O que era um sonho... se tornou uma obsessão pelo poder. Quando o garoto prodígio Matthew Russell, decide entrevistar a socialite e famosa Meredith Chamberlain para o seu trabalho da faculdade, não imaginaria que sua vida se tornaria da água para o vinho tão rapidamente. Matt se torna um homem capaz de fazer tudo para ficar por cima e conquistar o que sempre sonhou: Um dia ser conhecido pelo mundo todo. Mas seus planos não serão tão bem executados quando o mais renomado e importante Brandon Reeves se mostra interessado em tê-lo custe o que custar e com isso Matt cairá em um jogada de luxo, ganância, desejos e assassinatos.
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C8: ESSE É O MEU MUNDINHO, MATTHEW...
Estava saindo do prédio de Meredith, ainda pensava naquele papel que tinha recebido e no meu primeiro cliente, não queria pensar muito a respeito de sua aparência, se era mais velho ou mais novo, provavelmente seria um homem bem elegante, Meredith não recebe homens de classe média e muito menos baixa para seu grupo de compradores, isso não me importava, a questão seria a minha primeira transa, não digo apenas com homem, é minha primeira transa de iniciante e será um com um homem, eu nunca transei e não sei qual é a sensação, minha primeira tentativa foi no segundo ano do ensino médio quando eu fui para casa do Edward fazer um trabalho da escola, mas acabamos que levando o trabalho mais a sério, começamos com beijos e depois carícias, até que ele sentou no meu colo e foi tirando a roupa, isso me levou a clima mais alto do meu corpo, que eu nunca tinha sentido isso antes, meu pau estava crescendo e me fazendo alucinar com os chupões que ele dava em meu pescoço, mas fomos interrompidos quando o pais dele chegaram, um pouco constrangedor para ambos, desde então, nunca mais tive a chance de perder a virgindade e hoje terei que provar tudo isso com uma pessoa que só irei conhecer no momento exato, um completo estranho, isso era demais para mim, demais para pensar nas consequências e demais para pensar no que eu não poderia mais voltar atrás, agora é só seguir em frente. Ao chegar na calçada, um carro preto estacionou bem a minha frente, eu tinha impressão de já ter conhecimento daquele carro, me parecia muito família. Logo em seguida o vidro da janela de trás abaixou e relevou-se um homem de cabelos loiros, altamente estiloso e de dar inveja a qualquer um, era Brandon, ele sorria radiante e eu tinha a leve impressão que se seus dentes tocassem a luz do sol, eles poderiam fazer um reflexo de tão brancos que eram. – Matthew, que prazer em revê-lo. – Digo o mesmo para você, Brandon. Sorriu acenando para ele, mas não conseguia evitar de olhar o quão ele era lindo. – Eu sabia que iriamos nos ver de novo. – Eu nunca duvidei. – Vai ficar ai ou não quer entrar no carro? Eu te levo até em casa, vamos. Me sentir um pouco desconfortável em dizer não aquele homem, ele era charmoso demais para dizer um “não” a ele, e tenho certeza que não fui o único a pensar e se sentir dessa forma. – Por mais gentil que fosse, hoje eu não estou com a Molly, resolvi vim no carro da minha amiga para não cometer um erros daqueles novamente, eu amo a Molly, mas as vezes ela me deixa furioso. Aliás, eu tenho que te agradecer, muito obrigado mesmo por ter... sabe? Consertado ela toda, não precisava.Ele riu, provavelmente lembrou da minha situação e do quanto eu fiquei envergonhado com tudo aquilo. – Eu adorei passar a tarde com a Molly, era o mínimo que eu poderia fazer por ela. Mas é uma pena que você não a tenha trazido, estou com saudades dela e tenho certeza que ela me daria uma forcinha e deixaria você vim comigo. Sorriu um pouco envergonhado e disfarço tentando olhar para baixo. – Sim, mas hoje ela infelizmente não está aqui. – Não seja por isso...Ele desce do carro e caminha em minha direção, me olha com um sorriso triunfante e vai até o motorista do seu carro. Meu Deus, como é lindo, eu juro que com um próximo sorriso desses eu beijo ele. Não consigo entender muito bem o que ele está conversando com seu motorista, mas presumo ser alguma solução para algo que estava preste a descobrir. O motorista sai do carro e vem seguindo ele até mim, Brandon para na minha frente junto ao seu motorista e diz: – Já que você não pode sair comigo porque está com o carro da sua amiga, eu me dei a liberdade de mandar meu motorista Robert, levar o carro dela até sua casa, enquanto você vai comigo. Aliás, você está com fome Matthew? Só com a pergunta dele pude notar que minha barriga estava doendo por dentro de tanta fome, suspirei para disfarçar meu mal estar e sorrir. – Sim, eu estou com muita fome. – admiti. – Ótimo, conheço um lugar maravilhoso que você vai adorar, te levarei para comer e logo em seguida para casa, tudo bem para você Matthew? Confesso que fiquei um pouco desconfiado de tanta bondade, não é todo dia que você encontra um cara do estilo de Brandon no meio da rua e paga o concerto da sua bicicleta, depois te convida para jantar e logo em seguida te levar em casa, isso me soava estranho demais, mas a minha vida já estava completamente estranha para se pensar em demais coisas e preferi apenas me deixar levar. – Tudo bem, vamos. – Certo, apenas informe onde você mora para que Robert leve o carro da sua amiga até em casa. Entrego as chaves do carro para Robert e informei onde ficava meu apartamento e da Vivien, ele parecia ser pai de Brandon, um pouco mais velho, pude imaginar que estivesse com ele a muitos anos e por isso seria de extrema confiança dele, o que me deixou um pouco relaxado. Logo em seguida entrei com Brandon em seu carro e saímos.
Paramos em frente a um restaurante luxuoso localizado dentro de um prédio enorme, pela estrutura poderia-se dizer que o prédio era antigo, típico prédios de ricos, ao sair do carro, localizei o nome estampado logo a cima, estava escrito de mármore branca “Carmine´s”, e suas paredes eram repletas de vidros, dando para ver quem estava dentro e quem estava fora. Brandon veio por trás de mim após entregar o carro ao porteiro e apoiou sua mão contra minhas costas me puxando para entrar, ele tinha bastante força e sabia muito bem como guiar alguém. O teto era repleto de lustres e ao som que vinha de algum lugar era um pouco mais calmo e agradável um pouco de violino talvez, estava lotado e todos bem arrumados, maiorias dos homens estavam vestindo seus ternos elegantes e as mulheres uns vestidos de tirar o fôlego, logo percebi que ali só frequentava pessoas da classe alta, logo fiquei com vergonha por está com uma roupa tão simples, perto de tanta gente elegante. A recepcionista nos guiou até o outro salão do restaurante e só ali pude notar que tinham cerca de três homens de meia idade se apresentando no palco principal tocando violino. Sentamos numa mesa de dois, as cadeiras eram super confortáveis, Brandon estava o tempo todo me encarando e quanto mais ele me olhava, com mais vergonha eu ficava. O garçom logo em seguida apareceu, cochichou algo no ouviu de Brandon e em seguida entregou os cardápios, percebi que ele apenas concordou com a cabeça e ele entendeu o recado e saiu. Abrir o cardápio e fingir que estava procurando algo saboroso para comer, mas confesso que estava um pouco incomodado com aquilo tudo e resolvi ir direto ao ponto.
– Você não acha que está muito exagerado não? – perguntei. Brandon abaixou o cardápio mostrando seu lindo rosto, mas estava com uma afeição de duvida. – Exagerado? O que? – Isso tudo! Esse restaurante, essas pessoas elegantes, você elegante. Da para notar que você faz parte desse mundinho, mas já reparou que eu não faço parte dele? Isso é meio frustrante e vergonhoso pra mim, olha para minhas roupas, eu não me encaixo aqui. Não poderíamos ir ao menos comer um simples hambúrguer ou umas batatas fritas em qualquer esquina por ai? Eu já passei vergonha demais por hoje. Brandon apenas riu e dessa vez era eu que já estava com uma afeição de duvida. – Esse é o meu mundinho Matthew, eu apenas queria que você se sentisse familiarizado com ele, não quero te fazer passar por nada frustrante, pelo o contrário, mas se você não está se sentindo bem, podemos ir a outro lugar. Me sentir um pouco constrangido por ter falado tudo aquilo para Brandon, mas já era tarde demais. – Tudo bem. – concordei. Brandon levantou-se e ofereceu-me a mão, eu a segurei e me levantei em seguida, sua mão era macia e delicada, era algo gostoso de se pegar, se contar no cheiro maravilhoso de avelã que elas tinham. Esse homem tem algum defeito? Ou ele é perfeito assim sempre? Saímos andando em direção a porta, mas alguém logo de imediato gritou pelo nome de Brandon e paremos para se certificar de quem era.
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C7: O NOVO QUERIDINHO DO PEDAÇO.
Lá estava eu, com os pés posicionados sobre o tapete de veludo preto na portaria do escritório de Meredith. As janelas ao lado estavam abertas, o céu estava nublado, poderia chover a qualquer hora, o vento batia contra meu corpo fazendo meu cabelo sair do lugar e voar entrelaçado, arrumava-o pela vigésima quinta vez e criava coragem para bater e entrar. O lugar estava sempre como costumava ser, as cortinas estavam fechadas e sussurros altos davam para se ouvir do lado de fora, não conseguia entender muito bem do que se tratava, mas tinha a certeza que aquele barulho todo era uma briga e Meredith estava conversando com um homem. Tentei me concentrar em ouvir, mas as paredes do escritório de Meredith, por mais que fosse de vidro, eram de um vidro resistente e quase se não podia ouvir nada. “Você deve está brincando... Não tá me dizendo que aquele garoto tomou meu lugar... Eu não quero saber Meredith, você me prometeu tê-lo...” “Você o ainda terá, só esper... Ele ainda é seu... O contrato ainda não foi assinado por ninguém.” “Espero... Levei anos para conseguir iss... E não irei... pra qualquer um.” “Não irá, tem minha palavra.” “Ótimo, conto com vo... Se não... irá se arrepender, Meredith.” “Tem minha palavra.” “Só mais uma coisa... Não deixe o contrato ser assinado por...” Fiquei curioso para saber quem não deveria assinar o contrato e qual contrato aquela tal pessoa estava citando, mas não podia continuar a ouvir, a conversa já tinha acabado. Bati na porta para mostrar que tinha chegado naquele momento ou pelo menos fingir e Meredith logo me mandou entrar. Fui abrindo a porta devagar para não demonstrar meu desconforto e em seguida entrando calmamente. O homem a quem Meredith tanto conversava estava em pé de costas para mim, ao ouvir a porta se abrir se virou-se para me encarar. Ele era dois centímetros mais alto que eu, loiro dos olhos azuis e com um sorriso maravilhoso, não que o sorriso fosse de alegria, ele estava sorrindo em um efeito debochado, como se não estivesse satisfeito com minha presença ali. – Eu posso voltar outra hora. – sussurro tentando me encolher na porta. – Imagina, venha aqui Matt, quero que você conheça uma pessoa. Meredith apoia suas mãos sobre sua mesa de vidro e se levanta de sua cadeira, dar a volta sobre a mesa e caminha ao centro da sala, ficando entre nós dois. Vou caminhando em passos leves me aproximando de Meredith, ao chegar perto ela me puxa pelo braço e me força a caminhar mais rápido ficando mais perto do garoto loiro. Ele tinha um cheiro muito bom, dava para notar que seu perfume era importado, estava todo vestido de bad boy, com sua jaqueta preta totalmente brilhosa e suas botas Gonew Fenix marrom escura. Ofereci minha mão para o cumprimenta-lo, mas ele ignorou e cruzou os braços me olhando de cima a baixo, recuei com minha mão para baixo, envergonhado. – Então esse é o famoso Matthew, o novo queridinho do pedaço. – O loiro começou a rir, zombando da minha cara, presumi. – Matthew, esse é o Andrew Elder. E Andrew, esse é o Matthew Russell. Você vão trabalhar juntos a partir de agora. – Meredith falou tentando amenizar a situação. – Eu não trabalho com iniciantes, muito menos com esse... Esse garoto ai. Percebi que as coisas não ia muito bem ali para o meu lado, já estava ficando um pouco desconfortável com a presença desse garoto e não estava gostando nem um pouco do jeito que ele estava me tratando. – Esse garoto ai tem nome, eu me chamo Matthew e eu prefiro que me chamem pelo meu nome. Muito prazer Andrew, diferente de você, meus pais souberam me dar educação. – suspiro. Nem acreditava que eu mesmo tinha acabado de falar aquilo, Meredith também estava surpresa com minha resposta, dava para notar pela cara sem reação que ela ficou. Já Andrew, não ficou nada satisfeito. Virou-se para trás e pegou algo pequeno que fazia barulho como de chaves, puxou sua bolsa que estava jogada a poltrona do seu lado e venho apressadamente em minha direção. Por um minuto pensei que ele fosse me bater, mas mantive minha posição, ele parou a minha frente e aproximou sua boca do meu ouvido, dava para sentir seu hálito quente tocar minha pele. – Você não sabe quem está provocando Matthew, pode se arrepender depois. – sussurrou ao pé do meu ouvido. Aproximei minha boca do ouvido dele e sussurrei: – Posso não saber, mas adoro uma aventura, mal posso esperar para saber com quem estou lidando. Sem resposta, ele esbarra no meu ombro e sai caminhando em direção a porta, estava doendo, mas não queria demonstrar dor em um momento de defesa, me concentrei em me acalmar e fui interrompido pela voz de Meredith. – Uau! Isso foi de arrepiar. – Nem me diga, mas posso saber quem é esse garoto? – Longa história, o que posso dizer é que ele também faz parte dos garotos dos meus contratos, um dos primeiros. – Que bela recepção! Deu pra notar pelas roupas, o garoto é lindo e sabe se vestir bem, olhando por outro ponto, um completo de um babaca. Meredith riu da situação e voltou ao seu posto de rainha sentando-se em sua cadeira, a seguir e me sentei na cadeira de frente para ela. – Então Matt... Acho que temos um novo assinante no seu contrato – ela fala com empolgação – E você irá conhece-lo hoje mesmo. – Como assim hoje?!!! – falo assustado. – Sim, ele quer te conhecer hoje, esteja preparado Matthew. Ele é um dos nossos clientes mais velhos daqui e tenho certeza que você irá gostar dele. Claro que você deveria receber um ensinamento logo, mas eles estavam esperando por você faz tempo, então não me decepcione. – Espera... Eles? E existem mais de um? – pergunto confuso. – Matthew, a nosso sistema tem cerca de 30 clientes, é claro que mais de um gostou de você e a gente oferece para aquele que está disposto a pagar mais caro por você, então nós dois saímos ganhando na maior aposta. – Mas você disse que apenas um ganharia meu contrato. – E é apenas um, você só irá ser repassado para outro, caso seja devolvido a lista ou vendido de comprador para outro comprador. Mais alguma pergunta? Ela inclina as sobrancelhas e eu nego com a cabeça ainda pensando em tudo que acabei de ouvir. Meredith se levanta e caminha até um balcão atrás dela, abre a primeira gaveta a direita e pega um papel pequeno da cor preta escrito alguma coisa que não conseguia decifrar, observa tudo que estava escrito e logo inclina o braço para me entregar. – Tome. Esse é o endereço que você vai ter que ir hoje a noite, ás 22:30. Pego o papelzinho e viro para olhar. – La Paza Hotel¹? – Sim, ele estará te esperando lá. Quarto 253, não se preocupe com as despesas, é tudo por conta dele, tente parecer o mais profissional possível, eles gostam disso. Ao chegar lá, peça para ir ao quarto e diga que o Sr. Caldwell o espera. Apenas concordo com a cabeça e me levanto para ir embora, guardo o papelzinho no bolso e me viro para ir embora, mas Meredith continua falando e eu me viro para olha-la. – Lembre-se Matthew, não me decepcione, se deixe levar pelo momento. E volte aqui amanhã para receber sua recompensa e também suas novas instruções. – Instruções? Que instruções? – novamente pergunto confuso. – Amanhã você saberá. Abro a porta e vou embora sem olhar para trás. 1. La Paza Hotel (fictício); Um dos hotel mais luxuosos de West Falls, com cerca de 5 estrelas.
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C6: EU PRESTO ATENÇÃO EM TUDO QUE VOCÊ DIZ MATTHEW. (Parte 2)
O dia amanheceu. Raios de luzes saindo a beira da janela contra a cortina pousaram sobre minha cama. Um barulho devastador invadiu meu quarto. Era da porta e com umas pegadas fortemente estrondosas vieram em minha direção. Estava correndo e efetivamente se jogou contra minha cama me fazendo pular para cima. Me viro assustado para visualizar quem estava em meu quarto. Era Vivien, estava empolgada, com um sorriso de orelha á orelha e apertada os dedos uns nos outros como se quisesse quebra-los, ainda estava com a mesma roupa da noite passada, parecia que ao acordar veio direto para o meu quarto. – Como foi? – pergunta. – Como foi o que? – respondo meio sonolento. – A saída? O carinha? Anda quero saber de tudo. – Ah… Hum… Bom, a gente saiu da festa, fomos a uma cafeteria e conversamos, depois ele me trouxe pra casa, encontrei você jogada no sofá, te cobri e vim dormir. – Só isso? Apenas isso? E o beijo? A pegada? O finalmente? – pergunta indignada. – Calma aí querida. Eu não vou sair beijando um homem que conheci nem tem vinte quatro horas. Muito menos transar com ele. Se bem que quase aconteceu um beijo. – O que?! – Vivien se levanta da cama sorrindo e me encara diante de mim. – Não acredito que você não deixou aquele homem gostoso beijar seus lábios. – Não, não deixei e não deixaria até que eu conhecesse ele exatamente bem. Agora se me der licença eu preciso me trocar, tenho umas coisas para fazer. – O café está na mesa, babaca. Não demore. Vou tomar um banho. – Vai mesmo que o cheiro não está tão agradável assim. Vivien agarra o travesseiro da cama. Joga no meu rosto enquanto aponta o dedo do meio em minha direção. – Babaca – sussurra. – Também te amo. – grito enquanto Vivien vai saindo do quarto. Hoje era o grande dia, eu iria conhecer meu primeiro cliente. Estava um pouco nervoso. Quem diria Srto. Russell o garoto que nunca fazia nada errado, o “certinho”, está se submetendo a servir homens de porte grande, luxuoso, a base de uma boa vida. Reage Matthew, agora não é hora de andar para trás, pense na sua vida daqui em diante, é o que você realmente precisará pra ser feliz. Faço minha rotina de sempre, escovo meus dentes, tomo banho e me arrumo. Vestir meu suéter listrado de cinza com preto, minha calça de sarja azul escura e meu sapatenis preto e fui até a cozinha. Vivien me olhar com admiração e surpresa enquanto levava sua xícara de café até a pia. – Fiquei até sem palavras com essa arrumação toda. – Não vou tomar café hoje tá? Preciso ir o mais rápido possível e volto o mais rápido possível. Tudo bem? – Matt, se eu te conheço bem você tá aprontando alguma coisa e antes você costumava me contar tudo. Suspiro e ajeito a borda do meu suéter. Vivien está com suas mãos apoiadas na cadeira e em encarava com desgosto. – Sim, costumava te contar tudo, mas perdi o interesse desde que você começou a sair com o Casey e não me contou. – Ah, então é assim? Pagar na mesma moeda? Tem alguma coisa mais que queira jogar na minha cara? Olha Matt... Interrompo-a. – Casey? Sério Vivien? Você costumava ser mais gostosa e pegar homens mais atraente. O Casey não é boa pessoa e eu não me sinto bem sabendo que você está andando com esse maluco por aí. Ele agrediu a ex namorada dele Vivien... Ela me interrompe. – Ele mudou certo? Ele me disso isso, ele parou com isso. Eu acredito nele e você precisa acreditar em mim Matthew. – Eu acredito em você, só que não acredito nele. Escuta, estou atrasado agora, vou pegar seu carro beleza? Deixa que eu coloco gasolina. A campainha toca. Me aproximo para abrir a porta, era o Casey. Olho para Vivien com raiva e no mesmo instante volto a encarar o Casey. – Bom dia Casey. – Bom dia Matt, não é? – pergunta com uma cara de duvida. – Sim, Matthew. Pra você é Matthew. – MATT! – Vivien grita do fundo. – Ah, foda-se. Tenho que ir. Tchau meu amor e tchau pra você, Casey. Pego a chave da Mercedes da Vivien que estava pendurada no cabide de guardar chaves ao lado da porta. Saio pela porta e dou um empurrão no ombro de Casey, normalmente queria provoca-lo, pude sentir que ele reconheceu a provocação e sussurrou baixo “Idiota”. Caminho em direção ao elevador com um sorriso no rosto.
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C6: EU PRESTO ATENÇÃO EM TUDO QUE VOCÊ DIZ MATTHEW. (Parte 1)
O clima na rua estava calmo. Eu não fazia ideia de onde estávamos e onde iriamos parar. Scott parou seu carro em frente uma cafeteria, tinha pouca gente e era um lugar lindo onde duas pessoas poderiam marcar um encontro. As portas e as janelas eram todas de vidro. Haviam mesas e cadeiras pela calçada e casais sentados se divertindo, pareciam apaixonados. Estranhei o fato de Scott me trazer para um lugar “meio que romântico”, mas não dei muita importância. Uma placa escrita Coffe Express Tasty¹ feita a neon caramelado estava grudada em uma das janelas. Descemos do carro e caminhando para dentro da cafeteria. A cafeteria era toda feita a madeira, igual a uma cabana. Tinha área de segundo andar e vários quadros antigos presos na parede, era mais parecidos como o início da construção da cafeteria e os fundadores. Scott apoiou sua mão de surpresa sobre minha cintura e eu me virei assutado enquanto ele sorria discretamente. – Procure uma mesa para a gente, eu vou pegar nosso café. Você vai querer de quê? – perguntou. – Ah… Eu vou querer apenas um café com leite, puro, por favor. – respondo. – Tudo bem. Scott tira a mão da minha cintura e caminha em direção a recepção. Havia um moça morena de rabo de cavalo, com seu uniforme e um avental verde na cintura. Sorria toda alegre como se aquele fosse o melhor trabalho da vida dela. Passo meus olhos por todo o salão atrás de uma mesa, encontro uma ao canto da parede de frente a janela de vidro, onde podia ver o movimento por toda a rua. Caminho em direção a mesa e sento na cadeira a espera de Scott. Ele vem trazendo dois copos de café nas mãos. Senta de frente para mim e me entrega meu copo. – Então Sr. Matthew, me conte um pouco sobre você. Eu já contei sobre a minha vida, preciso saber um pouco da sua. Scott olha me encarando, apoia os cotovelos sobre a mesa e coloca o café ao seu lado. Parecia está realmente interessado em saber um pouco sobre a minha vida, eu pude perceber isso em seu olhar, eles brilhavam na mesma sintonia que seu sorriso exalava para mim. Isso de alguma forma me deixo mais confortável, seguro, para que eu pudesse dizer o que se passava em minha vida para ele. – Tudo bem. Meu nome é Matthew Russell, tenho 20 anos, estou no primeiro ano de Jornalismo e buscando algum dia ganhar a vida com isso. Deixei de morar com meus pais com 16 anos quando vim morar com minha amiga Vivien. Me dou super bem com ela, ela é pra mim como uma irmã mais velha, me protege de qualquer coisa, é ótimo ter a companhia dela. Moramos em um apartamento no edifício The Stardnish², na rua Central e na verdade o apartamento é da Vivien, eu sou apenas um intruso companheiro dela. Bom, sou filho único e ainda sustentado pelos meus pais, eles que pagam minha faculdade e é por eles que eu dou a vida. Mas não sei mais o que está acontecendo na minha vida, as vezes eu me arrisco demais e acabo sendo subestimado, é como se eu tivesse caindo em um buraco negro e não tivesse nada em que eu pudesse segurar, me apoiar, apenas cair. Eu sou fraco, não consigo lidar com influências e acabo sendo prejudicado por todas escolhas que faço, está me entendendo? Eu devo ser uma pessoa horrível, para tudo e todos. – Ei, não fala assim, você deve ser uma pessoa incrível. E sei que no fundo todas as suas escolhas no fim terão um ponto positivo. Acredite em mim, você só terá a ganhar, eu sei disso. – aconselha. Scott leva sua mão até a minha e começa a acariciar. Sua mão estava quente e eram macias. Suspiro e consigo notar que as coisas já não estavam mais normais como deveriam ser. Ele queria algo mais e eu não podia entregar. Retiro minha mão da mesa com calma. Scott nota que eu estava um pouco incomodado com aquilo e se inclina para trás, suspira e volta a tomar seu café. – Muito obrigado pelo conselho. Bom, você sempre vem aqui? – pergunto tentando mudar um pouco o assunto. Scott sorrir e olha ao redor de toda a cafeteria. – Sim, sim. Aqui é o lugar que me trás sossego, venho com meu pai desde que tinha 26 anos, conversávamos sobre o futuro, o que eu poderia ganhar me tornando o grande “chef” das empresas do meu pai. Sempre que posso venho para cá, é calmo, tranquilo e é o melhor lugar para se trazer pessoas que você acha interessante. Scott volta novamente a me olhar, dessa vez com um olhar intimidador. Tomo um pouco do meu café para desfaçar e solto um sorriso como resposta. – Sim, esse lugar realmente trás uma paz e é sempre bom trazer pessoas que gostamos para lugares que gostamos. A gente se conheceu a pouco menos de uma hora, eu não seria a pessoa certa para se trazer aqui não acha? – pergunto. – Pelo contrário, se conhecemos a pouco tempo mas isso não deixa de mostrar que eu tô afim de te conhecer melhor e querer que você me conheça também. – Olhando pelo lado bom é ótimo saber que você me torna uma pessoa atraente e confiante na sua vida. Estou feliz de está aqui, sentados, conversando, tomando um café e… com você. Mordo meu lábio de nervoso e o encaro de cabeça baixa. Scott também me encarava mas não correspondia a nada, apenas me olhava sem reação e paralisado. Suspiro calmamente e apoio meu corpo contra a mesa me inclino para frente esperando uma resposta dele, mas não saia nada. Sua língua tocou-se no seu lábio inferior e deslizou rapidamente fazendo seu lábio ficar todo molhado. O que ele está fazendo? Ele está me deixando sem graça. Droga, porque eu fui falar aquilo? Como você é idiota Matthew, muito idiota. Scott jogou seu corpo para cima da mesa em apenas um segundo e aproximou seu rosto do meu. Suas mãos seguraram os meus braços sobre a mesa e seu nariz tocou o meu. Meu corpo parou, não conseguir sentir minhas pernas e minhas mãos estavam suando frias. Fechei meus olhos rapidamente e apenas respirei suavemente. Sua barba por fazer tocou-se meu queixo e pude sentir a sua respiração pulsar contra meu rosto. Seus lábios molhados tocaram-se aos meus, estavam frios e com gosto de café caramelizado. Me afastei abrindo meus olhos para o olhar. Scott se afastou no mesmo momento e abriu o olhos enquanto olhava para todos os lados menos para mim. – Me desculpe. – sussurrou. – Hum… Tudo bem… Acho que já tá na minha hora, está muito tarde e eu preciso acordar cedo amanhã. – É… Acho que está tarde sim. Venha, eu te levo para casa. Deixa eu só pagar a conta. – Tá bom. Nos levantamos da mesa. Scott vai até a recepção e eu caminho em direção a porta, ele volta e saímos da cafeteria. Scott passa seu braço em volta do meu corpo e posiciona sua mão sobre minha cintura. Aquilo estava me incomodando, mas não poderia dizer para ele, o clima já estava estranho e eu não queria piorar as coisas. Chegamos ao carro, entro depressa e ele dar a volta para o outro lado. Ele liga o carro e tudo que consigo fazer é evitar olhar para ele. – Poderia ligar o som por favor? – pergunto tentando mudar o clima entre nós. – Sim, posso. Scott liga o som, estava tocando Renegades de X Ambassadors. Dou um sorriso de agradecimento. O.M.G É A MINHA MÚSICA FAVORITA! – Você gosta de X Ambassadors? – falo animado. Scott sai com o carro pela rua e olha para frente prestativo, mas ainda me encarava por uns segundos. – Sim, os caras são sinistros. – fala empolgado. – Sim, eles são maravilhosos e essa é minha música favorita. – Sério? Minha música favorita é a Unsteady, super me fascina essa música. Já foi em algum show deles? – Oh, não. Só vejo por televisão alguma coisa assim, nunca fui de sair muito, principalmente para essas festas badaladas. A Vivien que é mais disso, eu sou mais caseiro de ficar em casa, entende? – Ah sim. Bom, podemos ir algum dia juntos. Tenho um amigo que trabalha com esses negócios de organizações de festas e ele sempre consegue arrumar ingressos pra mim. Se você quiser eu posso te levar algum dia. – Eu adoraria. A conversa finalmente estava saindo como eu queria que tivesse sido desde do começo. Estava empolgado, nunca tinha me sentido assim, nem mesmo com a Vivien quando saímos juntos. Eu realmente tinha encontrado alguém que me entendia e que gostava das mesmas coisas que eu e isso é maravilhoso. – Enfim, chegamos! – Scott fala enquanto estaciona o carro. Olho para fora pela janela do carro, estávamos parados na frente do The Stardnish. O encaro meio confuso e dou um sorriso pra desfaçar. – Como você sabe que eu moro aqui? – pergunto confuso. – Eu presto atenção em tudo que você diz Matthew. Lembro que havia o contado onde morava, mas não imaginaria que ele poderia saber onde ficava, ele deve realmente conhecer a cidade toda. – Ah… Interessante… Tiro o cinto de segurança e apoio minha mão na destranca da porta. Scott me puxa pelo meu braço e eu me viro rapidamente para olha-lo. – Ei, espera aí. Está com tanta pressa de fugir de mim? Não sabia o que falar. O nervosismo tinha tomado conta de mim por completo naquele mesmo instante. – N-N-N-Não… Hum… Só… Só acho que já está bastante tarde, só isso. Tento falar, mas só conseguia gaguejar. – Foi ótimo passar a noite com você. Eu me divertir bastante. – Eu também me divertir muito, obrigado pela noite. – Não tem porque agradecer. Scott aproxima seu corpo ao meu. Inclina sua cabeça para frente e aproxima seu rosto do meu. Eu sentia que ele iria fazer alguma coisa, mas eu não conseguia me mexer, estava duro que nem pedra. Sinto seus lábios tocarem minha bochecha. Seus lábios estavam quentes, dessa vez secos. Pressionou sua boca contra minha bochecha e pude sentir seu queixo roçar a minha pele. Afastou-se calmamente e abaixou sua cabeça. – Boa noite, Matthew. – sussurrou. – Boa noite, Scott. – falo baixo. Abro a porta do carro e saio. Caminho até a entrada do edifício. Laura a recepcionista se encontrava sentada no sofá na sala de lazer. Aceno cumprimentando-a e caminho até a o elevador. O apartamento estava silencioso e escuro. Talvez a Vivien não tivesse chegado ainda ou estava dormindo já. Acendo a luz da sala. Vivien estava dormindo no sofá, seus sapatos estavam espalhados pelo tapete da sala, estava com a mesma roupa que foi pra festa e o cabelo todo bagunçado. Ah Vivien! Quando você vai aprender a se comportar como gente decente? Caminho até meu quarto. Pego um cobertor de seda azul que estava guardado no meu guarda-roupa e volto para sala. Enrolo Vivien e me abaixo para dar um beijo em sua testa. – Boa noite, Vivien. – sussurro. Volto para meu quarto. Tiro minhas roupas e enrolo a toalha sobre minha cintura. Esquento a água do chuveiro e logo entro no banho. Um flashback de tudo que está acontecendo passa pela minha cabeça, minha vida rodou em um só minuto e estava de saco cheio de pensar na droga do contrato. Amanhã será o dia que conheceria o verdadeiro eu, o meu lado ruim, e conheceria o homem que tentaria dominar esse meu lado. Isso seria bom ou ruim? Eu não sei, mas como Scott disse, eu precisaria acreditar que tudo que eu faço sempre terá um ponto positivo e isso com certeza terá vários. Termino meu banho e caminho para o meu quarto. Pego uma cueca boxer preta e minha calça moletom e visto-as. Me deito na cama e me enrolo e fecho meus olhos até cair no sono. 1. Coffe Express Tasty (fictício); Uma cafeteria muita frequentada pela alta sociedade e lugar preferido de Scott. 2. The Stardnish (fictício); Localizado na rua Central (fictício). Edifício onde Vivien e Matthew moram.
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C5: A PROPOSITO, MEU NOME É SCOTT. SCOTT HARTNETT.
Estava parado em frente a Vivien, ainda estava nervoso, frustrado, mas sabia que estava na hora de ter a falar. Ela me encarava como se quisesse uma resposta também. – Você começa ou eu começo? – ela pergunta. – Você. – respondo. – Tudo bem. Matt, você está mudado desde do dia que foi naquela entrevista com a… – Vivien, eu sou gay? Interrompo-a e ela me olha, dessa vez frustrada junto comigo. Aguardo a resposta dela, mas nota que ela não sabe o que responder. – Hum… Ah… Olha… Isso você tem que perguntar a si mesmo Matt. Eu não posso dar essa resposta para você. Mas quero que saiba que se você for ou não, não vai afetar nossa amizade, eu tenho você como um irmão, sabe disso e vou te amar de qualquer maneira. Me levanto do sofá e começo a andar em zig-zag na sala em frente a Vivien. – AAAAAAAAAAH! Que pergunta idiota a minha não?! Sei lá, as vezes minha cabeça não raciocina bem, mas sinto que estou mudando meus gostos, não que eu esteja dizendo que gosto de homens, não é isso, é que… Não sei, estou me perdendo Vivien e isso tá me enlouquecendo, esses dias estou tendo uma amizade com homens que eu nem mesmo achava que poderia ter, estou sentindo coisas que nem mesmo sentia com garotas… Bom, a questão é que eu tenho que dar tempo ao tempo. Paro de andar e a encaro, Vivien está incrédula, de boca aberta e assustada. Se levanta do sofá e me abraça calmamente. – Ei, ei… Tenha calma. Sim, vamos dar tempo ao tempo e se você for ou não, nada vai interferir na sua vida e eu continuarei tendo orgulho de você. – Obrigado por ser a melhor amiga que alguém poderia ter. – Sabe do que você está precisando? De uma bela festa. Venha, precisamos se divertir. – Hoje não Vivien. – recruto com a voz cansada. – Hoje sim, vá se arrumar, sairemos em uma horas. A boate estava cheia, não pude notar o nome, estava me sentindo estranho ali dentro, a última que eu entrei foi quando fui buscar a Vivien que acabou dormindo bêbada no banco do bar. Isso foi humilhante para ambos. Ao som de David Guetta, deveria mais ser uma remixagem de suas músicas. Procuro um lugar calmo e sem movimento para ficar. – Ei, vou buscar bebida, você vai querer? – Vivien fala enquanto se afasta aos poucos. – Ah, vou querer um martini, por favor. – Tudo bem. No mesmo instante perco Vivien de vista. Passo o olho ao redor da boate para ver o movimento. Estava muito barulho, eu só queria sumir dali mesmo, inventar uma desculpa, dizer que estaria passando mal e ir pra casa, mas não podia fazer isso, não com a Vivien, fazia tempo que não saímos juntos para curtir e se eu fizesse isso ela iria notar que eu ainda estou estranho, o que iria fazer voltar tudo ao começo. – O.M.G! QUEM É AQUELE HOMEM TE ENCARANDO? Vivien volta me entregando meu martini e toda sorridente. – Onde? – falo olhando ao meio da multidão. – Aquele parado ao lado do bar, desde que eu fui ao bar ele não parava de te olhar. Havia um homem moreno de pele branca, bem parecido com Brandon, só que um pouco mais magro, estava com uma camisa de seda preta, não pude ver o que estava vestido por baixo, a bancada do bar impedia. Segurava um copo pequeno com pouca dose, deveria ser com whisky. Desfacei para poder olha-lo e pode notar que ele não tirava os olhos de mim. – Vai até lá. – escuto o sussurro de Vivien no meu ouvido. – Não, você ficou louca? – rebato. – Olha, eu sei que você está conhecendo seus instintos agora e que não sabe exatamente se você é ou não o que diz ser. Particularmente, se eu fosse você eu pegava, aquele homem é um gato e se você não for, pelo menos aproveitou com um homem lindo. – Mas isso não é uma coisa que fala pra sua melhor amiga e depois sai pegando o primeiro que ficar me encarando. – falo frustado. – Deixa de bobeira, olha se você quiser eu vou lá falar com ele. – NÃO! Você ficou louca? – falo assustado. – Bom, hoje eu não irei voltar para casa com você, o Casey está ali e ah, quero chegar em casa primeiro que você entendeu? – ela sorrir com cara de safada e vai sumindo no meio da multidão. Suspiro tentando desfaçar que não estava olhando para aquele homem que estava me encarando com um olhar sedutor. O que está acontecendo comigo meu Deus? Eu estou perdendo o juízo. Me aproximo do balcão do bar sem olhar para aquele homem que me encarava o tempo todo, o que já estava me fazendo começar a tremer de ansiedade. Deixo meu martini sobre o balcão e vou saindo direto ao banheiro. O banheiro estava sem ninguém, não tinha barulho algum a não ser o som abafado de lá fora. Me aproximo da pia e abro a torneira, molho minhas mãos e afogo meu rosto dentro da água, respiro ofegante. – Você não é muito de vim aqui não é? Uma voz grossa com o tom suave invadiu o banheiro, levanto meu rosto e olho contra o espelho. Era ele, o homem que me encarava e estava na beirada da porta encostado com seu copo de bebida que eu ainda não sabia o que poderia ser, mas decifrei com um whisky, de preferência dos bons. Pude ver que ele usava uma calça jeans preta e uma bota democrata marrom escura. Meu coração começa a acelerar e só consigo responder com a cabeça balançando negativamente. Ele compreende e se aproxima de mim, deixa o copo sobre a pia e abre a torneira do meu lado, lava suas mãos e encara a si mesmo no espelho. – As vezes é preciso sair pra esparecer um pouco a mente certo? A proposito, meu nome é Scott. Scott Hartnett, muito prazer. Ele fecha a torneira e entrega sua mão para que possa cumprimenta-lo. Fecho a torneira e coloco minha mão na dele para o cumprimentar. – Prazer, Matthew. Matthew Russell. – Muito prazer, Matthew. Vi que chegou com aquela menina ruivinha bonita… – Ante que terminasse de falar minha consciência se enlouquece. O.M.G! Ele não estava de olho em mim, estava de olho na Vivien. Que vergonha. – …sua namorada? – AH! Não. Minha amiga, minha melhor amiga na verdade, moramos juntos e ela é tipo minha irmã mais velha se é que me entende. Falo enquanto retirava minha mão da dele. – Ah, entendo. Acho que isso me deixa um pouco feliz em saber que você não é compromissado. Fico sem reação no momento. Isso foi uma cantada? Meu Deus, ele está dando em cima de mim bem aqui no banheiro. Ignoro-o e pego os lenços de papel que estava na máquina sobre a parede para enxugar minhas mãos. – Você quer sair daqui? Sei lá e pra um lugar mais reservado? – pergunta. – Eu adoraria. Mas se conhecemos a quinze minutos, não posso sair para algum lugar com um estranho, não acha? – respondo. Scott sorrir, parecia meio envergonhado por ter feito aquela pergunta e levado um fora, mas estava confortado com a situação. – Sim acho, mas se você quiser posso te contar minha vida toda, assim você estará mais segurado, se me permitir é claro. Cruzo os braços e me encosto na beirada da pia. Sorriu e o encaro atentamente. – Tudo bem, vamos lá. Comece! – Sério mesmo? – Scott fala parecendo não acreditar. Balanço a cabeça positivamente. – Tudo bem. Bom, como você já sabe, me chamo Scott Hartnett, tenho 30 anos, nasci no Canadá mas me mudei com meus pais quando tinha 7 anos, sou dono de uma empresa, que na verdade é do meu pai, só que eu estou sendo criado para tomar o lugar dele, sabe como é, não é? Coisas de pais, já que sou único filho homem da família. Gosto de festas e baladas, essa é a razão óbvia para eu está aqui, mas meio que levei um bolo dos meus amigos e acabei ficando sozinho. Mas também curto um lugar tranquilo para conversar e quando eu convido pessoas para conversar a sós é porque essa pessoa me atrai. Fico incomodado um pouco com suas palavras mas desfaço para que ele não note. – Uau, que história fascinante. – sorriu. – Para com isso. – aconselha. – Então? Podemos ir? – A história não me convenceu, mas vou te dar um passe livre. Vamos. Scott pega o seu copo e caminha até a porta do banheiro enquanto sigo-o logo em seguida. – Eu vou pagar a conta e pegar meu casaco tudo bem? – Tudo bem, eu te espero. – respondo. Vou caminhando para fora do banheiro. Scott vai direto para o bar pagar a conta e pega seu casaco, parecia de grife de gente fina, era um casaco de couro preto, o que combinava com ele. Passo o olho por todo o salão tentando encontrar Vivien, mas não consigo avista-la, já deveria ter ido embora com Casey, e não estava nem um pouco disposto em imaginar o que eles foram fazer. – Enfim, vamos? – Scott para em minha frente e eu aceno com a cabeça. Já estávamos fora da boate. Scott me levou até o carro dele. Era uma Land Rover Evoque 4 branca. Estava estacionada na esquina. Entro no carro logo em seguida do Scott e saímos pela rua.
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C4: MEUS CLIENTES TEM SEDE E VOCÊ É A ÁGUA DELES.
O carro de Brandon estacionou bem na frente do prédio de Meredith, durante a viagem não trocamos uma palavra, Brandon passou o tempo inteiro ao celular, estava conversando com uma mulher, não deu para saber quem era, a conversa era muito curta. Saltei de dentro do carro em apenas um minuto, estava muito atrasado e não poderia perder mais nenhum minuto se quer. – Você pode deixar a Molly no estacionamento? Estou atrasadíssimo. – Não se preocupe com a Molly, eu cuidarei muito bem dela. – ele sorriu. – Obrigado. Saio correndo e entro dentro do prédio, estava do mesmo jeito de antes, pessoas andavam em forma giratória, pareciam formigas caçando comida. A moça loira continuava sempre arrumada e atrás do balcão atendendo telefonemas. Me aproximo encostando no balcão, ela rapidamente me olha de cima para baixo e fazer o sinal de “aguarde um momentinho”. Respiro pra tentar recuperar meu fôlego, e passo o olho por todo o saguão do prédio. A moça loira desliga o telefone e eu volto a olhar diretamente para ela. – Olá, desculpe o atraso, eu acabei tendo um imprevisto no meio do caminho. – Não se preocupe, Srta. Chamberlain disse que estaria disponível até a hora que você chegasse. Ela pediu para que o Srto. Russell subisse imediatamente. Meredith Chamberlain me esperando? Eu estando atrasado? Alguma coisa tem de estranho aqui. Dou um sorrisinho para agradecê-la e subo pelo elevador, não tinha mais ninguém ali comigo, aos redores estavam cheio de espelho. Me arrumei para que pudesse ficar pelo menos um garoto ajeitado e não um simples garoto atrasado que veio do subúrbio de Manhattan. As porta do elevador se abriu, me dei de cara com os seguranças na porta de Meredith, estava mais ou menos a um metro de distância, abaixei a cabeça um pouco envergonhado e caminhei até a porta. Puxa, esses homens nunca descansam não? Estou começando a ficar com pena deles, tadinhos, devem sofrer parados aqui sem comer e beber. Um deles abre a porta para mim e eu entro de imediato. Meredith está parada sentada sobre a beirada da sua mesa de madeira, batia os dedos um de cada sobre a pilastra, parecia que estava nervosa. Estava vestindo uma blusa decotada laranja com uma saia longa até os joelhos preta, seu cinto deveria ser do tamanho da palma da minha mão e era banhado de ouro, aquilo deveria valer mais do que aquele prédio todo. – Olá Matt. Sente-se. – aponta para a cadeira em frente a ela. Acelero meus passos e sento na cadeira. – Fico feliz em saber que mudou de ideia e quer fazer negócios, que por sinal, serão maravilhosos. – É, espero que seja mesmo. Onde eu assino? Já não estava mais nervoso igual a última vez, estava confiante de mim mesmo, estava decidido que era aquilo que queria. Ela recolhe um caderno de capa preta com as iniciais “M.P.C” estampada em dourado de trás dela e segura nas mãos. Notei que M e C seriam do seu nome, já o do meio algum nome que ela nunca tenha revelado. – Quero que você leia com bastante atenção para que não tenha nenhum mal entendido. – Tudo bem. Recolho o caderno da mão dela e começo a ler. CONTRATO (ACORDO FECHADO) Assinado hoje, __ __ de Setembro de 2014. ENTRE, SRTA. MEREDITH CHAMBERLAIN (“A Patroa”) e, SR. MATTHEW RUSSELL (“O Empregado”). O Contrato é a autoria de que o empregado possa permitir que a sua patroa comande o direito de apresentar o seu nome e o seu “corpo” a qualquer demanda sem a menos intercepção do empregado. O contrato só estará valido até __ __ de ___________ de 20__ __. ARTIGOS APRESENTADOS SOBRE OS COMANDOS
ART. 1; O Empregado obedecerá a todos os pedidos de sua Patroa sem qualquer reclamação ou qualquer negação. ART. 2; Ao assinar este contrato, o Empregado permitirá que sua Patroa o controle, colocando sua vida a qualquer disposição (vendas, sexo, contrato, assinaturas, trabalhos e outros meios de apresentá-lo). ART. 3; O Empregado se submeterá a estará disposto a ter seu “ segundo contrato” vendido para outras pessoas que queiram fazer parte do acordo e preservará a imagem de ambos aqueles que puseram a comprar sua imagem. ART. 4; O segundo contrato será apto a Patroa, ela comandará o contrato e será divergido a que mão eles está entre-lhes o(a) Co-Patroa(ão). Caso alguém o compre, o Empregado está apto a se permitir que o(a) Co-Patroa(ão) mande em seu nome e corpo. ART. 5; O(A) Co-Patroa(ão) passará a ser o seu dona(o), deixando a Patroa apenas assegurar o contrato, mas não autorizará ordens a este Empregado. ART. 6; Apenas existirá um (1) segundo contrato, aquele que estiver com ele nas mãos terá direito a comandar o Empregado, não existiram mais cópias, apenas um será o original. ART. 7; O Empregado não poderá interferir na compra do segundo contrato e nem deixar de assiná-lo, ao assinar o primeiro contrato, estará sendo obrigado à assinar o segundo. ART. 8; O Empregado estará em disposição para servir a Patroa ou o(a) Co-Patroa(ão) com duração de 15 horas por dia. Caso a Patroa ou Co-Patroa(ão) o libere mais cedo, ele não poderá voltar a servi-la no mesmo dia. ART. 9; O segundo contrato estará exposto como forma de experimento, caso o usuário se interessar ele poderá experimentar o Empregado, se gostar poderá comprar, se não, o segundo contrato será devolvido e outro usuário estará disposto a compra. ART. 10; EM HIPÓTESE ALGUMA, a Patroa poderá interferir nas ordens e direitos do(a) Co-Patroa(ão). ARTIGOS APRESENTADOS SOBRE O PAGAMENTO DO EMPREGADO ART. 11; O valor derivado ao Empregado será de US$550.000.00 por mês assegurado, caso o Empregado receba-lhe fora do contrato como tais “roupas, presentes, entre outros usos”. A Patroa não estará com direito de comandar o recibo fora do contrato. ART. 12; O Empregado poderá exigir um custo maior do seu salário caso trabalhe mais do que exigido no ARTIGO 8. ART. 13; Com o segundo contrato, o Empregado estará apto a receber US$100.000.00, caso o(a) Co-Patroa(ão) compre o contrato. Totalizando o salário de US$650.000.00 por mês. ARTIGOS APRESENTADOS SOBRE PROBLEMAS (FÍSICOS, DE SAÚDE, ENTRE OUTROS) COM O EMPREGADO
ART. 14; Caso o Empregado esteja com problemas que não possa exercer sua função, ele poderá descansar sobre custódia de um (1) mês ou mais, dependendo do problema apresentado. ART. 15; O Empregado não poderá mentir sobre problemas citados para fugir da sua função, caso isso aconteça o salário do Empregado será penalizado, recebendo a metade do que recebe assegurado. ARTIGO SOBRE O QUEBRAMENTO DE CONTRATO ART. 16; Caso o Empregado queira quebrar o contrato sem o vencimento prévio, estará destinado a pagar US$1100.000.000 a sua Ex-Patroa, se estiver com acréscimo de Co-Patroa(ão), estará destinado a pagar US$1300.000.000. ART. 17; Em caso a Patroa quebre o contrato estará sujeita a pagar US$12300.000.000 ao seu Ex-Empregado. ART. 18; Em situação de descumprimento as ordens do contrato, a Patroa poderá quebrar o contrato e acusar o Empregado de falta de compromisso com as normas, tais como citado no ARTIGO 19. ARTIGO SOBRE A PRESERVAÇÃO DO CONTRATO
ART. 19; Ao assinar o contrato o Empregado deverá manter em sigilo absoluto o contrato, sem expor, nem denegrir a imagem do contrato para qualquer situação. Caso ocorra a exposição vindo por parte do Empregado, o contrato será quebrado e ele estará sujeito a pagar por danos morais no valor de US$1300.000.000. ART. 20; Ao assinar o contrato o Empregado mostrará está disposto a manter a guarda e a proteção do seu próprio contrato, sem quaisquer danos ou problemas, e mantendo-se em silêncio a respeito as ordens exigidas. CONCLUSÃO Nós, SRTA. MEREDITH PENÉLOPE CHAMBERLAIN e SRTO. MATTHEW RUSSELL, assinamos abaixo, cientes de que lemos e compreendemos plenamente a disposição do contrato disposto. E que estamos disposto a exercer o que nos pede sobre comando de assim assinados. ______________________________________ Meredith Penélope Chamberlain (A Patroa) Data __ / Setembro /2014 ______________________________________ Matthew Russell (O Empregado) Data __ / Setembro /2014 Termino de ler, encaro Meredith assustado, ela se vira e me entrega um caneta preta, suspiro calmamente tentando absorver tudo aquilo com mais clareza. – Eu não tenho dinheiro para te pagar caso o contrato quebre em respeito à minha parte. – Não se preocupe com isso Matt, eu sei que você é um garoto bom e cumprirá tudo que está escrito. – Mas… Ela me interrompe. – Isso é só uma questão, eu posso até te dar um desconto e veja pelo lado bom, se você quebrar em meio a nove meses você já terá dinheiro suficiente para pagar. – Aqui tem dizendo patroa, que no caso é você. – Mulheres tem seus desejos também Matt, eu também tenho. Mas você não é um dos homens com quem eu gosto de realizar os meus, já tenho outros planos para você. Aliás, sua categoria não é essa. Fico meio sem resposta e só mordo meu lábio tentando desviar meu olhar do dela. – Eu assinarei. – Não vai ler o segundo contrato? – aconselha. – Não, eu estou disposto a enfrentar coisas “absurdas”. – ironizo. Ela franziu o cenho e eu concluo tudo que está faltando no papel. Assino e ela assina logo depois. Dirige-se ao um cofre que fica no canto da parede, abre e guarda o contrato, lá estava cheio de cadernos de capa preta. Isso tudo é contrato? Caraca, ela deve ser uma louca por sexo. Volta em minha direção e eu me levanto em frente a ela. – Foi ótimo fazer negócios com você. – levanta sua mão para que eu possa cumprimentar. – Ah, que bom. – seguro sua mão e damos um aperto leve. – Hoje mesmo seu nome estará disponível sobre a prévia do contrato, volte aqui amanhã que te apresentarei seu novo chefe. – Mas já? Achei que iria receber uma ligação sua, sei lá… Depois de uns cincos dias ou mais. – Meus clientes tem sede e você é a água deles. Pobre Matt, mal sabe que já tem clientes de olho em você. Meredith alisa minha bochecha direita com suas unhas e sorrir ironizando. Aquilo me deixou perplexo, mas mantenho minha pose. – Tudo bem, até mais Meredith. Saio andando de imediato e escuto um “Até Matt.” por trás de mim. Fora do prédio o sol ardia, estava muito quente, meu corpo já estava suando e ali mesmo só desejaria voltar para casa, beber uma água bem gelada e dormir até a hora da faculdade. Procuro pela Molly, não estava pela frente do prédio, saio caminhando em direção ao estacionamento, os carros eram tudo de marcas ricas e brilhavam sobre a luz do sol, isso me intimidou, não poderia apenas sair de um lugar desse em meio a tanto carros lindos com uma bicicleta. Molly estava parada em uma grade ao lado dos carros, me aproximei dela e pude notar que já não parecia mais a mesma, Molly estava limpa, estava brilhando e sua corrente estava concertada, mas havia um papel amarrado a um cordão no guidom da Molly. Puxo para saber o que é e o cordão arrebenta. Era um bilhete e estava cheiroso, tinha o mesmo cheiro do Brandon.
“Não pude te conhecer melhor, me desculpe pelo meu comportamento dentro do carro, é errado ficar ao celular quando está com uma pessoa ao lado, mas foi por uma boa causa, eu sei que foi sim. Quando tudo estiver certo, você entenderá o porque daa ligação e o motivo.
A propósito, consertei a “Molly” para você, ela está belíssima agora e você não terá mais porque ficar com vergonha dela, foi ótimo passar a tarde com ela, ;). Espero te ver em breve. B. Reeves.”
Não pude evitar, mas aquele bilhete me tirou um sorriso dos grandes.O que está acontecendo comigo? Eu gostava da Claire do primeiro ano do ensino médio. Porque essas coisas estão acontecendo comigo? Porque eu estou lendo uma carta de um homem que conheci a duas horas atrás e estou sorrindo feito bobo? Que loucura! Que loucura. Pego a Molly e saio pedalando em direção à rua. Chego no apartamento e guardo a Molly ao canto do sofá, Vivien está sentada no sofá vendo tevê, talvez seja um reality show sobre moda, ela adorava esse tipo de programa. Fecho a porta e ela me encara como se quisesse me engolir. – Matthew Elijah Russell, nós precisamos conversar. – fala, cruzando os braços. – Sim, precisamos. Encaro a ela em um tom de preocupação.
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C3: PRAZER, MEU NOME É BRANDON.
O silêncio do quarto estava em sinônimo com o barulho da rua que vinha pela janela, estava exausto, não tinha parado o dia inteiro só queria descansar. Estava deitado sobre a cama, editando a entrevista feita com a Meredith Chamberlain. Uma mensagem aparece sobre a tela do meu notebook, era do Gregory. Como que ele pode me encontrar no SneepWeb²? Eu não lembro de ter passado para ele. Clico.
@boyproblem Gregory: E aí? Vai na festa hoje? @w1ck3d Matthew: Não sei. Ainda estou pensando. A Vivien não quer ir porque precisa estudar para as provas, estou meio sem ninguém para ir comigo. @boyproblem Gregory: Não tem problema, eu vou te buscar. @w1ck3d Matthew: Não precisa, não mesmo. Aliás, eu estou terminando de editar a entrevista, ou seja, isso ocupará muito meu tempo, estou bem aqui no meu quarto, deitado, terminando a edição e ah, tomando um maravilhoso chá gelado, hahahaha. @boyproblem Gregory : Hahahaha. Tudo bem então. Te vejo amanhã? @w1ck3d Matthew : Com certeza! Não posso faltar, sabe disso, haha. @boyproblem Gregory: Ok então. Boa noite Matt. @w1ck3d Matthew: Boa noite Greg.
Desligo meu SneepWeb e volto a continuar minha edição. Já se passaram das 4 da manhã, o barulho da rua que entrava pela janela já não entrava mais. Fecho meu notebook, coloco a xícara de chá sobre a bancada da cama. Desligo o abaju e me enrolo. Na manhã seguinte acordo mais cedo que o previsto, me levanto e corro rapidamente para escovar meus dentes. Me encaro no espelho ainda com cara de sono, mas disposto a enfrentar o que estava por vir. Lavo meu rosto para acordar e enxugo com a toalha de mãos estendida no cabide ao lado da pia. Escovo meus dentes e saio do banheiro direto para o guarda-roupa. Minhas roupas estão uma bagunça, fazia tempo que não arrumava isso. Algumas coisa fede aqui dentro, Ó, E DEFINITIVAMENTE NÃO SOU EU. Tiro uma camisa polo branca junto com uma calça jeans e meu querido e adorável All-Star branco, jogo tudo de uma vez sobre a cama e vou direto para o banheiro tomar um banho e tentar limpar um pouco a consciência que por sinal, estava muito pesada. Saio do banho em 5 minutos, com a toalha branca enrolada na minha cintura, visto toda a roupa que coloquei na cama e termino passando o perfume que ganhei da Vivien no meu aniversário. Entro na cozinha, o apartamento ainda está em silêncio, Vivien não acordou, resolvo preparar logo o café-da-manhã para adiantar as coisas. Frito ovos, panquecas, queijo derretido e esquento o café, o pão já estava em cima da mesa. Ao terminar de tomar meu café, limpo a mesa e saio do apartamento ás pressas com a Molly sem que Vivien acorde. Nunca gostei de esconder as coisas da Vivien, isso nunca fez parte de mim, mas pela primeira vez na vida eu precisava, isso não era uma coisa que se diga para uma amiga como se fosse normal, não é normal pra mim, também não seria para ela, eu só precisava de tempo, é… definitivamente precisava de um tempo para acertar tudo e contar de uma vez. Estava pedalando em fúria pela Park Avenue, 254. O tempo estava frio, mas nada que impedisse que eu chegasse lá atrasado. O que não estava no meus planos era Molly quebrar a corrente no meio do caminho ao prédio de Meredith. Não Molly, hoje não por favor, não me deixa na mão, eu preciso de você. Ah droga! Pela milésima vez você me decepciona Molly Russell. Desço da Molly e tento consertar a corrente, ela estava totalmente quebrada e eu não sou um especialista em consertar isso simplesmente com as mãos, eu iria acabar me sujando todo e não poderia simplesmente deixar Molly no meio da rua e sair correndo até o prédio, por mais que ela fosse uma traiçoeira comigo eu ainda à amava. Também não poderia chegar com ela assim ao prédio, um prédio onde só entra pessoas elegantes, com roupas caras e carros maravilhosos eu iria ser mal visto. Calma, tudo irá se resolver, não se apavora, você vai conseguir. Acalme-se Matt, acalme-se. Um carro Audi S8 preto parou ao meu lado, ele brilhava como se fosse novo, muito novo, os vidros eram fumê preto, o que me impedia de ver quem estava lá dentro, por um momento pensei que era Meredith, o que me deixaria muito feliz, mas o carro simplesmente estacionou do meu lado e ninguém saiu de lá de dentro, o que me deixou bastante apreensivo. Minhas mãos começaram a suar, eu não sabia o que estava acontecendo e quem estava me observando, também não teria como eu fugir, eu estava a pé e ele tinha um carro que no caso era potencialmente veloz. Meu corpo começou a tremer, meu semblante mostrava que eu estava nervoso, eu queria não demonstrar isso, mas não conseguia, o nervosismo tomou conta de mim e já não sabia mais o que fazer. Um homem loiro de pele clara saiu pela porta de trás do carro, estava vestindo um terno e um sapato social preto, bastante chamativos, o que se destacava era apenas seus olhos azuis que brilhavam ao toque da luz do sol. Ele se aproximou de mim e ajeitou seu terno como um verdadeiro dono de uma empresa. Ele estava bastante cheiroso, muito cheiroso, aquilo sim era perfume de gente de alto nível, não era comparado ao meu, o que me fez se reprimir um pouco. – Está precisando de ajuda rapaz? A voz dele era grossa, como de um verdadeiro homem de negócios, isso me fazia ficar com mais insegurança ao lado dele. O que um homem do porte dele queria tentando ajudar um garoto como eu? evidentemente distante do nível dele. – Na verdade eu estou precisando sim, mas não precisa se preocupar com isso. Eu não aceito ajuda de estranhos e você me parece ser bem estranho por sinal. Demonstrei que ele não me intimidava e continue a ignorá-lo. – Você não quer minha ajuda porque me acha estranho? – E você não é? – murmuro. Ele cruza os braços e analisa a situação com uma cara de estar gostando da conversa. – Definitivamente sim. Mas não sou eu que estou precisando de ajuda e pelo visto é bem grande, se eu fosse você aceitaria, mesmo indo contra a sua vontade. – Ah… eu vou continuar ainda não aceitando, obrigado. – Onde você mora rapaz? Eu posso te dar uma carona. – Isso é algum tipo de interrogatório? Porque isso aqui está muito estranho. Você simplesmente para seu carro para ajudar um garoto com a bike quebrada, diz que quer me ajudar e vem cheio de perguntas? E ainda quer que eu não ache isso estranho? Mas tudo bem, eu não estou indo para casa. Ok? E não, não quero sua ajuda, muito obrigado. Ele suspira, parecia ter ficado incomodado com o que eu disse, mas eu já não estava mais incomodado com a situação. – Você me parece um cara muito confiante de si. A resposta dele voltou a me deixar com medo, o encaro para saber realmente o que ele queria com aquilo. – Sim, eu sou. – murmuro. – Prazer, meu nome é Brandon. Ele estende a mão para que eu possa cumprimentá-lo. Coloco minha mão sobre a dele e aperto. – Agora sim as coisas estão voltando ao normal. Prazer, meu nome é Matthew. – Sim, é verdade Matthew. Tem certeza que não quer minha ajuda? Eu posso simplesmente mandar guardar sua bicicleta no porta-malas e te levar em um conserto. – Oh não, eu estou atrasado para um encontro, não posso ir agora para um conserto. – Para onde você está indo? – Tenho uma reunião marcada com a Meredith Chamberlain, a socialite, conhece? – Ah… Basicamente… Eu a conheço, mas nada que diga ser tão próximo. – Hum… Entendi. – Venha, eu te levo até lá. – Mas e a Molly? – Quem? – ele me olha sem entender. – É a minha bicicleta. Se chama Molly. Ele acha graça e sorrir mostrando os dentes. Como alguém poderia ter os dentes tão brancos assim? Parecia ator de cinema. – Vamos levar a “Molly” também. – Isso não tem graça. – É, eu sei. – ele rir com a situação. – ROBERT! Brandon grita e um homem também vestido de terno preto sai do carro, dessa vez pela porta do motorista. O seu terno não brilhava tanto quanto o de Brandon, mas dava para perceber que ele era um homem civilizado. – Pois não, senhor? CARACA! ERA O SEGURANÇA DELE! ELE TEM SEGURANÇA. MEU DEUS! – Coloque a Molly dentro do porta-malas, temos uma reunião para ir. – Desculpe-me, não entendi senhor. Colocar quem? Ele sorrir olhando para mim e eu reviro os olhos. Ele está de brincando comigo,, só pode. – A bicicleta, Robert. – Ah sim. – ele rapidamente se aproxima de mim e pede licença para pegar a Molly, eu me afasto. Ele logo guarda ela dentro do porta-malas. – Mais alguma coisa senhor? – Não Robert, muito obrigado. – Pois não. – Ele nos cumprimenta e vai até a porta do carro. – Então, vamos? Ele me encara. – Sim, vamos. – Vou em direção a porta do carro ao lado dele. Robert abre a porta para que pudéssemos entrar e eu entro logo em seguida junto com Brandon. Robert fecha porta e volta ao acento do motorista. Saímos em direção ao prédio. 2. SneepWeb (fictício); Rede-social de comunicação através de mensagens.
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C2: UM DIA VOCÊ IRÁ GOSTAR DO QUE NÃO TE AGRADAVA.
O corredor do apartamento estava em silêncio, como sempre, me aproximei da porta e a abrir calmamente, Vivien estava deitada sobre o sofá ao me ver se levantou-se desesperadamente como se estivesse ansiosa. – E aí como foi? – Vivien me olhava apreensiva enquanto cruzava os dedos com toda força, parecia que ia os quebrar. – Podemos falar disso depois Vivien, por favor? – Sem esperar resposta, caminho em direção ao meu quarto. Podia sentir algo me perseguir e caminhar aceleradamente, já sabia o que estava por vir. Abro a porta do meu quarto e ao tentar fechar, Vivien me impedia com sua mão entre a beirada da porta. – Alguma coisa aconteceu e eu não irei a lugar algum até me contar o que aconteceu. – Hoje não Vivien, por favor. Olha, estou super atrasado para a faculdade, e quando chegar ainda tenho que editar a entrevista, ou seja, hoje será um dia muito do cansado e por isso não estou com saco pra comentar a respeito de nada, tudo bem? – Mais uma vez tentava fechar a porta contra a mão da Vivien. – Tudo bem, vou deixar você em paz, mas não pense que irá escapar porque não irá, você ainda vai me contar o que anda acontecendo, entendeu? Abaixo minha cabeça, normalmente quando costumo abaixar minha cabeça para Vivien, ou estou pedindo desculpas, ou estou pedindo com licença, no caso, foi a segunda alternativa. Vivien some de vista e eu fecho a porta.
Já deveriam ser umas 18:45 da noite, estava exausto, mas não fisicamente e sim psicologicamente, aquela conversa tinha acabado comigo, mas queria evitar que aquilo tomasse conta de mim. Pego minha mochila da faculdade que estava jogada sobre a escrivaninha ao lado da janela do quarto, guardo dentro meu notebook que se encontrava jogado em cima da minha cama, que por sinal, estava inteiramente bagunçada, eu precisava urgentemente arrumar aquele quarto. Saio as pressas do quarto sem fechar a porta. Molly estava ao lado do sofá onde sempre costumava ficar, jogava minha mochila sobre as costas e tirava a Molly de dentro do apartamento. A faculdade não era muito longe, dava para ir com a Molly se andasse apressadamente, o que no meu caso eu estava fazendo. Conseguir chegar a tempo, joguei a Molly apressadamente sobre o estacionamento de bicicletas e a prendi com o cadeado, corri pelos corredores feito louco, parecia até um velocista. O que basicamente eu não era, só um louco com medo de perder as matérias para não reprovar. Sr. Gibbins já se encontrava dentro da sala, estava vestindo sempre o mesmo visual, uma calça social preta e sua camisa xadrez azul com branca por dentro da calça, o que já não era agradável para os olhos de quem vê, sem contar com seus óculos, o que era terrível, mas no fundo ele era um dos melhores professores da faculdade. – Atrasado de novo, Srto Russell? Não pude nem ao menos bater na porta para pedir licença, Sr. Gibbins permaneceu a escrever no quadro. – Prometo que irei melhorar. – murmuro. – Quantas vezes irei ouvir isso esse ano? Ah, deixa pra lá. Sente-se e mantenha silêncio. – Obrigado. A sala toda estava em silêncio. Entro de pressa para que não pudesse atrapalhar mais a aula do que já tinha atrapalhado, o que me deixava mais envergonhado. Pude notar algo diferente no meu local de acento, um garoto meio pálido, cabelos negros de olhos castanhos com uma jaqueta e uma calça toda rasgada preta composta por uma camisa branca estava sentado ao meu lado, o que era basicamente estranho, porque quem só sentava ali era o Tristan, e ele não estava dentro da sala. Me sentei, coloquei minha mochila sobre o canto da cadeira e peguei meu notebook, rapidamente observei uma mão vim na minha direção, era o novato. Ele tinha uma tatuagem no seu antebraço, estava escrito “vindicta”, ele percebeu que eu notei e logo escondeu puxando a jaqueta. Isso, é basicamente estranho, muito estranho. – Prazer, meu nome é Gregory. Mas todos me chamam de Greg. Me virei para o olhar melhor. Puxa, aquele menino era realmente lindo. Levantei minha mão para o cumprimentá-lo. A mão dele estava totalmente gelada. – Prazer, meu nome é Matthew, mas todos me chamam de Matt. – murmuro. Noto-lhe que ele percebeu a ideia do murmuro. – Sou o novato. – Ele sussurra. – É. Eu sei. – sussurro. Ele solta um sorriso alegremente. Dava para ver o quanto o sorriso dele era lindo e combinava perfeitamente com ele. Me sentir com vergonha, e aturdido, retiro minha mão da dele e me ajeito no meu lugar, ele se afasta um pouco. – Eu sou apaixonado por jornalismo. Tá, isso é uma coisa que eu não deveria dizer para uma pessoa que acabei de conhecer, até porque acho que você não queria saber. Bom, eu estou falando demais, deixa pra lá. É que eu só queria me enturmar. Cheguei agora, não conheço ninguém e pelo visto ninguém gosta de conhecer gente nova por aqui. – Ele termina de falar olhando ao redor da sala para debochar de toda a classe. Não consigo me conter e dou um sorriso. – Bem-vindo ao clube, eu também me sinto assim aqui. – Ah, ótimo! Pelo visto não sou o único que se sente reprimido por aqui. – Não, não é. – O que eu disse a respeito de silêncio Srto. Russell? – Sr. Gibbins aumenta o tom de voz na frente da sala e eu apenas abaixo a cabeça, envergonhado. Gregory solta um sorriso parecendo se divertir com a situação e eu correspondo com a cara mais envergonhada.
O sinal já tinha tocado, todos estavam na lanchonete da faculdade. Procuro uma mesa vazia, costumo sempre me sentar sozinho, não gosto de barulho, e as vezes preciso colocar as matérias em dia o que facilita muito já que quase não tenho tempo para nada dentro de casa. Peço um suco gelado de laranja a garçonete e abro meu notebook, logo me vem na cabeça a tatuagem de Gregory, e o que significava e porque a escondeu de mim. Sempre fui curioso, até porque quando me escondem uma coisa quando eu já notei é o que me deixa mais curioso. Pesquiso na internet o que significava aquela palavra, vinham do Latim e se significa “vingança”. Que pessoa em sã consciência escreve “vingança” no corpo? Isso está ficando mais estranho ainda. Uma voz abafada logo chama pelo meu nome, estava atrás de mim e eu podia sentir o calor da boca vim a tocar meu ouvido, estava sussurrando “Matt”, me viro para observar quem era. Era ele, estava logo atrás de mim. Fecho o notebook rapidamente. Não queria causar a impressão que estou vasculhando a vida dele. Ele estava com um sorriso estampado, ao notar eu fechar o notebook ele fica sério e se senta na cadeira ao meu lado. Dou um sorriso sínico meio sem graça e o observo calmamente. – E aí? Posso ficar aqui com você? Ainda não cheguei a me enturmar com ninguém, infelizmente. Mas se quiser que eu vá embora, eu irei. – Não, tudo bem, pode ficar, imagina. – Ah, o que você estava fazendo? – ele olha para o notebook. – Ah… Bom, só começando a editar a nova entrevista que fiz com a Meredith Chamberlain. – Meredith Chamberlain? A socialite? – ele olha sem acreditar. – Posso dar uma olhada? – Ah… Acho melhor não, não está bom. Me desculpe. – Tudo bem. Mas se você não mostrar seu potencial para as pessoas, nunca será o que deseja ser, precisa acreditar em si mesmo, até nas coisas ruins. As vezes precisamos experimentar coisas nunca provadas por nós mesmo, quem sabe um dia isso não seja um beneficio não é? – ele me encara com os olhos e se aproxima de mim. Me sinto inseguro naquele momento e tento fugir, mas não quero assustá-lo e permaneço quieto no meu canto. – O que você quer dizer com isso? – murmuro. – Simples, você nunca saberá o que é bom se não experimentar. É a regra, use e abuse daquilo que você insistia em negar. Um dia você irá gostar do que não te agradava. Estava incrédulo, não sabia o que responder. Obviamente me veio na cabeça a conversa que tive com a Meredith. O que ele sabia daquilo que se encaixava tão bem essa conversa com a outra? É paranoia da minha cabeça, só pode ser. – Ei garotos. Festa em comemoração a chegada dos novos alunos, você não podem perder. Será na La D’Guste¹, ás 22:00. – era Georgina, aluna de Fisioterapia. Entregou um convite para mim e para Gregory, logo em seguida o sinal toca. – Vejo você lá. – Gregory se levanta balançado o convite e me encarando com um sorriso. Ainda estava sem acreditar, o que ele sabia de mim que eu não sabia dele? Isso realmente fazia sentido. Guardo meu notebook e saio em direção ao estacionamento de bicicletas. Retiro meu celular do bolso, junto com o cartão da Meredith. – Srta. Chamberlain falando. – Meredith? – Sim, a própria. – Eu aceito o acordo. – Será ótimo fazer negócio com você Matt. – Também espero que seja. Até amanhã. – desligo meu celular, guardo-o e vou embora.
1. La D’Guste; (fictício); Bar mais badalado da cidade, onde todos da faculdade costumam se encontrar pra fazer as festas de comemoração
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C1: VOCÊ JÁ PENSOU EM SER RICO MATTHEW? (Parte 3)
Meredith me encarou depois de cinco minutos, ainda estava nervoso e já não conseguia mais esconder isso. – Você já pensou em ser rico Matthew? – Ela fala enquanto cruzava os braços e caminhava atrás da minha cadeira, eu não conseguia virar o rosto, mas podia ouvir as batidas do seu salto alto e bico fino tocarem o chão. – Me defina o seu rico. – Falo meio seco olhando para o meu caderno mas sem tirar a concentração do seus sapatos. – Ter tudo que você sempre sonhou em ter, poder realizar seu grande sonho e ser conhecido no mundo todo. Essa é a minha riqueza. – Todos nós já sonhamos com isso não é verdade? – Pergunto-a meio tranquilo. – Sim, claro. Mas você poderia ter tudo isso com apenas uma assinatura. – O que você quer dizer com isso. – Finalmente consigo me virar e olhar em sua direção. Ela pousa sua mão sobre meu ombro e suas unhas estão pintadas de vermelho e estavam com um cheiro de rosas brancas. – Sim, eu posso te tornar o homem mais famoso do mundo, basta apenas você aceitar, mas as coisas não serão tão fáceis assim, eu precisarei que você confie em mim diante de qualquer coisa. Me levanto da cadeira e a olho sem entender nada. O que ela realmente está querendo dizer com tudo isso? Eu não devo confiar, eu não devo confiar. Se controla Matt, se controla. – O que você quer dizer com tudo isso? – Eu não ganho a vida apenas como socialite Matthew, já ouviu falar do Acordo Fechado? – Não faço a mínima ideia do que seja isso. – Suspiro. – O Acordo Fechado é um recurso que trará sempre benefícios para aqueles que aceitam se submeter aos contratos. – E o que seriam esses contratos? – Novamente suspiro. – Simples, se você assinar os papeis você passará a ser um dos candidatos a ser comprado o contrato. E você faz bem o estilo deles, talvez você fosse um dos primeiros a ser comprado. – Comprado? Como assim? Do que estamos falando exatamente?
Meredith se aproxima de mim, enquanto acaricia meu braço, estava nítido que ela queria me fazer ficar calmo, mas não estava funcionando e só estava piorando. – Estou falando de prostituição Matthew. – Ela sussurra ao lado do meu ouvido e eu podia sentir o calor da sua boca tocar minha nuca. Meus pelos se arrepiavam todo e o nervosismo alterado tomou conta de mim. – Você passaria a ser uma mercadoria, mas não uma mercadoria qualquer, você valeria ouro e com isso poderia ter tudo que quisesse sempre em suas mãos, você se envolveria com os homens mais bem poderosos e ricos de West Falls e lucrar com tudo isso, você apenas teria que fazer tudo que eles pedissem, mas não se preocupe, se o seu contrato for comprado por um, você apenas poderá obedecer somente ao seu comprador. Começo a rir sem mesmo saber o motivo. Porque eu estou rindo? Para Matthew, essas brincadeiras não tem graça. Ah, droga de timidez. Eu não conseguia pensar em mais nada, estava incrédulo. Mas me contive, os risos foram apenas para afastar um pouco o nervosismo e pelo visto conseguiu. Me afasto sem exaltar e tudo que conseguia fazer era dar passos para trás até conseguir sair daquele lugar que de tão grande passou a ser pequeno. – Isso é loucura, eu não sou gay. Porque me envolveria com homens sem ao menos conhece-los? Eu não sou quem você pensa que eu sou. Ela me escutava atentamente até ouvir eu me calar, se aproxima do balcão de comida e despejava um pouco de whisky em um copo. – E você acha que todos os meninos que fizeram isso eram gays? Matthew meu querido, tão doce e inocente. Eu não saio procurando garotos que se definem gays, eu saio procurando o que meus compradores desejam ter. Eu poderia simplesmente ter escolhido outros para conseguir essa entrevista, mas eu escolhi você, porque você de certo modo me chamou atenção. – Meredith segura o copo de whisky e vem caminhando em minha direção, seus cabelos castanhos cintilantes e seu vestido branco coladinho no corpo se destacavam ao longo de seus passos. Ela me entrega o copo e o encaro, conseguia ver minhas mãos tremer ao segurar o copo, estava mais nervoso do que o normal, nunca tinha ficado assim antes, isso parecia surreal. – Eu posso te tornar o que você sempre quis ser Matthew e ninguém, ninguém mesmo nunca precisará saber disso. Caso contrário, você recusa e se contar isso para alguém, eu posso acabar com tudo isso e o seu sonho ir por água a baixo. Em quem você acha que eles irão acreditar? Na socialite que todos amam ou apenas no garoto sonhador anônimo que ninguém sabe que existe? A escolha é sua. Meredith se afasta de mim e eu tomo um gole rapidamente do whisky, sinto descer rasgando sobre minha garganta, era quente e forte, nunca tinha tomado whisky e pelo visto séria minha última vez tomando aquilo. – Aqui, tome o meu cartão, te darei um tempo para pensar no que você realmente deseja. Mas lembre-se, mantenha isso entre nós ou ficará ruim para o seu lado. Quando estiver pronto, me ligue. Eu pego o cartão, não visualizo direito para não pensar que estava interessado, rapidamente guardo dentro do bolso e vou caminhando até a mesa para pegar minhas coisas, saio correndo do escritório e ao lado de fora podia sentir um alivio tomar conta de mim, meu corpo já não estremecia como antes e o que estava fazendo barulho ficou apenas em silêncio. Você não pode fazer isso Matthew, é errado. Você pode sim Matthew, sua vida está em jogo e seu sonho também. Não, não pode. Conquiste tudo que tem a conquistar com esforço e não com o mundo errado. Não ligue para o lado negativo, se jogue, você não tem nada a perder, só a ganhar, aceite. Não aceite. Aceite. Não aceite. Aceite. Suspiro e saio correndo pelo saguão até a rua, queria apenas sumir dali, fingir que nunca estive naquele lugar e fingir que toda aquela conversa nunca aconteceu, por mais que fosse difícil, eu queria.
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C1: VOCÊ JÁ PENSOU EM SER RICO MATTHEW? (Parte 2)
As ruas de Manhattan estavam milagrosamente calmas, o que facilitava para que eu pudesse ir mais rápido, o carro de Vivien é confortável de dirigir, até porque não poderia chegar na empresa de Meredith Chamberlain com a Molly, minha querida bicicleta, que ganhei do meu pai quando tinha 16 anos e é uma grande parceira quando preciso. Estou a horas dirigindo na rua, já estava em frente ao prédio da Meredith, era um prédio muito luminoso, todo de vidro e aço. São cinco para as dez quando chego, estou um pouco aliviado por não estar atrasado tive sorte de conseguir o carro de Vivien, West Falls fica a mais de três horas de Manhattan e eu levaria horas se tivesse vindo com Molly — mas, continuava nervoso. – Entro no saguão e paro na porta, várias pessoas andavam para lá e para cá, todas bem comportadas, vestidas de roupa social, algumas com malas e outras ao celular, pareciam robôs ambulantes sincronizados, por um minuto me senti envergonhado por não estar usando uma roupa igual. Uma mulher loira atrás do balcão sorria para mim, também estava bem comportada e por sinal bastante cheirosa. – Bom dia, eu sou Matthew Russell, o garoto que conseguiu uma entrevistada com a Srta. Chamberlain — Falei orgulhoso – Ah, o garoto da faculdade. – Isso. – sussurro. – Só um minuto Senhorito Russell. Ela se afasta indo até o telefone e me encolho diante do balcão, nesse momento desejava estar mais elegante do que o possível, todos que passavam olhavam para mim dos pés a cabeça. Maldito suéter azul, maldita calça jeans e malditos tênis da nike que me fizeram entrar nessa enrascada me fazendo acreditar que eles sim eram elegantes, estava completamente enganado. Suspiro e encaro a todos como se eles não me intimidassem. – O Senhorito Russell está sendo aguardado, por favor, suba ao déscimo quinto andar e entre na sala de número 13. – Ela me entrega um crachá com a palavra “visitante” e eu a retribuo com um sorriso meio sínico. Caminho até o elevador e ao subir para o segundo andar me deparo com um segurança na porta de número 13, ao me ver ele abre a porta e acena para dentro, talvez estivesse já a minha espera e eu não consigo me conter e dou um sorrisinho e abaixo a cabeça envergonhado. Entro ao escritório e avisto uma mesa enorme de vidro diante a sala, com um sofá de alvenaria branco ao canto e um balcão farto de comida, na mesma hora pude sentir a fome e o arrependimento de não ter comido tudo que a Vivien havia preparado para mim. Uma mulher morena alta de cabelos longos pretos e com um vestido laranja estava ao lado de Meredith com uma pasta na mão, talvez estivessem terminando de resolver alguns assuntos. – Ah… Ah, eu posso voltar depois, não queria interromper, desculpe. – Termino de falar nervoso. Estava me tremendo e não conseguia esconder isso. Meredith se senta sobre sua cadeira ao longo da mesa enorme e sorrir para mim. – Imagina, eu que mandei você entrar. Vamos começar nossa entrevista. Você está servido Senhorito Russell? – Ela aponta para o balcão farto de comida e na mesma hora pude sentir meu estômago apertar, mas neguei e me contive como se estivesse satisfeito. – Sente-se. – Ela ordena. Caminho até a cadeira mais próxima de mim e na ponta do outro lado da mesa. Meredith balança a cabeça para a mulher morena e alta que estava ao seu lado e ela caminha até sair do escritório, pego minha agenda de anotações e procuro todas as perguntas. Tiro meu celular da bolsa e ligo no gravador enquanto aproximo meu celular mais dela. – Então… Hum… Vamos começar. – Torcia. – Srta... Chamberlain, como foi para você se tornar uma das mulheres mais influenciadas de West Falls? – Suspirava. – Bom, em minha vida toda eu pude escolher quem eu queria ser, filha de um empresário e uma estilista famosa, o que mais poderia acontecer em minha vida? Eu tinha tudo que precisava. – Ela solta um sorriso irônico e eu me sinto intimidado com isso. – Mas não foi bem assim, eu estava cansada dessa vida de luxo e pensei que poderia ser melhor, se eu mesma fosse atrás desse alta, sem precisar ser empurrada pelos meus queridos pais, e aqui estou eu, fazendo o que sempre quis fazer. – E o que você sempre quis fazer? Ela me olha semicerrando os olhos e eu me encolho diante a cadeira. – Eu sempre quis ser amada pelo mundo, isso não é bom? Saber que sempre terão pessoas te apoiando, te incentivando e te mostrando que você pode fazer mais. – Sim, é maravilhoso. Qual a mensagem que você recomendaria para as pessoas que um dia querem ser igual a você, mas ainda precisam começar do zero, para lutar contra os obstáculos? – Nunca desistam. Eu tinha tudo para ser assim sem precisar medir esforços, mas mesmo assim eu quis ser alguém pela minha luta e não pelas sombras do meu pai, e consegui, essas pessoas também irão conseguir, aliás, nunca é fácil quando você passa a ser uma socialite bem mais representada pelo seu país e mostrando que no meio da luxúria também existe humildade. Mas e você Matthew? É Matthew não é? Qual o seu sonho? Na mesma hora engulo seco e suspiro calmante. – Há… Eu tenho um sonho de ser jornalista, quero trazer o mundo para as pessoas do jeito que ele realmente é. Quero que todos me conheçam e se sintam bem em me ter como um informante para a vida deles. E você, será a minha porta de entrada para isso tudo, com todo respeito Srta Chamberlain, essa entrevista será uma das maiores oportunidades que eu poderia ter para ser alguém na vida. – Ah, por favor, me chame de Meredith. Meredith se levanta da cadeira e vem caminhando em minha direção, já estava soando frio, mas ainda me contive firme e me controlei para que nada desse errado. Ela pega meu celular e desliga o gravador, senta sobre a beirada da mesa e cruza suas pernas, apoiando as mãos sobre ela, ao meu lado olhando para mim, não conseguia ao menos olha-lá, eu queria, mas estava muito envergonhado para fazer isso.
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C1: VOCÊ JÁ PENSOU EM SER RICO MATTHEW? (Parte 1)
Encaro a mim mesmo sobre o reflexo que fazia no vidro da minha janela, já são três horas da manhã, maldita insônia e angustia que não me deixam dormir, talvez isso seja por eu está preocupado com o sumiço de Vivien, saiu apenas dizendo que iria aproveitar a noite e que estaria bem, como poderia estar bem? Ela estava com o Casey, e pelo o que eu o conheço, ninguém fica bem ao lado dele. Já liguei para o seu celular, deve ter umas duzentas ligações minhas, mas ela simplesmente não atende. Onde será que você se meteu Vivien? Onde está você? Amanhã ás seis da manhã eu tenho um encontro marcado com a Meredith Chamberlain, eu preciso muito dessa entrevista, qualquer um em West Falls desejaria poder entrevistar essa mulher, ela é a socialite mais invejada e aplaudida da cidade o que eu teria a perder? Eu fui o sortudo em ser escolhido, de qualquer jeito ganharia uma nota máxima no trabalho da faculdade, mas aqui estou eu, me preocupando com um “suposto” sumiço de uma amiga, mas ela não irá conseguir fazer eu perder essa oportunidade. Escuto o batido da porta fechar, “Ah senhor! Graças a Deus”, penso. Vou correndo rapidamente até a sala para me certificar de que realmente era a amiga perdida. E lá estava ela, não conseguia nem ao menos ficar em pé, estava com seu cabelo arruivado todo bagunçado e os sapatos nas mãos, seu vestido colado verde esmeralda de seda estava quase subindo e mostrando sua calcinha, realmente, a noite deveria ter sido incrível. – Onde você estava? Você quer me deixar louco? Eu te liguei tem mais de horas Senhorita Adams, e você sabia que eu acordo cedo amanhã, como você pode fazer isso comigo?! – Estava nervoso, sentia até um calor invadir meu corpo e só depois pude perceber que diante disso eu já não estava mais conversando e sim, gritando. – Ei mocinho, calma. Eu disse pra você que estava curtindo, não era pra se preocupar comigo. Aliás, a única que tem que ter responsabilidade aqui sou eu e não você. – Ela termina de falar me dando um beijo na testa e eu simplesmente cruzo meus braços. Até parece. Como ela conseguia? Mesmo eu estando puto de raiva com ela, ela simplesmente me fazia perdoa-lá, sempre doce e gentil, não teria pessoa melhor para ter como amiga. – Agora vai dormir mocinho, que amanhã você tem um longo dia, tudo bem?! Não quero que você perca a “grande oportunidade da sua vida”. – Ela zomba de suas palavras e começa a rir enquanto eu reviro os olhos para ela e saio sem respondê-la em direção ao meu quarto. Já estava exausto e a única coisa que consegui enxergar no meu quarto era minha cama, talvez essa preocupação toda não seja apenas a Vivien, tem haver com a entrevista também, sendo isso ou não, não importa pois eu preciso dormir imediatamente. Deito na minha cama, fecho meus olhos e sem perceber apago de repente. Acordo ao ouvir o primeiro toque do alarme no celular, podia sentir ele vibrar sobre a cama, isso me fazia lembrar o quanto eu odiava acordar cedo. O desliguei. Me levantava e caminhava em direção a porta do banheiro, com os olhos semicerrados e exausto, bocejava e fechava a porta enquanto ouvia um barulho vindo da janela, normalmente era o gato da Srª. Moroles que costumava gatinhar pela nossa varanda, mas comecei a duvidar quando o barulho continuou, não me importei muito e fui logo direto ligar o chuveiro, enquanto esperava a água esfriar, me encarava na frente do espelho para escovar os dentes. Realmente, eu estou exausto. No máximo que conseguir dormir foram apenas duas horas e meia, isso não é o bastante. Termino de escovar os dentes e tiro minha roupa enquanto jogava tudo sobre o cesto. Entro dentro do banho e suspirava, a água estava morna do jeito que eu gostava, eu poderia passar horas ali, aliás, a água tirou um pouco da minha “exaustidão”, mas infelizmente, eu continuava sem tempo. Saio do banho e pego minha toalha que estava estendida no cabide do banheiro, me enxugo e saio do banheiro com ela presa á minha cintura, sem perder muito tempo vestia minha roupa e pegava tudo que precisava, bolsa, celular e o mais importante, a agenda com todas as anotações. Entro na cozinha e percebo Vivien de costas para mim, estava no fogão, talvez terminando de preparar suas deliciosas panquecas. Pude notar que o barulho todo que via da janela do banheiro era realmente da cozinha. A mesa da cozinha estava farta, era pequena e redonda feita de madeira, normalmente só ficava cheia assim quando iríamos receber visitas. – Huuuuuuuum, receberemos alguém tão importante hoje? – Falo ainda admirando toda a comida que estava a minha frente. Vivien se vira e olha para mim toda sorridente, como se fosse seu aniversário ou algo do tipo que fizesse ela realmente feliz, por mais que estivesse feliz, seu rosto pálido e seu cabelo não ajudavam no animo, podia notar que no fundo ela estava morrendo de ressaca. – É para você. – Ela me abraça. – Eu pensei em fazer algo em especial pra você já que se preocupou tanto comigo e não quero te ver indo para sua entrevista de barriga vazia. – Terminava de falar enquanto limpava meu suéter azul marinho. – Aliás, você precisa está forte para enfrentar tudo isso. – Uau! Puxa, isso foi realmente incrível Vivien, sério. Mas eu terei que recursar, desculpe. Estou atrasadíssimo e o mínimo que posso comer disso tudo é uma panqueca. – Pegava uma panqueca sobre a mesa rapidamente e corria em direção a porta, Vivien cruzava os braços como se realmente estivesse furiosa e eu só conseguia rir entre beijos mandados para ela. – E ah, eu irei com seu carro. – OQUE?! – Ela grita. – Aproveite e tome um remédio ou alguma vitamina, sua cara está péssima. Sem esperar resposta, mando um beijo rápido e pego a chave do Mercedes GLC-Glass e saio correndo do apartamento batendo a porta atrás de mim.
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