umametadeinteira
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Uma Metade Inteira de Mim
285 posts
Apenas meio copo daquilo que você pode ver. ~ Textos experimentais de uma escritora amadora.  (ao final, se desfaça de tudo o que leu!)
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umametadeinteira · 7 months ago
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Vez ou outra me defronto com esta veste Que reveste o que sou.
Por vezes identificada estou Ou atravessada pelo caos que se formou
Há todo esse fluxo maior que posso por vezes nao compreender E por muitas vezes deslizar
Perfeita nao estou e nem sei se será Acho que nem mais por isso estou a procurar E pra quê tanta energia gastar tentando me explicar
Vou até onde posso, y é isso, não vem atrapalhar meu caminhar que o seu eu não quero prejudicar
Que haja amorosidade y verdade comigo, para poder aprender a nesta Terra trabalhar
Y sei que em mim e nos que tão junto posso confiar
(tanto ainda pra vivenciar...)
201994
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umametadeinteira · 7 months ago
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despedida
Será que eu queria conseguir escrever? Parece que preencho o tempo com tarefas Às vezes até com besteiras, com a vida alheia, fujo de mim. O que é essa distância que se criou entre nós? Sei que ela vem de mim... mas parece que não quero olhar. Interromper determinado fluxo pode ser nomeado como "terminar"? O que espero de nós ? parece que busco evitar uma despedida inevitável Que em partes já aconteceu, mesmo que eu não tenha dito "tchau" Algo em mim se expressa para além das palavras
A questão talvez seja saber se depois de me despedir ainda quero dizer "oi" novamente para você
(200894)
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umametadeinteira · 7 months ago
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Tumblr media
Sobre as lajotas irregulares la de baixo repousa um girassol caído Ele não pôde se segurar ao bater da cortina improvisada de lençol que ricocheteou com a ventarada Assim como não pude eu me segurar com tanta coisa que me assola Assim como o girassol, eu nao sei pedir ajuda, fico parada estatelada prostrada esperando que talvez me vejam, e eu, envergonhada da situação, talvez me finja de tranquilidade, parada esperando que me ajudem a juntar os cacos do meu vaso que se quebrou Escolhem outro vaso para mim, enquanto eu, quieta porém intranquila, aceito o que se apresenta
Eu queria ricochetear como o vento, mas ele me resseca e retorce e eu me escondo quando posso
2064
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umametadeinteira · 7 months ago
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Eu aprendi a me amar
E hoje aprendo a amar um pouco mais com seu amor
Aprendendo a te amar também
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umametadeinteira · 7 months ago
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Tento esboçar mais uma incontável vez na vida os meus sentimentos na tela do celular
Meus dedos não são tão rápidos quanto os pensamentos
Os versos que se passaram enquanto eu escovava os dentes se foram, mais rápidos do que se desmancha uma onda em dia de temporal
Nem sempre sei lidar com alguns sentimentos e os rechaço por não saber
Eu queria falar sobre saudade, e a saudade de você, mas isso me aperta e incomoda ao ponto da raiva
Parece que sua expressão pode se tornar um alarde ao outro e a mim, e ela então me esgaiva
Sentir isso me esburaca de algum modo, e assim se achega também a melancolia
Ou eu que adentro num buraco interno, que, por vezes é necessário, mas por vezes, abjeto.
Eu sinto a frustração do que não posso controlar, a frustração dos limites que há em viver no meu próprio corpo e tão somente e intensamente nele, sinto as contradições que se contraem em mim, me esmagando
É um misturado grande de sentimentos e é um tanto lascivo
E talvez por isso mesmo eu me recolha, por esse ser um ponto frágil
E por frágil ser também meu quase mesquinho amor.
Da fragilidade que há em mim mesma de às vezes não conseguir amar, por não conseguir *me* amar o suficiente
E pairo na existência com a vontade de um abraço solar
Que me acalme a alma e me diga "calma, tudo está em seu devido lugar"
Mas eu às vezes entro nessa agonia e nessa ira que não consigo conter com as palmas das mãos,
O silêncio se faz necessário para que eu me esvazie,
E as palavras se fazem necessárias, para que eu, de algum modo, me transmute e me comunique
Mesmo que o silêncio também seja fonte de comunicação.
Tenho medo de dizer palavras que amanhã não mais serão.
E medo de dizer que tenho medo, pois ele parece se alimentar disso e parece crescer até ficar maior do que eu.
E para suplantá-lo, apenas no caminhar, no seguir vivendo, que é algo que ele tenta não me permitir ao me paralisar.
Então escrevo, escrevo para ti e, mais do que isso, escrevo para mim, para que eu me leia e quem sabe compreenda algo com essa linguagem que insiste em se fazer presente, pois eu ainda não sou capaz da quietude da mente, e esse caos precisa se transpor em outro algo externo a mim, para que não me sufoque, mesmo que essa seja só uma metáfora e que de verdade a garganta arranhe, do frio e de tantos tragos que dei tentando tragar um pouco de tranquilidade para lidar com tantas transformações por vezes transtornantes...
Viver com a casa interna em constante reforma é uma tarefa imensa e cansativa.
...
(um respiro profundo...)
Que eu priorize ter as ferramentas e tempo necessários para intercalar o trabalho e o descanso que se precisa para auto(des)construir.
(020624)
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umametadeinteira · 7 months ago
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É complexo ser atravessada de contradições
Permeada por amores e dores,
quem foi que engessou essa rima?
Assim como quase não encontraram caminho sentimentos que transbordam por ruas impermeáveis
Que sei eu disso tudo?
Amo com um tanto de medo, com um tanto de coragem, com e sem pudor de ser eu mesma, com todas as delicadezas e forças
Há quem me relembre que nessa vida eu vim para aprender sobre a simplicidade do viver e do amar
De me deixar brotar flor de minha potência, assim como é com todo o fluxo da natureza
Aprendendo a aceitar os ciclos, a reciclagem de toda a energia que constantemente retroalimenta aquilo (e isso) tudo o que se transforma
Ao mar eu sempre digo meus mais profundos sentimentos, pedindo em oração a sabedoria de poder ser tanto serena quanto tempestuosa, para ter a sabedoria de fluir com o que se mostrar moldando os meus contornos, mas sem perder a qualidade que me mantém sendo eu, meu ser.
Há tantas tranformações acontecendo, que por vezes me sinto tentando me proteger dentro de uma capsula que ora é dura demais e ora vai se espatifar.
São muitas camadas desse casulo, na verdade.
As transformações que sinto precisar, que meu corpo parece chamar, são mais viscerais, parecem querer fazer com que eu me coma de fora para dentro e de dentro pra fora.
Quando estarei preparada para deixar que meu ser inteiro seja mata abundante e terra fértil para a permeabilidade de toda a natureza que me sou?
(290524)
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umametadeinteira · 7 months ago
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Parece que nois que tem que fazer nois acreditar no sorriso de nois mesma.
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umametadeinteira · 7 months ago
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Às vezes podemos invejar o sorriso de alguém
Já me senti familiar a esse sentimento,
Mas quando sorrir for uma das mais formas de demonstrar a sutileza
Então sorrir não será invejável, senão compartilhável
Eu já senti que sorrir não era bom, era repreensível, como se não se alinhasse ao sofrimento já tão constante de existir
Mas o sorrir é uma forma de existir em si própria e com os entornos, que tecem uma melhor dança com todos meus contornos
Eu quero rir mais, não quero me culpar o riso.
Mesmo que o riso venha a vir em contratempo a tudo o que há de cruel que não posso conter com as minhas pequenas patas
É, ainda assim, uma maneira de lidar no contrapeso da hostilidade do mundo,
E com toda ela que me perpassa e que me dá forma
Que as pessoas estão em guerra eu já sei , mas quero eu trilhar outro caminho.
E rir em paz
🌱
Encontrando a medida entre a hostilidade e a serenidade
(202054)
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umametadeinteira · 7 months ago
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Frô frôr de frescor e sabores múltiplos
Ainda é meio estranho e assustador encontrar em mim um carinho que cresce (e que traz junto certo torpor)
Há uma vontade que parece se estender até o próximo encontro, e deste, parece fazer crescer dentro mais vontade, até um outro momento de se ver...
Você brinca com as palavras e eu pareço não as ter, pouco saber...
Vou de pouquinho me fazendo crer que esse algo gostoso não é ou está sob ameaça de nada e que se pode simplesmente ser,
porque simplesmente é, como se "a sua loucura se parecesse um pouco com a minha",
Dá vontade de te conhecer...
(voudeixando-meenvolver)
2054
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umametadeinteira · 7 months ago
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Às vezes passo um café de manhã cedo, antes de ir trabalhar, e lembro de você, me perguntando sem resposta qual será o seu tipo favorito
"o que será que você faz a essa hora?"
Algumas meditações me mostram que eu simplesmente devo desapegar, que não há nada mais sobre você com o que eu deveria me ocupar,
outras vezes elas me mostram o quanto eu ainda quero falar contigo
Lidar com a realidade da contradição é quase sempre desconfortável
Ainda bem que compartilhamos poucos dias da vida, mesmo que tenham sido dias bem intensos
Confesso que por vezes eu quero mensurá-los entre nós dois.
Qual é a unidade de medida da intensidade?
Me pergunto sem respostas sobre quantas marias por aí será que se apaixonaram sem saber em qual terreno estavam pisando.
Quantas você viu ser assim?
A rotina e as outras partes que preenchem e fazem sentido vão atenuando o incômodo que existe às vezes pela tua ausência e seus silêncios.
Não é para ser pesado...
...Você aceita uma conversa despretensiosa no parque às três da tarde?
(Fecho o bloco de notas do telefone com a forte sensação de que o que eu realmente gosto em você é a minha projeção, e não você mesmo)
201844
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umametadeinteira · 7 months ago
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Hoje foi um dia cheio de emoções confusas.
Difusas.
Estranhas.
Me estranho em mim.
Quando não me identifico,
Me desmancho?
Marco em meu interior
Essas manchas de...
Contradições?
Desavenças?
A desesperança me contamina.
Sentimento apocalíptico do Antropoceno.
Defendo-te, Mãe Terra
Mesmo quando é difícil até de crer em mim.
Sigo para e por te amar.
E todos os seus seres.
(201031)
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umametadeinteira · 7 months ago
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"não deixe que o fato de alguém não querer ficar com você diga mais para você do que você mesma" (sei lá quem em alguma anotação num de meus cadernos)
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umametadeinteira · 7 months ago
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Ainda bem...
...que te quero menos do que antes
Que hoje meu desejo não é mais tão fulminante
...que a descolonização da mente se reverbera em meu corpo(ou o contrário)
...que acalmou dentro de mim esse pranto lancinante da tua ausência ou dessa ânsia pela presença que é tão extenuante
O que seria esse quase delírio de te "esculpir em pedra" como se você de fato representasse isso tudo para mim?
O que é essa grande ilusão de que eu e você é uma conta que realmente se bem faz... dois tecidos que se bem costuram?
De onde tirei essas emoções? Em quais caixinhas estão guardadas em mim os mistérios sobre isso tudo?
Isso é... se não é que já não está tão nítido esse "absurdo"
Eu te desejei
E será que foi apenas ao teu corpo?
A essa troca sexual pulsante de um jeito não antes pulsado?
Ao algo que liberta esse desejante ser que me torno perto de ti?
Quais páginas do livro da sabedoria eu pulei?
Para me enfiar em armadilhas emocionais e psicológicas assim?
Não há reciprocidade
Há platonicidade
Nessa paixão há amor também,
Mas um tipo de amor que ainda desconhece seu próprio tamanho
Ou seja, não sabe se pequeno ou grande....
Mas o amor é um constructo, e nessa construção você não tem auxiliado, então ela não se sustentará
2034
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umametadeinteira · 7 months ago
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Quero
te olhar até que te tornes estranhamente familiar aos meus olhos, até que pareça que já olhei para cada centímetro de pele sua e que já conheço o seu olhar, ao ponto de o estranhar pela falta de sentido que isso tem
te ouvir até que sua voz não produza mais um som misterioso em minhas entranhas, até que não reverbere tanto mais em espaços recônditos que eu não ousava saber existir
Quero te tocar até que o sentir não seja assim mais tão delirante e desejante e desesperador
Quero te compartilhar em silêncio até que nenhuma centelha dele seja incômodo
Quero te encontrar até que se esgotem os cardápios possíveis dos lugares mais inóspitos que pudermos imaginar visitar
Quero saber quanto há em mim mais de te querer
Quero, nessa ambiguidade toda (por vezes recaindo em ilusão...),
Não perder os relances dos teus olhos amadeirados, e poder te dizer, dia após dia, que a cada dia que passa eles ficam ainda mais brilhantes, e que enxergo novos tons também enquanto o tempo passa
Sentir a melodia ou a cacofonia que suas cordas vocais produzem em cada espaço que acabam ocupando no passar das suas ideias, cantorias e gemidos, e agradecer por poder te escutar
Quero poder talvez não mais delirar, mas me deliciar com um magnetismo pungente e pulsante do encontro de nossas peles e corpos a cada vez y momentos que resultam em se encontrar, do gesto mais casual ao mais intencional, como os pólos que inevitavelmente resultam em se aproximar
Quero a calmaria da paz de saber que ao meu lado repousa e descansa alguém que amo, que respeito e que quero manter perto, na tranquilidade de sentir que isso é mútuo
Quero que não se esgotem as possibilidades de explorar o mundo.
Que ele seja tão misterioso quanto pode ser descobrir a mim mesma, que ele seja divertido e estimulante de se conhecer, de se viver e de ser feliz, y melhor ainda, assim contigo, sendo você também fonte inesgotável de um mistério que se tem coragem de querer viver
Quero não saber quanto mais vai meu querer, para não pousar na obviedade e monotonia que se melancoliza
Quero que não precise ter um fim declarado, mesmo que talvez as incertezas me façam sentir insegurança, quero um "começo-meio-começo" sempre espiralando, inspirando e expirando do ar da existência que gera vida e faz fluir, quero crescer, ser semente, semear e ser contente
Y que seja mútuo enquanto for, e que quando não mais for, que possa livremente deixar de ser, podendo se expressar sem tanto rancor e que saiba fazer ser livre a essas almas que sempre livres foram
2.02.4 sol-lá(r?)
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umametadeinteira · 7 months ago
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haja contradição nessa vida, viu...
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umametadeinteira · 7 months ago
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Sua ausencia vai se tornando um eco que se esvai até sumir
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umametadeinteira · 7 months ago
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De novo parece que é difícil começar a escrever, pois já não deixo simplesmente as palavras correrem e quero tudo controlar y contornar
Onde foi que suprimi minha alma poética?
Por quais veias não tem sido possível pulsar assim?
Por que as veias não têm simplesmente pulsado assim?
Elas pulsam, mas pulsam dentro em quase inércia
Eu sinto que há tanta criatividade por brotar
Y que já brotou
Y que brota espontaneamente quando há vontade de ser
Mas ela se encolhe logo em seguida
Com medo do julgamento
Do púlpito em que eu mesma, por algum instante, acho que estou.
Ser responsável pela própria vida é gigante
De uma grandiosidade que não dá para descrever
(Y nisso não cabe desconsiderar nossa interdependência, do contrário, sermos responsaveis por nós, em primeiro lugar, para sermos passíveis de colaborar uns com os outros verdadeiramente
A vida é complexa demais, com muitos (des)caminhos
Y necessito honrar todos eles
Quero poder ser sem tanto medo,
sem medo do que brota espontâneo e autêntico,
especialmente quando esse é amor
Quero falar de amor
Quero ser amor
Quero sentí-lo
E talvez compreender o que acontece quando ele está verdadeiramente presente
Y compreender quando a sua presença for apenas uma ilusão
Parte de mim quer me vomitar, pôr para fora tanto
Mas quem mereceria receber tantos escarros?
Quem poderia aceitar?
Onde reside o mutualismo?
Quando tantas das mesmas perguntas cessarão?
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