Tumgik
#sou bebê ainda uso fraldas
5500fraldinha · 8 months
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hot-1d-imagine · 4 years
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Pedido: Harry e (S/n) estão separados, mas tem um filho do casamento, os dois moram agora em casas diferentes. Então chega o aniversário de Harry, e ele resolve convidar (S/n) e o filho deles, e eles comparecem. Na festa, Harry e (S/n) acabam passando uma noite juntos, mas ela acaba indo embora pela manhã sem ele ver. Se passam algumas semanas e ela descobre que está grávida, e ele ouve ela contando para uma amiga e fica muito puto achando que ela estava escondendo dele. – Anônimo.
 IMAGINE HOT HARRY STYLES
Eu estava pondo Henry para dormir, meu bebê já está com quatro aninhos e está ficando cada vez mais lindo, ele puxou totalmente o pai, seus cabelos castanhos encaracolados e com os olhos verdes grandes. Passei nove meses carregando ele na barriga, para no final ele só puxar o meu nariz, o resto é todo igual ao pai.
- Vamos, bebê, durma para a mamãe poder descansar um pouquinho – Digo o cobrindo e acariciando seu cabelinho.
- Mamãe, quando o papai vai me ver? – Ele pergunta com sua voz fina de criancinha, eu solto um suspiro. Harry tinha viajado, a empresa dele abriu uma filial em outro país e ele foi para a inauguração.
- Seu papai está viajando, meu amor, próxima semana ele já volta, então ele vai vir e brincar com você – Respondo e ele fica mais conformado e resolve dormir.
Ligo a babá eletrônica e saio do quarto dele, caminho para meu quarto e suspiro, a casa sem Harry ficou vazia e mais fria. Nosso divórcio foi uma surpresa para mim, eu sempre quis que o nosso casamento desse certo, mas quando eu cheguei certa tarde em casa, Harry estava com os papéis do divórcio me aguardando, ele disse que não estávamos mais dando certo, que ele estava me machucando muito e que era melhor nós pararmos de persistir em um casamento que não daria certo, do que nós dois nos machucarmos mais tentando consertar os nossos erros.
Eu tenho certeza que Harry foi e continua sendo o amor da minha vida, mas nunca fui alguém que fica correndo atrás de uma pessoa que não me queria. Eu sou apaixonada por ele, mas quando ele quis se separar, eu fiquei muito magoada e extremamente triste, conversei seriamente com ele, mas no final dei o que ele queria, não o iria prender a mim. Só desejava o melhor para ele. Ficamos casados por 5 anos, e já fazem 10 meses que estamos separados, nesse meio tempo, ele saiu de casa e deixou a casa em que morávamos, para mim e para o Henry. Ele vem bastante aqui para ficar junto com o filho e as vezes Henry passa duas semanas junto com ele.
Ajeito a enorme cama fria e me deito aonde eu costumava me deitar e deixo o lado onde Harry dormia, sem nem mexer. Quando fecho meus olhos, escuto meu celular apitar avisando que chegou uma mensagem. Me viro e pego o celular que estava na cabeceira, me assusto rapidamente ao ver que é uma mensagem do Harry.
“Boa noite, (S/n), você deve saber que próxima semana será meu aniversário e gostaria de convidar você e o nosso pequeno Henry para uma festinha no meu apartamento, ficaria muito feliz que você levasse ele”
Leio e prendo minha respiração por alguns segundos, o que eu respondo? Não posso negar, isso seria falta de educação.
“Oi, Harry, eu e o Henry iremos, ele está com saudades e eu sei o quão ele é importante para você, não se preocupe”
Será que respondi certo? Meu deus, acho que escrevi demais. Espera, eu não posso me desesperar só por causa de uma mensagem, vamos (S/n) você já é adulta, lide com isso de forma madura.
“Fico muito feliz com isso, vejo vocês lá, e vocês dois são importantes para mim, tenha ótima noite, (S/n) ”
Sinto meu coração bater forte e dou um sorrisinho. Ah, eu ainda amo esse idiota.
 Dia da Festa
Estava arrumando meu pequeno Henry, calcei seus sapatinhos e corri para terminar de me arrumar, coloquei um vestido preto justo no meu corpo, ele se moldava nas minhas curvas e seu comprimento ia até o meio de minhas coxas, as alças eram finas. Coloquei um colar de brilhantes e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo. No rosto passei corretivo, pó e um blush, assim como uma máscara para cílios, finalizei tudo com um batom vermelho e passei perfume. Calcei meu salto alto e peguei minha bolsa e a mochilinha do Henry.
- Está pronto, bebê? – Perguntei ao ver ele sentando no chão do seu quarto brincando com seus carrinhos.
- Vou levar esse carrinho de presente para o papai – Ele diz me mostrando o brinquedo.
- Ótima ideia, querido, agora venha, vamos para a festinha do seu papai – Falo pegando ele no colo e seguindo em direção a garagem.
Assim que chegamos na festa, somos guiados pela funcionária até o terraço. Henry dá um gritinho fino quando vê o pai e se debate nos meus braços para descer e correr até o homem. Solto ele e Harry o segura no braço e o abraça dando vários beijos no rosto e no cabelo do filho. Dou sorriso com a cena muito fofa a minha frente.
- Fico realmente muito feliz que vocês tenham vindo – Ele diz e dá um sorriso para mim, e eu apenas concordo. Ele passa seu olhar brevemente pelo meu corpo e eu sinto minhas bochechas corarem.
- (S/N) – Escuto alguém gritando meu nome. Me viro e vejo Louis caminhando até mim com um sorriso malicioso no rosto. Louis, por ser o melhor amigo do Harry acabou virando meu melhor amigo também, e durante o divórcio ficou do meu lado e achando a ideia da separação uma completa loucura da cabeça do Harry.
- Finalmente você chegou, você está linda demais e se me permite dizer, muito gostosa mesmo – Ele diz me dando um abraço apertado – A solteirice te deixou mais atraente, se é que você me entende – Louis diz, como sempre, provocando. Depois da separação ele ficou brincando, dizendo que agora ele tinha chances de conquistar meu coração.
- Louis... não seja inconveniente – Harry diz com um semblante fechado. Seu rosto está ligeiramente vermelho de raiva, talvez.
- Não tem problema, Harry, eu conheço muito bem essa peça – Digo dando um tapinha no peitoral do Louis.
- Agora me conta, tem algum pretendente te rondando? Algum homem na parada? – Louis pergunta piscando um olho para mim. Ele está querendo receber um soco de Harry, só pode.
- Teve um homem que foi para o quarto da mamãe ontem – Henry diz mexendo distraidamente nos botões da camisa de Harry.
Meu rosto fica vermelho. Louis me encara, doido para soltar uma gargalhada e sinto o olhar perfurador de Harry na minha direção.
- Ah, e quem é esse homem? Posso saber, filho? – Harry pergunta com a voz rouca, mas extremamente doce, ao falar com o filho.
- Ele estava carregando uma caixa cheia de ferramentas, e me mostrou como se usa um martelo – Ele diz e eu dou uma risada.
- Henry está falando do senhor White, ele veio montar a minha nova estante, meu pai o mandou – Digo e Harry relaxa visivelmente. Meu pai é dono de uma loja de móveis, então ele sempre se encarrega de mandar um homem de sua confiança para montar ou consertar os móveis da minha casa.
- Bom, Henry se comporte, mamãe vai tomar uma bebida com o tio Louis – Digo e saio segurando o braço do meu amigo, deixando Harry e Henry para trás.
- Harry é um idiota burro – Louis diz puxando um banquinho para eu sentar.
- Isso a gente já sabe – Digo observando as opções de bebidas que tem.
- Se separar de você foi a maior burrada que ele já fez nessa vida, e ele está percebendo isso agora, ele passou os últimos meses ligando para mim e perguntando sobre você, ele acha que me engana, conheço esse babaca desde que ele usava fraldas – Louis conta e eu me viro para ele, totalmente surpresa.
- Perguntando sobre mim?
- Sim, perguntando como você está, o que andava fazendo, ou até mesmo se encontrou outra pessoa – Ele diz enquanto chama o barman. Nós pedimos as nossas bebidas, e eu fico pensando no que ele acabou de me contar.
A festa vai passando, já estou há duas horas no terraço, vendo Harry falar com várias pessoas, Henry vai ficar o resto da semana com o pai, por isso ele já foi levado para o seu quartinho e está dormindo igual um anjo.
Passo a festa toda ao lado de Louis, já estou na minha terceira taça de vinho, quando decido ir ver como está Henry. Levando, arrumo meu vestido, que tinha subido um pouco, e desço as escadas.
O apartamento está silencioso e caminho em direção ao quarto de Henry, vejo ele deitado agarrado no coelhinho que o pai trouxe da viagem. Dou um sorriso e acaricio os cabelos do meu filho.
Depois de alguns minutos, decido ir embora, levanto e quando entro no corredor dos quartos, vejo Harry parado encostado na parede me encarando.
- Só vim checar se ele estava bem - Digo e Harry ainda me encara firmemente com aqueles olhos verdes.
- Você está linda – Harry diz – Sempre foi muito linda – Ele caminha na minha direção e eu sinto meu corpo estremecer.
- Harry... – Tento falar, mas ele coloca um dedo nos meus lábios, me impedindo de dizer qualquer coisa.
- Shiii... eu estou com saudades, (S/n), nunca senti tanto a falta de uma pessoa na minha vida, preciso ter você mais uma vez, por favor – Harry diz me prensando na parede do corredor, e enfiando seu rosto no meu pescoço, escuto ele respirar fundo e depois começar a dar vários beijos naquela região. Me arrepio inteira, ele sabe o efeito que ele tem sobre mim e uso isso a seu favor. Minhas mãos vão parar nas suas costas, solto um suspiro e puxo a cabeça dele para trás.
- Isso é errado – Falo o encarando profundamente, olho no olho.
- Não é errado quando as duas pessoas querem – Ele diz sorrindo de lado e eu fecho os olhos por alguns segundos.
- Harry, você é meu ex-marido, e estou tento muito superar tudo o que aconteceu, se eu me deitar com você agora, estarei regredindo – Falo, e Harry se afasta um pouco, mas continua me mantendo no meio de seus braços.
- (S/n)... eu só não consigo ficar longe de você – Ele diz com a voz grave.
Harry me pega de surpresa e me beija, seus lábios tocam os meus com uma urgência, sua língua encontra com a minha e damos início a uma noite que eu não irei me arrepender, mas que não era para acontecer.
Seguro os cabelos de com força, presando seu rosto no meu. Ele me ergue do chão e me segura no colo ainda me beijando com força, eu enrolo minhas pernas na sua cintura e sinto o membro dele duro contra a minha calcinha molhada.
- Vamos para o meu quarto – Ele diz com a voz rouca e me carrega até o quarto no fim do corredor. Entrando lá, ele me coloca no chão e se vira para trancar a porta. Eu caminho até o meio do quarto, observando tudo, percebo que em cima de sua cômoda, tem várias fotos nossas junto com Henry, ou apenas nós dois, tem algumas do dia do nosso casamento. Sinto seus braços circularem a minha cintura me puxando para mais perto de seu corpo. Sua boca toca o meu pescoço e vai deixando pequenos e suaves chupões no local. Ele se afasta e desce o zíper do meu vestido lentamente, e segundos depois a minha roupa cai aos meus pés e fico apenas de calcinha, pois o vestido não permitia que eu usasse um sutiã. Me viro e fico de frente para Harry. Seu olha me examina de cima a baixo, vejo seus olhos brilharem de desejo sobre meus seios. Ele é um tarado.
- Você é tão linda – Ele diz e sua mão esquerda toca delicadamente o meu seio. Seu polegar brinca com o meu mamilo, que fica durinho em pouco tempo. Solto um suspiro, quando ele me puxa em sua direção e me joga na cama. Ele retira meu salto, e puxa minha calcinha. Harry começa a se despir, ver o seu corpo nu novamente me faz ficar extremamente excitada, e para minha surpresa percebo duas coisas, a primeira foi que ele fez uma tatuagem, ela está logo acima de seu peito, e o deixa ainda mais sexy. E a segunda é que ele usa um colar, e o pingente é a nossa aliança de casamento.
- Harry... – Tento falar, mas ele vem para cima de mim e eu sou calada pela sua boca na minha.
- Eu só quero ouvir seus gemidos essa noite, querida – Ele fala e desce seus beijos para meu colo e abocanha um dos meus seios, sua língua quente brinca com meu mamilo, ele movimenta a língua de cima pra baixo e depois o suga. Solto um gemido alto, meus seios continuam sensíveis. Ele faz a mesma coisa com o outro seio e desce sua língua pela minha barriga, e com suas mãos ele abre a minha perna. Harry se põe no meio delas e sua boca toca a minha virilha. Solto um suspiro e o observo, seus olhos me encaram com malicia.
- Quero saber se ainda continua deliciosa – Ele diz e mergulha sua língua em minha vagina. Solto um gemido alto e jogo minha cabeça pra trás, com a língua ele brinca com o meu clitóris e com o seu dedo do meio ele me penetra, e ele faz isso por alguns minutos, até que ele enfia mais um dedo e chupa meu clitóris, me fazendo ver estrelas e gozar em sua boca.
- O que você quer agora (S/n)? – Ele pergunta enquanto se ajeita no meio de minhas pernas, seu pênis encosta na minha entrada, eu seguro seu pau e penetro só a cabecinha dentro de mim.
- Quero que você me foda até eu ficar rouca – Falo o prendendo entre minhas pernas e o puxando para mais perto, seu membro entra todo dentro de mim e nós dois gritamos de prazer.
- Porra... ah – Harry geme se afundando em mim, seu membro me alarga de uma maneira muito prazerosa, eu finco minhas unhas em suas costas e começo a ondular meu quadril e assim Harry me acompanha com suas penetrações. O barulho de nossos corpos se chocando, das nossas intimidades úmidas se unido e os nossos gemidos preenchem o local.
Se é para transar com o ex-marido, melhor mostrar o que ele perdeu. Empurro Harry para o lado e monto em cima dele. Ele me encara com expectativa e eu começo a cavalgar, me apoio em seu peito e subo e desce várias vezes, ele me segura pela cintura, me ajudando nos movimentos.
- Oh porra, como isso é bom – Ele diz jogando a cabeça para trás e fechando os olhos, seu rosto se contorce em uma expressão de puro prazer e suas mãos apertam fortemente minha cintura. Aumento os movimentos e sinto minhas pernas enfraquecerem quando a ponta do pênis do Harry encosta lá no meu ponto G, solto um gemido alto e Harry abre os olhos.
- Parece que encontrei um ponto sensível seu – Ele me tira de cima dele e me coloca de bruços em cima da cama. Ele puxa meu quadril para cima, me fazendo ficar toda empinada para ele. Ele separa minhas coxas e se posiciona atrás de mim, e me penetra.
- AH, Harry – Dou grito quando ele acerta meu ponto G de primeira, minhas pernas tremem e meu ventre se contrai, estou muito próxima de ter um orgasmo magnifico. – Vai mais rápido, me come com força – Falo e me empino mais ainda em sua direção. Ele solta um gemido rouco e faz o que eu mando, Harry aumenta os movimentos e minha intimidade começa a se contrair apertando o pênis dele.
- Caralho... que buceta deliciosa, porra – Harry geme e puxa meu cabelo e meu tórax se levanta e ficamos assim. Harry me comendo de quatro, puxando meu cabelo e eu toca inclinada.
Meu orgasmo chega com força e meu corpo inteiro treme, caio na cama e Harry continua me comendo com força e mais desespero. Minha intimidade esmaga ele por conta do orgasmo. No minuto seguinte escuto Harry soltando um grunhido alto e rouco e em seguida o seu esperma me preenche por inteira, me fazendo gemer. Harry passa bons segundos gozando, seu liquido escorre por entre minhas coxas e ele sai de dentro de mim lentamente e se joga do meu lado. Não consigo nem abrir meus olhos, caio em um sono profundo.
***
Acordo e noto que ainda está tudo escuro, olho para o relógio digital em cima da cômoda e são três horas da manhã. Me viro e vejo Harry dormindo nu ao meu lado, seus braços estão com marcadas das minhas unhas e seu pescoço contém alguns chupões que eu deixei. Me levanto e sinto minha intimidade arder um pouco, estou ainda toda suja com o sêmen do Harry. Me levanto e vou ao banheiro, lá eu me limpo e volto para o quarto e começo a me vestir, pego minha bolsa e saio do quarto. Passo rapidamente no quarto de Henry e vejo ele dormindo como um anjinho e decido ir embora.
Quando chego em casa, tomo um banho demorado e me jogo na minha cama pensando em tudo que aconteceu e acabo novamente adormecendo.
***
Já se passaram quase um mês desde que transei com Harry, nós temos nos falado, mas como aconteceu um problema na filial que Harry inaugurou faz pouco tempo e teve que ir para lá urgentemente. Nossa noite não foi assunto de nenhuma de nossas conversas e isso me faz ter a impressão de que ele só queria ter alguém para foder naquele dia e acabou me escolhendo.
Nesse meio tempo venho tendo alguns problemas de saúde, vivo ficando tonta, com mais sono que o normal, ontem mesmo eu passei o dia vomitando. Resolvo me tratar logo com medo de ser uma virose e acabar passando ela para o meu filho.
Chegando no hospital, sou atendida e o médico já manda eu fazer um exame de sangue, os resultados saem daqui a poucas horas.
Escuto meu celular tocar e vejo que é Harry.
- Oi – Digo simples.
- Oi, (S/n), acabei de chegar aqui em casa, e gostaria de buscar o Henry na escola e passar o dia com ele, tudo bem para você? – Ele pergunta e eu solto um suspiro.
- Claro, Harry, ele vai ficar muito feliz – Digo.
- Se quiser vir junto seria muito bom também – Harry diz e sua voz fica mais grave, engulo em seco e me sento em uma das cadeiras da recepção.
- Eu adoraria, mas estou meio doente e estou aguardando meus exames saírem, acho que vai demorar quase o dia todo – Respondo.
- Está tudo bem com você? Quer que eu te acompanhe? Posso ir até aí ficar com você, se quiser – Harry fala tudo de uma vez, sua voz em um tom de preocupação.
- Não precisa, com certeza é só uma virose – Respondo e dou um sorriso.
- Tudo bem, qualquer coisa me ligue, qualquer coisa mesmo, entendeu (S/n)? – Harry fala sério e eu nós nos despedimos e eu desligo.
O tempo passa e finalmente sou chamada, o médico analisa meu exame de sangue.
- Bom, a senhorita não tem nenhuma doença, está bastante saudável, na verdade tudo isso que está sentindo é porque está grávida – O médico diz e eu acho que minha pressão vai para lá no pé, pois meu corpo fica todo gelado e eu fico travada.
- Grávida? – Pergunto depois de alguns minutos em transe.
- Sim – Ele responde sorrindo. Oh merda.
- Mas eu tomo anticoncepcional desde alguns meses depois que o meu filho nasceu – Explico.
- Bom, eu analisei aqui todas as suas outras consultas no nosso sistema, e no início do mês passado uma das médicas que te atendeu passou um antibiótico para uma gripe que a senhorita contraiu, e isso deve ter cortado o efeito do seu anticoncepcional – Ele explica e eu me lembro. No mês passado eu estava tomando o antibiótico assim como também estava tomando meu anticoncepcional, tudo certinho.
- Meu deus – Falo chocada, eu nem percebi que isso poderia de fato acontecer.
- Bom, seria bom marcar logo uma consulta para saber se está tudo bem com o feto – Ele diz e eu assinto.
- Próxima semana eu venho – Falo e me levanto, me despeço do médico e saio do hospital. Chegando em casa, está tudo em silencio, Henry está com pai, devem estar passeando pelo parque.
Pego meu celular e subo rapidamente para meu quarto, lá me sento na minha cama e ligo para minha melhor amiga.
- Oi, amiga, como vai? Pensando muito na surra de pau que levou do Harry? – Ela pergunta e depois ri.  
- Pois é exatamente disso que eu estou precisando falar, essa “surra de pau” acabou gerando frutos – Falo e escuto um barulho vindo lá de baixo, mas nem dou atenção, deve ser só o gato do vizinho arranhando minha janela da sala.
- Como assim? Anda me diz logo – Ela pergunta séria.
- Amiga, eu estou grávida de novo, o antibiótico que eu tomei cortou o efeito do anticoncepcional bem no dia que eu transei com Harry – Falo com a voz embargada. O que eu vou fazer?
- Como é que é? – Escuto a oz grave de Harry trás de mim. Eu tomo um susto e me viro rapidamente em sua direção.
- Harry? – Pergunto e desligo o celular.
- Você está grávida? Quando ia me contar? Você pretendia esconder isso de mim? – Ele pergunta muito sério.
- O que? Claro que não. Eu descobri tudo hoje, passei uma semana doente e resolvi ir ao hospital, lá o médico me contou tudo – Digo quase chorando.
Harry suspira e caminha em minha direção. Ele se ajoelha na minha frente e me encara de perto. Ele passa a mão pela minha barriga e eu isso me deixa mais emocionada.
- Parece que o sonho do Henry de ter um irmão vai se tornar real – Ele diz e dá um sorriso de lado.
- Harry, o que iremos fazer? – Pergunto segurando a mão dele que estava na minha barriga.
- Ora, vamos ficar juntos, (S/n), eu te amo muito, fui um idiota por ter colocado um fim no nosso casamento, sinceramente, eu não sei o que passou pela minha cabeça ter aquela ideia ridícula, todo mundo me avisou que o que eu estava fazendo era uma burrada, mas eu não quis ouvir, desde que nós nos separamos eu não fui capaz de tocar em nenhuma mulher ou nem sentir desejo por nenhuma delas, porque tudo que se passa na minha mente é a sua imagem e tudo que passamos juntos, então por favor me perdoe por ter acabado com a nossa família, mas agora temos uma segunda chance, esse nosso bebê pode ser o novo início novamente, por favor me dê só essa chance – Harry diz, ele me encara com os olhos cheios de lagrimas.
- Eu te amo muito, Harry, eu posso até te dar mais uma chance, mas por favor, tenha certeza dessa vez, pois eu não vou cair de cabeça no nosso relacionamento mais uma vez só para mais tarde você desistir de tudo e resolver botar tudo a perder novamente, eu quero que dessa vez você esteja certo e decidido, você quer ter essa família comigo? – Pergunto.
- Eu...- Ele ia dizendo, mas eu o interrompo.
- Não responda para mim, responda isso para você mesmo, vá para sua casa e pense bem, pois eu não vou colocar a minha saúde mental em jogo novamente. Eu quero, eu realmente quero que fiquemos juntos, isso ia ser o meu sonho se tornando realidade, ter uma família unida para poder criar o Henry e esse nosso novo bebê, mas para isso eu quero que você tenha certeza – Falo e Harry se levanta e me puxa para seus braços.
- Eu passei dez meses pensando sobre isso, (S/n), eu quero a nossa família de volta, e eu quero você acima de tudo, porque eu finalmente percebi que o meu amor por você é tão grande que eu não consigo nem expressar através de palavras – Harry diz e por fim me beija.  
Espero que tenham gostado, mandem uma ask falando o que achou, e deixem seu favorito. 
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agere-br · 5 years
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Quem sou eu?
Aqui estão algumas descrições dos marcos do desenvolvimento em várias idades para ajudá-lo a identificar com que idade você regride. Fontes: mixture of webmd, the cdc, speech and language kids, e parents.com
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0-1 anos de idade
Vocabulário limitado: balbuciar, pode dizer "ma-ma" ou "da-da", ou outras palavras pequenas; pode ser não verbal
Frequentemente dorme ou chora / se queixa por necessidades
Completamente dependente do caregiver para necessidades físicas e atenção
Acessórios: chupeta, clipe de chupeta, mamadeira, macacão, fraldas, cobertores, chocalhos, móbiles, carrinhos de mão, carrinhos, caminhões
2 anos de idade
Capaz de formar sentenças e frases muito simples ("quer ma-ma", "onde pepe?")
Pode fazer perguntas como "o quê?" e "onde?"
Usa as palavras como "oi" "tchau" "por favor" e "obrigado"
Pode seguir instruções simples
Reconhece formas e cores
Gama limitada de emoções, pensamento preto / branco
Maior independência do caregiver (pode ser deixado sozinho por breves períodos durante a regressão)
Acessórios: Brinquedos para 0-1 anos +, formas, pequenos conjuntos de brinquedos, blocos grandes, figuras de pessoas ou animais, instrumentos, livro de capa mole, livro de figuras.
3 anos de idade
Capaz de formar frases de 3 a 5 palavras ("quero papa, por favor")
Usa pronomes pessoais ("eu”, "ela", "ele", "eles")
Pode perguntar e responder perguntas com "quem?", "o quê?" e "onde?"
Pode seguir instruções em duas etapas ("escove os dentes e depois vá para a cama")
Reconhece livros por capas ou músicas populares, lê/ouve atentamente
Imita as ações de adultos e companheiros de brincadeira
Podem ser ensinadas rimas da infância ("A dona aranha", "As rodas do ônibus")
Acessórios: Brinquedos para 2 anos +, copinhos com bico, giz de cera e papel de rascunho, tintas para dedos, giz.
4 anos de idade
Responde a perguntas simples de forma clara e lógica
Pode usar adequadamente pronomes possessivos e tempo passado
Gosta de cantar, rimar e inventar palavras
Expressa sentimentos melhor verbalmente (frustração sem birras)
Conta 10 ou mais objetos; Reconhece corretamente formas e cores
Pode seguir instruções em várias etapas
No desenvolvimento, não requer mais o uso de chupeta (as chupetas são comumente usadas habitualmente até aproximadamente 5 anos de idade)
Maior independência do caregiver; pode querer ajudar em tarefas “grandes” (vestir/despir, amarrar sapatos etc.)
Acessórios: Brinquedos para 3 anos +, giz de cera, marcadores, livros para colorir, livros de atividades, livros de histórias curtas, play doh.
5 anos de idade
Pode manter uma conversa básica ou contar uma história simples
Fala de condições imaginárias ("e se" "eu espero"), mas pode distinguir real do faz de conta
Reconhece muitas ou todas as letras e números, pode escrever o nome
Capaz de fazer e responder perguntas com "quando?"
Pode utilizar garfo e colher com sucesso; ainda precisa de alimentos maiores cortados
Treinamento na privada concluído
Acessórios: Brinquedos para 4 anos +, bonecas bebê, bonecas fashion, action figures, jogos de tabuleiro simples, quebra-cabeças, conjuntos de construção (legos ou lincoln logs)
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Isso foi criado como um guia geral para ajudar os regressores de idade a aprender mais sobre o desenvolvimento psicossocial na idade pré-escolar (e memória de longo prazo).
Não se esqueça que sua regressão não precisa se encaixar "na norma"; Assim como no desenvolvimento inicial da infância, todos são diferentes. Obviamente, você pode usar quaisquer brinquedos ou ferramentas que julgar adequados à sua situação.
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juliomatosdaddysr · 6 years
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O que é Age play ?
Age play é um jogo BDSM entre adultos que consiste em interpretação de idade escolhida pelos participantes, que pode ser alguém interpretando desde um bebê ao idoso.
No meu caso sou uma Daddy a menina que eu gosto e que fico é minha Baby.
O age play pode ser pouco sexual, muito sexual ou não sexual.
A maioria usa como forma de vivenciar aquilo que não teve, ou viveu durante a infância.
Um Top sendo Daddy (papai), Mommy (mamãe) ou Tio (a) fica com o papel de cuidador onde é seu dever cuidar, educar e punir quando preciso. E Bottom sendo baby Girl/ Boy com o papel de ser cuidado, os babys interpretam o papel de acordo ao escolhido como um bebê de 5 meses não fala e anda, como uma criança de 4 anos que fala, anda tem algumas noções de certo ou errado. Assim como interpretado com a idade acima de 15 anos que são lolitas ou middles que na maioria das vezes são as brats, meninas ou meninos mimados que são malcriados e estão sempre indo dormir de bumbum quente por aprontar muito rsrs.
As roupas são importantes nesta hora pois ajudam na interpretação, o uso de fraldas, mamadeiras, chupetas, onesie ou macações tornam a cena mais real.
É comum o bottom conforme vai se adaptando ao papel passar a desenvolver isso no seu dia a dia alguns acabam permanecendo no papel por longos períodos isso serve para o Pet play também.
O age play é usado para ajudar na submissão, para que o domínio do dominante sobre a submissa fique mais confortável.
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Variações sexuais podem incluir, entre outras brincadeiras, em que os indivíduos recriam e sexualizam papéis dentro de uma fase,o fetichismo menina do papai (menino da mamãe), em que as diferenças de idade reais ou imaginárias são a base da interpretação.
Também poderá ser agradável em um contexto sexual para os participantes. Por exemplo, interpretando um "professor / aluno" ou "médico / paciente" é o tema, durante a atividade sexual, pode ser comum em age play sexual .
Algumas siglas usadas são :
DD/lg: (Dom daddy/ Little Girl ) que são papai dom e pequena menina
MD/lb: (mommy Dom/ Little Boy) mamãe dom e pequeno menino
DL: Diapers Lovers
AB: Adult Baby
Essa prática promove ainda mais o poder do Daddy/Mommy sobre seu BabyGirl/boy por eles buscarem por carinho e cuidados ainda maiores,São pessoas normais que trabalham estudam,mas se observar elas brincam e agem como crianças,Essa prática muitas vezes e usada pelo Top para adestrar um bottom iniciante,um bottom com tendência ao Age pode interpretar o papel muitas vezes sem querer.
Observação:Nota-se que o bottom e por natureza uma criança...Tem a alma e essência de uma criança descobrindo o mundo...E curioso,sapeca,alegre com tendência a ficar triste e choroso mais que o comum...Esse tipo de jogo e dinâmica leva as duas partes mas muito mais ao bottom a depência e necessidade de atenção extrema de quem assumiu a tarefa de ser seu Protetor e Cuidador.
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teteiaorg · 4 years
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A precariedade que vem (que veio)
O que segue aqui é um ensaio composto por parte da minha fala junto à performance de Dora Selva e às falas de Tanja Baudoin e Steffania Paola durante o segundo dia de “o trabalho trabalha trabalha”, exposição organizada por Natália Quinderé e Luisa Marques no Fosso, em 6 e 7 de abril de 2019. Na ocasião eu fiz um comentário geral sobre a precariedade que vem com os desalentos criativos que o capitalismo contemporâneo nos oferece frente a observações sobre experimentos sócio-econômicos. Na oportunidade de um novo convite feito por Natália e Luisa para escrever para este número da teteia, uma publicação que vive como um site, este texto é povoado de referências que foram importantes para mim e para os debates que ocorreram na série de falas, levando ao final x leitorx para outros caminhos além das situações de apropriação do trabalho cognitivo, características das nossas interações em rede. 
Penso que seja importante começar com o texto que foi publicado junto com os convites para o evento, e também em versão impressa disponível para quem visitasse o Fosso naquele final de semana, pois trazia uma extensa lista que pareceu um cálculo de resultados absurdos computando a incidência de diferentes categorias de trabalho em sequência: 
Arte é trabalho! + Arte sem trabalho? + trabalho de arte + obra + obrar + síndrome de Karoshi = morrer de trabalhar + o trabalho dignifica o homem + trabalho mecânico + trabalho invisível • a dona de casa • a artista + “Desemprego é maior entre nordestinos, mulheres e negros, divulga IBGE” + trabalho precário + trabalho escravo + autonomia da arte? + tempo livre + trabalho livre (de remuneração) + Arte como ocupação + trabalhador autômato • o robô + O Museu é uma Fábrica? + relações de trabalho • força sindical + trabalho infantil + trabalhar brincando • workaholic + trabalho criativo + o trabalho dignifica o homem • o empreendedor + trabalho psíquico + Duchamp • máquinas celibatárias + trabalho assalariado + o trabalho dignifica o homem + força de trabalho • a greve + mercado de trabalhadores pobres • a escravidão + trabalho duro • o salário mínimo + trabalho terceirizado + precarização + divisão de trabalho + trabalho alienado + o trabalho dignifica o homem + trabalho voluntário + acidentes de trabalho + trabalho repetitivo + trabalho especializado + emprego • ocupação • ação + 24/7: capitalismo tardio e os fins do sono • o consumidor + trabalho cognitivo + trabalho artístico + o trabalho dignifica o homem + trabalhar para viver + labor + trabalho de parto • APIC! = Artistas patrocinando instituições culturais + business art + trabalho em equipe • colabs + flexibilização + trabalho sexual • o turista + trabalhar para respirar + o trabalho trabalha trabalha
Não trabalhar até morrer e nem trabalhar para respirar foram algumas das vontades que me levaram a criar o projeto the þit, junto com a artista Maíra das Neves. Concebemos o modelo entre maio e junho de 2013 depois de um convite do grupo de artistas KUNSTrePUBLIK para pensar uma proposta dentro do projeto Archipel in√est na região do Ruhr, no oeste da Alemanha. Nosso projeto aconteceu primeiramente em 2013, com uma visita de pesquisa e uma participação em uma mostra coletiva de curta duração, onde apresentamos o modelo numa instalação junto aos experimentos de outros artistas, e depois, em 2014, com a implementação do modelo de autoprodução de recursos financeiros e naturais em um lote semi-abandonado, na cidade de Oer-Erkenshwick. O Archipel trouxe uma ideia de ilhas de desenvolvimento, experimentação e especulação ao longo de várias cidades do Ruhr que, até os anos 60, tinha como principal atividade econômica a extração de minério de ferro e carvão. Desde essa época, percebe-se a dificuldade em fazer a transição de uma economia industrial para uma economia de serviços, algo que qualifica processos de desindustrialização. Parte dessa transição se abastece de recursos no setor cultural, e Archipel foi parte do planejamento trienal desenvolvido pela agência pública de desenvolvimento Urbane Künste Ruhr, com financiamento inteiramente público vindo do Ministério da Cultura e Ciência da Renânia do Norte-Vestfália.
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Offene Werkstatt des Archipel in√est (2013) 
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Jahreshauptversammlung (2014)
Nosso modelo contemplava algumas dimensões do conhecimento, entre religião, lei, economia, estética e política, para repensar mineração e uso da terra em uma prática artística na qual um dos elementos centrais era a criação e instalação de três mineradoras de criptomoedas – intituladas de Gigante Minerador #1, #2 e #3 – que criaram um fundo de uso comum utilizado em oficinas, no financiamento de algumas atividades, naquele espaço, e também para pagar o aluguel do próprio lote. O projeto como um todo está bem documentado no site https://thebpit.org, onde há informações sobre o percurso, uma série de projeções especulativas condicionadas ao modelo, um curta-metragem, uma lenda forjada com elementos locais, entre outras fontes. Com o privilégio de um orçamento digno que cobriu todas as etapas do projeto, criamos conjuntos de trabalhos que seguem repercutindo até hoje, aparecendo depois também em textos como “New business, art in search of alternative economic systems”, de Justine Ludwig, publicado no portal Miami Rail; e “Collaborative economy: between crowds and empires”, de Robin Resch, publicado na segunda edição do jornal "Transnational Dialogues", ambos de 2016.
Das três esculturas financeiras que criamos, duas ficaram por lá depois do lançamento de uma chamada aberta onde outras iniciativas da região puderam se inscrever para ficar com as minas para realizarem experimentos de auto-financiamento, e a terceira veio com a gente para o Rio de Janeiro, onde eu e Maíra morávamos na época, sendo mostrada ao público ligada na tomada e minerando moedas como dogecoin, dash, ethereum, entre outras, durante a ArtRio2014, com a Portas Vilaseca Galeria, quando foi adquirida para uma coleção particular. No ato da venda nós firmamos um acordo com a coleção estabelecendo que os recursos gerados seriam nossos (seguem armazenados em cold storage a espera de uma valorização), mas o objeto escultórico pertenceria à coleção. Em 2015 o Gigante Minerador #3  foi mostrado na exposição “Encontros Carbônicos II – O Futuro em Disputa”, no Oi Futuro de Ipanema, em curadoria de Marina Fraga e Pedro Urano. Depois de 2015 ela não foi mostrada novamente, uma das razões é a sua própria obsolescência, uma vez que a estrutura da máquina é composta de várias placas de vídeo de alto desempenho. Em 2014 essas placas tinham um ótimo retorno de investimento, mas alguns anos depois ficam obsoletas – de um lado por seu design que cumpre uma determinada validade na cadeia produtiva de equipamentos eletrônicos e de outro pelo aumento da curva de dificuldade de geração de novas criptomoedas que se utilizam de algoritmos do tipo proof-of-work. Ela ainda liga, gasta energia e produz calor, mas ultimamente tenho usado para treinar redes neurais com o tensorflow (como, por exemplo, no vídeo Falso Profundo para Política Rasa (2019), da série Detremura).
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Falso Profundo para Política Rasa, da série Detremura (2019)
Mais ou menos em julho de 2014 tivemos um pequeno intervalo no cronograma do desenvolvimento do projeto, fui a Munique para visitar um amigo e fomos à Lenbachaus, onde havia uma exposição coletiva chamada Playtime, uma curadoria dedicada a práticas artísticas no século XX ao redor da categoria de trabalho. Algumas obras eu já conhecia por ter visto em livros ou na internet, como por exemplo “Semiotics of the Kitchen” (1975), da Martha Rosler, “Untitled” (2003), da Andrea Fraser, “How to Work Better” (1991), de Peter Fischli & David Weiss e “Opportunities (Let’s Make a Lot of Money)”, dos Pet Shop Boys, mas foi numa parede de canto que descobri o trabalho de uma artista norte-americana até então desconhecida para mim. Mierle Laderman Ukeles escreveu, em 1969, o “Manifest for Maintenance Art” [“Manifesto para a Arte de Manutenção”] pouco tempo depois de ser mãe pela primeira vez. Na ocasião da fala, no Fosso, eu fiz uma tradução livre e a leitura de trechos desse manifesto, reproduzo alguns aqui:
I. IDEIAS
C. Manutenção é algo arrastado; que leva a porra do tempo todo (literalmente).
A mente fica confusa e se desgasta com o tédio.
A cultura confere um status ruim aos trabalhos de manutenção = salários mínimos, donas de casa = nenhum pagamento.
limpar sua mesa, lavar os pratos, limpar o chão, lavar suas roupas, lavar os dedos dos pés, trocar a fralda do bebê, terminar o relatório, corrigir os erros de digitação, consertar a cerca, manter o cliente feliz, jogar fora o lixo fedorento, cuidado, não coloque coisas no seu nariz, o que devo usar, eu não tenho nenhuma meia, pagar suas contas, não desarrumar, alimentar a gaveta de ideias, lavar o cabelo, trocar os lençóis, ir até a loja, meu perfume acabou, dizer novamente – que ele não entende, feche de novo! – está vazando, ir para o trabalho, esta arte está empoeirada, limpar a mesa, chamá-lo de novo, dar descarga, permanecer jovem.
II. A EXPOSIÇÃO DE ARTE DE MANUTENÇÃO: “CUIDADO”
Três partes: Pessoal, Geral, Manutenção da Terra
A. Parte Um: Pessoal
Eu sou artista. Eu sou mulher. Eu sou esposa. Eu sou mãe. (Ordem aleatória).
Eu estou sempre lavando, limpando, cozinhando, renovando, apoiando, preservando, etc. Além disso, (e até agora separadamente, eu "faço" arte).
Agora, vou simplesmente fazer essas tarefas de manutenção diárias, e introduzi-las à consciência, exibindo-as como arte. Vou viver no museu e fazer lá as coisas que eu habitualmente faço em casa com meu marido e meu bebê, pelo tempo de duração da exposição. (Certo? ou se você não me quer por perto à noite eu viria em todos os dias mais cedo) e fazer todas essas coisas como atividades de arte pública: vou varrer e encerar o chão, tirar toda a poeira, lavar as paredes (ou seja, "pinturas do chão, obras de poeira, escultura de sabão, pinturas de parede"), cozinhar, convidar as pessoas para comer, fazer aglomerações e organizar disposições de todos os resíduos funcionais. A área de exposição pode parecer "vazia" de arte, mas será mantida à vista do público o tempo todo. MEU TRABALHO será o trabalho.
Mierle começa a colocar o Manifesto em prática realizando as proposições lá apresentadas entre 1969 e 1974, em várias instituições. Em 1977 ela se autodeclara funcionária na categoria “artista em residência” do departamento sanitário da cidade de Nova York, depois de oferecer à instituição uma colaboração que se qualificaria para receber apoio financeiro do National Endowment for the Arts (Fundo Nacional de Arte estadunidense) em um momento que o serviço público municipal estava sofrendo com demissões e desinvestimento público geral. Ela é aceita e ganha um escritório onde mantém o posto até hoje. Em Touch Sanitation (1977), Mierle passa um ano indo ao encontro com 8500 funcionários de limpeza urbana para agradecê-los e dizer que a cidade só estava viva por causa deles. Em 1984 coloca para circular na cidade caminhões coletores de lixo revestidos com vidro espelhado (Social Mirror). Em 2016, sua obra é apresentada em uma grande retrospectiva organizada pelas curadoras Larissa Harris e Patricia C. Phillips no Queens Museum e, em abril de 2019, foi uma das ganhadoras do prêmio Greenburguer, dedicado ao reconhecimento tardio de artistas. 
O primeiro trecho citado aqui se parece com o texto apresentado na exposição e certamente se relaciona com as muitas lutas feministas estabelecidas a partir dos 1970, algumas delas comentadas na primeira mesa de “o trabalho trabalha trabalha”, durante a conversa proposta por Natália e Luisa, com Mariana Pimentel e Tatiana Roque. Mariana apresentou sua experiência sendo mãe e professora na teoria da arte da Uerj, trabalhando com pesquisa, criação e desenvolvimento em um Estado que insiste em precarizar a educação, mostrando a necessidade prática do feminismo na superação de um regime branco-cis-hétero-patriarcal, e Tatiana traçou um histórico sobre a acumulação primitiva, as origens da invisibilização do trabalho reprodutivo das mulheres e uma crítica ao atual estágio do capitalismo. Em um comentário sobre os processos mais recentes de substituição de trabalhos por seus equivalentes robotizados, Tatiana lembrou de uma impossibilidade dessa mesma substituição acontecer com o trabalho de manutenção e cuidados, especialmente com crianças e idosos e lançou a pergunta: “como fazer o motorista desempregado por causa de carro autônomo virar um cuidador de idosos?”
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Assistente de culinária da empresa japonesa OctoChef (2018)
Ultrapassar as precariedades que já conhecíamos, e as que estão se intensificando com a emergência do SARS-CoV-2 é algo que envolve a reconfiguração do trabalho e passa pela crise da noção de remuneração e assalariamento (sabendo que “trabalho” incide por todas as dimensões da vida). Faz-se necessário agora, mais do que nunca, a implementação emergencial da renda básica universal, assim como o exercício de imaginações econômicas radicais que sejam contranarrativas a um esgotamento total.
O discurso da automação fidelizada com as superestimadas inteligências artificiais (que até pouco tempo atrás eram chamadas de “estatística”) passará ainda por muitos testes antes de ser instituído como superação das capacidades humanas. É verdade que a automação chamada “inteligente”, pelas vias de treinamento de redes neurais, tem chegado perto de realizar com perfeição alguns “trabalhos de merda”. “Bullshit jobs”, abordados por David Graeber em seu último livro, são  trabalhos mal pagos que nada agregam para a realização existencial dos indivíduos que os executam, a ponto desses mesmos indivíduos acreditarem que seus trabalhos nem deveriam existir. 
Lembro-me que no final da minha adolescência, com uns 17 anos, quando enfrentava uma crise financeira vinda da falência do laboratório dos meus pais que não sobreviveu à virada da fotografia analógica para a digital, havia duas fontes de recursos que eu explorava com certo êxito para completar o orçamento familiar: transcrição de áudios, em fita K-7, de entrevistas e seminários para pesquisadores e retoque digital de fotografias antigas danificadas. Atualmente essas duas funções podem ser cumpridas – às vezes  com resultados melhores dos que eu obtinha de forma braçal há mais de 15 anos – com o uso de suítes como o Cloud Speech-to-Text, do Google e o aplicativo Remini Photo Enhancer. Estes casos são também exemplos de substituição da lógica do “software” (instalado localmente, com atualizações esparsas e uso moderado dos dados dx usuárix) pela lógica do “app” (executados em redes centralizadas, atualizados frequentemente e oferecendo serviços gratuitos ou baseados em mensalidade/ anuidade com potenciais usos viciantes, na medida que se tornam indispensáveis e acabam assim por explorar o comportamento e os dados dxs usuárixs, quase sempre de forma abusiva). 
Existem, contudo, alguns outros exemplos onde o discurso da automação é usado para vender uma bala de prata para resolver otimização de tarefas, redução de custos e aceleração generalizada, mas que são, na verdade, rotinas de treinamento supervisionadas por humanos, estes muitas vezes contratados em plataformas de microsserviços (como o Amazon Mechanical Turk) com honorários repulsivos. No ano de 2019 grandes empresas como a Amazon, Microsoft, Apple e Alphabet Inc. assumiram o uso de humanos na supervisão de tarefas de interpretação de seus assistentes de voz “inteligentes”, deixando claro que a capacidade real de entendimento dos algoritmos de inteligência artificial ainda é muito limitada e sua adoção incorre sobre outros problemas de privacidade, intencionalidade e soberania. Por enquanto pode-se dizer que as IA’s mais avançadas não são mais inteligentes que um gato, mas ainda assim, uma colecionadora ou colecionador arrematou o lote 363 do leilão “Prints and Editions” da Sotheby’s em outubro de 2018 por US$432.500,00, levando pra casa uma impressão jato de tinta “feita” por uma rede generativa adversarial (GAN), uma classe dos sistemas de aprendizado maquínico que, alimentada com milhares de imagens, gera uma imagem “autônoma”. Toda essa confusão entre criação de valor, autonomia e sensibilidade me lembra muito o  sexto episódio da segunda temporada da série de animação Rick and Morty, onde um problema na bateria da nave do avô-cientista revela um encadeamento racializado de exploração do trabalho, em um processo que remonta todas as práticas de acumulação capitalista.  
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Rick and Morty S02E06 - Os Ricks devem estar loucos
Ao final do episódio, poderíamos nos perguntar em quais pontos a bateria da nave se assemelha com o mundo em que vivemos. Se antes da pandemia causada pelo novo coronavírus estávamos debatendo sobre a precariedade que vem, agora estamos debatendo a precariedade que veio. A sobrecarga aos trabalhos considerados indispensáveis para a superação dessa crise - médicxs, enfermeirxs, maqueirxs, cuidadorxs e muitos outrxs - é enorme. Para suavizar a curva e não exaurir completamente tais profissionais, temos que ficar em casa, morando, trabalhando e reconhecendo privilégios (ainda que alguns deles devessem ser direitos garantidos), como os da própria moradia, da soberania alimentar, do acesso ao conhecimento e à educação, da conexão de banda larga, da capacidade de adaptar um escritório, de não precisar de papel moeda.
Num momento de hiperatividade cibernética, as redes centralizadas estão vivenciando um pico de acumulação de informações e de lucro capitalizado em cima de nossa atenção. Para não virar um trabalhador de uma caixa gooble como a do episódio acima, é importante navegar atentamente. Uma das iniciativas que acompanho há algum tempo é o Basic Attention Token, que desenvolveu um ecossistema para navegação na internet (o Brave Browser) junto a uma criptomoeda (o BAT). O Brave é um navegador parecido com o Google Chrome, mas que vem com sua configuração inicial com opções a mais de segurança, como bloqueio de anúncios e trackers que coletam informações preciosas sobre nosso comportamento online. Ele ainda oferece uma espécie de caixa gooble “consciente”: o navegador contém também uma carteira de criptomoedas. Nas configurações é possível escolher se você quer ser exposto a anúncios curados pela plataforma e, se aceitar, a cada clique em anúncio que você faz, você recebe uma fração de moeda nativa do ecossistema, o Basic Attention Token. Pode-se ainda cadastrar um site, perfil de Twitter ou canal de YouTube para receber doações (um ícone em formato de triângulo aparece próximo à barra de endereços, indicando que determinado site pode receber doações em BAT). Se você quiser cadastrar seu site ou perfil usando o Brave, pode seguir este tutorial para fazer a verificação. Esse é um exemplo de gente construindo coletivamente um espaço cibernético melhor valendo-se de outras métricas de valoração e redistribuição que não sejam baseadas na captura irrestrita da nossa atenção. 
Há quem diga que a pandemia pode abrir o caminho para um novo comunismo. Isso não vai acontecer sem estabelecer redes de cumplicidade, solidariedade e compartilhamento de recursos e privilégios para enfrentar uma fase de capitalismo ultrarrealista na qual bancos centrais estão imprimindo dinheiro em pacotes fiscais nunca vistos por nossa geração, de onde só uma ínfima parte chega a nós como resgate. Se o amanhã foi anulado, hoje temos um outro tipo de trabalho pra fazer. 
Pedro Victor Brandão É artista e desenvolve séries de trabalhos considerando diferentes paisagens políticas em pesquisas sobre economia, direito à cidade, cibernética social e a atual natureza manipulável da imagem técnica.
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O Garoto Dá Vida e... (ep. 5 parte 1)
Episódio 5: Cupido Estupido
      Evelynn saía da biblioteca, se espreguiça, pega um pirulito e coloca na boca enquanto observa os céus. Debaixo de seu braço esquerdo havia uma apostila de inglês.
- De acordo com o relógio da biblioteca, os alunos irão chegar agora... – ela pensa enquanto andava para a diretoria... no caminho, eram vários olhares dos meninos que já haviam chegado – Ensinar inglês será fácil, o problema é a puberdade dos meninos... e também a frustração d’eu precisar fazer um serviço como esse logo hoje que descubro que tenho o poder de invocar coisas tão... interessantes... mas azar é parte da vida...
     Dentre os meninos sedentos, estava Rodrigo, que nota o livro, e antes que pudesse ter qualquer reação, um outro garoto anuncia:
- ELA VAI MESMO DAR AULA DE INGLES, GALERA! WOOOOOOOOOOO! – todos os meninos festejam; com a exceção de Charlie, que havia acabado de chegar...
     E estava confuso apenas. Julia, Lacinho e Sayuri tinham a mesma expressão de desapontamento e de quem tinha visto algo previsível...
     Wellington aparece saindo também da biblioteca; ele tinha uma expressão séria no rosto enquanto ia na mesma direção que Evelynn ia... e ele tinha um livro de português entre os braços...
     Isso desperta curiosidade na Julia, que não aguenta e pergunta para ele:
- Ei, você vai ser professor??
- Sim, mas só por hoje – ele responde quase que ignorando ela.
     Sayuri e Lacinho tinham agora uma face de desapontamento quanto à ela; que diz meio que sem querer enquanto procurava algo na bolsa:
- Perfeito, esperei por isso por muito tempo!
- Charlie, cara! – Rodrigo vem falar com Charlie – Cara, a bonitona gótica vai ser nossa professora! Não é legal??
- É...? – Charlie não parece se importar muito.
- Espera aew, gente, não foi ele que criou a gótica lá? – pergunta um dos garotos dali que estavam por perto.
- Uhh... – Rodrigo percebe que talvez tenha chamado demais a atenção...
- Sim sim, foi ele que criou, mas o cara precisa de espaço, garotos. – diz Sayuri.
- Ah, você fica quieta, gar-gh! – diz outro garoto, um pouco maior, que toma a frente, mas leva um dardo venenoso em seu ombro da tal garota – Mas o que diabos foi isso? Ficou lo-GAH!
     Ele fica paralisado; Sayuri se aproxima lentamente, e empurra ele, que cai no chão como um tronco.
     Charlie havia ficado impressionado e admirado... ele sentia uma sensação boa dentro de seu peito...
     A garota, dona do dardo venenoso e da zarabatana usada para atirar este dardo, encara os garotos com um olhar venenoso; que entendem o recado, e mesmo estando ainda longe, se afastam mais. Sayuri gira a zarabatana, e a guarda na bolsa. Ela volta seu olhar para seu grupo de amigos, e diz para Charlie:
- Não precisa também ficar me olhando feito bobo, garoto... ou por acaso vai me dizer que você deu vida para um cupido também?
- Hey, verdade, o Charlie pode fazer o cupido existir – diz Rodrigo, levemente empolgado.
- Você só diz isso porque quer a atenção da professora.
- Ah... na r-realidade... bom, uhh...
- Ah, que isso, miga, imagina que legal o Wellington notar a gente? – diz Julia, que estava cheia de maquiagem; tanto que chegava a parecer uma palhaça...
A imagem da face parecida com palhaço choca Sayuri; deixando-a paralisada de medo...
- Ué? O que foi, miga? – Julia estava tão convencida que não nota que sua face assustava sua amiga; e ao invés disso, só continua falando enquanto arrumava seus cabelos em duas “marias-chiquinhas” – Não esperava que eu fosse tão avançada assim, né? Eu sei que não atingi a puberdade, mas eu não sou tão inocente assim, querida...
     Lacinho é a única do pátio que nota o medo e o pavor da Sayuri... até que Rodrigo nota algo de errado, e decide perguntar:
- Ué? O que houve, Sayuri? Parece que viu um fantasma.
- N-não não, é que...   ...bom, eu não estou acostumada a te ver com tanta maquiagem, Ju... – a dona dos dardos venenosos tenta disfarçar.
- Pois é, querida; mas agora mudando de assunto, vamos procurara uma imagem de um cupido na internet – diz Julia, enquanto procurava isso na internet do celular – De preferência uma imagem que o cupido não esteja pelado...
- Aqui, essa imagem é boa, Ju – Rodrigo resolve ajudar a menina cheia de maquiagem.
     Lacinho nota que Sayuri queria contestar, mas a face da Julia claramente causava pavor... a boneca resolve tentar ajudar:
- Gente, vocês têm certeza de que isso é uma boa ideia? Vocês nem sabem se o Charlie consegue dar vida para uma imagem da internet.
- Consigo... – o garoto diz sem querer.
- Charlie! – diz Lacinho, em desaprovação; que então tenta argumentar enquanto Julia e Rodrigo mostravam a imagem para o garoto – Galera, uhh... e se o cupido não for o que vocês imaginam; afinal, a personalidade de qualquer coisa que ele cria parece ser aleatória...
- E é sim geralm... – Charlie diz sem querer de novo; acidentalmente ajudando no argumento da boneca.
- Viu? – a boneca o interrompe, resolvendo se aproveitar disso, acrescentando – E além do mais, vocês tem certeza de que um ser manipulando o amor é uma boa ideia? Não é perigoso isso?
- Relaxa, Lacinho, sem falar que ele ia dizer “geralmente”, e não sempre – diz Julia, que então se dirige para seu amigo que dava vida para coisas – Charlie, imagina que legal seria se o que você desejar se tornar realidade?
- Verdade? – ele pergunta, acreditando sem questionar no que sua amiga falou.
- Isso nem faz sentido, Julia, o cupido faz pessoas se apaixonarem, e não... – diz Lacinho...
     Sendo interrompida por sua dona, que diz para seu amigo:
- E fazer os outros se apaixonarem não vai ser legal? Imagina quanta briga iria ser evitada com amor?
- E imagina a paz que ia ocorrer com tanto amor no ar? – complementa Rodrigo, não deixando a boneca argumentar.
- Hm – Charlie é convencido, e sua mão brilha enquanto usava seus poderes para dar vida ao cupido do celular da sua amiga.
     Esse cupido sai do celular... era um típico cupido, um “anjinho” com um arco e flecha; mas ele vestia uma túnica ao invés de só uma fralda...
     Como primeira ação, ele boceja, se espreguiça, coça atrás da cabeça, e olha aos arredores, vendo muitos alunos e alunas o olhando.
- Oi oi, cupido, tudo bem? – diz Julia – Qual é o seu nome? Pois eu queria pedir um favorzinho...
- Meu nome é Androval, guria – diz o cupido, que então completa em um tom de quem não se importava, enquanto apoiava a cabeça no punho – E quem disse que você pode pedir um “favorzinho”? Eu sou o cupido, eu uso minhas flechas do jeito que eu quiser e na hora que eu quiser.
- Ééé... que?
- Ah, mas você deve ter uma lista aí, né? – pergunta Rodrigo.
- “Lista”? Não me insulte desse jeito, garoto, eu sou o cupido, meu julgamento já é o suficiente... por falar nisso...
De surpresa ele dispara uma flecha na testa do Rodrigo... que olha, e sente a flecha:
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHH!!
Ele grita.
- Meu Deus! Você está b-gh! – uma flecha atinge Julia no braço, a interrompendo – Caraca! Essa coisa dói pra car...
Os dois atingidos pela flecha tem um tremelique... se olham...
- Julia...? Você está bem...? – pergunta Lacinho, finalmente saindo por completo da bolsa, e ficando em cima da cabeça da sua dona, que encarava com muito amor o Rodrigo, que tinha também o mesmo olhar pela Julia. A boneca, preocupada, mas ao mesmo tempo com raiva do cupido, o questiona – O QUE VOCÊ FEZ COM MINHA DONA?!?!
-Nunca havia notado o quão “fofável” você é, Rodriguitchuzinho – diz Julia em uma voz com amor, que para o ouvinte era mais é irritante pra caramba. Ela segura as mãos do Rodrigo...
     Que responde enquanto acariciava o queixo da Julia:
- Você que é “fofível”, Julinhazinhainha...
- Você tira sua mão da minha dona, seu WOW! – Lacinho desvia de uma flecha, e acaba caindo no chão... enquanto Julia e Rodrigo ficavam nos elogios e na voz de bebê irritante. A boneca se limpa da queda no chão, e grita com o cupido – VOCÊ FICOU LOUCO?!?! EU SOU FEITA DE PANO!! EU SOU UMA BONECA!!
A essa hora, todos os estudantes que estavam lá já haviam saído.
continua na parte 2
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