Tumgik
#thaisdamandrad
reescritora · 6 years
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Mudei o foco da vida. Ou a vida mudou de foco. Mas aí estou tirando a minha culpa sobre o foco. Ou sobre a vida. Ou sobre os dois. Não importa. Não vou mudar o foco. O fato é que mudei o foco da vida e minha vida não está desfocada, só mudou de foco. O foco da vida sou eu que posiciono. E eu dei um peteleco na lente, que foi parar de repente onde antes não tinha foco. "Figura", disse o professor na faculdade. "Prioridade", minha psicóloga. Independente da figura, da prioridade, ou do foco, o fato é que minha vida mudou de rumo.
Thaís Damandrad, uma reescritora.
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reescritora · 6 years
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Porque você acaba de sair...
Quando escuto o som da sua voz
Percebo que entre nós
Acontece algo incrível
É, no mínimo, inesperado que depois de tanto tempo
Ainda ocupe tanto espaço aqui dentro
Que é obviamente muito maior do que quando chegou para ocupa-lo
Eu não entendo
Essa coisa que cresce
Ela nunca adormece
E não é o frio na barriga quando te vejo
É a espera ansiosa em te rever
Logo depois de você me dar tchau
Você mal se vira
E eu já estou pedindo “volta”
E quando você volta
“Eu não esperava a hora de te encontrar”
De novo
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reescritora · 7 years
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Eu, você e canudos
Madrugada adentro E eu tentando esquecer Aquele momento Em que permiti você
Permiti que fizesse seu um pedaço meu E tomei de ti um pedaço pra mim Permiti tornar inesquecível o que eu passaria o resto da vida tentando esquecer Aquele pedaço de mim que nunca saiu de você Aquele pedaço de ti que eu peguei sem merecer
Madrugada adentro E eu tentando escrever Sobre tudo aquilo Que desisti de tentar esquecer
É em vão Eu já sei Mas por que não? Se pensei É por ti É por mim É uma forma de tentar pôr um fim Nessa história que a gente já sabe O fim que ela teve Mas a verdade é que nenhum de nós Colocou um ponto afinal No final ela deixou apenas interrogações E tantas lições De tantos verões Inesquecíveis
Madrugada adentro E eu não sei o que dizer Já se foram tantos anos Mas eu cansei de tentar te esquecer É difícil Impossível Inexplicável a sensação Veja você Já passou reprise daquela novela Que assistimos juntos Era só eu, você e canudos E agora só eu afinal Mas no fim Não me leve a mal Será natural Se não restar nem mesmo eu
Thaís Damandrad, uma reescritora.
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reescritora · 6 years
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Se o desconhecido lhe interessa, no mínimo, o que espera, é que lhe supra as expectativas.
Thaís Damandrad, uma reescritora.
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reescritora · 6 years
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Deu saudade de praia, do verbo "não dá mais".
Estava perto da janela e senti um cheiro de mar. Eu moro no litoral, mas minha casa fica tão longe da praia que é bem raro o cheiro do mar por aqui. De qualquer jeito, ele veio e trouxe a saudade de ir a praia. Sabe... Praias não são bem a minha praia, mas deu saudade ainda assim. Eu não sei de onde ela veio e nem como. Você pode até dizer que está bem óbvio, porque eu mesma já falei que veio com o cheiro do mar. Só que a verdade, é que a essa altura, eu mesma já estou desconfiando de que a saudade é que tenha trazido o cheiro do mar e não o contrário. Independente de quem trouxe quem, o fato é: a saudade de praia já foi embora antes de eu terminar de escrever o texto. É... Parece que praias nunca serão mesmo a minha praia.
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reescritora · 7 years
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Uma história que eu quero contar de "sempre foram felizes"...
Eu vou tentar contar uma história sem escrever um livro. Uma história bem curtinha. Se ela não ficar legal, vou dizer que é má sorte de iniciante, mas se ela ficar bacana, vou dizer que sempre soube que podia ser boa nisso. Não! Vou preparar um belo discurso para agradecer aos que me apoiaram e dizer que sempre soube que chegaria longe... Não! Estou sendo tão arrogante nessas falas, não quero soar arrogante. Eu nem escrevi a história é já estou preparando os discursos para depois dela... Quanta antecipação! Eis a história: um jovem incomum e uma garota comum se encontram em (eu ia escrever "em um bar", mas acho bar um lugar muito ruim para um romance) uma cafeteria. Ela está lendo e ele servindo as mesas. Ela permanece lendo e ele pergunta se pode anotar o pedido. Ela responde sem tirar os olhos do livro, ele anota o pedido. Ela continua lendo e ele deixa o pedido no balcão. Ela não cessa a leitura, ele limpa algumas mesas. Ela ignora uma chamada no celular, enquanto lê e ele escreve algo em um guardanapo, depois busca o pedido dela no balcão. Ela lê e ele está trazendo o pedido. Ela ainda lê e ele apoia o pedido dela na mesa e o guardanapo no livro, impedindo que ela siga com a leitura: "Como ousa aparecer tão linda assim no meu local de trabalho? Estou quase me demitindo só para correr para casa com você nesse instante!". E eles não foram felizes para sempre, eles sempre foram felizes. Thaís Damandrad, uma reescritora.
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reescritora · 6 years
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Eu sei reparar muitas coisas, mas não sei encarar. Eu sei começar muitas coisas, mas não sei continuar. Eu sei terminar muitas coisas, mas não sei chegar lá. Eu não sei dar meio, eu só sei dar fim, dar início, mas meio mesmo, eu não sei dar. Eu não sei, mas eu preciso aprender o mais rápido possível, porque apesar de não saber isso, se tem uma coisa que eu sei, é que esse é um jeito que eu tenho que dar, porque isso é realmente o que eu amo fazer: escrever sobre amar.
Thaís Damandrad, uma reescritora.
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reescritora · 7 years
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Isso quase ficou esquecido nos rascunhos outra vez
Na primeira vez em que esqueci esta postagem nos rascunhos, ela não tinha um título, apenas estava escrito o seguinte nesta parte de texto: “Dentre 4 publicações-texto, 3 eu coloquei aspas no título. Você percebeu? Eu sim, meio tarde (ou não), mas notei”. Então, quando a encontrei abandonada, sabe o que fiz? Apenas adicionei o título “Isso quase ficou esquecido nos rascunhos”. E depois, sabe o que fiz? Nada. Fechei o tumblr e fui resolver alguma coisa para o que a vida off chamava. E agora, que me deparo novamente com esta publicação entre os rascunhos, o certo já é que de 8 publicações-texto, 4 são as que adicionei aspas em alguma parte do título. De 3/4 para 1/2! Olha minha evolução desde que comecei a refletir sobre esse assunto! Preciso refletir sobre meus erros mais vezes. Isso era um erro, certo?! Pra você também?! Não?! Pra mim, sim, porque eu não gosto muito de manias. Ainda mais na escrita. Quando vejo algum autor usando sempre a mesma palavra, fico pensando que tá faltando vocabulário. Mas a gente só deve olhar para o erro dos outros, se for pra enxergar o nosso próprio, né?! E sabe um dos meus que tô tentando superar? Esses pontos finais. Fiz de novo. Mas eu vou superar. Sei que vou. Um dia eu supero. Enquanto não chega essa superação, comemoro com você a de reduzir as aspas nos títulos. Comemora comigo?
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reescritora · 7 years
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Sono, gotas, produtividade e afins.
Eu liguei para ele e desejei "boa noite". Contudo, não estou dormindo e nem sei se conseguirei tão cedo, apesar de ter dito que estava com sono. Já não estou mais. Meu sono se foi num piscar de olhos. Que ironia, não? Levantei para ver o que não parava de pingar no banheiro. Não descobri, mas alguma coisa dentre as que mexi funcionou, porque não ouço mais gotas caindo. No entanto, não vim para falar do banheiro, nem da falta de sono... Vim para compartilhar que assisti muitas coisas hoje e que foram tantas que este até seria certamente um daqueles dias em que digo que não produzi nada. Porém, não acredito mais que seja certo dizer isso, porque é como se eu estivesse invalidando o meu dia e não consigo aceitar que um dia como esse, em que assisti tantas coisas positivas, que podem ter somado tanto às minhas ideias, possa ter sido inválido! Agora já sinto minhas pálpebras quentes e pesadas, meus olhos piscando um pouco mais do que o normal... O sono está voltando. Eu vou dormir cedo. Pelo menos mais cedo do que a insônia me permite em geral. Thaís Damandrad, uma reescritora.
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reescritora · 7 years
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Eu quase escrevi outro título, mas achei errado não ser fiel ao primeiro: "Um teste"
Eu não planejei deitar aqui e escrever essas coisas. Eu estava só testando o meu nível de insônia. Eu estava só brincando com o "dormir tarde" e o "acordar cedo". Eu estava só supondo que amanhã fosse dia de cinema. E que eu não precisaria dessas coisas de dilema. Eu estava só ansiando pelo futuro com a ansiedade do presente como meio. Mas já passa da meia noite e eu não escuto o som das vozes de ninguém. Mas eu escuto água e louça. Obviamente na cozinha. Alguém lavando louça. É ela. É sempre ela. Ela insiste. Essa insônia... Eu devo ter pego dela. Mas ele também tem. É. É dos dois. Parei. Preciso parar. Mas não cesso. Preciso parar. Eu tinha parado. Mas fiquei olhando para a barrinha laranja piscando, ansiando para que eu escrevesse mais. Ou era eu? Talvez tenha sido eu ansiando por algo a mais. É claro que fui eu. A barrinha é que não seria! Fui eu. Como sempre. Ansiosa. Devia ser meu sobrenome. Eu havia parado outra vez. Mas lembrei que menti. Porque reli o que escrevi e me dei conta de que, na verdade, eu estava testando se sabia escrever sem rimar ou sem querer escrever uma história de livro em seguida também. E me dei conta de que acabei tentando burlar a tentativa quase logo no início, com cinema e dilema. Mas foi quase falha e eu consegui retomar. Provavelmente houve uma batalha interna naquele instante até que o eu ideal da estação retomasse o controle, mas ele venceu e aqui estou eu... Lutando novamente contra meu eu ideal, porque quero fazer rimas. Não importa! Ele já disse que hoje não será liberado. Essa fui eu, lutando contra eu mesma, em função de um novo eu para assumir o cargo. Essa fui eu, agora acreditando que o sono enfim está próximo. Câmbio, desligo.
Thaís Damandrad, uma reescritora.
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reescritora · 6 years
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PRÓLOGO
      Chegou cedo, jogou as chaves na mesa empurrando com um dos pés a porta atrás de si. Anunciou que ali estava, atirou-se no sofá da sala já se descalçando com as pontas dos pés. Rastejou para alcançar o controle na esperança de ouvir as últimas notícias. Ao invés disso, ouviu uma porta bater forte, ao mesmo tempo que avistava um dos pés de um calçado masculino que não era seu e sua futura ex-mulher surgindo despenteada com um sorriso que desconheceu.
      Levantou-se do sofá quase num pulo sem tirar os olhos de Luzia, calçou de volta os sapatos, ajeitou o paletó sacudindo os ombros, recuperou as chaves da mesa, abriu a porta e por ela saiu calado como nunca fora. Às três da manhã estava de volta, bêbado como nunca esteve esbravejando palavras de ódio em alto e bom som para que todos soubessem que ele dormiu há mais de 5 anos ao lado da traidora.
      Ela tentou tapar rapidamente a boca do indivíduo, mas Inácio era muito mais alto e forte do que ela. Pegou-a pelos braços e sacudiu-a por inteiro perguntando por qual motivo ela ainda estava ali. Luzia chorou. Ninguém nunca viu Luzia chorar. Implorou perdão. Ninguém nunca viu Luzia implorar. Luzia era daquelas mulheres duronas que mandava na casa e no marido. Mas ali estava uma Luzia desconhecida. Talvez para contrastar com seu novo esposo: bêbado e agressivo.
- A Isabela é minha?
- O quê?! – Luzia chorava tanto que não ouvia direito.
- A ISABELA É MINHA FILHA??? – desesperou-se querendo saber.
- A Isa é sua, Inácio! É claro que ela é sua! – ajoelhou diante do marido, agarrou forte com as mãos as calças de Inácio e a ensopou de lágrimas depois de encostar o rosto em seus joelhos, como se tentasse impedi-lo de abandoná-la.
      Mas Inácio não a abandonou mesmo. Ao invés disso, ele puxou seus cabelos para que ela inclinasse a cabeça para trás e a esbofeteou pela primeira vez. Ele não ia deixá-la. Ia fazer de sua vida um verdadeiro inferno. E Luzia ia aceitar esse inferno como castigo merecido por tempo demais. Ia aceitar um marido por ela traído, que chegava em casa bêbado todas as noites, agredia-a deixando marcas em seu rosto e corpo obrigando sua própria mulher a satisfazer todas as suas vontades sexuais ou até a assistir suas vontades sendo satisfeitas por outras mulheres.
      Aos 15 anos, aos olhos de Luzia, Isabela mostrava-se uma menina forte e independente. Luzia não teria condições de criá-la sozinha e supôs que ela saberia se defender do pai. Então se foi, deixando a filha que ela nunca quis ter para trás, sob os cuidados desse homem que tanto a agrediu e que agora, com sua filha, agia da mesma forma.
      Inácio, desde que começou, nunca soube a hora de parar de beber, como de bater depois de muito ter bebido. E ao ser deixado por sua esposa, restava apenas Isabela para despejar toda a sua raiva e assim o fez.
Thaís Damandrad, uma reescritora.
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reescritora · 6 years
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Possibilidades de ser
Engole o choro. Pode chorar, você tá precisando disso, chora. Você já é uma moça. Você ainda é muita nova pra isso. Quando você crescer, você vai entender. Você vai ser sempre o meu bebê. É criança, tem mais mesmo que se sujar. Não é possível que você vai chegar todo dia imundo desse jeito. Agora não é hora de brincar, é hora de estudar. Você tem estudado demais, precisa relaxar um pouco. Com essa roupa curta você não vai a lugar nenhum. Você agora deu pra viver de calça. Você não pára mais em casa. Precisa sair mais, ver outras coisas, além desse quarto. Você precisa ser mais comprometido com as coisas. Devia esquecer um pouco de tudo. Durma bem. Já passou da hora de acordar. Thaís Damandrad, uma reescritora.
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reescritora · 7 years
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Não sei que título dar, porque estou treinando... Devia parar de jogar a culpa no treinamento. Vou parar? Não, obrigada!
Estou treinando. Quero me aperfeiçoar. Sabe de uma coisa que eu preciso parar? De ficar colocando pontos finais. Preciso ler mais. Percebeu? A tentativa do meu antigo eu em rimar? É. Chamo ele assim agora. É uma tentativa de me distanciar. Talvez isso me ajude a esquece-lo. São muitas tentativas. Espero que uma delas deixe de ser apenas o que é para tornar-se fato: consigo não rimar, consigo me distanciar, consigo dormir, consigo graduar, consigo crescer, consigo... Não tento. Digo, tento, mas não precisarei dizer, porque não precisarei tentar. Só eu entendo a minha cabeça, ou você que está lendo está percebendo o sentido? Espero que sim, porque eu sei que se existe alguém para quem não conseguimos explicar algo, significa que ainda não entendemos aquilo por completo. Quer dizer, Einstein disse "se não consegue explicar algo de modo simples", o que não significa que todos precisam entender. Mas também não significa que expliquei de modo simples... Agora estou me dando conta de que certamente não entendo a minha cabeça por completo... Então, se não consigo explicar minha "linha de raciocínio" a você, está tudo bem, é compreensível. É compreensível pra você? Eu fiquei na dúvida se escrevia "pra" ou "para". Eu sei que o certo é "para", mas o certo nem sempre é o mais adequado. Certo?!
Thaís Damandrad, uma reescritora.
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reescritora · 6 years
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Meu nome é vida
Ela descobriu. E tudo se ruiu. Ela nem falou. E ela sempre tem algo a dizer. Ela se calou. E pensou em correr. Ela não listou. Só chorou. E tentou se conter. Ela parou e se deparou com aquilo que não quer saber. Ela encontrou na dor algo que não queria ver. Ela pensou, sussurrou, espiou, esperneou. E já não tinha ninguém para atender.
Thaís Damandrad, uma reescritora.
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reescritora · 6 years
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Você está tentando olhar para dentro E eu fechando a porta Porque, sim, mudou muita coisa aqui Mas você não continuou comigo para saber como essas mudanças aconteceram Realmente deve estar curioso Mas meu orgulho está fechando a porta para a sua curiosidade Um erro grosseiro Nós dois sabemos que cometemos Ao menos penso que pense o mesmo Porque tínhamos tudo para ser os melhores amigos do mundo Mas destruímos cada possibilidade Não sobrou nada Só orgulho e curiosidade Além da minha paixão por outra pessoa e a sua infidelidade
Thaís Damandrad, uma reescritora.
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reescritora · 7 years
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"Mulheres falam demais"
Nosso dia chegou e eu fiquei pensando, pensando, pensando... Acreditando que eu tinha a obrigação de escrever algo sobre esse dia. Mas sabe de uma coisa que você não deve dizer a uma mulher (nem a qualquer ser vivo em nenhum universo)? Que ela tem a obrigação de fazer alguma coisa. Nós fomos obrigadas por muito tempo a tantas coisas e ainda somos obrigadas a tantas outras... E ser obrigada é a pior forma de começar a desejar fazer qualquer coisa que seja. Não ter escolha sobre como nos portar diante da situação X ou Y, de como nos vestir na ocasião Z ou W, de como falar com fulano ou beltrano... Chega disso, certo?! Nós queremos escolher! E eu escolho falar da mulher no dia da mulher, porque apesar de ter começado achando que eu tinha isso como obrigação, virou uma necessidade, afinal, se tem uma coisa que eu acho bem esquisita é ouvir as pessoas dizendo que "mulheres falam demais"... É óbvio que falamos. Não suportávamos mais aguentar caladas!
Thaís Damandrad, uma reescritora.
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