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Dark Night (on Wattpad) https://my.w.tt/VxBcRa8GOR 

 Algumas coisas precisam ser esclarecidas antes de qualquer outra coisa. Como diabos ela tinha ido parar ali? Como ela tinha ficado tão machucada? Ela mesmo gostaria de ter as respostas para aquelas perguntas. Ajudaria muito a entender porque sua cabeça e seu corpo doíam tanto. No entanto, ela não estava sozinha, havia algumas pessoas com ela.

 E elas pareciam estar com medo, talvez com medo dela. Outras pareciam desesperadas e algumas gritavam. Ela achou que em um determinado momento, alguém tentou falar com ela, mas tudo que conseguiu foi encarar o borrão que era o rosto dessa pessoa até que ela desistisse e fosse embora. Ela só conseguia sentir frio e dor. T

inha algo, algo muito importante que ela precisava lembrar. Sua vida dependia disso, não sabia como, mas tinha certeza disso. Naquele momento, era a única coisa que tinha certeza. Mas tudo o que conseguiu fazer foi deitar no chão e esperar pela escuridão. Assim que ela chegou, todo o barulho parou e ela pode descansar em paz.

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Ela nem deveria estar ali.

Fazia frio e ela estava sozinha. A neblina tomava conta de tudo e o barulho das folhas sendo quebradas a cada passo que dava preenchia a noite. Sua respiração estava pesada pelo esforço e seu casaco mal a aquecia. Mas ela não desistiu. Continuou.

Continuou andando por quase duas horas. Andando devagar com medo de tropeçar em algum galho ou animal. Tendo companhia apenas de seus pensamentos. Começou a pensar em tudo e em nada ao mesmo tempo. Talvez não tinha sido uma boa ideia ter calçado aquelas botas. Talvez devesse ter pegado algo para beber. Talvez nem devesse ter saído de casa.

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Você demorou. - ele falou ainda envolto pelas sombras do trailer. Só era possível ver a sua silhueta.

Ela deu um pequeno sorriso. É claro que ele iria perceber que havia alguém se aproximando. Ele nunca deixava passar nada. Nunca abaixava a guarda.

- Precisei pegar algumas coisas.- ela balançou a pesada mochila que estava em seu ombro.

-Então já está na hora novamente. - sua voz era calma. Como se já esperasse por aquilo.

-Sim.- foi tudo que ela falou. Não precisava dizer mais nada. Ele entendia.

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Agora ele cantarolava enquanto abria os armários da pequena cozinha e preparava um sanduíche para ela. Nem parecia estava pronto para a briga. Que no seu cinto havia dois objetos mortíferos. Uma adaga pequena, mas afiada e uma pistola carregada com balas de madeira.Sua pele morena brilhava com a luz das velas e sua barba por fazer indicava que ele tinha ficado por ali muito pouco.

Ele vestia uma calça jeans, uma blusa clara e um grande casaco de couro. No pulso, uma pulseira com os símbolos da sua fraternidade. Ele nunca a tirava. Era seu medalhão da sorte. Algo para lembrar dos tempos antigos e uma identificação para aqueles que sabiam a verdade. Quem visse aquele símbolo sabia que ele era um protetor. E também um caçador.

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Faz duzentos anos que ela não conhece um lugar para chamar de casa. Não conhece ninguém para chamar de família. Não cria raízes em lugar nenhum. Ela precisa continuar fugindo. Pois, a ameaça espreita...

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Saudades 💔