#Fantasmas do Espelho
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naipedecosmus · 2 years ago
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Fiz isso pro trabalho da faculdade, e tô muito orgulhoso do resultado 🥹
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hansolsticio · 5 months ago
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★ ˙ ̟ ─── . “ただいま”.
— noivo! jeonghan × leitora. — 𝗰𝗮𝘁𝗲𝗴𝗼𝗿𝗶𝗮: sugestivo. — 𝗽𝗮𝗹𝗮𝘃𝗿𝗮𝘀: 4164. — 𝗮𝘃𝗶𝘀𝗼𝘀: choro, saudade, linguagem imprópria, insinuação de sexo, tiquinho de degradação & tesão acumulado [♡]. — 𝗻𝗼𝘁𝗮𝘀: se ele não vem, eu trago ele por conta própria.
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𝒔𝒊𝒏𝒐𝒑𝒔𝒆. jeonghan finalmente está em casa.
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Olhou-se no espelho pelo que julgava ser a oitava vez naquela noite. Nada precisava de retoques, nada estava fora do lugar. Então por que tanta inquietação em se manter “perfeita”? Não lembra de ter agido assim nem no primeiro encontro de vocês dois. Jeonghan nunca te deu abertura para se sentir qualquer coisa abaixo de deslumbrante na presença dele. Então por que achava que seu coração ia sair pela boca assim que o visse atravessar a porta?
Revisitar memórias não ajudava com a ansiedade. Havia passado a noite anterior em claro — apesar de todos os alertas que ele te deu sobre você precisar descansar. Tentou ler entre as estrelas até sabe lá que horas, na expectativa que elas te descrevessem exatamente como seria vê-lo novamente pelo que parecia ser a primeira vez. Sorria para si mesma. Tentava fechar os olhos. Mas quando se dava conta já estava fantasiando outra vez, suspirando sozinha.
Cinco meses é um tempo longo. Aprendeu muito sobre si mesma. Entendeu que definitivamente não havia nascido para relacionamentos à distância. Todas as ligações e mensagens trocadas mantinham a sua paz, mas estavam longe de sanar a falta que ele te fazia. A mais estranha das descobertas talvez tenha sido aceitar que vê-lo constantemente pelos cantos da casa como uma espécie de fantasma não te tornava louca — memórias às vezes se materializam na frente dos nossos olhos.
“Você vai abrir um buraco no chão desse jeito.”, o timbre doce foi como um estalar de dedos em frente ao seu rosto. Cessou o caminhar ansioso que sequer sabe quando começou. Sua cunhada te encarava do sofá, o rostinho parecia muito entretido com a sua inquietude. “Tá tão nervosa assim?”
“Você vai fingir que acredita se eu disser que não?”, tentou se sentar e finalmente ficar quieta, mas a perna balançava involuntariamente.
“Não...”, brincou. Ela lembrava Jeonghan quando agia assim. “Fica tranquila. Vocês se falaram todos os dias. Não é como se fosse sua primeira vez vendo ele na vida.”
“Mas é diferente. Não sei…”, brincou com a aliança no seu dedo anelar. “E se eu tiver mudado muito?”
“Não mudou.”, ela tentou assegurar, mas ficou claro que não ajudou em muita coisa. Talvez outra estratégia ajudasse: “Ele já chorou por sua causa na minha frente, _____. Garanto que nada que você fizer vai mudar o que ele sente.”, relembrou algo que só havia te contado depois de muita pressão sua. Você sequer teve acesso aos detalhes ou ao motivo específico, só sabia que o acontecimento em si era meio inacreditável — Jeonghan não era de chorar na frente de ninguém.
“Inclusive…”, olhou em volta, temendo que seu noivo brotasse do chão. “Quando que ‘cê vai me contar essa história direito?”
“Não posso. ‘Tô sob ameaça.”, o olhar da mulher tornou-se distante. Jeonghan sabia demais, não era alvo fácil para ninguém.
“Mas ele não vai adivinhar que você me contou.”
“Com ele tudo é possível e você sabe disso.”, rebateu e, infelizmente, tinha razão até demais.
“Qual seu preço?”
“Não tenho um.”, deu de ombros.
Errado. Todo mundo tinha um preço.
“Eu te conto onde ele esconde a chave da gaveta da escrivaninha.”
“Ele te contou?!”, os olhos dela triplicaram de tamanho. “Meu diário ‘tá lá dentro tenho certeza!”, estalou a língua no céu da boca. O acontecimento retomava a infância deles dois, Jeonghan havia tomado posse da gaveta antes que ela conseguisse tirar todos os pertences de dentro — eles sequer moravam mais na casa, mas a disputa ainda continuava viva.
“E então? Temos um acordo?”, questionou convencida. A mulher ergueu o mindinho — sinal universal de promessa.
A porta se abriu.
Tudo era possível com Jeonghan.
Os olhares se voltaram para a entrada. Até mesmo sua sogra veio correndo da cozinha com as mãos envolvidas num paninho, secando-as como podia. A silhueta conhecida entrou logo após um homem mais velho e você jura ter esquecido como respirar — a ação não era tão involuntária quanto parecia. Levantou-se meio hesitante, não via mais nada no cômodo.
Jeonghan era exatamente o mesmo. A mesma pessoa que você via em pensamento todos os dias. O cabelo crescido não era novidade, viu todo o processo nas inúmeras fotos e ligações que compartilharam. A camiseta branca e a calça de coloração escura abraçavam todo o corpo dele. Droga, secava-o sem a menor vergonha na cara e não parecia ter previsões de parar. Nem a euforia que se instaurou no ambiente foi capaz de tirar do transe estranho no qual ficou presa, a recepção era calorosa — estava claro que você não era a única ali morrendo de saudades dele.
O borrão de quando você foi envolvida num abraço apertado não foi registrado pelos seus olhos — que já embaçavam um pouco. O cheiro dele encheu seus sentidos, de repente não era mais capaz de respirar. Presa no limbo entre estar totalmente fora da sua zona de conforto ou finalmente estar em casa novamente.
"Tava com tanta saudade...", o sussurro invadiu sua audição, o coração ardeu. "Eu te amo.", era inquieto, agora selava sua boca quantas vezes conseguia fazer caber no meio das sílabas. "Te amo tanto, meu amor.", te apertou novamente, nem ele mesmo parecia acreditar que te tinha outra vez.
"Eu vou chorar.", você murmurou contra a pele dele, a vibração baixinha fez o homem se arrepiar. Havia confessado mais para si mesma que para ele, sentia-se sobrecarregada. Todas as lágrimas que ensaiou conter quando esse exato momento acontecesse ameaçando deixar os seus olhos.
"Aqui?", envolveu sua nuca entre os dedos. "Você prometeu que não ia.", relembrou, aconchegando seu corpo no abraço como se já previsse. O soluço baixinho que escapou fez você tentar se esconder ainda mais no pescoço dele, os olhos ardendo mesmo fechados.
"Você tá borrando minha maquiagem.", fez birra, tentando desviar a atenção de algum jeito. O torso dele balançou num risinho contido.
"Tô, bebê?", retribuiu a energia, esticando-se como pôde para deixar um beijinho no seu cabelo. O apelidinho te balançou, havia sentido tanta falta de ouvi-lo te chamar assim pessoalmente. "Desculpa."
"Eu também te amo.", tentou conter o embargo da voz. Enxugando as poucas lágrimas que restavam para finalmente olhá-lo nos olhos outra vez. "Nunca mais fica longe assim.", pediu, sentindo outro nó na garganta — quase irritava-se consigo mesma por não conseguir conter o choro. Jeonghan franziu a testa em angústia, sentia como se tivesse levado um soco no estômago. "Eu não consigo fazer isso de novo.", negou com a cabeça. Ele envolveu seu rosto entre as mãos, apoiando a testa contra a sua.
Vocês tinham total consciência de que eram observados, eram como celebridades naquela casa. A família sempre demonstrou muito apreço pelo "casal de noivinhos mais lindo do mundo" — título que fora criado pela sua sogra. A atenção nunca incomodou, na verdade, sentia-se extremamente contente em saber que era bem acolhida ali. No entanto, nesse momento sentia como se houvesse uma pulga atrás da sua orelha. Havia tanta coisa que queria fazer, tanta coisa pra falar... porém tudo o que havia em sua mente pertencia só a Jeonghan, mais ninguém. Teria que se conter.
"Por que não veio me pegar no aeroporto, amor?", ele tentou desviar o assunto. Conhecia-te mais do que você mesma, sabia que se continuasse você iria chorar mais ainda — e isso era algo que só Jeonghan tinha a permissão de ver.
"Sua irmã pediu ajuda com o jantar.", justificou, ganhando mais um selinho demorado — era o máximo que ele conseguia fazer para te consolar ali.
"E quem que teve essa ideia, bebê?", olhou em volta antes de perguntar, vendo que todos agora pareciam ocupados demais em organizar a mesa do jantar. Talvez tenham resolvido que era hora de dar alguns minutinhos de privacidade a vocês dois. "Sabe... de fazer tudo isso.", completou.
"Sua irmã.", a resposta era previsível.
"E você não tentou impedir?", o tom tornava difícil adivinhar se era brincadeira ou não. Os lábios ainda roçavam contra os seus, ficar longe era tortura.
"Eu já não dou conta de você, amor. Qual é a chance que eu tenho contra um Jeonghan de saia?", beijou-o ao final da pergunta, suspirando com o gostinho doce. A careta que ele fez para comparação foi adorável. "Não faz essa cara. Ela tava toda animadinha em te surpreender…", justificou, mas Jeonghan era expressivo demais. Os olhos dele diziam tudo o que você precisava saber. "Sério que 'cê não gostou?"
"Não é isso. É só que...", olhou em volta mais uma vez, meio amuado. "Não tinha como fazer isso aqui depois?"
"Qual a diferença entre fazer depois e agora?", você sabia exatamente a resposta, porém queria evitar pensar nisso a todo custo. Agora não.
"Não se faz de sonsa, vai… eu tô com saudades.", as mãos serpentearam até a sua cintura. Arrepiou-se, a respiração se tornando falha. "Você sabe o que eu quero agora.", roçou a ponta do nariz contra sua bochecha e você jura que sentiu suas pernas falhando. A mente antes ansiosa magicamente parecia não ser capaz de processar nenhum pensamento. "Achei que ia ficar sozinho contigo."
"Eu também achei. Foi de última hora...", a mudança na sua voz te deixou até meio envergonhada, praticamente gemia para Jeonghan — era involuntário.
Não sabe quando passaram a conversar pelo olhar. Nada mais era dito verbalmente, a proximidade esquentava, fazia sua garganta secar. Presos numa órbita só de vocês dois, quase não ouviram quando foram chamados para jantar — sob o argumento que Jeonghan deveria estar morrendo de fome. Tirar as mãos do corpo um do outro foi quase doloroso. De repente, eram adolescentes outra vez, queriam sentir tudo e queriam imediatamente.
[...]
O jantar pareceu durar uma vida, você jura nunca ter feito uma refeição tão longa. A euforia de tê-lo de volta mantinha um sorriso enorme aceso no seu rosto, porém não conseguia se livrar da vontade de ser egoísta: queria-o só para si no momento. Já havia dividido Jeonghan com o mundo por tempo demais. Por isso fez questão de apertar a mão dele antes de anunciar que iria buscar a sobremesa na cozinha, queria que o homem se oferecesse para ir junto — e ele não era estúpido de deixar a oportunidade passar, foi logo atrás.
"Tá de carro, amor? Acho que vai ficar tarde demais para pedir táxi.”, resmungou, colocando mais uma taça em cima do balcão. Você concordou, mas a expressão questionou a afobação do homem. “Sabe lá até que horas que isso aqui vai...", soou chateado, certificando-se de falar baixinho — a conversa não deveria ultrapassar vocês dois.
"Mas que pressa é essa, hm? Você não é assim.", você recolocou a taça que estava enchendo de volta na bandeja. Enroscou a cintura delgada num abraço, já havia fingido controle por tempo demais, precisava de Jeonghan tocando no seu corpo outra vez.
"Tô cansado, amor.", fez biquinho, não largando a expressão dramática nem quando se abaixou para selar sua boca.
"Quer ir pra casa dormir, Hannie?", as sílabas eram todas levadas com muito esforço, naturalmente dengosa quando se via sozinha com o homem. Subiu as palmas, esfregando as costas largas na tentativa de aconchegá-lo.
"Uhum... 'tô precisando relaxar.", pesou as próprias expressões num cansaço que era meio fingindo e meio verdadeiro. As mãos envolvendo as laterais do seu rosto. "Você me dá um chazinho gostoso e eu vou dormir...", o sorriso safado veio em algum momento no meio da frase, sequer viu razão em disfarçar o duplo sentido. Seu corpo esquentou e quando foi capaz de perceber já havia deixado um tapinha em tom de repreensão no ombro dele.
"Idiota.", nem o risinho que você se forçou a soltar foi suficiente para mascarar o jeito que sua pele arrepiou com a sugestão. Esticou-se acolhendo o lábio inferior dele entre os seus, uma série de selinhos molhados que vocês silenciosamente acordaram de tentar manter só nisso. Nenhum beijo até ali havia sequer chegado perto dos que Jeonghan tinha guardado para te dar. Nada conseguia chegar perto do que vocês realmente gostavam.
Não foi surpresa quando o contato gradativamente tornou-se mais lascivo, mais desejoso. Jeonghan abria os lábios com uma urgência maior, as línguas se encontrando fora da boca antes que um dos dois acolhesse as duas numa sugadinha ruidosa. Seu corpo arrepiava com cada estalinho, naturalmente se forçando mais para dentro do abraço dele.
Arfavam nos poucos segundos de trégua que se davam para respirar, embriagados demais na sensação gostosa para serem capazes de ficar longe por muito tempo. O polegar do homem fez pressão contra o seu queixo, indicando que queria te fazer abrir mais a boquinha. Você acatou o comando silencioso, mas se arrependeu imediatamente.
Sentir seu noivo insinuar a própria língua dentro da sua boca de um jeito tão obsceno definitivamente era a última coisa que você precisava agora. Os olhinhos reviraram por trás das pálpebras, precisou até mesmo apertar as perninhas na tentativa de conter o espasmo gostoso que aconteceu no meio delas. Esse era o beijo que queria ter te dado desde o início.
Tornou-se inquieta.
Mente e alma preenchidas com pensamentos depravados demais para aquele local. Dolorosamente vazia, precisava de Jeonghan te enchendo... enchendo até vazar, sabe? Até que nenhum espacinho seu estivesse intocado. Até que o cheiro dele estivesse por todo o seu corpo.
"Hannie...", não fora mais que um mero miadinho. O homem finalmente dirigiu o olhar a você outra vez, nada surpreso em encontrar as feições desnorteadas. Seus olhinhos pesavam, prestes a se fechar — reduzida a carência e desejo, não pensava em outra coisa que não em ser tomada ali mesmo.
"Que foi, bebê?", dissimulou, era o joguinho favorito de vocês afinal. "Tá com vontade, é?", o questionamento escapando em meio a um bico penoso. Você concordou com a cabeça, a manha dominando todos os gestos. "Que dó do meu amorzinho...", selou sua bochecha com certa ironia. A paciência te faltou. Insinuou-se mais contra o corpo masculino enfiando-se na curva do pescoço dele.
Já não respondia muito bem por si própria ou pelos seus valores éticos, seu noivo também não parecia ter um pingo de vontade de ser a cabeça pensante da situação, afinal não impedia o jeito despudorado com o qual você dedilhava o corpo dele. Jeonghan arfava sob o seu toque, encolhendo-se contra o seu abraço. O homem se contorcia com certo alvoroço, não era comum que se sentisse tão incapaz de controlar as próprias reações — até temia o estrago que fariam um no outro no segundo em que ficassem a sós de verdade.
A comparação pode soar grotesca ou meio exagerada, mas a maneira como sua boca sorvia a pele dele poderia ser comparada a um animal faminto. Corria a língua pelo pescoço cheiroso como bem entendia — mesmo ainda ciente que não poderia deixar marcas visíveis. Sentia Jeonghan grunhir toda vez que acolhia o pomo-de-adão entre os lábios, a vibração fazia você arrepiar. As mãos atrevidas corriam pelo torso coberto, ameaçando descer pela barra da calça só para subir novamente.
Queimava em saudade, havia até mesmo esquecido do quão sensível o homem se tornava sob o seu toque. Jeonghan conseguia ser adorável até desse jeito, o rostinho inteiro tornava-se vermelho, como se houvesse bebido. As mãos grandes já apertavam a carne da sua bunda entre os dedos, forçando o quadril contra o seu como podia. A cena era digna de censura, o aperto possessivo no seu corpo e a expressão de completa luxúria do seu noivo seria a primeira visão de qualquer um que atravessasse a porta.
"Mas que feio, amor...", um risinho quebrado enfeitou o final da frase, arrepiou-se com o timbre áspero. Era impossível que Jeonghan dispensasse uma chance de fazer parecer como se ele não estivesse tão desesperado quanto você. "Querendo dar 'pra mim na casa dos meus pais?", sussurrou com escárnio e você se sentiu pulsar mais. "Não pode... Não.", contraditoriamente forçou a ereção contra o interior das suas pernas, apertando sua bunda com mais força. "Não consegue esperar 'pra me deixar foder essa bucetinha, bebê?", essa veio pertinho da sua orelha e te fez ter vontade de gemer, temia estar enlouquecendo.
"Eu quero você...", concordou com a cabeça. Os braços rodeando o pescoço dele num enlace carente. Já sustentava um biquinho involuntário nos lábios. "Por favor, eu preciso...", arfou, sentia o cantinho dos olhos ardendo, temia chorar de frustração — Jeonghan foi rápido em prever isso, já havia te visto chorar pelo mesmo motivo. Era hora de mudar o jeitinho de te moldar:
"Aqui, bebê? Aqui não pode.", a voz calma acompanhou um sorriso doce, você quis derreter nos braços do seu noivo.
"Eu 'tô com saudades, Hannie.", confessou o que já não aguentava mais repetir. Sentia tanto, tanto, tanto... era quase tortura. "Quero você na minha boca...", não havia pudor algum na forma como se expressava. As feições eram cristalinas, estava claro que pensava em Jeonghan e no quão lindo ele ficava sempre que ganhava um carinho seu — você precisava ver de novo.
"Na boquinha, amor?", o sorriso doce quase se tornou sacana. "E o que mais? Quer ficar no colinho também?", falava arrastadinho agora, os gemidinhos quase imperceptíveis entre as palavras te esquentava 'pra caralho. "Rebolando dengosinha até gozar, 'né, amor? Toda preguiçosa..."
"Me leva pra casa. Quero ir pra nossa cama..."
"Tá com saudades de ser minha esposinha, meu amor?", as pernas enfraqueceram com a breve menção. Sim, inferno, claro que sim. Era doente na ideia de ser dele pelo resto da sua vida e alimentava um prazer estranho em saber que o anel na sua mão esquerda atestava que vocês estavam quase lá. "Também 'tô louco 'pra cuidar de você, bebê. Mimar minha mulherzinha linda o dia inteiro...", selou o cantinho da sua boca. Os corpos colaram mais, precisava senti-lo de verdade — sem essas roupas idiotas. "Fazer amorzinho, mamar a bucetinha dela até deixar ela mansinha..."
"Hannie, por favor...", apertou os olhinhos ao que ganhou uma mordidinha na ponta da orelha. Os sentidos aguçados, mas só conseguia usá-los para perceber que o pontinho carente entre as suas pernas não parava de pulsar.
"A gente precisa ao menos terminar a sobremesa, meu bem. Não dá pra ir embora do nada.", desconversou como se não estivesse te provocando desde que entraram ali.
"Diz que quer descansar então.", choramingou, sentia que não dava mais para esperar.
"Daí eles vão saber na hora o quê eu tô querendo contigo.", ele riu de canto, meio sacana. "Ninguém aqui é bobo, amor."
"E qual o problema nisso?", era explícito que você já não se importava mais com nada.
"Existem algumas coisas que eu prefiro que minha mãe não imagine.", a justificativa parecia tola ao seu julgamento — Jeonghan só podia estar querendo te testar.
"Ela sabe muito bem que a gente-", interrompeu-se ao que ouviu passos no corredor, estava surpresa de ter prestado atenção. Jeonghan foi ligeiro em se recompor, as mãos subindo até suas costas num carinho inocente. Até a expressão havia mudado para uma muito mais gentil — ele te assustava às vezes.
"Tô interrompendo?", a voz da irmã de Jeonghan soou em meio a um risinho constrangido.
"Não, não. A gente só tava conversando, né, amor?", confortou-a, dirigindo um sorriso meigo a vocês duas.
"Ah... é que a mãe pediu 'pra perguntar se vocês precisam de ajuda com a sobremesa.", ainda soava meio cautelosa e era compreensível. A situação de vocês dois era meio suspeita, mesmo com toda atuação do seu noivo.
"Não, nós terminamos já. Obrigado.", indicou o balcão com o queixo, mostrando que tudo já estava resolvido. "Inclusive eu acabei de falar que é bom levar antes que descongele, não foi, meu bem?", ainda sorrindo, beliscou um dos seus ombros com cuidado, como se estivesse te dando uma bronca.
Nada mais foi ouvido além dos passos se distanciando tão rápido quanto se aproximaram. Sua expressão estava incrédula, anos se passavam e ainda não era capaz de lidar com a falsidade do homem para certas situações. E Jeonghan sabia exatamente o que você estava pensando, a expressão debochada deixava claro.
"Que foi?"
[...]
Ainda sentia sua audição chiando quando voltaram à mesa, desconfortável dentro do próprio corpo. Sentia-se exposta, vulnerável. Como se todo mundo ali fosse capaz de perceber o que se passava na sua cabeça. Participava da conversa o quanto podia, só conseguiu comer metade da sua taça — o doce se tornou enjoativo depois de certo ponto, não conseguia mais sentir fome.
Jeonghan apoiou a mão em uma das suas pernas e só ali conseguiu perceber que estava balançando-a sem parar. Olhou-o de canto, parecia tão natural como sempre era, rindo ao narrar algum acontecimento incomum que ocorrera durante a viagem. Você voltou a atenção à taça novamente, brincando com a colher, o pensamento distante.
"Seus peitos ficam tão apertadinhos nessa blusa, bebê.", a respiração quente na sua orelha te fez saltar da cadeira, logo olhando em volta para ver se alguém havia percebido — pareciam entretidos com algo que o pai do seu noivo falava.
"Jeonghan.", você repreendeu entre-dentes, olhando-o de canto.
"Qual é... eles nem tão prestando atenção.", indicou com o queixo, de fato vocês não pareciam mais estar nos holofotes ali. "Cê tinha prometido que quando eu voltasse ia usar aquele vestidinho pra mim.", esfregou as pontas dos dedos contra o interior da sua coxa, mesmo o tecido da sua calça não conseguiu impedir a sensação quente.
"Eu vou. Mas aqui não dava."
"Por que não, amor?", dissimulado ‘pra carallho.
"Jeonghan.", tentou alertar mais uma vez. Foi em vão.
"É porque ele é curto demais, hm?", pergunta retórica. "Ou por causa do decote? É tão fácil colocar seus peitinhos 'pra fora...", mais uma. "Lembra do videozinho que você mandou pra mim usando ele? Eu assisti todos os dias, bebê.", a lembrança fez você queimar. Sempre acabava cheia de vergonha quando enviava algo assim, mas o tesão momentâneo te forçava a buscar a aprovação de Jeonghan em todas as ocasiões.
"Hannie, é sério.", choramingou baixinho. Tentou tirar a mão dele da sua coxa, agarrando-o pelo pulso. Jeonghan, obviamente, não permitiu.
"Também 'tô falando sério. Achei que ia ficar maluco com essa carinha de vagabunda... que saudades, meu amor.", o tom degradante fez você se molhar de um jeito desconfortável, tensionou a barriga — como se aquilo fosse impedir mais reações do seu corpo.
"Filho, de onde mesmo que você me mandou aquele perfume?", a voz da mulher mais velha cortou a bolha de vocês dois. Seu noivo não demonstrou surpresa ou mesmo qualquer tipo de reação, pensando por poucos segundos antes de responder:
"Milão, mamãe.", soou ameno, inclinando a cabeça com jeitinho.
"E eu falando 'pro seu pai que tinha sido de Veneza.", ela riu como alguém que comete um erro bobo.
"Infelizmente não fui à Veneza.", seu noivo acrescentou. "A _____ que é louca 'pra ir lá, não é, amor?", a menção ao seu nome te fez virar o rosto de supetão. Seu sistema de defesa não sabia mais a diferença entre uma pergunta simples e Jeonghan querendo te devorar viva — ambos pareciam a mesma coisa.
"S-sim. Parece muito bonita.", atrapalhou-se para responder. Queria praguejar por estar agindo tão esquisito.
"Vocês podem programar na lua de mel, querida. A oportunidade é excelente.", a mulher comentou, não demorando a desviar o assunto para sei-lá-o-quê — você honestamente não se importava e nem sabia assimilar.
"Quer passar a lua de mel lá, amor?", a voz manhosa encheu sua audição outra vez, um pesadelo. "Vai ser gostoso matar a saudade, não vai?", arrumou uma parte do seu cabelo, correndo os olhos pelo seu rosto. "Aposto que sente falta de ser putinha 'pra mim.", essa parte veio especialmente sussurrada contra a sua pele — seu corpo quase deixou escapar uma reação visceral. Pressionou as unhas contra o pulso dele, não mediu força. "Shhhhhh. Vai me machucar desse jeito.", repreendeu, você desfez o aperto com certa relutância. "Já 'tá apertando as perninhas, bebê?."
"Para com isso...", balbuciou.
"Só porquê você não aguenta conversar e já quer foder? A culpa não é minha, amor.", o sarcasmo escorria entre as palavras. "E se eu colocar meus dedos aqui?", insinuou um movimento leve, os dedos resvalando pela costura que ficava bem no meio das suas pernas. A respiração ficou presa na garganta. "A putinha vai saber se comportar?"
Não aguentou. É patético, mas não aguentou. Era como receber uma descarga sensorial muito forte. O cheiro dele te deixando tonta, a voz gostosa no seu ouvido, os dedinhos perto demais do lugarzinho carente, todas as memórias obscenas de vocês dois gemendo um pro outro em ligação, tê-lo tão próximo e ainda assim não ser capaz de tocá-lo como bem queria... seu cérebro queimava — se é que isso é possível.
Levantou-se de supetão num cambalear estranho. A vozinha constrangida murmurando algo sobre precisar ir ao banheiro, sequer se atreveu a olhar diretamente para alguém no cômodo, temia que questionassem seu estado claramente perturbado. Mal sabe como chegou ao banheiro, as perninhas se trocando durante todo o trajeto. A cabeça latejava, o corpo sensível demais até para o ar gelado do cômodo, zonza de tanto tesão.
Tirou o celular da bolsa com os dedinhos trêmulos. Tão dependente, precisava que a causa da sua perturbação fosse também o responsável por te acalmar.
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# — © 2025 hansolsticio ᯓ★ masterlist.
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tyongbrat · 4 months ago
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nosferatu + drácula + romance gótico
avisos: taeyong vampiro, menção a sangue, mordidas e etc
+18, sexo desprotegido [ele é vampiro]
“Esses prazeres violentos têm fins violentos,
E em seu triunfo morrem, como fogo e pólvora,
Que num beijo se consomem.”
— William Shakespeare, Romeu e Julieta
Palazzo Ruggiero, Veneza — Outubro de 1838
A vela bruxuleava sobre a penteadeira de mogno, sua luz trêmula distorcendo-se no espelho manchado pelo tempo. O vento noturno uivava contra as janelas de vidro grosso, farfalhando as cortinas de veludo escarlate. Do lado de fora, além do palazzo, a cidade dormia sob um céu negro salpicado de estrelas, suas vielas estreitas e canais envoltos em uma névoa espectral.
Veneza, à noite, pertencia aos fantasmas.
Lá embaixo, na cozinha, Jaehyun ainda estava desperto. O som metódico da lâmina golpeando a madeira ecoava pelo sobrado, misturando-se ao farfalhar da chama trêmula que ardia na lareira. Era uma melodia cotidiana, um ritmo familiar e humano, mas incapaz de acalentar seu espírito inquieto. Pois seu coração, ainda que aquecido pelo sangue que nele corria, ansiava por algo mais. Algo proibido. Algo que agora se insinuava na escuridão como um presságio.
Então, você sentiu.
Aquele frio inconfundível rastejou por sua pele, um arrepio que se instalou em sua espinha, percorrendo cada vértebra com um estremecimento gélido. O colchão cedeu levemente ao seu lado, e, por um instante, a dúvida ergueu-se em sua mente como um sopro hesitante: seria Jaehyun que voltava ao seu leito?
Mas o toque dissipou qualquer ilusão.
Dedos longos e frios deslizaram por sua perna, subindo preguiçosamente pela curva do seu quadril. Seu coração trovejou contra as costelas, e sua respiração tornou-se um fiapo vacilante, entre o pavor e um desejo que queimava, não como labareda, mas como brasas ocultas sob cinzas antigas. Você não se moveu. Não se afastou. Antes, entregou-se àquela presença com a mesma rendição de um devoto perante seu altar.
“Eu vim para você.”
Seu coração bateu uma vez, forte. Depois, outra, mais fraca.
A voz não era um som, mas uma vibração, um sussurro que não precisava de ar para existir. Ele inclinou-se sobre você. O peso da noite dobrava-se ao seu redor, a sombra o abraçava como uma capa negra.
Você fechou os olhos. Seu corpo estava tenso, mas não de medo.
Um hálito gélido varreu seu pescoço. Um roçar leve, fantasmagórico, como se lábios indecisos hesitassem sobre sua pele.
E então, a mordida.
A dor cortante invadiu-lhe o corpo como uma navalha, mas foi passageira, pois no segundo seguinte, algo mais forte a substituiu. O sangue pulsava contra a boca dele, e o toque não era violento—era lascivo, demorado, um beijo sádico sobre a veia aberta.
Ele se ergueu sobre você. O rosto sombrio, as feições esculpidas por séculos de fome e tormento. O olhar negro e sem fundo. Os ombros largos e encurvados, como se carregassem todo o peso do tempo.
“Eu preciso de você.”
“Há séculos te busco, há séculos te perco. Eu quis negar. Quis fugir. Mas cada noite sem você é uma nova morte.”
Os dedos fincaram-se em sua pele, quase trêmulos.
“Eu a quero. Em carne. Em alma. Em eternidade. Mas, se me rejeitar… se me negar…”
Ele deslizou o nariz por sua pele, inalando seu cheiro como um homem condenado à beira do abismo.
“Roga-me que cesse.”
Mas você não rogou.
O sangue escorria quente, e ele o bebia sem pressa. Os dedos subiram, deslizando pela curva de sua cintura, ali se enterrou em você, um prazer violento.
Um espasmo percorreu seu corpo, e seus lábios se abriram em um ofego, suas mãos agarraram-lhe os braços como se buscassem ancorar-se em algo real. Mas não havia realidade ali. Apenas a noite, o sangue e ele.
A sua perna enroscou-se em seu corpo, seus dedos fincaram-se nos ombros dele, puxando-o para perto
E ele riu.
Baixo, rouco, como um trovão distante.
Foi então que mordeu de novo. Dessa vez, sobre sua costela.
Outra mordida veio, mais acima, onde o ombro encontrava a clavícula. Um som baixo escapou de sua garganta, um gemido misturado ao choque e ao desejo.
Ele não apenas tomava de você. Ele a carregava consigo, arrastando-a para um abismo onde o tempo não existia, onde o vento soprava sem som, onde as sombras tinham olhos e observavam.
Na quietude da noite, apenas o sino da Basílica de São Marcos testemunhou.
E em meio à escuridão febril, seus lábios se entreabriram, sussurrando ao vazio:
“Imploro-lhe, pelo amor de Deus, que me diga: fui tocada pelo demônio, ou fui beijada pela própria morte?”
•••
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omeulirico · 1 month ago
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e eu, que devia ser carne viva do agora, acordo toda manhã com o gosto do século passado na boca. me olho no espelho e vejo um fantasma com jeans rasgado e walkman pendurado no pescoço, tentando decifrar o feed do instagram como se fosse um mapa pirata. erro meu próprio nome no cartão de visitas, assino com a mão errada, falo com uma voz que não reconheço. tô presa num glitch de eras, um boneco de cera derretendo entre o futuro e o que já morreu, enquanto finjo que entendo quem sou. mas no fundo? só mais uma alma penada de 2025 com cheiro de naftalina e crise existencial no bolso da jaqueta.
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dignadoamorr · 12 days ago
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Volte para o básico.
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O intuito desse post surgiu de um certo rancor acumulado por uma “”””””””celebridade”””””””” da comunidade. Onde num Twitter a um tempão atrás (sou rancorosa 💔) ela disse que era muito estressante ter que repetir milhares de vezes a mesma coisa
Achei rude. Mas como todo mundo defenderia ela se eu citasse o nome, prefiro fazer diferente: explicar.
O que é Lei da atração ?
É uma ideia popularizada muito em vídeos de auto-ajuda no TikTok, várias blogueiras falando abertamente sobre a filosofia que diz que pensamentos positivos atraem coisas positivas.
“Você atrai o que vibra.”
Ou seja, você precisa manter sua energia “alta” pra atrair boas experiências.
Essa ideia virou uma filosofia de vida pra muita gente, mas tecnicamente não é uma filosofia estruturada. É uma interpretação mística da causalidade com base em vibração, energia e positividade.
O que é LEI DA SUPOSIÇÃO?
Outra vertente muito famosa hoje, chamada Low of Assunção , diz que:
“Você manifesta o que assume ser verdade.”
Não importa sua vibração, sentimento ou emoção. O que importa é o estado interno que você habita com convicção.
Essa Lei ficou conhecida por quem estuda Neville Goddard, mas muitos hoje se afastam dele e reinterpretam por conta própria. A frase-chave da LDS seria:
“Tudo é consciência. O mundo é um espelho. Você é Deus.”
A suposta prática central da LDS é: assumir internamente que o desejo já se realizou — e parar de buscar
LDS x LOA
Que o Loa não fode com essa história de vibração vocês já devem saber, mas pq?
Pq a única vibração q importa é q tá na minha calcinha
A atração espera receber, acredita no “universo“ enquanto a lei já sabe que é, e que não uma dualidade no mundo, o mundo é você
Sem falar nessa frequência positiva que você tem que vibrar, Meudeus não. Porque você precisaria está em modo positivo para alcançar um objetivo se você já é esse objetivo
Conceito básico:
Base
LDS: identidade e estado assumido
LDA: vibração e frequência emocional
Método
LDS: Encarar o fim desejado
LDA: Pensamentos positivos, Gratidão
Foco
LDS: Ser o que quer
LDA: Atrair o que quer
LDA faz sentido se você ainda acredita em separação entre você e o mundo.
LDS faz sentido se você aceita que não existe nada fora de você.
B. PSICOLOGIA DE JUNG
Carl Jung, pai da psicologia analítica
Jung dizia que o inconsciente projeta a realidade.
“O que você não traz à consciência, aparece como destino.”
você muda a realidade mudando o estado, e o estado é inconsciente. Assumir algo como real muda sua percepção, e logo, o mundo
ENTÃO POR QUE NEM TODO MUNDO ENXERGA ISSO?
Porque é inconveniente.
É mais fácil acreditar que há um Deus fora de você, que comanda tudo, e você só pede e espera.
Assumir que você é Deus significa que ninguém mais pode ser culpado.
Significa que você é responsável por TUDO.
E a maioria não quer isso.
a gente cria o que acredita, mesmo sem perceber.
Já percebeu que os fantasmas pararam de te atormentar quando você não acreditou mais neles?
O trauma nasce quando assumimos um estado interno de medo, abandono ou dor… geralmente na infância, quando ainda não sabíamos o que estávamos fazendo.
Não é culpa. É reflexo.
O que é Não Dualismo?
É uma filosofia espiritual milenar que ensina que não existe separação entre você, Deus e o mundo.
Só existe consciência. Tudo mais é ilusão.
O Não Dualismo (ou Advaita Vedanta) diz:
“Você nunca foi um indivíduo limitado. Você é o Todo, sonhando que é alguém.”
É daí que vem essa ideia de que a realidade é imaginação, de que o ego é uma mentira, de que o tempo não existe, etc.
Essa visão é radical. Ela não busca manifestar nada. Ela busca dissolver a ilusão do ‘eu’ separado.
LoA x NÃO DUAL
O Não Dualismo destrói as bases do desejo, do merecimento, da manifestação como conquista.
Ele não dá moral pro ego, pro querer, nem pra jornada.
A maioria que chega na Lei da Atração quer algo: dinheiro, amor, estética, poder.
E o Não Dualismo responde:
“Nada disso é real, então pra que se preocupar”
Não dualismo: Não existe separação. Tudo é Um.
A ideia é que você deve parar de se identificar com qualquer coisa, incluindo o desejo, o ego, o sofrimento, pois isso é ilusão.
O foco é a liberação do sofrimento e o reconhecimento da sua verdadeira natureza, que é imutável, infinita e além de tudo.
Lei da Suposição: Você é Deus e cria sua realidade ao assumir um estado.
Mas mantém o jogo do desejo, da identidade, da manifestação.
O foco é a criação consciente, o controle da realidade a partir da imaginação e da suposição.
O conflito está aí:
O não dualismo pode ver o LDS como uma perpetuação do ego, um jogo de querer e evitar, que mantém a ilusão de separação.
O LDS pode ver o não dualismo como passivo, até negando o poder de moldar a realidade.
Então, a disputa é sobre qual caminho é o “real” ou “mais verdadeiro”, mas ambos tentam descrever o mesmo fenômeno, só que em níveis e estilos diferentes.
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Se quiser se aprofundar:
Procure por livros sobre o assunto, não viva apenas do conteúdo do TikTok ou do Twitter, as meninas ajudam bastante, é verdade que tudo que eu sei que devo a elas. Mas existe vídeos no TikTok de teólogos que estudam sobre essas filosofias, meninas aqui do Loatwt que postam toda semana e outros canais de transmissões gringas, mas que ajudam muito (alguém ainda tem amino? 💔)
- Um beijo da Digna
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wildfirer · 11 days ago
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Hoje acordei pensando em você.
E é quase irônico, porque eu nunca penso. Mas hoje foi diferente... Hoje eu acordei como quem se prepara pra encarar um fantasma. E o peso que me acompanha há anos se fez mais presente do que nunca.
E sim, é difícil admitir que alguém marcou tanto a minha vida. É difícil porque não foi bom, não como eu fantasiei.
O tempo, esse ladrão de ilusões, arrancou o peso dos momentos bons, apagou risadas, matou o amor sem cerimônia, com um único golpe, mas as feridas continuam abertas.
Passei uma eternidade de olhos fechados, tentei ignorar aqueles dias, essa dor que parecia rastejar por mim, mas não consegui ignorar a sua sombra.
A sua voz está comigo quando me olho no espelho antes de sair, me dizendo como eu deveria me vestir melhor, ser mais adulta, perder alguns quilinhos. Eu fiquei mais bonita, sabia? Bonita de um jeito que você nunca soube ver. E mesmo assim todo o seu pesar ainda ecoa em mim.
Ela volta quando estou com meus amigos, no meio do riso fácil, naquela sensação de estar exatamente onde eu deveria estar.
Aí você aparece, me criticando.
A mim e a eles.
'Como eles são imaturos. E você é igual.'
Você adorava podar tudo que florescia.
E volta quando os dias pesam demais, quando tudo que eu queria era sentir o peso da minha fragilidade nos ombros, mas sua presença me corta, dizendo ‘não seja tão vitimista, que bobagem’, como se chorar fosse um erro imperdoável.
E está ali, quando o medo que me invade e percebo que estou feliz demais, que meu tom está alto demais, e que talvez parem de me ouvir, como você fazia.
"Não converso com você enquanto não aprender a conversar. E falar baixo."
E ainda tem a culpa.
Por que guardei as farpas e não as flores? Não deveria ser grata? Foi bom. Foi, não foi?Ou eu inventei que foi?
Se foi bom, por que ainda me sinto quebrada? Por que ainda acho que sou um projeto que precisa de ajustes? Um projeto que nunca será entregue, alguém na planta, com os traços ainda incertos, esperando por uma data que talvez nunca chegue.
Você me manchou. E eu passei anos fingindo que não via. Porque lavar significava encarar. Significava admitir que você esteve aqui, que levou algo meu embora, e com a minha permissão.
Mas não mais.
Não porque eu me curei. Nem porque tudo passou. Mas porque hoje, enquanto escovava os dentes, percebi que o silêncio era meu e que, por um instante breve, ele não tinha o seu ruído.
Não quero mais me lapidar pra caber em moldes que nem me pertencem. Quero ser inacabada com gosto. Rasurada com intenção. Desafinar sem pedir desculpa.
Talvez eu nunca deixe de ouvir o que você dizia. Mas agora, quando ouvir, vou rir baixo e dizer 'era só você com medo de mim'.
E seguir. Porque eu cansei de conversar com a sua ausência como se ela ainda morasse aqui.
Cansei de carregar você, de carregar essa sombra.
Não quero mais.
Não espero.
Não volto.
Não perdoo.
Não me importa.
Eu tiro.
E fim.
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noxguides · 21 days ago
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LISTA DE AESTHETICS PARA PERSONAGENS SOBRENATURAIS
Uma lista de aesthetics pensada para personagens sobrenaturais; bruxas, demônios, espíritos, vampiros, lobisomens e afins. Os elementos estão em ordem alfabética e podem ser usados como inspiração na hora de construir ou aprofundar a identidade dos seus personagens. Talvez não estejam perfeitos, mas servem como ponto de partida pra dar mais cor e textura às suas criações.
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Anéis que não saem dos dedos
Anel com símbolo antigo
Animal que só aparece quando a pessoa está
Anotações em idiomas que ninguém mais lê
Areia no sapato depois de um sonho estranho
Assinatura feita com sangue seco
Aura colorida
Aura quente demais para ser humana
Barulho de corrente quando anda
Bolsa com punhado de sal
Bolso cheio de pedras e ossos pequenos
Brilho nos olhos que lembra estrelas
Cabelos bagunçados depois de correr na floresta
Cabelos que flutuam levemente mesmo sem vento
Cabelos que mudam de cor com o humor
Cabelos que parecem molhados mesmo secos
Caderno com feitiços rabiscados
Cajado de madeira lascada
Caligrafia antiquada
Caminhar que não deixa pegadas
Capa jogada sobre a poltrona rasgada
Carta escrita com pena de corvo
Carta nunca enviada que queima sozinha
Cartas de tarô amassadas de tanto uso
Cartas manchadas de vinho e sangue
Chave que gira sozinha à meia-noite
Chaves que não abrem porta nenhuma
Cheiro de sangue no lençol limpo
Cheiro de terra molhada mesmo em dia seco
Chifres pequenos disfarçados sob o capuz
Chuva que só cai onde ele passa
Cicatriz em espiral no ombro esquerdo
Cicatriz em forma de lua
Cicatriz em forma de raio na lateral do pescoço
Cílios anormalmente longos
Colar com dente de fera
Colar que enforca quem não é o dono
Correntes finas penduradas entre os dedos
Dedo manchados por feitiço antigo
Dentes afiados aparecendo no sorriso
Dentes caninos mais longos que o normal
Espelho coberto com tecido bordado
Espelho que mostra sua outra versão
Estátua com olhos riscados
Feitiço escondido entre as costuras do casaco
Fogo que dança com o toque
Foto onde a figura some com o tempo
Fumaça saindo da boca mesmo no calor
Garrafa com líquido escuro que nunca seca
Garrafa de vidro com algo preso dentro
Iris que dilata com a presença de fantasmas
Joias com símbolos de deuses antigos
Lenço com cheiro de alfazema e ferro
Língua bífida que quase não se nota
Língua cortada por pacto
Língua cortada por promessas antigas
Livro antigo com páginas grudadas
Livro com capa feita de pele
Livros que ninguém mais consegue abrir
Lobisomens com cheiro de pinho e fumaça
Luz da vela que dança ao ritmo da fala
Manchas roxas sem motivo aparente
Marca de mordida no pulso
Marca de pata no chão da casa
Marca de queimadura em forma de runa
Marcas de garras nos móveis de madeira
Marcas de unha nas costas
Medalhão que esquenta em noites de lua nova
Olheiras profundas permanentes
Olhos completamente pretos
Olhos que brilham no escuro
Olhos que mudam de cor com o humor
Olhos vermelhos como brasa contida
Orelhas pontudas que só aparecem sob certas luzes
Página arrancada de livro sagrado
Palavras riscadas com força demais
Papel queimado com palavras ilegíveis
Pedaço de asa escondido na gaveta
Pele com brilho lunar
Pele com reflexo prateado sob a lua
Pele fria ao toque mesmo sob o sol
Pele marcada por linhas douradas que brilham no sol
Perfume que atrai a morte
Perfume que causa vertigem
Pingente que esquenta quando algo está errado
Pingente que vibra quando alguém mente
Plantas que crescem mesmo sem sol
Poção esquecida no fundo da bolsa
Poções armazenadas em potes de conserva
Poema escrito à mão em língua morta
Pulseira de osso polido
Relíquia escondida dentro do travesseiro
Relógio parado às 3h33
Riso ecoando pelos corredores
Rosa que nunca murcha
Roupas pretas que nunca pegam poeira
Sangue doce demais
Sangue no canto da boca
Sangue seco sob a unha
Sapato manchado de terra de cemitério
Sardas que lembram constelações
Som de corrente mesmo sem metal por perto
Som de passos quando está sozinho
Som de uivo em plena tarde
Sombra maior que o corpo
Sombra que se mexe antes do corpo
Sorriso horripilante
Suspiros longos demais pra serem normais
Sussurros que ninguém mais ouve
Sussurros vindo do espelho
Tatuagem que sangra em rituais
Tatuagens que se movem discretamente pela pele
Trança presa com fio de prata
Unhas compridas com bordas afiadas
Unhas naturalmente afiadas como garras
Unhas que parecem feitas de pedra polida
Veias brilhando em azul sob esforço mágico
Vela derretida em cima de cartas de amor
Vela que acende sozinha quando alguém entra
Velas derretidas até a base
Vestes que parecem costuradas com sombra
Vestido que parece flutuar no escuro
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unrealdante · 3 months ago
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não entrego mais nada da minha alma para você nem minha companhia, nem meu ombro, nada. desta vez eu disse: dane-se, farei diferente não buscarei você em outros corpos não buscarei você em lugar algum buscarei apenas a mim, somente a mim. dessa vez serei bom a quem sempre deveria ter sido alegrarei minhas manhãs, tardes e noites farei aquela receita nova e me sentarei sozinho para comer me deleitarei com minha companhia me levarei a lugares incríveis sentirei novos cheiros e esquecerei do teu cuidarei de mim em madrugadas onde tudo arde oferecerei as melhores experiências a mim como quem já não espera nada do mundo e procura forças em tudo que possa se agarrar sem medo, o que pode me matar que já não o tenha feito antes? sou o fantasma no espelho, o espinho que planta rosa nos próprios pés entretanto, sou o único que fica após tantas quedas com as costas nessas lâminas do amor talvez por isso eu me odeie tanto mas também por isso, veja cada gesto com carinho pois sei o apelo desesperado e contido na calada da noite a vontade de melhoria sendo posta a prova todos os dias não venço sempre, e embora cada ferida mal cicatrizada grite alto aprendi a viver com elas já não há um duelo entre quem briga mais alto hoje eu acolho, como quem pede desculpas pela frieza como quem vê amor em todo lugar, menos no pr��prio reflexo a imagem embaçada desta criança no meu peito como quem odeia por tanto fracasso contudo permanece por amar demasiado a mim não mais serei contido, confidencial serei carta aberta feito a próprio punho com tinta vermelha de cores autênticas escarlate do meu próprio sangue porque tudo em mim deve ser para mim antes que sirva de abrigo para outro abrigarei minha própria dor negligenciada e isso me bastará porque eu mereço tudo de bom que te ofereci aqui eu deixo de olhar para o mundo procurando algo que o tempo todo só podia ser encontrado em mim somente em mim.
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harrrystyles-writing · 9 months ago
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Smut boyfriend! Harry vibes...🧡🥵
Edição Halloween 👻 🎃
NotaAutora: Bem, como todo ano eu faço imagines de Harryween, espero que gostem! Não se esqueçam de deixar uma ask para mim depois 🥹 cada comentário me ajuda incentivando a continuar postando coisas assim por aqui💗
Avisos: +18, sexo explícito, conversa suja, palavrões, Harry não é muito gentil.
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31 de outubro de 2024
No quarto, você se arrumava para mais uma festa de Halloween.
Quantos anos você e Harry mantinham essa pequena tradição? Já nem lembrava mais. A única coisa que importava era a fantasia, um toque de ousadia e as noites sempre inesquecíveis que vinham depois.
Em frente ao espelho, você ajustava o laço preto no cabelo, o vestido curto inspirado em Alice destacava cada curva com um ar provocante, com certeza parecia a Alice, mas uma versão bem mais safada dela.
Sem perceber, você estava sendo observada. Do lado de fora da porta entreaberta, uma figura sombria se escondia. Harry,  agora com a icônica máscara de Ghostface do filme Pânico, não emitia nenhum som enquanto a encarava. O olhar por trás da máscara seguia cada movimento seu, esperando o momento certo.
Você terminou de ajustar o laço e alisou o vestido, sorrindo ao imaginar a reação dele ao vê-la.
— Prontinha, amor... Vamos? – disse ainda distraída.
Mas, ao virar, o sorriso no seu rosto desapareceu. A silhueta de uma figura de preto preenchia a entrada da porta, imóvel, a máscara branca de Ghostface a encarando em completo silêncio.
— Harry? – sua voz saiu vacilante, o coração acelerando.
Ele deu um passo à frente, depois outro, a cada movimento se aproximando mais, sem emitir uma palavra. Uma tensão elétrica crescia no ar, uma parte de você sabia que era ele, mas outra… uma dúvida se misturava com o medo.
— Ghostface? Sério? – tentou brincar, mantendo a compostura.
Ele permaneceu quieto, apenas inclinando a cabeça lentamente para o lado, sem reação.
Sem resposta.
O coração martelava em seu peito, mas você avançou, tentando ver o rosto por trás da máscara. Quando estava perto o suficiente, ele estendeu a mão, segurando sua cintura com firmeza e puxando você para si. Em um movimento lento, ele ergueu a máscara, revelando o sorriso travesso e irresistível de Harry.
— Gostou? – ele murmurou, o tom de voz rouco e sedutor.
Você suspirou, aliviada.
— Muito, talvez você ganhe pontos pela atuação. – sorriu, subindo as mãos até seu peito.
— Só talvez? — Ele inclinou-se, a boca próxima demais do seu ouvido. — Espero provar que você está errada antes da noite acabar.  — Deu sorriso de lado. — Você está deslumbrante...
— Obrigada. — Você respondeu com um sorriso, aproximando-se e pousando as mãos no peito dele antes de dar-lhe um selinho. — A propósito... estou sem calcinha.
— Sem calcinha, com esse vestido tão curto? Caramba!  Posso começar agora mesmo? — Ele arregalou os olhos, percorrendo-a de cima a baixo.
— Nem pensar! —  Respondeu com um riso leve e um olhar provocador.
— Ah, qual é... — Ele fez um biquinho, fingindo desapontamento.
— Nada disso! Vamos, a festa já deve estar começando.
A festa desse ano foi organizada por ninguém mesmo que James Corden, ele literalmente alugou uma mansão mal assombrada só para isso. A mansão era localizada no meio de uma floresta sombria, as árvores ao redor balançavam suavemente, sussurrando com o vento, o caminho até a entrada era iluminado apenas por lanternas de abóbora e velas trêmulas, criando o clima perfeito para uma noite assustadora.
Ao entrar, você sentiu a música pulsar em seu peito, cada batida ecoando pelas paredes decoradas com teias de aranha falsas, esqueletos pendurados e uma iluminação em tons de vermelho e roxo, a festa estava lotada de pessoas em fantasias criativas e assustadoras,  lobisomens, vampiros, fantasmas e, claro, vários convidados com a máscara icônica de Ghostface do filme Pânico.
Você segurava firme o braço de harry, que a guiava entre a multidão enquanto ela observava tudo ao redor com um sorriso encantado.
— Ok, essa é oficialmente a festa mais incrível que já fomos! — Seus olhos brilhavam de empolgação. — Essa fantasia está em todo lugar! Como vou conseguir não te perder aqui, hein? — brincou, apertando a mão dele.
Harry sorriu por baixo da máscara, dando de ombros de maneira despreocupada.
— Talvez eu queira que você me procure um pouquinho...
Vocês continuaram andando, até encontrarem seus amigos no salão principal, Mitch e Sarah, vestidos como Frankenstein e a Noiva de Frankenstein, dançavam no centro do salão, enquanto Brad, fantasiado de zumbi, dançava com uma estranha vestida de coelhinha e Jeff e Glan, estavam como Bonnie e Clyde.
— Olha só quem finalmente apareceu! Ghostface e sua Alice?  — Brad lançou um olhar intenso para a sua  fantasia provocante. — A Alice mais atraente que já vi.
— Muito obrigada, parceiro, mas foca na sua coelhinha ai. — Harry disse um pouco incomodo.
James, o anfitrião, apareceu com sua esposa, ambos vestidos como Gomez e Morticia da Família Addams.
— Cara, se isso aqui não virar uma letra de música de Halloween, vou ficar decepcionado. — Ele deu uma piscadela para você. — S/n tem que fazer essa noite ser inesquecível para  nosso astro do pop!
— Não é todo dia que eu tenho a Alice mais linda me acompanhando… — Harry colocou o braço ao redor da sua cintura, puxando-a para perto.  — Com certeza a noite vai ser mágica.
— Bora! Aproveitar a festa gente. — Jeff ergueu seu copo trazendo animação a todos.
Realmente James não mediu esforços para tornar aquela noite incrível, havia vários garçons circulando com muitos drinks e comidas temáticas, vocês passaram um  longo tempo dançando e bebendo juntos, perdendo a noção do tempo conforme a música os envolvia. Você sentia o corpo leve, aproveitando cada segundo ao lado de Harry, que a segurava firme enquanto dançavam.
— Você sabe que está me matando com essa fantasia, não é? — Os olhos brilhavam de forma provocativa.
— Não mais do que você com essa máscara tenho um fraco por homens misteriosos. — Você sorriu, mordendo levemente o lábio enquanto o olhava.
— Bom saber... Porque quero muito foder você bem gostoso hoje, com ela.
— Eu vou adorar isso.
— Vamos tirar uma foto, você está incrível.—  Harry  puxou
Vocês posaram juntos, o brilho das luzes da festa refletia nas lentes, capturando seu sorriso radiante.
— Preciso ir ao banheiro, já volto. —  Comentou sentindo o peso em sua bexiga.
— Não demore, viu? — Pediu ele, segurando a sua mão por um segundo antes de soltar.
— Prometo voltar rápido. — Falou antes de sumir na multidão.
Quando saiu do banheiro,  notou que o corredor estava mais vazio do que antes, o barulho da festa estava abafado, o silêncio do lugar parecia sinistro, um pouco hesitante decidiu volta para a pista de dança, mas no fim do corredor, uma figura encapuzada vestida de Ghostface estava parada a encarando com uma faca na mão.
Seu estômago deu um nó.
— Harry? —  Chamou acreditando ser ele brincando de novo. — Onde encontrou essa faca?
Mas o Ghostface não respondeu.
— Se for você de novo, eu juro que vou te matar. —  A figura continuava imóvel, observando-a atentamente. — Harry, estou falando sério, para com isso!  — Seu coração começou a acelerar, você sabia que Harry gostava de pregar peças, mas algo naquele momento a fez hesitar. — Amor, pare com isso, já entendi a piada.
O Ghostface não respondeu, em vez disso, começou a andar lentamente em sua direção, você olhou pra trás vendo só outro corredor longo atrás de si, não havia como  voltar para a festa agora sem passar por ele. O desconforto em seu estômago aumentou, então decidiu lentamente se afastar para trás sem deixar de olhar para ele, mas enquanto se afastava, os passos dele ficaram rápidos, o pânico tomou conta  de você, que começou a correr, seu coração batendo forte enquanto as sombras do corredor pareciam engolir tudo ao redor, o Ghostface continuava a segui-la de perto, desesperada para escapar, tentava abrir qualquer porta que aparecia em seu caminho, mas por ironia do destino todas pareciam  magicamente trancadas, até finalmente uma abrir a dar para a parte externa da casa.
O ar fresco da noite a envolveu assim que você passou pela porta da mansão. O som abafado da música e das risadas ainda ecoava atrás de você, mas ao olhar ao redor, percebeu que estava sozinha na vastidão escura da floresta que cercava a mansão. As árvores eram altas e densas, formando sombras fantasmagóricas sob a fraca iluminação da casa, a sensação incômoda de estar sendo observada não desapareceu, um arrepio subiu por sua espinha, você olhou para trás, tentando convencer a si mesma de que tudo não passava de paranoia, mas a figura mascarada surgiu atrás de você, avançando em sua direção com passos decididos.
O coração disparou, e, sem pensar duas vezes, você começou a correr em direção à floresta. O salto alto afundava no solo úmido, dificultando cada passo. Galhos e arbustos  arranhavam suas pernas, mas o medo a impulsionava para a frente. Tentando aumentar a velocidade, tropeçou em uma raiz saliente, caindo de joelhos, a meia-calça se rasgou, e uma dor aguda percorreu seu corpo, o sangue quente escorrendo por seu joelho, quando tentou se levantar, sentiu um par de mãos fortes a envolver pela cintura, puxando-a contra um peito sólido.
— Acha que pode fugir de mim? — a voz saiu abafada pela máscara, mas carregada de um tom ameaçador.
Você gritou, se debatendo, tentando escapar do aperto dele, num movimento rápido, ele levantou a faca  a pressionou suavemente contra o seu pescoço, aproximando os lábios mascarados de seu ouvido.
—Você pode gritar o quanto quiser. — Ele sussurrou com a voz abafada pela máscara, mantendo a faca em seu pescoço. — Ninguém vai te ouvir daqui.
O coração disparado e a respiração entrecortada pela adrenalina tornaram tudo ainda mais intenso, mas então algo naquela voz a fez hesitar. O tom, a maneira como ele falou,  era familiar demais para ser coincidência.
— Harry? — Você arriscou, quase sem acreditar.
O mascarado soltou um riso baixo antes de finalmente responder
— E se não fosse? Ainda brincaria comigo?
— Isso não tem graça... — você murmurou, a voz fraca.
— Só quero me divertir com você... — Ele ainda brincava com a faca em seu pescoço.
— Harry... — Sua voz mal saiu.
O homem não respondeu, em vez disso, jogou a faca no chão, em um movimento rápido, segurou seus pulsos e a jogou sobre o ombro, ignorando suas tentativas de se soltar. O toque firme de suas mãos percorreu suas pernas, subindo até dar um leve tapa em sua bunda, que fez seu corpo estremecer, mesmo que tentasse resistir.
— Pra onde você está me levando? — resmungou, enquanto ele avançava ainda mais para dentro da floresta, com os passos determinados.
— Para longe de qualquer um que possa me interromper.
Ele caminhou até uma pequena clareira, onde a luz da lua mal atravessava as copas das árvores, criando um jogo de sombras sobre seu rosto e corpo. Ele te colocou no chão com um cuidado, suas mãos mantinham um toque firme deixado claro que você não teria escapatória. Seus dedos deslizaram até a borda da máscara, ele começou a levantá-la, revelando, aos poucos, um par de olhos verde-escuros que brilhavam cheios de uma intensidade perturbadora, um sorriso sádico se desenhando em seus lábios.
— Ficou com medo, amorzinho? — Você engoliu em seco, sentindo o coração ainda disparado, sem saber como responder. — Eu queria te ouvir gritar de medo… —  Ele sussurrou em seu ouvido com uma voz rouca.  — Mas agora, só quero ouvir você gritar o meu nome... até não restar mais nada de você.  — Deixou uma leve mordida na pele sensível do seu pescoço, que fez seu corpo inteiro reagir.— E não vou parar... Até que você implore.
O sorriso malicioso que ele lançou antes de deixar um beijo firme e provocador no canto da sua boca fez seu coração disparar, a tensão entre vocês crescia a cada segundo, com um movimento ágil ele a virou de forma que suas costas se encontrassem com o tronco da árvore, enquanto o corpo dele se moldava ao seu, quente e firme, tirando seu fôlego. 
— Você não vai escapar de mim agora…
Ele se afastou por um breve momento apenas para te observar, o olhar devorador como se quisesse gravar cada reação sua e então ele te ergueu, segurando firme em suas coxas para te apoiar contra a árvore, sentindo-se completamente à mercê dele, você enlaçou suas pernas ao redor da cintura dele, enquanto ele pressionava o corpo contra o seu.Harry levou a boca ao seu pescoço, beijando e mordiscando a pele sensível, enquanto suas mãos exploravam cada curva do seu corpo, sem pressa, apenas aproveitando o momento para te fazer perder qualquer resquício de autocontrole.
— Você gosta disso, não é? — Sua voz baixa e cheia de um sarcasmo provocador. — A maneira como eu te prendo aqui...
— Sim... —  Choramingou em seus lábios.
Ele riu ao perceber o efeito que causava em você, a boca dele  novamente encontrou a sua, quente e decidida, em um beijo que não deixava espaço para dúvidas que essa seria uma das melhores fodas de sua vida.
Harry deixou seus dedos deslizarem lentamente pela sua pele, subindo por debaixo do vestido até alcançar o calor entre suas pernas, com um toque suave, quase superficial, um sorriso carregado de malícia surgiu em seus lábios ao sentir o quanto você já estava molhada.
Você estava tão excitada, você provavelmente não deveria estar, não depois do que ele fez.
—Isso vai ser divertido.— Os dedos dele apenas roçaram em seu clitóris, de forma torturante. — Vou foder essa buceta e você vai estar pingando cheia da minha porra quando eu terminar com você.
Você suspirou, tentando empurrar o corpo contra a mão dele, buscando mais, mas Harry segurou firme em sua cintura, prendendo você contra o tronco da árvore e mantendo seu controle absoluto sobre o momento.
— O que foi? Quer mais? — Ele perguntou, com um tom de sarcasmo, inclinando o rosto até sua boca. — Então pede.
— Harry, por favor... — Você mal tinha fôlego.
— Não. — Ele riu ao ver sua expressão, claramente se deliciando com o efeito que estava causando. — Vai ter que esperar até eu decidir que você merece. — Ele bruscamente a colocou no chão, ouvindo seus gemidos de frustração. — Agora ajoelha.
— Mas, Harry... minha perna. — Reclamou ainda sentindo a ardência do corte.
— Não perguntei! Eu mandei ajoelhar. —  Ele rosnou segurando sua garganta entre os dedos.  — Eu vou foder sua boquinha até você ficar uma bagunça e quando eu termina vai me agradecer por isso, entendeu?  — O apertou dele ficou um pouco mais forte tirando seu fôlego. — Responda!
— Sim...
Ele continuou a enforca-la forçando a deslizar para baixo, até que seus joelhos batessem na terra dura, você sibilou de dor, mas no final das contas não se importava porque desse ângulo ele estava tão sexy, ele colocou a máscara novamente, você não conseguiu evitar deslizando suas mãos até o topo da cintura dele e acariciar sua ereção por cima da calça, você queria agradá-lo agora, ser uma boa menina para ele, afim de ele finalmente deixar você ter um pouco de prazer, a máscara olhando para você tornava as coisas mais quentes.
Harry puxou para baixo as calças, junto com a cueca, seu pau bateu contra seu estômago antes de ficar ereto, alinhado com seu rosto, ele agarrou a base de seu pau e bateu em seus lábios vermelhos algumas vezes antes de empurrar contra sua boca. Ele não foi gentil, nem ao menos deixou você se acostumar com seu tamanho antes que seus movimentos começarem a acelerar, sua mão acariciou seu cabelo antes de pegar um belo punhado e puxa-lo para si, para que cada vez entrasse mais fundo, quando a ponta tocou sua garganta ele deslizou o pau para fora da sua boca e enfiou novamente, fazendo isso repetidamente, logo seus quadris tinham vida própria, movendo-se em um ritmo insanamente rápido, até você estar engasgando em seu pênis, olhos lacrimejando, seu batom borrado por todo o comprimento dele.
— Está indo muito melhor do que eu imaginava. — Ele murmurou, assim que tirou seu pau deixando você respirar um pouco.
— Pode tirar sua máscara? — Ousou perguntar. — Preciso tanto ver você, Harry.... — Choramingou com os olhos de cachorrinho que certamente o convenceram.
Em um ato de bondade, Harry tirou-a jogando no chão.
— Satisfeita?! Agora volte ao trabalho.
Você obedeceu, passando a língua por toda a cabeça de seu pau, depois engolindo até onde conseguia, o aperto da mão dele em seu cabelo a insentivavam ir ainda mais fundo, uma de suas mãos segurava firme a coxa dele, outra massageava suas  bolas dando ainda mais prazer a ele.Os gemidos de Harry eram tão altos, roucos e tão deliciosos, deixando você ainda mais louca de tesão, era muito bom sentir ele tão duro na sua boca, pulsando, sua boceta estava encharcada, seu corpo tremendo, olhado para cima você tinha a bela visão de seu rosto perfeito com a cara de safado que só ele fazia.
— Não faz assim caralho....Porra, eu vou gozar logo se continuar a me olhando assim. — Choramingou, fazendo você sorrir mordendo os lábios.
Ele perdeu o controle, soltando seus cabelos, te puxando para cima sem muita paciência, te empurrou contra a árvore, até que suas bochechas estivessem colada nos galhos úmidos. Ele abriu suas pernas com o joelho,sua bunda ficando incrível nessa posição, suas pernas estavam abertas, completamente incapazes de esconder sua boceta molhada dos olhos famintos de Harry.
— Tô louco querendo essa buceta a noite toda. — Ele se encaixou e meteu fundo sem nenhum aviso, um grito de prazer escapou de seus lábios inchados, ele estava sendo cruel demais hoje e você estava gostando desse lado dele. — Sua buceta tá uma delícia, toda meladinha pra mim. — Harry estava  ofegando contra a parte de trás do seu pescoço.
— Porra... — Soltou um gemido patético enquanto o ritmo dele só acelerava. — Mais, Harry...
Você se apoiava na árvore, sentindo as mãos firmes dele explorarem suas curvas, enquanto ele se movia em um ritmo profundo e implacável, cada investida arrancando gemidos mais altos dos seus lábios.
— Gosta assim, não gosta? — ele sussurrou, a voz baixa e carregada de prazer. — Toda submissa, gemendo pra mim… Eu vou continuar te fodendo desse jeito, até você não conseguir mais segurar.
— Harry... Hmmm, tá tão bom... — você gritava, empurrando seus quadris contra ele, o som da sua pele encontrando a pélvis dele estalando. — Quero... Quero gozar.
— Já quer gozar? Pensei que aguentasse mais do que isso.
Ele continuou socando em você, suas unhas cravaram no tronco, buscando algum tipo de suporte, Harry segurava sua cintura com força, os dedos se afundando em sua pele, guiando você para trás a cada movimento, deixando claro o quanto ele desejava manter o controle, você não conseguia acreditar que ainda estava de pé
— Ah! devagar, Harry. — você gritou contraindo suas pernas, com certeza estaria dolorida pela manhã.
— Desculpe, meu amor, não posso, essa porra de boceta é muito boa. — Deixou uma mordida  que com certeza ficaria marcada em seu ombro. — E se fechar as pernas vai ser pior.
Uma de suas mãos foi em direção à bagunça escorregadia que era seu clitóris, os dedos dele começaram a fazer círculos que fizeram seus olhos reviravam enquanto tentava desesperadamente alcançar seu ápice,  aquele prazer incendiando em seus estômago, mas toda vez que estava tão perto, quase lá, seu corpo tremendo e sua boceta latejando por mais, Harry parava e voltada a te foder com mais vontade, você só conseguia lamentar,  som escapando de seus lábios incontrolavelmente enquanto o prazer avassalador ia consumindo você, a cada estocada te empurrando para mais perto do limite, até seu corpo não aguentar mais.
— Caralho.... Você está ainda mais apertada, vai gozar? — Os dedos agis dele esfregavam círculos ainda mais  rápidos no seu clitóris
— Eu vou.... Eu...Hmmm... — Você gritou, assim que aquela sensação que tanto queria pareceu explodir dentro de você, o prazer  formigando cada pedacinho de seu corpo.
Você estava rendida ao prazer, suas pernas já estavam trêmulas, mal conseguindo se sustentar enquanto ele ainda metia fundo em você.
— Adoro sentir você quando goza. — Mordiscou sua orelha. — Me de mais um.
— O que?
— Goze de novo no meu pau.
— Harry.... Eu não consigo fazer isso!— Sua voz falhou enquanto ele te segurava firmemente no lugar.
— Ah! Mas você vai. — Ele riu. — Você não tem escolha.
Ele continuou metendo em você até  ficar uma bagunça sem palavras, às lágrimas escorrendo pelo seu rosto pelo imenso prazer e superestimulação, o segundo orgasmo te atingiu ainda mais forte, o prazer entorpecente fazendo com que você não conseguisse se concentrar em nada além do pau dele te penetrando.Seus movimentos continuaram tão fortes e rápidos, que você mal conseguia aguentar, um gemido longo e choroso saiu dos lábios de Harry quando o corpo inteiro dele tremeu de prazer e te encheu de porra, diminuindo seu ritmo, até que ele finalmente se acalmou em um grunhido suave.
— Que bagunça você fez em mim. —  Ele zombou, finalmente se afastando.
— Como se você também não tivesse feito o mesmo. — Você ainda estava trêmula, o esperma dele escorrendo por suas pernas.
Ele olhou para você com um sorriso satisfeito enquanto você tentava arrumar o vestido e tirar folhas do cabelo.
— Não adianta, não vai conseguir disfarçar.— Ele comentou, rindo e começando a tirar galhos do seu cabelo.
— Claro, porque alguém achou divertido me arrastar pela floresta, né? — Resmungou, esfregando o joelho machucado.  — Me ajuda a ajeitar logo isso, antes que alguém ache que a gente…
— Que a gente o quê? — Ele te interrompeu. — Fudeu no meio da floresta? — Ele piscou, um sorriso provocador nos lábios.
— É, exatamente isso! — Tentou se manter séria, mas ele estava se divertindo demais. — E aposto que você quer que todos saibam disso, né?
Harry deu uma risadinha e passou os dedos pelo seu cabelo, tirando outra folha.
— Não vou negar que é divertido que eles  saibam que só eu posso te deixar assim.
Depois de um tempo tentando ajeitar a roupa e limpar as folhas e galhos do cabelo, você e Harry voltaram à festa. Ele ainda ria, satisfeito com a própria brincadeira, enquanto você tentava disfarçar a raiva e o susto. Ao se aproximar da entrada, as luzes da mansão revelaram o estado em que você estava: meia-calça rasgada, joelho machucado e o vestido todo amassado e sujo de terra.
Quando vocês entraram, várias cabeças se voltaram. Alguém quase derrubou o drink ao te ver e alguns amigos lançaram olhares curiosos, alguns até sorrindo maliciosamente.
— O que aconteceu com você, garota? — Sarah exclamou, visivelmente chocada.
— Ah, eu acabei caindo, sabe... Na floresta.
— Na floresta? O que você estava fazendo na floresta?
— Andando... — Não havia muito explicação para isso.
— Sei… pelo jeito a desse ano foi divertida em, vocês dois e essas ideias malucas, não sei mais o que pode acontecer. — Disse fazemos todos rirem.
Você realmente não sabia o que mais poderia acontecer, mas mal podia esperar para o próximo Halloween só para descobrir.
Obrigado por ler até aqui, deixe uma ask se gostou ❤️
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giiiane · 3 months ago
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Ela fez uma escolha.
Estúpida, talvez.
Mas era tudo o que ainda lhe restava.
Casou-se cedo demais.
E virou prisioneira antes de saber o que era ser livre.
Agora, diante do espelho rachado — que não reflete mais nada —,
ela parece mais velha que a própria mãe.
Os olhos cavados, os ombros curvados,
como se carregasse nos ossos as paredes úmidas daquele apartamento.
Como se Medusa tivesse encarado ela de volta no vidro.
Não teve filhos.
Dizem que foi um golpe do destino,
mas ela conhece a verdade.
Fez do próprio corpo trincheira.
Arrancou a possibilidade com as unhas.
Prefiriu ferir o ventre a dar à luz mais uma vítima.
Talvez tenha sonhado, certa noite, com uma mulher enterrada viva
num quarto sem janelas.
E decidiu não apodrecer esperando socorro.
Viveu com medo.
Mas não foi covarde.
Ela tentou.
Tentou escapar, correr, gritar.
Tentou a polícia, a mãe, Deus.
Todos os caminhos levavam ao mesmo inferno.
Bertha Mason acenava pra ela do sótão.
Só que o sótão dela tinha três cômodos e um colchão manchado.
Hoje, algo mudou.
Há um silêncio sobrenatural.
A vizinha do lado — que sempre ouve tudo — estranha a quietude.
Mas não bate.
Ninguém bate.
Ali dentro, ela segura a arma como quem segura uma flor.
O cano frio, o coração mais frio ainda.
Ele, o algoz, o marido,
o homem que se achava Deus por ter poder de matar —
ri.
Ele sempre ri.
Não acredita.
Nunca acreditou.
Ela não é mulher de reação.
Só de resistência.
Ele pensa assim.
Mas há algo errado nos olhos dela.
Algo entre o riso e o abismo.
Algo que nem a morte ousa nomear.
Mil futuros passam por sua mente.
Todos terminam do mesmo jeito:
ele a encontra.
Ele sempre a encontra.
E então ela ri.
Um som que não é humano.
É quase uma prece.
Quase uma maldição.
Num só gesto, vira a arma.
Não contra ele.
Contra si.
Porque se ela não for dele,
não será de mais ninguém — nem dela.
Aperta o gatilho.
O estampido.
O silêncio.
O sangue.
O corpo no chão.
O apartamento respira com alívio.
A memória dela vaza pelas frestas das paredes.
Ele ajoelha.
Finge.
Chora.
Encena a cena que já havia ensaiado.
Patético.
A polícia entra.
Com o cheiro de pólvora ainda vivo no ar.
O sangue ainda quente.
As memórias gritam.
Ali, naquele espaço sujo,
morre uma mulher jovem.
Filha. Irmã. Tia. Sobrinha. Prima.
Alguém que não será canonizada.
Não será mártir.
Não terá estátua.
Mas um fantasma nasce.
Não um de filme.
Um que se instala em quem lê isso agora.
Na espinha.
Na nuca.
Na memória que tenta esquecer.
Um espectro que grita —
sem voz, sem justiça, sem descanso —:
ela não escolheu morrer — escolheu desaparecer antes que fosse enterrada viva mais uma vez.
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naipedecosmus · 2 years ago
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Olhem e admirem meu neném! 🥺
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Criei ele à anos e agora meu grupo tá fazendo joguin onde ele será o protagonista 🥰
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devaneios-efemeros · 2 months ago
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Quando a última estrela cair como cinza de um céu cansado, e o oceano se transformar em espelho seco de memórias esquecidas, ainda verei seu rosto nas sombras do tempo. Quando as flores murcharem antes da primavera e a lua se recusar a nascer, meu peito, mesmo em silêncio, ainda baterá por você. Seremos dois fantasmas vagando entre versos inacabados, presos na linha tênue entre o sempre e o nunca mais. E quando meu corpo for pó e meu nome um sussurro perdido no vento, você será a última imagem gravada nos meus olhos fechados. No fim de tudo — entre ruínas, silêncio e escuridão — eu ainda sussurrarei: ‘Eu te amo’.
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precipitacoes · 3 months ago
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não me vejo — sou ausência,
sombra que o espelho nega.
o ar se nega ao peito,
e até a dor já se entrega.
sangro devagar, em silêncio,
sem alarde, sem razão.
cada gota que me escapa
é um grito afogado em vão.
eu deveria ter falado,
mas as palavras apodreceram.
ficaram presas no fundo da alma,
como corpos que nunca morreram.
senti demais, calei por medo,
fui cova rasa do que vivi.
você partiu, e eu fiquei
com os fantasmas que não escolhi.
espero — tola esperança —
que tua vida tenha tido um porquê,
enquanto a minha afunda sem rumo,
com os olhos fixos em você.
não estou respirando…
e ninguém percebeu.
a morte é lenta e invisível
quando o que morre é o que não se deu.
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delirantesko · 28 days ago
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Pareidolíaca (poesia, Julho 2025)
Crio um idioma próprio, uma nova língua,  que apenas eu entendo. Mascaro ela com minha linguagem nativa
E todos a olham,  desprezando ou contemplando,  mas sem enxergar através dela. Apenas veem a silhueta pareidolíaca
De seus próprios turvos espelhos E assim não podem vislumbrar  o conteúdo de sua maleta cinza.
O código tem uma chave,  mas ela está no brilho do olhar que você nunca poderá ver. O segredo, o som de chave se abrindo,  não passa de sonho do qual você esquece  assim que abre os olhos de manhã. 
A revelação está na lágrima que irrompe  quando toca seu acorde favorito  de uma música que nunca ouviu antes.
O fantasma menos assustador da existência,  pois você nunca saberá que ele está, de fato, ali
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okeutocalma · 6 months ago
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estou com falta de criatividade para fazer pedidos, mas ainda anseio pelo dia em que vou ler o pedido que fiz do alucard a long time ago😞
–🦇
Passo a passo — Alucard.
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O eco dos meus passos ressoava pelo grande corredor enquanto carregava um balde com água limpa e alguns trapos. O castelo, apesar de ainda manter um ar sombrio, já não parecia tão quebrado quanto antes. As escadarias, que um dia haviam sido escombros retorcidos, estavam firmes novamente. Cortinas costuradas à mão agora cobriam as grandes vidraças, restauradas com um brilho que parecia estranho em meio a tantas memórias escuras.
Arrumar tudo aquilo sozinho era um desafio, mesmo para alguém como eu. Antes, Alucard e eu fazíamos juntos, lado a lado, em silêncio ou com conversas casuais, tentando preencher o vazio deixado pela ausência de Drácula, Trevor e Sypha. Mas agora… bom, ele mal saía da cama.
Depois de dobrar um corredor que parecia idêntico aos outros dez que já tinha passado, encontrei uma porta antiga, pesada, meio escondida. Abri devagar e dei de cara com um banheiro simples, mas elegante, com aquele estilo de um século atrás — mármore escuro, detalhes em metal antigo e um grande espelho empoeirado. Apesar do tempo, estava bem conservado, só coberto por uma camada grossa de poeira.
Passei a mão pelo balcão da pia, deixando um rastro limpo no meio da sujeira. Suspirei, largando o balde no chão e girando a torneira da banheira. A água caiu com força, espirrando um pouco, mas estava quente, o vapor subindo lentamente. Um pequeno conforto em meio a tantas ruínas.
Comecei a limpar, esfregando o chão, lavando as paredes, enquanto minha mente vagava. Pensei na luta contra Drácula. O sangue, os gritos, a fúria. Alucard tinha vencido, mas aquilo não foi uma vitória para ele. Foi uma ferida aberta, impossível de cicatrizar.
No início, ele ainda sorria. Forçado, talvez, mas estava lá. Trabalhávamos juntos, ele fazia piadas ocasionais, e, por um momento, parecia que íamos ficar bem. Só que, com o tempo, o peso começou a aparecer. Pequenos detalhes que só alguém que o conhecia bem notaria: ele andava mais devagar, deitava cedo demais, comia menos. O sorriso desapareceu, substituído por silêncios longos demais, olhares vazios demais.
Agora, ele vagava pelo castelo como um fantasma, o brilho dourado dos cabelos desleixado, sem o cuidado que ele sempre teve. Os ombros curvados, como se o peso do mundo estivesse afundado neles. E, de certo modo, estava.
Enxuguei o último canto do chão e me apoiei na pia, olhando para o próprio reflexo no espelho empoeirado. O cansaço estava nos meus olhos também, mas não era só físico. Era o cansaço de ver alguém que você ama se perdendo um pouco mais a cada dia.
Fechei a torneira e respirei fundo. O banheiro agora brilhava, limpo e acolhedor. Talvez fosse um pequeno passo, mas, no final das contas, era assim que se reconstrói algo — um cômodo de cada vez, uma alma de cada vez. E eu ainda tinha esperança de que poderia ajudar a reconstruir Alucard também.
[…]
— Vamos, Alucard — chamei com um tom de voz que misturava impaciência e carinho, puxando uma mecha do cabelo dele, embaraçada e suja de poeira. — Você vai literalmente criar raízes nessa cama se continuar assim. E, olha, o castelo pode estar caindo aos pedaços, mas, por algum milagre, os canos de água quente ainda estão funcionando. Isso e minha paciência.
Ele me lançou um olhar lento, exausto, os olhos dourados apagados como se a luz que costumavam refletir tivesse ficado presa em algum lugar entre o luto e a solidão. Soltou um suspiro, pesado, e, com uma lentidão quase dramática, arrastou-se da cama. Não foi porque queria. Foi porque eu pedi.
Agora, sentado à beira da cama novamente, com os cabelos úmidos e caindo em fios pesados sobre os ombros, ele parecia menos um guerreiro imortal e mais um homem cansado demais para se importar. O cheiro de terra e poeira havia sumido, substituído pelo leve aroma do sabonete antigo que encontrei em um dos armários intactos do castelo.
Peguei a escova e comecei a desfazer os nós, devagar, para não incomodar. O som era um sussurro suave no ar frio da sala, um contraste estranho com o eco da ausência que parecia ter tomado conta de tudo.
— Já se passaram dez dias desde que você… bom, desde que Drácula se foi — murmurei, concentrado em um nó teimoso, tentando não puxar com força. — E alguns dias desde que Trevor e Sypha partiram.
Ele soltou um suspiro longo, o tipo de suspiro que carrega mais do que cansaço.
— Eu sei — ele murmurou, a voz rouca e baixa, como se até falar fosse um esforço.
Continuei escovando, meus dedos passando levemente pelo couro cabeludo dele, um gesto automático, quase íntimo.
— Você sabe, quando éramos crianças, prometemos que nunca ficaríamos sozinhos — continuei, o tom leve, mas o peso da memória estava ali, pendurado entre nós. — Você disse que, se o mundo desabasse, ainda teríamos um ao outro.
Ele fechou os olhos, os ombros caindo ainda mais.
— Não tenho forças pra me importar agora — sussurrou, tão baixo que quase se perdeu no som da escova. — Mas você ainda está aqui. Isso é… suficiente.
Parei por um momento, apenas olhando para ele. O cabelo dele brilhava mesmo na luz fraca, e a dor que ele carregava parecia grande demais para caber naquele quarto.
— Eu fiquei porque você sempre foi suficiente pra mim. E agora é a minha vez de ser suficiente pra você.
Ele não respondeu, mas inclinou levemente a cabeça contra minha mão, um gesto pequeno, quase imperceptível, mas que dizia mais do que qualquer palavra. Continuei escovando, o silêncio entre nós confortável, preenchido apenas pela presença de alguém que nunca iria embora.
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projetovelhopoema · 1 year ago
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A frieza, como um manto de gelo que envolve o coração, é a armadura que vesti ao longo dos anos. Não foi uma escolha, mas uma necessidade; um reflexo de um mundo que tantas vezes me feriu. Me escondo nas sombras, protegida pelo silêncio, onde cada batida do meu coração ecoa como um sussurro em um vazio gélido. A solidão é minha companheira, fiel e constante, enquanto as cicatrizes internas dançam sob a superfície, invisíveis aos olhos curiosos que não ousam se aproximar. E ali, na minha fortaleza de gelo, encontro um estranho conforto, um espaço onde as emoções são contidas, preservadas, mas nunca completamente destruídas. Ainda assim, no âmago do meu ser, uma chama de coragem persiste. Não é a coragem gritante dos heróis das lendas, mas uma força silenciosa que me mantém de pé, dia após dia. É preciso paciência para enfrentar as tempestades internas, para olhar no espelho e confrontar os fantasmas do passado. Cada amanhecer é uma pequena vitória, um lembrete de que sobrevivi mais uma noite. A paciência é o fio que entrelaça a minha existência, tecendo lentamente um caminho de esperança em meio à escuridão. É por meio da paciência que encontro motivos e energia para acreditar que apesar do que as pessoas pensem ou digam, eu sou bem mais do que esse exterior cristalizado pela memória do que um dia já fui. Será que o aspecto gélido que exala das minhas palavras congeladas não são apenas mais um forma de apresentar o quadro da vida? Será que o meu azul não é tão quente quanto o aconchego de um abraço que busca trazer acalento? Eu sou entre(laços) da solidão, conforto, medo e paciência, sou um todo que que se esvazia enquanto conto, aos poucos, o que reside dentro da muralha de gelo.
— Aline e Caroline M. em Encontro de poetas.
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