Music. Art. Feeling. Thinking. Uncoscious. Desire. Freedom. Low/high self-esteem. Living on the edge of the knife. Traveling (all kinds of). Discovering. Reading. Seeing. Hearing. Loving. Sharing.
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2010s
Trying to forget is insisting.
Doubting the present is to erasure the past,
And no one can undo that (can they?)
I see you,
In imagers made of impossibility.
Some intertwined with longing,
And others with hate. Most of them.
The pain I feel, I don't even know who it belongs to ,
If the mirror is me, waters run from the door inside.
Before initiation and beginning, I wondered,
Is what you did to me fair?
and I ask myself, every day, as if I prayed,
Is there balance in anything human?
The duality of everything is the answer.
This pain in my heart reminds me that,,
If I seek redress for what you did, I don't owe anything to you,
Much less the waiting.
the pieces don't fit together that way.
I need to find the Source,
for if it has been in my way,
It came from another way too.
There's no point in blaming someone who was blind,
Deaf, dumb and insensitive,
To anything other than Ego.
And if I suspect that it wasn't all these things,
I just maintain that,
It was so separated from Himself,
For the need to hurt,
The problem was never me.
Something very old and deep tells me,
the same tightness that turns into a lump in the throat,
that one day we will all be equal.
Maybe that day,
Maybe never,
You'll tell me what I always knew.
Maybe what you'll say isn't what I always wanted to hear.
And maybe I already know that.
But the human experience is marked,
Irremediably destined,
Of being mourned by the certainty of wanting certainty.
When in fact all we have to offer ourselves and others,
Are endless doubts.
There is no beauty in doubt.
And there is no peace in certainty.
The heart... what is it?
Because everything we try to cover in gold ,
It is for us to pretend that we are better.
And we all know, or should know,
that our attempts of perfection,
are unattainable.
On what we are allowed,
the Truth lives in the moment,
On the kiss, and in the eyes.
And that's it.
Maybe if more honest
In our longings and lies,
We could finally rest.
And from you, everything I (still) would like
At this point on the great scheme of things,
It's just a goodbye.
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There's never been really a "me"
I've never existed.
I thought all along I was going to transform into something that I could call "me".
The fact is, after all of the things I've experienced washed away my sense of some kind of self, I was expecting to find a raw diamond, something that I could really take into my hands and to forge into whatever I saw fit. A kind of root code, that I could finally work on.
I thought I meant to be something. And I thought that this something, this project, this "new me" was going to present itself the moment the process was over. Silly me.
It turns out , this so called "me" is a series of little "I's" that I experience everyday, moment by moment, and these little "I's'" represent a tiny frame, each of the overall "me" that I'm meant to experience and be at that given moment. This sense of self can vary tremendously depending on wich interaction and objective I'm working on that moment. And what & who defines these objetives right now are mainly people that I could call much more strong "I am's" than me. And that doesn't feel as good as it used to feel when I was a person who could identify with a more well established Ego, preferences, likes and such. But I doesn't feel as bad as I used to either, when I could shut myself down for days and weeks of pure despair and self-pity, when something I planned, hoped for and nurtured so bad would or could not happen, just to discover later that nobody besides me would really care about it.
I feel empty right now, as an expression a friend invented last week, like a flying plastic bag, wandering around like time never existed, cause it has no function but only to be a certain thing with a certain use, on a given moment, and then be forgotten. I could float on the bubble of right now, in the timeless, emptiest and holiest space of Nothing, just to discover then, and never discover now, such thing as a sense of "I" ever existed. And if the concepts of "Time" and "I am" are equal, I should experience the creepiest existence of being nothing, at the same time I'm Everything, cause I'm here writing these meaningless stuff because of the sum of all the moments that led me here that are equal to a sense of "I am" divided by all the tiny frames that I lived. And this "I" is experiencing the flow of time, and the birth and decay of the most beloved things, just to see them fade away and be replaced by other beloved things that are going to rot and decay, just as the same of myself.
But I'm finding comfort in nothingness, and I'm learning to make peace with it. All my life I tried to be something really meaninful, something my inner child would be proud of. But it won't happen, cause I simply don't know how to be and how to build anything. I have plenty of qualities, but they do not include a strong sense of Self, much less coming along with these impecable & infallible set of values.
And now with the current state of things I must discover a reason to continue to experience these brief frame moments that I can call myself something other than Nothing. I have no such thing as courage, and I'm so tired from life now that I could sleep on the verge of an event horizon. However, for some reason, I now ended up living near this cluster of raw psychic power with some really weird and powerful people conceptually floating in it, and passing by me, and I happen to be married to one of them, and strangely enough he happens to love me more than I love myself. If I could describe the feeling of this realization, I would use the term "unexpected".
So let's see what happens next.
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Animus
Oi.
Primeiro eu quero te agradecer. É verdade que nos últimos meses tenho tentado entender até com certo ressentimento e mágoa quais forças, fatos, pessoas e lugares te constituem. Sei que faz parte de mim, mas você não é completamente Eu, e sei que de certo não sinto que você é parte minha (e estou errada).
Mas apesar disso, tenho conseguido entender que sem você, não estaria aqui. Quiçá até viva ou dona de minhas faculdades mentais.
Passamos por muita coisa, eu e você, e todos os outros que não cabem aqui agora. Por isso, sinto que preciso parar e me apresentar a você, pois sinto que você acha que sabe o que é melhor pra mim sempre, talvez carregado com todos os afetos e reforços que as pessoas projetavam em mim. Mas estou cansada de viver sob esse escrutínio. Sinto que a qualquer momento o meu Eu ausente de forças não conseguirá barrar suas intervenções e pouco a pouco a cada dia a minha vida se viu e se vê sem cor.
Permita-me dizer quem sou.
Eu tenho cores. Sou múltipla. Gosto do céu, das nuvens, das estrelas e do colorido da vida. Gosto de amar tudo e todos. Meu amor não conhece fronteiras. Gosto de ser preenchida com amor e do deleite de me sentir amada e viva.
Eu tenho o dom da expressão e do sentimento. Consigo entender todo o espectro de emoções, desde a dor mais profunda até o amor mais sublime. Consigo transpor em palavras e emoções com o meu corpo esses sentimentos. Eu sei dançar e flutuar na frequência da música. Melodias ecoam em minha mente quando acordo. Vejo as cores do mundo quando abro os olhos. Meus poemas representam tudo aquilo que o mundo calou, inclusive você.
Sou justa, sensível, forte, não quebro apesar de me envergar muitas vezes. Por mais que tente me fazer desistir, eu nunca o faço. Por mais que me julgue, encontro amor suficiente e sigo em frente tentando. as lágrimas que não derramo me fazem lembrar que preciso entender ainda mais quem é você, para que um dia elas possam cair livremente e fertilizar o chão onde piso. Flores crescem por onde passo, árvores brotam e abelhas e borboletas fazem morada.
Onde vou a prosperidade vem de encontro, pois tenho o dom melhorar tudo que toco. Por onde passo, pessoas se encontram com elas mesmas, mas nunca ficam indiferentes. Eu acendia os lugares com a minha luz, hoje os transformo.
Eu sou a luz da galáxia, e o seu buraco negro também. Minhas cores são vivas, translúcidas, brilhantes e nunca me contentei com ser mais uma. Tentei, muito, a mando deles e seu morrer essa luz, mas o que nos anima é eterno por mais que todos tentem.
Não consigo me camuflar no mundo dos homens. Você sempre tentou ser um deles, e muitas vezes me ajudou a não sucumbir. Eu precisava do seu ódio, ódio contra mim e contra tudo que me fizeram para sair do lugar. E você ajudou.
Você instigou o ódio em mim contra nós e contra o mundo. Senti e vivi cada gota dele, e deixei com que tomasse conta de todos os aspectos da vida e de todos os nossos cantos. Passei a me desprezar completamente para que pudesse me camuflar em um mundo onde todos fazem o mesmo. A Princesa Radiante nunca teve espaço nesse mundo de homens doentes e apagou o seu brilho.
A Princesa Radiante tentou e sucumbiu, tendo sua luz e sua voz negadas, suas vestes cortadas e tiradas de si, e sido violada. A Princesa confundiu a violência do mundo com o merecimento do que aconteceu a ela, e você se aproveitou disso para se tornar o carrasco dela, permanentemente. A violência parou e você continuou. Tentou me tornar um robô, como um homem. Trejeitos e falas de um, mente de um. Tentamos ser aquilo que nos atingiu na tentativa de fazer a dor passar.
O mundo é masculino demais. O mundo nos desrespeita em todos os segundos de nossa existência, e você com astúcia e inteligência, tentou nos fazer camuflar nesse cenário. Já é sabido que homens odeiam as mulheres e tentam fazer de tudo para nos destruir. Homens não têm conexão direta com a vida, e têm ressentimento inconsciente pelo que podemos criar. Homens por esse motivo só conseguem verdadeiramente gostar de outros homens, e você sabendo disso, me transformou em alguém conformada a seguir um caminho que não era meu só para não ser massacrada novamente.
E com isso, onde foram parar as mulheres em mim? Onde você escondeu a Princesa? Agora que a violência finalmente acabou, quero trégua e o mapa de onde ela está. Quero paz, proteção e amor. Quero o que sempre mereci e que me foi negado. Quero apenas Ser, não quero chegar a lugar algum. Quero cantar baladas sobre o que fizemos, eu e você, pois não o odeio. Mas só estou cansada.
O que quer de mim? O que quer fazer de nós? Apesar de estar no processo de cura pelo que me fez, não o odeio e não quero o seu mal. Não consigo amá-lo ainda, pois como alguém consegue amar o seu carrasco? Como conseguimos perdoar algo que machuca permanentemente? Que faz lembrar todo dia, todas as horas e minutos do quão inadequada, burra e incapaz sou?
Me custa a acreditar que sendo você um produto e parte de nós, que você não queira ser amado. Então porque ainda tenta nos destruir? O que espera com isso.
Ah, poder. Você responde.
A troco de que? Não vê o nosso corpo sofrendo? Você que também tem um útero, não sente ele doer?
Não o culpo por nada. Só quero que saiba que temos valores diferentes e os que tem no momento são incompatíveis com onde pretendo ir.
Você me pergunta - E quais valores são esses? Aonde quer ir?
Eu te digo - não sei. Não precisamos ter a resposta agora. Está tudo bem não saber. Vamos seguir e viver os ciclos e uma hora saberemos.
A Princesa gosta de dar valor às coisas pequenas. Às descobertas do dia a dia, ao processo. Quero ser feliz no cotidiano e não quero mais ser uma super-heroína que precisa bater metas e cumprir prazos. Quem criou essas metas e prazos inalcançáveis? Porque a pressa? Meu corpo está cansado disso e quer paz. Quero me conectar com a Terra, com a Lua, com o Mar. Quero ter plantas e conversar com elas. Quero amar meus gatos e pintá-los nas paredes. Quero pintar minha vida nelas e criar belos mundos. E quero que me ajude nisso, parando de me atacar e me cobrar coisas.
Não é apenas um pedido, é um acerto de contas. E colocando a ordem na casa, voltando para as origens. Sou uma Deusa e você sabe disso.
Deusas não se curvam.
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Compass
Did I failed it all?
Wondering through the spirals of time,
Running from everything,
All the guilt, I feel, is mine.
Have I failed my life?
Have I, failed my dreams?
I ask myself, somehow,
I can't see what it seems.
If I had the answer,
To every cause and correlation,
Would it change a thing?
Or send me into damnation?
What is failure anyway?
If it's not a construct
Made to get us stuck,
In a zone of mental decay?
The compass somehow never left me,
Even in times of despair,
For every tear around me,
An answer, step by step, for my care.
Despite the passing of time,
And this crushing feeling living on my heart,
A compass beyond our lives,
Takes me back to another start.
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Insonia
Depois de tantas voltas
Idas ao inferno, ao redor do poço de ossos,
Contemplações do mundo que nada pode criar a não ser destruir,
Meu corpo jaz cansado.
Conheci o céu,
e várias camadas do inferno.
Dizem que para uma árvore tocar o infinito,
Suas raízes devem ser tão profundas,
que toquem o chão do abismo.
E para isso, a buscadora não deve temer a descida.
Porém, a vida não nos pede passagem.
Uma viagem que para muitas é opcional,
para outras se torna uma obrigação.
Estou cansada, meu corpo pede paz.
O sono não me ocupa,
O medo de voltar permeia a mente
E contamina o sono dos justos.
Estou cansada, a cura pede passagem,
Mas dela se faz a ansiedade
De conseguir tudo a qualquer custo,
A todo momento.
Carrego o peso do mundo nas costas
Coisas que vi que ninguém deveria ver.
Pago o preço da descida,
E durmo com olhos abertos até o amanhecer.
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Década de 10
Tentar esquecer é persistir.
Duvidar do presente é apagar o passado
E isso ninguém pode desfazer (será?)
Eu te vejo,
Em imagens feitas de impossibilidade
Algumas se entrelaçam com saudade
E outras com ódio. A maioria.
A dor que sinto, nem sei a quem pertence
Se o espelho sou eu,
águas correm da porta para dentro.
Antes da iniciação e do começo,
Eu me perguntava,
o que fez comigo é justo?
e me pergunto, todos os dias, como se uma oração fosse
existe equilíbrio em alguma coisa humana?
A dualidade de tudo é a resposta.
Um aperto no coração me recorda que
se busco reparação,
Não é a você quem devo nada,
Muito menos esperar.
as peças não se encaixam dessa forma.
Preciso encontrar a fonte,
Pois se esteve no meu caminho,
Veio de outro também.
Não adianta culpar quem foi cego,
Surdo, mudo e insensível
A qualquer coisa que não fosse o Si.
E se suspeito que não foi todas estas coisas,
Apenas sustento que
De tão separado de si estava,
Pela necessidade de ferir,
O problema nunca tenha sido eu.
Algo bem antigo e profundo me diz,
o mesmo aperto que se transforma em nó na garganta,
que um dia todos seremos iguais.
Talvez nesse dia,
Talvez nunca,
Você me diga o que eu sempre soube.
Talvez o que você disser não seja o que eu sempre quis.
E talvez eu já saiba disso.
Mas a experiência humana é marcada
Irremediavelmente destinada,
A ser enlutada pela certeza de querer certezas.
Quando na verdade tudo que temos a oferecer a nós e aos outros
São dúvidas,
E dúvidas,
E dúvidas.
Não existe beleza na dúvida.
E não existe paz na certeza.
O coração, que coração?
Tudo que cobrimos de ouro
É para o fingir que somos melhores
E todos sabemos, ou deveríamos saber
que os nossos perfeitos
são impossíveis.
Ao que somos permitidos, a Verdade
mora no instante
No beijo, e nos olhos.
E é só isso.
Talvez se mais honestos e honestas,
Em nossos anseios e mentiras,
Teríamos mais descanso.
E de você, tudo que eu (ainda) gostaria
A essa altura do esquema das coisas,
É só um adeus.
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Lamento de Joana
É estranho esse mundo.
Eu, mulher macerada como uma flor que abre as pétalas, sem ter culpa e que acaba sendo destruída pelo pecado de ser inteira, sou testemunha da agrura de ser absoluta.
O Jasão...esse que me absorveu toda. Dono de meu esplendor. Perfume que eu presenteei, doçura cotidiana, ternura com firmeza de mulher.
Jasão, tu roubou o meu perfume e deu a receita que tava guardada a sete chaves, como a partitura original do mais belo samba já escrito, praquela criatura que de Alma não tem porra nenhuma, parece uma piada de mau gosto do que é ser mulher. Tu engoliu esse trocado de Creonte, pra aplacar a tua carne de homem enquanto colhe os louros temporários dessa tua aventura de brincar de ser alguém na vida!
Dessa relação, dois filhos. Sementes de paixão, que nasceram da minha obsessão por ti, Jasão. Eles não nasceram da inocência de um amor juvenil. Eram carne tua, suor teu, como era antigamente nos tempos de mistura dos nossos corpos unidos em prazer e êxtase. Mas depois que tu resolveu ir embora, não são mais seus não. Voltaram pro limbo de onde nasceram, e eu vou fazer questão de falar pra eles o verme de pai que eles tem, lá do outro lado do espelho.
Lembra? Quando tu falava que ia morrer do meu lado, vendo o tempo esvair teu corpo da vitalidade, junto com o meu?
Pois é. Você fez a sua escolha. Agora meu amor, só depois do fim da vida. A paz que tu queria, a glória que te fez me jogar fora como um trapo velho serão só parte de uma lenda. Um samba triste encerra essa avenida de desgraça, minha e tua. Pra você, agora é só amargura, meu bem....vem provar do teu veneno, vem querido.
Pra você, é só a amargura do fim.
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O zumbido no fundo do ouvido
Não existe humano inteiro sem dual.
A evolução sem o terror da noite e o fundo do buraco não existe, é mentira.
Enquanto isso, minhas veias falam, meu sangue volta a correr, minh’alma treme em esplendor.
Destrava o caminho da pureza. O brilho sobre à mente, que fica clara como água limpa.
A emoção de sentir, de novo, um coração batendo.
Ouvir a música e ouvir o som do universo, meu mundo, como senti tua falta!
O dia queima, as cinzas chovem, os tiranos matam.
Mas hoje eu tremi de alegria, porque meu coração acordou!
Enquanto houver caminho de luz, vermelho que fertiliza, a chama que arde
O vento que bate nas entranhas da pele, corta a mentira e despe o temor
O zumbido lá no fundo, que não deixa esquecer a navalha que cortou o papel
Papel esse que
Eu vivi
Tu ficaste
Os outros negaram
Só tem mentira
Moinho, que mói eu e você
Mas quer saber?
Não ligo mais.
O que importa agora é o som da luz que voltou.
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Eu não consigo me expressar da maneira que gostaria.
Agora estou pagando o preço por anos de negligência às minhas capacidades e dons. Me sinto fraca e despreparada. Não que isso seja exclusividade do presente, já que todos os desafios que encaro são permeados por esse sentimento, como se fosse uma capa invisível me sufocando.
O peso do tempo passando adiciona ansiedade, e me joga em um caixão já completo pelo jardim de frustrações que cultivo desde a adolescência. Como conseguirei sair desse ciclo? Eu sei que preciso aprender uma tonelada de habilidades, mas a minha mente já tão condicionada a aceitar a desgraça da qual me cerco, pressiona ainda mais o tampo desse caixão.
Me sinto perdida e a autopiedade já não me deixa mais com vergonha. Eu preferi encarar meus demônios, mas eles são menos agressivos do que gostaria. Assim como consigo me valer de requintes psicológicos para criar uma teia que por muito tempo prendeu os outros em minhas narrativas, os mesmos agora se voltam contra mim não porque têm ambições próprias, e sim porque foram feitos para isso. Um recurso psicológico que criei nas entranhas do meu sofrimento, quando tudo que tinha era um vazio imenso. Minha mente nunca mais saiu daquele estado, e procurou perpetuar esta esfera de caos pelos já conhecidos mecanismos. Esse veneno tão requintado se volta contra mim agora, porque minha mente nada mais é do que o produto das circunstâncias às quais fui exposta.
Agora entendo, com essas reflexões, um pouco do que chamam de destino. Se eu tivesse me contentado com o que me foi oferecido, estaria vivendo uma vida profana, no sentido de que estaria me machucando até os recantos mais profundos do meu espírito. Ao invés disso, as minhas escolhas me levam sempre à um estado de auto-questionamento profundo, e não importa mais como cheguei nesse ponto. Talvez deva me deixar levar por esse processo de transformação ao invés de tentar entendê-lo.
Sinto que estou perto de um ponto de disrupção dessa dinâmica. Estou aprendendo a me desligar das minhas águas, tão profundas e escuras, para ir de encontro a uma terra firme onde o trabalho é a palavra de ordem. O choque dessa mudança me paralisa, e agora preciso encontrar um norte além do que me foi dado. Essa busca é exaustiva, e toda forma de magia se torna inútil se não sei para onde devo apontar a vela do meu barco. Por isso, estou experimentando novas formas de expressão, como uma segunda adolescência só que mais madura.
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É preciso uma boa dose de coragem de mostrar o que você tem de melhor para o mundo. É triste e de certo modo esperado que muitas vezes o apoio que é preciso pra que os dons que temos sejam desenvolvidos nunca chegue de quem de quem deveria estar ali pra nos nutrir e sempre da boa vontade de um agente externo que vê algo de valor naquilo que não conhece. Vivemos em um mundo massacrante, e é compreensível que dentro de tantos problemas que afetam a nossa integridade física, nutrir sonhos parece algo até desdenhoso. Eu passei boa parte da minha vida escondendo cada pedacinho de estranheza e de genialidade de coisas eu sempre soube que sabia (rá) e que para a minha surpresa algumas outras pessoas precisam para seguir em frente de um modo bem intenso até.Um sistema de valores bem constituído faz maravilhas por uma pessoa. Reparei que eu nunca tive um próprio, talvez porque toda essa estranheza, que sempre foi meu ouro, era encarada como apenas defeitos que precisavam ser lixados, aparados, engavetados, encaixotados, doados, distribuídos e caso isso incomodasse alguém que tivesse poder sobre mim, reprimidos. Esse sistema, que afeta muitas pessoas, é criado por pessoas que criam outras pessoas com esse medo entranhado de ser o que são.Você chega em um ponto onde tanta coisa já foi imaginada, e que de tanto procurar os motivos pelo qual ninguém reconhece aquilo que você é, que simplesmente desiste.
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Casca
Eu analiso tudo. Todo o tempo. Desde a hora que acordo até quando vou dormir. Hoje em dia não tenho mais tantos pensamentos aleatórios, pois com uma boa dose de sofrimento você começa a perceber e filtrar a realidade por lentes mais acuradas. Não é qualquer merda que fica e se instala na sua mente, e a energia mental que antes servia pra revisitar em loop eterno uma situação que deu terrivelmente errado agora é aplicada em resolver um problema, por exemplo. Quando a mente agarra um pensamento e toma aquilo como referência, meio que ferrou. Nem sequer pensamos que existe um outro lado daquele fragmento de realidade que chamamos de Realidade. Tudo é muito intenso, o certo e o errado (?) se confundem com as emoções positivas e negativas que surgem em um processo que pode ser grosseiramente comparado a um corredor polonês, onde a mente é você (!) tentando passar racionalmente dentro de um túnel feito por desespero ou qualquer outra emoção reativa. Não culpo as pessoas por tomarem decisões estúpidas, eu inclusa nesse montante. É incrivelmente difícil viver.
Entretanto, fico pistola com um mecanismo humano recorrente. Algumas pessoas (eu também inclusa inúmeras vezes durante minha vida atual) não têm essa capacidade de tomar conta de seus pensamentos, emoções e por consequência atitudes causadas por um péssimo gerenciamento da mente. Não me levem a mal, eu sei que o mundo é uma porcaria e não crescemos e internalizamos exatamente os melhores exemplos de autocontrole por aí. Mas existe uma diferença entre você se foder sozinho porque é mesmo incompetente em gerir a própria vida, e levar o coleguinha/esposa/marido/amigo/namorada ou sei lá quem pro buraco junto com você porque você não quer assumir que talvez, e SOMENTE TALVEZ, você tenha feito merda.
É muito lindo quando isso acontece. Tentamos justificar, colocando Deus e o Caralho a Quatro S/A na conta, praguejando e maldizendo a sorte ou o destino, que coitado, é apenas um fruto da escolha que nós, pobres almas perdidas e fodidas, fazemos todo dia. Vejam bem, não é o fato de errar que nos torna menos dignos de sermos amados ou buscarmos redenção. E sim o fato de que a falta de honestidade em entender que claro, somos humanos e erramos e SIM, temos que pedir desculpas e tentar consertar a merda que fazemos é o que nos torna muitas vezes o pior que podemos ser. Essa toxicidade crônica, a falta de empatia, amor, cuidado e atenção nos torna opacos e grosseiros. Pedaços de energia densa e disforme que não têm realmente um caminho a seguir. Apenas vagar.
É certo que nascemos e morreremos imperfeitos. Eu adoro estar ciente dos fatos como eles são. A certeza da morte me permite viver cada dia como realmente o último. Isso é sagrado. Mas quando você se confronta com algum dos mistérios reservados a cada um de nós e respeita a sua vivência e a pessoa que nasceu daquela experiência...o mínimo de qualidade, pelo amor que temos a nós mesmos é necessário. Não dá pra se nivelar por baixo novamente. Não dá pra aceitar os loopings eternos de confusão, de baixo astral e más práticas que vivem em formato de parentes, amigos, colegas de trabalho, situações-problema e etc. Somos criados em meio de um monte de bosta que chamamos de normalidade. A cada ano que passa percebemos que muito do que consideramos normal é um construto mental que criamos para justificar essas práticas escrotas que temos uns com os outros.
Eu quero viver em amor e paz, e você?
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Inexorável - Parte II
Pilares de Capricórnio, sejam erguidos!
Com grande imponência, seguem invictos.
A criança, antes hesitante e arredia,
Agora vê, sente e confia com valentia.
Dizem que o veneno é separado do remédio,
É por somente, e tão somente a dose!
Após o abismo, e por seu intermédio,
A criança aprende pela temperança da sorte.
Alguns incrédulos e céticos devem se questionar
Que sorte é essa? De onde vem o querer?
Mas se soubessem aprender e observar
Veriam que poucos têm a fibra do Ser.
Porque esta fibra, é forjada pela tolerância.
De quem por muitos abismos andou,
Por muitos venenos sobreviveu,
E por muitas provações aprendeu a vencer.
Entretanto, o veneno do Escorpião,
Guarda em si todos os segredos.
Somente quem tem a chave,
E sabe quando, como, onde e o porquê de girá-la,
Pode ousar a se tornar um dia,
Tão forte, temível e absoluto,
O Inexorável, a lei da magia.
Que opera em todos os seres que existem,
Para o qual não existe covardia.
Pois anseia que todos nós
Crianças envoltas em sombras,
De dúvidas, anseios e miragens,
Nos tornemos unos, livres em igualdade.
Cada igual em seu poder.
Cada estrela em irmandade.
Somente os fortes sobrevivem.
Pela mão do Inexorável,
Regozijam-se em merecido poder.
Agora a história é outra,
Recriam-se de todo o caos,
E encerram o anoitecer.
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O brilho do ouro
Ouvindo uma música que me fascinava há dois anos atrás, as palavras pularam da minha mente para cá.
Eu expio sentimentos conflitantes e transformo o que sobra em conclusões. Como uma terapia contínua, sem intermediários. As palavras ajudam a organizar todo o caos. A tornar menos real a ilusão de auto-engano ao qual todos nós estamos submetidos. Os símbolos atuam como um dicionário e guia para entender a realidade dos bastidores. O trabalho de uma vida, que inicia outra em seguida. Um ciclo infinito até que pare.
O que seria a vida, senão uma sequência de experiências dispostas a nos tornar menos humanos e mais divinos?
Tipheret, estou pronta.
Netzach, sinto o seu perfume.
Hod, a vontade da mente aflora.
______________________________________
Eu sou forte.
Eu dobro, mas não quebro.
Eu lembro, mas não me consumo.
Eu ando na brasa, mas não me queimo.
Eu sinto, mas não me entrego mais.
Eu sou absoluta na minha unidade.
Eu sou o algo mais.
Eu sou forte.
Ouvindo os sons do passado,
Eu posso enfim me libertar.
Daquilo que eu pensava ser,
O fim do mundo que eu conheci.
Eu sou forte.
Livre para ser o algo mais,
O algo mais que eu sempre sonhei,
De muito antes querer,
O fundo celeste ascender.
Eu sou forte.
Livre de amarras,
Barreiras do eu e do você.
Promessas feitas ao vento,
Palavras que nunca quis dizer.
Eu sou forte.
Como uma energia pura,
Que nunca conheceu dor.
Mesmo sendo cria sua,
A luz de infinito valor.
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Cortesia
E agora o que acontece? Quando ondas de sentimentos mal digeridos e até então inexistentes invadem a rotina, com velocidades de ressaca que não deixam escolha senão sair dos holofotes e assumir que é preciso se recolher. Você sufoca, agoniza, morre, agoniza, morre. E se restar mais algo, morre. Encontrar o passado é voltar ao zero. Contemplar o futuro? Que futuro? Olhar ao redor. Encontrar nada e ninguém. O ninguém também está perdido. Inventar mil maneiras de viver a dor. Imaginar de onde saiu tudo aquilo. Vivenciar a experiência de mapeamento total do espírito. Encontrar coisas estranhas, proibidas. Processar e sobreviver, dia após dia. Depois do entendimento e da descida ao Hades, ressignificar a experiência pela compreensão e pelo amor que se encontra no meio do caminho. Pessoas nascem e morrem todos os dias, e encontram seus destinos ao sabor da roda da fortuna. Algumas delas escolhem entender a roda. Algumas são obrigadas a quebrá-la. Domine sempre me disse que havia uma missão desde o início. Suspender a vida, como O pendurado, é a forma mais rápida de cumpri-la. Sacrifique-se, e compreenda que para cada mil que caem, um sofre e redime suas dores e pecados. Para cada um que mata, mil rezam e clamam à Lei que justiça seja feita com a temperança e o amor que gostariam de receber. "O mundo é uma grande roda, criança." Tampar as nossas feridas não fará com que sejam curadas. Alguém terá que fazer a assepsia, de quem nem sabe que precisa de ajuda. Precisamos, nós que ouvimos a voz do mundo antigo, chorar as dores do humano. Cobri-lo de amor genuíno. Rezadeiras, viúvas que ressecam ao luto, curandeiros, crianças, adultos que não fazem parte da roda em domínio. Mulheres que geram, que ceifam, que sangram com sabedoria. Homens que suportam e entendem as necessidades de quem precisa. Honestidade, do bom ato e no erro. Pessoas que sentem o cheiro do vento, pessoas que observam o céu e ainda fazem pedidos às estrelas. Aqueles que falam com o espírito animal, respeitam a terra que pisam, que vivem o invisível. Que pedem licença para entrar. Que agradecem ao sair. Ter uma experiência de encontro com as profundezas pessoais é um presente que precisa ser aproveitado ao máximo. Quando pedimos ao sagrado que nos salve de qualquer coisa, ele nos permite que primeiro possamos aprender a nos salvar de nós mesmos. Que surpresa temos, ao descobrir que o carrasco é o profundo descontentamento e vergonha de sua criança ignorada. Daemon. Deus ignorado. Onde este Deus, que me ignora também, irá me levar? Preciso respeitá-lo. Ele nasceu de mim. De você. Eu pago a minha e a sua travessia a Caronte. É cortesia.
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Inexorável - Parte I
No começo do fim deu-se a missão,
Nascer, viver, parir e morrer.
Para purificar-se do veneno do Escorpião,
Permitiram à Criança a dádiva de viver.
Cedo aprendeu a andar,
Cedo aprendeu a ler,
Sentiu mais uma vez a verdade do despertar,
E sentiu que paz não haveria de ter.
Como é possível, Criador?
Uma criatura tão pequena,
Ter raízes tão obscuras,
Ser um paradoxo, maldito, de coração sereno?
Impossível, improvável,
Inconsciente e invisível,
As testemunhas lá estavam
Provando de seu indireto sacrifício.
Assim os anos se passaram,
Seguidos de uma aparente calmaria.
Mas sempre à espreita estava,
A Sombra que ela seria.
Então, como a Tradição nos conta,
Somente os fortes sobrevivem.
Pela mão dos ímpios sofrem,
Pela mão do inexorável, vivem.
Tempestade eles dizem,
Antes da Bonança.
Noite escura, sem estrelas,
Antes da luz do Sol.
Mas como alguém só, e somente só,
Conseguirá um dia enxergar a luz da Estrela Maior?
Será a criança uma jovem alma mesmo?
Pergunta-se o Eu de mil faces.
Será o criador que esculpe a cria,
Ou a cria que molda todas as fases?
Mas tudo estava feito,
Tudo estava decidido,
Diante de decisões acaloradas,
Os pilares de Capricórnio foram erguidos.
Assim a história recomeçava,
Dentro de um ciclo infinito
A dor de um mundo que esperava
De cinzas, sombras e pó ser reconstruído.
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Quando o cavalo passa a ser o centauro e depois arqueiro...
Quando a minha mente evolui do exagero dos prazeres e da conquista para o território alado da Mente Superior.
A visão do Ascendente tempera as experiências, me tornando uma arqueira melancólica com a temperança sólida de Capricórnio. Quase sempre dá vontade de fugir, porque o cavalo pensa que em outras pradarias vai encontrar a liberdade que tanto o aprisiona.
“Sagitário contém a chave para todo o Universo”
Quantos cavalos selvagens vocês conhecem? Quantos cavalos se tornam Centauros, e depois Arqueiros?
sagittarius holds the keys to the whole universe. they follow an itinerary written in the 9th house temple, a meaningful crusade through the valleys of the world and their own mind. sagittarius is the only sign that equally distributes mental and somatic energy. they must integrate their experiences on foot with contemplation and knowledge. their mind energizes from physical activity and vice versa. the unabashed flow of ideas from the higher mind is a place where the sagittarius longs to spend much of their time, expanding consciousness and applying wisdom to what they’ve seen
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