Tumgik
#tentei dar um pouquinho mais de contexto
thcluckyonc · 8 months
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open starter, festa dos líderes
Sua chegada no acampamento, quatro anos antes, havia sido motivo de diversos burburinhos, intensificados frente as discussões constantes de Kiraz com Remzi, que insistia em tentar levá-la a casa. Muitas eram as especulações do motivo para tais reações, essas parecendo alcançar alguma clareza quando a Çelik fora reclamada pela deusa da vitória. Seus poderes, porém, permanecem um mistério para a maioria - ainda que sejam vários os relatos que alegam uma onda de azar após um período prolongado ao lado da semideusa. Assim, não é de se estranhar que a audácia no tom da pessoa que se posicionou entre ela e a mesa de beer pong tivesse sido recebida com certa surpresa. "Ganhar de mim? Você realmente acredita ser capaz de vencer?" O divertimento pincelou as feições femininas, seu tom carregado em deboche ao procurar o olhar alheio. "Se tem tanta certeza assim, então façamos uma aposta."
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hansolsticio · 4 months
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✦ — "spell". ᯓ l. chan.
— ser mistíco ! dino × leitora. — 𝗰𝗮𝘁𝗲𝗴𝗼𝗿𝗶𝗮: smut, angst (+++++ contexto). — 𝘄𝗼𝗿𝗱 𝗰𝗼𝘂𝗻𝘁: 6515 (perdi a mão de verdade). — 𝗮𝘃𝗶𝘀𝗼𝘀: feitiçaria, o chan não é um ser humano (tecnicamente), sexo desprotegido, a leitora tem um gato e é meio antissocial, creampie, oral (f). — 𝗻𝗼𝘁𝗮𝘀: um "yeogi ocean view" do dino realinhou meus chakras.
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Você amava seu gatinho de todo o coração, ele era seu filhinho, seu amor, o único companheiro que você tinha naquela casa vazia. Mas, nesse momento, você estava cogitando jogá-lo pela janela — só por essa noite. Andou em passos apressados até a cozinha, a pobre criatura não parava de miar sem parar pelos últimos dez minutos. Você tentou ignorar e voltar a dormir, mas estava impossível. Encontrou-o em cima do balcão, miava virando-se para todos os lados, como se não soubesse para onde olhar.
"Hoshi!", o bichano parecia tão atordoado que nem se assustou com o seu aviso, compenetrado em expulsar seja lá qual for a ameaça que ele encontrou no cômodo. "Desce daí, filho! O que 'cê tem, hein?", finalmente pegou-o no colo, mas nem isso foi capaz de acalmá-lo. "É fome? Vem cá. Deixa a mamãe colocar algo 'pra você.", levou-o até o cantinho onde costumavam ficar os potinhos de ração e água. Colocou uma porção e reabasteceu a água. Pareceu funcionar, pois agora o felino concentrava-se em devorar a ração como se não tivesse comido há dias.
"Na verdade eu acho que 'cê deveria dar menos comida, ele 'tá engordando.", a voz veio de algum lugar atrás de você, meio distante. Um calafrio desceu por todo o seu corpo, você congelou por alguns segundos. Precisava pensar rápido, porém nunca havia passado por algo assim — e nunca pensou que iria ter essa experiência horrível. Pegou a primeira coisa afiada que viu pela frente — um espeto metálico de churrasco. Estava convencida que todo o seu conhecimento, que era baseado unicamente em podcasts sobre crimes reais, seria suficiente para te tirar dessa situação. Virou-se abruptamente, dando de cara com um homem moreno no meio da sua cozinha. Ele vestia trajes estranhos, como se tivesse saído de algum filme sobre criaturas fantásticas. "E olha que eu tentei ser simpático..."
"O que você quer?", gaguejar foi inevitável, suas mãos tremiam sem controle algum.
"É difícil explicar. Por que você não tenta se acalmar um pouquinho? Aí a gente conversa.", ela não parecia minimamente intimidado.
"Eu vou ligar 'pra polícia!", correção: você queria ligar para polícia, pois, na verdade, mal conseguia se mexer.
"Então vai ser meio vergonhoso 'pra você. Eles não vão conseguir me ver.", você sequer tentou produzir algum sentido através da explicação dele, só assumiu que ele fosse alguém muito desequilibrado. "Escuta: você que me trouxe aqui. Lembra?"
"Eu não trouxe ninguém aqui! Cê tá completamente maluco. Vai embora!", enrolava as palavras, balançando o espeto no ar da maneira mais ameçadora que conseguiu — o tremor da suas mãos não estava ajudando, a situação era quase cômica.
"Você vai me deixar explicar?"
"Não!"
"Ótimo. Você e mais três amigas suas, às 02:47 da manhã, três dias atrás, bem no meio da sua sala... soa familiar?", levantou a sobrancelha. Seu rosto passou por, pelo menos, cinco tipos de expressões diferentes até que seu cérebro finalmente processasse o que ele havia dito. Isso só podia ser brincadeira...
"Eu não sei qual delas que te pediu 'pra fazer isso. Mas já deu, okay? Não tem graça!"
"Suas amigas não tem a chave da sua casa. Você nunca deu 'pra nenhuma delas.", o homem suspirou impacientemente.
"E como 'cê sabe disso?"
"Longa história. Eu sei que é complicado de acreditar que essas coisas funcionam, mas é a verdade.", deu de ombros. Você não sabia mais o que pensar, agora começava a considerar que, na verdade, a maluca era você.
"Cê tá querendo me dizer que a porcaria de um feitiço idiota da internet funcionou?", olhou-o com incredulidade. Era absurdo, completamente ilógico.
"Isso! Tá vendo que é muito mais simples do que parece?", te ofereceu um sorriso genuíno, parecia satisfeito. Você não costumava bater palma para maluco dançar, mas aparentemente precisaria fazer isso.
"Escuta...", estreitou o os olhos na direção dele, como se quisesse lembrar de algo. "Eu esqueci seu nome."
"Eu não te falei.", sorriu ladino. "É Chan. Lee Chan."
"Tá. Então, me escuta, Chan: eu não sei de onde você veio, mas eu não queria te invocar, conjurar... sei lá o que eu fiz! Foi só brincadeira, tudo bem? Você pode ir embora.", tentou parecer sincera, ainda que achasse estar tendo um sonho maluco.
"Não posso fazer isso. Você me trouxe até aqui porque quer encontrar o seu amor, não foi? Eu só posso ir depois de te ajudar.", você soltou um riso sem humor algum, sentia sua cabeça começar a doer.
"Eu vou te dar a última chance de me dizer que isso é uma grande piada de mau gosto.", sequer tremia mais, o caráter ilusório da situação te fez perder o medo.
"O que eu preciso fazer 'pra você acreditar?", ele suspirou, como se lidar com essa situação fosse algo inconveniente.
"Não sei. Que tal se você fizer um elefante aparecer no meio da minha sala?", resolveu entrar na pilha dele, convencida de que estava presa num sonho muito lúcido.
"Eu também não posso fazer isso.", o homem cruzou os braços.
"Ora, você tem que fazer alguma coisa! Porque eu tenho quase certeza de que, na verdade, você é um personagem do meu primeiríssimo episódio esquizofrênico.", olhou para baixo, vendo Hoshi se esfregar nas suas pernas.
"Sua saúde mental não tá tão ruim assim, _____.", estranho, você também não havia dito seu nome para ele. "Se bem que toda vez que você chora vendo vídeo de gato eu me questiono seriamente... mas quem sou eu pra dizer alguma coisa?", murmurou a última parte, coçando a própria nuca.
"E quem te disse isso?"
"É o que eu tô tentando explicar! Olha, eu não sou um cara aleatório que invadiu sua casa, você me trouxe até aqui! Eu te conheço.", pressionou o canto dos olhos num movimento de pinça, como se estivesse frustrado. "É isso!", algo pareceu acontecer nos pensamentos dele. É quase como se você fosse capaz de ver a lâmpada acendendo em cima da cabeça do homem, como num episódio de desenho animado. "Me pergunta algo que só você sabe a resposta. Daí eu consigo te provar quem eu sou.", e você iria sim entrar no jogo dele. Levou algum tempo até finalmente pensar em alguma coisa.
"Qual... é a senha de backup do meu notebook?", desafiou-o com o olhar.
"Nós dois sabemos que você é muito mais criativa que isso. 170422, é a data que você adotou o Hoshi.", disse afiado. Uma risada cortou o silêncio do cômodo, era você rindo em descrença — ou de desespero mesmo. Esfregou os olhos, sentia-se perdida. "Melhor ainda. Que tal se você me perguntar qual era o nome do Hoshi? Sabe? Quando você ficou uma semana inteira achando que ele era fêmea...", certo, ele estava começando a te assustar. Definitivamente mais ninguém tinha essa informação e, até onde você sabia, não haviam câmeras na sua casa.
"Chan, eu-"
"Amora. O nome dele era Amora."
"Okay! Okay! Eu já entendi.", finalmente largou o espeto, colocando-o em cima da mesa. Suspirou derrotada, não sabia como digerir tanta maluquice. "Por que tinha que ser logo comigo, hein? Eu nem acredito nessas coisas..."
"Você acredita sim. Só que é muito medrosa, daí tenta se fingir de cética.", e, mais uma vez, ele te descreveu perfeitamente — já estava perdendo a habilidade de te surpreender.
"Cê não podia ter escolhido um momento melhor 'pra aparecer não?", disse meio desgostosa.
"Eu queria ter feito isso pela manhã. Mas a criatura aí sentiu minha presença e não soube ficar calado.", apontou para Hoshi com uma expressão de tédio. O bichano não pareceu se ofender, lambia a própria pata totalmente despreocupado. "Por quê você não vai dormir? Amanhã respondo todas as perguntas que você tiver.", sugeriu, preocupado com o seu rosto sonolento.
"É difícil dormir sabendo que tem outra pessoa além de mim nessa casa."
"Tenta. Se te consola, eu tô aqui desde o dia do feitiço, só estava esperando a hora certa 'pra aparecer.", deu de ombros. A esta altura você já havia decidido não se estressar mais com essa situação, pegou Hoshi no colo e caminhou despreocupadamente para o seu quarto — sequer olhou na direção de Chan.
𐙚 ————————— . ♡
Você registra essa madrugada como sendo uma das mais malucas que você já chegou a experienciar em toda a sua vida. Quando acordou no outro dia, fez mil e uma juras ao universo para que ele te confirmasse que tudo não havia passado de um pesadelo muito esquisito. Mas não dava para fugir da realidade. Assim que pisou os pés na sua sala, lá estava ele, deitadinho no seu sofá — confortável, como se estivesse em casa.
Demorou algum tempo até que você se acostumasse com ideia. Ficava tanto tempo sozinha com Hoshi naquela casa que já acreditava ser capaz de se comunicar com o felino, sendo assim, suas primeiras interações com Chan não foram as melhores. O homem até se esforçou para te deixar confortável, te dava espaço e tentava não te forçar a conversar com ele a todo momento. Entretanto, você eventualmente se familiarizou com ele. Na verdade, achava até esquisito quando ele não estava por perto para criticar suas escolhas de filmes ou te ajudar a solucionar algum problema no trabalho.
As primeiras vezes que Chan te acompanhou em outros lugares que não a sua casa fizeram o sentimento de estranheza voltar a aparecer. Não era todo dia que se tinha uma espécie de amigo imaginário grudado no seu ombro para todos os lugares que você ia, você não sabia como agir. Chan chamava os passeios de vocês de "pesquisa de campo", alegando que só estava te ajudando a finalmente achar o bendito amor.
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Você apressadamente entrou em um dos banheiros e agradeceu por: 1. estar completamente vazio; 2. ser espaçoso — nunca havia interagido com tanta gente em toda sua vida, precisava muito respirar um pouco e queria um lugar que não te causasse claustrofobia. Dependendo de você, sequer estaria ali. Gostaria de estar aproveitando seu sofá macio, agarradinha com Hoshi. Amaldiçoava sua amiga, por ser a grande idealizadora da festa e Chan por praticamente ter te obrigado a comparecer. E falando no diabo...
"Se divertindo?", apareceu atrás de você. Vestia um short de praia — tão colorido ao ponto de fazer seus olhos doerem — e tinha um óculos de sol apoiado na cabeça. O físico não passou despercebido, mas você preferiu não encarar muito.
"Não sabia que você podia trocar de roupa.", estava tão acostumada a vê-lo vestindo a mesma coisa que temia não reconhecê-lo se o visse de longe.
"Gosto de me adaptar ao ambiente. Eu também não sabia que você podia vestir outra coisa além de short e moletom.", brincou, referindo-se à sua roupa de banho.
"Garanto: não foi por livre e espontânea vontade.", revirou os olhos.
"Para de ser dramática. E aí? Já viu alguém que te interessou?", levantou as sobrancelhas, sugestivo.
"Não é você que tem que me dizer em quem eu deveria me interessar?"
"Não posso fazer as escolhas por você. Só guiá-las.", colocou as mãos nos bolsos, os braços fortes flexionando com o movimento. Você correu os olhos pelo ambiente vazio, levando um tempo para pensar.
"O que você acha do loirinho que falou comigo?"
"Short laranja?"
"Isso."
"Questionável. Ficou encarando sua bunda quando você estava de costas.", ele franziu o nariz, reprovando a ação. Seu rosto ardeu com a informação, quase se arrependeu de ter perguntado. "Se quer um empurrãozinho, eu recomendo chamar o que tá de regata azul 'pra conversar. Ele parece interessado em você, mas é medroso também."
"E o que é que eu falo?"
"Se vira. Dá teus pulos.", deu de ombros. Você olhou-o com desapontamento. Chan era realmente um guia, estava te guiando à loucura. "Tchauzinho!", balançou a mão exageradamente, sumindo tão rápido quanto apareceu.
[...]
Admitia que Chan não era de todo ruim. Ele estava certo sobre a recomendação. Não demorou para que você ficasse confortável e até mesmo trocasse telefones com o homem no final da noite. Estava impressionada com o quão fácil fora puxar assunto, nunca havia chegado em ninguém — pelo menos não de um jeito tão direto. No fundo, começava até a acreditar em toda essa história na qual você se meteu. Até mesmo desejou ter feito o feitiço muito mais cedo.
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Posicionou a xícara no apoio da cafeteira, apertando alguns botões assim que se certificou que a cápsula estava no lugar certo. Encarou o eletrônico por alguns segundos, esperando o líquido escuro começar a cair. Ouviu Hoshi miar, se afastando das suas pernas para ir em direção à porta — sinal que você não estava mais sozinha.
"Sabe o que eu percebi?", você se virou, encontrando-o encostado na parede que dava acesso para a cozinha.
"O que?", ele estava de braços cruzados, parecia refrear as próprias expressões — como se segurasse o riso.
"Eu nunca te toquei."
"Você nunca tentou.", deu de ombros, como se fosse algo óbvio de se assimilar.
"E se eu tentar... eu consigo?"
"Como assim?", parecia confuso.
"Você não existe."
"Depende do que você acha que é 'existir'.", ele se aproximou se sentando em uma das cadeiras que ficavam do outro lado da ilha.
"Não importa o que eu acho. É só 'sim' ou 'não'. Me responde, eu consigo?", olhou-o por baixo dos cílios, ainda que os olhos de vocês estivessem na mesma altura, e isso te fez parecer acidentalmente hostil — não que Chan parecesse se importar com esse fato.
"A pergunta certa é: você quer?", sorriu ladino. Foi sua vez de parecer confusa. "Não faz diferença se você puder me tocar ou não, faz?", apoiou os antebraços na mesa, inclinando o corpo para mais perto. Você precisou de alguns segundos para pensar. Realmente não fazia diferença, não era para isso que ele estava ali, mas, por algum motivo, parecia ser algo relevante. Você estava dividida.
"Eu não sei."
"Então você não quer. É simples.", relaxou o corpo, recostando-se na cadeira.
"E se algum dia eu quiser?", a cafeteira soou ao final da frase, seu café estava pronto.
"Há importância em tentar solucionar um problema que sequer existe?", te desafiou com o olhar, era costumeiro que fizesse isso.
"Já parou 'pra pensar que você age igualzinho a esfinge do mito de Édipo? Deveria parar de falar em enigmas.", você se virou impaciente para pegar seu café. Ouviu ele rir baixinho.
"E você já parou 'pra pensar que só é um enigma se você não souber decifrar?", touché.
"Já. E eu realmente não sei decifrar. E então? O que acontece? Essa é a parte que você me devora?", virou-se novamente. O homem sorriu e você sentiu um arrepio cortar sua espinha. Ele não parecia ter pretensão alguma de responder. Você terminou seu café em completo silêncio.
𐙚 ————————— . ♡
Você usava uma segunda toalha para secar o cabelo quando finalmente saiu do banheiro. Encontrou Chan sentando na borda da sua cama, mesmo que reconhecesse o "intruso" não foi capaz de refrear o gritinho que soltou. Foi um susto perfeito, seu coração parecia querer sair pela boca.
"Você precisa começar a avisar quando for aparecer!", repreendeu o homem. Uma das suas mãos ainda cobria o seu colo, como se isso fosse impedir seu coração de sair correndo.
"Só porque eu não avisei não significa que eu não estava aqui.", respondeu simplista, não demonstrando nenhum tipo de reação. Dava para ver no seu rosto que você não havia entendido nada, tanto que ele viu a necessidade de se explicar: "Eu 'tô sempre aqui.", deu de ombros. Você suspirou como se estivesse exausta, indo em direção ao guarda-roupas para procurar algo decente para vestir. Mas algo acendeu no seu cérebro...
"Isso quer dizer que você me vê quando eu...?", não havia coragem suficiente para finalizar a pergunta.
"Quer mesmo saber a resposta?", ele sorriu, provocante. Custou alguns segundos até que você finalmente decidisse.
"Não. Não quero.", resolveu não acabar com a sua própria paz, voltando a procurar alguma coisa no meio das peças.
"Você tem um encontro. Não tá animada?", mudou o assunto, pegando uma das pelúcias na sua cama. Balançava o ursinho no ar, vendo Hoshi tentar agarrá-lo.
"Não sei dizer. 'Tô meio nervosa, não costumo fazer essas coisas.", mordiscou o lábio inferior, já podia sentir seu estômago revirando.
"Vai ver que é por isso que 'cê tá encalhada.", cantarolou o insulto — como se isso fosse torná-lo menos ofensivo. Você o olhou furiosa, prestes a jogar a toalha na direção dele. "Você sabe que não adianta...", inclinou a cabeça com indiferença. Chan adorava brincar com a sua paciência, pois sabia que você era incapaz de revidar.
"Você é um cupido muito fajuto! Não 'tá me ajudando em nada.", bufou, voltando a separar suas opções de peças para usar essa noite.
"Já te expliquei que não sou um cupido. Sou um guia."
"Um guia muito desregulado pelo visto. A essa altura do campeonato eu já deveria saber quem diabos é 'o amor da minha vida', não acha?", fez aspas com os dedos, ridicularizando o termo. Toda essa situação te deixava impaciente.
"E você está no processo de descoberta, ué.", o homem não parecia minimamente afetado com a sua irritação. "Quando a pessoa certa aparecer, vai ser perceptível. "
"Ah é? Mas se eu soubesse que era assim, eu mesma teria procurado sozinha. Daria no mesmo.", você agora alternava entre duas tarefas: discutir com Chan e escolher entre duas camisetas.
"Se você soubesse que era assim, você não se daria ao trabalho de procurar. Eu te conheço, garota. Tá achando que eu sou quem?", jogou o ursinho no canto, desistindo de brincar com Hoshi. "E outra, o feitiço falava sobre achar o seu amor verdadeiro, a parte de se apaixonar por ele não estava inclusa.", você se virou, encontrando-o meio deitado na sua cama — completamente relaxado.
"Então você basicamente 'tá me dizendo que eu preciso me apaixonar pelo cara que vai me levar 'pra sair hoje?", esperava muito estar certa.
"Não. Eu 'tô te dizendo que só tem um jeito de descobrir se ele é a pessoa certa.", ele sorriu com jeito que a sua expressão se fechou e você se virou relutante para as roupas, achava uma graça. "Confia em mim, vai... nós estamos fazendo progresso, prometo 'pra você.", Chan não esperou que você respondesse, já estava acostumado com a sua teimosia. "Escolhe a azul, você fica mais confortável com ela."
"Chato!", só insultou porque sabia que ele ele tinha razão. Você juntou tudo o que precisava, voltando para o banheiro, bateu a porta com certa força — queria deixar claro que estava chateada.
"Cê sabe que não faz diferença a porta estar aberta ou fechada, né?", zombou, alto o suficiente para que você pudesse escutar.
"Eu gosto de fingir que faz.", você gritou de volta, ouvindo ele soltar uma gargalhada fofa.
[...]
Dizer que seu encontro estava sendo maçante era um eufemismo. Você nunca se sentiu tão exposta e isso era desconfortável. O pior de tudo é que você nem culpava o homem sentado à sua frente. Dava para ver que ele estava se esforçando para te impressionar e isso tornava tudo mais complicado. Era um restaurante muito aconchegante. A mesa que vocês escolheram te permitia observar o parque iluminado pelas luzes noturnas, dava para ver casais passeando, senhorinhas sentadas conversando animadamente e algumas crianças brincando sob o olhar vigilante dos pais. Você pensou que Chan provavelmente gostaria de visitar o parque nesse horário, já que vocês vieram uma vez durante o dia e ele não parava de reclamar sobre o sol estar fazendo os olhos dele arderem.
"Você gosta de passear por aqui?", a voz do homem te tirou dos seus pensamentos. Você franziu o rosto, demonstrando que não havia entendido. "O parque. Você parece gostar dele.", esclareceu.
"Ah! É muito bonito. Mas eu só vim uma vez com...", interrompeu a si própria, não gostaria de ter que se explicar. "Com uma prima minha.", forçou um sorriso.
"A gente pode ir lá quando acabar de comer. Quer dizer, se você quiser...", sugeriu, esperando sua aprovação.
"Claro. Seria ótimo.", nunca havia se esforçado tanto para soar genuinamente interessada — nem quando precisava se reunir com os investidores da empresa na qual trabalhava.
Amaldiçoava Chan mentalmente, ele deveria ter previsto que toda essa coisa de encontro não ia acabar bem. Mas que tipo de guia era ele?! Você se desculpou, pedindo licença para ir até o banheiro — precisava respirar. Soltou um longo suspiro quando entrou no cômodo. Olhava em volta, esperando Chan aparecer magicamente. Pensou que tudo seria tão mais fácil se ele estivesse com você, mas nada aconteceu nos cinco minutos que você esperou. Definitivamente estava sozinha e agora frustrada consigo mesma. Sempre foi muito independente, então por que agora parecia precisar tanto dele?
O jantar seguiu tão aborrecedor quanto no começo — bom, pelo menos para você. O tempo parecia não passar, você até agradeceu quando ele finalmente te levou para o parque, pois aquilo era sinal de que a noite estava prestes a acabar. Sabia que poderia ter ido embora a qualquer momento, mas se sentiria mal depois. Ele era boa pessoa e estava te tratando tão bem, você sentiu que dava para esperar — sentiu que deveria esperar. A maior parte do caminho que vocês traçaram foi permeada pelo mais absoluto silêncio, monótono o suficiente para te dar a capacidade de organizar sua cabeça. Você não era capaz de identificar os pensamentos dele e esperava que ele não conseguisse ler os seus. Tinha medo de que ele também descobrisse o que você havia acabado de descobrir.
[...]
Bateu a porta assim que entrou, descontando parte dos seus sentimentos nela. A frustração fazia sua respiração pesar, seu corpo formigava, como se você estivesse desconfortável dentro da sua própria pele. Finalmente foi capaz de se acalmar e percebeu que Hoshi não apareceu no cômodo, como sempre fazia quando você chegava em casa — estranhou a ausência do bichinho. Ouviu um burburinho vindo do seu quarto, em outras circunstâncias você se assustaria, mas já tinha certa noção do que se tratava. Abriu a porta do cômodo e encontrou Chan brincando animadamente com Hoshi, o sorriso do homem desapareceu assim que ele te olhou nos olhos.
"Você tá bem?", soou genuinamente preocupado. Largou o brinquedo no chão, deixando que Hoshi brincasse sozinho. Estranhou sua falta de resposta e te observou passar direto, como se ele não existisse — e, parando para pensar, esse era o caso. "Foi tão ruim assim?", torceu os lábios, ainda intrigado com o seu comportamento. "Aconteceu alguma coisa, _____?", levantou a voz, agitado.
"Você sabe exatamente o que aconteceu.", retirava os acessórios com irritação, colocando-os em cima da penteadeira.
"Eu não sei. Eu não 'tava lá.", pontuou, parecia contrariado.
"Vai fingir mesmo que não?", você se virou. Chan agora estava de pé, os olhos retribuíam a mesma intensidade que era oferecida pelos seus. Ele suspirou, enfim abaixando a própria guarda. "Se você sabia, por que me deixou ir?"
"Eu não sabia.", deu de ombros. Encarava o chão, havia perdido a coragem de te olhar.
"Vai mentir 'pra mim agora? Você me conhece. Ou, pelo menos, gosta muito de fingir que sabe tudo sobre mim. Como que deixou passar algo tão óbvio?", tudo soava acusatório, foi a vez dele de não oferecer nenhum tipo de retorno. "Não vai me responder?"
"E se você só estiver confusa?", falou depois de um tempo. "Nada garante que sou eu. E se você só se acostumou em me ter por perto?", as palavras ecoaram na sua cabeça. 'Nada garante que sou eu'... existia sim algo capaz de te dar essa resposta, bastava saber se você teria coragem suficiente para testar sua teoria. A essa altura já estava completamente presa nessa história, e se no processo de ter sua resposta você realmente precisasse arriscar tudo, era o que escolheria fazer.
"Chan?"
"O que foi?", te olhou nos olhos, era intenso e te enchia de expectativa. Ele já suspeitava, mas estava claro que queria te ouvir pedindo.
"Eu quero te tocar.", você engoliu seco, incapaz de quebrar o contato visual.
"Por que?", a pergunta te fez franzir a testa. Você não tinha uma justificativa, não sabia que precisava de uma.
"Eu não sei."
"Sabe sim.", disse baixinho, o timbre grave te fazendo arrepiar mais ainda. Se sentia fraca, como se cada uma das suas paredes tivessem sido quebradas.
"Eu preciso de você."
"Tem certeza disso?", franziu as sobrancelhas, parecia receoso.
"Channie, por favor...", seu coração queria sair pela boca. Os dedos formigavam, como se tocá-lo fosse uma necessidade fisiológica.
"Se você me tocar tudo acaba. Você sabe disso, não sabe?", disse de um jeito penoso. Seu peito apertou e dava para perceber que ele também se sentia angustiado. "Você lembra dessa parte?", o homem parecia tão dividido quanto você. "Eu também preciso de você.", sabia que você já havia tomado sua decisão.
"Era você o tempo todo, não era?", a pergunta era retórica, já estava bem claro para vocês dois.
"Eu percebi tarde demais.", riu sem humor, havia remorso no jeito dele se expressar. Não nega que aquilo te surpreendeu, tinha certeza que desde o começo Chan sabia que a "pessoa certa" era ele mesmo.
"Fica comigo.", suplicou, mesmo sabendo que era em vão. Ele se aproximou mais, seu corpo esquentou.
"Só hoje.", esclareceu, te olhando para ter certeza da sua decisão. Você concordou com a cabeça. Chan acariciou seu rosto com as pontas dos dedos delicadamente, parecia ter medo de te quebrar. Sua visão ficou turva com o contato, como se uma pressão estranha enchesse o ambiente — te sobrecarregando. Ele envolveu suas bochechas com as mãos, colando a testa na sua. Você se segurava nos braços dele involuntariamente, suas pernas estavam fracas, sentia que poderia cair a qualquer momento. Não sabia explicar se toda a intensidade da situação deveria ser atribuída ao fato de Chan não ser exatamente um ser humano.
"Channie...", sussurrou, a voz trêmula.
"Eu 'tô aqui. Eu sou só seu.", não sabia explicar, porém aquilo era exatamente o que você precisava ouvir. Ele respirou o mesmo ar que você por alguns segundos, o olhar cravado no seu não te deixava espaço para pensar em mais nada. Seus olhos se fecharam quando o homem finalmente te beijou. Era exatamente o que você queria, do jeitinho que você gostava — sem que você nunca tivesse que explicar. O que começou como um carinho sutil e cuidadoso, evoluiu para um contato mais desesperado. Chan explorava sua boca com desejo, tentando memorizar cada partezinha e como todas as maneiras que ele te tocava faziam seu corpo reagir. Você queria fazer o mesmo, porém não conseguia assumir o controle de si própria. Ele te dominava sem precisar fazer nada para tal, como se você estivesse enfeitiçada. Apertou os olhos, enquanto Chan sorvia a pele do seu pescoço com avidez, você arfava com as sensações. As mãos na sua cintura sendo as únicas coisas te deixando de pé.
"Amor.", a palavra se derramou dos seu lábios, parecia certo, parecia natural. E ele te entendeu. Te suspendeu pela cintura, te levando no colo até a cama. A boca parecia incapaz de deixar sua pele. Você arqueava o corpo contra ele, como se fosse possível ficar ainda mais perto. Tentou te fazer deitar com toda a delicadeza que o próprio desespero permitia, afastando-se por alguns segundos para tirar a camisa e você aproveitou a distância para se despir da sua camiseta. O homem rapidamente se aproximou, era doloroso ficar longe. Você franziu a testa ao sentir a pele quente tocar a sua diretamente. Era gostoso sentir o corpo dele no seu, queria ficar assim para sempre. Ele parecia tão afetado quanto você, as mãos inquietas não sabiam onde tocar — queria tudo e nada ao mesmo tempo.
"Porra, eu preciso tanto de você. Tanto...", Chan murmurou com sofreguidão, falando consigo mesmo. Tomou seus lábios mais uma vez, faminto. Suas mãos se emaranharam nos fios castanhos, as pernas circulando a cinturinha esguia, querendo mantê-lo o mais próximo possível. Tentava roçar o quadril contra o dele, impulsionando o corpo para cima. Ele fazia o mesmo, pressionando o próprio íntimo contra o seu, simulando estocadas lentas. Não dava para sentir muita coisa, ainda haviam muitas peças de roupa no caminho. Mas o tesão de ter ele ali tão pertinho te fazia gemer contra os lábios do homem.
Chan rompeu o tecido do seu sutiã na parte da frente, era uma peça frágil, mas você não tinha forças para se importar. Afastou-se dos seus lábios com pesar, você até tentou seguí-lo, não queria ficar longe. Desistiu assim que sentiu a boca quentinha sugando seus seios, alternava entre os biquinhos com alvoroço. Esfregava a ponta da língua e abocanhava logo em seguida, mamando de olhos fechados. Sua mente estava uma bagunça, não sabia lidar com os estímulos e ainda assim queria mais. Chan deixou uma trilha de selinhos molhados do seu colo até o seu maxilar, te envolvendo em mais um beijo gostoso.
"Quero chupar sua bucetinha, amor. Eu posso?", pediu contra os seus lábios como se não fosse nada. Você não se deu espaço para sentir vergonha, precisava daquilo tanto quanto ele. Deu sinal verde, concordando com a cabeça. Assistiu o homem descer pelo seu corpo, desabotoando sua calça com afobação. Te livrou da peça num piscar de olhos, o rostinho vidrado no meio da suas pernas. Acariciou seu pontinho com o indicador, fascinado com o quão transparente o tecido da sua calcinha havia ficado. Afastou tudo o que conseguiu de ladinho, vendo alguns fios do líquido viscoso acompanhando. A língua quentinha entrou em contato com o seu centro, você precisou de muito autocontrole para não se contorcer inteira. Ele lambia as dobrinhas com dedicação, empenhado em engolir todo o líquido que saía de você. Tentava enfiar o músculo molhado dentro da sua entradinha para provar ainda mais do seu melzinho, você sentia as vibrações dele gemendo contra o seu buraquinho — como se estivesse embriagado com o seu gosto.
Você se agarrava aos lençóis, revirava-se como se estivesse tentando escapar das mãos firmes que mantinham suas pernas abertas. Chan não parecia se importar com o movimento, abriu ainda mais sua buceta. Sugava seu pontinho com afinco, praticamente mamando ali. Seus olhos já reviravam, jurava que ia derreter com o calor que estava sentindo. Os dentes dele roçaram de levinho no seu clitóris, você não conseguiu mais aguentar. Dava para sentir sua entradinha se molhando inteira, Channie não perdeu tempo, sugou tudo o que conseguiu, adorando sentir você pulsando na língua dele. O homem não parecia ter a intenção de parar, forçava a língua dentro da sua entradinha estimulando seu pontinho com o polegar só para fazer você se molhar mais.
"Chan! Por favor...", soluçou. Ele gemeu em resposta, finalmente abriu os olhos, te encarava como se quisesse te devorar. "Tá sensível.", reclamou num fio de voz, esperando qualquer sinal de clemência por parte dele. O homem pareceu ter pena, afastando-se com selinho casto no seu pontinho. Se posicionou em cima de você novamente, iniciando um ósculo calmo. Segurava seu maxilar no lugar, controlando os movimentos da sua cabeça. A dominância parecia ser fruto do mais puro desejo, o discernimento era cegado pelo tesão e você definitivamente não estava reclamando.
"Que bucetinha gostosa, amor.", sussurrou contra os seu lábios. Voltou a roçar o próprio volume no meio das suas pernas, parecia até involuntário. "Deixa eu te foder?", os olhinhos fixados acima dos seus faziam todo o trabalho de suplicar. Mas você realmente achava que iria acabar desmaiando se deixasse o homem te tomar agora, era como se ele estivesse sugando a sua energia — se sentia tonta, realmente precisava de alguns minutos.
"Chan-", queria negar, mesmo pulsando de tanta vontade.
"Eu sei, amor. Eu sei.", alinhou os fios do seu cabelo num gesto carinhoso. "Mas é que ela tá apertando tão gostoso agora...", uma das mãos serpenteou até seu íntimo, acariciando o interior das suas coxas. "Eu faço devagarinho, por favor... deixa eu te sentir.", choramingou o pedido, era de dar dó — você se melou ainda mais. Finalmente se rendeu, concordando com a cabeça. Já se sentia fora de si, temia o estado do seu corpo quando ele finalmente acabasse com você. Chan entrou com calma, te alargando aos pouquinhos, seus olhos apertaram, tentando assimilar a pressão no seu ventre. "Shhhhh. Quase lá.", o homem tentou te tranquilizar, selando sua testa.
Você chamou por ele algumas vezes, arfando assim que ficou cheinha. A respiração ofegante no seu pescoço deixava explícito que Chan também se sentia sobrecarregado. As estocadas começaram vagarosamente, ele mal se mexia, temendo te machucar de alguma maneira. Te estimulava de um jeito gostosinho, mamando nos seus seios para te distrair. Sua expressão estava aérea, molinha com a maneira que ele se esfregava dentro de você. Chan esvaziava seus pensamentos e completava sua alma na mesma medida. Era como estar no lugar certo, na hora certa e com todas as circunstâncias ao seu favor — como se nada nesse mundo fosse capaz de te fazer mal. Você trocaria qualquer coisa para experimentar essa sensação pelo resto da sua vida. Um selo demorado te roubou o ar, o homem arfava contra os seus lábios, deixando alguns ruídos baixinhos escaparem.
"Eu te amo.", a confissão foi sussurrada junto ao seu ouvido acompanhada de um gemido sofrêgo. Ele aumentou a velocidade, sem nem te dar a chance de responder. Os sons molhados que enchiam o cômodo eram completamente obscenos, o jeito que Chan te fazia gemer não estava ajudando na situação. Você não se importava mais, o corpo chacoalhando enquanto você gozava de forma totalmente inesperada.
Não queria deixá-lo ir, fincou as unhas nas costas fortes, sentindo ele estocar num ritmo quase animalesco. Repetia um mesmo mantra que consistia em uma série de "Por favor(es)", implorando para que isso fosse o suficiente para mantê-lo dentro de você. Impulsionou a própria cintura mais algumas vezes, buscando mais um orgasmo. Ouviu o homem choramingando no seu ouvido de um jeito dengoso e isso foi suficiente para te quebrar. Convulsionou no mais puro êxtase enquanto Chan pulsava, liberando o líquido quente dentro de você.
[...]
"Amor?", o apelido fez seu coração apertar, nunca havia sentido algo assim e temia nunca mais sentir. "Me procura, tá bom?, ele pediu em um fio de voz. Você concordou com a cabeça, não sabia o que isso significava, mas parecia ser importante para ele. "Promete 'pra mim?", a voz era distante.
"Prometo.", fechou os olhos e ele selou suas pálpebras. "Eu amo você, Channie.", sussurrou. Sentiu o calor deixar o seu corpo, encolheu-se para tentar despistar a brisa gélida que corria pelo cômodo. O corpo afundou no colchão, como se o estofado estivesse prestes a te engolir e tudo virou um borrão.
𐙚 ————————— . ♡
As coisas ficaram frias por muito tempo, como se a aura gélida daquela noite estivesse te acompanhando em todos os momentos. Você não nega que havia se tornando um tantinho mais reclusa, mas não havia ninguém digno de levar a culpa senão você mesma. Era doloroso sentir falta de algo o qual você sequer tinha certeza de que realmente aconteceu. Nada atestava a existência de Chan, exceto pelas manchas avermelhadas que decoraram seu corpo por algumas semanas após a partida dele. E era frustrante o fato de você sequer conseguir ser capaz de falar sobre isso com alguém. O número de pessoas nas quais você confiava o suficiente para desabafar era minúsculo, e ele se tornava nulo quando o tema do desabafo era o seu suposto namorado místico que você nem tinha como provar que existiu — você ainda se achava lúcida demais para acabar em um manicômio.
[...]
"Tá vendo?! Te falei que aqui era um lugar legal.", sua amiga tagarelava animadamente desde o momento em que vocês pisaram os pés no espaço. Era uma espécie de barzinho a céu aberto, a estrutura principal imitava um bangalô de praia e era muito bem decorada com todo tipo de referência à lugares litorâneos. A piada estava no fato do lugar ser um tanto quanto distante do mar, mas repleto de todo o tipo de piscinas possíveis.
"É, achei interessante.", você forçou um sorriso afável, realmente não estava no clima. Evitava olhar muito em volta, começava a entender todas as reclamações que Chan fazia sobre o sol.
"Poxa, pelo menos finge que gostou...", ela fez beicinho, simulando desapontamento. Você se sentiu meio culpada.
"Eu gostei, desculpa. É que eu não tô muito bem ultimamente."
"Eu percebi. Quase não acreditei quando você aceitou sair comigo, achei que ia precisar sequestrar o Hoshi e usar ele de refém.", gargalhou, te fazendo sorrir no processo. "Sério, não sei o que aconteceu, mas eu tô aqui, tá bom? Chama sempre que precisar."
"Eu sei, obrigada!", puxou a mulher para um abraço carinhoso. Ainda se sentia mal, sabia que estava sendo negligente com suas amizades nos últimos tempos, só não sabia que era tanto assim.
Conversaram por tempo demais, você até se sentia mais leve. Sua amiga parecia ter todo o tipo de atualização possível sobre a própria vida, já você... nem tanto, mas sempre fora excelente ouvinte e adorava estar a par do que acontecia com as pessoas que você amava — havia sentido falta disso. Estava indo tudo muito bem, exceto quando tudo deixou de estar bem. Faziam alguns minutos desde que a sua audição jurava ter captado um som, um som muito familiar — uma risada, para ser mais exata — e você não foi capaz de prestar atenção em mais nada. Convenceu-se de que estava finalmente enlouquecendo, era o efeito de estar presa em casa por tanto tempo. Resolveu ignorar e obteve muito sucesso na sua escolha. Bom, pelo menos até agora.
"... ele 'tava jurando que não tinha visto a dm que ela mandou na tela de bloqueio dele. E pior, eu-", a mulher interrompeu o próprio monólogo ao ver você se levantar. "Onde 'cê tá indo?"
"Eu vi...", olhava para os lados, atordoada. "Eu já volto.", saiu aos tropeços, acidentalmente (ou não) ignorando todas as perguntas que sua amiga fazia, a voz ficando cada vez mais distante. Ouviu a risada novamente, dessa vez mais perto. O dono dela parecia ser um homem de preto a poucos passos de distância. Suas pernas quase vacilaram, enquanto você se aproximava com lentidão — como se quisesse adiar a descoberta o máximo de tempo possível.
"Chan?", a voz saiu trêmula. Seu corpo reagia contra a sua vontade, não queria assustá-lo — no fundo, ainda temia ter cometido um engano.
"Hm?", o homem se virou confuso, te olhando com os olhinhos meio arregalados. Você sentiu o coração vacilar dentro do peito.
"É você mesmo?", custou muito para não gaguejar, não sabia o que dizer.
"Sim, eu...", escaneou seu rosto, franzindo as sobrancelhas como se tentasse te reconhecer. "Meu nome é Chan, só não sei se é o Chan que você quer.", riu nervosamente. Você ainda estava meio boquiaberta. Era ele ali, dava para perceber em todos os traços, gestos e no jeito de te olhar — não tinha como ser outra pessoa. "Não tô conseguindo lembrar de você, desculpa. A gente se conhece?", tombou a cabeça, tentando não soar indelicado.
"Não...", você puxou o ar para dentro, como se finalmente tivesse entendido. "Ainda não."
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# — © 2024 hansolsticio ᯓ★ masterlist.
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diariode2020 · 4 years
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Se eu me senti assim antes acho que faz muito tempo que não acontece. A maior parte do tempo eu só quero me libertar chorando até me desidratar. E quando não estou chorando, quando acho que não tenho mais lágrimas elas surgem num estrondo como um tsunami no deserto. Mas a água salgada não me fertiliza. Eu sempre usei o choro para me aliviar mas agora eu me sinto ainda mais fraca  e nao tiro a agonia dentro do peito que sufoca. Eu acho que eu tô sentindo o que você,  minha melhor amiga disse e o que o tarot disse, insegurança. É tão devastadora que me consome e eu não consigo segurar eu tenho medo como eu nunca tive. Talvez seja porque parece que amo como nunca amei. Acho que a distância, o isolamento, e mais o Pânico que cobre minha família agora fazem com que eu me apegue ao medo específico de te perder, além do medo te perder alguém que amo não especificamente pelo vírus mas pelo coração. Todo dia é o mesmo assunto em todos os lugares, nas redes sociais, tv, em casa e com ele. E mesmo se não tivesse, seria impossível esquecer o porquê de estar presa aqui. Acredito que todos estejam no Pânico maior que o necessário no momento mas mesmo assim posso ser influenciada por ele muitas vezes. Pessoas tem jeitos diferentes de interpretar as coisas como diz você. E tem jeito diferente de sentir a dor também. E acho que por isso seja difícil entender a dor do outro. Eu acho que eu já disse que eu não aguento mais a palavra saudade. E na verdade eu tô pouco me fudendo para todas as outras coisas. Seja bar, faculdade, trabalho ou até mesmo um dogão. A minha saudade se concentra nele. Às vezes eu posso expressar isso me estressando também como acontece com ele mas a maioria das vezes é chorando muitas e muitas vezes longe ou numa ligação. Quando vem eu não consigo me controlar. E a cada dia a esperança diminui. Eu sei que eu o amo tanto que eu nunca tive tão segura disso na minha vida. Isso que dá mais medo. Parece que é o eterno que eu nunca acreditei. E se é eterno, não consigo imaginar outro igual. Mas ele sempre me fez confiar que seu amor também é irredutível mas mesmo assim agora sem muito o que fazer eu só consigo pensar e se não for? E se essa distância nos afastar? E quando não tivermos mais o que falar numa ligação? É tão angustiante que acho que estar interpretando tudo agora nesse meu ver. Qualquer estresse seu que seria compreensível já que está confinado também, eu só consigo pensar na minha insegurança. Eu sei tenho consciência que talvez isso não esteja me fazendo ser compreensiva com o que ele deve estar sentindo também. Eu sinto culpa, tenho medo de fazer errado e por isso ando me desculpando por tudo, mesmo querendo ter razão e talvez eu tenha alguma porcentagem dela mas eu engulo qualquer o orgulho.  Talvez eu esteja piorando as coisas por isso. Talvez eu não esteja sendo eu. Quanto mais eu me desculpo mas ele parece se inflar de razao sempre com seus argumentos bons que me calam. Mas então o pior é o silêncio que me faz pensar que pode ter começado. Será que aos poucos você pode deixar de me amar. Será que de tanto conviver com meu choro não esteja se acostumando com ele ou melhor se irritando com ele. Até que é compreensível, porque até eu estou. Tudo isso Por quê hoje Ele veio aqui no portão entregou o chocolate e eu entreguei o meu, queria ter me programado mais escrito uma coisa bonita como: "Pode comer. pode engordar não precisa ser sarado para eu te amar só quero que seja feliz um pouquinho mesmo sem mim até contigo eu poder estar". Mas não fiz, só chorei. Antes de o ver. Enquanto eu o via, e agora depois de lembrar do fracasso.uro que tudo que eu queria era seu abraço. Mas tive medo, me sentir egoista. Nem tive tanto medo de você ter o vírus. E sim de me verem ali tão perto e não gostarem ou depois ficarem preocupados especificamente meu avô que anda tão  alterado que nem os remédios tarja preta adiantam mais. Tenho medo da pressão dele ou do coração falhar por tanto Pânico no ar.  Mas parece que ele não entendeu assim parece que ele viu como se eu não o quisesse ter por perto. Mesmo dizendo que eu o amo tanto e que na hora eu tive medo mas tudo que eu queria era estar nos seus braços. Tentei descrever meu medo mas ele não pareceu entender. Ele disse se os outros tem problema ele também tem. As vezes até os mesmos. Então desabafou de alguns traumas de infância, do medo que sentia, do sobrepeso que também lhe causou problemas na pressão. E eu ñ sei oq pensar só me sentir mais mal só sentir mais medo de estar fazendo tudo errado e ele estar deixando de gostar de mim por isso. por culpa minha oque seria muito pior pro meu ego frouxo...... Além do desespero de querer chorar tudo que parece corroer dentro de mim. Eu sinto a agunia, a vontade de me humilhar mais e mais dizendo chorando no telefone que o amo e preciso que dele. Mas o pingo de amor proprio e senso que existe em mim sabe que é melhor esperar me acalmar por que pode piorar, então prefiro ouvir a voz da pessoa que mais confio (mesmo que seja fofoqueira as vezes). minha irma e amiga. e obrigada. vc diz coisas sabias mesmo que lembre de quase nada agora. É. eu posso nao estar de todo errada mas posso estar interpretando mal. Talvez ele só não queira conversar agora mas ainda me ama e por me amar doe nele tambem no mesmo jeito que doe em mim. E interpretaçoes sao feitas de maneiras diferentes como você disse. Eu não "querer" abraçá lo pode ter o deixado mal, e não adianta dizer que com certeza foi mais desesperador pra mim por que alem de ser egoista, nao se pode medir a dor. E agora pensando bem como sempre penso melhor quando escrevo. talvez ele esteja sentindo um pouco do que eu estou sentindo e qualquer reaçao ele ache que posso deixa lo de amar tambem oque eu acho incoerente por que eu que to ali quebrando meu orgulho pedindo desculpa e chorando que nem nenem. mas talvez eu so esteja parecendo um louca e trouxa. ou talvez seja mais um egoismo meu pensar q ja que ele nao chora ele não sente o mesmo que eu. Retomando a consciência agora. Consigo até comer um bombom, ou seja, a garganta abriu. A leve esperança pode me arrebater denovo e um pouco da minha consciência pode ser renovada. Preciso ser forte, eu acreditar que posso perde lo, pode fazer com que eu faça com que ele acredite também. Esse deve ser o grande problema de um relacionamento com um pessoa insegura. Esse deve ser um dos motivos da minha mae não dar certo com ninguém ainda. Preciso, Precisamos do amor próprio. Sempre pensei que já tinha o bastante e era bobagem quem não tinha, como exemplo eu nunca pensei ou pensaria em me matar, sempre vejo esperança depois de chorar um pouco. Mas não ter tendências suicidas não quer dizer que temos amor proprio. Agora como fazer isso sem precisar que o grande amado me ligue agora sendo o fofo que ele sempre foi comigo denovo? Essa é difícil. Bom Maria Mendonça e Adele com sofrimentos piores fizeram musicas que lhe renderam milhoes. Talvez eu não chegue a tanto mas posso imaginar que um belo diário estilo Anne Frank eu posso fazer e, o melhor, isso tudo pode vir a me fortalecer também. E caso o meu amor e o dele se mantenha firme depois de tudo isso, com certeza, ele também sera mais forte. Não to dizendo que a gente tenha que arranjar problemas num relacionamento pra testa lo ou amassia lo como a carne. Não. Simplesmente temos que buscar ser firmes no que naturalmente surge. O amor é como a Terra. Alguma poluição há de ter. Os vulcões pode emitir toneladas dela mas há a sua função de ser. Há eras e eras foram os responsáveis  por haver continente. Agora uma poluiçao antrópica, inserida ali sem contexto, só pode dar ruim.
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pipocacompequi · 6 years
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[PIPOCA EM SÉRIE] O Mundo Sombrio de Sabrina (SE01)
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O dia das bruxas de 2018 chegou chegando na Netflix com o ‘remake’ da famosa bruxa dos anos 90 Sabrina. O que levantou muitos comentários positivos e negativos obviamente por terem mudado quase que totalmente o contexto da história da bruxinha. Naquela primeira versão tínhamos uma bruxa mais cômica, adulta e com situações engraçadas ao invés de complicações, rituais mega satânicos, escola de bruxaria, assassinatos, vodu e outras mudanças dentro do universo que amávamos assistir tanto na TV em sua série, quanto nos filmes que foram sucesso na época com os adolescentes e marcaram época (não é atoa que voltou).
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Vamos começar entendendo uma coisa que gerou muita polêmica entre os praticantes da religião satânica e afins e quem assistiu sendo leigo? A série nunca afirmou que todo contexto trabalhado dentro da narrativa enquanto satanismo, seria totalmente fiel ao que de fato acontece ou se é no mundo real. Estamos falando de ‘fantasia’ e um roteiro de ficção, então buscar lógica e coisas do tipo dentro dessa ideia é no mínimo perca de tempo ou ignorância de quem o fez. Eu que entendo o básico da religião/ceita ou seja lá como vocês preferem chamar, entendo que na série existem elementos no figurino, nos objetos de cena assim como cenografia, nas falas e antropologia de alguns personagens coadjuvantes que as vezes nem aparecem mais do que alguns minutos na temporada inteira.
O que quero dizer é que foi uma mesclagem do real, da fantasia, da cultura satânica e do que era a Bruxinha Sabrina dos anos 90 e também em sua animação dos anos 2000 que não tem quase nada para se comparar com essa última produção inclusive, por ter sido voltada mais ao público infantil.
Então retomando ao conteúdo de interesse agora ok?
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O novo universo de Sabrina Spellman traz personagens mais juvenis que nas versões anteriores eram mais adultos e com rotinas diferentes. Neste temos a própria em um ambiente escolar, este que ocupa grande parte da série, principalmente por ela ficar dividida entre seus dois mundos, o mortal e o bruxo e consequentemente ter dois núcleos de amizades.
Mas vamos falar primeiro do núcleo mortal que achei muito interessante se pensarmos na criação de personagens, representatividade e peças chave para mover não só a história da protagonista mas toda a série em si! Aqui cada um é de extrema importância para a série toda. Harvey (Ross Lynch) parceiro de Sabrina vai além do namoradinho que toda protagonista tem ou pretende ter dentro das séries e filmes. Ele é nada mais nada menos que da família de caçadores de bruxas, mesmo sendo totalmente contrário a prática de seus parentes. Além disso é ligado diretamente com a mina que seu pai é dono e trabalha lá, esta que tem contato direto com as labaredas do inferno literalmente e inclusive ele teve a infelicidade de trombar com o Baphomet quando criança lá dentro. Será que isso o mudou? Não sei ao certo, mas que irá dar pano pra manga toda essa ligação dele com a mina e sua família caçadora de bruxas, não tenho dúvidas.
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Susie (Lachlan Watson) entra naquela vertente de inclusão sexual pois ela é rotulada na escola como “menina macho” já que ela de fato tem trejeitos e se veste como menino, apesar de em nenhum momento transparecer ser lésbica e isso ficar subentendido durante toda a série. Além disso Susie tem um dom, sua antepassada que faz contato com ela e a ajuda em momentos cruciais como na chegada das 13 bruxas e do cavaleiro da morte. Sua antepassada tem dedo no meio do antigo coven por ter enterrado os corpos das condenadas em seu quintal então meio que isso demonstra respeito por ela e sua linhagem.
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Rosalind (Jaz Sinclair) é outro personagem que amei dentro do universo, já que além de ser uma das melhores amigas de Sabrina, assim como Susie, ela também tem um dom, só que mais trágico. Sua família foi amaldiçoada por bruxas nos tempos antigos e assim toda linhagem feminina em uma faixa etária de vida, desenvolve cegueira. Mas como “conforto” ela obtém um dom de prever as coisas que irão acontecer ao seu redor ou com pessoas e pelo toque também consegue sentir quem é a pessoa de fato. Como se fosse uma vidente mesmo! E ao meu entender ela e Susie serão um casal futuramente na série, SHIPPO SIM! Além claro de ser uma atriz negra maravilhosa.
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Entrando no núcleo bruxo, temos Ambrose (Chance Perdomo) é primo de Sabrina e está condenado a ficar dentro de casa por dezenas de anos (isso vai mudando no decorrer da série ok?) Além de ser o mais gato do elenco (minha opinião rs) ele é meio cômico, traz um ar sexy em algumas cenas, é homossexual e tem cenas quentes com outro personagem bruxo na história e isso é muito bem trabalhado, sem estereótipos inclusive! 
Acho que tem um pezinho na bissexualidade por conta de ter uma fala admirando a Prudence (Tati Gabrielle) que é o ícone da série por protagonizar cenas tanto de antagonismo quanto de alianças inesperadas com Sabrina. Sexy, bem desenvolvida e um personagem que também vai render nas próximas temporadas.Ela e mais duas irmãs órfãs também entram no quesito “representatividade” já que uma é aparentemente asiática (se não me engano), uma ruiva e a Prudence negra. Juntas elas rendem boas cenas tanto de comédia, quanto sexy e também diabólicas.
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Sabrina vive com suas duas tias que a criaram depois de seus pais serem mortos, e isso é um grande mistério dentro da narrativa. É quase aquela mesma linha da franquia “Harry Potter” que inclusive me lembrou muito alguns questionamentos que ela levanta sobre seus pais, algumas falas de outros bruxos sobre eles, o que eles fizeram antes dela nascer e depois... enfim, é todo um mistério a ser trabalhado nas próximas temporadas. E temos uma mestiça né? Já que Sabrina é metade humana e metade bruxa, o que pode ser um grande desafio, uma vantagem enorme ou um peso maior ainda nos acontecimentos que ela se envolve. Mas seu poder ainda sendo descoberto dependerá de seu auto-conhecimento que aos poucos vai se desenrolando e o diretor trabalha isso muito bem, diga-se de passagem.
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Voltando as tias da Sabrina, temos Zelda (Miranda Otto), uma tia mais rígida que sonha em ter a reputação da família concertada dentro do coven, mas isso é difícil já que a maioria dos acontecimentos ou dá errado por culpa de sua família, ou é gerado por eles rs Seu lado cômico as vezes aparece, seu lado sexy também já que ela tem caso com o Father Blackwood (Richard Coyle) que é outro mistério a ser desvendado nas próximas temporadas. Eu sinto que ele é antagonista por mais que nessa season não tenha feito grandes acontecimentos que indicasse tal desconfiança. Ele é líder do coven e porta voz direto de Baphomet dentro da série.
Já a tia Hilda (Lucy Davis) é aquele personagem conselheiro, o famoso “mentor” de modo mais técnico. Não deixando seu lado cômico e perigoso de lado já que ela movimenta bem e quebra vários momentos que poderiam ficar cansativos dentro da narrativa. Difícil não gostar do personagem dela, acredite! 
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Finalizando a parte de personagens vale destacar a personagem Mary (Michelle Gomez) que é a verdadeira antagonista até então. Serva fiél de Baphomet e que vai aprontar futuramente até com ele se brincar. Mas o que senti dela além da crueldade foi um certo “amor” pela Sabrina nascendo por conta do afeto que a menina cria por ela. A ajuda em vários momentos e chega a ser engraçada em outros.
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Agora a parte fofa é a de Salem que tem pouco destaque depois da primeira parte da temporada mas quando aparece é aquele momento “iti malia” da série que traz não só ele sendo um gatinho como fiél escoteiro de uma bruxa, no caso Sabrina. Mas temos corvos, aranhas e outros... cada bruxa com seu “mascote”. Lembrou de Harry Potter de novo né? haha  De forma geral a série te prende do começo ao fim por conter estes elementos citados acima, os personagens que contei um pouquinho de cada um, mas tem outros bacanas também!
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Por ser da Netflix já esperamos pelo menos uma produção plausível, mas ‘O Mundo Sombrio de Sabrina’ tem efeitos muito bons, uma excelente fotografia, um figurino gostoso e cenografia mega aprovada. Os rituais são legais, as cenas que envolvem todo contexto de bruxaria são boas e claramente ouve um estudo mínimo para trabalharem o tema da forma mais correta possível, mesmo que a série tenha enfrentado problemas como ameaça de processos pelos satanitas pelo uso da estátua de Baphomet entre outras coisas.
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Acho que a série pode render muita coisa interessante se a Netflix não errar a mão. Personagens que juntos carregam a série para muito além das 4 temporadas já confirmadas. Então se você é apaixonado nesse universo bruxo, jovem e sem muitas mesmices que encontramos em séries feitas pra mesma faixa etária, Sabrina vai te enfeitiçar e fazer viciar logo de cara em sua nova fase.
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Eu vou ficando por aqui e para não perder o costume, SALVE SATÃ! rs
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Aspirante a youtuber, blogueiro, marketeiro, design etc… tentei ser várias coisas, mas o cinema salvou minha vida. Goiano que detesta pequi na fruta, porque no blog eu adoro! <3 Amo criar, fazer acontecer e ah, sou Cinéfilo de carteirinha, além de formado na área. Nunca jogo meus ingressos de cinema fora, tenho mais de 1.000 VHS e 200 DVD’s, também amo literatura. 
Facebook: /paullofernando
Twitter / Instagram: @paullofernando
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winterchild-bh · 3 years
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Texto inútil
Escrevo sem vontade.
Fui na casa do Zé hoje. Foi bom, Andressa fez almoço enquanto a gente fingia que ajudava. 
Fui com a Clara, queria ver ela. Na verdade não queria. Não sei. Na real a gente não sei via faz umas duas semanas (?)
Eu sequer lembro. Me deixa um pouquinho mal. 
Foi no domingo depois de brigar com a Nicole, acho?
Duas semanas. 
Ficamos conversando no WhatsApp depois, mas era tudo tão morno. Eu não queria sair com ela, estava com bode. E ela não tomava nenhuma iniciativa, também. Aquele momento esquisito que os dois tentam manter uma coisa que no fundo os dois não querem.
Mas enfim, chamei para ir no Zé junto porque sinto que fui grosso com ela ontem. Sem motivo. Babaquice da minha parte. Isso merece contexto.
Ela tinha pedido para conversar de tarde. Nada demais, mas eu estava falando com a Toty. Teve um momento que ela foi em algum lugar. Acho que no banheiro ou pegar comida. Coisa assim. Aproveitei a oportunidade para ligar. 
Foi uma conversa normal, mas que eu não queria ter porque estava com a atenção em outro lugar. No final a Toty voltou e eu falei que iria desligar. É aí que a merda acontece.
Duas semanas de um concurso de apatia para ela, nesse momento, começar a fazer perguntas? Não é justo. Quando eu queria muito a atenção dela, ela não me deu exemplarmente nada. No momento que estou bem ela resolve se importar? Pelo amor de Deus, terra. Acho que ela pensa que é uma boa ideia manter o joguinho, até o momento que vê que não funcionou?
Bem, eu não tinha o direito de responder da forma que respondi, de qualquer forma. Foi um “ai, não começa” instantâneo. Ela ficou quieta depois e eu mandei um “beijoss claraa” irônico. Ela odeia isso, eu sabia. 
Não me acordei sentindo bem com isso. Devia explicações. Nenhum lugar melhor para fazer isso que no Zé. Ele sabe dar espaço quando precisamos de espaço. 
Foi bom, eu pedi desculpas. Expliquei a mesma coisa que escrevi acima. Ela negou joguinhos, eu disse que essa era minha interpretação. Ela passou um tempo pensando, parece que queria me falar alguma coisa. Mas só pediu um tempo, mesmo. Foi bom assim. Mas tem alguma coisa me incomodando. 
Acho que Clara e Nicole são relações que nasceram como um resultado da minha frustração com Anna. É muito bom deixar essas coisas irem. 
Não gosto de como acabou com a Clara. Não foi nada “uau”, sabe? Foi algo bem normal. Mas a ideia de que eu afastei ela por conta que estava pensando demais na Antônia me incomoda. Não sei porque incomoda, though. 
Não é como eu não gostasse da Toty. Eu gosto. Mas não sei. Acho que sei. Acho que não gosto da ideia de gostar de alguém que nunca fiquei. Mas ao mesmo tempo eu quero ir com calma. 
Talvez seja isso, ir com calma. Existe um pensamento complexo por trás disso, Terra.
Eu gosto dela, mas não sei como. Bem, também não é assim. Eu sei como. Eu sei que gosto amorosamente. Acho essa expressão brega, mas não achei uma melhor.
Mas por outro lado... Não sei. 
É um clássico caso de overthinking. Parte por conta que eu vi ela primeiro como uma amiga do que como uma paixonite. Ao mesmo tempo, não é uma pessoa que eu tenho convivência. Seria isso o equivalente a se apaixonar na quarentena?
Também tem um sentimento estranho por trás disso. Ela não é a Clara. A Clara foi uma relação pautada exclusivamente pelo meu interesse nela. Não é o caso da Toty. Não sinto urgência. Não quero “só comer” ela. Quero ir com calma. Ela é importante para mim.
Isso muda as coisas, nossas dinâmicas. Aquilo que eu acho pertinente falar para ela e aquilo que eu não acho. Isso torna as coisas muito mais complicadas do que mandar um nude e transar no banco de trás de um carro. Não é isso que eu quero, mas ao mesmo tempo sinto que é um sentimento careta demais. Odeio me sentir careta. Me deixa com raiva e frustrado. 
Também não sei o que ela quer. Ela pode estar na fase de querer simplesmente aproveitar (?) 
Achei essa careta também. Que merda. Quando meu repertório ficou tão limitado?
Bem, não existe problema nisso. Mas não é meu momento. De relações casuais eu estou cansado. Clara se certificou disso. E teve Anna e Nicole, dois relacionamentos que não deram certo. Eu queria fazer algo dar certo. Acho que eu quero estabilidade, mas não quero precisar pedir para alguém por isso. 
A solução para isso é, obviamente, encarar minhas relações com calma. Mas ao mesmo tempo, eu não quero. Isso faz algum sentido? Não me sinto com energia emocional para investir nas coisas. Eu queria resultados, mas não queria buscar por eles. Acima de tudo, não queria que ela se afastasse. Independente de como as coisas rolassem. Gosto dela, da mãe dela e da irmã dela (de certo forma, tenho um ligeiro bode). São pequenos aspectos da vida dela que eu não queria perder. Aprendi a apreciar.
Não queria ficar com a Antônia, though. Não agora. Mas ao mesmo tempo, gostaria de estar perto. Avaliar como eu me sinto nas ocasiões, avaliar convivência e sinergia. Talvez tentar descobrir se ela quer estar por perto o tanto que eu quero. Mas não sei como fazer isso. Tentei jogar um verde, do tipo “quando a gente vai se ver”. Queria ver um filme e dormir, na verdade. Não lembro a resposta, acho que ela só desconversou. Isso não me diz nada. Não gosto quando não consigo chegar a conclusões sobre algo. 
Mais um caso de overthinking? Talvez eu não devesse me preocupar com convivência, vamos passar o feriado juntos. Mas eu queria que esse fosse um momento de descansar, não de tentar me aproximar de alguém. Ao mesmo tempo, não acho que eu precise. Nunca precisei ir atrás da Toty, nossa convivência sempre foi natural. 
É uma situação interessante, na verdade.
Por que estou pensando nisso hoje? Eu realmente me importo com essas coisas?
Sim. Eu me importo. Eu estou apaixonado pela Toty.
Quando fico triste eu lembro como ela me faz rir. Sinto boas coisas quando penso nela. Sinto boas coisas quando ela está bem.
Mas eu deveria parar de complicar coisas simples. Mas esse é meu hobby.
Eu culpo a Clara. Ela está me deixando inquieto. Eu não deveria responder as mensagens, mas sei que não posso evitar. Pelo menos por agora.
Não sei se eu quero ser amigo dela, também. Sei que não quero ficar mais com ela, isso é certo. Mas amigos? A onde isso pode levar, sabe? Não quero voltar a falar com Clara e voltar a gostar dela. Seria desastroso.
Mas não me sinto a vontade ignorando. É bom receber atenção de mulher bonita. 
Comecei e terminei esse texto sem sentir vontade de escrever. Fico feliz em não chegar em conclusão nenhuma e o esquecer imediatamente. Assim, na posterioridade, eu posso reler e avaliar os riscos de escrever chapado. 
Quero um doce, mas eu não gosto de doce.
Vai entender.
O mundo é um lugar esquisito. 
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