Tumgik
#meu filho. toca samba
vilevampire · 1 year
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JAZZ TOCA SAMBA
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meusogro · 6 hours
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Sozinha com o meu Sogro
Olá! Meu nome é Janice, tenho 36 anos e sou casada com Felipe desde os 25 anos. Felipe é um cara legal mas, na maioria das vezes, é grosso e rude com os outros. O que me deixa com raiva, pois eu sou exatamente o contrário disso.
Ele trabalha numa empresa muito grande, então temos uma boa condição de vida. Nos conhecemos quando eu era enfermeira. Cuidei dele quando ele sofreu um acidente de carro. Quando ele já estava bom, me chamou para sair e eu fui. Começamos a namorar e, em pouco tempo, veio o casamento.
Felipe, mesmo com sua grosseria com os outros, é um cara interessante. Tem bom papo, é extrovertido, bem bonito por sinal. Eu, modéstia a parte, sempre chamei a atenção dos homens, seja no hospital, na rua, na academia…
Ruiva natural, olhos azuis e pele branca. O que chama a atenção em mim são meus seios. Quem já os viu costuma falar que são as coisas mais lindas. Corpo magro, pernas grossas e uma bunda redondinha bem durinha.
= X =
Quinta feira amanhecia e Felipe já estava se arrumando para o trabalho.
– Amor, você já consertou o chuveiro do quarto de hóspedes? – Agora não, Janice, droga! – Felipe me respondeu no seu modo rude, quando o telefone toca. – Alô? Sim, Felipe aqui. Tá bom, obrigado doutor… – O que houve agora? – pergunto preocupada. – O idiota do meu pai quase morreu…
Pergunto se ele estava bem e meu marido me responde que não houve nada grave, que apenas machucou as costas, mas que alguém deveria cuidar dele. Pergunto como, visto que ele ia viajar na manhã seguinte. Sobrou pra mim…
Na manhã seguinte, depois da minha corrida matinal, vejo seu Ronaldo saindo do carro de Felipe. Ele veio me cumprimentar, com seu charme de sempre. Meu sogro era um idoso muito charmoso. Branco, olhos azuis, careca e sempre bem vestido. Com certeza chamava atenção das coroas. Felipe se despede e Ronaldo avisa que vai para o quarto de hóspedes.
À noite, deduzo que Ronaldo deveria estar com fome, então faço uma sopa rápida e vou lhe entregar. Ele, carinhoso como sempre foi, pede para colocar em cima da mesinha ao lado da cama. Antes de eu ir, ele me pede um favor.
– Janice, sei que é um pouco embaraçoso, mas devido a minha lesão, não consigo me movimentar muito bem. Você poderia me dar um banho? Felipe me contou que você já foi enfermeira… – É, eu era sim, antes de me casar com seu filho…
Saio do quarto para pegar um balde com água e uma toalha. Quando volto, Ronaldo havia caído no sono. Começo a tirar sua roupa e me surpreendo. Para um senhor de 60 anos, ele estava em ótima forma física. Tiro mais o cobertor para limpá-lo e seu pau imenso pula pra fora. Branco, veiudo, com a cabeça rosada…
Fiquei encarando por um tempinho. Percebi que estava “babando” com pré-gozo, então passei o dedo para limpar e, num instinto, lambi. O deixei só de samba-canção e fui tomar um banho quente. “Não acredito que fiz aquilo… Foi tão errado… Mas foda-se, Felipe nunca saberá disso. Mas a imagem daquele pênis não sai da minha cabeça… Duro, latejando… Droga Janice, se controla. É só mais um pênis, dentre os milhares que você já viu quando era enfermeira… Mas esse foi o maior e mais grosso…”
Estava excitada enquanto pensava. A água quente do chuveiro escorria pela minha vagina, me levando ao orgasmo em poucos minutos. Saí do chuveiro com as pernas bambas… Já no quarto, deitada, ouço Ronaldo bater na porta. Mando ele entrar.
– Ei Janice, espero não ter te acordado. – Sem problemas, o que houve agora? – Ainda me sinto um pouco sujo. Mas, depois do remédio que você me deu, acho que consigo me banhar sozinho. Se importa se eu usar seu chuveiro? O do quarto de hóspedes está ruim…
“Droga Felipe, um dia eu te mato”. Ronaldo entrou, tomou seu banho e disse que se sentia sozinho lá no quarto, então o autorizei a dormir em minha cama. E ele ainda por cima tava cheiroso… “Por que estou fazendo isso?”
– Está usando um perfume muito bom, Janice… – Ronaldo disse, se aproximando. – Mas eu não estou nenhum… Droga, por favor, não faça isso…
“Como eu sou idiota…”. Olho para baixo e lá estava novamente a enorme protuberância de Ronaldo. “Oh Deus, isso de novo… Tão duro…” Estava perdida e já totalmente controlada por ele, que beijava meu pescoço e mordiscava minha orelha.
– Pera… Ronaldo… Acho que deveríamos parar… – Bem, se é isso que você quer… Mas antes, que tal… Você dar uma espiadinha?
Fiquei sem reação e sem palavras, então ele interpretou como um sim. Tirou sua cueca e aquele monstro pulou para fora, sem pestanejar. Segurei em sua piroca e a fiquei encarando, com ar de admiração. Não demorou muito para que eu já estivesse com a boca ao redor da rola de Ronaldo.
Chupei com vontade, com tesão de quem não transava há tempos. “Esse pau é incrível, puta merda…”. Depois, Ronaldo tirou minha blusa e meus enormes seios brancos com mamilos rosados. Montei em cima dele, que começou a chupar, me levando ao êxtase.
– Que boca gostosa, seu Ronaldo. Mama neles, mama… – Taí uma coisa que meu filho herdou de mim: eu amo peitos brancos e grandes…
Nos beijamos na boca e ele começou a roçar seu pau na minha bunda. Ronaldo, então, tirou meu short e me colocou de 4, abrindo minha bunda e lambendo minha buceta, que estava encharcada. “Esse velho bastardo… O filho dele nunca me excitou tanto assim… essa língua, tá tão boa no meu cuzinho e na minha buceta…”
Ronaldo me deitou de costas para o colchão e abriu minhas pernas.
– O que está fazendo? – Você sabe muito bem o que eu vou fazer… – ele respondeu, direcionando seu pau para a entrada da minha xota. – Acho que não vai caber. É enorme… – Ah, vai caber sim… – Ronaldo só enfiou, me fazendo gritar de prazer. Foi metendo rápido e forte até ele parar. – O que houve? Fiz algo de ruim? – Não, é que eu quase gozei… Só que vamos nos divertir mais…
Ele me virou de 4, empinei minha bunda e ele voltou a meter, no mesmo ritmo de antes.
– Isso, come sua puta. Mete esse pau inteiro, arromba minha xana, caralho… – eu gritava e gemia, enquanto ele tirava e colocava sua piroca da minha buceta. – Ah, caralho, eu vou gozar, seu Ronaldo… – Ah, não vai não… – ele falou, parando de meter. – Desgraçado, eu tava quase lá… – Paciência, querida. Agora empina esse rabão pra mim, empina… – Ah, você gosta disso né, velho tarado… – Eu amo isso…
Empinei meu rabo e ele abriu minha bunda. Pisquei meu cuzinho e ele começou a deslizar seu pau entre minhas nádegas. Ficou esfregando lá por um bom tempo…
– Acho que deveríamos tentar uma coisa… O que acha? – Não sei, Ronaldo. Parece bom, mas nunca experimentei. Felipe sempre disse que era nojento… – Mas que? Meu filho é um viado mesmo. Isso seria a última coisa que eu diria dessa bunda perfeita…
Nem tive tempo de responder e Ronaldo foi enfiando devagar no meu cu até entrar tudo. Foi estocando forte e rápido no meu cuzinho, enquanto eu gemia alto. Tava bom pra caralho aquela transa com Ronaldo, mil vezes melhor que com Felipe. Falando no corno, ouço meu telefone tocar…
– Merda, tenho que atender. É o Felipe! – Ué, você pode atender. Mas minha rola não sai desse cuzinho… – Você é tão mal, sabia?
Atendi o telefone, enquanto Ronaldo não parava de bombar.
– Oi querido, o que foi? – Oi amor, só liguei pra saber se tá tudo bem… – Tá certo… Tá tudo bem por aqui… – coloquei o celular do meu lado na cama, ativei o viva-voz, apoiei meu braços no colchão e só senti meu sogro bombar cada vez mais forte, enquanto eu falava com meu marido. – Vai querer que eu volte amanhã para te ajudar com meu pai? – Sim… isso… – Ronaldo meteu forte e eu esqueci que tava no telefone… – Como é, amor? – Não… quero dizer, não precisa…
Depois, Ronaldo me pegou na posição “full nelson”, continuando no anal.
– Você tá tão estranha… Não tá ficando doente, né? – Tão quente… – disse, enquanto sentia o caralho de Ronaldo entrando e saindo do meu cu. – Então tá com febre? Porra Janice, bem agora? Olha, vou ter que ficar por mais alguns dias. E eu sei que meu pai é um pé no saco, mas… – Até que ele não é não… – Ainda bem que vocês se deram bem…
Acabei gozando conforme Ronaldo foi metendo no meu cu, então eu dei um grito. Só que mais uma vez eu esqueci que estava falando no telefone. Felipe me perguntou o que havia acontecido e eu disse que um rato tinha entrado. – Isso Ronaldo, bate nele com o pau. Bate forte, Ronaldo…
Não demorou muito para ele gozar dentro do meu cu. Só sentia jatos e jatos de porra inundarem meu ânus. Fiquei acabada na cama, só vendo embaçadamente meu sogro sair do quarto.
– Janice? O que aconteceu? Meu pai matou o rato? – Aham, amor… ele acabou com o rato…
Não foi só com o rato que ele acabou não…
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morningstars1year · 4 years
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Há pouco mais de 365 dias eu te encontrei. De certo que seria difícil, afinal, não nos amávamos, era mais ódio e ranço do que qualquer outra coisa.
Lembro-me de quando me peguei pensando em você e me repreendi por conta das circunstâncias. Não achava que éramos pra ser, muito menos que daríamos certo: Eu, ariana, impaciente, ex melhor amiga da sua ex mulher. Você, pisciano lento, ex marido da minha ex melhor amiga. Sinceramente, quem levaria isso a sério? Nós levamos.
Depois de um tempo eu fui tão clara contigo, sobre querer estar contigo, e tu achando que eu estava brincando...Até que decidiu também dar uma chance pra gente.
Confesso que quando começamos a ficar eu não colocava fé. Não acreditei que duraria pelo simples fato de vivermos tão diferentemente: Eu envolvia of, não fazia ação, nunca tive família no fake a não ser no Orkut, e você era tudo contrário. Eu estava em uma fase livre demais, mas você me aconchegou, acabei me rendendo.
Como eu sempre digo, a nossa história é a minha favorita do mundo, porque realmente além de inesperada é muito bonita.
Conquistar você, ser conquistada, nos cuidarmos respectivamente, foi difícil porém extremamente gostoso.
Começamos a namorar, vivemos momentos lindos, tivemos três filhos lindos, casamos, e aqui estamos, um ano depois, comigo tentando te explicar em palavras o que sinto e como você é especial.
Eu sempre busquei alguém compreensível, paciente, respeitador, e você veio com tudo isso, com um toque de ciúme e ironia. Você me cuida, me protege, me faz sentir segura e amada. Você me faz feliz.
Passamos por um término horrível nesse um ano e eu não quero passar por isso nunca mais. Não sei, realmente, como viver sem você.
Eu não pensei que encontraria alguém que me ama e me deixa livre, amor, antes, parecia aprisionar, e você me mostrou que não é assim, que amor é liberdade, mas ter um ninho. Nunca tive um lar, porém em você eu encontrei. Seu abraço é meu lar. Ser sua é meu lar.
Encontro em ti meu abrigo. És meu amigo, melhor amigo, companheiro, confidente, marido, amante, pai dos meus filhos.
Não poderia ter escolhido alguém melhor. Meu corpo ainda fica em chamas - aliás, cada vez mais - quando me toca, ainda sinto borboletas pelo estômago e a escola de samba no meu coração. Minhas pernas tremem com você, meu corpo se arrepia com teus dedos e beijos, teu cheiro me encanta, tua voz me deixa alucinada, sinto-me ainda mais vulnerável a você, diariamente.
Te escolhi e aceitei ser tua mulher sabendo dos teus defeitos e me apaixonando pros eles. Te escolho todos os dias e não me arrependo em nenhum deles.
Você transformou tudo que era preto e branco em colorido, iluminou minha alma, transbordou meu ser, colocou tudo de cabeça pra baixo e organizou da melhor forma que poderia.
Tudo contigo é diferente, gostoso e memorável. Conversar contigo o dia todo, ou um simples “oi” muda meu dia, ficarmos grudadinho por horas, fofocar, trocar receitas, dividir a vida...É incrível!
Queria mesmo saber o que me faz ser tão presa a você, mas só consigo pensar em amor. Sou apaixonada em você, no seu beijo, no seu corpo, no seu cheiro, no seu toque. Louca pela sua voz, por você.
Você tirou a graça de todos os outros do mundo, quero viver a vida com você; essa e todas as outras!
Sou completamente apaixonada e rendida a você.
Te transbordo!
Com muito amor,
Sua mulher.
19.09.2020
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opensar · 4 years
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“A liberdade está acima da vida”
Um documentário, ainda na época do videocassete, se tornou muito conhecido nas escolas, faculdades, movimentos sociais e ambientais, a partir do ano 1989. O filme de Júlio Furtado, narrado por Paulo José, contava a história de um tomate, desde seu plantio até a chegada na mesa das famílias, passando por toda a sua cadeia produtiva, para, em seguida, terminar em um lixão – ainda não havia o conceito de aterro sanitário, como ainda hoje em várias partes eles não existem. Lixão esse que era chamado de Ilha das Flores e que nele coexistiam, além do lixo, famílias e porcos. A ideia subjacente ao filme é mostrar o quanto porcos em um lixão tinham prioridade na aquisição de alimentos apodrecidos, que famílias inteiras, mesmo essas sendo diferentes dos animais, por possuírem o polegar opositor, o telencéfalo altamente desenvolvido e a liberdade. Liberdade? Sim, pois os porcos possuíam donos e as famílias não tinham nem donos... e nem dinheiro. O que é liberdade, então? Como diria Cecília Meirelles, citada no final do filme, liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, não há ninguém que explique e ninguém que não entenda.
Ainda que os antigos gregos já asseveravam diferentes concepções para a liberdade e o livre arbítrio, prova disso é a própria origem do pensamento filosófico (depois, científico), em oposição ao pensamento mítico, a ideia de liberdade ganha grande destaque mesmo a partir do liberalismo clássico, com o famigerado laissez-faire, do século 19, que se notabilizou por ser uma filosofia política cuja doutrina econômica principal era a defesa da liberdade individual, a limitação do poder do estado pelo critério da lei, destacando a igualdade de todos perante a lei, o direito de propriedade e a livre iniciativa. Essa esboçada radiografia tem por finalidade mostrar como, de fato, o liberalismo, de alguma forma, se tornou traço característico da sociedade moderna e capitalista. A sociedade dos fluxos de mercadorias e, secundariamente, dos fluxos migratórios. Não cabe aqui destrinchar a fundo esse período, apenas demonstrar que o desdobramento a isso se deu com o neoliberalismo, já no século 20, que diminuiu ainda mais as ações do estado, elegeu o mercado como praticamente uma figura mítica, acima de tudo, como inclusive o organizador das relações humanas e sociais.
Com a chegada do século 21, mercadorias e pessoas vão perdendo espaço para os dados, para as informações, que ocupam bem menos espaço e são transportados de forma mais rápida. Agora, não apenas mercadorias, pessoas e informações dão a volta no planeta numa velocidade como nunca se viu antes, os patógenos assim também o fazem. O mundo unido pela globalização econômica e financeira, continua dividido pelas desigualdades sociais, que não deixaram de existir. Desigualdades sociais estão absolutamente associadas às desigualdades de oportunidades e de saúde, cabe dizer, que o neoliberalismo cisma em não querer as resolver. Nesta nossa época, cada vez mais se produz conhecimento, sem isto querer dizer que é sempre um conhecimento voltado para o desenvolvimento humano ou que todos tenham acesso a ele e aos seus benefícios. A agenda neoliberal não tem pessoas e políticas sociais como prioridade, são vários os exemplos que atestam a afirmação. O limite orçamentário com o teto de gastos sociais e de saúde, em meio a uma pandemia, precedida por uma crise econômica, são um destes.
Em relação às mídias e a informação, mesmo com todo o rebuliço ocasionado pelo espalhamento das redes sociais, em especial na última década, em quantidade, principalmente, permanecem no Brasil cinco, seis famílias dominando praticamente toda a mídia do país, onde já não é de hoje que se relativiza, nessas condições, que a opinião pública na verdade passa a ser a opinião publicada e, muitas vezes, compreendida como fato inconteste, sem chance de questionamento. Só não contávamos que os últimos anos seríamos apresentados meio que sem entendermos muito bem, de início, o tempo da pós-verdade, que de alguma forma, parece escrever em tintas indecifráveis, a pós-história. O que marca esse contexto são as narrativas feitas não para se opor a outras narrativas, mas para desqualificar e destruir a outra, com um detalhe: com a utilização de notícias ou falseadas ou inventadas. Coube no meu discurso, vou atingir quem eu quero com ele, não importa que não seja fato verdadeiro. Que amanhã teremos por vir, dessa forma?
Amanhã, não sabemos, ainda está na lógica do devir, do vir a ser. No entanto, o que temos para hoje já é algo que chama bastante atenção, e chamará por muito tempo, pelo menos, aos que se debruçarem sobre a nossa história: o bolsonarismo. Não farei aqui nenhuma anatomia física, análise filosófica nem tampouco estudo comportamental sobre este movimento, mas ele se edificou, dentre várias possibilidades narrativas e políticas, graças a falta de empatia de seus seguidores e às fake news. Dessa maneira, aquilo que é concreto, plausível, razoável, não interessa mais. E, por isso, faz-se necessário trazer à tona a grande personagem do não combate à pandemia do Corona vírus no Brasil, fato inclusive noticiado pela imprensa e mundo acadêmico internacionais: o nosso presidente.  Que diz que a liberdade está acima da vida. Imagino, porém, fora da doutrina do espiritismo, que a morte não torna ninguém livre, para consumir e impulsionar a atividade econômica. Ou seja, de que liberdade e para quem ele se refere?
Na maior pandemia do século, no pior momento da economia mundial e local, influenciados diretamente pela crise sanitária que o planeta atravessa, no caso brasileiro, a cada dia são desnudadas fraturas sociais e estruturais mais expostas que osso e carne de um trauma físico. O momento empurrou a necessidade de termos estadistas, líderes, humanistas, responsáveis para lidar sóbria e tecnicamente com os desafios e as ações necessárias para o combate aos efeitos da pandemia. E o que temos? Temos um homem cujo inconsciente demonstra às escâncaras um egoísmo narcísico, que faz com que sua vaidade não assimile a sombra de ninguém, que tem predileção por embates, conflitos, por vezes, imaginários e que precisa ser manchete, de qualquer forma. Que defende a sua fraqueza de espírito assim como a de seus filhos, com fantasmagorias cada vez mais cafonas. Por outro lado, do ponto de vista consciente, vê-se um presidente usando de seu expediente de criar cortinas de fumaça, o tempo todo, todo o tempo, para esconder sua incapacidade e incompetência nas mais diferentes áreas. E isso pode ser explicado pelo pré-requisito para compor este governo: pessoas delirantes, fanáticos, cruéis, negacionistas e silentes aos desvarios do presidente. São como ele. Outra função das cortinas de fumaça é deixar sempre as milícias digitais e físicas atiçadas, e sempre prontas a usar seus robozinhos a defender seu chefe. Não é coincidência profissionais de saúde e do jornalismo estarem sendo agredidos de todas as formas, inclusive fisicamente.
A disfunção cognitiva como projeto elaborou uma falsa simetria da vida e da economia, como se fossem equivalentes. Não há nada que prospere em termos de atividade econômica sem pessoas vivas. No entanto, o presidente insiste em combater o isolamento, no lugar de combater a pandemia, quer agredir o carteiro, por trazer mensagem que não o agrada. E toca apenas o samba de uma nota só, se é que de música gosta, que é a defesa da atividade econômica – em especial, de seus aliados. Sabota, reiteradamente, a única possibilidade de se poupar vidas, sobretudo as mais vulneráveis, que é o isolamento, com o devido e forte apoio também de renda por parte do estado para os mais vulneráveis, quer dizer, não faz uma coisa, nem outra. O isolamento precário estica sua duração, pois casos e óbitos aumentam, e aumenta o impacto na atividade econômica. Não é o isolamento que afeta à economia, mas a pandemia. O presidente se assume como um agente da necropolítica, e tenta transformar seu ideário de liberalismo econômico em genocídio, em particular, das camadas mais pobres da sociedade. É este o motivo para seu silêncio mórbido, embora devesse ter a hombridade e a decência de pelo menos fingir condolências aos mortos e seus parentes. Mas, nada falou. E nada falará a esse respeito. Pois é disso que ele e seu movimento se nutrem, infelizmente.
A esperança, equilibrista, me faz torcer que a pandemia não encontre aqui seu ambiente mais propício para o seu avanço, cruel e devastador. Pois, até churrasco pra dezenas de pessoas, o presidente já marcou. Possivelmente, para comemorar milhares de vidas ceifadas pela sua miopia ética e política. Acreditemos, nós somos condenados a ser livres, lembraria Sartre, mas não para seguirmos como porcos ou gado na direção de uma morte cruel e evitável. Termino com a segunda parte do trecho sobre a liberdade, citado no início: Liberdade...de voar num horizonte qualquer, liberdade de pousar onde o coração quiser.
Filme: Ilha das Flores https://www.youtube.com/watch?v=KAzhAXjUG28
 Leandro De Martino Mota
Maio de 2020
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klaroline-yourlast · 4 years
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Curso de Cavaquinho Dudu Nobre Já pensou em aprender Com o Curso de Cavaquinho dudu Nobre?
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Muito prazer, meu nome é João Eduardo de Salles Nobre, mas todos me conhecem como Dudu Nobre. Sou filho de João e Anita Nobre. Aos seis anos de idade, comecei a estudar piano clássico, e aos nove ganhei o instrumento que se tornaria inseparável para mim, o cavaquinho.
Nasci no Rio de Janeiro , berço do samba e onde, de cada dez rodas de samba fixas na cidade, três delas eram da minha mãe. Desde garoto, minha casa sempre foi frequentada por muita gente do samba.
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gtrjam33-blog · 4 years
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12 DOCUMENTÁRIOS SOBRE MÚSICA BRASILEIRA
Olá amigos, estou iniciando este blog em plena quarentena provocada pela pandemia de COVID-19, embora já tivesse o desejo de criar esse espaço a algum tempo para compartilhar meus trabalhos de faculdade (licenciatura em música), meus trabalhos como músico (guitarrista e violonista) e também minhas colaborações enquanto instrutor de artes. Para começar estou disponibilizando uma lista com 12 documentários sobre música brasileira - objeto de pesquisa nos meus últimos dois anos - cuidadosamente selecionados com o intuito de abranger diferentes estilos musicais, diferentes regiões brasileiras e diferentes épocas da nossa história. Espero que desfrutem. Bom proveito!
1 - “Sobre Amigos e Canções - História do Clube da Esquina”: Documentário que conta a história do movimento musical mineiro Clube da Esquina. Produzido como trabalho final do curso de Jornalismo da PUC-SP, o filme superou expectativas e foi exibido na TV Cultura e em diversos festivais e mostras. As diretoras entrevistaram e acompanharam, durante todo um ano, músicos como Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes, Wagner Tiso, Toninho Horta entre outros.
Link:https://youtu.be/SACaczm6gA4
2 - “Lenine - Isto é só o começo”: O documentário conta a história do cantor pernambucano de raiz e carioca de coração. Com direção e roteiro de Bruno Levinson, “Lenine - Isto é só o começo” traz o cantor em momentos de lazer pelo Rio de Janeiro contando histórias da infância, juventude, carreira e família.
Link:https://youtu.be/spwQxazJ074
3 - “O Homem que Engarrafava Nuvens”: Este documentário conta a trajetória do compositor Humberto Teixeira, parceiro de Luiz Gonzaga, que juntos foram os responsáveis pela popularização do Baião na cultura nacional. Produzido pela filha Denise Dumont, conta com depoimentos, entre outros, de Gilberto Gil, Caetano Veloso, Bebel Gilberto, Daniel Filho, Elba Ramalho, Otto e David Byrne (Talking Heads).
Link:https://youtu.be/OLLcf8UTnPo
4 - “Novos Baianos Futebol Clube”: Filme documentário dirigido por Solano Ribeiro, gravado em 1973, no sítio Cantinho do Vovô, no povoado Boca do Mato, na estrada dos Bandeirantes, oeste do Rio de Janeiro. Filmado de forma totalmente artesanal mostrando a rotina de uma das maiores bandas dos anos 70, na transição da saída da gravadora Som Livre. O documentário foi financiado pelo canal de tv alemão German TV e rendeu ao diretor uma premiação no Festival Europeu de Televisão, realizado na Áustria.
Link:https://youtu.be/y4eePJ6Pcks
5 - “Chico Science, Um Caranguejo Elétrico - Documentário Nação Zumbi”: O documentário acompanha a carreira do mentor do Manguebeat através de imagens de arquivo, gravações inéditas e depoimentos de nomes como Fred Zero Quatro ( Mundo Livre S/A), Jorge Mautner, Carlos Eduardo Miranda, Arnaldo Antunes, Paralamas do Sucesso, Dengue, Lucio Maia, Jorge Du Peixe e Toca Ogan.
Link:https://youtu.be/j299EbU-UnQ
6 – “Telmo de Lima Freitas – O Milagre de Santa Luzia”: Autêntico representante da música tradicionalista gaúcha, Telmo é a própria cultura campeira personificada. Conhecido e respeitado por gaiteiros de todo o Rio Grande do Sul, Telmo já lançou inúmeros discos próprios, participou de coletâneas e conquistou troféus em importantes festivais de música regional. No documentário Telmo deixa assando uma costela no fogo de chão enquanto mostra o seu galpão, um verdadeiro museu da cultura campeira do Rio Grande do Sul, e toca algumas de suas composições na gaita e no violão.
Link:https://youtu.be/x27t4h-sTOU
7 - “Saravah”: Em fevereiro de 1969, o ator e compositor francês Pierre Barouh desembarca no Rio de Janeiro para explorar um gênero musical que o fascinava cada vez mais: o samba. Para registrar a música, Barouh foi atrás de alguns dos maiores músicos do Brasil (Pixinguinha, João da Baiana, Maria Bethânia, Paulinho da Viola e Baden Powell) para tentar capturar a essência do samba, tesouro brasileiro.
Link:https://youtu.be/ZXJEMg5vT40
8 - “Los Hermanos - Esse é só o Começo do Fim da Nossa Vida”: Em 2007, depois de uma década juntos e quatro discos lançados, os integrantes da banda Los Hermanos anunciaram, no auge do sucesso, que fariam uma pausa por tempo indeterminado. Depois de um hiato de cinco anos, eles se reuniram para uma turnê que percorreu 12 cidades brasileiras. O documentário acompanha as apresentações em cinco dessas cidades (Recife, Brasília, Salvador, Porto Alegre e Rio de Janeiro), revelando o cotidiano de uma turnê, os bastidores dos shows e a participação sempre calorosa dos fãs.
Link:https://youtu.be/jlTTZ0yPE4g
9 - “Documentário Jazz Brasileiro - Zimbo Trio”: Produzido por Vitor Lopes Leite em 2012, este documentário conta o que é o “Jazz Brasileiro” para o Zimbo Trio. Formado por Amilton Godoy (piano), Luiz Chaves (contrabaixo) e Rubens Barsotti (bateria) em 1964, durante a fase áurea dos trios instrumentais de bossa nova, o Zimbo Trio sempre manteve a mesma formação ao longo de 5 décadas de atuação. A carreira do grupo deslanchou em 1965, quando se tornou o conjunto oficial do programa O Fino da Bossa, da TV Record, acompanhando cantores e cantoras que estavam despontando naquela época, como Elis Regina.
Link:https://youtu.be/QOrrxu9PNxo
10 - “Nas Paredes da Pedra Encantada”: Em Setembro de 2008, o repórter e cineasta gaúcho Cristiano Bastos fez uma reportagem para a revista “Rolling Stone Brasil” sobre o disco “Paêbirú: Caminho da Montanha do Sol”, de Lula Côrtes e Zé Ramalho, o álbum musical mais caro do Brasil. Quando percebeu que sua apuração poderia render um documentário, se lançou com Leonardo Bonfim na aventura de tentar reconstituir os fatores que permitiram o surgimento do álbum. O documentário, que começou a ser produzido em 2009, traz entrevistas com personagens como os músicos Lula Côrtes e Alceu Valença (que toca no disco), o arqueólogo Raul Córdola e a cineasta Kátia Mesel. As gravações registram muitos momentos musicais espontâneos e até cenas que reforçam as lendas em torno do disco.
Link:https://youtu.be/5eQM6mIEjlA
11 - “Elza Soares - O Gingado da Nega”: O documentário aborda a carreira de Elza, que teve início ainda na década de 1950 no show de calouros apresentado por Ary Barroso, o seu casamento com o ídolo do futebol nacional, Garrincha, e seus ídolos na música que a inspiraram a seguir seu desejo de cantar. O documentário conta com o depoimento de fãs e parceiros, como Pedro Bial, Jorge Aragão, Negra Lee, Zeca Baleiro, Dj Muralha e Luiz Melodia.
Link:https://youtu.be/5EqOwNuKE78
12 - “Daquele Instante em Diante”: Documentário que percorre a trajetória musical do compositor e cantor Itamar Assumpção (1949 - 2003), desde os anos da Vanguarda Paulista na década de 1980 até a sua morte aos 53 anos. Com depoimentos daqueles que conviveram com o artista, o filme reúne uma série de imagens raras retiradas em acervos e arquivos particulares, que mostram sua presença nos palcos e até momentos de intimidade entre amigos e familiares.
Link:https://youtu.be/be2n1tpJjf0
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gustavonobio · 5 years
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Música e Letra: Gustavo Nobio - © 2006 Peripécia Poética Edições Musicais. Todos os direitos reservados.
♫ “Melanina Em Pauta” ♫    Afros, indígenas e europeus construíram um Brasil multifaces E contribuíram pro crescimento de um país tropical, desigual e demagógico Livros ordinários ensinam tudo errado, deflagram guerra de classes A questão é desprezada e omitem a verdade sobre um passado histórico Camuflar não adianta, a situação já é sabida/Concentrada pigmentação é reprimida/Ligar a tevê você deve para ver a mesmice que pesa em minha retina/Somente um modelo “alvo” de beleza predomina/A mão de obra escura que fez a construção dessa nação teve pouco ou nenhum valor/Se atualmente os olhares contra a “cor” são cheios de rancor/Antigamente quilombolas eram atormentados com muita dor/(Ô!)/Ao chegarem no litoral brasileiro vindos do berço africano/Foram recebidos por escravocratas e inquisidores como peças e profanos/Depois de tudo que sentiram na pele os iorubás, malês e bantos/O saldo foi chão encharcado de sangue e rosto molhado de prantos/Os escravos foram duramente tratados/A base de trabalho forçado/E chibatadas de marcar o “lombo”/Castigo que os fez refugiarem pro quilombo/Hoje temos a liberdade/E desconhecemos a igualdade/Qual é motivo de tanto orgulho?/Será que moralmente somos sujos?/A sujeira está na cabeça de quem discrimina/Que pensa estar por cima/Rejeitando seres humanos que têm na pele um tom escuro de melanina Somos filhos de um só Pai, ninguém é tão diferente Peço a Ele que nos livrai do preconceito inclemente Não existe supremacia, é preciso interação Seja qual for a etnia, basta de segregação Lamentavelmente os negros tiveram uma trajetória marginalizada/Pois da escravidão se tornaram livres sem direito a nada/Sem alimento e sem morada/O crime foi a única solução/Para um povo cor de ébano que não tinha opção/Muito menos um ganha-pão/A favela se tornou a sua casa por falta de condição/Só há um reconhecimento conveniente/Quando o neguinho passa a ser uma pessoa eminente/Aí, todos oferecem a lua, o sol e todo o continente/Devagar estamos conquistando o nosso espaço/Firmando nossa negritude de mente articulada e peito de aço/Humildemente chegando ao estrelato/E mostrando que ser ‘bléque’ não é estar na moda e sim ser um fato/Não cruze os braços, seja ágil feito um negro gato/Batalhe por sua ascensão, por melhores salários e melhores papéis na televisão/Chega de interpretar subordinado ou ladrão/ (É assim que tem que ser/Lute pelo poder)/A teoria que afirma a superioridade do homem caucásico sobre os demais é infundada, foi quebrada e deve ser ignorada/Pois é desconexa a segregação pregada/Pelos radicais racistas, pelos grupos extremistas/Não quero meus semelhantes perseguidos como os judeus pelos nazistas Somos filhos de um só Pai, ninguém é tão diferente Peço a Ele que nos livrai do preconceito inclemente Não existe supremacia, é preciso interação Seja qual for a etnia, basta de segregação São cães raivosos e não consigo me conformar/Com procedimentos preconceituosos que gente estúpida insiste em adotar/Sabe de longa data que é fruto da miscigenação/(Aceitando ou não está no sangue!)/Tem a cara pau de promover a discriminação/(Falta de decoro, coisa infame!)/Odeia samba-canção, mas ama rock and roll derivado do blues dos campos de algodão/(Então, perceba o liame!)/Está vestindo a camisa do Bob Marley... fumando a erva caliente/Está curtindo o som ousado do Jimi Hendrix... com a guitarra entre os dentes/Faz capoeira e toca berimbau eximiamente/E todo ano pula nos blocos do carnaval baiano enlouquecidamente/(Fui claro, fui entendido?/Pense bem nesse assunto que está sendo discutido)/O racismo humilhou e espancou vários irmãos como se fossem algo empedernido/Provocou a ira dos Panteras e retraiu outros altamente constrangidos/Você que renega sua ancestralidade e acha que descende da suposta raça ariana/Saiba que seus antepassados eram negros e mulatos que colheram o café e cortaram muita cana/Não siga exemplos de uma podre sociedade deletéria/Há uma mistura correndo em sua artéria Somos filhos de um só Pai, ninguém é tão diferente Peço a Ele que nos livrai do preconceito inclemente Não existe supremacia, é preciso interação Seja qual for a etnia, basta de segregação
Do álbum Sucessos Nobianos Que O Mundo Nunca Ouviu!
  •  Gustavo Nobio: voz e vocais / all vocals •  Bruno Marcus: programações de teclado, guitarra, "loops", mixagem e edição digital / keyboards programming, loops, mixing and digital edition •  Concepção musical / Musical conception: Gustavo Nobio •  Gravação e mixagem / Recording and mixing: Bruno Marcus (Tomba Records)  
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vilapedra · 6 years
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sob o teto uma cerveja vazia, uma toalha de rosto encharcada, pelos de barba na pia, farelos, um prato sujo e uma garrafa com água pela metade, morna do calor. era o último dia ali e os corriqueiros e pequenos objetos vazios diziam algo. curvado, secava o rosto e se olhava no espelho, a barba feita deixa sua boca num destacado tom de ridículo. reflexo. reflexo de um reflexo, ele pensava. herdou a boca de seu pai. era um apartamento minúsculo, com um teto baixo, quente, aquecia no inverno, mas era meio dia e ele suava, tinha fome. levava consigo apenas um livro velho, um dicionário e um anúncio de pizza que havia sobre a mesa. e lembrou do ultimo trecho que leu, era em uma mesa de café da manhã, "comendo o pão envelhecido, eu dizia, é sempre necessário morrer. O velho me encarava, zeloso. Para que haja renascimento, completei. Ele seguia encarando, sério, e eu mordia o pão duro e seco". com este pensamento ele se vai. toma um copo d'água, morna, e sai, deixa a porta a bater, e as batidas dão ritmo aos passos no corredor que leva ao mundo. sai ao sol, que cega os olhos e brilha em suas bochechas com pelos a renascerem, e a porta fica ali, a bater, como num bar western. lê o anúncio da pizzaria. a última bebida na cidade soava bem. comeria lá e haveria um garçom simpático que lhe ofereceria uma cerveja. ele diria que sim, e sem pedir muitas informações, como que vendo sua necessidade, o simpático garçom traria a garrafa, suando. a garrafa chega. bebe a cerveja, menos gelada do que aparentava.  lembra do cartão de anúncio. quer abrir o livro, mas seria tão ridículo ler enquanto bebe. beber é vida e ler é morte, ele pensa. e o garçom olha sorrindo, como que dizendo: beba. ele sorri e bebe um gole. segue a vontade de ler. ele puxa conversa com o garçom, fala sobre o pai, que lhe contava uma piada muito engraçada sobre um bêbado, era engraçado pois seu pai também era bêbado. bebe outro gole. o garçom não acha muita graça, mas ri por educação. pede isqueiro ao garçom e acende um cigarro. bebe outra cerveja. estou indo embora daqui, diz, e o garçom traz a conta. da cidade, ele corrige. paga a conta. estou indo embora da cidade. o garçom não dá muita atenção, ri por educação. ele lê seu livro e procura no dicionário a palavra fuga, que diz: retirada em desordem e com precipitação de um local, larga a bituca na garrafa, não vai ao banheiro e sai, não sabe bem para onde vai. quando se vê está na faixa andando com as axilas suadas. os carros passam voando com seus ruídos de velocidade, fazem sua roupa balançar e levantam poeira, ele mija na beira da faixa. saca o pequeno livro da cintura e lê o trecho que diz "a tardinha, o céu laranja, e eu pensava mais uma vez no porquê de todas aquelas ações. Se fiz o certo não sei, mas sei que o necessário o fiz. Algo dizia-me que o grande estava por chegar, aquilo inevitável que nos engole. Eu pensava isso olhando para o vasto campo verde debaixo do céu laranja. O horizonte é um monstro ao qual me entrego" era o fim do capítulo. atira-o no chão, mira o pênis e urina nas páginas abertas. a urina se espalha pelas palavras e amarela o céu laranja do escritor. não poderia carregar dois livros, pensa, seria morte dupla, segue apenas com o dicionário, o dicionário tem palavras e o estrondo de um caminhão que passa interrompe seu pensamento. balança o pênis, chuta o livro e um carro que vinha atrás para. não sabe por quanto tempo andou, pergunta para onde o motorista vai e sem ouvir a resposta entra e senta no banco de trás. é um moderninho carro negro, o motorista fala de sua vida, e ele tenta olhar para estrada. fala de seus dois filhos, de sua mulher e daquilo que está para fazer. a estrada correndo dá um acalmar terapêutico, ver as coisas se indo tão rapidamente e ele ali, no banco, estático. as paisagens vão morrendo, sem dizer nada, sem reclamar, mas o motorista fala e fala. uma pergunta interrompe sua abstração e ele diz que não, não tem filhos, e nem pai. ele lembra de seu pai. o carro vai para uma cidadezinha, e ele diz que vai pra lá também. um silêncio surge e ele lê o dicionário, que diz: escape de gás ou de líquido contido em um recipiente/ abertura por onde o fole aspira o ar. ele pede para descer um pouco antes, para andar até lá, quero usar minhas pernas. bate a porta do carro e sai andando. anda. e vão aparecendo casas, ele anda, e gentes e coisas, anda, e mesas, e ritmos, anda, e conversas dispersas, risadas e toca uma música do Jorge Ben, domingo 23. uns dois ou três dançam em frente ao bar, é carnaval, não é o agito principal, mas é para ali que o chamam. senta e bebe cerveja. toca Jorge Ben e um homem de camisa florida oferece um cigarro. gesto nobre, olhar sereno. leva-o a boca e o homem estende a mão com o isqueiro. um mantém o olhar e o outro a mão. quanto tempo poderia ficar encarando até que ele se oferecesse a acender o cigarro? naquele ângulo ele via o peito do homem alto aparecendo através da camisa vermelha estampada. e lá acima do peito, o rosto, com barba, sua a barba era grossa, e a mão magra estava estendida esperando que pegasse o isqueiro. acende o cigarro, devolve o isqueiro. o homem se senta a mesa e pergunta se ele está com alguém. e ele pergunta se ele tem carro. aquele branco. da cor do cigarro, é uma daquelas banheiras, pensa. o homem pergunta se ele dirige. o cigarro acaba, no dicionário diz fig. situação oportuna; ocasião, ensejo. toca Jorge, nunca neste mundo se está sozinho, e ele não dirigia, andava apenas. e o homem diz venha, o trem está por partir, e o comboio vai evacuando o local, é o deus carnaval que chama, como uma ordem, e os fugitivos são puxados, não pelo braço, mas numa sedução, e eles vão com passos ritmados, com pequenos recuos, mas sabendo que vão. eles vão como moscas atrás do cheiro. cumprir o dever de perderem-se. o sol já está partindo, a noite de carnaval é uma facada jubilosa.  começa a tocar beija flor, a multidão fervilha, ele está no estômago dela. no tic tic tac de seu coração, renascerá, ele foi embora e seu amor chorou, ele lembra de uma mesa, do café, do pão, do mel.  ele foi embora e seu amor chorou, ele vai nas asas de um passarinho, ele vai nas asas de um beija flor. os batuques ressoam, os peitos vibram e o céu começa a gotejar, caem os pingos em meio ao suor quente da massa. a água molha seus cabelos e ele tem sede. abre a boca, a noite negra e quente o alimenta, e abençoados sejam os que se molham na chuva. é a semente de um novo dia, ele vai nas asas de um beija flor. longe da multidão ele mija nos escombros de uma construção abandonada, a chuva aquietou-se.  fecha a braguilha e volta a andar. anda e pisa nos copos de plástico da rua, tem o corpo alto, vê-se gigante, se novamente houver sede, espicha-se e lambe as gotas do céu, pensa. em uma esquina toca Adoniran Barbosa e lá está ele, florido, escorado em sua banheira branca. lhe oferece outro cigarro, ele aceita e pergunta se ele tem casa. antes do cigarro acabar estão andando em seu cavalo branco, pelo mundo, "pelo mundo, pra ver como é que tá".  no dicionário diz espaço que se deixa em volta de qualquer máquina para que ela possa mover-se ou trepidar sem prejuízo da estrutura próxima. eles trepidavam, no cavalo branco, e no jubilo quente e libertino da noite ele lambia as gotas do céu por debaixo das flores vermelhas da camisa. ele acorda com a refazenda de Gil , olhando para o teto, com a boca seca, num sofá. segue deitado. meu coração só pede teu amor. se não me deres, posso até morrer. ouve barulhos em outro comodo. não sabe se são dez da manhã ou uma da tarde. traga-me um copo d'água, tenho sede. vai ao banheiro, de bermuda e com uma ereção. não tem espelho. faz a barba com um gilette velho que encontra, corta os excessos, é uma pedra, a se lapidar e deslapidar. os fios entopem a pia e boiam.  passa a mão na água e os fios escapam. toca seu pênis sob a bermuda, ouve o som de portas se abrindo, o espirro dá um barulho na tampa do vazo.  sem a camisa estampada o amigo entra no banheiro e lava o rosto, afunda sua mão na água com os pelos e põe a palma molhada no rosto dele, que sente coçar.  ao beijarem-se sente o ar da boca em seus pulmões, Gil passou muito tempo aprendendo a beijar e beija um amigo como beijava seu pai. os peitos nus se tocam, sua cara lisa é raspada pela barba, ele bebe a saliva de seu amigo. meu pai, como vai? diga a ele que não se aborreça comigo. orifício, fresta etc. através da qual ocorre a passagem de qualquer substância de um local, geralmente fechado, para outro, diz o dicionário, com as palavras tremulando na água amarelada do vazo. no carro branco olha na janela as paisagens ligeiras morrendo, vão a algum lugar.  e ele vai adormecendo com o suave som dos pneus e do motor. quase dormindo fica na ponta dos pés, tenta tocar o teto, sobe, sobe e não alcança. abaixo de si vê uma mesa, pão e mel. e os outros dois estão lá. sentados. senta à mesa também. aperta o pão macio, que escorre o doce e mela a mão que ele estende, oferecendo o alimento. sente-se afundar ali, na cadeira.  vai afundando. afundando. atravessando o chão e começa a ouvir barulhos externos, que são muito mais ruidosos que o silêncio do interior, está deitado embaixo do carro, com os pneus ensurdecedores ao seu ouvido. abre os olhos devagar e encara o asfalto, que corre próximo ao seu rosto, seu movimento é violento. vai piscando os olhos, como se já não os piscasse a algum tempo. recorda dos livros que jogou fora, as florestas e campos verdes da janela do carro são solitárias, os animais comem pasto sob o pôr do sol alaranjado e é cedo, é bem cedo e ele dorme, balançando no colo do banco da frente. em algum lugar nos vultos que correm na janela está o seu endereço. é necessário morrer, na boca do monstro laranja, para sair monstruoso no outro lado, pensa. toca um samba, é Adoniran. de minha casa, escrevo-lhe uma carta com o endereço no verso. estarei casado. com o homem da camisa florida. e você aparece para me visitar, olhamo-nos, tão parecidos, e nos abraçamos. é um dia úmido, vamos ao bar e pedimos uma cerveja, falamos alto, rimos, conto de meu sonho, que sonhei com os cafés e com a casinha, conto o que andei lendo e conto que andei fazendo, risco o fósforo e acendo um cigarro, coço a barba e vai-se a tarde, nós conversamos, e eu invoco palavras, palavras minhas.
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#DicaCatraca: confira as melhores lives do fim de semana
Para levantar a vibe e fazer você dançar muito, a Agenda Catraca Livre preparou uma lista super atualizada com os melhores shows e festivais online.
Até domingo, dia 21, rola Sesc Ao Vivo, Arraiá da Veveta, Gilberto Gil e Iza, João Rock, SOS Rainforest, Baile do Simonal e muito mais. Arraste a tela para conferir!
CLIQUE AQUI PARA CONFERIR AS ATRAÇÕES DA NOSSA AGENDA ONLINE
Sesc Ao Vivo  16 a 19 de junho, terça a sexta-feira, às 19h | Clique aqui para saber tudo
Para levar um pouquinho de música brasileira até sua casa, o Sesc SP promove a série Sesc Ao Vivo. Até 19 de junho, se apresentam Pepeu Gomes, Adriana Moreira, Daniela Mercury e Carlos Careqa e Mário Manga. As lives ocorrem no Youtube, no Facebook e no Instagram @sescaovivo. Saiba mais aqui.
João Rock & Você 20 de junho, sábado, às 16h | Clique aqui para saber tudo
Prepare-se para oito horas de programação musical ininterrupta e entrevistas ao vivo! A partir das 16h, Alceu Valença, Marcelo D2, CPM 22, Poesia Acústica, Humberto Gessinger e Raimundos se apresentam no canal do YouTube do João Rock. Saiba mais aqui.
Gilberto Gil e Iza 20 de junho, sábado, às 20h | Clique aqui para saber tudo
Esta é a primeira vez que o público pode ver estes dois ícones juntos em um show completo! Gil e Iza prepararam repertório recheado de sucessos para apresentar no próximo sábado, 20 de junho – clique aqui para assistir. Saiba mais aqui.
Arraiá da Veveta 2o de junho, sábado, às 22h | Clique para saber tudo
Prepara o xadrez, a paçoca e o quentão: Veveta vem aí com mais uma live! A rainha celebra São João em seu canal oficial do YouTube, sábado, dia 20 de junho, a partir das 22h. Saiba mais aqui.
SOS Rainforest Live 21 de junho, domingo, a partir das 16h | Clique aqui para saber tudo
Sting, Anavitória, Caetano, Anitta, Gil, Caetano, Sandy e muitos outros nomes globais se apresentam na SOS Rainforest Live no dia 21 de junho, com a missão de arrecadar fundos para ajudar povos indígenas e comunidades locais que lutam contra a destruição das florestas tropicais. As apresentações são transmitidas gratuitamente no YouTube. Saiba mais aqui.
Baile do Simonal 20 de junho, sábado, às 18h | Clique aqui para saber tudo
Vai ter live “Baile do Simonal”, com repertório de canções que marcaram muitas gerações! O show será comandado por seus dois filhos, Simoninha e Max de Castro, além de convidados especiais como Seu Jorge, Rogério Flausino (Jota Quest), Erasmo Carlos e Alcione! Clique aqui para assistir. Saiba mais aqui.
Quer mais dicas de shows online? Arrasta a tela!
Sessão da Tarde #2: Anelis Assumpção x Curumin 21 de junho, domingo, às 16h30 | Clique aqui para assistir
DJ Gê e DJ Murilex apresentam um especial Anelis Assumpção e Curumin 100% no vinil, passeando por canções de diversos álbuns e épocas do casal! A transmissão rola na Twitch, a partir das 16h20.
Art & Jazz 21 de junho, domingo, das 15h às 19h | A partir de R$ 25 Clique aqui para saber tudo
E se você pudesse curtir um show de jazz acompanhado de uma oficina de pintura? Essa é a proposta do Art & Jazz! A artista plástica Milenna Saraiva dará uma oficina enquanto Alabama Mike comanda o som – tudo pela plataforma Zoom, com ingressos a partir de R$ 25. Saiba mais aqui.
Agenda completa
Quer mais dicas de shows online? Aqui você fica por dentro de todas as transmissões dos próximos dias:
Quinta-feira, 18 de junho
Juntos Pela Música | Até sexta-feira, dia 19, sempre às 16h, o evento virtual promove entrevistas com grandes artistas brasileiros como Mariana Aydar, Chico César e João Bosco. As transmissões acontecem no Instagram @ubcmusica.
A Banda Mais Bonita da Cidade | Às 19h30 vai ao ar a “Live Doce Live”, com A Banda Mais Bonita da Cidade cantando ao vivo do palco da Ópera de Arame, em Curitiba. Clique aqui para assistir.
MTV #JuntosADistância | A partir das 21h, Duda Beat, Manu Gavassi, Anitta, Anavitória, Emicida e outres convidades homenageiam profissionais de saúde em apresentações intimistas. A transmissão será no canal oficial da MTV no Youtube.
Sexta-feira, 19 de junho 
Sala de Casa | De sexta a domingo, a charmosa Casa Natura Musical (SP) celebra o Mês do Orgulho LGBTQ+ com live shows de Karla da Silva, Hiran e Juliana Perdigão. As transmissões rolam às 19h, no Instagram @casanaturalmusical.
A Maior Live do Universo | Os fãs de sertanejo vão se esbaldar com mais de seis horas de live e apresentações de Jorge & Mateus, Maiara & Maraisa, César Menotti & Fabiano, Leonardo e Guilherme & Santiago. A live começa às 18h, via Youtube.
Lucy Alves | A partir das 18h, a cantora, compositora e multi-instrumentista apresenta um especial São João em seu canal oficial do Youtube.
Let the Rhythm Hit ‘Em | Nomes lendários do hip-hop internacional como Eric B, Rakim, Ice-T, LL Cool J, Chuck D e Fat Joe se reúnem virtualmente, a partir das 21h30. Clique aqui para assistir.
Elba Ramalho | Quer mais arraiá? A diva Elba Ramalho apresenta um festão dos bons no Youtube, a partir das 20h.
Dead Fish | Grupo clássico do hardcore nacional realiza sua primeira live show no Youtube, a partir das 20h. Apresentação visa arrecadar fundos para trabalhadores da área de eventos.
Francisco, el Hombre + Technobrass | A casa de shows Circo Voador (RJ) exibe gravações de seu acervo via Youtube. Sexta-feira, a partir das 20h, o espetáculo da vez é “RASGACABEZA”, de Francisco, el Hombre.
Jorge Aragão | Já os fãs de samba podem curtir muito ao som de Jorge Aragão! O sambista se apresenta a partir das 20h30, no Youtube.
Gustavo Mioto | Também no clima de São João, o sertanejo organiza uma live em seu canal do YouTube, a partir das 20h.
Filipe Ret | O rapper canta sucessos desde o início da carreira em seu canal do Youtube, a partir das 20h.
Não acabou não! Bora descobrir mais shows online? Arrasta a tela!
Sábado, 20 de junho 
Small Business Live | A partir das 17h, o hip-hop vai comer solto ao som de 2 Chainz, Brandi Carlile, Britanny Howard, Leon Bridges, Nathaniel Rateliff e T-Pain. O festival pretende ajudar pequenas empresas e a transmissão será via TikTok, Instagram, Youtube e Facebook.
Wesley Safadão | Wesley Safadão e Luan Santana convidam Raí Saia Rodada e Dorgival Dantas para um festejo virtual a partir das 20h, no Youtube.
Belo | Também tem #ArraiáDoBelo no Youtube, a partir das 15h. O repertório é surpresa, mas ele já mandou avisar que o festejo vai ser bom demais da conta!
Tom Zé | O cantor baiano tem um de seus shows no Circo Voador (RJ) exibido na íntegra. A transmissão ocorrem via Youtube, a partir das 22h.
Chimarruts | Reggae music, ok? Às 17h50, Chimarruts entra ao vivo para apresentar a live “Todos Somos Um!”, via Youtube.
Domingo, 21 de junho
Michel Teló | Anarriê, meu povo! Vai rolar arraiá do Teló no YouTube, a partir das 13h30.
Planta & Raiz | Arraste os móveis da sala: a banda de reggae se apresenta via YouTube, a partir das 17h.
Black Pumas | A partir das 21h, o duo musical de soul psicodélico norte-americano se apresenta em diversas redes – clique aqui para conferir.
Henrique e Diego | O duo sertanejo irá atender pedidos dos fãs em live show via YouTube, a partir das 17h.
Programação fixa
Chegou a hora de conferir a lista fiel de shows online, em cartaz de segunda-feira a domingo:
Teresa Cristina  Todos os dias, às 22h | Clique aqui para assistir
Não tem super produção, palco e nem instrumentos. No melhor estilo caseiro, a sambista Teresa Cristina promove encontros musicais diariamente, a partir das 22h, em seu Instagram. Essa deusa poderosa apresenta repertórios diferentes todas as noites, homenageando grandes nomes da música brasileira e apresentando trabalhos autorais.
O Teatro Mágico, com Fernando Anitelli Todos os dias, às 11h | Clique aqui para assistir
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Nascido em 2003 nas terras de Oz – aka Osasco – o encantador O Teatro Mágico é organizado por @fanitelli @gustavoanitelli e tem muito amor e poesia para dar!
Para dar um abraço virtual e todes nós, o Fernando Anitelli apresenta lives diariamente, às 11h. Uma baita chance de aliviar a tensão e encher o coração de positividade. As transmissões ocorrem no Instagram oficial @oteatromagico.
Moacyr Luz e o Samba do Trabalhador  Toda segunda-feira, às 17h | Clique aqui para assistir 
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Há quinze anos, Moacyr Luz e o Samba do Trabalhador se apresentam todas as segundas-feiras no Clube Renascença, na Zona Norte do Rio. Na quarentena será um pouco diferente, mas se enganou quem achou que não haveria samba!
Toda segunda-feira, a partir das 17h, os músicos se apresentam no formato live no Instagram, individualmente, cada um em sua casa, como manda o protocolo de saúde pública.
Veja também: Segunda-feira é dia de Moacyr Luz e Samba do Trabalhador online
Norah Jones  Toda quinta-feira, às 17h | Clique aqui para assistir
Às quintas-feiras, a pianista, cantora e compositora Norah Jones apresenta uma live especial em seu Facebook. Pense numa apresentação gostosa
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Sepultura  Toda quarta-feira, entre 16h e 18h | Clique aqui para assistir
Quarta-feira é dia de heavy metal! Semanalmente, entre 16h e 18h, a banda Sepultura apresenta o projeto SepulQuarta, onde cada integrante toca uma música do repetório do grupo. Para assistir, basta acessar o site oficial.
Dave Matthews Band Toda quarta-feira, às 21h | Clique aqui para assistir
Dentre os inúmeros shows online, mais uma opção imperdível: às quartas-feiras, Dave Matthews Band transmite shows históricos na íntegra! As exibições rolam neste site e o objetivo é arrecadar doações para diversas instituições de caridade.
“Sexta Sem Lei”, de Pitty Toda sexta-feira, às 21h | Clique aqui para saber mais
Para matar a saudade dos fãs, Pitty criou um canal na plataforma de streaming Twitch. Quatro dias por semana, a cantora apresenta programas temáticos e você pode assistir e interagir em tempo real! Às sexta-feiras, Pitty apresenta DJ sets, lives com outros músicos ou noites temáticas. Confira nossa matéria completa:
Veja também: Pitty lança programação de lives com música, bate-papo e surpresas
The Rolling Stones “Extra Licks” Todo domingo, às 16h | Clique aqui para saber mais
Quem gosta de rock’n’roll aí? Como parte da campanha #StayHome (#FiqueEmCasa), a veterana The Rolling Stones lançou uma série semanal intitulada “Extra Licks“, que exibe shows raríssimos no canal oficial da banda no YouTube.
Simone Todo domingo, às 18h | Clique aqui para assistir 
Todo domingo Simone entra ao vivo no Instagram! Nas lives, a cantora atende a pedidos, manda recados e interage com os fãs. O repertório reúne sucessos gravados pela cantora em seus 47 anos de carreira, além  de novidades que ela prepara a cada edição.
“Ô de casas”, de Mônica Salsamo Clique aqui para assistir a série
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Quase que diariamente, a incrível cantora Mônica Salmaso divulga duetos virtuais em seu canal oficial do Youtube. Na série intitulada “Ô de casas”, a paulistana se encontra à distância com cantores e  instrumentistas para apresentar o melhor da música brasileira! Vale a pena ouvir
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Curtiu a lista de shows online? Olhe só essas outras dicas culturais: 
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#DicaCatraca: confira as melhores lives do fim de semanapublicado primeiro em como se vestir bem
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deixamalhar · 7 years
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Clássicos da Em Cima da Hora
Galeria do Samba - Edgar Filho, Beto Mussa e Simas Em todas as listas dos maiores sambas de enredo de todos os tempos, qualquer que seja o critério, a célebre agremiação de Cavalcante está sempre representada. Elegemos os seguintes clássicos: O saber poético da literatura de cordel (1973) Com essa obra-prima do grande Baianinho, um dos maiores compositores do carnaval carioca, a Em Cima da Hora conseguiu um exepcional sexto lugar no desfile principal, até hoje a melhor colocação obtida pela escola, além de conquistar seu primeiro Estandarte Ouro, no quesito. O samba é curto, seguindo a tendência da época, mas tem um gingado muto interessante, e belas passagens, como "quem é que não se lembra / do conto do boi mandingueiro /quando falava seu nome / vaqueiro tremia de medo / quem amansasse o boi / tinha um prêmio em dinheiro / e também casava / com a filha do fazendeiro''. Festa dos deuses afro-brasileiros (1974) Este é, certamente, um dos maiores sambas que tratam da religiosidade afro-brasileira. Tem uma melodia dolente, chorosa, que imita o lamento e a ladainha (com um dos mais belos "ôôôs da história!). E não deixa de buscar inspiração na música sacra dos terreiros ("Arerê, caô , meu pai, arerê''). Vale lembrar que este também tem a marca Baianinho. A escola reeditou o hino em 2006, no grupo D, e foi campeã. Pelo menos isso. Os sertões (1976) Muita gente, muita gente mesmo, considera esse o maior samba de enredo de todos os tempos. Edeor de Paula, o autor, não precisaria ter composto mais nada para entrar na galeria dos maiores mestres do gênero. Foi o segundo Estandarte de Ouro da Em Cima da Hora no quesito samba, mas a escola, absurdamente, desceu, só retornando à elite do carnaval na década de 80. A letra resume de maneira precisa a obra ímpar de Euclides da Cunha, e capta a essência da mensagem. Com ''Invenção de Orfeu'', de Paulo Brazão e parceiros, que a Vila levou nesse mesmo ano, é o samba que mais perfeitamente adaptou uma obra literária, na história do carnaval. Heitor dos Prazeres, um artista carioca (1977) Pouco lembrado, esse samba tem uma bela melodia e uma levada cadenciada e gostosa, além de prestar uma justa homenagem a um dos principais artífices dos primeiros tempos do samba carioca. Infelizmente, a escola desceu para o terceiro grupo, apesar do samba, mais uma vez. Enredo sem enredo (1983) Se não é um samba comparável aos grandes da escola, é pelo menos um dos mais interessantes da linhagem satírica. Dos mais interessantes e mais inteligentes. A melodia também não deixa a desejar. 33, destino Dom Pedro II (1984) Terceiro Estandarte de Ouro da escola, esse samba é simplesmente belíssimo. Apesar da proposta satírica do enredo (era uma moda na época), a melodia tem um tom grave e o resultado é mais um protesto lírico, uma descrição sentida e verdadeira do sofrimento do povo trabalhador que pega o trem. Essa passagem é antológica: "o suburbano / quando chega atrasado / o patrão mal-humorado / diz que mora logo ali / mas é porque / não anda nesse trem lotado / com o peito amargurado / baldeando por aí / imaginem / quem vem lá de Japeri''. O terceiro lugar conseguido nesse ano levou a escola, pela última vez, à elite do carnaval no desfile de 1985. Iara cigana canta, dança e toca, é Rio, é rua, é carioca (1996) Também muito pouco lembrado, é um samba que tem muitos méritos: bela melodia, uma letra cheia de sonoridades e jogos rítmicos. No contexto do período, se destaca.
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djrjaybrasil · 5 years
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Bom... estou indo para os meus 4.5 então junto do projeto que sou sócio chamado @gostopessoal vou comemorar esses anos de vida no qual sou muito grato, tantas coisas aconteceram, tenho tanto a agradecer, inclusive a vcs que puderem comparecer, é dia 24 de Novembro na @casahibrida ao lado da estação Sumaré do metrô, em um domingo de verão na beira da piscina, terá roda de samba com o @grupoenlaceoficial e as participações especiais dos meus eternos amigos, esse que tem uma voz abençoada meu irmão @milthinho_ e um dos caras mais energia positiva que ja vi meu mano @negretifinotrato ainda tem meus Djs convidados que fazem parte da minha vida... @djjullyjullybrasil @djalef23 @djcupim @djchelini e meu filho @viniloveoficial no comando dos toca discos e organizando tudo meu irmão de fé @djluizaosouloficial A galera que pagar a entrada no cartão de crédito vai ganhar recarga no seu celular, obrigado @recargapay pela parceria 🙏🏾 Eu realmente conto com a presença de todos vcs, ficarei muito feliz tenham certeza disso. #bday #djrjaybrasil #blackmusic #piscina #verao #sambaderoda #sambanapiscina #djs #casahibrida #gostopessoal #amigos #musica #serato #meudia #obrigadodeus (em Casa Híbrida) https://www.instagram.com/p/B4hzKZgFb3R/?igshid=1hrs5bgxjlfw9
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Paula Lavigne responde ataque de Bolsonaro: Faz uma música pro Queiroz
 A atriz e produtora Paula Lavigne respondeu ao ataque do presidente Jair Bolsonaro contra o cantor Caetano Veloso e Daniela Mercury em que ele afirma que diz que sequer são artistas e acusou-os falsamente de viveram às custas da Lei Rouanet.
"Eu se fosse o senhor não tocava nesse assunto de música, pois o hit do carnaval é #EiBolsonaroiVaiTomarNoCu e não sou eu que estou cantando e sim o povo. Ouve aí, ontem no Farol em Salvador", escreveu Lavigne, postando um vídeo de um multidão protestando contra Bolsonaro.
Incomodada com o videoclipe "Proibido o Carnaval", lançado no início de fevereiro, que faz críticas à censura e defende a liberdade de expressão, Bolsonaro se referiu a Caetano e Daniela num tuíte na manhã desta terça (5), dizendo que "esse tipo de 'artista' não mais se locupletará da Lei Rouanet".
A cantora Daniel Mercury divulgou um longo comunicado em resposta ao presidente. Nele, a artista pede "respeito" pelo que é e pelo que representa e se propõe a ir até Brasília explicar a ele, com sua esposa, como funciona a Lei Rouanet.
Eu se fosse o senhor não tocava nesse assunto de música, pois o hit do carnaval é #EiBolsonaroiVaiTomarNoCu e não sou eu q estou cantando(😇) e sim o povo. Ouve aí, ontem no Farol em Salvador: 👇🏾 pic.twitter.com/LqNWW74KP7
 Ø  DANIELA A BOLSONARO: POSSO IR A BRASÍLIA PARA EXPLICAR COMO FUNCIONA A LEI ROUANET
 Depois de ser atacada, junto com Caetano Veloso, por Jair Bolsonaro por conta da música 'Proibido o Carnaval', que faz críticas à censura e defende a liberdade de expressão, a cantora Daniel Mercury divulgou um longo comunicado em resposta ao presidente. Nele, a artista pede "respeito" pelo que é e pelo que representa e se propõe a ir até Brasília explicar a ele, com sua esposa, como funciona a Lei Rouanet.
Em uma postagem no Twitter, Bolsonaro se referiu a Daniela Mercury e a Caetano Veloso, que estão entre os maiores artistas brasileiros, como "dois 'famosos'" e disse que, com a música "Proibido o Carnaval", os dois estavam acusando o governo Bolsonaro "de querer acabar com o Carnaval". "A verdade é outra: esse tipo de 'artista' não mais se locupletará da Lei Rouanet", respondeu.
"Mereço respeito pelo que sou, pelo que represento e pelo que faço constantemente pela sociedade brasileira em diversas causas, não apenas na arte. Reitero aqui a minha disposição de conversar com o senhor e com sua equipe sobre a lei Rouanet. Se assim desejar, irei com minha esposa, que é também minha empresária, até Brasília para conversar com o senhor sobre o assunto. Abraços e feliz carnaval", escreve Daniela.
·         Leia a íntegra:
"Sr. Presidente, sinto muito que não tenha compreendido a canção 'Proibido o Carnaval', que defende a liberdade de expressão e é claramente contra a censura. Mas acho que isso nem vem ao caso aqui porque percebo que há uma distorção muito grave sobre a lei Rouanet. Parece que ela ainda não foi compreendida. Por isso, me coloco à disposição para explicar como funciona o passo a passo dessa lei. E aproveito para tranquilizá-lo. Usei muito pouco de verba pública de impostos da lei Rouanet em cada projeto que tive aprovado.
Para que o senhor entenda, cada desfile de trio sem cordas (sem cobrança de ingresso, de graça para os foliões), custa cerca de 400 mil reais.
Em 20 anos, Eu tive apoio (TUDO DENTRO DA LEI) de cerca de um milhão de reais de verba de impostos da lei rouanet. 1 milhão em 20 anos, ressalto!!! Dá cerca de 50 mil reais por ano, se assim dividirmos.
Considere, sr. Presidente, que eu comecei o movimento de trios sem cordas, de graça para o público, há 21 anos. Eles custaram, por baixo, cerca de 10 milhões de reais! Se tive cerca de 1 milhão de verba pública nesses 20 anos, isso significa que o restante (9 milhões) paguei ou do MEU BOLSO diretamente ou com o patrocínio de empresas privadas.
Em 35 anos de carreira, fiz muitas apresentações de graça no Brasil, bancadas do meu bolso. Essa fake news sobre a lei Rouanet criada na eleição não pode continuar sendo usada para desmerecer o trabalho sofrido e suado dos artistas brasileiros.
A arte, além de tudo, tem um valor imensurável e o retorno do nosso trabalho para a sociedade, para o turismo, pra a economia é gigante. Para que compreenda melhor, apenas com 1 ano do sucesso 'O Canto da Cidade' (uma música "famosa" minha), Salvador ganhou 500 mil turistas a mais.
Mais um exemplo: eu tenho cerca de 50 milhões de reais de retorno de mídia espontânea em cada carnaval de Salvador. Esse retorno, a partir de minhas apresentações (6 horas por dia cantando e dançando sem parar nem para comer – somadas a mais 5 horas prévias de preparação – e mais 2 horas pós apresentação para recuperação da voz e do corpo – durante 6 dias seguidos) traz uma valorização gigantesca para a imagem da cidade, do Estado e do país.
Tudo isso estimula o turismo e turbina a economia. Tenho visto que estimular o turismo é um objetivo do senhor.
Não se engane: trabalhamos muito. Quando se ataca a arte de um país, quando se ataca os "artistas" brasileiros, se ataca a alma do povo desse país. Mereço respeito pelo que sou, pelo que represento e pelo que faço constantemente pela sociedade brasileira em diversas causas, não apenas na arte. Reitero aqui a minha disposição de conversar com o senhor e com sua equipe sobre a lei Rouanet. Se assim desejar, irei com minha esposa, que é também minha empresária, até Brasília para conversar com o senhor sobre o assunto. Abraços e feliz carnaval."
Daniela Mercury Verçosa
RELEMBRANDO O CASO
·         Em pleno Carnaval, Bolsonaro ataca Caetano e Daniela Mercury
Depois de atacar a Educação, Bolsonaro volta agora suas baterias no Carnaval contra os artistas do país, as artes e a cultura nacional. Num tweet na manhã desta terça-feira de Carnaval (5), ele atacou com violência Caetano Veloso e Daniela Mercury afirmando que eles sequer são artistas e acusou-os falsamente de viveram às custas da Lei Rouanet: "Esse tipo de 'artista' não mais se locupletará da Lei Rouanet". O presidente da República referiu-se a dois dos mais relevantes artistas do país como "dois 'famosos'". É uma retaliação ao videoclipe "Proibido o Carnaval" lançado no início de fevereiro.
No seu tweet, Bolsonaro divulga a gravação de um artista cujo nome é omitido com uma marchinha de ataque aos dois artistas e que começa com o cantor anunciando: "Essa marchinha vai para o nosso querido Caetano Veloso e nossa querida Daniela Mercury... chupa!". O refrão da marchinha é o ataque mentiroso aos dois: "Ê ê ê ê ê, tem gente ficando doida sem a tal Lei Rouanet".
O ataque de Bolsonaro é uma retaliação bolsonarista ao videoclipe, "Proibido o Carnaval", que os dois lançaram no início de fevereiro. Numa música que mistura ritmos e cores carnavalescas, o vídeo retrata uma festa repleta de convidados e dançarinos de ambos os sexos. O ritmo é frenético, alegre e o vídeo é sensual. Daniela e Caetano beijam-se, assim como vários dançarinas e dançarinos de todos os sexos, com beijos entre todos.
O vídeo termina com uma homenagem a Jean Wyllys, que desistiu de seu mandato e exilou-se depois de mais de um ano de ameaças de morte dos bolsonaristas: ""Dedico este videoclipe ao meu amigo amado e incansável guerreiro Jean Wyllys. Estamos te esperando de volta: o Carnaval não está proibido! Axé!!!".
A letra de "Proibido o Carnaval" faz uma crítica bem humorada a todo ideário bolsonarista quanto aos direitos civis e à moral social, com uma referência direta à declaração da ministra Damares Alves (da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos) para quem meninos deve vestir azul e as meninas, rosa. Cantaram Daniela e Caetano: "Vai de rosa ou vai de azul?".
## Leia a letra e veja a seguir o videoclipe de "Proibido o Carnaval":
Está proibido o Carnaval
Nesse país tropical
Está proibido o Carnaval
Nesse país tropical
Tô no meio da rua, tô louca
Tô no meio da rua sem roupa
Tô no meio da rua com água na boca
Vestida de rebeldia, provocando a fantasia
Tô no meio da rua, tô louca (hum)
Tô no meio da rua sem roupa (ah é)
Tô no meio da rua com água na boca
Vestida de fantasia, provocando a rebeldia
Minha alma não tem tampinha
Minha alma não tem roupinha
Minha alma não tem caixinha
Só tem asinha
Minha alma não tem tampinha
Minha alma não tem roupinha
Minha alma não tem caixinha
Minha alma só tem asinha
A mulherada comandando a batucada
O trio elétrico cantava, libertando a multidão
Frevo fervando no Galo da Madrugada
Pernambuco não parava de fazer revolução
Filhos de Gandhi, o afoxé na resistência
O Caboclo era soldado no Brasil da Independência
No crocodilo, Stonewall, estou aqui
No carnaval beijando free
Salvador é a nova Grécia
Quilombola, Tupinambá
O corpo é meu, ninguém toca
Vatapá, caruru
Iemanjá lá no sul
Vai de rosa ou vai de azul?
Abra a porta desse armário
Que não tem censura pra me segurar
Abra a porta desse armário
Que alegria cura, venha me beijar
Abra a porta desse armário
Que não tem censura pra me segurar
Abra a porta desse armário
Que alegria cura, venha me beijar
Está proibido o Carnaval
Nesse país tropical
Está proibido o Carnaval
Nesse país tropical
Tô no meio da rua, tô louca (tá louca?)
Tô no meio da rua sem roupa (uau)
Tô no meio da rua com água na boca
Vestida de rebeldia, provocando a fantasia
Minha alma não tem tampinha
Minha alma não tem roupinha
Minha alma não tem caixinha
Minha alma só tem asinha
Minha alma não tem tampinha
Minha alma não tem roupinha
Minha alma não tem caixinha
Minha alma só tem asinha
A liberdade, a Caetanave, a Tropicália
O povo de Maracangalha sai dançando o meu axé
O samba ensina, o samba vence a violência
O samba é a escola de quem ama esse país como ele é
Eu falei: Faraó, e ninguém respondeu
Quem come aqui sou eu, Romeu
Libera a libido
Forró em Caruaru, é?
Vai de rosa ou vai de azul?
Abra a porta desse armário
Que não tem censura pra me segurar
Abra a porta desse armário
Que alegria cura, venha me beijar
Abra a porta desse armário
Que não tem censura pra me segurar
Abra a porta desse armário
Que alegria cura, venha me beijar
Está proibido o Carnaval
Nesse país tropical
Está proibido o Carnaval
Nesse país tropical
Axé, axé, axé, axé, axé (proibido? Tá proibido proibir)
Axé (axé), axé (axé), axé, axé, axé, axé!
 Fonte: Brasil 247
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matheuspichonelli · 8 years
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Nos blocos de Carnaval, um Brasil se (re)encontra
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Se eu morrer amanhã, e um filme com os melhores momentos da vida passar pela minha cabeça, creio que nenhum estará relacionado às horas presas no trânsito, no escritório ou mesmo em bate-bocas com quem sequer conheço na internet.
Assim, de supetão, e sem a suspeita iminente do fim (até onde eu sei ou ao menos até o fechamento deste post), teria dificuldade de montar a seleção definitiva das cenas, mas posso dizer, sem medo de errar, que qualquer uma delas estará relacionada a um encontro e suas múltiplas reedições – os reencontros – com amigos, amores, lugares, paisagens, músicas, autores, ideias.
Uma festa de carnaval é uma profusão de encontros e não só de sons e cores. Dificilmente desfilamos a sós. Combinamos com amigos, preparamos fantasias, atualizamos personas, e contabilizamos, a partir dali, abraços com novos e velhos conhecidos que fazemos pelo caminho enquanto celebramos um estado geral de euforia.
Mas que euforia é essa?. E para que?, perguntariam os incrédulos, como se ela necessitasse uma razão utilitária, sempre, para explodir.
É difícil explicar quando tomamos parte da festa. E impossível entender quando jamais participamos dela.
Por motivo de força maior (gravidez, criança recém-nascida, gripe, plantões) passei alguns anos sem ver o carnaval a não ser pela tevê (aliás, eu nunca entendi a audiência da festa, se quem está em casa, imagino, está justamente fugindo da folia, mas isso é outro assunto).
Neste ano, combinei com alguns amigos e fui assistir à passagem de um bloco, organizado por outra amiga, em Vinhedo, no interior de São Paulo, o Bloquete.
Choveu torrencialmente no horário em que a festa deveria começar. Ficamos abrigados sob o toldo de uma loja de fantasias. De lá, vimos a correnteza levar embora até mesmo os cones de trânsito. Parecia varrer também a empolgação.
Quando a chuva apertou novamente, voltamos para o carro. Éramos seis pessoas enfurnadas num espaço onde mal dava para erguer o dedo indicador e conferir outros foliões frustrados na página oficial do bloco no Facebook. Até que alguém resolveu colocar as músicas de antigos carnavais no aparelho de som, e o carro começou a balançar sozinho, para quem olhava do lado de fora, em meio à enxurrada.
Quando a tempestade virou um chuvisco, dezenas, talvez centenas de foliões começaram a sair da toca, dos carros, dos toldos, das marquises. Uma bateria ao fundo começou a tocar e, no exato instante, uma fresta de céu claro despontou; no meio dele, um imenso arco-íris se abriu. Até a cerveja, aquecida no calor do carro, desceu mais leve.
Quando o bumbo replicou, senti na boca de estômago a presença de encontros antigos. Tinha algo de memória ali – os primeiros dias de namoro, no carnaval do antigo clube da nossa cidade, o cheiro peculiar das multidões, as cores, as permissões, as quebras de rotina e de padrões de vestuário, comportamento, linguagem corporal - aquela perdição de quem teme tanto se perder nos caminhos de sempre de volta para casa.
Mas havia ali também um rugido ancestral, algo que existia antes mesmo de eu nasceu e que de alguma forma fazia parte de mim, da minha história – eu, como tantos ali, brasileiro como um batuque.
Ainda assim, algo soava diferente de outros carnavais. Não estava no clube, onde apenas associados poderiam circular; estávamos numa praça, a céu aberto, no centro da cidade, sem qualquer teto ou mediação entre a rua e a chuva, o arco-íris e o sol de fim da tarde que voltava a esquentar.
Lembrei de como, ainda novo, comecei a cumprir horários, tabelas, padrões em uma baia onde me sentava para trabalhar no início da tarde e de onde saía sem saber como e onde a tarde tinha se acabado. Nos dias de folga, perto das seis, parava o que estava fazendo, evitava lugares fechados, como cinema, e corria para ver o céu, como numa música do Cartola (geralmente ouvindo Cartola).
Fazia isso, inclusive, quando pegava o ônibus para visitar meus pais, no interior, e destoava dos outros passageiros incomodados pela fresta de luz entre as cortinas escuras; vinha, em vez disso, com o rosto colado ao vidro, fritando com o sol que quase nunca via. Devia ser algum distúrbio relacionado à ausência de vitamina D. Era assim que viajava.
Aquele mesmo sol, agora sem a mediação de vidros ou salões, acompanhava a passagem do bloco pelo centro de uma cidade cujas alegorias, as fixadas nos outros dias do ano, não pareciam visíveis em condições normais de pressão, temperatura e horas marcadas.
O que se celebrava ali, e isso estava no DNA da euforia, era a possibilidade do encontro numa cidade, como tantas outras cidades, mediadas por muros, padrões, etiquetas, formalidades – tudo interrompido por um instante de festa, a suspensão fantasiosa de que aquela praça era de todo mundo, e por ser de todo mundo podíamos caminhar e encontrar um pouco de tudo em poucos metros: crianças, idosos, casais dançando, um mendigo, tocando triângulo, num ritmo à parte do ritmo oficial, e nem por isso menos caótico; os amigos que andavam sumidos, os amigos que estavam com a gente até outro dia, a praça que a gente nunca tem tempo de olhar direito, de circular, de pisar sem o risco de ser atropelado, pelos automóveis, pelo tempo, pelos compromissos, pelos padrões, os padrões que limitam o convívio a um confinamento inevitável, à redução de horizontes, à impossibilidade de encontro. À percepção da vida, enfim, como a arte do encontro, embora houvesse tanto desencontro, pontuava Vinícius de Moraes.
“Somos um nessa grande poeira”, dizia a música-tema do bloco neste ano. Fazia sentido.
Há quatro ou cinco anos era impossível imaginar uma manifestação daquela no meio da rua, seja naquela cidade ou na metrópole até outro dia conhecida como túmulo o samba. 
Era impossível pensar em festa a não ser aquela que a gente paga a entrada, paga em prestações, paga em viagens para lugares distantes para deixar de ver o que vemos todos os dias sem educar o olhar e ver de perto o que evitamos ao longo do ano, os espaços abertos, o compartilhamento (de refrões, abraços, ritmos, andanças) com desconhecidos.
Há quatro ou cinco anos ninguém imaginava também que crise econômica se assentaria com tanta força naquelas mesmas cidades. E que ela destamparia um rolo compressor de ressentimentos baseados em discursos excludentes, destrutivos, limitadores de horizontes em que cada um é a empresa de si, cada um é gestor do próprio sucesso, do próprio muro, do próprio estrangulamento, da própria área VIP, do próprio camarote, da própria área gourmet. 
O outro, o desconhecido ou o (muito) conhecido, nos despossui, nos coloca em risco, nos leva a perder certezas, seguranças, referências; então nos fechamos, nos trancamos, erguemos muros, nos protegemos, restringimos o convívio; não pensamos em crise, adoecemos, diminuímos.
O país inteiro que foi às ruas compartilhar sua alegria nesses últimos anos, especialmente no carnaval em 2017, é um país inteiro que está brigando para não morrer na mediocridade dos dias.
Não parece um acaso que, enquanto engravatados se trancam em gabinete nada arejados para discutir a própria sobrevivência, um país inteiro ia às ruas, sem o medo de viver ou se perder, como em anos anteriores, para lembrar que estamos vivos, que nossas cidades estão vivas, e que não há nada a temer debaixo do sol ou da lua nem sob as fantasias, as cores e cantos daquilo que nem sempre podemos ser.
A passagem dos blocos carnavalescos é a prova de que podemos existir sem nos destruir, sem ser destruídos no cinza-chumbo do concreto e do asfalto. Que podemos celebrar nossas presenças e de lá buscar a força criativa que nos leva a pensar fora das caixas de comportamento, padrão e identidade. É essa suspensão de uma realidade embrutecida que permite imaginar saídas para a própria realidade.
O Brasil, afinal, não é um país alegre. Pelo contrário: um relatório da Organização Mundial da Saúde aponta que temos a maior prevalência de depressão da América Latina: 5,8% da população, ou 11,5 milhões de pessoas, segundo noticiou a Deutsche Welle. No ranking mundial, o Brasil ocupa o terceiro lugar.
Somos, além disso, campeões mundiais de casos de transtorno de ansiedade (9,3% da população, ou 18,6 milhões).
Isso sem falar da violência, dos lastros da escravidão, dos regimes autoritários, da destruição ambiental, da democratização mambembe que fingimos engolir em explodir. Somos um país de contrastes, e é esse contraste que faz de uma festa popular - um lugar sagrado para repensar e ressignificar nosso convívio e nosso espaço - um grito de resistência.
“O samba é o pai do prazer. O samba é o filho da dor. O grande poder transformador”, dizia a música cantada por Gil e Caetano.
É no contraste, típico dos reencontros dos carnavais, que nos reeducamos e reparendemos a olhar - e quem sabe, um dia, a conviver.
Foto: Ricardo Tardelli
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p-roseando-blog · 8 years
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Feminismo negro e eu
Abelha Mandaçaia - Elizandra Souza
Tão solitária e negra como eu  Abelha Mandaçaia...  ...sem produção de mel  Desabitada a procura de flor  Para bebericar do seu encanto...
Lápis de olhos... ...a esconder águas salgadas  Como não consolidar este isolamento, que me consome? Esta falta de mãos grudadas ...pele que não afaga Estou rifando essa soledade! Trançar, eu quero, mãos pretas...
É querência de mar, e não de oásis Perenidades entrelaçadas... Em estações lunares e solares...
Meu viver tornou-se deserto... Os dias quentes e as noites congelantes Um corpo sem afeto... Repleto de roedoras, Serpentes  E lagartas... Peles bem alvas...  Alvejando-me por serem preferidas...  Será mesmo que elas resolvem estes traumas de pretos meninos?
Em outras facetas, sou eu, serpente Cascavel do deserto como queira... Movimentando-me em silêncio  Para que as inimigas não me vejam...
Sentimentos fósseis... ... expostos pelas erosões A vida inteira sem beber águas... Longos jejuns sem morrer... Força bruta que me dilacera  Estes secos dias, sem chuvas... Só poeiras machucando minhas retinas.
 O amor tem cor?
Se tem, não é a minha. Se tem, não é da minha avó. Nem da minha bisavó.
Se amor tem cor, não tem a cor da mulher preta.
Se beleza tem cor, não é a minha. Se tem, não é a da minha avó. Nem da minha bisavó. Nem da minha amiga que odeia a cor da sua pele.
Se beleza tem cor, ela não tem a cor da mulher preta.
A gente nasce preta, e a vida em família é teoricamente fácil. Não pra mim. Minha família materna é branca e, enfim, ser considerada bonita nunca foi fácil. Se nem meu pai, que é preto, quis uma mulher preta, por que qualquer outro homem preto vai me querer? Por que qualquer outro homem vai me querer? Eu não sou princesa, não sou rainha, detetive, mocinha. Eu sou barraqueira, cozinheira, empregada, mulata exportação, vulgar, boa de cama, boa de samba, mas não pra casar. Não mereço flores nem que me abram a porta. Não mereço respeito e palavras de carinho.
Saio pro mundo. Escola, aula de balé e de natação. Os olhares de rejeição. Sempre a mais feia da sala, sempre a mais ridícula, a mais revoltada. O destaque por ter fugido pros livros, o mesmo destaque que me deu bolsa de estudos e me jogou no lugar com mais brancos que eu já estive, foi motivo de chacota.
Mas continuei. Na faculdade vai ser diferente. 
Nenhum olhar. Os mesmos comentários. Nenhum olhar. Nenhum carinho. Nenhum convite pro café.
O amor não tem a cor da mulher preta. Eu sofri e chorei.
Mas logo eu, descendente da mulher que levou a família nas costas depois da escravidão? Logo eu a metáfora da dureza? Logo eu?
Forte que sou, aceito. Me ressinto quando sou trocada, largada com um bebê nos braços. Crio como posso. Trabalho e o mando pra escola. Não vai. Não vai porque sabe das dificuldades. É preso. E morto. Seus assassinos inocentados (NÃO ESQUECEREMOS DE VOCÊ, CARANDIRU!).
Continuo. Nas minhas costas, o peso do mundo. Em minhas mãos, mãos que alimentaram o mesmo branco que me quer longe de suas festas de formatura e casamento. Que me quer na cozinha, as mesmas que embalaram, que limparam as merdas que fizeram. As mesmas mãos, renegadas.
A insistência em sobreviver sem amor, sem carinho e sem respeito me obrigam a pisar nos cacos que compõem minha auto estima. A certeza de que estou sozinha, no meio das amizades brancas, do amor branco, da renegação do preto.
Insisto.
Fêmea-Fênix (Conceição Evaristo)
Navego-me eu–mulher e não temo, sei da falsa maciez das águas e quando o receio  me busca, não temo o medo, sei que posso me deslizar  nas pedras e me sair ilesa, com o corpo marcado pelo olor da lama.
Abraso-me eu-mulher e não temo, sei do inebriante calor da chama e quando o temor  me visita, não temo o receio, sei que posso me lançar ao fogo e da fogueira me sair inunda, com o corpo ameigado pelo odor da queima.
Deserto-me eu-mulher e não temo,  sei do cativante vazio da miragem, e quando o pavor  em mim aloja, não temo o medo, sei que posso me fundir ao só,  e em solo ressurgir inteira com o corpo banhado pelo suor  da faina.
Vivifico-me eu-mulher e teimo, na vital carícia de meu cio,  na cálida coragem de meu corpo,  no infindo laço da vida, que jaz em mim  e renasce flor fecunda. Vivifico-me eu-mulher. Fêmea. Fênix. Eu fecundo
Eu escrevi esse texto ontem, num suspiro, depois de ver uma entrevista com a Claudete Alves falando sobre a solidão da mulher negra. Foi um dos textos mais dolorosos que eu escrevi, porque eu sabia que magoaria as amizades e o amor mais profundos que eu tive até hoje. Eu namoro um homem branco e minhas amizades mais próximas são brancas. E eu os amo. Muito.
O que não significa de maneira nenhuma que eu não esteja sozinha. Eu estou sozinha toda vez que vejo ou ouço um comentário racista e alguém faz uma piada racista perto de mim. Eu estou sozinha toda vez que alguém toca meu cabelo sem pedir, que fala sobre minha cor, que diz que eu tenho uma beleza exótica. Eu estou sozinha. Sem chances de falar com qualquer pessoa sobre essa dor.
Conhecer o feminismo negro em 2016 mudou minha vida. Descobrir que a dor não era só minha mudou minha vida. Saber que mulheres como eu se sentiram renegadas desde a infância, que têm problemas de auto estima e ansiedade causadas por isso, que foram escondidas, maltratadas e ficaram lá porque sentiam que mais ninguém as amaria, me fez sentir acompanhada.
No feminismo branco, sou sozinha, porque as pautas não são as minhas e os desejos não são os meus.
Não usem maquiagem, elas me dizem. Mas como não ficar feliz se finalmente tem gente fazendo produto pra minha cor? Como não comemorar e querer comprar um produto se até pouco tempo tinha que misturar 50 bases diferentes pra chegar perto do que eu sou?
Como não ficar feliz se uma mulher negra é eleita a mais bonita de qualquer coisa, se até pouco tempo éramos deixadas tão de lado que não estávamos em lugar algum?
Eu odeio o capitalismo, eu odeio me sentir um lixo, mas eu não consigo não ficar feliz de estar sendo representada em algum lugar, de saber que cada vez menos meninas vão se sentir horrendas e chegar chorando em casa dizendo pra mãe que quer ser loira e quer o cabelo liso. Eu não quero outras eus. Eu quero crianças que amem a Beyoncé, que queiram ser a Moana que se sintam princesas, que saibam exigir respeito sim, mas que tenham carinho por si mesmas e que recebam carinho, porque eu tenho que lutar pelos dois, todos os dias.
Que bom que o seu feminismo branco não precisa mais disso, mas eu preciso. Que bom que o seu feminismo branco pode falar mal de homens a torto e a direito e tirar sarro do jeito que eles falam com vocês, mas vocês não percebem que a gente só queria um pouco dessa melosidade, porque tudo que nós temos são comentários vulgares sobre nossa performance sexual, achando que somos todas pequenas globelezas com menos glitter no rosto e no corpo.
Entendam que falar de feminismo negro é falar muito de mulher negra,mas é falar de sistema carcerário, é falar do homem negro, é falar de casamento, de amor e de política. Se vocês chegaram em um ponto de ter que discutir sobre pelo, eu fico feliz. Eu ainda tenho que lutar por salário justo, pra mim e pros meus irmãos, tenho que lutar por creche e por uma polícia que não mate meus filhos. Enquanto isso ainda for necessário, eu estou literalmente nem aí pra quantos gêneros existem. Eu preciso lutar pela minha vida e dos meus filhos. E se você acha que isso separa o movimento, pode deixar que eu deixo minha carteirinha aqui e vou lutar, com mulheres como eu, por elas e por um movimento menos academicista e seletivo.
Obrigada a esse evento pela oportunidade e parabéns por essa lindeza toda!
Eu escrevi esse texto pra ler em um sarau feminista maravilhoso e agora tomei coragem pra colocar aqui. 
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peripatetico · 8 years
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Tropicália Lixo Lógico, de 2012, foi o primeiro disco "independente" do Tom Zé já maduro (pago pela Natura, mas de produção independente). O disco anterior, Explaining Things So I Can Confuse You (2010), fora lançado pela Luaka Bop, do David Byrne.
A música do Tom Zé, não só no Tropicália Lixo Lógico, mas também, nem sempre cabe no formato canção e na divisão tradicional da música em faixas, o que pode até causar estranhamento no ouvinte passivo e, como foi o caso aqui, no técnico de som! O técnico responsável pela gravação elaborou uma lista de "problemas" que havia encontrado nas 16 faixas do álbum. Todas elas, com exceção da última ("OK"), com algum tipo de falha. A lista, que virou um negócio quase poético, foi elaborada durante a gravação e guardada pelo Tom Zé:
01 Apocalipsom A - "Toques de celular no final" 02 Capitais e Tais - "Fx termina abruptamente / Ruídos de boca" 03 Tropicalia Jacta Est - "Fx termina abruptamente / Ruídos no final" 04 O Motobói e Maria Clara - "Fx termina abruptamente / Ruídos no final" 05 Marcha-Enredo da Creche Tropical - "Fx termina abruptamente / Vozes no final" 06 Amarração do Amor - "Fx termina com corte no fade out" 07 Tropicália Lixo Lógico - "Risadas no final" 08 Não Tenha Ódio no Verão - "Fx termina abruptamente / Apitos no final" 09 Jucaju - "Fx termina abruptamente / Toca e para 3 vezes / Vozes no final" 10 De-De-Dei Xá-Xá-Xá - "Instrumento no final" 11 A Terra, Meus Filhos - "Fx termina abruptamente / Instrumento no final" 12 Debaixo da Marquise do Banco Central - "Fx termina abruptamente" 13 Navegador de Canções - "barulhos de boca / Estalo em 0:36" 14 Aviso aos Passageiros - "Fx termina abruptamente / Índios no fim" 15 NYC Subway Poetry Department - "Fx termina abruptamente" 16 Apocalipsom B - OK
Quem conta essa história maravilhosa é o Bernardo Oliveira, em seu livro sobre o Estudando o Samba.
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simp4lise · 3 years
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“Quando olho para você, quando você me toca, quando vejo seu rosto, quando nos beijamos, meu coração toca uma música. Ele canta que precisa de você como eu preciso de ar. Ele canta que encontrei a parte perfeita dele que estava faltando.”
Reconhece essa frase, amor? Não né porque não leu o livro mas tudo bem, eu supero um dia. Eu não lembro direito quem disse pra quem, mas “Mil beijos de garoto” me lembrou você do início ao fim, - tirando as partes tristes, obviamente. A intensidade que Poppy e Rune se amam e mesmo depois de tempos separados, o sentimento continua intacto.
Você mais do que ninguém sabe que já tivemos muitos altos e baixos durante esse um ano, eu sempre fui muito sincero com você e, sendo mais uma vez agora, o que eu sinto por você é além do normal, além do que eu pensei que pudesse sentir. Amor não é mais a palavra certa pra se usar, mas ainda não existe uma melhor pra expressar isso. Eu te amo, minha Jade. Te amo desde que começamos a conversar, enquanto ainda éramos teen e nem pensávamos que nós poderíamos passar por tudo isso.
Voltando a frase do início, meu coração não toca só uma música, ele canta um álbum inteiro, ele tem sua própria orquestra, sua escola de samba e sim, ele canta, grita que eu achei minha pessoa e que eu preciso dela pra respirar. Preciso de você na minha vida, porque simplesmente não existe uma em que você não esteja incluída e eu nem quero que exista. Você fez e faz parte dos meus melhores momentos e realizou meus maiores sonhos. Um deles é nossa família, e que família ein? Não tem preço eu chegar em casa e dar de casa com você e nossos filhos espalhados na varanda ou você dando banhozinho neles ou a parte que eu mais gosto de assistir, você dando tetêzinho pra eles. É uma coisa tão linda de ver, o jeitinho que você ama eles, que cuida e mima, eu implico bastante mas me sinto o cara mais sortudo do mundo e sem dúvidas eu sou mesmo. Sem falar no Slinky, eu nunca fui muito fã de animal mas não teve preço ver sua carinha toda feliz, agarrando ele e mostrando pra todo mundo, foi tão lindo. E agora um gatinho, sério você quase estragou a surpresa!
Amor, eu não sei fazer texto mas resumindo eu te amo pra caralho, mais do que qualquer coisa. E eu amo te amar, é fácil e difícil ao mesmo tempo. Fácil porque é uma coisa tão natural, te amar virou minha rotina e não no sentido negativo, te amar e amar cada partizinha sua é muito bom. Difícil porque eu tenho que te dividir com muita gente, ave deixem minha mulher em paz ok ela é só minha, e algumas vezes a gente fica meio longe, isso doí pra caralho te quero comigo o tempo inteiro.
Annielise, eu to planejando te pedir em casamento desde sei lá nosso 8° mês juntos mas eu nunca acho o momento perfeito e eu queria que fosse especial pra gente, espero que eu consiga ter feito você entender tudo que eu sinto e que você tenha gostado de tudo que passamos juntos. A gente já leva uma vida de casados mas essa união é muito mais do que isso, quero te chamar de minha mulher, minha noiva, minha esposa… Quero ter meu sobrenome no seu nome e principalmente quero que todos saibam que você é minha.
Jade Maria Annielise Hidalgo, quer casar comigo?
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