Tumgik
vaughansummer-blog · 8 years
Text
leave me to dream | pov
Talvez, se Summer não estivesse bêbada, houvesse conseguido se defender. Talvez, se não houvesse cometido tantos erros naquela noite, estivesse em seu chalé na hora do ataque. Talvez. Talvez. Talvez. Eram possibilidades demais para uma só realidade: estava na enfermaria, presa à cama, enquanto os outros campistas tinham a chance de honrar o sangue divino. E o pior: mal havia conseguido pensar naquilo durante o último dia, pois estava tão debilitada que eram raros os momentos em que conseguia se manter consciente. Escorregava sem perceber para um sono pesado sempre que se descuidava. Quando abria os olhos, conseguia ouvir o desespero dos outros: filhos de Apolo perdendo amigos e irmãos, guerreiros perdendo partes de seus corpos, gente inocente perdendo a vida. Às vezes, preferia se manter dormindo. Pelo menos não pensava no quão vergonhoso era estar ali.
Summer já havia lidado com muito. Já havia derrubado monstros com um celular. Já havia matado criaturas com seus punhos e seu instinto de sobrevivência. E, justo naquela hora, havia falhado. Estava tão bêbada e tão confusa que, no caminho para o chalé de Afrodite, não havia notado a confusão à sua volta. Até que algo gigante havia lhe agarrado e lhe arremessado contra as árvores. Havia sido salva por uma dríade que buscava desesperadamente por ajuda para sua árvore, que havia sido machucada durante a luta entre semideuses e monstros. Lembrava-se de muito pouco: havia conseguido dizer o nome da mãe à ninfa antes de perder a consciência e só recobrar os sentidos na enfermaria, rodeada por filhos de Apolo preocupados. Haviam lhe obrigado a ingerir ambrosia e suturado alguns cortes antes de lhe deixar em paz. Ao menos não havia tido uma concussão. Talvez crânios de semideuses fossem mais resistentes que aos dos humanos. Agora, estava acordada, e não conseguia parar de pensar. Não no que havia acontecido na festa, mas em sua situação atual. Tantos semideuses perdidos. A segurança do Acampamento destruída. Não tinha muitos amigos, mas se perguntava sobre o estado dos campistas que conhecia. Belladonna, a temida semideusa que havia derrotado uma quimera. Charlotte e seus intrigantes olhos negros. Nesta e sua língua afiada. Droga, até Elora. Podia detestá-la, mas não conseguia imaginar não a ter por perto. E nem podia lutar. Os enfermeiros haviam dito que nem com toda a ambrosia do mundo ela se recuperaria rápido. Algo a ver com sua perna. Ao olhar para baixo, viu que estava imobilizada. Era só o que lhe faltava: um osso quebrado. Não tinha uma chance de defender seu novo lar. Era só mais um fardo para os que tentavam lhe curar, mesmo preocupados com o que acontecia lá fora. Não conseguia suportar aquela situação. Fez, então, a única coisa que ainda podia fazer: rezou. Rezou para sua mãe e sua paixão pela harmonia; rezou para Ártemis e suas flechas certeiras. Rezou para Apolo, deus da cura. Por fim, rezou para Hipnos. Novamente, o sono chegava.
0 notes
vaughansummer-blog · 8 years
Text
“Sim, Summer. É meio irônico, na verdade, porque eu nasci no inverno. Acontece,” ela sorriu, lembrando-se da primeira vez que havia questionado a mãe sobre seu nome. Era uma homenagem ao amor de verão que lhe havia gerado. Na época, nunca havia lhe ocorrido que seu padrasto não era seu pai biológico.
Observou com curiosidade o garoto enquanto ele falava sobre o tal nome que assustaria os campistas. Não lhe parecia grande coisa, mas talvez houvesse chegado tarde demais para descobrir a glória da história de Kayla. “Não faço a mínima ideia de quem é, mas acho bem impressionante a parte de ir embora e voltar. Pra mim foi bem difícil chegar. Mas talvez seja só o meu sátiro que tinha alguns problemas de direção.”
Tumblr media
“Summer, que legal. Imagina só se tivesse alguém chamado Winter, ou Autumn, ou Spring. Vocês poderiam se juntar e formar o squad das estações do ano. Meu nome é Jack, moça, agora você sabe.” Respondeu, dando de ombros. “Ah, ela passou alguns anos aqui e depois desapareceu. Pelo o que ela me contou, ficou famosa por aqui por isso mesmo, sabe? Ter desaparecido e depois voltado. Ela dava aulas de arco e flecha até o início do ano, eu acho. Não sei se você conhece, Kayla Baudelaire.”
Tumblr media
32 notes · View notes
vaughansummer-blog · 8 years
Text
Summer havia fugido.
Bem, em sua defesa, não havia exatamente fugido. Alguém havia lhe trazido um papelzinho enquanto jogava verdade ou desafio com Belladonna e lhe pedido para voltar à festa, já que tinha uma tarefa a cumprir: tomar um shot no corpo de alguém. A criatura diabólica havia sugerido em seu ouvido que o fizesse com Bella, mas nunca passaria essa vergonha; já era demais ter dado seu primeiro beijo, desajeitado e entusiástico demais, naquele chalé vazio. Ela era mais velha e mais madura. Acabaria rindo de Summer se ela se animasse de novo.
Quando saiu do chalé, foi direto para a festa. Precisava encontrar uma vítima para o bodyshot. No entanto, alguém lhe encontrou primeiro: Charlotte. Algo em seu olhar lhe fazia se sentir vulnerável, e o álcool nublava sua mente, transformando seus sentimentos em uma confusão. Não sentia inveja das garotas, afinal; sentia desejo.
Deixou que Charlotte lhe puxasse em direção ao chalé de Poseidon, preocupada em manter alguma decência. Sentia que todos lhe olhavam. Todos viam como era jovem, inconsequente e covarde. Todos viam que não passava de uma presa fácil em um acampamento de predadores. Levantou a cabeça e tentou não dirigir o olhar a nenhum campista, como se soubesse muito bem o que estava fazendo. 
— ⚜ you make it look like it's magic┇lottie and summer ❞
@vaughansummer
Quando recebeu o papel de Kevs falando sobre um de seus desafios, Charlotte não pôde evitar um sorriso cheio de lascívia em seus lábios. Não era o jeito que pretendia acabar sua noite, de forma alguma, era muito melhor do que o planejado. Houveram alguns imprevistos antes de cumprir o desafio, porém, incluindo o maldito ataque ao seu olho esquerdo, que, naquele momento era coberto por um curativo preto. Já havia ido à enfermaria, assim como já havia chorado com Ivory durante bons minutos. Naquele momento, porém, era hora de se divertir, de cumprir seu desafio, que teria vindo de bom grado não fosse por aquele curativo que certamente atrapalharia sua visão da filha de Afrodite.
Foi ao quarto, onde tirou a maquiagem borrada devido ao choro e passou uma nova, constituída por um delineador, rímel e batom preto, basicamente. Observou-se no espelho e, pelos deuses, aquela roupa a atrapalharia de tantas formas que era impossível contar. Decidiu trocar-se também, então, substituindo a roupa antiga por uma saia preta de cintura alta e um top cropped de couro. Por fim, olhou-se no espelho novamente. Não se sentia exatamente confiante, mas sabia que Summer iria gostar mais do que ela.
Saiu pelo acampamento, alguns olhares sobrecarregando seus ombros, mas nada com que não pudesse lidar. Não demorou mais de alguns minutos para encontrar a semideusa que fazia parte de seu desafio perto de Kevs. Piscou para o filho de Dionísio, que retribuiu com um sorriso malicioso para Charlotte, afinal, ele já sabia o que aconteceria. Foi na direção de Summer e sorriu para ela. “Não pergunte.” Pediu, referindo-se ao curativo preto no olho. Pediu para Kevs uma garrafa da melhor bebida que tinha ali e segurou a mão da filha de Afrodite. “Está ocupada? Tenho uma coisa pra você no chalé de Poseidon. Os filhos dele devem ter se afogado em algum lugar e, por isso, temos aquele lugar só para nós duas. E eu sei, é uma afronta ao deus e blá, blá, blá, mas qual seria a graça se não tivesse nada errado no meio, uh?” O sorriso lascivo se desfez quando Charlotte olhou nos olhos de Summer e, imediatamente, mordeu o próprio lado. Só esperava que ela aceitasse sair dali logo.
2 notes · View notes
vaughansummer-blog · 8 years
Text
O jeito ácido de Charlotte lhe divertia. Ela não tinha papas na língua, era sincera com todos o tempo todo, e aquilo fazia Summer se sentir segura; sabia que sua companhia estava sendo apreciada pois, se a filha de Hades não gostasse dela, nem estariam conversando.
Por causa disso, quando outro elogio saiu dos mesmos lábios venenosos que atacavam sua meia-irmã, não soube reagir. Era, definitivamente, um flerte. E Summer nunca havia flertado com ninguém. Não podia enrubescer e fugir como já havia feito em uma outra situação, nem flertar de volta pois soaria patética, então o que faria?
Foi salva quando a garota lhe encarou com os belos olhos negros e disse que buscaria mais bebidas. Bebidas eram ótimas. Se não lhe trouxessem confiança, lhe trariam coma alcoólico e amnésia. Assentiu, tentando canalizar toda a sua confiança no sorriso que direcionou a Charlotte.
“Pode ser.”
Tumblr media
Não sabia porque estava elogiando, de certa forma, uma filha de Afrodite. Odiava cada uma delas, desde o jeito como veneravam aquela mãe idiota até a forma como usavam a própria beleza. Odiava cada uma delas porque, céus, já havia sido exatamente igual, praticamente uma prole da deusa da beleza e do amor que, vinte anos atrás, havia amaldiçoado a filha de Hades e só causado problemas em sua vida. Afinal, fora a deusa quem fizera com que Charlotte, agora, parecesse assustadora ou, pior que isso, feia. Era feia.
Sua aparência, porém, não parecia importante para Summer. Não sabia exatamente o porquê, mas gostava de se sentir quase comum com a semideusa. Ela não ficava encarando exatamente seus olhos, mas a face inteira, o que fazia com que a Reid se sentisse confiante a prosseguir com os elogios péssimos e a tentativa pior ainda de conseguir ser simpática.
“Ugh, Elize, nem parece que vocês são irmãs. Quero dize, desculpa, mas ela é eca.” Fez uma careta, fazendo com que os olhos negros brilhassem minimamente em pura diversão. Perguntava-se como era possível que Summer fosse tão mais suportável que suas irmãs. “Não comove, causa outra coisa. Enfim. Eu ‘tô indo buscar outra bebida dessa verde para mim, quer uma?”
Tumblr media
15 notes · View notes
vaughansummer-blog · 8 years
Text
Summer viu o fogo se levantar e ouviu a voz da pessoa que conversava com a deusa novamente, dessa vez cheia de gratidão. Sabia de quem era aquela voz, mas não conseguia ligá-la a nenhum rosto conhecido. Até que ela se virou.
Era a filha de Perséfone. Belladonna Thorn. Já haviam se encontrado antes; era uma tarde clara e quente demais para que Summer ficasse em seu chalé, e ela havia lhe acolhido e lhe mostrado a estranha mistura de ferocidade e delicadeza que lhe tornava única. Contou-lhe histórias de quando vivia entre mortais e ensinou-lhe sobre a linguagem das flores, transitando entre a beleza e o horror como se fosse apenas parte de sua natureza. E ela havia fugido, como a pateta que era. 
E agora se encontravam de novo.
Summer havia sonhado com ela quase todos os dias desde que haviam se conhecido. Belladonna lhe salvava de seus pesadelos e lhe falava de flores que ela não conhecia e de histórias mais antigas do que qualquer um que já havia pisado naquele Acampamento. E agora estava em sua frente, tocando-lhe com delicadeza e lhe fazendo perguntas que não chegavam a seus ouvidos. Ela estava atordoada com a proximidade das duas. Talvez não estivesse mais acostumada a viver em sociedade, mas não conseguia agir naturalmente com alguém tão perto dela assim. 
“Perdão,” pediu em voz baixa, sem confiar na altura normal de sua voz. Tinha certeza de que estava trêmula. “Eu só estava... passeando.”
truth or dare | Summer & Belladonna
          Belladonna havia se exposto demais. Talvez fosse arriscado desguarnecer tão despudoradamente o seu coração, principalmente para um olimpiano; eles certamente saberiam como destruí-la se quisessem, se ela assim continuasse. Mas era de sua natureza sentir em dobro, sem medo, sem imposição de limites. Ela sentia e sentia e quebrava. Mil pedaços soprados ao vento. Mas às vezes ela os recolhia e os guardava, poderiam ser de bom uso algum dia. E desta vez foram. Seus cacos jaziam reunidos em forma de oferta, em forma de arte. Prateados e brilhantes. Já era tarde demais para recuar. Se a deusa da caça já a achava ousada antes, agora a tomaria por covarde. Thorn não esperava mais do que um solene crepitar da fogueira ao entregar seu singelo presente. Não queria bençãos, não temia maldições. Nem mesmo pensava em ofertar à deusa até que uma vontade súbita encheu seu coração, numa noite recente, ao olhar para as estrelas. Mas o inferno que surgiu fez seus ossos estremecerem. As chamas guarneceram o seu espírito ao lamberem o próprio céu: vermelhas, torpes e selvagens. E ela pôde ouvir uma voz. Ecoava dentro de si, para si. Era poderosa. Ela protegeu os olhos fechados com as costas das mãos e permaneceu em seu posto, atônita, até que o fogaréu cessassem e o clarão voltasse às antigas proporções. Ao seu lado, uma flecha, como a voz havia dito. Ela sorriu agridoce, pegando o objeto nas mãos com cuidado. “Eu… Eu mereço isso?” Bella deixou escapar, fitando a pálida luz do luar. Tinha as orbes marejadas e um sorriso grato surgindo no rosto. “Obrigada, senhora. Farei bom uso, prometo.”
          E ao virar-se, notou os olhares assustados e confusos dos outros semideuses. Entre eles, aquela que chamou-lhe a atenção pelo craquear das folhas em que pisara. Summer. Ela estava perto. Talvez tivesse ouvido. Talvez todos os outros também tivessem escutado. A bochechas da mulher entraram em combustão como a própria fogueira, sucumbindo ao tom de vermelho mais bonito já pintado pelos deuses: o de seu próprio sangue. As chamas haviam ido embora e tudo que lhe restara agora era o vento bagunçando seu cabelo enquanto a encarava, incerta do que deveria dizer. Deveria se explicar? Ou Ignorar e ir embora? As lembranças do sofrimento de seu meio-irmão ainda estavam frescas em sua mente, e ela precisava de algo que as empurrasse pra fora. Era tempo de festa. Seria uma desfeita não se animar. “Você está bem? Se machucou?” Ela perguntou, o tom de voz doce carregado de preocupação. Se aproximou da outra e segurou sutilmente os seus braços, checando a pele alheia em busca de queimaduras, tocando sutil a epiderme também de seu rosto. Mas nada havia encontrado. Estava intacta, suspirou aliviada. O calor das chamas, por outro lado, havia queimado os poucos e ralos fios do ante-braço de Belladonna e chamuscado o seu cabelo. E ainda assim,  ela sorriu. “Por que se aproximou tanto da fogueira, meu bem? Poderia ter se queimado.”
2 notes · View notes
vaughansummer-blog · 8 years
Text
“Meu nome é Summer, garoto que eu não sei o nome,” ela levantou as sobrancelhas, imitando o tom dele, mas sorria. “E, realmente, todos eles agem como se o mundo fosse uma piada interna na qual nós novatos não estamos inclusos. Mas você, pelo visto, tem uma carta na manga pra usar contra eles. Que nome é esse, que faria até os anciãos malvados tremerem na base?”
Tumblr media
“Graças aos deuses, eu não aguento mais reclamar com gente não quer ouvir, eu sou obrigado a falar mais! Quer dizer, mais do que eu já falo.” Assentiu para as informações e pegou seu gravador repetindo-as para o aparelho. “Mais alguma coisa, huh, garota que eu não sei o nome? Squad dos novatos, ‘tá aí uma ideia legal. Tem gente aqui que realmente se acha dono do mundo só porque tem uns pingentes naquele colar bobo. Eu poderia ser um mané e dizer um nome pra eles e todo mundo ia tremer, mas sou um amor de pessoa. Valeu, querida, mas não precisa. Eu sei chutar a bunda das pessoas.”
Tumblr media
32 notes · View notes
vaughansummer-blog · 8 years
Text
truth or dare | Summer & Belladonna
Estava se tornando um hábito para Summer explorar o Acampamento. Ainda mais agora, com a festa a todo o vapor e o cheiro de álcool no ar. Não se sentia bem-vinda, não tinha assunto com quase ninguém, não confiava naquele bando de jovens bêbados. Mesmo havendo organizado a festa, não havia achado seu lugar. Talvez houvesse pensado demais nos outros e de menos em si mesma. Não seria a primeira vez.
Saiu andando pela praia, encontrando alguns casais aleatórios que certamente seriam amaldiçoados e algumas pessoas solitárias atracadas com garrafas. Não era má ideia atracar-se com uma também, e havia ficado encarregada da barraca de bebidas por tempo o bastante para saber aonde encontrar uma cheia. Voltou à festa, passando pela multidão sem pedir licença, e chegou à barraca até que rápido com a ajuda de seus cotovelos. Não se explicou ao semideus que agora manuseava as bebidas, apenas pegou uma garrafa de uísque começada e saiu. Ainda não havia terminado de explorar.
Abriu a garrafa e tomou um gole enquanto andava, sentindo o gosto quente e forte em sua boca. A sensação do líquido descendo por sua garganta como fogo lhe agradava. Havia começado a beber após fugir de casa, para fugir da crueldade do inverno, e havia algo de confortável sobre a fervência do uísque em sua língua. Mesmo agora, com o calor, era como se a bebida lhe esquentasse por dentro, desatando os nós de seu coração no caminho. Lhe fazia ver o mundo com outros olhos, olhos menos desconfiados, mais dispostos a ver a beleza que lhes rodeava. A beleza das pessoas à distância, dançando e rindo com quem amavam, e a beleza das árvores centenárias que agora lhe rodeavam, sussurrando as histórias das gerações que lhe haviam antecedido. A beleza de uma fogueira que deveria ser o centro das atenções, mas com a qual ninguém se importava agora.
Ninguém, exceto por uma pessoa.
Summer a ouviu antes de vê-la. Era dona de uma voz suave, porém forte; o tipo de pessoa que não precisava levantar a voz para chamar atenção. E suas palavras transmitiam uma miríade de sentimentos. Parou, tomando mais um gole de uísque, e começou a ouvi-la, como se algum tipo de feitiço a houvesse encantado. Ouviu a tristeza em sua voz e uma adoração que não era dirigida a Ártemis, mas a algo ou alguém do passado. Não conseguiu não se aproximar. Quando finalmente conseguiu vê-la, algo aconteceu: o fogo levantou-se, tomando cada vez mais altura, parecendo que iria engolir a jovem cuja silhueta era complementada pelos tons intensos de vermelho, amarelo e laranja. Era uma cena quase surreal. Parte dela queria correr, mas parte dela queria se aproximar, deixar o fogo lhe tocar. Conhecer a figura enigmática que estava em frente a ele. E foi então que os pés de Summer lhe traíram; sem lhe dar a opção de fugir, esmagaram uma folha seca, produzindo um som claramente audível por qualquer um que prestasse atenção.
2 notes · View notes
vaughansummer-blog · 8 years
Text
Charlotte estava flertando com ela.
Não, não era possível. Não estava flertando com Summer. Mesmo sem a crosta de sujeira que havia adquirido durante seu tempo na rua, ela não era lá aquelas coisas, ainda mais perto de suas irmãs de chalé. Ou perto de qualquer ser vivo, se fosse ser sincera. E Charlotte era, bem, Charlotte. Tinha um charme estranho e aquele ar de filha de Hades. Como ela mesma havia dito, as crias do submundo e a deusa da beleza não eram melhores amigas. Ou talvez ela tivesse algo pessoal com Afrodite. Aparentemente, sua mãe divina adorava distribuir maldições.
Droga. Estava encarando de novo.
“O nome não é ambição. É cooperação. E a Elize me forçando a honrar a nossa mãe ou algo assim,” deu de ombros como se aquela parte da história não fosse importante. Perguntou-se se o charme de Afrodite afetaria Charlotte se tentasse, e então se amaldiçoou por estar pensando aquele tipo de coisa. “E é bom saber que essa minha cara te comove. Vou fazer ela mais vezes.”
Tumblr media
Não aguentava mais aquela festividade idiota. Entendia que era importante e tudo o mais. Entendia, também, que haviam muitas pessoas se esforçando desde que fora anunciado que era Ártemis a deusa homenageada do mês. Entretanto, não entendia, de forma alguma, porque parecia tão importante ganhar uma bênção mensal. Não duraria mais de um mês, afinal, e, por isso, não devia ser tão valorizada como estava sendo. Mas eis que muitos semideuses olhavam de cara feia (mais do que o normal) para a filha de Hades.
Haviam mil motivos para aquelas caras, era óbvio, mas não esperava que maior agilidade ou destreza com um arco fosse o suficiente para que o ódio se espalhasse entre os semideuses, e não a paz e união. Todos haviam se esforçado muito mais do que o grupo G, sim, mas se haviam ganhado, havia algum motivo. Criatividade, talvez, não era isso que importava, porém. Charlotte não se importava com a bênção e certamente daria para alguém que estava quase morrendo por ela.
Alguém como Summer, por exemplo, que parecia desesperada pela bênção e, mais do que isso, irritada com Charlotte por, de alguma forma, aquilo ser culpa dela. A festa estava maravilhosa, era verdade, e Lottie achava que merecia devida atenção. Tinham se esforçado muito mais, mas, mesmo assim, ali estava a filha de Afrodite, reclamando com a filha de Hades de sua perda.
“Eu não tenho um saco, amor, porém, se tivesse, ele estaria sendo coçado, sem dúvida alguma.” Um sorriso irônico apareceu em seus lábios e Charlotte teve vontade de sair dali e ir direto para Kevs em busca de mais bebidas para aguentar toda aquela movimentação ao seu redor. “Ei, talvez seja por isso que não ganharam, já parou para pensar? Usaram de semideuses além do próprio grupo para ganharem. Ambição em excesso, querida, é uma bela merda. Mas, ei, não fica com essa carinha, ‘kay? Fica adorável e a última coisa que eu quero é achar uma filha de Afrodite adorável. Sabe como é, eu e sua mãe não somos exatamente amantes.”
Tumblr media
15 notes · View notes
vaughansummer-blog · 8 years
Text
“Bem, você veio reclamar com a pessoa certa. Eu meio que organizei a festa, junto com mais algumas pessoas, então posso te atualizar. A festa é pra Ártemis, os drinques estão incríveis e se você pegar alguém, vai ser amaldiçoado,” Summer contou as informações nos dedos, tentando se lembrar de mais coisas relevantes para contar ao garoto à sua frente. “E eu também sou nova aqui, então acho que a gente devia se unir. Squad dos novatos ou algo assim. Eu chuto a bunda de quem não for suave com você e tal.”
Tumblr media
“Quer dizer, eu literalmente acabei de sair da enfermaria e já sou jogado em uma festa pelos meus novos companheiros de chalé. Não estou reclamando, claro que não, o clima aqui ‘tá bem legal até, apesar de eu não saber me locomover por aqui e não saber uma coisa sobre o motivo dessa festa. Eu só agradeceria se alguns pares de mãos por aqui fossem mais suaves porque muitos lugares do meu corpo ainda doem.”
Tumblr media
32 notes · View notes
vaughansummer-blog · 8 years
Text
Charlotte era esquisita.
Não havia outra palavra para descrevê-la: era impossível ler as emoções da garota, que mostrava mil facetas de sua personalidade em uma fração de segundo, como se não fosse nada. Era como se ela pensasse que seu ritmo estava correto e o do resto do mundo estava, simplesmente, equivocado. Summer não sabia se lhe admirava ou queria lhe bater.
Hoje, no entanto, queria lhe bater. Ou bater em Ártemis, mas conhecia a deusa havia mais tempo do que conhecia Charlotte e ela não tinha o poder de lhe amaldiçoar se levasse uns tapas, então seria mais proveitoso escolher a primeira opção. Seu rosto ficaria ainda mais lindo com um nariz quebrado, mas não era novidade: desde que Summer havia chegado, aquela criatura só ficava mais bonita e estranha. 
Não havia notado que, durante o desenvolvimento de seu monólogo interno, havia encarado Charlotte por mais do que só alguns segundos. Se perguntou se também estava babando; parecia que chegar no Acampamento havia virado sua cabeça, pois não conseguia parar de reparar na beleza das garotas. Aquilo era especialmente estranho, afinal nunca havia sido invejosa. De qualquer maneira, precisava disfarçar o motivo de seu olhar, e precisava fazê-lo rápido, antes que ficasse (mais) estranho.
“Eu não acredito que vocês ganharam. Sem querer desmerecer o templo, mas vocês coçaram o saco o mês inteiro enquanto o meu grupo se matava! Eu tive de seduzir um filho de Hefesto! Agora eu tô com medo de ser aleatoriamente agarrada só porque precisava descobrir como se constrói uma biga!”
Tumblr media
Sentia os tapinhas nas costas devido à bênção que havia acabado de receber e, céus, já estava cansada de revirar os olhos para aquelas pessoas, mesmo que nenhuma percebesse que ela o fazia. Já tinha bebido o suficiente para conseguir abrir um ou outro sorriso, o mal humor aos poucos indo embora, enquanto alguns de seu grupo estavam completamente orgulhosos e tudo o mais. Ser considerada a líder de tudo aquilo, porém, parecia chamar atenção. Quando alguém veio reclamar, o sorriso de Charlotte aumentou e ela finalmente tinha conseguido uma brecha para reclamar. “Essa, meu caro, é a prova de que os deuses não estão nem ai para o quanto você se esforça ou para o quanto é devoto a eles. Eles querem coisas que estampem suas malditas caras e grite que são importantes.” Sussurrou enquanto estava próxima à pessoa, mas logo se afastou, abrindo um sorriso gentil. “Não se preocupe, meu amor, aposto que ganha da próxima vez.”
Tumblr media
15 notes · View notes
vaughansummer-blog · 8 years
Text
“Então sai da fila. Nós do grupo D não fazemos caridade pra ninguém.”
Tumblr media
        Uma dracma por um drink? Não vou pagar por isso.
Tumblr media
11 notes · View notes
vaughansummer-blog · 8 years
Text
Summer revirou os olhos, encarando Heaven em seguida. De angelical, o garoto só tinha o nome. “Acho que você precisa de uns orgasmos. Quem sabe assim não para de cuidar da vida alheia?”
Tumblr media
         Três horas esperando sua irmã se arrumar para festa estressou Heaven. Não era como se pudessem fazer algo realmente divertido, qualquer coisa poderia ofender a Deusa Caçadora. É claro que, no fundo, o platinado pouco se importava. A noite mal havia começado e todos que chegavam perto do rapaz acabavam se afastando zangados. Ora, se não aguentavam pequenas verdades, imagina se ele não omitisse parte do que, de fato, achava. ❛ —— Ártemis é uma piada. Se não tivesse matado o próprio boy magia, estaria bem menos amarga. Nem a cabeçuda da Coruja é assim. Deve ser porque ela tem orgasmos mentais. ❜
Tumblr media
8 notes · View notes
vaughansummer-blog · 8 years
Note
📱
What ringtone my muse has set for yours: nenhum. o celular dela fica no silencioso.
What contact photo my muse has set for yours: 
Tumblr media
What my muse thinks of the way yours texts: a Summer ama o jeito como a Evie tenta ser cool até digitando. 
How quickly my muse responds to your texts: o mais rápido possível.
How often our muses text: sempre. pra combinar de lutar, pra reclamar da vida, pra falar mal dos outros...
How often our muses call: raramente, porque a Summer prefere invadir o chalé da Evie e ficar lá conversando com ela.
Does my muse purposefully miss calls from yours: ela nunca faria isso. a Evie é uma das pessoas preferidas dela no Acampamento.
Last text sent from my muse to yours: (21:38): o nome disso é sincericídio, Evie
0 notes
vaughansummer-blog · 8 years
Note
top 5 pessoas que pegaria do camp
1. Elora
2. Valerie 
3. Nesta
4. Charlotte
5. Kora
1 note · View note
vaughansummer-blog · 8 years
Note
📱
What ringtone my muse has set for yours: nenhum. o celular dela fica no silencioso.
What contact photo my muse has set for yours: 
Tumblr media
What my muse thinks of the way yours texts: a Summer adora o jeito como ela nunca usa caps lock, mesmo quando está brava.
How quickly my muse responds to your texts: o hobby preferido da Summer é dar vácuo na Elora. especialmente se a Elora for atrás dela pessoalmente por causa disso.
How often our muses text: quase nunca, porque a Summer ama ver a Elora atrás dela pelo Acampamento.
How often our muses call: nunca.
Does my muse purposefully miss calls from yours: sempre. a cara de brava da Elora quando ela faz isso é impagável.
Last text sent from my muse to yours: (15:15): se eu der na sua cara, vai contar como maus tratos aos animais? 
3 notes · View notes
vaughansummer-blog · 8 years
Note
📱
What ringtone my muse has set for yours: nenhum. o celular dela fica no silencioso.
What contact photo my muse has set for yours: 
Tumblr media
What my muse thinks of the way yours texts: a Summer adoraria bloquear o Zach, mas tá muito ocupada sendo entretida pelas cantadas de pedreiro que recebe de vez em quando dele.
How quickly my muse responds to your texts: ela faz charminho, mas acaba respondendo rápido.
How often our muses text: raramente. de vez em quando, a Summer acorda especialmente chata e começa a importunar ele, ou ele manda uma cantada aleatória que ela tem certeza que ele mandou pra todas as outras garotas da lista de contatos.
How often our muses call: nunca. é mais fácil falar pessoalmente.
Does my muse purposefully miss calls from yours: sim. a Summer sempre odiou falar ao telefone, então prefere ignorar quando ele tenta ligar.
Last text sent from my muse to yours: (03:11): eu não aguento mais os seus haikus, me tira dos seus contatos pfvr
0 notes
vaughansummer-blog · 8 years
Note
Persephone
Persephone:What one thing have you not done that you really want to do? What’s holding you back?
Eu queria matar a Elora. O que está me impedindo é a legislação que diz que eu iria presa se fizesse isso.
Tumblr media
0 notes