TASK 003: the fatal flaw
For we were little Christian children and early learned the value of forbidden fruit.
⸻ MARK TWAIN
Sonhos são as histórias que contamos a nós mesmos frente à amarga realidade. Quando deturpados, se transformam em armas.
Estava dormindo quando foi acordado pelo som das sirenes, um feito inconstante diante da fiel companhia da insônia. Nas raras ocasiões em que seu cérebro decidia ser gentil, sonhava com um mundo em que fazia suas próprias escolhas.
Em um momento estava cercado de sorrisos conhecidos no Anfiteatro, e no outro estava sozinho no completo escuro de seu chalé. Do lado de fora, a cacofonia da guerra era um chamado que pedia resposta. Colocando-se de pé, Santiago partiu na direção dos sons de agonia, tateando ao redor pelo seu equipamento de combate enquanto corria porta afora. O instinto o puxava em mil e uma direções – rumo à Ilya e Tony, à Anastasia e Kitty, à Alina e Zev – e, em meio a névoa de adrenalina que cobria a sua visão, quase podia enxergar os fios do destino que a eles o ligavam, agora tensionados sob a lâmina das Parcas. Seus pés responderam ao condicionamento de anos de treinamento, indo de encontro ao perigo a passos largos, procurando por cada um dos amigos no desespero de os poder salvar.
Ao desembainhar sua espada, seus olhos escanearam a multidão – em busca dos rostos familiares a quem queria proteger, e que como ninguém o podiam ancorar. O tempo pareceu-lhe quase líquido, gotejando a cada batimento cardíaco invés da enxurrada habitual que o ameaçava carregar. Quando os gritos tornaram-se quase ensurdecedores, soube ter alcançado o centro do Acampamento, e tão logo pôde ver o que o esperava, também o pôde sentir.
A bainha de ferro estígio escorregou de seus dedos, e o tilintar do metal sobre o chão terroso foi o último traço de realidade que registrou antes de a névoa invisível da magia o tomar.
Estava de volta ao sonho, mas não havia viva alma no Anfiteatro que não a sua. Sentado junto à fogueira, a chama alta projetava sua silhueta junto a duas sombras que não sabia identificar. Quando virou na direção de sua origem, as serpentes entrelaçadas de Hermes o cumprimentaram, próximas o suficiente para as ouvisse sibilar. Nunca o havia visto antes e, no lugar onde estaria o rosto do mensageiro, havia somente o vazio.
Ao lado dele estava Afrodite, ambas as mãos estendidas em sua direção. A reconheceu não por quem era, mas por quem se parecia, por muito que lhe faltasse coragem para nomear. Trazia em suas palmas uma maçã, e o gesto era tentação e oferta.
Promessas foram feitas com o silêncio de um olhar, como se colocá-las em voz alta as fosse esvaziar. Sabia o que a deusa oferecia sem que ela o precisasse falar.
O amor que move o Sol e as outras estrelas.
“Não coma a maçã.” Alertou Hermes. Sua voz era a de Zeus e de Hera, de Poseidon e de Deméter, de Apolo e de Ártemis, de Héstia e de Hefesto, de Ares e de Atena. Soava, sobretudo, como a de Hécate.
Serpente. Maçã. Autoridade divina. Os símbolos lhe eram conhecidos, por muito que atrelados a um deus com D maiúsculo, a quem entendia como a verdadeira mitologia.
Ao buscar a resposta nos olhos de Afrodite, tão parecidos com um par que já conhecia, sentiu como se pudesse provar o suco adocicado da fruta na ponta de sua língua. O sabor foi suficiente para o fazer salivar. Ali estava a deusa a quem mais temia, e ela sorria ao oferecer de bom grado tudo aquilo que se esforçara em lhe negar.
Uma deusa fazendo-lhe uma oferenda, se colocando em seu patamar.
“Não coma a maçã.” Disse Hermes uma outra vez, e a orientação transformou-se em ordem, o som de cada sílaba parecendo ecoar. De um lado estava a vontade do Olimpo, e do outro desejo mais íntimo que ousara sonhar. Estava sozinho diante de poderes além da sua compreensão, e a realização pouco fez para o assustar. Seu único medo era a solidão, e a maçã era a oferta de um par.
A decisão já estava tomada, percebeu. Encheu seus pulmões de oxigênio e, buscando por força, encontrou em si a coragem para a concretizar.
Aceitou o fruto proibido de Afrodite com reverência. O tom de vermelho o lembrou de sangue ao levar a maçã até os lábios. Quando a mordeu, o gosto metálico tomou conta de seu paladar. Bebeu do misterioso elixir da vida, sem saber o que acabara de sacrificar.
“Um presente de casamento.” Alguém disse, preenchendo o silêncio com uma gargalhada. Os lábios de Afrodite se moveram como os de um boneco de ventríloquo, mas a voz feminina não lhe pertencia – reconheceria o quase canto da deusa do amor em qualquer lugar.
“Não coma a maçã.” Hermes e todo o Panteão ordenaram uma última vez e, se prestasse atenção às entrelinhas, perceberia que nelas havia certo suplicar. Santiago os ouviu, e escolheu os ignorar.
A primeira mordida foi mais que suficiente para a desmascarar. Não conhecia a deusa diante de si mas, ao encarar a maçã em sua mão, notou ser dourada e não vermelha, espólio de uma guerra há muito deixada para trás.
Girou a maçã em suas mãos e, onde não a havia mordido, três palavras haviam sido gravadas.
To the fairest.
Como peças de um quebra-cabeças por fim se encaixando, entendeu com quem havia escolhido barganhar: Eris, a deusa da discórdia. Para o próprio horror, notou que uma vez tendo começado a comer a maçã, já não podia parar.
Quando nada restava além do miolo da fruta, aos seus pés apareceu o preço que escolhera pagar. Uma pilha de corpos sem vida, seus rostos conhecidos – não há muito escaneara uma multidão para os procurar.
Em troca de um amor prometido, sacrificara cada uma das pessoas que o haviam ensinado a amar.
O sonho se dissipou até que se viu de joelhos, a espada caída ao seu lado, o som do próprio grito ainda a reverberando ao pé do ouvido. A visão tinha ares de profecia, entregue em enigmas, e o peso de suas próprias escolhas era o verdadeiro castigo.
Mais do que perder os amigos, os havia condenado à morte sem saber, em nome do desejo de ser amado, pelo impulso de desafiar aos deuses e a necessidade de os enfrentar. O preço de sua desobediência era mais alto do que jamais poderia pagar e, ao levar a mão até o rosto, percebeu que já não lhe restavam mais lágrimas a serem derramadas.
Só o que havia sobrado era a culpa, apertando-lhe o peito e o ameaçando esmagar.
↳ para @silencehq.
personagens citados: @prideisgonnabeyourdeath, @arktoib, @ncstya, @kittybt, @nyctophiliesblog, @zevlova.
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⌜ 𝐀𝐕𝐈𝐒𝐎𝐒: esteban!maridinho dilf pai de menina, contexto de divórcio, size kink, shower sex, manhandling, dirty talk, degradação, choking(?), vou colocar “hate sex” entre aspas mas vcs vão entender o q eu quero dizer, sexo sem proteção [proibido em 203883929 países] ˚ ☽ ˚.⋆ ⌝
꒰ 𝑵𝑶𝑻𝑨𝑺 𝑫𝑨 𝑨𝑼𝑻𝑶𝑹𝑨 ꒱ ehghhjhjk
𓍢ִ໋🀦 HONESTAMENTE, NÃO PARECE QUE VOCÊ E ESTEBAN ESTÃO SE DIVORCIANDO ─────
Quer dizer, estão pensando em um divórcio. Sabe como é... estão indo devagar com isso, não é uma situação fácil, e vocês querem amenizar ao máximo para as crianças.
Ele levou alguns dos pertences de volta pra casa dos pais, a parte dele do guarda-roupa está praticamente vazia. Às vezes, dorme por lá, e você explica que ‘o papai está na casa da vovó, amanhã ele volta’ pras meninas, ao colocá-las na cama no lugar do pai. E, nas outras vezes, ele está em casa com vocês.
Traz as gêmeas direto da escola, segue a rotina como estão acostumados. Você escuta as risadinhas ecoando do banheiro, os splashes de água caindo pra fora da banheira, a melodia de músicas infantis em espanhol. Por um momento, seu coração se aperta. Vai ser difícil lidar com a distância quando estiver com elas de volta ao Brasil, feito vem pensando nas últimas semanas. Se pergunta se vale mesma a pena acabar com tudo agora, mas é que estão brigando tanto... Tudo parece desandar, nada em sincronia como no começo. E um ambiente instável não é o melhor para as meninas.
— Pode me emprestar uma toalha? — Ele retorna para o quarto, depois de colocá-las pra dormir. — Eu não trouxe nada...
Você pega uma das toalhas extra na gaveta. Quando fecha a porta do armário, flagra pelo reflexo no espelho o seu marido retirando a camisa do corpo. Sem perceber o seu olhar, Esteban corre as mãos pelos cabelos, ajeita, leva os dedos até o cós da calça, e aí você precisa pará-lo.
— Ei — repreende. O tom de quem diz aqui não, poxa.
O homem te encara com os olhos perdidos, de lábios entreabertos. A expressão de quem não sabe o que está fazendo de errado te irrita. Ele é sempre assim, odeia quando faz essa cara porque, por mais que te dê nos nervos, acha tão bonitinha...
— O quê? Não é como se... — tenta te retrucar, só que para na metade da frase. — Eu tô no meu quarto... Tô indo tomar banho... Acha que vou tentar te seduzir, ou algo do tipo?
Primeiro, silêncio. Ambos não sabem qual seria a reposta para a pergunta. Mas, daí, você abaixa a cabeça, um sorriso se estica nos seus lábios e se transforma numa risadinha.
Esteban sorri junto.Tá rindo de quê?, questiona, com uma falsa marra, hein?
— Não iria dar certo? — quer saber, sorrindo mais, pois a sua gargalhada contagia. — Não funcionaria se eu tirasse a roupa na sua frente pra te seduzir? Não te seduziria?
Você cobre o rosto com as palmas das mãos.
— Preferia que arrancasse meus olhos — brinca.
Ele ri sem graça, caçoa, ha ha ha, muito engraçadinha. Nem parece que até mês passado você mesma que tirava a minha roupa, né?
Você acerta a toalha no peitoral dele, faz cara de brava, cerrando o cenho, o punho. De bom humor, no entanto, assim como ele, o qual não deixa a peça cair no chão, arrebita o nariz pontudo no ar, bem com essência de ego inflado pra dizer: ‘minha mãe disse que você é muito burra por querer separar de mim.’
O riso vem natural, só pelo jeito de menino que está arrumando briga na rua no tom de fala. A sua barriga até dói, o corpo encolhendo conforme é tomado pela risada.
— A sua mamãe disse isso, hm? — você reitera, e ele dá de ombros, uhum.
— Você é muito boba, chata, feia — mantém a brincadeira, se aproximando. — Ela disse que eu sou lindo, e que não merecia passar por isso.
— Ah, é? O filhinho da mamãe, olha...
— Vai ser o maior erro da sua vida — deixa a toalha de lado, na beirada da cama de casal. A atenção está toda em você —, é muito tola, estúpida por fazer isso...
— Tô começando a achar que tá se aproveitando pra poder me xingar.
— Jamais — apoia a mão na porta do armário, a figura masculina te fazendo desaparecer, superando a sua —, até porque você gostava quando eu te xingava assim, não é?
— Esteban...
— Quê?
E ele faz de novo. De novo. A maldita carinha de inocente, de quem não sabe o que está fazendo de errado. As pálpebras piscam devagarinho, serenas, a respiração controlada. As linhas do rosto tranquilas, e o olhar doce. Foca nos seus olhos, desvia pelo rosto todo, observando seus detalhes com afeto. Porra, é a mesma expressão que ostentava na face quando te deu o primeiro beijo... Por que ele tem que ser assim, hein? Por que você teve que escolher justo o cara que mais te despertava sensações? Agora não consegue fugir dos encantos dele.
O indicador toca o cantinho do seu rosto, desenha a volta do maxilar até o queixo. As íris castanhas reluzindo ao se deparar com os seus lábios, parece que a mente dele trava uma luta interna contra a vontade de devorá-los. E você nem sabe se permitiria ou não, somente gosta de saber que essa é a energia que te é passada só pela linguagem corporal alheia.
— Tem certeza mesmo que não está tentando me seduzir? — Você pende a cabeça pro lado.
Ele não quebra o contato visual.
— Okay, você me pegou... Estou tentando te seduzir. Tá funcionando?
— Hmmm — você murmura, fingindo pensar, teatral. — É assim que quer resolver a nossa questão?
— Eu já te disse que a gente não precisa passar por isso. — O polegar dele acaricia o seu queixo, os dedos correm pra trás, ajeitando os seus cabelos de forma a expor a curva do seu pescoço. — Tudo vai passar, não quero ficar longe de ti. Você é difícil, mas...
— Eu sou difícil?!
— É — o tom permanece o mesmo, calmo —, e eu te escolhi, não foi? Eu gosto disso. — Escorrega as costas da mão pela extensão do seu pescoço, olhando ora pro carinho que te oferece ora de volta pros seus olhos. — Gosto que as nossas meninas são igualzinhas a mãe delas.
— E você é perfeito, né, Senhor Kukuriczka? — Cruza os braços, com uma certa banca.
Ele tomba de levinho a cabeça, malandro. Uma ação vale mais que mil palavras mas mesmo assim completa minha mãe diz que sim.
Você ri mais uma vez. Não aguenta tamanha bobeira, cobrindo a face masculina com a sua mão, só que o homem mordisca a sua pele, entre os sorrisos, até que você recue.
Esteban te assiste conter a risada, o som alegre da sua voz dando lugar para o silêncio da quarta-feira à noite. Uma quietude que não incomoda, porém. Não é desconfortável. Mas que também cede lugar para que você se perca no jeito que ele te olha de novo. Como respira, zen, os ombros largos subindo e descendo. Os lábios fininhos se separando, ar penetrando para encher os pulmões.
Você perde junto a noção de distância, nem percebe conforme o rosto masculino se inclina pra próximo. Só nota, disparando o coração, quando o movimento do outro braço dele te faz ter a impressão de que vai envolver a sua cintura.
Acontece que Esteban não te toca. Prefere espalmar a mão na porta de madeira do armário, cercando o seu corpo entre ambos os braços dele.
A pontinha do nariz fino, alongado, resvala no seu queixo. Beira o seu lábio inferior, quando risca pra cima, num arfar leve de olho cerrados, mas escorrega pra baixo, livre para percorrer até quase no osso da clavícula porque você verga o pescoço pra trás.
E fica ali. Fica ali um pouquinho, sabe? Só pelo gosto de sentir o aroma da sua pele, por reconhecer o seu calor de alguma forma quando não quer avançar demais numa situação instável no matrimônio feito a que estão. Soprando ar quente, construindo tensão.
De repente, os seus dedos formigam. Inquietos, parecem que só vão sossegar se se apegarem aos cabelos do homem, se apertarem nos ombros, na nuca. Porém, Esteban se afasta, cabisbaixo. Apanha a toalha na cama, suspira. Vou tomar banho.
Você o vê de costas, a figura alta desaparecendo quando se esvai pro banheiro e fecha a porta. Demora a se mover, a se apartar do armário, feito ainda estivesse encurralada, tensa. E, ao finalmente relaxar os músculos, expira todo o ar dos pulmões. Sabe que essa não é a melhor forma de consertar as coisas, mas não é como se ele já não tivesse deixado bem claro desde o começo que não queria se separar. Talvez, só talvez, você devesse...
Sem pensar muito, abre a porta do banheiro, adentra. Vou tomar banho também, anuncia, casual, enquanto puxa a blusa.
O argentino está com a mão no registro, nu, e, também casual como você, volta a atenção ao que estava fazendo antes que você se colocasse no recinto. O som das gotas pesadas chocando no piso do box reverbera, a água cai nos ombros do homem, no peitoral. Se analisar bem, parece que ele está esperando por você.
E não está errada, pois ao pôr os pezinhos no cubículo úmido, os olhos do seu marido estão total dedicados a ti.
— Tá boa? — Você estica a palma da mão para averiguar a temperatura da água, mas nem consegue sentir o calor de uma gotinha pois os dedos do homem tomam o seu pulso.
Esteban te maneja com a facilidade de quem é mais forte e, pior, a experiência de quem já fez isso tantas e tantas vezes. Pega nos seus braços, os isola nas suas costas, prenssando a sua barriga contra o vidro do box. A sua bochechinha espremida na superfície abafada.
Chega pertinho de ti, o nariz encostando na lateral do seu rosto. Não lembro de ter te convidado pra tomar banho comigo.
— Não vim tomar banho contigo — se defende. — Só vim... tomar banho...
Ele tomba a cabeça pro canto, pouco compra a sua fala.
— Claro. — O cantinho da boca repuxa suave num sorrisinho. — Você só veio aqui tomar banho — repete a sua mentira, feito tivesse acreditado nela —, nada demais, não é? Eu sei, nena. Não queria que eu te prendesse assim, queria? — As palavras ecoam baixinhas, sufocadas pelo barulho da água correndo, difíceis de ouvir se não estivessem sendo sussurradas ao pé do seu ouvido. — Hm?
Você murmura de volta, inserta se ecoou um sim ou um não.
— Pois é — ele continua, nesse tom complacentemente dissimulado. Limpa os fios de cabelo que colam nas suas costas úmidas, abre espaço para o roçar da ponta do nariz, dos lábios que deixam um bejinho. — Nem se passava pela sua cabeça a ideia de foder comigo no chuveiro... Aposto que não quer que eu te beije aqui. — Sela a boca no seu ombro, terno. — O que mais não quer que eu faça? Vira. — E ele mesmo gira o seu corpo até encará-lo. Te segura contra o box pelos pulsos. — Não quer um beijo, né? — Os lábios vem pra próximo, chegam a encostar nos seus, encaixar, mas falham na conexão. Não aprofunda, não interliga de verdade. Fica pertinho, testando, como se ensaiasse diversos ângulos nos quais queria estar com a língua fundo na sua boca, sem o fazer. — Não quer isso... Então, o que quer?
Você mal o encara, o olhar caído, retraído, contentando-se com a visão do peitoral molhado. Falta palavras, falta argumentação. Estão mais do que claras as intenções aqui, Esteban alimenta esse joguinho porque já é freguês da dinâmica de vocês. Logo, quando você responde um ‘nada’, é como se estivesse seguindo um roteiro conhecido.
— Não quer nada — ele repete. Corta a atenção de ti só para desligar o registro, daí a mesma mão sobe pelo seu braço, ganha o caminho do seu ombro, os dedos se esticando conforme sobem pela sua garganta e dominam o local. — Deve estar me odiando agora, então.
— É.
— Hm, que peninha... — zomba, crispando os lábios. — Sou muito mal por te segurar assim, não sou? Por falar pra ti que você é uma putinha dissimulada, que veio pra cá com a mente certinha, quando é mentira, né? Cê não é isso.
— Não...
— É, não é, com certeza. Não tá falando baixinho assim porque queria implorar por pica, só que não tá sabendo como dizer... Mírame cuando te hablo. — Levanta o seu olhar, bruto, segurando na sua mandíbula. — Diz pra mim que não quer que eu te foda aqui. Que não quer ficar cheia de porra, e esquecer que sequer pensou em ficar longe de mim. Diz.
— Eu... — você arqueja, antes de conseguir completar o raciocínio. Fecha os olhos, que nem ele, quando a testa encosta na sua. Sente a ereção babando na sua virilha, dura, quente. — Não quero... — nega pra afirmar, com manha. Aperta nos braços dele, o estômago até revirando nessa tensão tão grande. — Caramba, Esteban — desabafa, frustrada —, eu te odeio real, nossa... Me fode.
Ainda de olhos fechados, ele sorri, canalha. Eu sei, sussurra, eu sei, nena.
Pega na sua coxa, ergue, enquanto te guia com a outra mão na sua cintura até a parede mais próxima, onde cola as suas costas. A precisão com que se choca contra a superfície é bastante pra te fazer gemer, sem vergonha alguma. Sei lá, deve ser muito suja, masoquista, porque vive pela forma com que consegue foder com ele como se não fossem um a alma gêmea do outro, quando é justamente o contrário. O romantismo que trocam entre si é bom, satisfatório, presente, mas tem momentos em que só uma certa gana, um fervor, resolve os sentimentos.
Ele isola as suas mãos na parede, toma a sua boca com um beijo intenso, de fazer os beiços esquentarem, arder de levinho de tão maltratadinhos. A sua perna se enrola na cintura dele, o outro pé fica na pontinha, mantendo o equilíbrio mas disposta a fornecer o melhor ângulo pro homem se pôr pra dentro logo.
Esteban guia a si próprio entre as suas pernas, não precisa romper o ósculo quando tudo que faz é jogar o quadril, depois de bem encaixadinho em ti. Vai o mais fundo que consegue de primeira, desejoso, te fazendo paralisar. Faz algumas semanas que não são íntimos dessa forma, muita desavença e duas crianças requerendo os pais para pensar em sexo. A sensação te acerta em cheio, amolece. O seu interior tão quentinho que se pode considerar febril.
O ritmo que já começa acelerado, necessitado. Podem brincar mais, com calma, outra hora, a noite é longa afinal, agora tudo que precisam é estar junto um do outro, com rispidez, sem um pingo de educação, porque a ânsia de devorar sapateia na sensibilidade.
Ele esconde o rosto no seu ombro, ofegando. A outra mão vindo da sua cintura direto para apertar o seu seio com tanta força que a dor te faz contrair de tesão, lamuriar o nome dele com o maior dengo que consegue. E quando a mão chega no seu pescoço mais uma vez, você tem certeza que vai chorar de tão satisfatório que o combo indelicado de toques se faz.
Honestamente, nem parece que você e Esteban estão pensando em se divorciar.
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Minha história com a ana (-20kg que nunca voltaram !)
Ps: nunca fiz nenhum exercício
Vou ser mais ativa aqui porque me ajuda muito a focar, então decidi contar toda minha história com a ana caso alguém queira saber, ou ajude a motivar vcs pq ela literalmente salvou a minha vida!!
Eu conheci a ana em 2018, quando eu tinha 15 anos, pesava 74kg e estava totalmente afundada na depressao, a vida inteira eu fui zoada por ser gorda, escola, família. Minha família me chamava de feia por ser gorda des de criança. Todas minhas amigas estavam sempre saindo com meninos porque eram magras e lindas, e ninguém nunca tinha nem olhado pra mim. Me sentia super mal, tentei fazer dietas e exercícios des de sempre, me levaram em nutricionista e os krl. Nada dava certo, eu só engordava e não tinha mais vontade nem de sair de casa.
Foi quando eu simplesmente pensei “e se eu não comer ?”, fiz nf sem nem saber Oq era, em uma semana emagreci mais rápido do que a minha vida inteira me matando em dietas e exercícios.
Ali virou um vício, em 2 meses eu fui de 74kg pra 58Kg, minha vida MUDOU !!! Eu não estava na minha meta final, mas eu já tinha vontade de viver, todo mundo falou que eu estava muito mais linda, garotos começaram a dar em cima de mim sempre, é totalmente verdade que o tratamento muda quando você está mais magra, minha família nunca mais me chamou de gorda. Literalmente salvou minha vida.
Mas com 58Kg eu não estava satisfeita, não estava super fininha, apenas n era obesa, então eu continuei.
De 2019 até 2022, eu dei uma acalmada na ana, não era tão intensa quando antigamente, mas consegui me firmar no peso de 55/54Kg, que me faz ter uma vida “normal”, mas não é a minha meta final.
Agora eu quero realmente pegar firme e chegar no corpo que eu sonhei minha vida inteira, eu sei que sou capaz e vou conseguir. No mínimo 50Kg que sempre foi um sonho inalcançável. Eu ainda nunca tive coragem de usar um biquíni, e eu quero viver esse momento. Espero que até dezembro, que provavelmente vou pra praia, eu consiga realizar esse sonho.
Não há comida no mundo que me deixaria mais feliz do que usar um biquíni na praia e me sentir maravilhosa, isso é pela minha eu de 15 anos que achava que estava tudo perdido!!!!
*Coisas que me ajudaram muito na época, e a manter o peso mesmo sem a ana*
• Na época da ana que perdi muito peso eu sempre miei quando comia muito, sempre fiz Nf que era Oq mais me fazia perder peso, quando sentia que ia ter compulsão, mastigava Oq queria comer e jogava na privada pra não engolir. Usei laxantes também quando sentia que era necessário. Coca e energéticos sem açúcar tbm foram meus melhores amigos.
Ps: nos meus 5 anos de ana e -20kg NUNCA fiz exercícios, nada mesmo, então se você faz provavelmente vai ter resultados melhores ainda!
• Pra manter o peso sem a ana: se comia muito eu miava, nunca parei, mas era só realmente quando comia demais. Na minha época afastada da ana, vivendo “normal” eu nunca parei de me pesar sempre pra só não perder o controle. Outra coisa que me fez não engordar foi o remédio Orlistate, é bizarro, você literalmente caga gordura kkkkk pesquisem sobre ele, me ajudou a manter.
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