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with @sigridz + "was that… a compliment?"
Houve um ponto da festa em que ele simplesmente desistiu de tentar reconhecer rostos. Às vezes, uma pessoa lhe parecia vagamente familiar, mas a memória se recusava a trazer à tona qualquer conexão concreta. Percebendo que a busca era inútil, decidiu que seria melhor apenas deixar a noite fluir. Algum tempo depois, se viu do lado de fora, onde, por breves momentos, se permitiu relaxar, longe do tumulto, antes de retornar ao salão. Acabou notando que alguém havia parado ao seu lado e, assim como ele, observava o horizonte. A princípio, as cores vibrantes e o semblante recatado o fariam provoca-la, apenas pela diversão de ver a máscura púdica cair. Mas havia algo a mais, algo que ele não sabia dizer ao certo, mas que o fez observá-la por um tempo além do que era considerado comum. "Generally complimenting someone's appearance is considered a compliment." A resposta sarcástica escapou de seus lábios, mas o sorriso que acompanhou suavizou qualquer ponta de provocação. Devagar, ele se virou, apoiando-se no parapeito, permitindo-se encará-la diretamente. Seus olhos vagaram por suas feições, como se estivesse decidido a se lembrar de onde a conhecia, mas ainda assim tomasse seu tempo para contempla-la. Era como se estivesse olhando diretamente para o sol; a princípio trouxe incômodo aos olhos, mas assim que se acostumou, teve dificuldade em olhar para outra direção. "O que faz sozinha aqui fora?"

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Com @sigridz, ❛ how did you find me? ❜, Ponte dos Grimwals.
ㅤㅤㅤSaija caminhava pela ponte com passos vagarosos, a mente mergulhada no mais diversos pensamentos. Onde estaria a pira sagrada? O que aconteceria se os khajols realmente perdessem o contato com os deuses? As perguntas se acumulavam sem respostas, e a inquietação parecia pesar mais a cada momento. Queria desesperadamente uma explicação, qualquer coisa que pudesse aliviar aquela angústia crescente. Enquanto andava, seus olhos vagavam pelos detalhes da ponte, como se esperassem que algo nos intrincados desenhos do parapeito ou nas sombras entre as pedras lhe trouxessem alguma resposta. Estava tão imersa nesses detalhes que se esqueceu completamente de prestar atenção ao caminho. O impacto foi inevitável. Saija colidiu com outra pessoa que, ao que parecia, estava tão absorta em seus próprios devaneios quanto ela. O choque a trouxe de volta à realidade com um sobressalto, e seus pensamentos dispersos se dissolveram no instante em que ergueu os olhos para encarar o rosto da outra figura.
ㅤㅤㅤEla abriu a boca para se desculpar, mas antes que pudesse falar algo, a pergunta a pegou de surpresa. Piscou algumas vezes antes de falar algo novamente. "Perdão, mas... Por que eu iria querer encontrá-la? Eu sequer a conheço." Tentou manter o tom de voz mais polido possível, ainda que a resposta não tivesse sido das mais gentis. Seu cenho franziu levemente conforme ela se via curiosa com o que havia motivado aquele tipo de reação da outra. "Eu estava distraída e acabei batendo em você, estava prestes a me desculpar, na verdade."
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Longe dos tatames aquele dia, decidiu se dedicar ao treinamento com adagas, mais precisamente a aumentar a quantidade de adagas que conseguia arremessar em um período menor de tempo. Uma atrás da outra, as adagas eram atiradas em direção ao círculo central, circulando a área até que restar apenas o espaço central que estava prestes a ser preenchido quando ele a viu. A mulher definitivamente não pertencia ao ambiente, com seu vestido volumoso e sapatos claramente inadequados, assim como nitidamente não tinha idéia do que estava fazendo, por isso não foi surpressa alguma quando a adaga ficou presa ao ser arremassada de modo tão patético. Na verdade, ele se surpreendeu ao ver a adaga se preender ao alvo.
Segurando o riso, ele atirou a última adaga, acertando o exato local planejado e então caminhou até o alvo para recolher suas lâminas. Uma a uma elas foram recolocadas na bainha, até que ouviu a voz feminina direcionar-se a si, percebendo por fim de quem se tratava. Devagar, ele virou na direção dela, reconhecendo as feições da khajol irritante que lembrava ter desmaiado diante dele no último contato que tiveram. Mantendo a última adaga em mãos, ele desviou o olhar para o local onde o cabo despontava antes de olha-la novamente. "Consigo sim." Respondeu de forma simples. "Por que?" Fingindo não saber do que se tratava. Se ela queria que ele a ajudasse, teria que usar a boa educação que ela havia propositalmente esquecido naquele momento.

Starter para @kyrellvortigern
Centro de treinamento
Merda. Merda. Sigrid agarrava com força sua pequena adaga, o coração acelerado ao perceber que não conseguia tirar o objeto do alvo. Não tinha acertado sequer perto do centro, nada que justificasse o impulso de ter lançado a adaga em tal direção. Sentia como se estivesse em território inimigo, porque sabia que o porão tinha sido transformado especialmente para os changelings. E ela estava ali, explorando e espreitando como se tivesse o total direito. Bem, parte dela acreditava que sim. O local ainda estava dentro de Hexwood, o que fazia com que pensasse que tivesse certa liberdade. Só gostava de evitar os meio feericos, uma presença que sempre parecia causar algum tipo de mal estar em Sigrid. Talvez fosse o medo dos dragões. Ou das espadas. Ou da maneira como sempre pareciam letais. A apreensão enchia os pulmões de Sigrid, o ar se tornando difícil de respirar enquanto as mãos ainda forçavam a empunhadura. Ao ouvir um barulho atrás de si, apenas fechou os olhos com força, por um breve instante desejando estar morta. A khajol respirou fundo, virando-se para para trás apenas para encontrar um dos vários changelings insolentes que perambulavam pela academia. Sigrid sequer sabia o nome dele, mas sabia que os olhos escuros causavam arrepios desconfortáveis pelas pernas. Não tinha muito a falar com ele, tampouco desculpas para estar naquele local. "Você consegue tirar isso daqui?" Perguntou então, propositalmente se esquecendo das boas maneiras ao indicar com a cabeça a adaga presa no alvo.
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Starter para @sigridz Durante o intervalo, Lago Oeste.
───── ✹ Mesmo horas após o khioror, o cheiro de sálvia prateada ainda se fazia presente. Era possível sentir o aroma adocicado mesmo ali, à beira do Lago Oeste, ainda que em notas mais suaves que o perfume marcante que preenchia o interior da academia. Aleera sentia os efeitos do ritual sobre si; a calmaria, a tranquilidade e a leveza de seu espírito que parecia afetar até mesmo Vesper, volteando ao seu redor de forma igualmente serena. Sentia a curiosidade do seon acerca dos novos residentes de Hexwood e não haveria de ser diferente, afinal, partilhava do sentimento. Mas, naquele momento, ambos khajol e seon aproveitavam da quietude do exterior, banhando-se sob a luz do sol durante o horário de descanso após o almoço, seus livros e anotações abandonados ao seu lado sobre a grama. — Acha que irão embora? — Não havia curiosidade em sua voz ao dirigir-se à Sigrid. Tratava-se apenas de uma confabulação. — Os militares. Por causa do khioror.
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with @sigridz in sycamore park+ so... this is the day i die. i’ve always wondered how.
Naquele dia, Kyrell havia planejado sobrevoar Hexwood com Nidhogg, como fazia em quase todos seus momentos de inquietação. No entanto, o dragão parecia estar especialmente irritado, soltando grunhidos baixos e especialmente tentado a fazer churrasco dele caso Kyrell seguisse com a idéia do vôo. Percebendo o humor de seu dragão, Kyrell decidiu deixá-lo livre para fazer o que quer que dragões fizessem para se acalmar. Sentindo-se agitado, como era de costume, ele optou por explorar os arredores da academia a pé, em busca do famoso Sycamore Park, um local que havia ouvido seus colegas elogiarem diversas vezes. Após cerca de dez minutos vagando pelas trilhas, ele finalmente avistou a entrada da reserva. Ao pisar no parque, bastou menos de um minuto para que ele se rendesse à beleza serena do lugar — exatamente como haviam descrito, se não ainda mais impressionante. A quietude envolvente e a harmonia natural do parque imediatamente captaram sua atenção, oferecendo uma sensação de paz que contrastava com sua inquietude inicial. Hexwood podia ser um lugar interessante, bastava que nenhum khajol estivesse por perto. Kyrell sentou-se sobre uma das pedras grandes e lisas, perto o suficiente da água para que a brisa fresca carregasse pequenas gotas, deixando partes de seu couro úmido e frio. O som suave da água correndo combinava com a serenidade que ele tanto apreciava. Com um movimento cuidadoso, ele colocou uma de suas adagas ao lado do corpo, mantendo-a sempre ao alcance, e em seguida pegou sua caneta, abrindo uma nova página em branco no diário. Sua caligrafia elegante começou a preencher o papel com fluidez, as palavras surgindo com o mesmo ritmo controlado que aplicava nos treinos. Estava tão absorto no processo que não percebeu a aproximação até que uma voz feminina um tanto hesitante mas ainda carregada de deboche, cortou o ar, interrompendo seus pensamentos e roubando-lhe o foco. Devagar, Kyrell se virou, encarando a khajol que estava a pouco mais de um metro de distância. Ele não havia captado exatamente o que ela dissera, mas a menção a "escrever" acompanhada de um tom debochado era suficiente para que ele soubesse que nada de bom havia saído de sua boca. Sem pressa, ele fechou o diário com um movimento calculado, deixando a caneta descansando na página em que estava escrevendo. Seus dedos roçaram a adaga ao lado, e em um salto ágil, desceu da pedra, aterrissando de frente para ela. O sorriso traiçoeiro que se formou em seus lábios contrastava com a calma em seus gestos. "Depende," ele começou, a voz baixa. "Você é idiota o suficiente para repetir a merda que acabou de falar na minha cara, ou vai poupar nosso tempo e sair do meu caminho?" Ele inclinou a cabeça levemente, os olhos analisando-a de forma minuciosa, percebendo os traços de medo em sua expressáo, o que fez o sorriso dele se alargar, ganhando agora ares de desprezo. "Pensando bem, alguém como você não vale o trabalho de ter que limpar a adaga depois."

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flashback
Qualquer parte de si que esperava obter algum fragmento de clareza sobre a situação acerca do desaparecimento da pira, uma migalha de esperança que fosse, já tinha desistido ao deparar-se com as supostas runas entalhadas na pedra. Sim, fora tola de acreditar - de esperar - que a solução se apresentasse de imediato, mas não abandonaria a ideia de que Sekhmet, bem como as demais divindades que enviaram exatamente a mesma visão e mensagem a outros khajols, havia lhe mostrado aquilo por uma razão. — Viemos atrás de respostas, mas só nos deparamos com ainda mais perguntas. — Suspirou, a frustração entrelaçando-se em suas palavras enquanto voltava a erguer-se, a postura novamente ereta. — Se for, como você diz, alguém de muito antes de Wülfhere, por que manteriam uma estátua aqui? Por que não derrubá-la e erguer uma para Erianhood no lugar? — A princesa cruzou os braços e, inconscientemente, franziu o cenho, como costumava fazer ao deparar-se com alguma situação que não seria facilmente resolvida. — Não. E também não disse mais nada desde então. — Confessou. Sua voz saíra tão baixa que imaginou que o próprio vento poderia ter carregado suas palavras consigo, sentindo o medo pesar no próprio peito quanto ao silêncio de Sekhmet que se seguiu à mensagem. E cada dia sem a pira era um passo mais distante que ficava dela; que todos ficavam de seus deuses. — Temos que descobrir quem é esta pessoa.
Sigrid não questionou sobre a divindade ter alertado sobre a inocência dos changelings, mas achava tudo muito misterioso. E pensava, de forma quase desesperada, que queria que Rá tivesse falado come ela também, que avisasse que não tinham sido os changelings, que tirasse todas as dúvidas que habitavam o seu coração... mas não tinha acontecido, de forma que apenas suspirou para retornar a investigar com a princesa. Encarava a estátua, confusa também sobre a situação. "Também nunca ouvi falar sobre uma contraparte masculina dela, mas não sou grande expert em cultura changeling." Na realidade, visto algumas amizades que possuía, era até bastante ignorante quanto a crença féerica. "O que? Marcas?" Repetiu, observando a direção indicada com Lyra. Se agachou próxima a base, apenas para ver mais de perto o que a amiga tinha tocado, usando as mãos para tocar também. Não reconhecia os símbolos. Não parecia com aons ou qualquer outra coisa que conhecesse, fazendo com que franzisse o cenho ao olhar de volta para a princesa. "Também não conheço. Nunca vi. Talvez seja algo bem antigo? Como de povos que habitavam aqui antes mesmo de Wülfhere ter sido construída?" Sugeriu, sem muita certeza de sua sugestão. Era apenas a primeira coisa que tinha brotado em sua cabeça ao observar a estátua e então os símbolos desconhecidos. "Mas também não sei muito sobre. A sua deusa disse algo sobre isso?" Indagou ao se levantar, tomando cuidado para não sujar seu vestido.
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Olhar para chão não era exatamente um forma de se mostrar ameaçador e exigente, mas Khalkedon não conseguia evitar. O trabalho dos dragões naquela rua era, ao mesmo tempo, surpreendente e inconsequente. E o que aconteceu ali... Beleza estilhaçada provocando mais perdas do que o ataque em si. Turquoise levantou o rosto, piscando lentamente para a outra com curiosidade brilhando nos olhos escuros. — Poderia ser os dois. Venho praticado minha expressão ausente, como se estivesse conversando com alguém que não está aqui. — E era uma verdade parcial. Cedo percebeu alguns artifícios e trabalhar com a falta de conhecimento, com a incerteza, dava-lhe o tempo crucial para pensar numa saída. Convenhamos, eu e você, ele não tem uma carinha de montador? O changeling mexeu o queixo e ajustou a mandíbula, nervos florescendo em agulhadas de dor espalhadas pela pele maltratada. — Tome o tempo que precisar, eu... Gossssto de ver. — Apontou com o queixo as lojas, movendo-o para englobar toda a rua. Os dedos foram para a gola, puxando-a para dar espaço ao pomo. Este subindo e descendo com o engolir dramático. — E sou alérgico a antúrios, e margaridas.
Starter para @khalkedon
Rua de vidro.
O local parecia bem normal para um que estivera prestes a ser destruído por um monstro ancestral. As pessoas seguiam a normalidade da vida — que outra opção tinham? E Sigrid se forçava a fazer a mesma coisa, no entanto sua jornada a levava em busca de exemplares raros de raízes. Havia lido em um livro livro e esquecido no fundo de uma biblioteca pequena, textos sobre raízes mágicas que prometiam tocar qualquer ser, fosse khajol ou changeling. Ela achava que poderia ser a solução de alguns problemas, no entanto não tinha certeza. Alguns vendedores se recusavam a vender ou passar qualquer informação, por isso ela contava com a ajuda surpreendente de Turquoise. Sigrid nunca tinha sido próxima a ele, mas laços em comum a levavam para um ou outra troca de palavras, sem muitos minutos de conversa. Ela prezava manter as aparências, mesmo que ele tivesse sido adotado. Com a farsa por terra, sem mais uma aparência a manter, tinha liberdade para tentar algo como uma amizade. "Você não precisa bater ou falar com ninguém, está bem? Trata-se apenas de uma ajuda rápida. É só ficar parado perto de braços cruzados, é intimidador o suficiente. Com tantas coisas estranhas acontecendo, eles não sabem se você está hospedando um deus ou se um dragão vai atender ao seu chamado." Proferiu, caminhando devagar pela rua do início da manhã. Sentia que precisava dormir, mas ainda havia muito a fazer.
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Esconder os próprios sentimentos parecia ser algo em que Khajol era tão hábil quanto em lançar facas, o que quase o fez rir. Tentar apelar para o ego dele era uma jogada esperta; em situações normais, quando sua ajuda não fosse obviamente necessária, isso até poderia ter funcionado. Na verdade, só fez aumentar sua vontade de rir. "Eu vi você jogar", ele disse, com tranquilidade. "Você não colocou muita força. Só teve o azar de a faca cair num ponto onde a lâmina entra fácil. Isso costuma acontecer quando você praticamente joga fora do alvo." Um sorriso de leve curvou seus lábios. "É o tipo de erro que crianças costumam cometer." Apesar da provocação evidente, ele dizia a verdade. Já havia cansado de corrigir as crianças que ele treinava para que não cometessem mais tais erros.
Kyrell virou levemente a cabeça para o lado, observando mais uma vez o ponto onde a faca da garota havia ficado presa. No entanto, ao focar o olhar no cabo, algo chamou sua atenção. Ele piscou algumas vezes, tentando assimilar a imagem e a familiaridade que ela trouxe. Conhecia aquela lâmina. Já a tinha visto antes, especificamente no dia em que foi comprada — nas mãos de Cillian. Ele voltou a atenção para a garota novamente, dessa vez cheio de perguntas que, graças a teimosia dele, ela seria poupada, porém o mesmo não podia ser dito sobre Cillian na próxima vez que ele o encontrasse. "Sabe que eu conheço? Mas todos eles seguem o princípio de que ajuda só é ofertada quando pedida diretamente e com educação." Mais uma vez seus lábios se curvaram em um sorriso provocativo. "Boa sorte em conseguir ajuda sem usar nenhuma dessas coisas."

A habilidade e mira alheia pareciam uma provocação quando Sigrid fracassou totalmente em suas tentativas. Tentou não se deixar levar demais, pensando em todas as outras coisas nas quais era boa. E haviam muitas! No entanto era ruim em um número semelhante, de movo que sempre tentava ocultar suas poucas inabilidades. Ninguém precisava saber que era péssima com pinturas, que seus feitiços de teletransporte nunca davam certos ou que jamais acertava alvo algum... porém agora o changeling irritante sabia, o que Sigrid considerava uma fraqueza. Maior ainda do que a que estava sentindo no momento, a respiração tornando-se um pouco mais acelerada ao ser confrontada pelas palavras dele. Insolente. A provocação brincou na ponta da língua, mas sabia que não era prudente brigar com alguém assim, principalmente quando sua adaga estava presa e Sigrid não tinha força o suficiente para retirá-la. "Ah, eu só queria saber." Respondeu, segurando a irritação que crescia no peito. Ele não tinha educação alguma? Não se oferecia para ajudar? Nem um pouco cavalheiro? Ela estava acostumada com homens que se colocavam ao seu serviço e disposição, portanto por alguns poucos segundos apenas o encarou como se esperasse algo mais. "Seria incrível se tivesse por aqui um homem forte o suficiente para me ajudar com isso, não é? Eu não consigo tirar, acho que lancei forte demais." Disse, a sentença acompanhada de um suspirar triste ao olhar para a pedra da empunhadura de sua arma. O rosa quase parecia brilhar. "Uma pena que não tenha, não é mesmo? Você conhece algum home forte e educado o suficiente que pode me auxiliar com esse problema?" Indagou, enfatizando cada uma de suas palavras, uma tentativa de atingir o ego, ignorando o crescente mal estar dentro de si.
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"Não há de quê." A resposta saiu de forma simples assim que ele ouviu o agradecimento dela, acompanhada por um sorriso ao receber o elogio. "Agradecido", respondeu de maneira lacônica, o sorrindo ainda presente em seus lábios. Ele notou um leve desconforto no rosto dela, talvez porque sentisse algo parecido — como se aquela conversa não devesse estar acontecendo, pelo menos não entre eles. Seu sorriso tornou-se convencido com a próxima fala. "Talvez, mas eu não sou o tipo de homem que se gaba." Seu tom era casual, mas um leve toque de malícia se insinuava em sua voz. Kyrell fixou os olhos escuros no rosto dela, percebendo um sutil rubor em suas bochechas, o que despertou nele uma curiosidade inesperada. Seria timidez? Ou talvez algo mais que ele não estava conseguindo captar completamente? Enquanto ela falava, ele se pegou observando mais do que apenas suas palavras. Notou que parecia haver uma inquietação subjacente, como se ela estivesse tentando evitar algum pensamento ou se convencer de algo, mas ele não conseguia decifrar o quê. "Entendo o que você quer dizer", ele respondeu, inclinando levemente a cabeça. "Não gosto muito de ter que gritar para me fazer ouvir o tempo todo. Com a música alta daquele jeito, era a única forma de comunicação." Ele franziu ligeiramente o rosto, observando-a com mais atenção. Havia algo nos pequenos gestos dela, nos movimentos sutis que o fazia se perguntar se ela estava realmente bem ou apenas nervosa demais enquanto tentava esconder algo. Com um suspiro exagerado, Kyrell relaxou um pouco, recostando as costas no parapeito. "Para ser honesto, estou cansado desde o momento em que cheguei", confessou, erguendo os ombros de leve. "Festas como essa não são muito a minha praia. Ainda mais quando não conheço ninguém." Um riso suave escapou de seus lábios ao perceber a ironia de sua própria fala. Na verdade, ele sempre detestou festas assim, mas desde que havia posto os pés naquele salão, estava se divertindo mais do que costumava admitir, quase tanto quanto em suas idas às tavernas. Porém, por mais que tentasse disfarçar, sua atenção constantemente voltava para ela. Havia algo nela, algo além da conversa casual, que despertava sua curiosidade. Era uma sensação vaga, como se ele estivesse prestes a descobrir algo, mas ainda não sabia o quê. Talvez fosse apenas o mistério ao redor da identidade dela, ou o fato de que, apesar do desconforto inicial, eles estavam ali, trocando palavras como se houvesse algo a mais por trás daquela interação.
Em algum momento da noite, Sigrid sentiu a urgência de abandonar o salão em busca de ar fresco. Muitas pessoas apinhadas em um espaço limitado por muito tempo começou a fazer com que sentisse nervosa, o corset apertando o tórax e a respiração tornando-se um pouco mais difícil, portanto os passos rápidos a levaram para o lado de fora, ainda próxima aos outros desconhecidos. Ainda assim, a distância imposta e o vento fresco trouxe um novo frescor ao rosto e pulmões, o fluxo de ar diminuindo parte do nervosismo. Além de tudo, estava um pouco apreensiva pela solidão e pelo pensamento de estar sozinha em meio a tontos changelings. Seus amigos pareciam estar fora da vista e longo do alcance das mãos.
A voz masculina a desconcertou, tanto que sentiu não compreender bem as palavras ditas. Ao olhar o homem, sentiu outro aperto nos pulmões, o ar deixando o corpo de maneira desconfortável. Ela tentou sorrir, acreditando ter falhado em sua tentativa ao buscar identificar o dono dos olhos enigmáticos por trás da máscara. "Então... obrigada?" Respondeu ao elogio, conseguindo sorrir melhor. "Você também está bonito." Parecia elegante, a altura e os cabelos escuros sendo fatores que agradavam os olhos da khajol. "Mas aposto que deve ter ouvido muitas vezes essa noite." Todos estavam bonitos demais, razão pela qual julgava difícil reconhecer os changelings. O rosto esquentou pelas palavras, sem ter certeza se era por conta do elogio direcionado ao homem ou por conta do aperto no peito. "Queria fugir um pouco de bagunça de dentro, a música parece alta demais, assim como a voz dos outros. Queria apenas um momento distante de tudo para conseguir ouvir meus próprios pensamentos, pelo menos." Também queria respirar melhor, mas não desejava contar sobre como estava se sentindo mal. A última coisa que queria era sentir a necessidade de se retirar direto para a enfermaria. "E você? Já se cansou do baile?" Imagina que os homens deveriam se sentir mais cansados, já que sabia que muitos não cultivavam o hábito de dançar.
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A resposta de Sigrid lhe foi razão para um pequeno curvar, tão discreto que poderia vir a passar despercebido por aqueles que não a conheciam. O desgosto dos khajols pela presença dos militares em sua academia era notório, de certo algo que fazia a grande maioria deles questionarem as intenções de seu pai, o Imperador. — Acho que sim... — Devaneou, à menção de Zelaria. Fora uma decisão perigosa, ela admitia; colocar dois grupos cujas relações eram, na melhor das hipóteses, críticas era, no mínimo, arriscado. Haviam faíscas demais entre khajols e changelings para que não houvesse uma explosão e o khioror de certo alimentava a animosidade pré-existente. — Pode culpá-los? Não imagino como deve ser a sensação de acordar com fumaça logo após sobreviver a um incêndio como o que atingiu Wülfhere. E também, acredito que reagiríamos com tanta estranheza aos rituais changelings quanto eles aos nossos. — Acrescentou, gentileza pontuando sua voz.
Os olhos de Sigrid estavam fechados para experimentar a luz do sol; parecia um momento tão sagrado quanto caminhar pelos corredores para espalhar a fumaça prateada. Para Sigrid era especial porque Rá era o deus sol, o maior de todos e ela quase conseguia sentir-se mais forte, segura e corajosa quando exposta a luz solar. "Hm, o que?" Indagou ao abrir os olhos, visualizando a figura de Aleera. E também alguns changelings que passeavam por ali. "Ah, eles." Suspirou, porque duas semanas não eram o suficientes para dissipar a frustração e insatisfação que sentia todo dia ao acordar. "Eu queria, mas acho que precisaríamos queimar toneladas de sálvia prateada celeste para nos livrar deles. Acho que o ritual está sendo em um bom momento, mas não o bastante para fazê-los irem embora." Não queria ser uma grande pessimista, mas sentia-se cada vez mais desencorajada todos os dias. "Poderiam apenas mandá-los para Zelaria, aposto que seriam mais felizes lá. Não que eu me importe, porque viu a forma como eles nos olharam?" Sigrid balançou a cabeça, sentindo o pescoço ficar vermelho devido a irritação. "Estão no nosso espaço, nossa Academia e acham que podem julgar nossos rituais e a nossa fé? Quem eles pensam que são?" Ela sabia quem eles eram, mas não sabia de onde tiravam a arrogância de poder julgar qualquer dos nobres.
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Ela imaginava que o silêncio na ilha de Eldrathor deveria ser ensurdecedor para aqueles que um dia a tiveram como lar — se é que, com as histórias que ouvia sobre os treinamentos e captação (ou melhor, captura) dos jovens soldados, a Academia e a Ilha sequer viessem a sê-lo para alguns. Ainda assim, era minimamente atípico que uma ilha habitada por dragões e militares estivesse tão silenciosa quanto, mas após o fatídico incêndio que deixara a Academia Militar de Wülfhere em ruínas, restava à vizinha de Ardosia apenas o abandono. Exceto, é claro, pela presença das duas nobres, cujo caminhar deixava um rastro visível na neve fofa.
O surgir de Sekhmet em seu sonho tomava conta de seus pensamentos com tanta frequência que Aleera sabia que, caso Sigrid não tivesse concordado em acompanhá-la, ela teria se aventurado por Eldrathor sozinha. A voz de Sigrid, porém, vindo de alguns passos detrás de si a arrancou de seus próprios devaneios, trazendo Aleera de volta ao presente; ao vento frio que atravessava insistentemente as muitas camadas de suas roupas confortáveis, à respiração que começava a ficar laboriosa após tantos passos ininterruptos, traçando o caminho que ela sabia existir sob a neve após tanto inspecionar mapas da ilha de Eldrathor, e para Sigrid, seguindo-a diligentemente, sem desistir. "O que?" Perguntou, parando por meio segundo antes de voltar a raciocinar. Pausou seus passos para esperar a amiga, entrelaçando seu braço ao dela logo que a outra khajol a alcançou para que caminhassem juntas, compartilhando do calor dos corpos a fim de aliviar um pouco do frio do inverno. "Do nada." Concordou, com um suspiro, observando sua respiração se condensar em uma pequena nuvem branca a sua frente. "Por mais que estivesse se comunicando, Sekhmet parecia... distante, provavelmente por não termos a pira. Era quase como se falasse debaixo d'água." Divagou, direcionando em seguida um olhar gentil à amiga ao notar a mágoa em sua voz. "Gosto de pensar que Sekhmet age como uma mensageira de Rá em tempos como esse. Ela representa seu lado vingativo, neste panteão. Ela pode ter vindo a mim para que entregasse a mensagem à nós duas, afinal, está aqui comigo, não está?"
Starter para @lionesslyra
Clareira.
Tinha sido difícil chegar até ali. E o pior: estava frio. No entanto, após saber que alguns deuses haviam se comunicado e deixado mensagens ao seus hospedeiros, Sigrid pôs-se a descobrir sobre o que se tratava. Rá continuava ausente de seus sonhos e mente, como sempre, então Sigrid queria saber qual era a mensagem dos deuses, já que o seu pouco parecia dar sinal de qualquer interesse pela vida humana. Abraçava a si mesma, os pés afundado de maneira pouco confortável na neve fofa enquanto seguia Lyra. A princesa era uma de suas amigas queridas, por muito tempo nutrindo a ideia de que um dia poderiam ser cunhadas. A possibilidade agora parecia fazer parte de um sonho distante, porque nem mesmo Rá parecia querê-la mais. A mulher respirou fundo, sentindo o ar frio pela garganta congelar todo o seu corpo. Sentia falta do sol e do calor e não conseguia deixar de pensar em como toda aquela neve e os últimos acontecimentos simplesmente pareciam um péssimo presságio. "Então, como foi isso?" Perguntou, seguindo a princesa. Eram amigas o bastante para dispensar qualquer formalidade. "A deusa apenas apareceu em seus sonhos? Do nada?" Havia uma pontadinha de inveja na voz, a qual não conseguiu esconder. Estava mesclada com uma camada de mágoa. "E ela te disse para... vir aqui.. ?" Não era um lugar que Sigrid apreciava muito, mas a curiosidade era natural e por vezes impulsionava muito de suas ações.
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