Julian Marley
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Sobrevivência / Survival - Viktor Santos
" […] Sobrevivência,
seguindo na decência;
Tudo aquilo que você faz,
há de vir as consequências;
Boas ou ruins, eu sei,
cê também sabe;
Da ganância viveu o Rei,
e se era feliz, só Deus sabe;
Eu também quero ter meu reino,
vou conquista-lo na humildade;
Sem perder a minha essência,
caminhando bem suave;
Não tolero falsidade;
Não disponho de vaidade;
Não vim ao mundo de passagem;
Então, não vem pegar viajem.
Se hoje eu to aqui,
é porque Jah teve vontade;
De ver seu filho progredir,
em meio ao caos da sociedade;
Fica a dica pros atrasados,
desperta, abre seu olho;
Vivemos num mundo tenebroso,
onde o sol não nasce pra todos;
Quando pequeno, eu escutava que a nossa geração,
seria a tal salvação,
da estúpidez de toda nação;
Mas pra foder a evolução,
veio a tal globalização,
e a geração que era o Graal,
se adentrou na podridão;
Mas nem tudo esta perdido, por uma boa razão;
Em meio ao caos da sociedade, a luz surgiu,
há solução.. "
Sobrevivência - Viktor Santos
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" […] Survival,
following in decency;
everything you do,
the consequences will come;
Good or bad, I know,
you also know;
From greed lived the King,
and whether he was happy, only God knows;
I also want to have my kingdom,
I will conquer him in humility;
Without losing my essence,
walking very smoothly;
I do not tolerate falsehood;
I have no vanity;
I did not come to the world in passing;
So, don't come to take a trip.
If today I'm here,
it is because Jah Rastafari had the will;
To see your child progress,
amidst the chaos of society;
Here's a tip for the delayed's,
wake up, open your eyes;
We live in a dark world,
where the sun doesn't rise for everyone;
When I was little, I heard that our generation,
it would be such a salvation,
from the stupidity of every nation;
But to fuck evolution, came such globalization,
and the generation that was the Grail,
entered the rottenness;
But all is not lost, for good reason;
Amidst the chaos of society,
light has emerged,
there is a solution.. "
Survival - Viktor Santos
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#IstoNãoÉUmPoema
Isto não é um poema
só
desabafo
que não pude não
fazer e não pude fazer
de outra forma
que não fosse
assim
fatiando as frases
no espaço
aqui
hoje
eu vi
aterrorizado
um artista assassinado
Moa do Catendê,
mestre de capoeira,
autor do Badauê —
por conta de uma divergência política num bar
da Bahia
depois corri o dedo
sobre a tela e
vi e ouvi
arrepiado
Luiz Melodia
(também negro e compositor,
também com o cabelo rastafari,
como a vítima do post anterior)
cantando
“no coração do Brasil”
e repetindo muitas vezes
esse refrão
“no coração
do Brasil”
“no coração do Brasil”
que tento sentir
pulsar ainda
entre a luz de Luiz
e a treva
desse buraco vazio
que não pulsa mais no peito
de Moa do Catendê
e “não existe amor em SP”
ou “no coração do Brasil”
fraturado
nesses dias
brutos
de coturnos
chucros
a chutar a cara
de quem
ama
arte
cultura educacão
liberdade de expressão
diversidade
cidadania
solidariedade
democracia
mas não se dá
a mínima
o que importa é se subiu
a bolsa
caiu
o dólar
se todos vão prosseguir
seguindo
docilmente para o abismo
nessa insanidade coletiva
em que o Brasil nega
qualquer Brasil
possível
cega
qualquer futuro possível
e o ódio
o horror e o
ódio
e nada que se diga faz sentido
mais
para quê
expor na cara desses caras
a palavra explícita
(gravada em vídeo e repetida, repetida, repetida)
do seu “mito”
dizendo
“eu apoio a tortura”
“eu defendo a ditadura”
“eu vou fechar o congresso”
“não servem nem para procriar”
“não te estrupro porque você não merece”
“a gente vai varrer esses vagabundos daqui”
“o erro foi torturar e não matar”
“viadinho tem que apanhar”
etc etc etc etc etc
e tudo mais
que repete incansavelmente
há anos
ante câmeras e microfones
para quê mostrar de novo
e de novo
o mesmo nojo
se é justamente
por isso
que o idolatram?
e sempre haverá
os que vêm disfarçar
dizendo:
“estamos entre dois extremos”
“sim, mas veja a Venezuela”
“é para acabar com a corrupção”
“nós queremos segurança”
ou
“não é bem assim...”
enquanto constatamos cada vez mais
que sim,
é assim
mesmo, é assim
que é
mas
como li por aí:
“como explicar a lei Rouanet para quem
ainda não assimilou a lei Áurea?”
ou: como explicar a lei da gravidade
para quem ainda crê
que a terra é plana?
e querem defender sua ignorância com dentes
e garras
querem
matar atirar vingar
a quem?
em nome de quem?
(pátria, família, propriedade, segurança?)
se nessa seara não há direitos
nem respeito
ensino ou dignidade
só horror e
ódio, ódio
e horror
as palavras perdem a clareza
os valores perdem o valor
a vida perde o valor
Marielle
remorta remorrida rematada
por sua placa
rompida rasgada desonrada
pelas mãos truculentas de
brutamontes prepotentes
com suas camisetas estampadas
com a face do coiso
que redemonstra sua monstruosidade
quando vende
em seus próprios comícios
camisetas de outro
ultra-monstro
ustra
—
aquele que além de torturar
levava crianças para verem
suas mães torturadas
—
e esses mesmos
abomináveis
que, diante de uma claque vergonhosa,
se orgulham
de terem
rasgado as placas
com o o nome Marielle Franco
estão sim
agora
eleitos
satisfeitos
mas não saciados
de todo o sangue
de inocentes
que há de correr
só por serem
diferentes
excitando em outros
o desejo de exercer
seu obscuro
poder
de milícia polícia esquadrão da morte
e o anúncio da Rocinha metralhada
como solução
a barbaridade finalmente
institucionalizada
como diversão
o Brasil finalmente
sem coração
fora da ONU
e dos acordos internacionais pelo
meio-ambiente
sem controle
de sensatez ou mentalidade
sem limite humanitário
“não vai ter ong!”
“não vai ter ativismo!”
“não vai ter mimimi!”
bradam
cheios de si e de ódio
criminosos contra o crime
opressores pela família
amorais pela moral
apesar de todos
os alertas
da imprensa internacional
de esquerda, de centro, de direita
só não vê quem não quer
a tragédia anunciada
divulgada
não como boato
mas escancarada
-mente
enquanto
empoderados pelo discurso
de ódio
de horror e ódio
seus eleitores
já saem pelas ruas
dando tiros
e gritos
enxurradas de fakes
suásticas nazistas gravadas com canivete
na pele da menina
que usava “ele não” estampado na blusa
e a promessa de violência desmedida
se concretizando
antes mesmo de começar o segundo turno
e nem um centímetro de terra para os índios
e nem um pingo de direitos civis ou humanos
e a volta da censura e o ódio,
o ódio, o horror
e o ódio
pra encerrar de vez
o sonho de uma nação
que tem a chance
de dar ao mundo
sua contribuição
original
agora fadada a repetir o que de pior já houve
na história
sem história agora
sem Museu Nacional
nem cultura nem educação
abolir filosofia e arte
em seu lugar:
moral e cívica
escola militar
religião
geografia dos lucros e dividendos
massacre das minorias
horror e ódio
e ódio
e horror
crescente permanente enquanto dure
pois ninguém larga o osso assim tão fácil
depois de um golpe
que precisa parir outro golpe
ou autogolpe
alimentado por todas as fakes e facas
contra as costas de artistas
como Moa
mas na cabeça de quem apóia
tudo se justifica:
o fascismo
a tortura dos presos
o sumário julgamento sem juri
autorização dada à polícia
para matar
e o ódio aos pobres
as blitzes ostensivas
a guerra declarada
dos que aceitam assassinos para combater bandidos
se está tudo invertido mesmo
pobre elegendo milionário,
pelo avesso e ao contrário
então se autoriza a sórdida
barbárie
dos fortes contra os fracos
algo está muito doente
no Brasil
no descoração do Brasil
que mente, se omite, agride, regride
para avançar sem freios
em direção ao fascismo
seguindo a música hipnótica do
ódio,
horror e ódio
pregados em igrejas
em nome de Deus
e de Cristo
só desamor em nome de Cristo
violência e brutalidade em nome de Cristo
armas e tortura
e preconceito em nome de Cristo
de Deus e de Cristo
armar a população
para metralhar os adversários
os diferentes
os miseráveis
os favelados
os do outro lado
os que se manifestam
ou contestam
ou pensam de outra forma
ou se vestem
de outra cor ou tem
outra cor ou
qualquer pretexto
que se crie
para espalhar o ódio, o horror
e o ódio
do machismo ao estupro
da mentira ao linchamento
do homicídio ao genocídio
(“tinha que ter matado pelo menos trinta mil!”)
já sem democracia
palavra vazia
em boca
de quem compactua
(e não são poucos)
pensando ser
possível
alguma forma de
neutralidade
nesse momento
como Pilatos
lavando as mãos
a chamada mídia
tenta fazer média
ao dizer que os dois lados são igualmente
extremistas e perigosos
mas então
onde estavam nos últimos três mandatos
e meio
antes do pesadelo Temer?
estavam numa ditadura comunista
e não sabiam?
na verdade
todos sabem muito bem
que o extremismo
vem de um só
lado, que
quer se eleger para acabar
com eleições
e que o grande perigo é mesmo
esse jogo
de equivalências que,
na verdade
serve ao monstro
pois a omissão é missão impossível
neste agora
impossível
mascarar o sol
da ameaça
hostil e explícita
do nazismo
crescente
com a peneira furada
de um bom senso
mediano hipócrita indiferente
que sempre
vai dizer:
sim, mas a Venezuela...
como se não tivéssemos ouvido exatamente isso
em 64,
quando diziam:
— Sim, mas Cuba...
para justificar a ditadura militar
que tanto elogiam
hoje em dia
e que o atual
presidente
do nosso Supremo Tribunal Federal
decidiu
que agora vai chamar
de “movimento”
em vez de
“golpe militar”
para adoçar um pouco a boca
amarga
do sangue
impregnado
que não vai sumir assim
mudando a nomenclatura
desnomeando a já tão dita
“ditadura”
mas esse des-
-equilíbrio
ético
que diz
preferir uma autocracia
perfeita
a uma
defeituosa
democracia
esse
erro
que nenhum arrependimento será
capaz de reparar
quando for tarde
demais
ainda dá
para evitar
ainda
é tarde
de menos
para
conter
o ódio,
o horror e o ódio
ainda
dá
dd
a
d
Arnaldo Antunes - Tribalistas
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É de 2018, mas é sempre bom disseminar. IstoNãoÉUmPoema
isto não é um poema só desabafo que não pude não fazer e não pude fazer de outra forma que não fosse assim fatiando as frases no espaço aqui hoje eu vi aterrorizado um artista assassinado Moa do Catendê, mestre de capoeira, autor do Badauê — por conta de uma divergência política num bar da Bahia depois corri o dedo sobre a tela e vi e ouvi arrepiado Luiz Melodia (também negro e compositor, também com o cabelo rastafari, como a vítima do post anterior) cantando “no coração do Brasil” e repetindo muitas vezes esse refrão “no coração do Brasil” “no coração do Brasil” que tento sentir pulsar ainda entre a luz de Luiz e a treva desse buraco vazio que não pulsa mais no peito de Moa do Catendê e “não existe amor em SP” ou “no coração do Brasil” fraturado nesses dias brutos de coturnos chucros a chutar a cara de quem ama arte cultura educacão liberdade de expressão diversidade cidadania solidariedade democracia mas não se dá a mínima o que importa é se subiu a bolsa caiu o dólar se todos vão prosseguir seguindo docilmente para o abismo nessa insanidade coletiva em que o Brasil nega qualquer Brasil possível cega qualquer futuro possível e o ódio o horror e o ódio e nada que se diga faz sentido mais para quê expor na cara desses caras a palavra explícita (gravada em vídeo e repetida, repetida, repetida) do seu “mito” dizendo “eu apoio a tortura” “eu defendo a ditadura” “eu vou fechar o congresso” “não servem nem para procriar” “não te estrupro porque você não merece” “a gente vai varrer esses vagabundos daqui” “o erro foi torturar e não matar” “viadinho tem que apanhar” etc etc etc etc etc e tudo mais que repete incansavelmente há anos ante câmeras e microfones para quê mostrar de novo e de novo o mesmo nojo se é justamente por isso que o idolatram? e sempre haverá os que vêm disfarçar dizendo: “estamos entre dois extremos” “sim, mas veja a Venezuela” “é para acabar com a corrupção” “nós queremos segurança” ou “não é bem assim…” enquanto constatamos cada vez mais que sim, é assim mesmo, é assim que é mas como li por aí: “como explicar a lei Rouanet para quem ainda não assimilou a lei Áurea?” ou: como explicar a lei da gravidade para quem ainda crê que a terra é plana? e querem defender sua ignorância com dentes e garras querem matar atirar vingar a quem? em nome de quem? (pátria, família, propriedade, segurança?) se nessa seara não há direitos nem respeito ensino ou dignidade só horror e ódio, ódio e horror as palavras perdem a clareza os valores perdem o valor a vida perde o valor Marielle remorta remorrida rematada por sua placa rompida rasgada desonrada pelas mãos truculentas de brutamontes prepotentes com suas camisetas estampadas com a face do coiso que redemonstra sua monstruosidade quando vende em seus próprios comícios camisetas de outro ultra-monstro ustra — aquele que além de torturar levava crianças para verem suas mães torturadas — e esses mesmos abomináveis que, diante de uma claque vergonhosa, se orgulham de terem rasgado as placas com o o nome Marielle Franco estão sim agora eleitos satisfeitos mas não saciados de todo o sangue de inocentes que há de correr só por serem diferentes excitando em outros o desejo de exercer seu obscuro poder de milícia polícia esquadrão da morte e o anúncio da Rocinha metralhada como solução a barbaridade finalmente institucionalizada como diversão o Brasil finalmente sem coração fora da ONU e dos acordos internacionais pelo meio-ambiente sem controle de sensatez ou mentalidade sem limite humanitário “não vai ter ong!” “não vai ter ativismo!” “não vai ter mimimi!” bradam cheios de si e de ódio criminosos contra o crime opressores pela família amorais pela moral apesar de todos os alertas da imprensa internacional de esquerda, de centro, de direita só não vê quem não quer a tragédia anunciada divulgada não como boato mas escancarada - mente enquanto empoderados pelo discurso de ódio de horror e ódio seus eleitores já saem pelas ruas dando tiros e gritos enxurradas de fakes suásticas nazistas gravadas com canivete na pele da menina que usava “ele não” estampado na blusa e a promessa de violência desmedida se concretizando antes mesmo de começar o segundo turno e nem um centímetro de terra para os índios e nem um pingo de direitos civis ou humanos e a volta da censura e o ódio, o ódio, o horror e o ódio pra encerrar de vez o sonho de uma nação que tem a chance de dar ao mundo sua contribuição original agora fadada a repetir o que de pior já houve na história sem história agora sem Museu Nacional nem cultura nem educação abolir filosofia e arte em seu lugar: moral e cívica escola militar religião geografia dos lucros e dividendos massacre das minorias horror e ódio e ódio e horror crescente permanente enquanto dure pois ninguém larga o osso assim tão fácil depois de um golpe que precisa parir outro golpe ou autogolpe alimentado por todas as fakes e facas contra as costas de artistas como Moa mas na cabeça de quem apóia tudo se justifica: o fascismo a tortura dos presos o sumário julgamento sem juri autorização dada à polícia para matar e o ódio aos pobres as blitzes ostensivas a guerra declarada dos que aceitam assassinos para combater bandidos se está tudo invertido mesmo pobre elegendo milionário, pelo avesso e ao contrário então se autoriza a sórdida barbárie dos fortes contra os fracos algo está muito doente no Brasil no descoração do Brasil que mente, se omite, agride, regride para avançar sem freios em direção ao fascismo seguindo a música hipnótica do ódio, horror e ódio pregados em igrejas em nome de Deus e de Cristo só desamor em nome de Cristo violência e brutalidade em nome de Cristo armas e tortura e preconceito em nome de Cristo de Deus e de Cristo armar a população para metralhar os adversários os diferentes os miseráveis os favelados os do outro lado os que se manifestam ou contestam ou pensam de outra forma ou se vestem de outra cor ou tem outra cor ou qualquer pretexto que se crie para espalhar o ódio, o horror e o ódio do machismo ao estupro da mentira ao linchamento do homicídio ao genocídio (“tinha que ter matado pelo menos trinta mil!”) já sem democracia palavra vazia em boca de quem compactua (e não são poucos) pensando ser possível alguma forma de neutralidade nesse momento como Pilatos lavando as mãos a chamada mídia tenta fazer média ao dizer que os dois lados são igualmente extremistas e perigosos mas então onde estavam nos últimos três mandatos e meio antes do pesadelo Temer? estavam numa ditadura comunista e não sabiam? na verdade todos sabem muito bem que o extremismo vem de um só lado, que quer se eleger para acabar com eleições e que o grande perigo é mesmo esse jogo de equivalências que, na verdade serve ao monstro pois a omissão é missão impossível neste agora impossível mascarar o sol da ameaça hostil e explícita do nazismo crescente com a peneira furada de um bom senso mediano hipócrita indiferente que sempre vai dizer: sim, mas a Venezuela… como se não tivéssemos ouvido exatamente isso em 64, quando diziam: — Sim, mas Cuba… para justificar a ditadura militar que tanto elogiam hoje em dia e que o atual presidente do nosso Supremo Tribunal Federal decidiu que agora vai chamar de “movimento” em vez de “golpe militar” para adoçar um pouco a boca amarga do sangue impregnado que não vai sumir assim mudando a nomenclatura desnomeando a já tão dita “ditadura” mas esse des- - equilíbrio ético que diz preferir uma autocracia perfeita a uma defeituosa democracia esse erro que nenhum arrependimento será capaz de reparar quando for tarde demais ainda dá para evitar ainda é tarde de menos para conter o ódio, o horror e o ódio ainda dá dd a d
#ArnaldoAntunes
Arnaldo Antunes
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Dos arquivos de Felipe Ferrare: DOMINGÃO DO FERRARÃO! - 05/05/2001
Governador Valladares,
A poesia corre as veias dos brasileiros como merda a céu aberto na Baixada Fluminense. Recebi este poema concreto, que merecerá minha análise obtusa:
cerveja está sempre molhadinha.
A xoxota precisa de estimulos para ficar molhadinha.
cerveja 1 x 0 xoxota
Cerveja quente é horrivel.
Xoxota quente é maravilhoso.
cerveja 1 x 1 xoxota
Se você ficar com um pentelho na boca ao beber cerveja, você fica com nojo.
Se for ao chupar uma xoxota, não.
cerveja 1 x 2 xoxota
Quando você bebe muita cerveja, fica gozado (engraçado).
Quando come uma xoxota, ela fica gozada.
cerveja 1 x 3 xoxota
Cerveja é uma bebida fermentada que leva fungos no preparo e tem um gosto bom.
Uma xoxota fermentada e com fungos é simplesmente incomível (não dá pra comer).
cerveja 2 x 3 xoxota
6 cervejas numa noitada te deixam alegre.
6 xoxotas numa noite te deixam realizado.
cerveja 2 x 4 xoxota
É normal e aceitavel beber cerveja na arquibancada do Maracanã.
Você se tornará uma lenda se comer uma xoxota na arquibancada do Maracanã.
cerveja 2 x 5 xoxota
Se um policial sentir bafo de cerveja, você vai pro bafômetro e pode ser multado.
Se ele sentir bafo de xoxota, vai te dar parabéns e bater palmas.
cerveja 2 x 6 xoxota
Quanto maior a cerveja, melhor.
Quanto maior a xoxota, pior.
cerveja 3 x 6 xoxota
Cerveja pode fazer você pensar que é Deus.
Xoxota pode fazer você ver ou até se sentir Deus.
cerveja 3 x 7 xoxota
Se você pensa o dia todo em cerveja, você é um alcoólatra.
Se você pensa o dia todo em xoxota, você é normal.
cerveja 3 x 8 xoxota
Abrir uma cerveja pode ser prazeroso.
Abrir uma xoxota é muito mais prazeroso.
cerveja 3 x 9 xoxota
Se você tentar beber no seu local de trabalho, pode até ser demitido.
Se tentar comer uma xoxota, pode ser acusado de assédio sexual e ir preso.
cerveja 4 x 9 xoxota
Cervejas ruins: Malt 90, Carlsberg, Schincariol. Mas você topa beber todas.
Xoxotas ruins: Angela Roro, Cláudia Jimenes, Marlene Matos. São incomíveis.
cerveja 5 x 9 xoxota
Cervejas boas: Antártica, Brahma, Skol. Embora você tope beber todas que existem, boas são poucas.
Xoxotas boas: A lista é enorme. Embora você não tope comer todas que existem, boas são muitas.
cerveja 5 x 10 xoxota
Você pode perfeitamente se contentar em beber uma só marca de cerveja.
De forma alguma você se contentará em comer sempre a mesma xoxota.
cerveja 6 x 10 xoxota
Há ICMS sobre a cerveja.
Não há ICMS sobre a xoxota.
cerveja 6 x 11 xoxota
Não importa a situação: pela cerveja você sempre paga.
Pela xoxota, nem sempre.
cerveja 6 x 12 xoxota
Você pode beber a cerveja, virar as costas e ir embora. Sem ressentimentos.
Se você comer a xoxota, virar e ir embora, você é um canalha.
cerveja 7 x 12 xoxota
Cerveja demais pode fazer você passar muito mal.
Xoxota demais... xoxota demais? Isso não existe! Xoxota nunca é demais!
cerveja 7 x 13 xoxota
Na manhã que segue uma noitada bebendo cerveja, você não quer nem ouvir falar em cerveja.
Na manhã que segue uma noitada comendo xoxota, você quer mais.
cerveja 7 x 14 xoxota
E por aí vai... Fica claro que xoxota é bem melhor que cerveja.
Aliás (alilás), que coisa imbecil comparar xoxota com cerveja!
Chega de ecrever. Vou tomar umas cervejas e depois comer uma xoxota!
Gov. my Gov., o poema estatístico é agudo e verdadeiro, mas peca pela baixaria. Acho chula, baixa, vulgar a expressão xoxota. Seria muito mais digna, limpa e elevada chamar essa cratera carnuda, úmida e morna de buceta. Vou mais longe, Gov. my Gov. Vou a puta que o pariu com essa reflexão: quem gosta de cerveja não gosta de buceta e vice e versa. Domingo é o dia mundial da cerveja. No Brasil, os homens se juntam a outros homens, botam carne na churrasqueira e ficam rindo e bebendo a porra da cerveja. Enquanto isso, amuadas, num cantinho esquecidas, as mulheres tentam domar a fúria incontrolável, a fome ladra e infeliz de suas bucetas secas, fechadas, abandonadas como um carrilhão de antiquário. O que acontece? As mulheres brigam, fazem fofocas e intrigas, enquanto os homens, uns passando a mão na bunda dos outros, gargalham bêbados.
Gov. my Gov., eu também tenho minhas estatísticas: das 1.298 mulheres casadas que já comi, 98% eu pesquei nas segundas-feiras, dia em que elas saem as ruas putas da vida, com as bucetas em chamas clamando por vara e vingança, ou, vingança e vara. Devo a cerveja, e agradeço publicamente aqui, as belíssimas bucetas que encaçapei e encaçapo por essa vida, bucetas que teoricamente teriam dono pois suas proprietárias usam aquela forca de ouro na mão esquerda, o que a burguesia batizou de aliança. Ah, sim, Gov. my Gov. eu falei das 98% das bucetas e quanto aos 2%? Cacei em shopping, dia de semana entre 13 e 15 horas.
Erram aqueles que tratam a buceta como um animal irracional. Ha ha ha ha ha!!!!! Bosta de equívoco!!! A buceta é o mamífero/crustáceo mais inteligente que habita esse nosso planeta surrado, carcomido e arrombado como cu de bêbado. Gov. my Gov. você já conversou com uma buceta????Não é berrar, não é levar a buceta pra São Januário pra discutir jogo do Vasco. Eu falo de conversa íntima, de troca de confissões. Já viveu essa experiência, Gov. my Gov.? Claro que já!!!!!! Você é um dos buceteiros eméritos da nação e todos nós sabemos e o louvamos por isso. Certa vez, Gov. my Gov., eu chamuscava uma buceta casada num motel da zoa oeste do Rio. Eu estava gargarejando com a cabeça enfiada naquela terra prometida, naquela Atlântida de delícias, quando comecei a conversar telepaticamente com ela. A buceta dizia "gira mais a língua na ponta do grêlo" e eu girava. Depois foi mais longe: "morde a ponta do grêlo e enfia o braço esquerdo no cu da dona". Eu fui seguindo aquela receita que a buceta me passava até que ela gozou bonito nos meus cornos e eu bebi aquele néctar delicioso, que lembra o gosto de caviar, camarão, frutos do mar em geral, já que uma boa buceta na verdade é um mexilhão conceitual-contemporâneo.
Nunca bebi antes de foder porque buceta não gosta de bafo de cana. Sabia, Gov. my Gov.? Pois numa tarde, em Salvador (BA) eu descabelava o palhaço num bucetão rastafari, pentelhudo de cortar a cabeça do pau. Essa buceta equivocou-se e casou com um coreano, que como a humanidade sabe, além de ter pau pequeno é porco. Eu mamava aquela Bob Marley greluda e já sabia que, por se tratar de uma legítima afro-brasileira, a buceta era mais quente, mais profunda, mais vermelha e mais insaciável do que as outras. A dona da buceta fumou vários morrões de maconha e haxixe e só dizia "mais vara, tá pouco, mais vara, tá pouco", e quando percebi meu saco praticamente já tinha adentrado aquela Kingstom suculenta e macia como a mais honesta das fraldinhas ao alho. Apaguei a luz do quarto e vi aquela micro-lareira se mexendo na cama, querendo pica, parecia luz de secretária eletrônica. Não era preciso, Gov. my Gov. mas cuspi na cabeça do pau, mamei meio litro de Oncinha e caí no precipício da doidura, como se diz na Bahia. Os vapores do álcool misturaram-se a fuligem dos morrões e bateu a onda. A buceta saiu andando pela cama como uma tarântula, Gov. my Gov., e voava nos meus cornos, mijava a minha língua, quicava no meu pau e eu ria, gargalhava. A dona da buceta também. De repente, meu pau começou a galopar pelo quarto, dando coices no ar, comendo a buceta que corria na frente. Pareciam dois cachorros de estimação cruzando loucamente e quando a onda passou....Não sei se devo....Ah, foda-se, eu estava comendo a sauna do motel e a rastafari enterrava um aspirador de pó impiedosamente buceta abaixo. Por isso digo e repito, drogas, tô fora!
Hoje é domingo, Gov. my Gov. Aqui de Paquetá vejo uma bruma azulada cobrir a paisagem nublada do Rio de Janeiro. Essa bruma poética é a fumaça de milhões de churrasqueiras que começam a ser acesas por volta de meio dia. Como diriam você e Paulo Coelho, sentado na pedra da moreninha eu gaguei e mijei. Mas também pensei: amanhã é segunda-feira e todas aquelas bucetas continentais casadas que nesse momento estão sendo vilipendiadas e humilhadas, trocadas por cervejas, carne e futebol, vão ganhar as ruas clamando por vingança. E saibam, bucetas!!! De manhã cedo, minha pica dura, agreste e opulenta como o obelisco de Ipanema estará pronta para vingar esses filhos da puta corneando-os pois em cabeça de cervejeiro só cabem duas coisas: boné da seleção brasielira ou um par de chifres de alce.
Felipe Ferrare é ensaísta desgustador de bucetas escravas, historiador senior apreciador de uma boa taparraca e articulista que quando bêbado faz buceta correr atrás de pau como se a vida não passasse um autorama.
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Savilar - Nação Rastafari (2002)
01. Salve América
02. Nação Rastafari
03. Extra
04. Selvagem
05. Mensagem do Vento
06. Preconceito
07. Devoção
08. Tem Que Querer
09. Uff
10. Stop That Thain
11. Corpo Embrumante
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