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#ryan um livro fechado
thepromfilmeonline · 4 years
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The Prom (A Festa de Formatura) assistir filme Online Grátis Português
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Um filme pode sobreviver um ano sem teatro musical, sem mãos de jazz? "The Prom" de Ryan Murphy tenta o seu melhor, mas apesar de uma abertura promissora e uma vivacidade que faz "Glee" parecer totalmente oprimido em comparação, não é exatamente o empecilho que temos desejado.
Com luzes de néon, ternos cintilantes e um elenco de estrelas - Meryl! Nicole! Corden! - “The Prom” certamente tenta corajosamente pegar a emoção brilhante e vertiginosa dos musicais ao vivo e colocá-la em uma overdose de esteróides. Isso pode ser exatamente o que alguns desejam; muito agito da Broadway não é exatamente um problema agora, com os cinemas fechados até pelo menos o verão. “The Prom” começa a ser transmitido na sexta-feira no Netflix.
O show de “The Prom” - com um livro de Bob Martin e Chad Beguelin, que também escreveu as canções com Matthew Sklar, o show de “The Prom” foi uma combinação bastante engenhosa de comédia musical séria e autoparódia. Murphy, trabalhando a partir de um roteiro de Martin e Beguilin, carregou energicamente esse tom, enviando a Broadway apenas para celebrá-la.
A abertura é uma salamandra. Dee Dee Allen (Streep) e Barry Clickman (Corden) estão comemorando após a abertura de seu grande novo show da Broadway, "Eleanor!", Um musical de Eleanor Roosevelt equivocado, quando as críticas começam a rolar. A festa vira imediatamente para um velório, e Dee Dee e Barry começam a afogar suas tristezas com um par de artistas que também estão de fora (Nicole Kidman, Andrew Rannells). Temendo que suas carreiras acabem, eles decidem mudar as coisas com uma causa favorável às relações públicas para se unir. “Uma pequena injustiça à qual podemos dirigir”, diz Dee Dee, enquanto bebe um martini.
São linhas como essa que tornam "The Prom", por um tempo, uma delícia. Ele funciona melhor quando está espetado na bolha da Broadway, mas em bases menos seguras uma vez que deixa o Great White Way para trás. O quarteto encontra sua causa celebre tendência no Twitter: uma adolescente gay chamada Emma (Jo Ellen Pellman, um destaque e possivelmente a única pessoa convincente do filme) foi impedida de trazer sua namorada, Alyssa (Ariana DeBose), para seu baile em Edgewater, Indiana. Eles vão para o interior, com intenções altruístas e vazias, e estatuetas Drama Desk embaladas em suas malas de grife.
Em Indiana, “The Prom” começa a considerar mais sinceramente a inclusão e os direitos LGBTQ, e rotinas ocasionais de música e dança para acompanhar. O filme admiravelmente dá a cada personagem principal alguma atenção, incluindo cenas com o diretor da escola (Keegan-Michael Key, charmoso, principalmente emparelhado com Dee Dee) e a mãe conservadora de Alyssa (Kerry Washington), a líder vocal da proibição. Mas isso também vem às custas do impulso inicial precipitado do filme e seu tempo de execução, estendendo o que poderia ter sido um filme cada vez mais engraçado até que comece a cair do tipo de exibições autocongratulatórias que inicialmente satiriza.
Nada disso é tão ruim; o filme exala o espírito caloroso de aceitação, e o diretor de fotografia Matthew Libatique (“Nasce uma estrela”, “Requiem for a Dream”) começa a banhar o filme com um brilho mais suave. Mas também é um ato de malabarismo delicado de caricatura cômica e sentimento sincero, e Murphy não consegue fazer isso. Alguns argumentaram fortemente que a atuação de Corden como um estereótipo gay, em particular, está fora do tom. Outros têm mais sucesso. Me interrompa se você já ouviu isso antes, mas Meryl Streep é incrível. Mais do que ninguém, ela parece apreciar desfilar pelo abismo entre a Broadway e a América Central, orgulhosamente se apresentando como um “ícone gay positivo” e tentando conseguir uma suíte de hotel inexistente apresentando seus prêmios na recepção.
“O Baile de Formatura” trabalha muito para ser um bom momento, e espero que seja para muitos que precisam de um. Como encore, só posso sugerir outro filme de festa inclusivo e liberal deste ano que capturou mais diretamente a alegria de estar em um teatro: “A Utopia Americana de David Byrne”.
“The Prom”, um lançamento da Netflix, é classificado como PG-13 pela Motion Picture Association of America por elementos temáticos, algumas referências sugestivas / sexuais e linguagem. Tempo de execução: 131 minutos. Duas estrelas e meia em quatro.
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ryanspotion · 5 years
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ᴀɴᴅ ʏᴏᴜʀ ʙɪʀᴅ ᴄᴀɴ sɪɴɢ.
⫸ ℙ𝕆𝕍 𝟘𝟘𝟙: ℕ𝕚𝕟𝕒 𝕒𝕟𝕕 ℝ𝕪𝕒𝕟. ((𝔽𝕚𝕣𝕤𝕥 𝕚𝕟𝕥𝕖𝕣𝕒𝕔𝕥𝕚𝕠𝕟.))  
          Uma lufada de ar atingiu seus cabelos, jogando seus fios em diversas direções ao cobrir sua visão temporariamente quando as portas do prédio de Ailish fecharam as suas costas. Olhou pelo vidro para o lado de fora e viu a bela coruja que o acompanhara pelo trajeto pousar majestosamente em um dos poleiros específicos para isso, suas enormes asas fechando-se ao se acomodar no apoio de madeira, não a tornando menos esplêndida. Sabia que ela estaria lá o esperando quando voltasse. "Pelo menos alguém." pensou amargamente com um suspiro enquanto se dirigia a porta do apartamento do rapaz. Sentiu o peito apertar levemente quando se lembrou que Aillie já não morava mais sozinho, mas sim com sua filha. Sim... filha... Quando soube sobre a volta de Nina, não acreditou. Sabia da história do amigo e algo como aquilo acontecer... Simplesmente parecia irreal, incrivelmente bom, mas irreal. Lembrava-se de ter sorrido e o abraçado com força, sendo impossível conter a alegria com as novas, sentia o homem ainda atordoado com a notícia, mas com os fins das aulas e época de provas tinha sido complicado prestar mais atenção a ele. Entretanto, ali estava, diante de sua entrada, com a respiração presa na garganta e a mão na direção da varinha hesitante. Talvez fosse uma ideia melhor bater, não queria simplesmente assustar a menina tendo um estranho entrando no local e ele já não era o melhor para se lidar com crianças, sobre o assunto era um completo leigo. Os nós dos dedos encostaram na madeira com suavidade, quase que timidamente, por medo de que a pequena estivesse em sua hora da soneca. Crianças de sua idade ainda tinham hora da soneca? Ela dormia em um berço? Não, que bobagem, era óbvio que não, eles geralmente abandonavam os berços com... dois... talvez... três... Quem sabe... Bom, talvez ela dormisse em um berço. Fazia muito tempo desde que tinha cuidado de seu irmão pequeno e para si na época era mais uma brincadeira que uma verdadeira responsabilidade, apesar de ter o ajudado nesse aspecto. Seus pensamentos foram interrompidos pela bela visão de Ailish com um semblante cansado e olhos levemente vermelhos. Ele parecia exausto. -- Caralho, você parece um zumbi, Flint-wood. Se precisar da minha poção revigorante... -- ofereceu, erguendo-lhe o frasco metálico com uma expressão sugestiva enquanto esticava o pescoço para dar-lhe um breve selar nos lábios antes de entrar. 
          Entretanto, o que encontrou na sala assim que colocou seus pés sobre o piso fino não foi a visão comum de seu aconchegante sofá onde ficariam deitados conversando por horas a fio ou... Não. Pois no sofá havia uma diminuta figura de cabelos dourados e grandes olhos claros. Sim, ela era realmente filha dele e tinha lhe puxado apenas as melhores características. Imaginava o quão bela sua mãe deveria ser. -- Ahn... Olá, Nina. Ryan, é um prazer. -- disse num cumprimento meio sem jeito, curvando as costas levemente com um sorriso nos lábios. Sabia pelo amigo que ela não falava e provavelmente tinha passado por muitos traumas, e que em seu pacote, toques também não estavam inclusos como uma ação muito bem aceita. Sentou-se em uma poltrona ao lado oposto ao qual ela estava e novamente tentou um início de conversa, mesmo que soubesse que ela não iria responder, achava de bom gosto ser simpático apenas para fazê-la se sentir um pouco mais a vontade. -- Que prendedor bonito você tem no cabelo, foi você quem prendeu hoje? -- silêncio como resposta, seu olhar aparentava curiosidade, mas ela fazia questão de pouco demonstrar. -- Ficou muito bonito de qualquer forma. -- concluiu, erguendo-se de onde estava para ir em direção do amigo. -- Vai dormir, mate. Eu fico olhando a Nina, não se preocupa, qualquer coisa eu te chamo. Vou pegar uns papéis para corrigir aqui e ajustar algumas receitas... -- explicou colocando sua bolsa de couro sobre o chão, apertando o ombro dele gentilmente. Ailish hesitou, podia ver em seu semblante que não queria deixá-la sozinha e devia ser muito difícil para ele uma vez que tinham sido separados por tanto tempo. Conhecia poucas histórias tão trágicas quanto a dele. O cansaço por fim ganhou no entanto, e ele concordou com seus olhos iluminados já pequenos de sono. Ele é claro fez questão de voltar até a sala para avisar a garotinha que apenas iria descansar, mas podia confiar em Ryan ou chamá-lo caso precisasse. Imaginava o quão mais difícil era para Ailish se encontrar naquela situação de mudez seletiva da garota, uma vez que não podia nem ao menos ver sua linguagem corporal, como ela estava, como se portava... Algo cruel do destino a se fazer. Já no corredor e longe dos olhos dela, deu um leve tapa na bunda de Ailish junto de uma risada enquanto ele se encaminhava para o quarto. -- Vê se não morre. -- brincou com seu “gentil” jeito de ser e foi na direção de sua bolsa pegar seus papéis, preferindo ignorar o gesto obsceno do amigo para si como resposta de sua provocação. 
          O apartamento chique e bem decorado do Flint-Wood tinha uma mesa ao lado da sala, onde os jantares mais formais e que exigiam maior espaço aconteciam e foi nesse mesmo local, com um lustroso tampo de madeira no qual se aconchegou, espalhando suas coisas pela superfície. Podia ver pelo canto de seus olhos que a garota o observava, olhos misteriosos e reflexivos grudados em si e em seus movimentos, não sabia se por hesitação ou interesse. Passou a deslizar a pena pela imaculada extensão branca do papel quando viu que sua tinta estava praticamente no fim. Devia ter alguma pequena porção de reserva na maleta que carregava consigo. O barulho do couro sintético era suave diante da quietude inenarrável e os pequenos frascos tilintavam como sinos junto com os outros conteúdos, preenchendo o ambiente com sons rotineiros. Em meio a sua busca encontrou alguns pacotinhos de balas de caramelho e as colocou na mesa, virando seu olhar para a menina que logo o desviou, fingindo estar mais interessada em seu livro de figuras. -- Quer uma bala de caramelo, Nina? Se quiser... Vou deixar aqui. -- disse as empurrando um pouco mais para a ponta. Voltou a buscar seu frasco de tinta e quando finalmente encontrou retornou ao seu trabalho anterior. A aproximação não foi rápida, ao contrário, ela levou um longo tempo entre se sentar em partes mais próximas do sofá, buscar coisas no canto da sala e procurar objetos imaginários pelo chão até finalmente estar ao seu lado, esticando suas mãos delicadas para pegar a bala. Ryan a observava sem erguer a cabeça, apenas focando com suas pupilas escuras em cada pequeno movimento seu, por algum motivo ele sentia que caso respirasse mais alto ela sairia correndo e por isso permaneceu estático. Ela o lembrava de um pequeno animal selvagem, livre em sua existência mas ao mesmo tempo preso em seu próprio mundo, impenetrável, fechado em seu instinto de sobrevivência. Os curiosos tentam se aproximar, fascinados por sua beleza, mas o animalzinho não se deixava vender apenas por sua forma, ele não se deixa ser protegido porque estivera tão acostumado a ser atacado que qualquer outra perspectiva nem mesmo lhe passa pela cabeça, a mente acelerada em sua própria lentidão buscando meios de escapar. O som do plástico da bala se abrindo foi o que o fizera a encarar de forma gentil. Podia não saber sobre crianças, mas sabia sobre pessoas e como devia respeitar seu tempo e espaço. 
          Os dedos compridos, esbarraram no papel e com um gesto suave o virou na direção dela, revelando um desenho em preto e branco com mais detalhes tirados da memória que gostaria de admitir que sabia. -- É uma Australian Masked-Owl. -- explicou suavemente, a voz praticamente aveludada ao tentar não assusta-la. Com aquilo, a garota se sentou na cadeira ao seu lado, mas continuou em seu aparentemente perpétuo voto de silêncio. -- Ela me lembra você, não acha? -- perguntou pegando o papel novamente e o analisando -- Os olhos... É, ela tem olhões. -- arregalou os olhos rasgados e colocou a língua para fora, em uma expressão engraçada. Foi o primeiro sorriso que viu a garota esboçar e seu próprio se alastrou, feliz com a lenta aproximação. Pegou outro papel e voltou a desenhar. -- Você sabe por que seu pai não enxerga? -- perguntou depois de um tempo, enquanto ela pegava outro doce e concordava com a cabeça em um mínimo movimento. -- É, ele sofreu um acidente bem grave anos atrás e hoje não consegue mais enxergar, mas... Você é uma garota esperta, eu devo estar falando algo óbvio. -- a tinta traçou seu caminho para sujar novamente a brancura. -- Mas... Ele é o melhor pai que você podia sequer ter. -- um belo sorriso iluminou o rosto do mais velho enquanto traçava mais uma linha precisa -- Eu sou amigo dele a muito tempo e posso dizer com toda certeza que é uma das melhores pessoas que eu conheci. -- conversar com ela era quase como falar com Levi em sua forma de gato. Sabia que talvez pudessem não falar, mas havia algo em sua escuta que era muito mais especial que qualquer pessoa que diz “escutar” e que no fim coloca mais de si no assunto que do outro, havia ali um real interesse. -- Ele é gentil e tem o coração... Por Morgana... O coração dele não cabe aqui dentro dessa redoma. E ele sempre faz as pessoas rirem quando estão bravas ou tristes... Parece que sabe exatamente o que falar na hora certa e apesar de que jamais irei admitir... -- sussurrou um pouco mais perto dela, mais ainda mantendo certa distância -- O chá dele é bem melhor que o meu. -- a garota deu uma pequena risada novamente, estcicando os olhos para ver o que ele desenhava -- Ele é espontâneo e verdadeiro, justo como apenas os melhores conseguem ser, então... Não se preocupa, tá bom? Ele vai ficar do seu lado sempre. Você... -- parou por alguns instantes, para pesar o conteúdo de suas palavras, mais significativas para si do que imaginava. -- Não vai mais ficar sozinha. -- suspirou, as linhas no papel se encontrando com fluidez enquanto falava. Ela parecia o ouvir, as íris brilhantes atentas ao seu rosto, mesmo que de vez em quando abaixasse o olhar quando ele a encarava por muito tempo. 
          O desenho finalmente estava finalizado e ao final da página, assinou seu nome, entregando a ela com as sobrancelhas erguidas, esperando sua reação. Era um pequeno rascunho do rosto da menina, com o semblante compenetrado enquanto encarava uma pilha de balas. Podia não ter feito o melhor desenho do mundo, afinal, estava acostumado a desenhar apenas corujas, mas... Ela parecia se reconhecer e era algo dela agora, algo sobre ela e que a faria se sentir mais em casa, apesar de não conseguir imaginar uma forma melhor de se reconhecer um lar do que pelo caloroso sorriso e fios castanhos do Flint-wood. Casas não se tratavam de lugares, mas de pessoas e sensações. -- As vezes... Eu também não tenho vontade de falar, nenhuma. -- ele era fechado e sabia disso. Abrir-se era uma tarefa difícil, que exigia muita confiança, muita coragem e sabedoria sobre si mesmo. Ryan gostava de pensar que ainda estava apenas no processo. 
          -- Mas existem formas de falarmos sem ter que usar palavras e pode ser mais fácil, não é? -- afastou os materiais e ergueu ambas as mãos. -- Existem pessoas que não conseguem falar, a vida toda, porque algo aconteceu a sua voz ou aos seus ouvidos e então elas arrumam outras maneiras de falarem entre si. -- com um movimento preciso dos dedos, fez um gesto específico e o repetiu algumas vezes -- Elas apenas mexem as mãos assim, e cada um desses movimentos tem um significado. Eu acabei de dizer “Estou com fome.” Eu. Estou. Com. Fome. -- repetiu, frisando o que cada pequeno movimento significava. Era quase que instintivo, como compartilhava seus conhecimentos específicos e se via em situações onde praticamente criava uma sala de aula espontânea, afinal, que mais gostava de fazer era lecionar, ver as pessoas se desenvolverem e ser capaz de desenvolver junto delas. Existia um sentimento em si que sempre o levava para aquele lado e com poucos gestos talvez a comunicação melhorasse muito no tempo que ela precisava para se sentir segura e aquilo facilitaria para aqueles que conviviam com ela. -- Você... consegue repetir? -- pediu com certa hesitação e depois de alguns minutos, seus braços se ergueram tentando repetir o movimento. -- Não, esse dedo aqui... Gira junto desse. -- disse demonstrando na sua mão esquerda. Talvez com dois dedos faltando Ryan não fosse o mais indicado para ensinar linguagem de sinais para a garota, mas tinha certeza que a mensagem principal seria passada e era muito simples para que Oliver e Marcus compreendem-se os códigos. A necessidade de aprender linguagem de sinais tinha vindo de um primo seu pela parte de Thomas que era surdo por nascença e utilizava aquele meio de se comunicar. Apaixonado pelos livros e a aprendizagem, aquela tinha sido a primeira coisa que fora procurar depois da primeira vez que tinham se visto e desde então aquele conhecimento o acompanhava. E foi assim que os dois passaram longos minutos ali, conversando no silêncio de olhares e gestos, no silêncio que ultrapassa a utilização de qualquer palavra. De certa forma a entendia, e de muitas conseguia se identificar nela, talvez todos tivessem suas dificuldades e apenas precisassem de uma maneira própria de falar dos sentimentos. Ele fazia isso todos os dias, mas talvez passasse despercebido aos olhos de alguns. 
          Foi no caminho do banheiro que Ryan decidiu passar no quarto de Ailish, adentrando pela porta suavemente a fim de não acordá-lo. Sua expressão serena indicava que ele se encontrava em um profundo sono e que vontade tinha de mergulhar os dígitos em seus fios macios, adoravelmente caídos sobre seu rosto. Algo no entanto o chamou atenção ao descer o olhar para seu corpo. Um pequeno cobertor o cobria, cujo tamanho não era nada adequado a ele, as cores rosa e lilás vibrantes indicavam a verdadeira dona daquele pedaço de tecido e a ideia fez um sorriso surgir em seus lábios. Tinha descoberto o que a menina fora fazer quando saiu sem avisar, voltando instantes depois com a mesma expressão inexorável. Buscou um edredom maior e mais confortável e colocou sobre ele, arrumando-o nas pontas. O mesmo com toda certeza valia a Ailish. Nunca mais estariam sozinhos. Nem ele e nem ela, pois sempre teriam um ao outro.
@flintwaillie
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ryanmavee · 3 years
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Were you ever truly in love with someone in the group? If so, who?
Honestly, I fall in love with someone on this group everyday. Did you already see my friends? And not only physically, although the ones that we end up having something did disappointed on the physical part too.
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But ok, to being in love the romantic stuf... that's a secret.
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xanamc · 7 years
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Nova Iorque: uma cidade do mundo
Nova Iorque deve ser das cidades que melhor conhecemos, sem nunca lá termos estado. Os filmes, as séries, os livros policiais, até bloggers e youtubers mostram, todos os dias, cada dobrar de esquina desta cidade.
Sentimos, ao percorrermos aquelas ruas, que estamos de visita a uma das cidades em que vivemos noutra vida. Ao passar junto ao rio Hudson, em frente a Brooklyn, procuramos Woody Allen e Diane Keaton sentados no banco da cena final de “Manhattan”. No Central Park, de um lado, vemos Dustin Hoffman a empurrar a bicicleta do filho em “Kramer vs Kramer” e, do outro, a senhora dos pombos a abraçar Macaulay Culkin em “Home Alone 2”. Olhamos para cima, para o topo do Empire State Building, e vemos Meg Ryan e Tom Hanks em “Sleepless in Seattle”. Um pouco mais à frente, encontramos Audrey Hepburn a namorar a montra da Tiffany. Passeamos em Greenwich Village e vemos tantos bares semelhantes ao MacLaren’s, onde os cinco amigos de “How I Met Your Mother” viveram nove temporadas. Quando nos aproximamos de Staten Island seguimos o olhar sobrevivente de Kate Winslet quando chega ao Novo Mundo, depois do naufrágio do Titanic. E, de entre muitos mais exemplos, não podemos esquecer Carrie, Samantha, Charlotte e Miranda, que se passeiam pelas avenidas nova-iorquinas, pelas galerias e bares em “Sex and the City”.
Nova Iorque é, através do cinema e da televisão, uma cidade um pouco de toda a gente e percorrê-la a pé torna-a mais nossa. Conseguimos ter uma melhor perceção da sua dimensão e de que, se a quiséssemos descobrir por inteiro seria preciso uma vida. Por isso, numa semana em Nova Iorque aprende-se o significado da palavra “selecionar”.
Os museus são, provavelmente, o mais ingrato da cidade. São tantos, tão ricos e completos que, só para o Metropolitan, uma semana não chegaria nem que lá dormíssemos. Porém, com guia ou sem guia, há pontos que são obrigatórios como a Estátua da Liberdade, a Ponte de Brooklyn, Wall Street ou Central Park. Mas, para qualquer dúvida, não faltam transeuntes prestáveis! É, talvez, dos povos mais simpáticos que já tive o prazer de conhecer.
A comida americana não engana, mas proporciona muitos happy moments. Os pequenos-almoços são o melhor. Os tradicionais diners onde nos servem aquele café aguado, de filtro, que nos aquece nas manhãs mais frias, com a mesma gentileza com que um europeu serve o melhor vinho num copo quase vazio num jantar de gala. Desde panquecas a batatas fritas, vale tudo ao pequeno-almoço, porque o almoço, esse come-se na rua, encostados a uma roulotte, enquanto as condutas expiram os vapores do metro.
As farmácias são outro caso de estudo. Xanax e Oreo em prateleiras contíguas. É só pegar, pagar e levar!
Mas NY também é uma cidade de desigualdades. No restaurante onde os garçons foram escolhidos a dedo num catálogo de moda, cativando clientela masculina e feminina com sorrisos e charme, ansiando pela obrigatória “tip” (gorjeta), enquanto o hispânico, visivelmente abatido, recolhe a louça suja. Aqui reina o trabalho à comissão, desde a padaria à papelaria. E depois temos os “mole people”, os sem abrigo. E de repente, no meio da adrenalina turística, paramos para pensar: é março, estão quatro graus negativos. Quantos sobreviverão ao inverno?
Independentemente de tudo isso e do grande número de sem abrigo na cidade, não há muitos que peçam dinheiro em troca de nada. Uma canção, uma reprodução falsificada das capas da New Yorker, uma indicação turística, um sorriso… todos têm algo para oferecer em troca de um dólar.
Depois temos a Broadway, aquele lugar tão cheio de luz, onde a música se confunde com a vida. De repente, vivemos num musical e passeamos pelas ruas a cantar as canções que ouvimos toda a vida, mas que ali fazem sentido e soam mais verdadeiras. E como num musical, numa rua paralela, noutro teatro imponente, somos recebidos por pessoas simpáticas de blazer amarelo que nos convidam a assistir a uma missa gospel. Quando a música começa e o pano sobe, a fé desce sobre aquele público, claramente assíduo. Mesmo com legendas como no karaoke, as pessoas cantam de olhos fechados, com força, erguem os braços ao céu e entregam-se. A nossa atenção desvia-se do espetáculo em si para os fiéis. Depois começa o sermão que pode ser assustador para europeus, tão habituados a sermões monocórdicos.
Finalmente, visitar NY não seria a mesma coisa sem passar em Times Square, aquele sítio onde somos assíduos em todas as passagens de ano, através da caixa mágica. Onde nos podemos sentar horas a observar todos os anúncios luminosos da Broadway sem nos cansarmos e, mesmo assim, descobrirmos sempre mais um. Aquele sítio onde é sempre dia, mesmo em noites sem lua.
(Publicado em http://fugas.publico.pt/DicasDosLeitores/373122_nova-iorque-uma-cidade-do-mundo )
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bookkf · 4 years
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8 filmes incríveis que vão te dar aulas sobre liderança no trabalho
Você é um líder ou um chefe? Suas ações provocam efeitos positivos em sua equipe? Seus funcionários acreditariam em suas decisões de olhos fechados? Para ser uma liderança no trabalho, é preciso ter uma postura forte e, ao mesmo tempo, inspiradora para seus liderados.
Ele tem o poder nas mãos para transformar um empreendimento e levá-lo ao sucesso, refletindo os valores, a cultura e a política da empresa que representa. Mas como se tornar um verdadeiro líder?
Você deve estar se perguntando sobre quais habilidades deve desenvolver para guiar com maestria a sua equipe, não é mesmo? Quer aprender a ser um líder para a sua empresa?
Neste artigo, falaremos sobre a importância da liderança no trabalho, quais as principais atividades e qualidades que um bom líder deve ter. Além disso, listaremos 8 filmes para você se inspirar e ter uma forte liderança no trabalho. Confira!
Qual a importância da liderança no trabalho?
Ter uma figura forte e inspiradora no ambiente de trabalho é um aspecto fundamental para manter o nível de produtividade e motivação de uma equipe. Por esse motivo, ter um bom líder pode ser o diferencial dentro de uma empresa.
Mais do que aquela pessoa responsável por monitorar o trabalho e cobrar resultados, o profissional na posição de líder deve reunir competências capazes de explorar o melhor resultado, seja ele individual ou coletivo.
Investir em capacitação e, acima de tudo, na reciclagem do aprendizado são alguns diferenciais para quem deseja se tornar um líder de qualidade. É imprescindível que esse profissional reúna conhecimentos no seu segmento de atuação e em liderança corporativa para transmitir à equipe a confiança necessária.
Quando uma empresa possui um líder forte e capacitado, é possível reduzir taxas de rotatividade de funcionários, aumentar a produtividade e melhorar o clima organizacional.
Principais atividades de um bom líder
A seguir, listamos algumas das principais atividades que fazem parte do dia a dia de um líder. Confira!
Mantenha seu time sempre motivado
A função número 1 do líder é manter sua equipe sempre motivada. Contudo, é importante ressaltar que as pessoas são impactadas por diferentes aspectos, variando de acordo com suas vivências e valores pessoais.
Um dos pilares da motivação no ambiente de trabalho é o reconhecimento. Saber valorizar um bom desempenho, o alcance de metas importantes ou a conclusão de um projeto também faz parte da rotina de uma liderança competente.
Para ajudar nesse processo motivacional, é interessante estar sempre estudando as melhores formas de gerenciar o capital humano de uma empresa. Você pode criar programas de bonificação com prêmios, oferecer cursos, planos de carreira etc.
Conheça sua equipe
Para se tornar uma figura de liderança forte e motivadora, é necessário saber quem são os colaboradores que integram seu time. Não se trata apenas de saber seus nomes, mas sim de identificar quais são seus talentos, aptidões, ambições e, sobretudo, seus pontos fracos.
Ao conhecer bem quem são seus colaboradores, é possível criar vínculos mais profundos e obter melhores resultados do seu time.
Saiba explorar o potencial individual da sua equipe
Como citamos acima, conhecer as potencialidades individuais de seus colaboradores é peça fundamental no cotidiano de um líder. Isso permite criar programas de capacitação voltados para as necessidades dos profissionais, por exemplo.
Conforme um gestor conhece seus liderados, fica mais fácil desenvolver planos visando o desenvolvimento profissional de cada um e conquistar um desempenho individual elevado de uma equipe.
Ao detectar essas qualidades, fica mais fácil gerenciar a equipe como um todo. É possível até mesmo formar núcleos de trabalho em que os talentos são complementares e melhorar a performance em coletivo.
Saiba gerenciar conflitos
Contornar conflitos não é algo fácil, mas essa é uma habilidade necessária para um líder. Boa comunicação e equilíbrio são essenciais para conciliar problemas entre profissionais de uma equipe.
É importante ainda que o gestor saiba se colocar de forma imparcial dentro da empresa, sem beneficiar funcionários com a desigualdade na divisão de tarefas ou excesso de cobranças.
Preconceitos, intolerância, sexismo e outros comportamentos nocivos também devem ser eliminados.
Delegue tarefas e responsabilidades
Dividir as tarefas e responsabilidades contribui para o amadurecimento e melhor rendimento dos profissionais. Cabe ao gestor fazer essa divisão de forma estratégica.
Além de aumentar a sensação de confiança, esse é um jeito bastante eficaz de auxiliar no desenvolvimento das competências dos membros da sua equipe.
Nunca se esqueça que, nesse processo, é fundamental que o gestor leve em consideração o nível de experiência dos profissionais, se atentando ao fato de que as funções devem ser condizentes com o cargo exercido.
Dividir responsabilidades permite ao líder pensar em novas estratégias e se dedicar a atividades mais complexas da gestão, por exemplo.
Seja uma referência para a equipe
Ter uma postura coerente e imparcial. Agir de forma idônea e justa. Ser um espelho é uma qualidade e um compromisso que todo bom líder deve ter.
Como esperar que a equipe respeite as políticas da empresa se o gestor não segue as mesmas diretrizes? Embora muitos acreditem no contrário, a figura de liderança pode e deve ser responsável por influenciar ações e posturas dos colaboradores.
Saiba transmitir feedbacks para a equipe
Dar feedback para seu time de colaboradores é uma das mais difíceis e importantes tarefas na rotina de uma liderança.
Como falamos em indivíduos, sabemos que cada um reage de uma maneira aos diferentes estímulos. Portanto, saber como transmitir um feedback negativo ou positivo requer muito jogo de cintura, personalidade e empatia.
Qualidades de um líder
Para que um profissional se torne um bom gestor, é preciso aprimorar algumas qualidades e desenvolver características importantes. Confira a seguir os principais traços que todo líder deve ter.
Confiança
Mostrar aos seus colaboradores que eles podem confiar em você é algo essencial dentro das relações de trabalho. Por isso, adote uma postura com atitudes que façam sua equipe ter respeito.
Saber que seu gestor tem um “pé atrás” ou tem dúvidas do seu caráter é algo muito nocivo para as relações profissionais. Sendo assim, outro ponto importante é retribuir a confiança que seus funcionários depositam em você.
Autoconsciência
Desenvolver a autoconsciência é, talvez, a característica mais importante e ao, mesmo tempo, mais difícil de desenvolver como um gestor.
Quando um líder entende a si mesmo, ele é capaz de estar em constante aprimoramento pessoal e como resultado, pode influenciar positivamente sua equipe.
Essa qualidade auxilia também na tomada de decisões e permite entender quais são seus pontos fracos e fortes, sabendo como melhorá-los.
Boa comunicação
Motivar a equipe, transmitir um feedback, notificar profissionais sobre promoções e até demissões, delegar uma nova tarefa.
Esses são exemplos de atividades que fazem parte do cotidiano de um líder. E para que isso funcione em harmonia, é indispensável saber se comunicar com as pessoas respeitando suas diferenças e limitações.
Vale lembrar que quando falamos dessas habilidades, saber ouvir também é uma característica muito importante. De nada adianta ser um gestor que sabe transmitir seus recados, mas é incapaz de escutar o que sua equipe tem a dizer.
8 filmes que são aulas de liderança
A seguir, apresentamos 8 filmes inspiradores que são verdadeiras aulas de liderança. Confira:
1. Capitão Phillips (2013)
Esse filme é baseado em uma história real, relatada em livro (Dever de Capitão) por Richard Phillips. No filme, o navio cargueiro em que Phillips era capitão foi invadido por piratas somalis e toda a tripulação foi feita refém durante cinco dias.
Em Capitão Phillips, você verá que ser um líder ou demonstrar liderança no trabalho vai muito além do que dar bons exemplos. O seu comportamento e posicionamento perante as diversas situações que podem acontecer serão determinantes para engajar e estimular (ou não) uma equipe.
Mais do que coragem e jogo de cintura, um líder se mantém calmo e seguro para garantir que o melhor seja feito pela sua equipe.
2. O Resgate do Soldado Ryan (1998)
Em meio à Segunda Guerra Mundial, uma equipe liderada pelo capitão Miller recebeu a missão de resgatar o soldado James Ryan e levá-lo seguro para casa — pois os três irmãos de Ryan também eram soldados e morreram em combate.
Uma das grandes mensagens desse filme é que, mesmo enfrentando dificuldades e momentos desfavoráveis, um verdadeiro líder continua firme em seu propósito e focado em seu objetivo. É papel dele também assumir a responsabilidade e tomar a decisão certa, por mais difícil que seja.
3. Erin Brockovich – Uma Mulher de Talento (2000)
Esse é outro filme baseado em uma história real. Nele, Erin Brockovich, uma advogada de um pequeno escritório e mãe de três filhos, recebe a informação de que uma grande empresa estava poluindo e prejudicando o abastecimento de água de uma cidade no deserto dos EUA.
Ao se ver de frente com um caso único para sua carreira, ela não mediu esforços para investigar o que estava acontecendo e solucionar essa questão. Você pode aprender com Erin a habilidade da persuasão e que, muitas vezes, é preciso acreditar em si próprio e no que sua intuição está dizendo.
4. Karatê Kid (1984)
Karatê Kid é um filme clássico e, provavelmente, você já o viu. Mas que tal assistir a esse filme com outro olhar? Nele, o jovem Daniel quer aprimorar suas habilidades como lutador de karatê e busca a ajuda do Senhor Miyagi para ensiná-lo.
Que tipo de líder você quer ser? É capaz de delegar tarefas e orientar de maneira efetiva os liderados ou toma todas as responsabilidades para você?
Assim como o Senhor Miyagi não fez todo o trabalho por Daniel e o instigou a tentar ir sempre além, um bom líder deve ser capaz de guiar os funcionários e auxiliá-los a buscar por respostas e soluções para as atividades realizadas na empresa.
5. A Fuga das Galinhas (2000)
Sim, uma das nossas dicas é um filme de animação infantil que irá surpreendê-lo. Além de poder ver esse filme junto da família, saiba que ele pode auxiliá-lo bastante com dicas de liderança no trabalho.
Uma das galinhas decide fugir do local onde vive assim que descobre que em pouco tempo se transformaria em “comida de humanos”. Por conta disso, ela reúne um grupo de galinhas e elabora um plano de fuga.
Nesse filme, você verá como é imprescindível ter um planejamento e criar estratégias para atingir um objetivo. Além disso, tudo se torna mais possível quando o trabalho é realizado em equipe.
6. Sociedade dos Poetas Mortos (1989)
O filme Sociedade dos Poetas Mortos se passa em um tradicional colégio interno. Mesmo com tantas regras e proibições, um professor de literatura ganha o respeito e a confiança dos alunos, sendo capaz de transformar por completo a vida deles.
Perceba como esse filme mostra o valor do líder e como ele tem o papel de motivar e influenciar de maneira positiva as pessoas. Busque ser assim para a sua equipe e você perceberá os resultados!
7. Invictus (2009)
Nesse filme, é possível ver como o presidente Nelson Mandela, ao fazer uma junção entre política e esporte, foi capaz de unir uma África do Sul tão abalada pelo Apartheid — em que as diferenças sociais, econômicas e culturais entre brancos e negros eram fortes no país.
Uma das grandes lições que esse filme pode ensiná-lo é sobre a importância do trabalho em equipe e como o papel do líder pode ser um diferencial para superar adversidades.
8. O Diabo Veste Prada (2006)
Esse filme nos conta a história de uma recém-formada jornalista que, apesar de muito inteligente e capaz, está em busca de emprego.
Após muita procura, ela consegue uma vaga como assistente de uma editora de uma revista de moda. Mas o que ela não esperava é que seria constantemente desafiada, em alguns momentos até mesmo humilhada, sendo preciso melhorar a cada dia o seu trabalho e apresentar resultados.
Por mais arrogante e difícil de lidar que a personagem de Meryl Streep seja (a líder), ela foi capaz de ensinar e contribuir para que a sua funcionária crescesse e amadurecesse profissionalmente.
Ao longo do filme, podemos perceber a evolução da jornalista e como ela foi capaz de analisar o cenário e de tomar as próprias decisões com assertividade quando chegou o momento.
Ser uma figura de liderança no trabalho não é uma tarefa simples. Requer muito estudo e desenvolvimento, tanto profissional como pessoal. Contudo, quando temos uma imagem de líder forte e confiante, é possível impulsionar o desempenho da equipe e melhorar a produtividade da empresa.
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bloglivre-blog · 5 years
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Top 10 heroínas dos quadrinhos que renderiam boas adaptações
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Top 10 heroínas dos quadrinhos que renderiam boas adaptações
O sucesso recente do filme da Mulher Maravilha, de Patty Jenkins, pode abrir portas para que outras heroínas oriundas das histórias em quadrinho ganhem uma adaptação para o cinema. A pergunta do momento é: quais outras heroínas renderiam um filme interessante? Longas como Tank Girl (1995), Mulher-Gato (2004) e Elektra (2005) foram um fracasso retumbante e contribuíram para que os produtores tivessem receio de apostar em uma heroína para ser a protagonista. Hoje isso já foi superado, a série da Netflix de Jessica Jones terá uma segunda temporada e a Marvel lançará o filme da Capitã Marvel em 2018, com a atriz Brie Larsson no papel principal de Carol Danvers. Elektra participou da segunda temporada de Demolidor, que foi ao ar em 2016. A personagem possui boas história, porém dificilmente receberá um outro filme, a tendência é que ela siga em Demolidor e talvez no futuro receba uma série própria na Netflix.
O Cinema Transcendental decidiu listar dez heroínas que não são tão conhecidas pelo grande público, mas têm o potencial necessário para gerar uma grande adaptação. Personagens que atuaram como protagonistas ou destaque em filmes ou séries não entraram na lista, isso exclui bastante gente, inclusive Painkiller Jane e Adèle Blanc-Sec, esta última foi criada por Jacques Tardi e foi base para o filme As Múmias do Faraó, dirigido por Luc Besson em 2010.
1 – JENNY SPARKS
Nascida no primeiro dia de janeiro em 1900, Jenny Sparks é uma heroína trágica que está ligada diretamente ao século XX. Os pais de Jenny morreram no acidente do Titanic em 1912, ela então aceita o convite de seu padrinho Albert Einstein e vai morar em Zurique, na Suíça. Lá Jenny aconselha um jovem pintor a abandonar a arte e entra para a política, o jovem era Adolf Hitler. Em 1913 os poderes de Jenny Sparks começaram a se manifestar, ela manipula a eletricidade, atira rajadas de trovão e pode até converter todo corpo para a forma elétrica. Aos dezenove anos Jenny parou de envelhecer, como acompanhava as emoções do mundo, na Grande Depressão de 1929, por exemplo, ela entrou em uma crise depressiva também.
Jenny Sparks apareceu inicialmente em 1997 na revista Stormwatch durante a passagem do escritor Warren Ellis, Jenny entrou para o grupo que defendia a terra de ameaças perigosas. O Stormwatch chegaria ao fim em pouco tempo, Jenny se uniu a alguns membros restantes dele para formar e liderar o Authority. Jenny sabia que iria morrer no último dia de 1999, ela acabou se sacrificando ao eletrocutar uma criatura alienígena que era o verdadeiro criador do planeta Terra e pretendia destruir toda a vida presente por aqui. No momento em que Jenny morre o ano termina e um novo ser surge, seu nome é Jenny Quantum, o espírito o século XXI. O Authority teve Warren Ellis e Bryan Hitch nas primeiras 12 edições, depois Mark Millar e Frank Quitely assumiram por mais 12 números que completam a fase clássica do grupo.
2 – MAI
Um dos primeiros mangás a se tornar famoso no ocidente foi Mai, a Garota Sensitiva, que foi publicado no Brasil em 1992 pela editora Abril. Escrita por Kazuya Kudō e com arte de Ryoichi Ikegami (o mesmo de Crying Freeman) a narrativa mostrava a vida de Mai Kuju, uma adolescente de 14 anos que tem habilidades psíquicas, como a telecinese. Ela sempre usou seus dons para se divertir quando ficava entediada, tudo muda e a garota é descoberta e perseguida por uma organização que controla o mundo secretamente, além de contar com quatro outras crianças como Mai. A garota herdou de sua mãe (já morta) os poderes, que são transmitidos por gerações de mulheres e mantiveram a paz em sua terra natal, por mais de mil anos. Mai, a Garota Sensitiva foi lançado originalmente pela revista japonesa Weekly Shōnen Sunday de 1985 a 86 e gerou diversas outras obras parecidas, com mulheres protagonistas. O diretor Tim Burton já demonstrou interesse em levar o mangá para o cinema.
3 – JULIA KENDALL
A atriz Audrey Hepburn serviu de inspiração para o visual da criminóloga de Julia Kendall, a personagem principal de uma série de quadrinhos longeva criada pelo italiano Giancarlo Berardi em 1998 para a editora Bonelli. Astros de Hollywood como Whoopi Goldberg e Nick Nolte foram homenageados e servem de base para a feição de dois personagens. Giancarlo Berardi também é responsável por Ken Parker, outro herói clássico da fumetti. Julia dá aulas em uma universidade e auxilia a polícia de Nova Jersey a resolver crimes. Quase sempre ela se mete em enrascadas na caça de serial killers, como Myrna Harrod, uma antagonista recorrente nas histórias. Da mesma forma que Sherlock Holmes e Hercule Poirot, Julia Kendall resolve os casos e responde o clichê: quem matou? O roteiro utiliza o diário de Julia como elemento fundamental das narrativas, ela escreve suas observações pessoais e pensamentos sobre as investigações. Outros personagens passaram a guiar e contar as tramas, Myrna Harrod e o Sargento Irving são alguns deles.
4 – ORQUÍDEA NEGRA
Quatro mulheres já foram chamadas de Orquídea Negra nos quadrinhos: Susan Linden-Thorne, Flora Black, Suzy Black e Alba Garcia. Os poderes da heroína são voar, ter uma força enorme, o corpo fechado, além de poder disfarçar e assumir a forma que desejar. O surgimento de Susan Linden-Thorne ocorreu na revista do Vingador Fantasma em 1974, fruto das mentes de Sheldon Mayer e Tony DeZuniga. Porém nenhum autor contou a origem definitiva da personagem, ao invés disso eles sugeriam possíveis explicações que não davam em nada. Em 1988 Neil Gaiman escreveu uma minissérie da Orquídea Negra, Dave McKean fez ilustrações belíssimas para o quadrinho. A obra foi um divisor de águas para a cronologia da Orquídea, assim como fez com Sandman, Gaiman pegou um personagem antigo e criou uma mitologia nova para ele.
Susan Linden-Thorne foi assassinada pelo seu abusivo marido Carl Thorne. O botânico Philip Sylvain, um amigo de Susan, utilizou o DNA de Susan para gerar híbridos de humanos com plantas. Carl Thorne assassina Philip Sylvain e destrói o lugar onde ele realizava seus experimentos, apenas duas criaturas conseguem sobreviver: Flora Black e Suzy Black. Carl caça a dupla que foge e se esconde no Brasil. Homens de Lex Luthor matam Carl Thorne e contrariam as ordens superiores pois se encantaram pelas Orquídeas Negras. As duas são idênticas, só que uma é adulta e a outra criança, possuem uma parte da memória e da consciência de Susan Linden-Thorne. A história das Orquídeas seguiu na linha Vertigo, com roteiros de Dick Foreman. Já Alba Garcia, a atual Orquídea dos quadrinhos, apareceu na reformulação dos Novos 52, ela foi militar no passado e teve os braços amputados.
5 – HALO JONES
Em 1984, após sua fase a frente do Miracleman, Alan Moore já despontava como um dos melhores roteiristas da nona arte. Naquele ano Moore começou a escrever A Balada de Halo Jones, parceria com o desenhista Ian Gibson que foi publicada semanalmente na revista inglesa 2000 AD em um formato de cinco páginas. Halo Jones vive nos Estados Unidos do século 50, após sua melhor amiga morrer ela decide embarcar em uma nave espacial gigantesca e lendária. A trajetória da heroína se torna épica, ela exerce um papel fundamental em uma guerra intergaláctica.
Halo Jones teve três livros ou tomos, a personagem envelheceu e passou por momentos dramáticos, mostrando que não é fácil ser uma aventureira no espaço sideral. Alan Moore queria distanciar a história dos temas comuns de outros quadrinhos da 2000 AD, como violência, armas e muitos personagens masculinos. Halo era uma garota normal, não possuía uma habilidade especial nem tampouco era uma exímia guerreira. Autores como Douglas Adams, Robert A. Heinlein e Harry Harrison foram fonte de inspiração para o universo de Halo Jones.
6 – BLOODY MARY
Na década de 1990 o roteirista Garth Ennis se tornou reconhecido no meio dos quadrinhos pela série Preacher e por sua passagem em Hellblazer. Em 1996 Ennis e o desenhista Carlos Ezquerra publicaram pela DC o primeiro dos quatro volumes de Bloody Mary, que conta a história da assassina americana Mary Malone em uma distopia em que a Terceira Guerra Mundial é uma realidade. A Europa se tornou uma grande nação comandada por um ditador, só a Inglaterra e os EUA se opõe. Mary é enviada para a Europa onde se disfarça de freira para agir, sua missão é recuperar um parasita que concede poderes ao seu hospedeiro. O parasita acaba nas mãos de Anderton, um assassino que traiu a heroína. Bloddy Mary ainda teve a continuação Lady Liberty em que Mary enfrenta Achilles Seagal, um maníaco líder religioso que tenta forçar todas as mulheres a terem relações sexuais com ele. Seagal dispõe de um culto gigantesco e pretende matar milhares de pessoas inocentes que vivem em Nova York.
7 – ZATANNA
Zatanna é descendente de uma tradição de personagens de histórias em quadrinhos que remontam à figura do mágico com uma cartola, como Mandrake. Ela é filha de Zatara, um poderoso mágico que apareceu primeiramente assim como o Super-Homem na primeira revista da Action Comics em 1938. Em 1964 Zatanna foi apresentada na revista do Gavião Negro procurando por seu pai que tinha desaparecido. Em uma história da Liga da Justiça ela encontrou o pai e descobriu que sua mãe não é humana, e sim de uma espécie de alienígenas conhecidos como Homo magi. Os poderes mágicos de Zatanna são enormes, ela pode manipular objetos, os elementos da natureza e até o espaço e o tempo.
A personagem foi usada por Neil Gaiman em Livros da Magia, em que se torna amiga e protetora do menino Timothy Hunter, que está destinado a ser o maior mago do mundo. O roteirista Grant Morrison foi além e inseriu Zatanna na trama dos Sete Soldados da Vitória, depois ela seria protagonista de uma minissérie desenhada por Ryan Sook e com texto de Morrison. Outra poderosa feiticeira da DC Comics que renderia um bom filme ou série é Madame Xanadu.
8 – PROMETHEA
Promethea é uma série escrita por Alan Moore e com arte de J. H. Williams III que durou 32 números, é a obra em que Moore melhor trata no assunto da magia e de sua relação com a arte. No fim dos anos 1990 Alan Moore havia criado o selo American Best Comics, dentro da editora WildStorm que foi vendida para a DC em 1999. No selo Moore inventou vários heróis que existiam dentro de um universo compartilhado, como Tom Strong. A trama de Promethea acompanha a jovem Sophie Bangs que está pesquisando para um trabalho para sua faculdade sobre uma entidade mitológica conhecida como Promethea, que aparece em escritos de autores diferentes ao longo da História. Na verdade, a pessoa que escreve sobre Promethea a invoca e passa a ser o novo avatar da entidade no mundo físico. A função de Promethea é trazer o apocalipse, que não é um final e sim um recomeço. No documentário The Mindscape of Alan Moore, o autor explique o que é magia:
“Magia na sua forma mais antiga é referida como: A Arte. Creio que isto seja completamente literal. Creio que a magia é arte, e que essa arte seja a escrita, a música, a escultura ou qualquer outra forma é literalmente magia. A arte é, como a magia, a ciência de manipular símbolos, palavras ou imagens, para operar mudanças de consciência. A verdadeira linguagem da magia trata tanto da escrita como de arte e também sobre efeitos sobrenaturais. Um grimório, por exemplo, um livro antigo de feitiços é um modo extravagante de falar gramática. Conjurar um encantamento, é somente encantar, manipular palavrar para mudar a consciência das pessoas. Um artista ou escritor são o mais perto que você poderia chamar de um xamã no mundo contemporâneo. Creio que toda cultura deve ter surgido de um culto. Originalmente, todas as facetas de nossa cultura, sejam ciências ou as artes, eram territórios dos xamãs. Hoje em dia este poder mágico se degenerou ao nível de entretenimento barato e manipulação.”
9 – VAMPIRELLA
Conhecida por sua sensualidade, que era usada para aumentar as vendas para o público masculino, a Vampirella surgiu em 1969 na primeira edição de uma revista que levava o seu nome, editada pela Warren Publishing. Entretanto a publicação não apresentava exclusivamente histórias da heroína, que atuava também como mestre de cerimônias ou anfitriã para outros quadrinhos de terror assim como acontecia em outras revistas da Warren como a Creepy e a Eerie. Forrest Ackerman, um dos editores da Warren, veio com o argumento da personagem enquanto a desenhista Trina Robbins (a primeira mulher a desenhar a Mulher Maravilha nos quadrinhos) trouxe o visual. O cultuado artista Frank Frazetta, que fazia muitas capas, também é creditado como um dos criadores da personagem, assim como Tom Sutton, que ilustrou a primeira aventura de Vampirella.
As histórias da Vampirella se tornaram mais interessantes quando a equipe composta pelo roteirista Archie Goodwin e o artista espanhol José González assumiu o comando. Eles resolveram recontar a origem da heroína, que é na realidade uma alienígena que vivia no planeta Drakulon, onde todos eram como os vampiros e existiam rios feitos de sangue ao invés de água. Vampirella foge de Drakulon que está prestes a explodir, com o auxílio de um grupo de humanos ela vem parar na Terra. Nas edições seguintes Vampirella encontrou com Drácula e com a família Van Helsing. Grandes roteiristas já escreveram para a personagem, como Alan Moore, Warren Ellis, Grant Morrison, Mark Millar e Kurt Busiek. Vampirella chegou a ganhar um longa-metragem em 1996 direto para o vídeo, mas a adaptação não faz jus a obra original, até o próprio diretor Jim Wynorski se arrependeu de ter feito o filme.
10 – MULHER HULK
Criada por Stan Lee e John Buscema, a Mulher Hulk apareceu primeiramente como uma versão feminina do Hulk que não perdia a inteligência quando se transformava. Em 1980 a série de TV do Hulk estava sendo exibida e havia na época uma demanda para mais personagens parecidos com o Gigante Esmeralda. Jennifer Walters foi apresentada como uma prima de Bruce Banner que está ferida e acaba recebendo uma transfusão do sangue de Bruce. Como consequência ela aumenta de tamanho, se torna verde e consegue ficar ainda mais forte quando se irrita. Nas revistas posteriores a transformação se tornou permanente e Jennifer continuou a trabalhar como advogada mesmo estando na forma de Mulher Hulk.
Em 1982 a Mulher Hulk foi escolhida para ser membro dos Vingadores, ela também participaria futuramente do Quarteto Fantástico, dos Defensores e da S.H.I.E.L.D. Em 1985 o desenhista e roteirista John Byrne começou a fazer história com a personagem, ela foi protagonista do decimo oitavo número da Marvel Graphic Novel, intitulada The Sensational She-Hulk. Quatro anos mais tarde Byrne deu início a série solo da Mulher Hulk que teve 60 edições, John Byrne foi responsável por escrever e desenhar metade da série. A principal inovação foi a quebra da quarta parede, a Mulher Hulk sabia que era uma personagem de quadrinhos e, às vezes, discutia com John Byrne e a editora de sua história. As capas também brincavam com isso, em uma delas a Mulher Hulk ameaça os leitores: “Se não comprar a minha revista eu vou rasgar toda a sua coleção de X-Men”.
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tesaonews · 6 years
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Crítica | O Primeiro Homem é sobre o que fica pelo caminho
Para guardar: O Efeito Kuleshov é o resultado de uma experiência realiza pelo diretor russo Lev Kuleshov na década de 1920. Para chegar ao Efeito, Kuleshov apresenta o rosto de um ator e, logo após, a imagem de um prato de sopa. Na sequência, o mesmo ator com a mesma expressão vazia antes da imagem de uma menina dentro de um caixão. Por fim, o russo mostra mais uma vez o rosto do ator sem qualquer mudança de expressão e, depois, a imagem de uma bela mulher deitada em um sofá (praticamente uma Rose, de Titanic). A mente de quem assiste é o que constrói o significado, que insere o sentimento naquele homem. Fome, tristeza, desejo/admiração? Tudo depende das imagens, dos seus significados e da ressignificação que se dá a cada corte.
Cuidado! Daqui em diante a crítica pode conter spoilers!
  A Desconstrução
O Primeiro Homem é, de fato, um filme que surpreendentemente ainda não havia sido feito, tal o grau de importância da realização para os americanos e (por que não?) para a humanidade. A chegada do homem à lua tornou-se um motivo de grande orgulho particularmente para o EUA, impulsionado pela mídia e em meio a críticas sobre as cifras gastas em plena corrida espacial contra a União Soviética.
Tudo isso é exposto pelo filme, que tem o roteiro escrito por Josh Singer (de The Post – A Guerra Secreta) e baseado no livro de James R. Hansen, que contorna biograficamente a vida pessoal e profissional de Neil Armstrong desde a sua entrada no programa espacial até as suas primeiras palavras como homem histórico.
Enquanto Singer emenda cada situação a partir de um ponto muito íntimo, a direção de Damien Chazelle não tem qualquer pudor em revelar a sua intenção de colocar o público na pele de Armstrong. Ele o faz já na primeira sequência ao priorizar o homem ao invés do universo. Sua escolha por planos fechados, praticamente dentro do uniforme do jovem Armstrong, é claustrofóbica, tensa e acaba por ser de uma agonia quase extrema através dos cortes rápidos e propositalmente irregulares de Tom Cross (editor recorrente da curta e excepcional filmografia de Chazelle). O foco de O Primeiro Homem passa a ser, exatamente, aquele que é o homem e não a chegada dele ao nosso satélite natural.
Essa desconstrução causada no primeiro momento e à primeira vista por roteiro, direção e edição, logo ganha contornos ainda mais evidentes, quando as cenas familiares são estabelecidas a partir de uma estética aparentemente caseira. A câmera na mão, a textura e a palidez das imagens lembram as filmagens que eram produzidas pelas clássicas câmeras Super-8, que surgiram justamente na década de 1960 como um novo formato de filme amador. E é essa palidez que, a partir de então, toma conta do filme, especialmente a partir da morte da pequena filha de Armstrong.
(Imagem: Universal Pictures)
O Primeiro Homem não é um filme sobre um herói. Longe de ser ufanista, trata-se de um filme sobre a morte ou, melhor dizendo, sobre o quanto vale a vida. Chazelle, que, com 33 anos, já havia presenteado o cinema com três longas-metragens, incluindo Whiplash: Em Busca da Perfeição e La La Land: Cantando Estação, sai totalmente da sua zona de conforto e se arrisca em um ponto oposto. Da intensidade, da sensibilidade, do lirismo e do romantismo mais íntimos de filmes explicitamente ligados à música, ele passa a uma glória da humanidade. Mesmo assim, à medida em que abre o seu leque, sua direção jamais mira em um alvo fácil. Aqui, as perdas de pessoas queridas têm muito mais valor do que a chegada à lua. Tudo o que Armstrong sente tem mais importância do que o sentimento do mundo quanto ao famoso primeiro passo. A bandeira fincada no solo lunar é vista, inclusive, somente de bem longe, apequenando o país e engrandecendo o astronauta – que é visto quase sempre de muito perto em closes intensos.
A dimensão apessoal e o Efeito Kuleshov
Tecnicamente irrepreensível, vale ressaltar a total ausência de som quando no espaço, o que retrata a realidade de uma forma que engrandece a missão. A mixagem de som, por sinal, dá a impressão das dimensões exatas de cada item – do poder das turbinas de um foguete aos cliques dentro dos módulos. São fantásticos, por exemplo, os diversos closes em parafusos, botões, manivelas, porque, ao mesmo tempo em que essas imagens são cercadas por um áudio que busca a realidade, cria um sentimento de aprisionamento assustador. Em se tratando de áudio, a música de Justin Hurwitz (que compôs para todos os filmes de Chazelle) é um destaque à parte, especialmente quando referencia o clássico 2001: Uma Odisseia no Espaço (lançado por Stanley Kubrick um ano antes da chegada do homem à lua, em 1968) com uma valsa durante um dos poucos vislumbres externos da Terra.
A direção de fotografia de Linus Sandgren (de La La Land: Cantando Estações), aliás, é precisa para a atmosfera de medo: se as imagens caseiras são iluminadas de uma forma serena e difusa, que permite aos personagens transitarem entre a claridade e as sombras a depender do que estão sentindo, quando os astronautas estão em suas funções, os reflexos nas viseiras e as luzes duras, diretas, dão a dimensão do grau de não-intimidade, apessoal, do trabalho.
(Imagem: Universal Pictures)
O Efeito Kuleshov então: Ryan Gosling consegue interpretar Neil Armstrong com uma expressividade completamente vaga. Chazelle, obviamente, tem papel fundamental nessa composição, mas Gosling leva tão a sério a sua personagem que permite que a construção dela seja feita por cada espectador. As emoções que o diretor busca, sejam elas físicas (valeria um alerta aos portadores de labirintite) ou psicológicas, são aquelas necessárias para que o público construa Armstrong por dentro. Exigindo alguma bagagem emocional do público, o que o afasta imensamente dos seus filmes anteriores, Chazelle, de 33 anos de idade, reflete um pensamento de 1676 (de Roger de Piles): “A pintura deve desafiar o espectador […] e o espectador, surpreendido deve ir ao encontro dela como se entrasse em uma conversa.”
Quando lhe é permitida a chance
A intensidade com a qual a arte toca em quem a presencia é proporcional ao quanto se está disposto a compreendê-la. Se Gosling é a ilustração perfeita do todo nesse sentido, Claire Foy (que interpreta Janet, a esposa de Neil) é a intensidade que complementa toda a falta de clareza emocional. Não há ordem no caos, tudo é “um monte de protocolos e procedimentos para fingir que há alguma ordem”, nas palavras da própria personagem.
É essa dualidade que remata o filme em uma das cenas mais bonitas de todos os 141 minutos de duração. Coerente, O Primeiro Homem não se encerra no triunfo, naquele que é “um pequeno passo para o homem e um salto gigantesco para a humanidade”. O filme finda na intimidade de um casal, na introspecção de um homem que seguiu focado mesmo enterrando amigos. A busca pelo toque da esposa através do vidro da quarentena revela, enfim, Neil em toda a sua essência. Ele permanece com o rosto inexpressivo, mas é o momento mais fácil de ceder e sentir o que o personagem está sentindo.
(Imagem: Universal Pictures)
O Primeiro Homem não é sobre a chegada do Homem à Lua, é sobre o Homem ser maior do que a conquista. Não é sobre glória, é sobre o que fica pelo caminho até a chegada dela. É sobre o fim ser pequeno quando se perde tanto pelo meio. É sobre o desespero de estar vivo e, ao mesmo tempo, ter coragem para viver. É, sobretudo, sobre ser um pequeno grão de vida e o quanto se pode fazer a diferença quando lhe é permitida a chance.
Leia aqui a matéria original
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source https://tesaonews.com.br/noticia-tesao/critica-o-primeiro-homem-e-sobre-o-que-fica-pelo-caminho/
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projetoludovico · 6 years
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LARANJA GANHA AS TELAS
Estreado em 1971, Laranja Mecânica ganhara as telas dos cinemas apenas nove anos depois da publicação da obra de Burgess. De roteiro, direção e produção de Stanley Kubrick, a adaptação ao cinema seguiu fielmente a obra original e ilustrou toda a perversidade de Burgess. Confira um pouco da ficha técnica do filme e algumas curiosidades do filme a seguir.
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FICHA TÉCNICA
Filme “Laranja Mecânica”
Informações para você conhecer um pouquinho de um dos filmes mais polêmicos da história.
Título: A Cloclwork Orange (Laranja Mecânica)
Lançamento do filme: 19 de dezembro de 1971. (No Brasil, 26 de abril de 1972
Direção e roteiro: Stanley Kubrick
Elenco: Malcom McDowell (Alex DeLarge); Patrick Magee (Sr. Alexander); Warren Clarke (Dim); Adrienne Corri (Senhora Alexander); Micahel Bates (Chefe dos guardas); James Marcus (Georgie); Miriam Karlin (Catlady); Aubrey Morris (Detloid); Carl Duering (Dr. Brodski); Michel Tarn (Pete); John Clive (Ator no palco); David Prowse (Julian);  Clive Francis (Lodger); Godfrey Quigley (Capelão da prisão); Paul farrell (Morador de rua); Anthony Sharp (Ministro de Interior); Philip Stone (pai);  Michae Gover (Governador da prisão); Steven Berkoff (Detetive Constable Tom); Sheila Raynor (Mãe); Madge Ryan (Drª Branon); Richard Connaught (Billy Boy); Virginia Wetherell (Atriz de teatro); Pauline Taylor (Psquiatra); Gillians Hills (Sonietta); Carol Drinwater (Enfermeira Feeley); Margaret Tyzac (Conspirador 2); John Savident (Conspirador 1); Katya Wyeth (Garota da Fantasia na neve); Cheryl Grunwald (vítima de estupro); Shirley Jaffe (vítima da gangue de Billy Boy); Jan Adair (criada na fantasia bíblica 1); John J. Carney (Detetive Sargento); Barry Cookson; Neil Wilson (Oficial da prisão); Gaye Brown (sofista); Vivienne Chandler (criada na fantasia biíblica 2); Peter Burton.
Trilha sonora: Wendy Carlos
Produção: Stanley Kubrick e Bernard Williams (associado)
Direção de arte: Russell Hagg e Peter Shields
Figurino: Milena Canonero
Edição: Bill Butler
Curtiu os responsáveis por esse longa? Então se liga só no trailer do filme logo abaixo.
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CURIOSIDADES SOBRE O FILME
Cena de Sexo
A cena de sexo, onde o personagem Alex contracena com mais duas garotas, foi filmada em um take de 28 minutos, e depois acelerada e resumida em 1 minuto.
Acidente de trabalho quase causa cegueira
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Durante a gravação da cena em que o personagem principal, Alex (Malcolm McDowell), é forçado a passar pelo tratamento Ludovico, suas córneas foram arranhadas e ele ficou temporariamente cego devido aos ganchos presos em seus olhos.
Direitos autorais vendidos a preço de banana
Por problemas financeiros, Anthony Burgess, autor da obra, vendeu os direitos de adaptação ao cinema do filme Laranja Mecânica para o cantor Mick Jagger por apenas US$ 500,00.
Improviso que virou cena clássica
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Na gravação da cena de estupro, na qual os personagens invadem a casa de um casal, a música cantada pelo personagem principal “Singin’ in the Rain” não estava no roteiro. O produtor perguntou para a Malcolm McDowell  se o ator sabia dançar, assim então, o ator dançou e cantarolou a única música que lembrou no momento. Eternizando esta cena clássica do filme. Assista-a logo abaixo.
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Médico de verdade
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Você sabia que o médico que aparece na famosa cena em que Alex é torturado pelo tratamento Ludovico, é também médico na vida real? A presença dele foi proposital, para assegurar a integridade física do ator durante a cena.
Referência a Van Gogh no filme
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A pintura de Vincent van Gogh, “Prisioneiros se Exercitando”  de 1890 foi recriada durante uma cena no filme Laranja Mecânica, em que prisioneiros marcham no pátio, enquanto Alex conversa com o padre a respeito da terapia Ludovico.
Porque Laranja Mecânica?
A  gíria cockney: "as queer as a clockwork orange" foi o que deu origem ao título Laranja Mecânica. Sua tradução pode ser interpretada como “algo muito estranho”.
Segunda adaptação
Apesar de não ter tido tanta repercussão como a versão de Kubrick, a primeira adaptação do livro Laranja Mecânica, na verdade, foi a intitulada de Vinyl, de Andy Warhol em 1965, seis anos antes da adaptação de Kubrick.
Atrizes desistem de gravação
A gravação da cena de estupro foi a que mais teve dificuldade para ser produzida. Duas atrizes se recusaram a terminar de gravar a cena pela pressão no set e pelo teor das cenas. Apenas a terceira atriz contratada conseguiu fazer a cena sem maiores problemas.
“Amarelo Mecânico”
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Como em todo dias das bruxas, em 2014, a franquia de desenho animado Os Simpsons deu sequência à tradição de fazer o episódio anual “Treehouse of Horror”, que faz referência à alguma obra cinematográfica do segmento de horror/violência, e, naquele ano, apostou em Laranja Mecânica.
“A Clockwork Yellow” (”Amarelo Mecânico”) foi o nome do episódio, que trouxe Moe como um membro de uma "gangue" (como a de Alex DeLarge) e que comanda um ataque contra um bacanal de pessoas mascaradas – uma homenagem a De Olhos bem Fechados. O enredo se desenrola cheio de referências e desemboca em uma versão amarela do próprio Kubrick fazendo uma participação ao final. Assista abaixo a paródia.
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REFERÊNCIAS: Omelete / Adoro Cinema / Cinema Uol / Conto dos Clássicos / The Rolling Stones
IMAGEM: Releitura da Ilustração do filme Laranja Mecânica por Josh Cooley (2018)
FOTOS: Pinterest e Tumblr
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weneedfanfic · 3 years
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Capítulo 03
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- Corta.- Nicholas berrava alto conforme a cena havia terminado de ser gravada. 
 Estávamos um mês já gravando as primeiras cenas do roteiro, os dias corridos no set mal me davam tempo de respirar ou relaxar em casa, mas confesso que amo essa correria. As gravações começavam às oito horas da manhã e terminavam geralmente as onze da noite, e eu ficava ali, em cada detalhe, em cada cena "desnecessária", queria me certificar que tudo ficaria perfeito. Infelizmente isso é parte da minha personalidade, além de enfrentar obstáculos todos os dias por ser a única mulher comandando de frente esse projeto, Nicholas era mais maleável comigo, escutava minhas opiniões e mesclada com as dele, isso não alegrava aos roteiristas e muito menos ao investidores. Estranhamente, era isso que me motivava a levantar todos os dias e mostrar que posso ser muito mais útil do que realmente estava sendo.  
- Vamos dar uma pausa de uma hora para almoçar, às quatorze horas retornaremos. - Nicholas levantou de sua cadeira espreguiçando-se. - As próximas cenas a serem gravadas são mais simples, se você quiser relaxar um pouco. Ás dezoito começamos a gravar as cenas com o Henry e a Karen.  
 - Você precisa relaxar um pouco Letícia. - Ryan se aproximou, observando minha cara desanimada em plena sexta-feira. - Nem tudo está sob o seu controle.
 - Você me conhece, Ryan. - Suspirei fundo. 
 - Por isso mesmo estou pedindo para descansar antes que tenha um colapso, Paula não está aqui, mas eu estou. Vem, vamos almoçar juntos. 
 Ryan me arrastou pelas mãos até o refeitório onde todos os atores que estavam escalados para as filmagens de hoje estavam almoçando, o refeitório para figurantes ficava quase do outro lado do estúdio, por mais que eu achava isso ridículo era umas das regras. Sentei em uma das mesas com quatro cadeiras e logo vi Ryan equilibrando nos braços um prato com saladas e um filé de frango assado, no outro cheio de comidas mais saudáveis para a dieta dele.
   - Pronto,  você tem que comer. Sinceramente, você emagreceu muito mais desde que começamos a filmagem. - Ele empurrou o prato em minha direção e sorriu. 
 - Aprendeu direito com a Paula. Não preciso de babá. - Revirei os olhos. - Mas obrigada pela preocupação. 
 - Boa tarde. - A voz doce e suave, quase melódica de Karen Gillian atrapalhou a nossa conversa, colocou o seu prato praticamente vazio na mesa e piscou em direção a Ryan. - Como estão? 
 - Cansados. - Apenas olhei de relance para ela e concentrei em mastigar minha comida, apenas Ryan a respondia. 
 Havia alguma em Gillian que me incomodava, talvez a maneira ao qual se comportava na presença de Ryan e de Henry, nunca havia falado comigo além dos sets de filmagem e algumas direções e entonações de fala, umas das coisas que nunca falha é minha intuição. Levantei meu olhar em direção a conversa animada dos dois, juntei as minhas sobrancelhas, a maneira ao qual os dois estavam tão próximos chegava  me incomodar, não prestei atenção no teor da conversa, mas sim o jeito que ela tocava o braço dele, limpei a garganta de maneira alta, fazendo que os dois distanciaram um pouco, meu olhar de reprovação caiu sobre os de Ryan e ele abaixou a cabeça,
 - Se me dão licença, eu vou descansar um pouco. 
 Levantei irritada da mesa e fui para uma sala reservada aos atores principais juntamente para o pessoal da produção, um lugar ao qual pudessem descansar e esperar suas cenas. Abri a porta aos poucos para me certificar que não tinha ninguém, sorri satisfeita pelo silêncio que estava precisando, estiquei minhas pernas no grande sofá de couro que tinha ao canto, mesmo ao fechar os meus olhos ainda passava a movimentação a minha frente, os meus ouvidos ainda tinham lembranças da loucura e falas de momentos antes. Para mim fazia apenas segundos que havia fechado os olhos quando me assustei com o barulho da porta se abrindo, com um pulo sentei no sofá e obriguei a fechar os olhos novamente por conta da tontura que tomou.
 - Desculpa. - A voz grave e aconchegante de Henry invadiu meus ouvidos, sentia o perfume amadeirado dele espalhando por todo o local. 
 - Não tudo bem. - Sorri agradável, tirando as mãos de meus olhos, já totalmente recuperada da sensação de ter levantado rápido. 
 - Posso ficar aqui? - Henry ofereceu um sorriso tão gentil e cavalheiro que pude sentir meu coração parar por uns segundos. 
 - Claro. - Observei o horário pela tela do meu celular, passou -se quase quatro horas desde que resolvi cochilar, meu pescoço reclamava pela maneira que havia dormido. - A sala é de todos. 
 - Iria entrar aqui algum tempo atrás, mas você está dormindo tão bem que resolvi não incomodar. - Ele riu, seus olhos pousaram aos meus enquanto ele depositava sua mochila em cima da mesa. 
 - A Que vergonha. - Senti meu rosto queimar, fui em direção ao bebedouro que ficava logo a frente da mesa para pegar um copo de água.- Provavelmente não iria acordar se entrasse. 
 - Não queria incomodar, você precisava descansar. 
 - Todo mundo está me falando isso. - Revirei os olhos e sentei a sua frente.
 - Você se dedica muito a esse trabalho. Vejo você com copos e copos de café na mão, desde que inicia o horário de trabalho, até logo depois que todo mundo sai. Confesso que não vejo produtores tão envolvidos assim. - O corpo de Henry estava jogado na cadeira, uma postura mais relaxada com suas pernas abertas, durante a sua fala não pude deixar de passar meus olhos pelo seu corpo, analisando a blusa de polo fina que usava e a calça jeans que estava tão apertada que jurava que suas costuras laterais abriram um pouco toda vez que ele se movimentava. Os lábios desenhados pareciam tão convidativos que me perdi algumas vezes. 
 - Bom, preciso que esse projeto seja perfeito. - Coloquei meus braços em cima da mesa e aproximei meu tronco em sua direção, sem ao menos perceber meus olhos desciam para os lábios dele. - É minha oportunidade.
   - Você está tão focada nesse projeto, sim, eu sei que é algo grande que pode catapultar a sua carreira como escritora, mas você não pode se acabar assim. - Inconscientemente Henry fez o mesmo movimento que eu.
 - Penso tenho que trabalhar mais do que todos, assim como fiquei anos indo de editora em editora para que esse livro fosse lançado. Nada é fácil, eu também me cobro muito em relação a ser perfeccionista. Não quero estragar a oportunidade, ainda mais que sou a única mulher que pode mandar e desmandar nesse projeto, não é fácil ter voz em meio a tantos homens conceituados. - Sem ao menos perceber, percebo que estou jogando todos meus pensamentos inseguros no colo de Henry, e ele como um gentil cavalheiro me observava atento a cada palavra que falava, sem perder a postura próxima a mim. 
 - Sabe do que você precisa? - Seus olhos azuis adentraram aos meus, como se através deles ele conseguiria acalmar meu coração. 
 - Por favor. - minhas mãos avançaram um pouco, percebi segundos depois que queria tocar suas grandes mãos espalmadas na mesa, controlei-as antes que se tocassem. 
 - Uma noite de boas comidas e um bom vinho. - Ele voltou a se encostar na cadeira, seu sorriso lateral o deixou ainda mais charmoso. - Hoje as gravações irão terminar as nove, gostaria de ir comigo ao meu restaurante preferido? 
 - Não sei... - Depois de alguns segundos recuperando o choque de ter esse convite inesperado, consegui responder, relutante demais para chegar alguma conclusão. 
 - Vamos, você está precisando de um ombro amigo, conversar, aliviar... - Observei aquele rosto tão bonito, marcado pelos fortes traços quadrados, aquele sorriso gentil e amigável que sempre estava amostra, talvez tenha ficado um pouco decepcionada pela palavra amigo estar em jogo, mas ao mesmo tempo fiquei aliviada em tê-lo nessa posição. 
 - Tudo bem. Me passa o endereço do restaurante, vou precisar ir em casa tomar um banho. 
 -Na verdade, você me passa o endereço da sua casa, te pegarei lá. 
 -x-
 - Eu não acredito! - Paula deu um berro do outro lado da linha, tive que afastar meu celular da orelha. 
 - Não é absolutamente nada demais. - Revirei os olhos, resolvendo por fim colocar no viva voz para que minhas duas mãos ficassem livres para fazer a maquiagem. - Ele deixou bem claro a palavra amigo. 
 - Óbvio ne Letícia, tudo começa com amizade. Mais fácil de ganhar confiança, pelo que você fala ele é muito reservado e do nada te convida para jantar? 
 - A desencana, não encha minha cabeça com minhocas. - Bufei, concentrada demais em espalhar a base no meu rosto. - Além de tudo, somos colegas de trabalho, isso não é nada profissional. 
 - O que vocês fazem após o horário de trabalho não convém a ninguém.
   - Você sabe que no meio ao qual estamos inseridas, qualquer deslize é fatal. Você pode ficar marcada por absolutamente nada. 
 - Sim, você tem razão. - Paula suspirou, passando uns segundos. - Isso que me irrita! Estamos sempre pisando em ovos.
 - Sempre! - Escuto a voz dela se afastar do telefone e gritar alguma coisa inaudível, e então retornar ao telefone.
 - Le, desejo boa sorte pra você. Depois me escreva tudo sobre o encontro, eu preciso ir agora. 
 - Vai dormir? - Estranhei essa atitude repentina dela.
 - Não, Chris está me convidando para tomar um cerveja, ele quer conversar. 
 - Paula, vocês estão ficando cada vez mais próximos. Cuidado. - Alertei-a, Ryan estava aqui esperando por ela, não poderia deixá-la se envolver demais no charme de Chris Evans. - Outra coisa, Ryan está cada vez mais próximo da Karen, será que tenho que dá sermão em vocês dois?
 - Amizade, Letícia. Os dois são amigos, eu sou amiga  do Chris, não há nada demais.
 - Bom de qualquer jeito, mantenho meus olhos em Ryan e você não me esconda absolutamente nada. 
 Desliguei a ligação extremamente incomodada com a situação, porém não deixaria isso consumir toda a minha atenção, não quando em poucos minutos Henry estaria aqui para me buscar. Confesso que demorei demais para achar um look que me deixasse bonita, a maioria das peças de roupas que tinha diziam que eu era uma mulher de negócios, precisava de uma peça que trouxesse o ar sexy que precisava, achei em minha gaveta um body de lingerie bordô, com um decote discreto mas revelador, combinando com minha calça social preta e um blazer preto, finalmente estava satisfeita com a minha aparência. Assim que termino de aplicar o meu perfume favorito, a tela do meu celular se acende com a mensagem do Henry avisando a sua chegada, corri mais do que o normal para fora do apartamento. Henry conseguia estar muito mais bonito que o habitual. A camisa social azul escura desenhava os braços malhados que ele tinha, dando para observar cada veia saltada mesmo que cobertas, não precisei chegar perto para sentir o seu convidativo perfume, como um verdadeiro cavalheiro ele não pensou duas vezes antes de abrir a porta para mim.
 - Obrigada. - Sorri, sentindo seus olhos fixaram nos meus, o que consequentemente me fez corar. 
 - Confesso que estou animado. - Henry deixou essa frase no ar, tentei decifra-la. Depois de alguns segundos ele percebeu a minha face de dúvida. - Sobre o final de semana de folga. 
 - Ah. - Havia desapontamento em minha voz, queria muito que ele estivesse animado para essa noite. - Sorte a sua, ainda estarei no set. 
 -  Então vamos fazer um acordo? 
 - Claro. - Respondi, observando seu rosto concentrado na rua. 
 - Sem falar sobre trabalho. E sem hora para voltar a sua casa. - Ele desviou a sua atenção para mim por alguns segundos, tempo o suficiente para piscar.  Acabei soltando uma risada descontraída, relaxando aos poucos. Ao chegar no restaurante, fomos guiados para uma mesa reservada, o garçom chegou com a carta de vinhos e me surpreendi ao ver Henry pedindo para que tomasse a liberdade de escolher o meu favorito. Pedimos a garrafa e então, ele olhou para mim, seus olhos novamente penetrantes e encantadores.
 - Letícia, ainda está muito de cara fechada. - Seu corpo novamente estava jogado descontraído sobre a cadeira.
 - Desculpa, eu tenho uma certa dificuldade em relaxar. - Suspirei, por mais que estava feliz e confortável no momento, meu rosto sempre denunciava minhas preocupações. - Depois de uma taça irei me soltar. 
 - Que bom, quero mesmo conhecer você. - Aquele sorriso lateral, aquele maldito sorriso, estava ali para me deixar sem ar mais uma vez. 
 - Bom você me conhece. - Sorri, tentando desconversar.
 - Conheço a Letícia do Set. Não a Letícia fora do trabalho, e posso estar enganado, mas ela parece ser muito mais interessante. 
 - Bom, eu também não conheço você. Conheço O Henry Cavill, o super homem, aquele ao qual as mulheres caem, o gostosão Cavill.  - Percebo que falo demais e então de forma teatral coloco as mãos para cobrir minha boca, na intenção de causar risadas. 
 - Eu sabia que você tinha bom humor. - O tom de sua risada estava quase próximo a um flerte. - Um dos pontos negativos de ser conhecido. As pessoas acham que sabem quem eu sou, mas só conhecem o que falam de mim. 
 - Parte ruim dos Holofotes. - Fomos interrompidos pelo garçom nos servindo o vinho.
 - Você me parece uma mulher incrível. - senti minha pele ficar quente, não pelo gole de vinho que estava tomando, mas sim pelo olhar intenso que recebia dele. Toda sua postura corporal havia mudado, estava mais próximo a mim na mesa, com os braços relaxados, percebia seu olhar descer até minha boca e voltar aos meus olhos. - E eu quero descobrir. 
 Fiquei alguns segundos absorvendo a intensidade do seu olhar, muito sem saber o que responder sob essa investida, poderia ouvir meu coração batendo de maneira tão alta que estava começando a desconfiar que ele também ouvia, minhas mãos caídas em meu colo tremiam de maneira incontrolável, por mais que tentasse, nao conseguia me livrar daquela ondaque me puxava em sua direção, era algo que quase palpável, um campo magnético presente entre nós. Percebo a intenção de seu convite, e acabo entrando em seu jogo. Não havia sensação mais gostosa de sentir do que essa da conquista, posso me permitir essa noite. 
 - Estou aqui, pronta para te revelar tudo. - com o cotovelo apoiado na mesa, começo a passar delicadamente meu dedo indicador na borda da taça de vinho, buscando todo o meu arsenal de sedução. - Mas temos que ir por merecimentos.
 - Até o fim dessa noite, serei mais do que merecedor. - Sua risada gostosa soou como música. 
 - Veremos. - Pisquei em sua direção. 
 - De onde você veio? - Henry relaxou sua postura novamente, antes de responder o garçom interrompeu para anotar o que queríamos pedir.
 - Brasil. - Respondi assim que ele foi embora, encostei minhas costas na cadeira, também mais relaxada após o álcool invadir meu organismo. 
 - Como veio parar aqui? 
 - Vou te contar a versão encurtada da história. - soltei uma risada. - Meu livro começou a fazer sucesso no Brasil e decidimos que deveríamos expandir, com apoio da editora começamos a expandir para cá, então é isso. 
 - Quantos anos você tinha? 
 - Quando lancei o livro tinha vinte, vim para cá com vinte e dois, estou desde então. - Abri um sorri nostálgico por lembrar de cada detalhe que me trouxe até esse momento. - Morei em Nova Iorque ate meses atrás, quando fechei esse contrato para Los Angeles, aí nós nos mudamos para cá. 
 - Nós? - Henry parecia realmente interessado em minha vida.
 - Moro junto com a minha melhor amiga, bom Nos somos amigas acho que desde sempre. Ela largou tudo no Brasil pra vir comigo, você só não a conheceu porque ela está no Canadá trabalhando em um filme com o Chris Evans, mas ela é namorada do seu melhor amigo no filme. - Ele acompanhou a minha risada. 
 - Você trabalhando com o super homem, e ela com o capitão América. - Ele riu pensativo, olhando para a taça de vinho. 
 - Confesso que estou melhor. - Sorri, puxando novamente meu ar sedutor. - Provavelmente todas as mulheres do mundo pagariam para estar aqui agora. 
 - É. - Ele revirou os olhos, fechando a cara por um breve momento. - Eu odeio isso sabia?
 - Não é uma das vantagens? 
 - Não, nem um pouco. Nunca sei quando é interesse no Super Homem, o Henry Cavill dos filmes, ou é em mim, como ser humano, entende? - Senti sua fala ficar mais angustiante e melancólica conforme desabafava. 
 - Bom, nunca estive em sua posição, mas acho que dá para ter uma breve noção.  Por isso você prefere ser mais reservado? 
 - Exato. 
 - Então por que se aproximou de mim? - Novamente interrompidos pelo garçom, agora para trazer nossas comidas, foram segundos de silêncio que me deixou completamente desconfortável e com ansiedade para descobrir a resposta.
 - Por que você se parece comigo, você me dá a sensação de confiança. Tanto que já me abri facilmente. - Senti uma onda de calor aquecer meu coração, mas não era de desejo ardente como de segundos atrás, mas de proximidade, carinho.  - Realmente, você estava certo. - Sorri, confortável demais ao seu lado.
 - Sobre?
 - Você é merecedor de conhecer tudo de mim. - Aproveitei o gancho para voltar as frases com segundas intenções. 
 - Posso ir conhecendo aos poucos. - Ele ergueu uma de sua sobrancelhas adotando o seu irresistível sorriso de lado. - Só tem uma coisa que eu quero conhecer essa noite. - Ele foi aproximando seu corpo da mesa, apoiando só cotovelos na mesma, chegando o mais próximo que conseguia de mim naquele momento, seu olhar desceu até a minha boca e sem ele precisar dizer qualquer coisa já havia entendido o recado. 
 - Se você quiser, pode conhecer agora. - Soltei uma risada provocativa, deixando o blazer que vestia cair sob meus ombros propositalmente, o olhar dele acompanhou aquele tecido descer o suficiente para mostrar a lingerie que usava por baixo como blusa, logo coloquei em seu lugar novamente.
 - Por favor, a conta? - Henry havia sinalizado para um dos garçons, sua expressão mostrava todo o desejo que ele estava sentindo no momento, sem sequer tirar os olhos de mim ele pagou a conta. 
 Caminhamos afastados para fora do restaurante onde seu carro nós esperava, temia que se me aproximasse o suficiente do seu corpo, poderíamos começar algo difícil de parar ali, em público. Mesmo com a certa distância que tomávamos, sentia sua pele transmitir uma onda de choques em minha direção, fazendo cada fibra de meu corpo tremer de ansiedade pelo seu toque, os segundos que andamos pareceram intermináveis. Henry era cuidadoso, não trocamos nenhuma palavra, mas pelo seu olhar deu a entender que precisávamos estar afastado das pessoas para acontecer qualquer coisa, não queríamos holofotes desnecessários. Percebia que enquanto ele dirigia em direção ao meu apartamento, sua mão esquerda apertou o volante com uma certa tensão e sua direita timidamente pousou em minha coxa, esse movimento provocou uma onda de calor localizada, conseguia sentir exatamente os choques a onde sua mão estava, torcia mentalmente para todos os sinais estarem abertos para chegar em casa o mais rápido possível.   Em três minutos, já estávamos subindo o elevador do meu apartamento, agora com meu braço encostado ao dele. Conseguia ouvir sua respiração completamente alterada, ele me lançou um sorriso malicioso e convidativo que fazia minhas pernas tremer. Assim que fechei a porta e a trancava, Henry me envolveu com seus braços grandes, por mais que ali havia apenas músculos, parecia aconchegante e macio, seus olhos azuis estavam claros e brilhantes, poderia ficar a noite toda apenas observando-os. Sua mão direita começou a subir do meu quadril até minha nuca, todo esse caminho foi percorrido com a palma da mão e  vagarosamente, como se ele quisesse sentir cada detalhe, ela por fim pousou na minha nuca e ele entrelaçou os dedos em meu cabelo, aproximando seu rosto ainda mais, colando nossos quadris, seus lábios estavam milímetros dos meus, seu perfume amadeirado agia como um feitiço em meu organismo, meu corpo todo gritava ansiando pelo seus lábios, até que por fim eles me tocam, suaves e macios, seu beijo era carinhoso, calmo e provocava sensações maravilhosas em mim, me rendi completamente aquele homem, dando início a melhor noite da minha vida até aquele momento.  Acordei com algo pesado em cima de mim, os braços de Henry estavam jogados em minha barriga enquanto ele dormia tranquilamente, virado de barriga para baixo com o seu rosto bem próximo ao meu, observei cada detalhe daquele rosto, os olhos pequenos que mesmo fechado transpassa toda a tranquilidade que estava sentindo no momento, passei delicadamente a ponta do meu dedo indicador por seu fino nariz, descendo até seus lábios bem desenhados, me peguei sorrindo enquanto fazia todo esse trajeto, realmente me sentindo confortável ao seu lado. Voltei a fechar meus olhos, recuperando todas as sensações que senti na noite anterior, o choque de nossa pele, a sensação de frio na barriga ao senti-lo dentro de mim, o seu beijo completamente carinhoso e demorado que me fazia subir aos céus e não descer de lá tão cedo. Ao abrir meus olhos novamente, Henry encarava com um olhar carinhoso, seus olhos azuis pareciam duas pedras preciosas, não demorou muito para o seu sorriso lateral irresistível se abrir, poderia ficar ali deitada o resto do dia com ele. Mas então, como um balde de água fria sendo jogado em mim, despertei para a realidade, não poderia me envolver  emocionalmente com aquele homem, muito menos sexualmente, era um homem ao qual trabalhava junto comigo e que deveria me ver como alguém que estava ali para comandar, além do mais, se alguém do estúdio descobrir poderia ser minha ruína, as fofocas se espalhariam de maneira incontrolável. Levantei em um pulo, automaticamente colocando a mão em minha cabeça, não queria virar meu rosto em direção ao dele, pois tenho absoluta certeza que Henry decifraria todo o conflito. 
 - Aconteceu alguma coisa? - Ele senta na cama, ao me virar vejo que estava sem camisa e todo seu peitoral musculoso estava amostra, observei sua pele voltando a me perder na noite anterior, balanço a cabeça para afastar as memórias.
   - Minha cabeça está a mil. - Cruzo os braços e desvio meu olhar para o chão, observando o tapete branco que fica embaixo da minha cama.
 - Acho que estamos pensando na mesma coisa. - Henry mantinha uma voz calma. 
 - Que isso não deveria ter acontecido? - Gesticulo no isso apontando para mim e para ele, logo após finalizar a frase faço uma careta com medo da resposta. 
 - Não, não é isso que estou pensando. - Ele ri, levantando da cama. - Eu sei o que lhe preocupa. 
 - Pois bem. Isso não é bom, se alguém do estúdio souber, as fofocas irão se espalhar, começarão especulações ao meu respeito. - Coloco a mão no rosto começando a falar cada vez mais rápido, minhas pernas andavam de um lado para o outro. - Eu nunca fui uma mulher de sair com as pessoas do trabalho! Eu não posso arruinar tudo!
 - Ei - Henry me abraçou, controlando o meu impulso de sair dos seus braços, ele depositou um beijo no topo da minha cabeça e me abraçou com força. - Respira! Primeiro, ninguém sabe sobre hoje, segundo ninguém irá saber. 
 - Sim, você está certo. - Respirei fundo, mas agradeci por Henry ainda me manter presa entre seus braços. - Estou preocupada por nada, só transamos. 
 - Exatamente. - Ele sorriu para me acalmar. - Aliás, podemos repetir mais vezes. 
 - Bom, foi muito bom. - Sorri deixando toda a calma que ele tinha me invadir.  - Podemos combinar uma coisa? - Henry me soltou, um pouco relutante no que queria falar, isso o fez se sentar na cama novamente e me encarar com todo charme que tinha. 
 - Dependendo.
 - Que tal uma amizade colorida? - Ele colocou as mãos em seu queixo, meio incerto na proposta e com medo do que poderia responder. 
 - Eu aceito. - Confesso que essa possibilidade me parecia muito promissora no momento. - Mas do set para fora, totalmente sem demonstrações de afeto e sem sair sozinhos, nada que dê bandeira que estamos fazendo qualquer coisa.
    Levei minha mão em sua direção, esticada para cumprimentá-lo e fecharmos o trato, Henry analisou meu rosto uma vez e estreitou os olhos, pergunto-me se falei alguma coisa que não fazia sentido para ele, mas segundos depois ele apertou minha mão, oficializando o trato.
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