lĂȘ eu nao sei se ja pedi e esqueci đ se for repetido ignora!!! mas vc pode fazer um haechan com o numero 13? đ„č "nĂŁo sorri assim"
E PARABĂNS POR UM ANOOOOO đđ„°đ„ł
GRANDE EVENTO DE 1 ANO DE ANIVERSĂRIO DO NONUWHORE!!!! đ„łđ„łđ„ł
13. âNĂŁo sorri assim, eu jĂĄ sou maluco/maluca por vocĂȘ o suficiente.â
contĂ©m: angst e fluff; fake dating e bestfriend!heachan em um mashup de sofrimento; menção a comida e bebida; menção a uso de drogas;Â
contagem de palavras: 2,3k
nota da autora: oi lala, espero que vocĂȘ goste de um angstizinho, porque venho te presentear com um đ obrigada por participar do evento e espero de verdade que vocĂȘ goste. por favor ignorem qualquer erro pois a tia, apesar de escrever com muito carinho, Ă© meio dislĂ©xica e nĂŁo teve muito tempo pra revisar.
âIsso nĂŁo vai dar certoâŠâ, vocĂȘ olhava para os lados, apreensiva, mas principalmente paranoica ao ponto de acreditar que vocĂȘs estavam sendo observados.
âPara com essa porra, como isso poderia dar errado?!â, Haechan riu, enchendo seu copo de Coca-Cola e em seguida o dele.
âA gente nem parece um casal!â, vocĂȘ sussurrou, mas querendo mesmo gritar com seu amigo. âOIha como todos eles se olham, se tocam, se beijamâŠ.â, vocĂȘ passou os olhos pelo salĂŁo em uma luz baixa, o jazz suave tocado por um pianista mediado e os casais em uma nuvem de paixĂŁo e completa abstração do resto do mundo. Seu olhar foi pego por um que tinham os dedos entrelaçados por cima da mesa, o homem parecia sussurrar algo para a mulher que a fez dar um sorriso tĂŁo demorado e espontĂąneo que te fez sentir seu estĂŽmago de apertar, mas nĂŁo de fome. VocĂȘ voltou seu olhar para o que sentava na sua frente, contendo uma gargalhada sobre algo no celular que provavelmente era a maior besteira jĂĄ vista pela humanidade. âHaechan!â
âQue Ă©?!â, ele te olhou irritado e vocĂȘ respirou fundo, preparando-se para levar e sair do restaurante, quando ele segurou sua mĂŁo. âTĂĄ bom, tĂĄ bom⊠Viu? Meu celular foi embora! Escuta, ninguĂ©m aqui tĂĄ nem aĂ pra gente. Ă dia dos namorados!â
âEles podem nĂŁo estar vendo a gente, mas o dono do lugar provavelmente sim, afinal Ă© ele que âtĂĄ perdendo nesse casoâŠâ
âOlha pros garçons, deve ser a Ă©poca do ano em que eles mais trabalhamâ, disse abrindo o cardĂĄpio que tinha cheiro de caro e o folheou, sorrindo de orelha a orelha. âEu tive muito trabalho pra conseguir esse jantar de graça pra gente, vocĂȘ poderia sĂł relaxar e aproveitar a experiĂȘncia?â
âVocĂȘ sabe que eu nĂŁo relaxo. E vocĂȘ deveria ter me dito antes que sĂł era vĂĄlido pra casais!â, e arrancou o menu da mĂŁo dele junto de um suspiro profundo e um olhar de misericĂłrdia.Â
âPor que isso âtĂĄ sendo uma questĂŁo pra vocĂȘ?â, Haechan perguntou te analisando.
VocĂȘ nĂŁo podia simplesmente dizer que todo o ar romĂąntico, a data comemorativa e como ele parecia o homem mais lindo do mundo naquele smoking preto estavam alimentando a sua imaginação de maneira inadequada. Nem que, estar nessa situação com ele entre todas as outras pessoas do universo, onde vocĂȘs sĂł fingiam que namoravam, era mais doloroso do qualquer outra coisa que vocĂȘ jĂĄ tinha sentido.
Haechan foi seu amor de infĂąncia e Ă© embaraçoso dizer que mesmo os hormĂŽnios da adolescĂȘncia, as festas da faculdade, a rotina maçante da vida adulta e todos outros homens que atravessaram sua vida nessas fases nĂŁo foram o bastante para tomar o lugar dele. VocĂȘ, pessoalmente, ainda nĂŁo tinha decidido qual parte era pior: vocĂȘ nunca ter conseguido dizer a ele o que sentia ou perceber que ele nunca te viu e jamais te veria como outra coisa alĂ©m da irmĂŁzinha que ele ganhou quando sua mĂŁe, amiga da dele, se mudou para casa ao lado e que passou a ser responsabilidade dele, mesmo que vocĂȘ fosse uma ano mais velha.
âVocĂȘ sabe que eu nĂŁo confiaria em mais ninguĂ©m pra esse rolĂȘ, nĂŁo sabe?â, o olhar confidente dele, o mesmo que fazia quando pretendia pregar uma peça em alguĂ©m na infĂąncia ou matar aula na adolescĂȘncia, nunca tinha mudado e isso era irritante. A atmosfera de cuidado e nostalgia que te tomada toda vez que vocĂȘs se encontravam, as risadas frouxas no meio da madrugada quando ele te ligava chapado, ele pedindo atualizaçÔes detalhadas do seu dia por mensagem, como ele sempre lembrava de toda comida que vocĂȘ amava e detestava e como fazia questĂŁo de fazer o pedido porque sabia como vocĂȘ ficava nervosa nesse tipo de situação. Tudo era insuportavelmente irritante, porque te dava esperanças, que a parte racional do seu cĂ©rebro sempre fazia questĂŁo de jogar na sua cara o quĂŁo delirante vocĂȘ era.
âPrecisava do terno?â, vocĂȘ o olhou, triste, mas abrindo o cardĂĄpio, pretendo fazer a escolha de prato mais rĂĄpido da sua vida para que vocĂȘ pudesse voltar para casa e chorar atĂ© que seus olhos saĂssem do seu rosto.
âOlha esse lugar! Claro que precisava⊠VocĂȘ nĂŁo tĂĄ nada mal tambĂ©m.âÂ
VocĂȘ nĂŁo tĂĄ nada mal tambĂ©m. NĂŁo era exatamente o tipo de elogio que vocĂȘ esperava receber da pessoa pela qual vocĂȘ era apaixonada e para quem vocĂȘ tinha se vestido.
âJĂĄ escolheu o seu?â
âJĂĄ. O de sempre?â, ele perguntou e vocĂȘ balançou a cabeça positivamente, o assistindo chamar o garçom. Quando esse chegou, Haechan entrelaçou seus dedos e se referiu a vocĂȘ como âminha noivaâ ao fazer o seu pedido e sua Ășnica reação foi implorar a todos os seres superiores do universo que aquilo fosse apenas um longo e desnecessĂĄrio pesadelo, mesmo sabendo que de qualquer forma, passar por esse evento real ou nĂŁo sera traumĂĄtico o suficiente.  Â
âQue porra foi essa?â, vocĂȘ arrancou sua mĂŁo da dele, a escondendo embaixo da mesa, incapaz de sequer olhĂĄ-lo.
âFala se eu nĂŁo mereço um Oscar? NinguĂ©m vai desconfiar, deixa comigoâ, vocĂȘ tinha odiado, mas ele parecia tĂŁo orgulhoso de si mesmo por enganar o pobre do trabalhador que atendia vocĂȘs, como se estivesse dando o maior golpe no sistema, que rir da cara dele parecia ser a Ășnica opção.Â
âVem, tira uma foto minha ali!â, na saĂda do restaurante, Haechan encontrou um piano de cauda e vocĂȘ foi obrigada a produzir uma memĂłria permanente sobre aquele dia. Ele se posicionou na frente do instrumento, empinando a bunda um pouco na direção das teclas e vocĂȘ gargalhou. âOk, ok, agora Ă© sĂ©rio, tira uma boa. VocĂȘ nĂŁo sabe tirar foto dos outros.â
âCala a boca e se arruma logoâ, vocĂȘ mandou, se afastando um pouco dele para conseguir alĂ©m de pegar o quadro todo, registrar tambĂ©m os outros detalhes da parede e do chĂŁo do hall. VocĂȘ posicionou a cĂąmera na direção dele, apertando o botĂŁo, e o viu atravĂ©s da tela, passando os dedos pelo cabelo macio e brilhante, revelando a testa e mais dos olhos dele que encarava o celular, mas pareciam que olhava para vocĂȘ, sorrindo como se soubesse tudo que passava pela sua cabeça, palavra por palavra, e que concordasse com cada uma delas. Nesses pequenos momentos era difĂcil, dentro de vocĂȘ, fazer a divisĂŁo do que acontecia de fato. VocĂȘ sentia que estava em um relacionamento incompleto, inacabado, mas acima de tudo onde vocĂȘ era a Ășnica que perdia. âNĂŁo sorri assim, eu jĂĄ sou maluca por vocĂȘ o suficienteâ, sua voz saiu fraca, sem forças mesmo, tĂŁo resignada e esvaziada de qualquer orgulho que vocĂȘ jĂĄ teve algum dia, se Ă© que vocĂȘ teve.Â
âCom licença, senhorita, vocĂȘs nĂŁo podem ficar aquiâ, um funcionĂĄrio apareceu atrĂĄs de vocĂȘ, com a cara mais azeda que alguĂ©m jĂĄ tinha te dado e vocĂȘ congelou. âEsse espaço nĂŁo Ă© feito para issoâŠâ, e deu ĂȘnfase na Ășltima palavra, enojado, como se vocĂȘs mesmo fosse isso, e nĂŁo seres humanos.
âTudo certo, chefe, a gente jĂĄ tĂĄ indo emboraâ, Haechan veio na sua direção, sorrindo com a maior cara de pau e mostrando o polegar para o homem, do mesmo jeito que fazia quando arremessar uma bolinha de papel em um colega e ricochetava na professora. Te arrastou para fora do estabelecimento, e vocĂȘs caminharam rĂĄpido em direção ao ponto de ĂŽnibus na esperança de pegar o Ășltimo da noite, rindo da presepada que aquela noite tinha sido.Â
âQuem foi que teve a ideia idiota de vir nesse lugar, ein?â, ele disse, fingindo fazer um esforço para pensar e vocĂȘ ameaçou jogar o celular dele do outro lado da avenida. Haechan te segurou, gargalhando um pouco mais e tomou o aparelho de vocĂȘ. Sentado no banco, desbloqueou a tela e vocĂȘ encarou o cĂ©u, lĂmpido e soturno.
âQue idiotaâŠâ
âQuem?â
âVocĂȘ. Em vez de tirar foto vocĂȘ gravou um vĂdeoâ, ele balançou a cabeça negativamente, te julgando a maior panaca do mundo.Â
VocĂȘ deu um sorriso, que se desmanchou gradualmente ao lembrar o que tinha dito para si mesmo antes do funcionĂĄrio te interromper. Um frio glacial tomou seu peito e vocĂȘ pegou o celular da mĂŁo dele. âDeixa eu ver!â
âQue foi, doida? NĂŁo tem problema nĂŁo, eu tiro print depoisâŠâ, e pegou o aparelho de vocĂȘ mais uma vez, rindo da sua cara. VocĂȘ continuou olhando o cĂ©u, respirando fundo como se estivesse prestes a ser pega em um interrogatĂłrio, tentando nĂŁo ser transparente, mas sabendo que agindo do jeito que estava agindo o deixaria ainda mais curioso. Ele te encarou o caminho todo atĂ© a casa dele, sem fazer nenhuma pergunta, mas sabendo que vocĂȘ estava se esforçando demais para nĂŁo ficar estranha e por isso, automaticamente, ficando estranha.Â
VocĂȘ esperou que ele fosse tomar banho para pegar o celular. Ouviu o barulho do chuveiro se abrir e entrou no quarto dele, no maior silĂȘncio possĂvel, acessando rapidamente a galeria. Deu play no vĂdeo, levando a parte que liberava o som ao ouvido, morrendo de medo de ser pega, mas ao mesmo tempo pensando o que faria se o registro tivesse de fato sido feito. VocĂȘ apagaria o arquivo? Ele saberia que foi vocĂȘ, iria te confrontar e vocĂȘ seria obrigada a admitir, e pior, explicar o motivo das suas açÔes. Mas poderia sugerir, tambĂ©m, que o arquivo tinha se corrompido, muito naturalmente, e negar tudo atĂ© a morte.Â
âO que vocĂȘ âtĂĄ fazendo?â, Haechan apareceu atrĂĄs de vocĂȘ, ainda com a calça social, mas sem a camisa, como se estivesse prestes a entrar no banho, mas mudasse de ideia no Ășltimo minuto.Â
VocĂȘ o encarou, sem conseguir mover nenhum mĂșsculo na sua boca. Engoliu seco, e desviou o olhar para a janela do quarto, segurando o celular com toda a força que tinha.Â
âPor que vocĂȘ âtĂĄ com meu celular?â, ele perguntou andando na sua direção, com uma expressĂŁo sĂ©ria, mas que nĂŁo parecia de raiva nem decepção, e sim de cuidado e preocupação.Â
VocĂȘ se concentrou no barulho da ĂĄgua caindo dentro do banheiro. âAchei que vocĂȘ ia tomar banho⊠VocĂȘ deixou o chuveiro aberto?â, vocĂȘ riu, sem graça, numa tentantiva tĂŁo idiota de descontrair que nĂŁo convenceu nem a si mesmo.
âEu sabia que vocĂȘ tentaria apagar o vĂdeo, o que me deixou ainda mais curioso sobre porque vocĂȘ âtĂĄ tĂŁo pilhada sobre ele. VocĂȘ quer me contar alguma coisa?â
âVocĂȘ assistiu?â, a pergunta sai da sua boca na velocidade da luz e Haechan te analisou um pouco antes de te responder.
âNĂŁo. Por que isso Ă© importante?â
âVocĂȘ assistiu?â, seu coração parecia que seria cuspido pela sua garganta a qualquer momento. VocĂȘ jĂĄ nĂŁo se importava em nĂŁo parecer suspeita, sĂł precisava que ele nĂŁo tivesse assistido.
âEu nĂŁo assisti, eu te prometo. Mas agora vocĂȘ nĂŁo me dĂĄ outra opção senĂŁo assistirâ, ele arrancou o aparelho da sua mĂŁo com agilidade antes que vocĂȘ escapasse dele. Seus olhos se encheram de lĂĄgrimas enquanto vocĂȘ presenciava tudo que tinha ruir.Â
âHaechan, por favorâŠâ, sua sĂșplica fez ele desbloquear o celular com mais rapidez e levĂĄ-lo ao ouvido, como vocĂȘ tinha feito antes. VocĂȘ nĂŁo queria olhĂĄ-lo enquanto ele recebia aquela informação, mas ao mesmo tempo, no fundo da sua alma, queria saber como ele reagiria, como saber que esteve apaixonada por ele esse tempo todo atingiria ele.Â
Ele nĂŁo pareceu entender, em um primeiro momento. As sobrancelhas fraziram, como se o ĂĄudio fosse baixo demais, apesar da saĂda de som estar grudada na orelha dele. Deu play de novo, na exata parte do vĂdeo, e escutou mais uma vez. Escutou pela terceira vez e bloqueou o celular, o jogando na cama. A cabeça dele parecia fazer um esforço considerĂĄvel enquanto processava a novidade e os minutos que se seguiram depois disso pareciam aflitivas horas.
Haechan te olhou, por fim, sorrindo. âEu⊠NĂŁo sei o que dizer, sinceramente.â
Acabou, vocĂȘ pensou, Ă© assim que tudo acaba.
âEu⊠Queria que vocĂȘ tivesse me dito antesâ, ele se sentou na beirada da cama, brincando com a ponta do cobertor, parecendo que segurava um sorriso ainda maior. âNĂŁo queria que isso tivesse te causado tanto sofrimento.â
Haechan parecia pensar sobre o que estava dizendo enquanto dizia, mas na sua cabeça vocĂȘ jĂĄ tinha criado todos os cenĂĄrios possĂveis, principalmente aqueles onde ele te rejeitava.Â
 âVocĂȘ âtĂĄ com medo agora, nĂŁo âtĂĄ? Vem cĂĄâ, e te ofereceu a mĂŁo, puxando vocĂȘ para sentar perto dele. Haechan te abraçou, circulou os braços pelo seu pescoço e pousando uma das mĂŁos no topo da sua cabeça, usou as pontas dos dedos para acariciar esse espaço. âVocĂȘ deve estar pensando que eu nunca te vi como uma mulher, nĂ©? Essa foi a pior parte pra mim. Acordar um dia e perceber que vocĂȘ jĂĄ era uma mulher boa parte da minha vida e ter que lidar com a culpa de te desejar como uma enquanto me martirizava por ter desperdiçado tanto tempoâ, vocĂȘ tentou se desconectar dele para entender se o que vocĂȘ ouvia era uma brincadeira ou algo do tipo, mas ele te prendeu mais. âTanto tempo que eu achei que nunca recuperaria e que, principalmente, a chance que achei que tinha jogado fora.â
Haechan te abraçou com mais intensidade, levando o rosto para a curva do seu pescoço e se movendo com cuidado atĂ© a boca alcançar seu ouvido. âObrigada por me esperar tanto tempo e desculpa pela demora.â Â
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