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#sonhar e destino
branckaper · 1 year
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Quando digo "sonhe comigo" não torço para que me encontre nos seus sonhos, mas para que ouse esperar, ao meu lado, o melhor dessa vida.
(Branckaper)
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intensidade-livre · 1 month
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Hoje refiz o caminho que me levava a você, E em cada passo, memórias vieram me envolver, Lembrei da ansiedade, do peito a saltar, Ao imaginar seu sorriso ao me encontrar. Pelas ruas, me perdi em devaneios, Imaginando nossos momentos, nossos anseios, Em algumas curvas, me via a sonhar, Como se o destino ainda fosse te abraçar. Mas hoje, o encontro era só com o passado, Revivi cada instante, cada beijo guardado, E mesmo sem você ao final da estrada, Ainda te sinto, em cada lembrança calada.
(Jorge A.Aquino)
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cartasparaviolet · 4 months
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Meu secreto universo é a história não contada de minha vida. As lembranças perdidas, as memórias esquecidas, os sonhos desprezados. Retornei ao mundo encantado onde minha criança interior seria o mestre daquela jornada, sabiamente conduziria melhor o leme que a minha atual versão. Ela interagia com as estrelas, acreditava em magia, dançava e sorria com seu vestido de margarida. Leve, gentil, fluída. Pura, essência, sintonia. Amor, compaixão, alegria. Em seu modo anciã, distinguia o abstrato do concreto e intuitivamente direcionava-se para o intangível. Tinha o conhecimento em seu íntimo que a realidade última é para além do véu. Quanto tempo tardei para absorver a verdade? Creio que os considerados loucos são aqueles que a buscam. E a encontram. Os sãos permanecem em sua zona de conforto assistindo hipnotizados aos programas na televisão, vivendo uma vida no automático, pura robotização. A vivência está lá fora, do outro lado da fronteira dos olhos e do toque da pele. A canção da alma só é confiada para quem entra em rendição. Essa doce criança sabia no auge de sua existência como lidar com toda essa farsa melhor do que eu. A rebeldia peculiar de um ser que, exaurido de lutas, cedia as rédeas em forma de desistência. A criança assumia amorosamente aquele barco, sorrindo como se esperasse a vida toda por aquela chance e, compreendi que somente os puros de coração adentrarão os reinos celestiais. Bingo. A chave precedia a cura dessa relação com o meu pequeno eu adormecido. Sonhei um sonho bom, daqueles repletos de unicórnios, fadas e seres elementais. Um caminho de cristais formava-se diante de mim e meus pés seguiram por conta. Há um mistério a desvendar para quem encontra a rota para casa. Eu procurei no externo todas as resoluções, estava no destino guiar-me para outra direção, essa foi a sua divina orientação.
Sábia criança que agiu somente em nome do amor, aqui está o meu clamor: ajude-me a confiar e deixe-me, mais uma vez, sonhar.
@cartasparaviolet
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meuemvoce · 2 months
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Em sonhos...
Ao fechar os olhos e entrar em um sono profundo é o único momento que me sinto perto de você, em sonhos. em um curto espaço de tempo estive na sua frente e naquele momento tive a oportunidade de ver o seu sorriso e os seus olhos que nunca consegui esquecer, seu sorriso doce estava presente, seu toque era tão real que mesmo adormecida consegui sentir em minha pele. aproveitamos o nosso pequeno momento juntos, rimos, conversamos bobagens, consegui finalmente sentir o seu cheiro e sentir o seu abraço, saímos sem nos preocupar que estávamos vivendo apenas um sonho e com o relógio contra nós.
Fomos felizes mesmo sabendo que tudo estava prestes acabar, assim como aconteceu com a nossa história em vida, mas a diferença é que dessa vez fizemos de tudo para aproveitar o nosso encontro e era a primeira vez que me sentia tão viva e em casa sem me preocupar com a despedida, lembrar desses pequenos detalhes me faz querer chorar de saudade e de raiva porque o destino tentou juntar novamente nós dois assim como na vida real e mais uma vez você fugiu de mim, pensei que poderia ser diferente e que estaria tendo o mesmo sonho que o meu e que quando acordasse ligaria para mim e me pediria pra voltar, mas a sensação de sentir as suas mãos escorregando das minhas não pude evitar de acontecer, aproveitei a sua presença o tanto que o tempo permitiu, senti a sensação dentro do meu peito no momento em que ele se abriu e te recebeu para vivermos esse momento no meu subconsciente.
O som do tique-taque do relógio se fez presente em uma voz ao fundo do que estávamos vivendo, você dirigindo, segurando a minha mão e rindo comigo, fazendo o que realmente gosta que é se perder em meio a estrada e esquecer as dores do mundo, fiquei em paz naquele exato momento em que você olhou pra mim, sorriu e apertou a minha mão com um aperto forte e então entendi que a nossa despedida estava prestes acontecer, aproveitei cada segundo e o abraço que tanto quis te dar era como segurar o mundo em meu braços, respirei fundo e com o olhos cheios de lagrimas me despedi de você em um ato silencioso, tentei atrasar o tempo, acordei e dormir novamente para poder sonhar com você e me despedir mais uma vez, mas infelizmente não consegui e a despedida que tanto temi aconteceu e agora espero pelo o dia em que nos encontraremos mais um vez, em sonhos.
Elle Alber
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ethyella · 2 months
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀evangeline  “  eva  ”  sinclair-haites  é  filha  de  zéfiro  do  chalé  trina e quatro  e  tem  24  anos.  a  tv  hefesto  informa  no  guia  de  programação  que  ela  está  no  nível  iii  por  estar  no  acampamento  há  onze  anos  anos,  sabia?  e  se  lá  estiver  certo,  eva  é  bastante  atenciosa  mas  também  dizem  que  ela  é  impulsiva.  mas  você  sabe  como  hefesto  é,  sempre  inventando  fake  news  pra  atrair  audiência.
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basics.
NOME  COMPLETO:  evangeline  “ eva ”  sinclair-haites ,  adotou  o  sobrenome  da  mãe  depois  de  descobrir  que  james  não  é  seu  pai  biologico. 
DATA  E  LOCAL  DE  NASCIMENTO:  nasceu  dia  05  de  novembro  de  1999  ,  em  nova york  ,  estados unidos
GÊNERO  E  ORIENTAÇÃO  SEXUAL:  se  identifica  como  cis  gênero  feminina  e  é  bissexual e birromântica
ATIVIDADES:  participa da  corrida de pegasus e  é aprendiz de  filho  da  magia
PODER E HABILIDADES: rastro  de  névoa  —  capacidade  de  criar  uma  fina  camada  de  névoa  ao  seu  redor,  ou  a de  um  aliado,  para  obscurecer  a  visão  do oponente e  permitir  uma  fuga  rápida  ou  uma  abordagem  furtiva.  a  névoa  dura  pouco  tempo  e  não  é  densa  o  suficiente  para  ocultar  completamente ;  fator  de  cura  acima  do  normal  e  previsão. 
ARMA: breeze  —  apesar  do  nome  fofo,  a  lança  de  bronze  celestial  é  afiada  e  o  tempo  percorrido  até  o  alvo  é  menor  quando  atirada  em  meio  a  uma  corrente  de  vento.  ela  retorna  a  evie  com  facilidade,  também  usando  o  vento  a  seu  favor.  quando  não  embanhada,  é  apenas  um  berloque  de  flores  na  pulseira  que  usa.
traits.
CARACTERÍSTICAS POSITIVAS: atenciosa,  espontânea,  objetiva,  sonhadora,  empática,  bondosa,  carismática,  perspicaz .
CARACTERÍSTICAS NEGATIVAS: impulsiva,  mandona,  possessiva,  indecisa,  inquieta,  preocupada,  competitiva,  egocêntrica .
INSPIRAÇÕES:  padme  amidala  (  star  wars  )  ,  margaery  tyrell  (  game  of  thrones  )  ,  haley  scott  (  one  tree  hill  )  ,  topanga  lawrence  (  boy  meets  world  )  ,  gwen  stacy  (  marvel  )
biography.
irônia do destino descreveria toda a vida de evangeline. nascida de um caso extra conjugal entre sua mãe, louise, e zéfiro, sua história não poderia ser mais clichê do que a de qualquer outro semideus. tudo começou em uma tarde fria de fim de janeiro quando louise conheceu zéfiro. muito bonito, um pouco mais velho do que a mulher estava acostumada, mas ainda sim, um distinto cavalheiro. ele certamente estava perdido, mas louise decidiu que seria cordial e o ajudaria. os dias passaram e eles continuaram se encontrando para cafés e outras atividades, que até então pareciam inofensivas. a senhora haites não conseguia compreender o que a deixava tão encantada por ele, mas sabia que era errado, afinal , ela e james estavam casados, tinham uma filha já e uma família a zelar - mesmo que james tivesse um filho de um caso extraconjugal, dylan.
claro que a relação de louise e zéfiro tinha um final tão clichê quanto qualquer outro; o homem sumiu na manhã seguinte a qual a mulher havia cedido aos seus desejos mais primais. ela sabia que estava fadada a carregar aquele fardo, aquele segredo, consigo para o resto de sua vida. o seu marido jamais poderia sonhar, quiçá desconfiar, que ela havia sido infiel - algo que sempre fez questão de pontuar como defeito dele em todas as brigas do casal. por um belo acaso, ela e james fizeram as pazes dias depois. e algumas semanas depois, descobrira estar grávida. eles teriam um segundo filho juntos. nada poderia estar melhor.
o que louise não imaginava era que a criança que carregava em seu ventre não era filha de james, e sim, zéfiro. os meses subsequentes daquele dia foram os mais normais possíveis para uma mulher grávida - enjoos, tonturas e duas crianças mais novas para cuidar. por mais que dylan não fosse seu, ele ainda morava sob o mesmo teto, o que ocasionava em louise uma repulsa tremenda. como o marido tinha coragem de exibi-lo como se fosse normal? por mais que tivesse seus erros, james havia errado antes. a primeira filha do casal, no entanto, era a princesa dos olhos da matriarca. louise a cuidava como se fosse uma princesa, a dando das melhores coisas sempre, nunca lhe negando nada.
evangeline nasceu meses depois, em um dia tão agradável quanto o parto que tivera. talvez fosse um prelúdio de como a criança seria. um pouco antes de sair do hospital, quando estava a sós com a pequena evie, recebera a visita do homem que havia encontrado meses antes. estranhou, claro, por que como poderia ele tê-la encontrado ali se nunca tinham trocado sequer informações pessoais como número de telefone ou até mesmo o nome completo? mas ele não estava lá por ela, e sim pelo bebê em seus braços. quando louise questionou o que ele estava fazendo ali, zéfiro se apresentou novamente, mas daquela vez, como o deus do vento oeste. aquilo fora a maior confusão e como um soco no estômago dela. aquele segredo morreria consigo.
nos primeiros meses de evangeline, louise não deixava ninguém que não fosse ela tocar na criança, como se a bebê fosse tão frágil que poderia quebrar. os anos foram passando e todo aquele carinho que ela tinha pela filha pareceu ir passando também, como se o amor que aparentemente sentia, se tornou indiferença e até mesmo rancor. agora a mãe voltara toda a sua atenção para a primeira filha do casal, enquanto eva se aproximava daquele que acreditava ser seu pai. james era incrível, a ensinou tocar violão, constantemente a lembrando que dylan também era seu irmão. o que criou uma confusão na cabeça da menina, pois se a mãe o desprezava tanto, por que deveria se aproximar dele? pior, quais seriam as punições que sofreria caso fosse vista interagindo com o menino? não lhe agradava a ideia da mãe ser ainda mais carrasca por algo que ela não sentia diferença em sua vida. a negligência materna e até mesmo a nítida preferência em suas filhas, despertou em evangeline uma necessidade constante de agradar as demais pessoas ao seu redor, disputando a atenção de james com dylan.
quando entrou na escola, começou a ser comparada com dylan por sua mãe - por apresentar os mesmos problemas de aprendizagem do mais velho. ela fazia questão de enfatizar o quanto eles eram parecidos, como se eva devesse ter vergonha daquilo. aquilo refletia em todos dentro de casa e james parecia farto de tantas reclamações por parte da esposa. com a idade também chegou a maturidade, em compreender que o jeito que louise tratava o meio-irmão era errado, mas nunca de fato interviu. mas lembra-se nitidamente da expressão da mãe de alivio quando o pai informou à elas que dylan agora se encontrava em outro lugar. o que era motivo de tranquilidade para louise, se tornou motivo de curiosidade para evangeline.
questionava frequentemente o pai para onde o rapaz tinha ido, se elas o veriam novamente. james sempre afeiçoado as crianças, explicou brevemente para onde o mais velho havia ido, mas que ela não precisava se preocupar, pois ele estava bem. porém, algo dentro de eva queria saber mais, entretanto, não ousaria questionar ainda mais, sem parecer que estava se metendo. louise ainda era a mãe emocionalmente distante e, de preferência, evitava envolver-se na criação da filha mais nova, deixando o marido encarregado das funções para com a menina.
tudo parecia normal, até eva chegar e contar a sua irmã mais velha que ouvia o vento conversar com ela. não todos os ventos, mas algumas vezes, podia jurar que ele chamava seu nome. a mais velha, por lógica, desacreditava que fosse possível e por isso chamava a caçula de mentirosa. determinada a provar que estava certa, uma vez foram até um parque e ficaram em absoluto silêncio. até que eva ouviu - e apenas eva. assustada, a primogênita correu até a mãe, contando tudo que a irmã havia lhe dito. louise, assustada, ordenou que a pequena nunca mais fizesse aquilo ou contasse à qualquer outra pessoa sobre. e assim o fez, ouvido o vento sussurrar seu nome por anos.
um pouco anos do seu décimo terceiro aniversário, estava em uma saída de campo com a sua turma da escola. ela precisava apenas fotografar para colocar depois no relatório de campo com a sua dupla. estava prestes a tirar uma foto quando uma aberração surgiu em frente a lente da sua câmera. de sobressalto, o equipamento caiu no chão, chamando a atenção das demais pessoas próximas a si, bem como da criatura. assustada, começou a correr na direção onde deviam estar o restante da turma. mas o que encontrou fora um homem, com uma feição amigável e serena, que disse que estava ali para ajudar. se apresentou como seu pai, zéfiro. fora a coisa mais estranha que ela havia ouvido, desde o berro da criatura. era muita coisa para absorver, obviamente, e o homem prometera explicar, mas também disse que ela precisava estar segura antes de lhe contar tudo.
fora enviada ao acampamento meio sangue, sendo reclamada logo que chegara ao local. o espanto maior depois de tudo aquilo era ver seu, até então, meio-irmão ali. dylan também era um semideus, como ela. as semanas seguintes são todas uma confusão na mente de eva, que dividia-se entre absorver tudo que precisava de monstros, proteção, criaturas, deuses e divindades, além de batalhas e armas. era muita coisa para uma única pessoal. zéfiro, por outro lado, havia sido cuidadoso o suficiente para cuidar de tudo para eva. passou anos aprendendo tudo que era necessário para ser uma semideusa, e quando estava prestes a sair, ouviu o chamado de dionísio.
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anne-souza · 6 months
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Essa noite eu mal dormi, e quando dormi te encontrei. Acordei com dor de cabeça e um embrulho no estômago que os tolos apelidariam de borboletas. Não, devo ter comido algo que me fez mal e essa dor de cabeça só comprova isso. Um analgésico, um cafe e alguns minutos sentada na janela recordando em como foi te tocar depois de tanto tempo. Existe analgésico pra saudade também? Não, isso não é saudade. É comum sonhar com outras pessoas. Foi só um sonho besta que eu não devo ter fantasiado. Nem escolhido sonhar. Que colocaram ali pra me torturar por algum motivo. Dane-se isto, a vida ela é real e ela pede pra gente continuar caminhando. Fui trabalhar e pra ser sincera, estava me sentindo no modo avião. Pouco tempo pra processar tanta informação, só uma noite , só um sonho pra matar tanta saudade depois de meses sem te ver.. Chega disso, por favor coração. Meu cérebro implorava para um dia normal. Chegar no trabalho eu vou me distrair e isso vai se tornar só mais uma bobagem mais adiante. Algo que não faz sentido. Porque sonhar com você? Você dizia que éramos conectados, então talvez você esteja me contatando.. mais que viagem é essa? Não existe isso. Sonhos não são reais e você nem se lembra do meu rosto. Nem da minha cara. Talvez você nem me reconheça se me ver por aí. Mais você estava totalmente igual..Eu preciso parar de pensar nisso ou eu vou endoidar , e te procurar nunca fui uma opção pra mim. Droga, fui atravessar e não reparei, ainda bem que uma moto parou, ou seria meu fim. Nao pode ser!!! Alguém está pregando uma peça comigo, não é normal. Era você. O cara na moto, parando em cima de mim. Olha só, eu facilmente morreria por você na pior das hipóteses. Você me olhou e sorriu, confirmando com os olhos que também estava me procurando e seu suspiro profundo só comprovou isso. Assim como o meu. Talvez essa coisa de sonho seja real. Talvez o destino esteja sempre tentando nos unir. Talvez eu saia da sua vida, mais te encontre numa esquina mais adiante, porque ainda será o mesmo caminho a se seguir. E se cruzar por aí de vez em quando não me parece tão ruim, desde que você sempre sorria para mim desse jeito. De mil palavras que eu pensei em dizer, nada fui capaz naquele momento, além de concluir que o acaso não existe.
- Mary Salomao
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aguillar · 2 months
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        TASK 003: the fatal flaw
For we were little Christian children and early learned the value of forbidden fruit.                         ⸻ MARK TWAIN
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Sonhos são as histórias que contamos a nós mesmos frente à amarga realidade. Quando deturpados, se transformam em armas.
Estava dormindo quando foi acordado pelo som das sirenes, um feito inconstante diante da fiel companhia da insônia. Nas raras ocasiões em que seu cérebro decidia ser gentil, sonhava com um mundo em que fazia suas próprias escolhas.
Em um momento estava cercado de sorrisos conhecidos no Anfiteatro, e no outro estava sozinho no completo escuro de seu chalé. Do lado de fora, a cacofonia da guerra era um chamado que pedia resposta. Colocando-se de pé, Santiago partiu na direção dos sons de agonia, tateando ao redor pelo seu equipamento de combate enquanto corria porta afora. O instinto o puxava em mil e uma direções – rumo à Ilya e Tony, à Anastasia e Kitty, à Alina e Zev – e, em meio a névoa de adrenalina que cobria a sua visão, quase podia enxergar os fios do destino que a eles o ligavam, agora tensionados sob a lâmina das Parcas. Seus pés responderam ao condicionamento de anos de treinamento, indo de encontro ao perigo a passos largos, procurando por cada um dos amigos no desespero de os poder salvar. 
Ao desembainhar sua espada, seus olhos escanearam a multidão – em busca dos rostos familiares a quem queria proteger, e que como ninguém o podiam ancorar. O tempo pareceu-lhe quase líquido, gotejando a cada batimento cardíaco invés da enxurrada habitual que o ameaçava carregar. Quando os gritos tornaram-se quase ensurdecedores, soube ter alcançado o centro do Acampamento, e tão logo pôde ver o que o esperava, também o pôde sentir.
A bainha de ferro estígio escorregou de seus dedos, e o tilintar do metal sobre o chão terroso foi o último traço de realidade que registrou antes de a névoa invisível da magia o tomar. 
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Estava de volta ao sonho, mas não havia viva alma no Anfiteatro que não a sua. Sentado junto à fogueira, a chama alta projetava sua silhueta junto a duas sombras que não sabia identificar. Quando virou na direção de sua origem, as serpentes entrelaçadas de Hermes o cumprimentaram, próximas o suficiente para as ouvisse sibilar. Nunca o havia visto antes e, no lugar onde estaria o rosto do mensageiro, havia somente o vazio. 
Ao lado dele estava Afrodite, ambas as mãos estendidas em sua direção. A reconheceu não por quem era, mas por quem se parecia, por muito que lhe faltasse coragem para nomear. Trazia em suas palmas uma maçã, e o gesto era tentação e oferta.
Promessas foram feitas com o silêncio de um olhar, como se colocá-las em voz alta as fosse esvaziar. Sabia o que a deusa oferecia sem que ela o precisasse falar.
O amor que move o Sol e as outras estrelas.
“Não coma a maçã.” Alertou Hermes. Sua voz era a de Zeus e de Hera, de Poseidon e de Deméter, de Apolo e de Ártemis, de Héstia e de Hefesto, de Ares e de Atena. Soava, sobretudo, como a de Hécate.
Serpente. Maçã. Autoridade divina. Os símbolos lhe eram conhecidos, por muito que atrelados a um deus com D maiúsculo, a quem entendia como a verdadeira mitologia. 
Ao buscar a resposta nos olhos de Afrodite, tão parecidos com um par que já conhecia, sentiu como se pudesse provar o suco adocicado da fruta na ponta de sua língua. O sabor foi suficiente para o fazer salivar. Ali estava a deusa a quem mais temia, e ela sorria ao oferecer de bom grado tudo aquilo que se esforçara em lhe negar. 
Uma deusa fazendo-lhe uma oferenda, se colocando em seu patamar.
“Não coma a maçã.” Disse Hermes uma outra vez, e a orientação transformou-se em ordem, o som de cada sílaba parecendo ecoar. De um lado estava a vontade do Olimpo, e do outro desejo mais íntimo que ousara sonhar. Estava sozinho diante de poderes além da sua compreensão, e a realização pouco fez para o assustar. Seu único medo era a solidão, e a maçã era a oferta de um par.
A decisão já estava tomada, percebeu. Encheu seus pulmões de oxigênio e, buscando por força, encontrou em si a coragem para a concretizar.
Aceitou o fruto proibido de Afrodite com reverência. O tom de vermelho o lembrou de sangue ao levar a maçã até os lábios. Quando a mordeu, o gosto metálico tomou conta de seu paladar. Bebeu do misterioso elixir da vida, sem saber o que acabara de sacrificar.
“Um presente de casamento.” Alguém disse, preenchendo o silêncio com uma gargalhada. Os lábios de Afrodite se moveram como os de um boneco de ventríloquo, mas a voz feminina não lhe pertencia – reconheceria o quase canto da deusa do amor em qualquer lugar. 
“Não coma a maçã.” Hermes e todo o Panteão ordenaram uma última vez e, se prestasse atenção às entrelinhas, perceberia que nelas havia certo suplicar. Santiago os ouviu, e escolheu os ignorar.
A primeira mordida foi mais que suficiente para a desmascarar. Não conhecia a deusa diante de si mas, ao encarar a maçã em sua mão, notou ser dourada e não vermelha, espólio de uma guerra há muito deixada para trás. 
Girou a maçã em suas mãos e, onde não a havia mordido, três palavras haviam sido gravadas.
To the fairest.
Como peças de um quebra-cabeças por fim se encaixando, entendeu com quem havia escolhido barganhar: Eris, a deusa da discórdia. Para o próprio horror, notou que uma vez tendo começado a comer a maçã, já não podia parar.
Quando nada restava além do miolo da fruta, aos seus pés apareceu o preço que escolhera pagar. Uma pilha de corpos sem vida, seus rostos conhecidos – não há muito escaneara uma multidão para os procurar.
Em troca de um amor prometido, sacrificara cada uma das pessoas que o haviam ensinado a amar.
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O sonho se dissipou até que se viu de joelhos, a espada caída ao seu lado, o som do próprio grito ainda a reverberando ao pé do ouvido. A visão tinha ares de profecia, entregue em enigmas, e o peso de suas próprias escolhas era o verdadeiro castigo. 
Mais do que perder os amigos, os havia condenado à morte sem saber, em nome do desejo de ser amado, pelo impulso de desafiar aos deuses e a necessidade de os enfrentar. O preço de sua desobediência era mais alto do que jamais poderia pagar e, ao levar a mão até o rosto, percebeu que já não lhe restavam mais lágrimas a serem derramadas.
Só o que havia sobrado era a culpa, apertando-lhe o peito e o ameaçando esmagar.
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↳ para @silencehq. personagens citados: @prideisgonnabeyourdeath, @arktoib, @ncstya, @kittybt, @nyctophiliesblog, @zevlova.
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be-phoenix · 8 months
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Um simples coração que só acalma quando a mão invisível toca o peito é fogo que arde sem se ver, é utopia que no ártico em meio a indiferença de um mundo desconexo, olhos fechados... Ainda posso sonhar, é arte que flui sem qualquer preceito, enquanto o corpo se entrega a completa exaustão, a mente perdida sem entender nada do que acontece acompanha o sentimento sem querer fazer sentido, impossível de impedir ou sequer segurar é dono de um destino que nunca lhe pertenceu e nas reviravoltas do universo lhe fez refém, escapam entre os dedos as forças para emitir qualquer opinião, hoje nada mais que uma engrenagem cumprindo seu papel com aquela chama da esperança apagada na falta de calor.
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arktoib · 1 month
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ও⠀⠀⠀TASK #03⠀⠀⠀:⠀⠀⠀defeito fatal⠀⠀⠀!
⠀⠀⠀⸻⠀⠀⠀and i can go anywhere i want. anywhere i want, just not home.
é como estar à deriva, o tempo todo, buscando por um oásis nunca encontrado. o fatídico destino de vagar sem um lugar que verdadeiramente lhe pertença para poder voltar.
não que seus fossem sonos fossem tranquilos, já que morfeu se encarregava prazerosamente daquela maldição, mas nas poucas vezes que tinha sorte em não sonhar, antonia tinha um bom sono. mas não naquela noite.
o som da sirene rompeu contra a calmaria da noite, fazendo a filha de atena pôr-se de pé e ir em busca dos irmãos mais novos, que estavam assustados em suas camas. era uma batalha ir contra seu instinto protetor, mas enquanto finalizava de vestir a armadura, a voz de quiron indicou para onde deveria seguir. os pés logo encontraram a mata da floresta, o terreno macio devido a umidade condicionava seus passos mais firmes.
encontrou sua equipe de patrulha logo em seguida, todos pareciam atentos as ordens e seguiram o caminho indicado. antonia, por instinto, ficou na retaguarda, olhando da onde eles vinham - não correria o azar de ser atacada por trás. mas como podia saber da onde viria o ataque? e se estivesse vindo do chão, da névoa? piscou algumas vezes, sucumbindo a uma dor nunca sentida antes. a sua cabeça recebeu uma pressão tão forte, que a fez cair de joelhos. o ímpeto de gritar subiu sua garganta, ela não conseguiu controlar.
os pássaros voaram assustados. antonia abriu os olhos, com dificuldade. estava claro, mais do que estava acostumada no acampamento. uma brisa suave tocava a pele de seu braço, subindo arrepios. pela intensidade da luz, demorou para que seus olhos se acostumassem, sendo necessário que ela piscasse algumas vezes. em passos trôpegos, sentiu alguns galhos roçarem em seu braço direito, lhe assustando. onde ela estava? não era a floresta, não podia ter apagado por tanto tempo. ao menos, era o que considerava. será que todos tinham caído em meio a floresta? poucos segundos depois, a visão recuperada, pode ver que não se tratava da floresta.
em ambos os lados, paredes enormes de mato cobriam sua visão. ela estava em um labirinto. sua cabeça estava pesando... por que estava em labirinto e como havia ido parar ali?⠀⠀"⠀⠀antonia!⠀⠀"⠀⠀aquela voz... ela reconhecia aquela voz, reconheceria em qualquer lugar. era maeve! ela a chamou mais duas vezes. pelos deuses, como aquilo tinha acontecido? a quarta chamada, agora com a voz chorosa, atravessou os ouvidos da morena como uma explosão.⠀⠀"⠀⠀eu já estou indo, maeve! aguenta firme.⠀⠀"⠀⠀por mais que soubesse que não tinha como, tentou subir pela parede arborizada para ver.
"⠀⠀cariño!⠀⠀"⠀⠀o espanhol carregado pousou em seus ouvidos. não, santiago não podia estar ali também. como os dois puderam parar no mesmo lugar? ele a chamou novamente, mas sua voz era baixinha, quase falha, e ecoava dentro da cabeça de antonia. onde ele estava? por que ele parecia mais perto que maeve? seus pés começaram a se mover rapidamente, sempre ponderando com cautela quando chegava em dois pontos de entrada. os gritos agora não eram apenas duas pessoas, haviam mais, todas suplicando pela filha de atena e por socorro.
colocou as mãos nos ouvidos e seguiu correndo, como se correr fosse a única solução. correr em direção aos amigos, ou na direção oposta, não sabia. correr, ela apenas tinha que correr para conseguir achar uma saída. e quanto mais corria, mais desespero havia na voz daqueles que ela chamava de casa. que a faziam sentir-se em casa, como se a presença deles fosse a única coisa que antonia conhecia como lar. estava tão agoniada em suprimir aquele sentimento que nem sequer percebeu que entrou na câmera central do labirinto.
seus joelhos fraquejaram e ouviu a voz de natalia, agora com clareza. ela estava ali. estavam todos ali. até mesmo maya. sabia o que aquilo significava. não, não poderia ser. como seria, afinal, se ela nunca havia mencionado sequer aquela comparação à nenhum deles? não, era um segredo seu. seu, protegido a sete chaves, imaculado pela certeza de que nunca daria a chance de ser usado contra ela.
como estava sendo feito naquele exato momento.
"⠀⠀escolha somente um, filha de atena! você só pode ter uma casa.⠀⠀"⠀⠀uma voz ao fundo disse. sentiu o conhecido desprezo na fala do desconhecido. não sabia porque ele sentia alguma coisa ruim em relação à ela. havia feito algo de ruim? qual pecado estava sendo posto em jogo, naquele momento, sobre todos os outros? se precisava escolher entre aquelas pessoas, alguma punição estava sendo imposta.
não, ela não escolheria entre eles. precisava apenas analisar com cautela que salvaria a todos, inclusive a si mesma. maya agora quem chamou seu nome, com os olhos marejados e seu coração se apertou. será que estavam sofrendo? será que antonia os teria feito esperar por muito tempo? será que conseguiria salvá-los? sua cabeça era apenas perguntas e mais perguntas sobre aquilo. o seu foco perdia-se com muita facilidade.
"⠀⠀eu... eu quero fazer um acordo. me pergunte qualquer coisa, se eu souber a resposta, você os libera. se eu não souber, você me leva junto.⠀⠀"⠀⠀desafiou. a negação era um sentimento tão ávido que até mesmo se negava de enxergar o óbvio a sua frente. pobre filha da deusa da sabedoria, tão inteligente para algumas coisas e tão estúpida para outras. ouviu-se uma risada ensaiada, quase com um toque teatral. o que antes era apenas uma voz começou a tomar forma, por assim dizer, quando uma sombra pairou no ar, revelando um deus. antonia não o reconhecia, mas reconhecia seu cajado. e suas cobras.
"⠀⠀você é tão astuta, garota. acha mesmo que conhece todas as respostas para me ganhar nesse jogo?⠀⠀"⠀⠀pelo visto, ele esperava uma resposta, pois a ficou encarando. antonia apenas balançou a cabeça, concordando, com seus olhos fixados nos amigos.⠀⠀"⠀⠀pois bem, aqui vai: no cruzamento de dois caminhos, cada escolha leva a um destino. às vezes, a estrada menos percorrida é a que salva, mas a verdade está escondida entre as bifurcações. se a escolha errada pode levar ao fim, como encontrar a estrada correta sem saber onde ela começa?⠀⠀"⠀⠀e sentou-se, em uma cadeira que surgiu do nada. aquilo era uma charada, só podia ser. mas a resposta não seria algo óbvio. o deus das pegadinhas não facilitaria para ela.
ela não fazia ideia da resposta. aquilo era um jogo fadado ao fracasso, havia perdido antes mesmo de começar. se soubesse a resposta, ela ainda podia sair perdendo. não era garantia que sairiam todos vivos dali. sentou-se no chão, abraçando os joelhos e balançando a cabeça. estava focada na pergunta, que a repetia constantemente. como ela sabia que algo era certo quando estava sozinha? seus pensamentos e sinapses foram rápidas o suficiente que não conteve a vontade de gritar a resposta.⠀⠀"⠀⠀é a intuição!⠀⠀"⠀⠀e o deus sorriu. olhou na direção dos amigos e todos agora estavam livres. correu na direção deles para lhes dar um abraço.
e nada. ninguém. nenhum deles mais estava ali, nem mesmo hermes. para onde haviam ido? o que ela tinha respondido de errado? não, não, não! ela tinha respondido certo, somente através da intuição a gente sabe qual é o caminho, se não existe um certo ou errado, é o que escolhermos.⠀⠀"⠀⠀você não pode querer salvar todos. vai acabar sem nenhum.⠀⠀"⠀⠀ecoou no fundo de sua mente.
antes de cair na mata densa da floresta do acampamento. seu peito movia-se rapidamente para recobrar todo o ar que havia fugido. percebeu que os outros também pareciam atônitos. será que todos tinham presenciado as mesmas coisas? outro grito a tirou de seus devaneios, dessa vez vindo do acampamento. juntou a sua arma e saiu em disparada.
enquanto seus pés faziam o trabalho de levá-la de volta, seus olhos percorriam o céu, em busca de qualquer estrela para suplicar, que o que quer que ela tenha visto, não passasse de um pesadelo e não uma profecia.
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mencionados: @magicwithaxes , @aguillar , @ghcstlly , @mayafitzg
@silencehq
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orapazdapoesiasblog · 8 months
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Se partir de ti!
Ah! Já perdi a noção à hora
Diz-me agora como vou partir
Pediste e atirei tudo fora...
Agora! Diz-me onde posso ir...
Te conheci e fiquei a sonhar
Cortei com a minha realidade
Afundei as minhas naus ao mar
Só p'ra satisfazer...a tua vontade!
Até deitei a minha sorte ao chão
Com um mero imprevisivel destino
Dei-te tudo! Vida, amor...admiração!
Nos amamos... em noites do além
Sonhei amar...um amor tão divino
Se partir de ti!..já não sou ninguém!
01.03.2021
Lneves
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ghcstlly · 2 months
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、 ✰   𝐓𝐇𝐄 𝐓𝐑𝐄𝐄𝐒, 𝐓𝐇𝐄 𝐁𝐑𝐄𝐄𝐙𝐄, 𝐅𝐎𝐎𝐓𝐒𝐓𝐄𝐏𝐒 𝐎𝐍 𝐓𝐇𝐄 𝐆𝐑𝐎𝐔𝐍𝐃  ― « point of view »
                                      ❛ there's blood on the side of the mountain, there's writing all over the wall.  ❜
𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐎𝐍𝐄— ❛ sometimes the fire you founded, don't burn the way you'd expect. ❜
NOS PIORES DIAS , É DIFICIL ENCONTRAR ESPERANÇA - quando a felicidade vir , caso um dia ela venha , estaríamos prontos? quando tudo que se aprende é um tipo faminto de atenção espaçada, como se preparar para alegria ? quando não a viu jamais. quando não sabe seu gosto. ' um dia vou morar em um aparentemente ensolarado , meus amigos virando a esquina , o amor da minha vida na cozinha ' , expectativas que nos movem , por mais tolas - que possam ser.
tw: negligência parental, violência física contra criança.
a jovem maeve, que ainda não é chamada assim, agora não mais velha que oito ou nove anos, corre no lago impermeabilizado pelo gelo, mas um passo em falso - um único pedaço frágil na água congelada - , e está caindo. a sensação é congelante, queima como se o corpo estive em chamas , mas é só o liquido gélido encharcando através das roupas leves demais para aquele clima. ninguém parece notar, ela tinha certeza que a mãe estava em algum lugar próximo mas a boca enche de água, os pulmões ardendo como a pele, e está sozinha.
quando os movimentos frenéticos param, e já não consegue colocar a cabeça para fora, roubar o fôlego que mal parecia lhe pertencer - o mundo começa a desaparecer sob suas pálpebras, os olhos fechando & aceita seu destino. partir silenciosamente , depois de lutar para manter-se a tona . o mundo acaba então, em gelo. mas alguém a puxa para cima, e não imagina quem pode ter sido, pois quando volta a si está em um hospital, recuperando-se da hipotermia & a matriarca tem uma expressão entediada no rosto, traindo apenas um pouco de irritação. aquela face a assustava - tinha causado problemas, a conta do hospital seria absurda, e ela levaria a culpa. contava já com uma surra, e foi o que recebeu depois de chegarem em casa ; o frio ainda fazendo casa em seus ossos, uma nova dor nos braços vermelhos e queimados. graças a deus não ficou com cicatrizes, ouviu seyoung rezar para isso, para vários deuses , para diversos salvadores. não aceitaria uma filha - que não era bela & adorável, contanto que pudesse esconder os hematomas abaixo de blusas longas.
a criança rezou também, para que o anjo que a salvou no lago - voltasse a aparecer. contudo, suas preces foram respondidas com silêncio ; ou assim pensou.
naquela noite, sonhou pela primeira vez com o resultado de um jogo de azar & recebeu um olhar divertido do senhor yoon quando apostou o pouco que tinha guardado. ' não é muito nova para jogatina, miyeon ? ' , ele ria mas ela não retribuiu , fez com que achasse a raspadinha de número quarenta e oito no lote cinco , e ganhou trezentos dólares que tentou esconder ; quando a mãe achou, beliscou tão forte seu braço, que ela soltou um grito de dor , apenas para ser respondida com : ' cale a boca. '
tudo isso - aos oito ou nove.
𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐓𝐖𝐎 — ❛ shadows of us are still dancing. ❜
ela sonha pela primeira vez com o jardim , entre nove e dez anos - a coisa mais bela que já testemunhou. há uma menina ali, ela usa vestimentas vermelhas antigas, como se tivesse acabado de sair da guerra & suas feições perfeitas refletem curiosidade , um pouco de zombaria altiva e a garota apenas sabe - aquela é deus e veio para salvá-la.
elas sentam-se na mesa redonda, cercadas pelas flores - gardênias, prímulas, cravos & camélias - mae , que ainda não atende por esse nome, se encanta, nunca tinha visto tanta vida , a formosura do paraíso bem cuidado é um acalento a alma marcada por desprezo, o mais repulsivo tipo de descuidado. ali, não existia tempo, não precisava fingir ser qualquer coisa diferente do que era. aquele pedaço da realidade que ela apelidou de sonhar - era honesto. ' não beba o leite. ' , de repente a figura diz & beberica seu chá logo após. a menina não pede explicação, sente que não precisa, como se soubesse exatamente sobre o que ela falava. suas conversas geralmente eram assim - unilaterais, ela dizia coisas crípticas e a mais nova acenava com a cabeça em concordância.
meses depois sua mãe lhe dá leite com morangos - sabendo bem que a filha é fatalmente alérgica, e ao contrário do aviso ; ela bebe. talvez não soubesse, ou talvez quisesse deixar este mundo para viver no céu com aquela mulher que lhe contava de mistérios, falava em enigmas. quanto a mãe, talvez fosse desamor, talvez fosse falta de atenção, talvez estivesse cansada de ser responsável pela vida de alguém que não fosse ela mesma. a filha pensava que entendia - de certa forma mórbida - , seyoung foi amaldiçoada com seu nascimento. uma vez esplendidamente charmosa, e fantasticamente livre - agora tinha uma âncora, agora tinha linhas de expressão. agora tinha - um fardo.
portanto - deitada de novo no consultório de um médico, mentindo que a mãe não sabia sobre sua alergia para uma senhora de óculos grossos que diz ser do concelho tutelar ; ela entende. a mãe - queria ser liberta & ela queria a mesma coisa.
tudo isso dos nove, aos dez anos.
𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐓𝐇𝐑𝐄𝐄 — ❛ i'm coming like a storm into your town. ❜
os onze aos treze são os piores anos, e ela os batiza de ' tempos da guerra ' . os olhos de lee seyoung brilham com ganância detestável quando a filha lhe conta dos sonhos - aqueles com números & possibilidades certas, escondendo o jardim e a mulher em vermelho, tomando goles de chá doce, como se fosse seu próprio segredo.
quando ganham seu primeiro milhão, a mãe se agacha no altar improvisado da sala e reza pela noite toda . do quarto, a filha pode escutar na quietude incomum cada sussurro de ave maria & ela vota nunca repetir aquela oração. com o passar do tempo, a pessoa sem fé que lhe trouxe ao mundo, torna-se devota - devota demais - , estranhamente religiosa, e francamente insana. deus - é sua palavra favorita.
compram uma casa grande, onde a pré-adolescente é colocada no porão. ela tem coragem de dizer - lábios avermelhados como uma degenerada : ' decore como quiser. ' mas miyeon não vê um centavo daquele dinheiro, e tudo que lhe resta é aceitar a cama com um colchão duro e as cobertas finas demais. ela já sobreviveu o frio uma vez - faria de novo. como uma prisioneira , ou talvez diferente de uma da maneira irregular como era tratada, ela tinha permissão para usar o banheiro e a cozinha. porém, suas refeições eram inconscientes. lee seyoung não cozinhava, e a pequena se queimou muitas vezes, mas nas ocasiões que conseguia se arrastar da cama para comer, inventava algo que não tinha exatamente um gosto bom.
sua mãe estava fora quase todas as noites, e nessas ela se empertigava no sofá confortável, onde pensava que podia dormir - a verdade era que sentia muito sono, mas raramente conseguia se entregar a ele, fosse o estômago vazio ou a boca seca , ou então o fantasma dos cinco dedos na bochecha pois se recusou a contar seu sonho lucrativo. 'inútil, inútil, inútil,' ela repetia e a trancava naquele pedaço húmido da casa. no final, não se deixava sequer cochilar no móvel acolchoado, sabia que mais castigos seguiriam.
pouco a pouco, ela entendia menos a mãe. porque a deixar nascer , se nunca a quis ? mas ela não sabia de histórias de meninas que morrem sem cuidados médicos. mais tarde, ela volta a entender a mãe.
em um sonho - ela pergunta a deus qual seu nome & ela responde com um sorriso singelo : ' grace ' .
𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐅𝐎𝐔𝐑 — ❛ you can't catch me now. ❜
vamos falar sobre luz - como seu pai pronuncia ? maeve. como sua mãe a enterra ? não vá.
pensa por um minuto que está delirando, febril no sonhar & procura por deus - mas aparentemente , ele está frente a si. tomando ação contra os vis comportamentos daquela mulher - aquela mulher que nunca amou. jamais tinha pensado no lado paterno de sua vida, nunca tinha fantasiado como os dois se conheceram e não imaginava que seria ele a salvá-la. quando as punições se tornam mais severas, quando aquela pessoa que devia tomar conta de si se entrega a bebida, quando já não pode esconder os hematomas com as blusas soltas - ele entra em sua existência, voz suave e explica que para ela , há uma segunda opção.
ela se agarra a esta com as unhas e nem por um momento considera não partir.
𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐅𝐈𝐕𝐄 — ❛ something easy to forget. ❜
sua primeira estadia no acampamento é marcada por treinos e medo. não demora a ser aclamada por hipnos , e finalmente se torna sua filha, algo que a enche de orgulho. porém, quanto mais tempo se passa, maior fica seu controle sobre o poder . sua vertente sendo sonhos em probabilidade , ela vai acumulando fortuna e desavenças . a garota com os olhos marejados que chegou na colina calejada pela vida, com uma mochila de roupas que foram remendadas de novo e de novo - morria aos poucos. cada vez mais ela percebia que nascer com o sangue maldito do divino apenas significava desistir de sua vida por uma causa que sequer era sua.
ela entende a mãe de novo.
ela protege a genitora mandando dinheiro para que viva confortavelmente, tudo que ela ganha é dividido entre contas estrangeiras e fianças para tirar a mais velha da cadeia, assustada que seus golpes não parem mesmo com tudo que lhe dá. tudo que não merece.
tinha um novo nome, novas roupas, um novo apreço pela própria solidão. seria talvez - seu fim , mas ela não sabia ainda. por isso afastava os amigos e os irmãos, aqueles que lhe queriam bem e os que lhe queriam mal. ela era um mau exemplo de felicidade quando finalmente partiu, levando nada consigo além de uma nova atitude.
seria ela agora o monstro. seria ela - a deusa da ambição.
𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐒𝐈𝐗 — ❛ you thought this was the end. ❜
compra uma casa frente a praia e a enche de arte que não entende & muito pouco tem significado. abarrota o closet com roupas de marca, extravagantes e em várias cores de fúnebre & floral, sem meio termo. não sai para aproveitar o mar ou a areia, vive assombrando os corredores da mansão, e a deixa apenas para duas coisas : cuidar dos cabelos e noites de jogatina. não era muito jovem, para isto, ela se lembrava de ouvir na voz do senhor yoon e agora, finalmente podia rir.
sua vida era uma jogada desde o momento que nasceu, e ela tinha ganhado. ou assim pensou - até que os sonhos, premonições do futuro , tornaram-se turvos. até que sua sorte simplesmente desapareceu, até que a deusa lhe visitou no terraço e disse : ' se vai trazer ruina a um filho meu, trarei o mesmo a você ' .
ela quebrou as molduras com tacos de de golfe que nunca havia usado, gritando como uma mulher enlouquecida. como ela pode ? como pode brincar com seu destino desta forma ?
quando voltou ao acampamento, quase nada em seu nome, além das coisas que salvou da venda e da desgraça - voltou a ser praguejada pelo medo.
em um episódio, se escondeu no quarto, hiperventilando com as mãos sobre os ouvidos - o mundo era tão alto. sempre tinha sido alto assim?
𝐅𝐈𝐍𝐀𝐋 𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 — ❛ you'll see my face in every place. ❜
o final se aproximava - ela podia sentir. em sua mente, em seus ossos, na corrente do sangue ; tudo levava a destruição. bem agora, que havia uma luz no final do túnel. uma família que aprendeu a abraçar, um garoto que parecia um sonho belo - como aquela primeira vez no jardim - , amigos que não faziam com que vacilasse ao ouvi-los. logo agora, que tinha se acostumado ao mundo outra vez.
NOS PIORES DIAS , É DIFICIL ENCONTRAR ESPERANÇA - quando a felicidade vir , caso um dia ela venha , estaríamos prontos? quando tudo que se aprende é um tipo faminto de atenção espaçada, como se preparar para alegria ? quando não a viu jamais. quando não sabe seu gosto. ' um dia vou morar em um aparentemente ensolarado , meus amigos virando a esquina , o amor da minha vida na cozinha ' , expectativas que nos movem , por mais tolas - que possam ser.
esperança podia encher seu peito - mas sua vida tinha sido uma jogada, e sentia que com aquela mão ; ia perder.
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branckaper · 5 months
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Coisas boas permanecerão em nossas vidas enquanto precisarmos delas. O salto que nos eleva, também pode fazer com que batamos a cabeça. Escolha seu teto, seu céu, seu piso, seu chão... Eles determinam o seu caminho e o seu caminho determina a sua vida. A caixa que hoje te protege, pode te prender amanhã. O mal que hoje te fere, vai te fortalecer para o amanhã. Não brigue com o equilíbrio da vida. Deixe ir e também vá indo, andando ou voando, vá com paz progredindo. Sabendo que nada dura mais que o tempo, nem menos do que lhe é de destino.
(Branckaper)
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cafecomcraseapoliis · 4 months
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Solidão?
Escrito em 05/06/24, às 02h:23min
Às vezes me pergunto: o que é a solidão?
É como um bailar descalço em meio a chuva, sozinho e sem rumo, num ritmo melancólico, na maior parte sem compasso, só passos, sem destino, sem gingado?
Me pergunto se é uma mistura de desejos díspares, iatos, ponta à ponta, polo à polo, horizontes sem fim, inalcansável, como o conceito de perfeição ou a ideia de paz em meio o amor próprio, o qual buscam como se nada mais importasse. A jornada, dizem, é o que importa, como se o processo nos fosse garantia de liberdade. O final nunca chega, é o ideal, não o real.
Afinal, o que é solidão? Seria como sonhar um sonho bom e nunca acordar, você está lá, mas você não é quem sonha, é só um expectante na sua própria mente... ou melhor, mais a fundo, bem longe, no subconsciente, mas você está mais perto do que de fato é do que sua própria percepção, pois lá é onde se decide antes de tomar consciência da decisão. Dizem que por isso não temos arbítrio de nós mesmo. Solidão é tomar uma decisão que não é sua, ou melhor, que não foi você quem fez conscientemente, é se apaixonar sem que tenha controle disso, sem que o outro tome posse. No fim, ninguém estará segurando sua mão, as promessas serão apenas isso, promessas e não importarão. Solidão é quando se confunde desejo com a fome de viver, porém insaciável.
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cartasparaviolet · 8 months
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Eu tinha pavor de errar. A cada escolha que eu me defrontava ao longo dos anos parecia uma encruzilhada ou armadilha para me derrubar. Sentia o peso da responsabilidade sob os meus ombros, assim como Atlas que carregava o mundo em suas costas. Um complexo desafiador que, camada por camada, foi sendo entendido, acolhido e ressignificado. A vida não foi feita para ser sofrida. O quanto podemos deixar nosso caminhar mais leve apenas compreendendo os nossos limites, dores e cicatrizes. Leve luz a cada cantinho do seu ser que precisa de amor. Não deixe-se para depois ou cale sua voz mentindo para si dizendo que não importa, não dói, que a realidade é assim mesmo. Não, a existência é mais do que isso. Não confunda a Vida em si com suas narrativas. Desprograme-se das crenças e bloqueios que o mundo lhe impôs e você acreditou veementemente. Olhe-se com carinho, reescreva a sua história. Assuma as suas vontades, escolha seu próprio destino, reflita sobre o que sua alma realmente deseja. Às vezes insistimos em querer os sonhos dos que são queridos para nós como forma de amor ou, inconscientemente, por intimidação. É imprescindível se conhecer para desenvolver-se. Seguir no fluxo do universo requer maturidade e crescimento constante. Todavia, é o seu caminhar que importa. Não podemos seguir passos alheios, sonhar sonhos de terceiros, ser a sombra daquela pessoa luz. Compreende? Você é a sua própria lamparina em meio à escuridão. Você é a tocha acesa em meio ao caos. Você é a fagulha daquela chama latente que pulsa em seu coração. Retome seu poder e siga em paz. Você merece muito mais.
@cartasparaviolet
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meuemvoce · 4 months
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Dores
Quarta-feira, 20:24
Existem dores que infelizmente são difíceis de serem explicadas, não existe uma teoria, um estudo para entendermos por que que a dor da perda é tão fora do normal. O luto não é uma matemática simples, você tem que seguir em frente de alguma forma sem aquela pessoa que você tanto amou e ao passar dos dias aprender a conviver com a dor. Sabe uma dor constante? Perder alguém que está vivo. Quando percebemos que aquela pessoa não pode fazer parte da nossa vida é pior do que tentar em entender por que que o destino quis assim, você reconhecer que não tem nada para oferecer para alguém é raro, sabemos que não irá dar certo e que carregamos pequenas coisas que não são o suficiente de fazer alguém ficar. Queremos ter uma vida com ela, fazer planos, ser amado (a), sonhar, rir, compartilhar, andar de mãos dadas, mas infelizmente paramos de planejar assim que entendemos que dentro de nós só existe decepção, vazio e mágoa. Não há o que ser compreendido quando algo não é recíproco, existem sentimentos mais de intensidades diferentes e você entender que tem de abrir dessa pessoa é a parte mais difícil, praticamente é como se estivéssemos andando para trás em câmera lenta ou andar até o sol, parece tão perto mais está tão distante. É triste pensar em alguém e ver que não deu certo porque seu coração está quebrado demais ou porque existem sentimentos tão obscuros nas entrelinhas que não precisa ser explicado, abaixamos a cabeça, engolimos o choro, dizemos um adeus silencioso e não temos a coragem de ver a pessoa virando as costas porque a vontade de pedir para ela ficar é grande demais. É triste ser uma pessoa triste, cansada, desiludida, exausta, vazia e oca por dentro, você olha ao seu redor e tudo o que vê são pessoas felizes seguindo suas vidas e você? Parada, empacada, atrasada e perdida. O mais importante é sermos sinceros com quem entra em nossas vidas, porque geralmente quando abrimos as janelas da dor que carregamos as vezes ninguém tem coragem de pular, simplesmente ocorre o afastamento e você fica se perguntando ‘’o que tem de errado comigo?’’ , ser apaixonado por alguém e termos o conhecimento que devemos nos retirar porque somos ‘’complicados, traumatizados e não temos nada para oferecer’’ é a parte que queremos apenas tentar sobreviver nessa vida que parece um caminhão passando por cima de nós várias vezes. É doloroso a partida, triste a despedida, horrível ter que renunciar alguém por conta de traumas e o mais difícil é que não podemos segurar ninguém e quando a pessoa decide ir embora o máximo que podemos fazer é entender e reconhecer que no momento você está quebrado, mas ama tanto essa pessoa que prefere vê-la partir do que sofrer ao seu lado. O processo de cura é lento, quase parando e não tem como darmos um empurrão para acelerar, então aconselho sentir coisas boas, mas ser verdadeiro com quem entra na sua vida, porque não é fácil lidar com a falta de reciprocidade, mas lembre-se, reconheça as intenções de quem entra e não dê munição para atirar assim que você virar as costas, tenha em mente que a ruindade do ser humano não tem limites, então se puder proteger alguém proteja, mas principalmente se proteja e se guarde, sua hora de viver algo novo irá chegar.
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thinksofanygirl · 2 years
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Sinto sua falta, mais do que eu já cogitei admtir a mim mesma, não sei se ainda pensa em mim, ou se me apagou completamente da sua memória, só sei que mesmo após um ano, eu ainda sinto sua falta, da tua voz me explicando as coisas, do seus olhinhos que se fechavam toda vez que vc sorria, do seu jeito moleque e divertido, que me fazia tão bem.
Dizem que tudo nessa vida passa, bom por aqui vou torcendo para que seja verdade, e um dia eu possa lembrar de vc, sem tristeza, apenas como uma bela e boa lembrança, por enquanto vou indo, como diria o poeta "dias sim, dias não, eu vou sobrevivendo..."
Tem dias que, eu até consigo te afastar da minha mente, já em outros, é impossível evitar a saudade. Me pego pensando em como vai vc, se está bem, feliz, triste, sozinho ou se tem alguém ao seu lado, tem vezes que tenho vontade de largar tudo e sair pelas ruas te procurando como uma louca, às vezes acho que vc também queria que eu fosse ao seu encontro, mas tenho medo de estar errada, então eu revejo nossa única foto, pra ver se assim a saudade some, mas ela só aumenta, visito seu instagram mas ele tá trancado, assim como seu coração pra mim, e tenho certeza que se eu mandasse solicitação vc não aceitaria, é como se vc dissesse que na sua vida não há mais espaço pra mim, na verdade nunca houve, e vc não tem culpa, na verdade, nem eu mesma tenho culpa, de ter me apaixonado, me iludido, creio que isso seja uma daquelas armadilhas que só o coração é capaz de aprontar com a gente.
Queria um dia poder te reencontrar e poder te dar um abraço bem apertado, e te contar o tanto que eu senti sua falta, e o tanto que eu te amo, mesmo sabendo que isso não faria diferença alguma pra vc, eu me conformaria só em ouvir sua voz outra vez, dizendo que não sente mágoas de mim e me deseja coisas boas. Confesso que nunca consegui sentir raiva de vc, mesmo tendo errado cmg, eu te dei motivos pra isso, afinal, fui eu quem errou primeiro, mas enfim, tudo isso já passou, não importa mais quem errou ou deixou de errar, e mesmo sabendo que vc nunca vai tomar conhecimento dessa carta, eu só queria te falar que eu te amo muito, e que ter te conhecido foi uma das melhores coisas que já aconteceram cmg, e mesmo não sabendo se vc me deseja o mesmo, eu te desejo toda felicidade do mundo pra vc, pra suas crianças, e toda sua família.
Às vezes eu acho que ngm nunca vai conseguir me tocar da maneira que vc me tocou, mas sei que isso vai passar, afinal tudo passa, e um dia, aparecerá alguém que me faça novamente sentir borboletas no estômago, não sei se isso vai acontecer daqui há um mês, um ano, ou talvez até 5 anos, quem sabe, até porque a única certeza que temos nessa vida é que não temos certeza de nada, enfim, que vc seja feliz com quem quer que seja que vc escolheu pra estar ao seu lado (sortuda ela rsrs).
Eu queria tanto que tivesse acontecido com vc, que nós dois estivéssimos escrito nas estrelas, às vezes sinto que foi, ou melhor, que não foi por pura e única insegurança minha, e me culpo, mas acredito muito em destino e creio que se realmente não aconteceu era porque não deveria ter acontecido.
Quem sabe um dia, o destino não trate de nos colocar frente a frente novamente. Espero que vc continue sempre sendo esse cara alegre, incrível, inteligente e fantástico que um dia me fez sonhar acordada, e deixou meu coração batendo mais forte, da sua eterna NE pro seu eterno R.E ❤️
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