afirmou isso nos séculos IV e V, mas também condenou Trismegisto pela idolatria (Fanning, 2009). Exemplos de alquimistas pagãos, cristãos e judeus podem ser encontrados durante todo este período. A maioria dos alquimistas greco-romanos que precedem os Zósimos é conhecida apenas por pseudônimos (Moisés, Isis, Cleópatra, Demócrito e Ostanes). Outros autores, como Komarios e Chymes, são conhecidos somente por fragmentos de texto. Após os anos 400, muitos escritores alquímicos se dedicaram a comentar trabalhos dos predecessores (Sherwood, 1951). Na metade do século VII, a alquimia era uma disciplina quase inteiramente mística (Debus, 2004). Nesta época Khalid Ibn Yazid (655-704) auxiliou a migração da alquimia de Alexandria para o Império Islâmico (como vimos acima), facilitando a tradução e preservação de textos alquímicos gregos nos séculos VIII e IX (Brown et al, 1999). Posteriormente, ela volta a Europa. Com o movimento cruzadista, na Baixa Idade Media, a alquimia entrou em contato com os europeus.
Alguns pesquisadores datam precisamente a introdução da alquimia para a Europa no dia 11 de fevereiro de 1144, com a conclusão da tradução de Robert de Chester do livro árabe “Book of the Composition of Alchemy”. Embora os artesãos e técnicos europeus tenham preexistido, Robert observa em seu prefácio que a alquimia era desconhecida na Europa Latina no momento da sua escrita. A tradução de textos árabes sobre inúmeras disciplinas, incluindo a alquimia, floresceu no Toledo (Espanha) do século XII, através de contribuidores como Gerard de Cremona (1114-1187) e Adelard de Bath (1080-1152) (Holmyard, 1957). As traduções da época incluíram o “Turba Philosophorum”, e as obras de Avicena (980-1037) e Al-Razi (854-925). Estes trouxeram muitas palavras novas ao vocabulário europeu para o qual não havia nenhum equivalente latino anterior. Álcool, carboy, elixir e athanor são exemplos (Holmyard, 1957).
Teólogos contemporâneos avançaram com suas traduções na tentativa de reconciliar a fé e o racionalismo experimental, após a Europa receber um fluxo de informação científica e alquímica proveniente do Impéro Islâmico. Santo Anselmo (1033-1109), do século XI, defendeu a opinião de que a fé e o racionalismo eram compatíveis e encorajavam o racionalismo em um contexto cristão. No início do século XII, Peter Abelard (1079-1142) seguiu o trabalho de Anselmo, estabelecendo toda a infra-estrutura conceitual para a aceitação do pensamento aristotélico antes que as primeiras obras de Aristóteles tivessem chegado ao Ocidente. No início do século XIII, Robert Grosseteste (1175-1253) usou os métodos de análise de Abelard e adicionou o uso de observação, experimentação e conclusões ao realizar suas pesquisas científicas e estabelecer alguns princípios básicos do método científico e experimentação. Grosseteste também fez muito trabalho para reconciliar o pensamento platônico e aristotélico (Hollister, 1990).
Durante os séculos XII e XIII, o conhecimento alquímico na Europa permaneceu centrado nas traduções e as novas contribuições latinas. Os esforços dos tradutores foram sucedidos pelos enciclopedistas. No século XIII, Albertus Magnus (1200-1280) e Roger Bacon (1214-1292) foram importantes para divulgar e explicar o conhecimento alquimico recentemente importado de concepções aristotélicas (Read, 1995). Albertus Magnus era um monge dominicano, conhecido por ter escrito obras como o “Livro dos Minerais” onde comentou sobre as ideias místicas-esotéricas alquímicas envolvendo Hermes, Demócrito e alquimistas menos conhecidos. Albertus comparou-os criticamente com os escritos de Aristóteles e Avicena, onde se referiam à transmutação de metais. Mais de 28 vias alquímicas para diversos objetivos foram atribuídas a ele, uma prática comum que lhe deu uma reputação de alquimista (Weisheipl, 1980). Da mesma forma, muitos textos alquímicos foram atribuídos ao seu aluno, Thomas de Aquino (1225-1274).
Roger Bacon, um monge franciscano que escreveu sobre uma gama enorme de temas (ótica, linguística comparada e medicina), compôs o seu “Opus Majus” (Grande Trabalho) para o Papa Clemente IV como parte de um projeto de reconstrução do currículo universitário medieval para incluir o novo aprendizado de seu tempo. Enquanto a alquimia não era mais importante para ele do que outras ciências, não produziu obras alegóricas sobre o assunto.
Bacon, considerou e a astrologia como parte importante da filosofia natural e da teologia, dando contribuições sobre as conexões da alquimia para a soteriologia teologia cristã (estudo de doutrinas religiosas da salvação). A contribuição de Bacon não era só alquimia, mas dissertações sobre moralidade, salvação e prolongamento da vida. Em correspondências com Clemente destacou isso, observando a importância da alquimia para o papado (Brehm, 1976). Como os gregos antes dele, Bacon reconheceu a divisão da alquimia em esferas práticas e teóricas. Ele observou que os aspectos teóricos estavam fora do alcance de Aristóteles, dos filósofos naturais e todos os escritores latinos de seu tempo. No quesito prático, no entanto, confirmou o experimento de pensamento teórico, e Bacon defendeu o uso da alquimia nas ciências naturais e na medicina (Holmyard, 1957).
Logo após Bacon, o influente trabalho de Pseudo-Geber (identificado como Paulo de Taranto) foi o representante europeu da alquimia devido sua obra “Summa Perfectionis”, um resumo básico da prática e teoria alquímica através dos períodos medieval e renascentista. Destaca-se pela inclusão de operações químicas práticas ao lado da teoria sulfuro-mercúrio (Holmyard, 1957). No final do século XIII, a alquimia havia se transformado em um sistema bastante estruturado de crença. Os adeptos acreditavam nas teorias de macrocosmos e microcosmos de Hermes, ou seja, acreditavam que os processos que afetam os minerais e outras substâncias poderiam ter um efeito no corpo humano (por exemplo, se alguém pudesse aprender o segredo da purificação do ouro, poderia usas a técnica para purificar a alma humana).
Os alquímicos passaram a acreditar que os quatro elementos e as quatro qualidades descritas acima tinham a capacidade de uma forte tradição de tapar suas idéias escritas em um labirinto de jargões codificados configurados com armadilhas para enganar os não-iniciados. Experimentaram ativamente produtos químicos, fizeram observações e especularam sobre o funcionamento do universo. Toda filosofia alquímica girava em torno de sua crença de que a alma do homem estava dividida dentro de si mesmo após a queda de Adão. Ao purificar as duas partes da alma do homem, o homem poderia se reunir com deus (Burckhardt, 1967).
No século XIV, a alquimia tornou-se mais acessível aos europeus fora dos confins dos clérigos e estudiosos de língua latina. O discurso alquímico passou do debate filosófico acadêmico para um comentário social exposto sobre os próprios alquimistas (Nummedal, 2007). Dante (1265-1321), Piers Plowman (por volta de 1370) e Chaucer (1343-1400) pintaram imagens de alquimistas infelizes. O Papa João XXII publicou em 1317 a Spondent quas non exhibent proibindo as falsas promessas de transmutação feitas por pseudo-alquimistas (Hines et al, 2010). Em 1403, Henry IV da Inglaterra proibiu a prática de multiplicação de metais (embora tenha sido possível comprar uma licença para tentar fazer ouro alquimicamente) (Geoghegan, 1957). Essas críticas e regulamentos centraram-se mais em torno do charlatanismo pseudo-alquímico do que o estudo real da alquimia, que continuou com um tom cada vez mais cristão. O século XIV viu as imagens cristãs da morte e ressurreição empregadas nos textos alquímicos de Petrus Bonus (1417-1497), Joan de Rupescissa (1310-1362), e em obras escritas em nome de Raymond Lull (1232-1316) e Arnold de Villanova (1235-1311) (DeVun, 2009).
Nicolas Flamel (1340-1418) foi um conhecido alquimista, mas um bom exemplo de pseudepigrafia, a prática de dar a suas obras o nome de outra pessoa, geralmente mais famosa. Embora o histórico Flamel existisse, os escritos e as lendas atribuídos a ele só apareceram em 1612 (Linden, 2003). Flamel não era um erudito religioso como muitos de seus predecessores, e todo o seu interesse no assunto girava em torno da busca da pedra filosofal. Suas obras descrevem muitos processos e reações, mas nunca dá a fórmula para a realização das transmutações. A maioria do seu trabalho visava reunir o conhecimento alquímico que existia antes dele, especialmente quanto à pedra filosofal (Burckhardt, 1967). Nos séculos XIV e XV, os alquimistas eram muito parecidos com Flamel: concentraram-se em procurar a pedra filosofia. Bernard Trevisan (1406-1490) e George Ripley (1415-1490) fizeram contribuições similares. Suas alusões e simbolismos crípticos levaram a grandes variações na interpretação da arte.
Conclusão
Tendo seu auge entre os séculos XIV e XVI, a alquimia teve suas origens no Egito Antigo. Na cidade de Alexandria, centro de conhecimento erigido pelo imperador Alexandre, reuniam-se escritos de uma antiga técnica egípcia chamada kyniâ. Essa técnica egípcia envolvia o domínio dos processos químicos de embalsamamento e a manipulação de metais. Entrando em contato com a sabedoria grega, a kymiâ passou a considerar que toda matéria era constituída por quatro elementos básicos: terra, ar, água e fogo (Historia do Mundo).
Mesmo a alquimia sendo uma pseudociência, era bastante diversificada durante sua ocorrendia na Europa ou mesmo na Ásia. As práticas alquímicas foram importantes no desenvolvimento de muitos elementos importantes na ciência – em especial na física e na química. Vale destacar que não havia uma distinção entre ciência religião, misticismo, esoterismo e filosofia. O que atualmente discutimos em filosofia (em especial a filosofia da ciência) é que espistemologicamente não havia um critério de separação entre ciência e não-ciência.
Assim, Geber e tantos outros árabes fizeram alquimia pensando nas questões místicas, esotéricas, religiosas abrindo discussões filosóficas e propondo experimentos que pudessem transmutar elementos. Mesmo na Europa onde o uso da alquímica foi muitas vezes feito como tentativa não só mística e esotérica, mas como forma de tentar entender o modo como deus havia criado o cosmo não tinha uma separação da ciência e da filosofia. Por esta razão, Giordano Bruno ao se envolver com o hermetismo e cabala acabou sendo queimado vivo pela igreja Católico, uma vez que por ser clérigo estava sob a tutela do Tribunal do Santo Oficio.
Na Europa não havia o critério hoje de separação entre o que é científico e o que é religioso. A imensa maioria dos pensadores, de grandes nomes da filosofia da ciência, cientistas e livres pensadores (mesmo aqueles iluministas que questionaram a religião e lutaram por uma educação secularizada) faziam ciência a partir de motivações claramente religiosas.
A alquimia se torna uma pseudociência porque mistura misticismo e esoterismo (elementos não experimentáveis) com aspectos ligados a matéria. Historicamente, o ponto que marca o fim da alquimia e início da química foi dado por um alquímico, Robert Boyle, ao escrever “The Skeptical Chymist” (1661) criticando os 4 elementos de Aristóteles, marcando a origem da química como algo ciência, sustentado a partir da experimentação.
Quando a alquimia passou a ser condenada como uma atividade prática de bruxaria, a intolerância religiosa pautou esta repulsa. A ignorância da época em não saber que não seria possível transmutar elementos custou muitas vidas. Genuinamente, a alquimia tem duas formas básicas: primeira, a exploração a respeito da transformação de matéria como vimos aqui, porém, ao recorrer a aspectos esotéricos e místicos era considerada – em algumas práticas – como magia (magicka) e, portanto, considerado bruxaria. A magia era um dos campos de atuação da Inquisição; o culto a superstição, sortilégio, alquimia eram considerados em certas situações como culto e pactos com o demônio. A legislação católica reprimia-os punindo de modo moderado pelo tribunal eclesiástico, e posteriormente com a morte pela justiça leiga.
Mesmo com a instauração da química a partir do suporte empírico muitas teses suportadas como fatos conduziram a conclusões erradas, como é o caso do ar flogisticado.
Na Ásia em geral e na Índia, muitas práticas analogamente alquímicas ainda persistem por diversos motivos. Obviamente que não o fazem buscando a pedra filosofal ou a transmutação de elementos, mas na tradição Oriental há certa dificuldade de separar filosofia de religião. No entanto, há um grande interesse por práticas de meditação, medicinais, (como é o caso da acupuntura – embora esta seja considerada uma pseudociência) alguns preparados medicinais tradicionais milenares são mantidos. Na filosofia Ocidental há uma clara separação entre filosofia e religião, na Oriental não – vide o caso do budismo. Então, apesar da prática alquímica ão existir mais, esta tradição do uso de soluções e preparados milenares pode ter sido influenciada por questões alquímicas antigas.
Curiosamente os objetivos da alquimia continuam preservados na ciência atual. Sabemos que a única forma na qual um elemento da tabela periódica pode transformar-se em outro é a partir da fusão ou fissão nuclear. Alternando a quantidade de prótons do núcleo dos elementos conseguimos “transmuta-lo” para outro. A biologia busca estudar mecanismos moleculares e genéticos que permitam não só aumentar a expectativa de vida do ser humano, mas também busca a criação de vida artificial e até mesmo da consciência.
Isto não significa que a ciência cumpre um papel místico-esotérico, mas que os objetivos buscados na alquímica parecem transcendê-la e ser algo desejado pelo homem. A prática alquímica foi então, uma forma de tentar alcançar estes desejos ou curiosidades. O elemento mobilizador da busca pelo conhecimeto continua, a ciência é utilizada como critério e como prática, e não mais os elementos místicos e religiosos para uma vida longa, uma vida artificial ou transmutar os elementos.
Victor Rossetti
Palavras chave: NetNature, Rossetti, Alquimia, Ìndia, China, Império Islâmico, Europa Medieval.
Referências
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Século XVIII
Uma Ciência que apresentou grande evolução e desenvolvimento no século XVIII foi a Química. Nesse século, ela deixou de ser diretamente relacionada com a alquimia, farmácia e medicina, passando a ser uma ciência da natureza principalmente em razão do tratado elementar da química proposto por Antoine Lavoisier.
O tratado elementar da Química proposto por Lavoisier no ano de 1789 tornou-a realmente uma ciência porque promoveu e determinou um caráter quantitativo para todo e qualquer experimento. Em seu tratado, Lavoisier propôs que existia em todas as combustões uma matéria que compunha o ar que seria determinante para que as reações de queima ocorressem, derrubando, assim, a teoria do flogístico.
Muitos foram os estudiosos que contribuíram para o desenvolvimento da Química no século XVIII, principalmente no que tange à escrita do tratado elementar de Lavoisier, como:
Henry Cavendish foi um químico que realizou experimentos em que ele misturava metais com alguns ácidos. Isso resultou na produção do gás hidrogênio, que foi isolado e estudado em seguida.
Robert Boyle estudou os gases e publicou a origem e o peso do ar, em que apresentou a lei da compressibilidade dos gases. Realizou também estudos sobre o calor, eletricidade e magnetismo.
Joseph Priestley foi um químico que desenvolveu de forma acidental as chamadas bebidas carbonadas (presença do gás carbônico). Priestley descobriu que esse gás, intitulado por ele de ar fixo, era capaz de extinguir as chamas de uma combustão. Além disso, ele conseguiu também isolar e trabalhar com vários gases, como o dióxido de nitrogênio, óxido nitroso, dióxido de carbono, hidrogênio, monóxido de carbono e dióxido de enxofre.
Curiosidade: Muitos dos químicos do séc. XVIII foram chamados de pneumáticos em razão dos intensos e constantes trabalhos om gases.
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ROVER INDIANO FAZ PRIMEIRO ESPECTRO DO POLO SUL LUNAR E VAI ATRÁS DO HID...
VEM FAZER PÓS-GRADUAÇÃO COM O SPACE TODAY: https://academyspace.com.br/ COMO FOI MEU LEG DAY COM O BAPTISTA!!! https://www.youtube.com/watch?v=9w6ACwPD9MA&t=85s VOTE NO SPACE TODAY NO PRÊMIO IBEST: https://app.premioibest.com/votacao/cultura-curiosidades ECLIPSE ANULAR DO SOL!!! https://spacetoday.com.br/eclipse23/ O instrumento de espectroscopia de ruptura induzida por laser (LIBS) a bordo do Chandrayaan-3 Rover fez as primeiras medições in-situ da composição elementar da superfície lunar perto do pólo sul. Estas medições in-situ confirmam inequivocamente a presença de Enxofre (S) na região, algo que não era viável pelos instrumentos a bordo dos orbitadores. LIBS é uma técnica científica que analisa a composição de materiais expondo-os a intensos pulsos de laser. Um pulso de laser de alta energia é focado na superfície de um material, como uma rocha ou solo. O pulso de laser gera um plasma extremamente quente e localizado. A luz de plasma coletada é resolvida espectralmente e detectada por detectores como Charge Coupled Devices. Como cada elemento emite um conjunto característico de comprimentos de onda de luz quando está no estado de plasma, a composição elementar do material é determinada. Análises preliminares, representadas graficamente, revelaram a presença de Alumínio (Al), Enxofre (S), Cálcio (Ca), Ferro (Fe), Cromo (Cr) e Titânio (Ti) na superfície lunar. Outras medições revelaram a presença de manganês (Mn), silício (Si) e oxigênio (O). Uma investigação completa sobre a presença de Hidrogênio está em andamento. A carga útil LIBS é desenvolvida no Laboratório de Sistemas Eletroópticos (LEOS)/ISRO, Bengaluru. #CHANDRAYAAN3 #MOON #UNIVERSE
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▪LISTA DOS QUE VÃO PASSAR A ETERNIDADE NO LAGO DE FOGO E ENXOFRE▪ •Desde os primórdios da Humanidade os mistérios do pós morte tem intrigado seres humanos de diversas épocas, crenças e culturas, porém como falar de algo que até então é desconhecido? •Só mesmo quem viveu, enfrentou e prevaleceu após a morte pode discorrer com autoridade acerca deste tema tão intrigante, razão pela qual a fé no Senhor Jesus faz clarear o entendimento dos que creem tornando possível a compreensão do que ocorre após o último suspiro em vida. •O Texto Sagrado, como um farol que orienta o navegante, não permite qualquer resquício de dúvida acerca da realidade espiritual: “Os tíbios, os infiéis, os depravados, os homicidas, os impuros, os maléficos, os idólatras e todos os mentirosos terão como quinhão o tanque ardente de fogo e enxofre, a segunda morte.” (Apocalipse 21.8, acf). ▶OS TÍBIOS: Os principais dicionários registram a definição desta palavra como sendo algo “Levemente aquecido; nem quente nem frio; tépido, morno. Sem força, entusiasmo, vigor; desanimado, frouxo, fraco: tíbio no desempenho de suas funções”, Trata-se então dos mornos na fé: aquelas pessoas que não são nem quentes e nem frias, aparentemente não estão no mundo porque frequentam uma igreja, no entanto não estão salvas porque ainda não abandonaram a vida de erros e pecados. ▶OS INFIÉIS: Basicamente a fidelidade, em resumo, caracteriza a ruptura da palavra empenhada em prol de algo ou alguém. Deus trabalha com a Sua Palavra, portanto como poderia admitir entrar em Aliança com um infiel? Essa fidelidade vai desde os dízimos e ofertas (Malaquias 3.10), até os princípios elementares da vida, como o testemunho comportamental (1 João 2.6). ▶OS DEPRAVADOS: Ela vem do Latimdepravare, “distorcer, desfigurar, corromper”. Faz referência a todos que um dia conheceram a fé, foram transformados por meio da Palavra de Vida, mas, por uma razão ou outra, desprezaram a comunhão com Deus, resistindo a voz do Espírito Santo, desfiguraram o Seu caráter que lhes havia sido confiado e corromperam os bons costumes da fé salvífica. ▶HOMICÍDAS: Trata-se daquele que usa da práticas de homicídio, isto é, que destrói, de forma voluntár (em Osasco Igreja Universal Catedral)
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