danirwritesagain
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danirwritesagain · 8 days ago
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Alguém aqui tem Wattpad??
Se tiver, ajudem me seguindo, votando, comentando no meu livro de poesias "Poesias na gaveta"
Wattpad: DaniR_Writes
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danirwritesagain · 8 days ago
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Quero sumir entre os números,
ser silêncio entre espelhos,
medir meu valor em costelas,
e pesar meu orgulho em ossos.
Conto calorias como quem reza,
ajoelho diante da balança,
suplicando que me tire mais,
mais do que sou, mais do que resta.
A barriga ronca como castigo,
um sussurro cruel que diz: "Continue."
Ser leve é ser forte.
Ser fraca é ser livre.
Espelhos viram juízes frios,
cada curva, um grito de falha.
A fome me abraça como amiga,
me mata aos poucos — e eu calo.
Sigo vazia, mas plena de dor,
com a alma em dieta, sem cor.
Sonho com a perfeição oca,
uma beleza que sufoca.
Mas no fundo, algo grita —
não é vaidade, é ferida.
É querer ser vista, amada,
sem ser medida, nem pesada.
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danirwritesagain · 8 days ago
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Flores que sangram
⚠️ Essa poesia fala sobre violência doméstica. Se isso te afeta, leia com cuidado.
📞 180 – Central de Atendimento à Mulher.
No começo,
tudo é flor,
como dizem.
E realmente são —
as mais belas.
Jantares,
presentes,
compreensão.
Um cuidado que brilha
feito perfume novo de flor
em floricultura cara.
Ele diz: "Você é tudo pra mim."
E eu acredito.
Mas as flores…
apodrecem rápido.
Os jantares viraram ameaça:
"Ou você cozinha, ou passa fome."
E eu cozinhei — com medo.
Mastiguei o medo junto com o arroz,
engoli o choro pra não provocar.
Nunca provocar.
Os presentes viraram roxos:
nas coxas, nos braços, no rosto.
Uma costela quebra —
mas quem grita sou eu,
e mesmo assim ninguém escuta.
Ele dizia que me compreendia.
Hoje diz que mereço.
Hoje grita que eu provoquei.
Hoje ri enquanto eu choro.
Viver com medo é uma tortura lenta.
Dormir de porta trancada.
Ter que calcular cada palavra,
cada roupa, cada gesto —
como se amar fosse sobreviver à guerra.
Como fugir,
se ele me caça até nos sonhos?
Como escapar,
se até a polícia manda
*"esperar a próxima vez"*?
Como sair,
se cada passo até a porta
é uma sentença de morte?
Eu respiro,
mas já não vivo.
Eu existo,
mas estou enterrada em vida.
E ninguém vê.
Ninguém escuta.
E quando escutam…
é tarde demais.
Porque sair,
pra algumas mulheres,
é morrer tentando.
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danirwritesagain · 8 days ago
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danirwritesagain · 9 days ago
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-Danielly R.
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danirwritesagain · 10 days ago
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Sou o Corpo Que Você Quer Sumir
É, eu sei.
Você me odeia —
e não é pouco.
Passa os dedos pelos lugares que cresceram,
como se quisesse arrancar a pele.
Diz que eu estraguei tudo.
Que era mais bonito antes.
Que agora sou um peso, uma vergonha, um exagero.
Mas eu...
só tentei te manter viva.
Enquanto sua mente desmoronava,
enquanto a tristeza te arrastava pro abismo,
fui eu quem ficou de pé.
Fui eu quem engoliu comprimidos,
quem segurou o choro no meio da rua,
quem se moveu mesmo com a alma em pedaços.
Eu inchei.
Engordei.
Cedi.
Resisti.
Não sou inimigo.
Sou abrigo.
Eu carrego a pessoa que quer desaparecer
e também a que, no fundo, ainda sonha em ficar.
Então, por favor...
não me machuca mais.
Me alimenta.
Me veste com menos culpa.
Me olha com menos raiva.
Não preciso ser magro.
Preciso ser lar.
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danirwritesagain · 12 days ago
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Hard to get out of bed sometimes
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danirwritesagain · 12 days ago
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Meu amor é demais.
É tudo ou nada.
É entrega total.
É me dar inteira —
até não sobrar quase nada de mim pra mim mesma
-Danielly R.
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danirwritesagain · 12 days ago
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Chuva de Primavera
de quem sente tudo demais
Foi rápido.
Como uma chuva de primavera.
Bonito. Intenso.
Mas passageiro.
Te conhecer me virou do avesso.
Me moldou, me atravessou, me transformou.
Mas acabou.
Porque comigo é sempre assim.
As pessoas cansam.
Ou me deixam.
Ou eu fujo antes.
Fujo antes que percebam demais.
Antes que comecem a ir.
Antes que me machuquem.
Mesmo sem querer, eu viro as costas.
Porque ser deixada é muito pior.
E eu sei reconhecer os sinais:
um silêncio mais longo,
um tom de voz que muda,
um olhar que já não procura mais o meu.
É exaustivo conviver comigo.
É exaustivo me amar.
E eu sei disso.
Por isso tudo passa rápido.
Porque ninguém fica.
Ninguém aguenta amar tudo que vem junto comigo.
E eu me pergunto, baixinho:
por que eu sou assim?
Meu amor é demais.
É tudo ou nada.
É entrega total.
É me dar inteira —
até não sobrar quase nada de mim pra mim mesma.
Mas mesmo assim…
por favor,
só não me deixa.
-Danielly R.
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danirwritesagain · 12 days ago
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Chuva de primavera
-Danielly R.
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danirwritesagain · 12 days ago
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Quase Nada, Ainda Tudo
Tem dias em que acordo num corpo que não é meu.
Ele pesa.
Afunda na cama, no chão, em mim mesma.
Como se fosse feito de pedra e tristeza acumulada.
Chorar parece a única língua que eu sei falar.
E mesmo assim, ninguém entende.
Ninguém ouve. Ninguém traduz.
É como gritar num quarto fechado, com a boca costurada.
Tem uma fome que não é de comida,
mas eu como.
Como pra calar o que grita —
e o grito volta, mais forte.
Mais cruel.
Como se dissesse: “Ainda estou aqui.”
Me machuco.
Pra ver se sinto.
Pra ver se paro de sentir.
Como se a dor externa fosse mais fácil de lidar
que o vazio que se arrasta por dentro.
Tem um medo que mora na minha barriga, estômago, ossos,
e uma vontade estranha de sumir.
Não é morrer, é sumir.
Virar silêncio.
Esquecer de existir.
Ser vento.
Ser ausência.
Ser nada.
Então fico deitada o dia todo, até o mundo me puxar pra fora.
Mas dentro...
tudo ainda cai.
Cai em pedaços.
Cai em silêncio.
Cai como se nunca tivesse sido inteiro.
E mesmo assim,
tô aqui.
Caída, talvez.
Mas inteira o suficiente pra escrever isso.
Mesmo que as mãos tremam.
Mesmo que o peito doa.
Mesmo que a vontade seja de apagar tudo.
-Danielly R.
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danirwritesagain · 13 days ago
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-Danielly R.
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danirwritesagain · 13 days ago
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Tem dias que acordo com um corpo que não é meu.
Ele pesa.
Afunda na cama, no chão, em mim mesma.
-Danielly R.
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danirwritesagain · 13 days ago
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Peso Invisível
Tem dias que acordo com um corpo que não é meu.
Ele pesa.
Afunda na cama, no chão, em mim mesma.
Chorar parece a única língua que eu sei falar.
E mesmo assim, ninguém entende.
Tem uma fome que não é de comida,
mas eu como.
Como pra calar o que grita —
e o grito volta, mais forte.
Me machuco.
Pra ver se sinto.
Pra ver se paro de sentir.
Tem um medo que mora na minha barriga, estômago, ossos
e uma vontade estranha de sumir.
Não é morrer, é sumir.
Virar silêncio.
Esquecer de existir.
Então fico deitada o dia todo, até o mundo me puxar pra fora.
Mas dentro...
tudo ainda cai.
E mesmo assim,
tô aqui.
Caída, talvez.
Mas inteira o suficiente pra escrever isso.
-Danielly R.
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danirwritesagain · 14 days ago
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Vazio que engole
Buscando preencher um vazio.
Um vazio que não tem nome, nem forma, nem fim.
Surgiu devagar… e quando percebi, já era tudo.
Desce pela garganta e vai direto pro estômago.
Como um buraco sem fundo.
Como um monstro faminto morando dentro de mim.
É rápido.
É urgente.
É a alma tentando fugir.
A dor aperta no peito.
Grito sem som.
Silêncio sufocado.
Ninguém ouve.
Ninguém vê.
De repente, estou no chão da sala.
Sacolas rasgadas, coisas espalhadas.
As mãos agem sozinhas — rasgam, abrem, empurram.
As embalagens se acumulam, não sinto o gosto. Só o impulso.
Corro pra cozinha.
Vasculho gavetas, armário, qualquer canto.
Como se ali houvesse alívio.
Como se ali eu me encontrasse.
Em minutos, estou empanturrada.
Cheia e vazia ao mesmo tempo.
Não penso.
Não sinto.
Não sou eu.
Estou fora de mim.
Sou outra.
Sou ninguém.
Os pensamentos disparam.
E então…
vem o silêncio.
Vem a culpa.
Vem o nojo.
Vem o vazio, maior ainda.
E mais uma vez…
me afogo no que tentei preencher.
-Danielly R.
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danirwritesagain · 14 days ago
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Lar de extremos
Não era pra ser tão difícil levantar da cama,
como se cada manhã fosse um parto da alma.
O corpo pesa, o mundo exige, e eu… me arrasto.
Não era pra ser tão difícil sair com amigos,
como se o sorriso precisasse ser ensaiado,
mil vezes diante do espelho —
pra fingir que existe alegria onde só mora o esforço.
Não era pra ser tão difícil abrir os olhos
e já negociar com o humor do dia,
implorando por estabilidade como quem pede ar.
Não era pra ser tão difícil.
Mas é.
É um peso que ninguém vê.
Uma dor que não sangra, mas dilacera.
É o vazio que habita até os dias cheios,
o eco constante do nada.
Tentei preenchê-lo com compras impulsivas,
com agitações vazias,
com copos cheios,
com festas barulhentas.
Mas o buraco ficou.
Sempre fica.
Será que um dia…?
Será que um dia ele cala?
Não era pra ser tão difícil.
Viver… não era pra ser tão difícil.
Mas o meu viver é luta.
É tropeço disfarçado de rotina.
É guerra dentro de mim —
uma batalha entre extremos que ninguém vê.
E não, não é falta de fé.
Não é ausência de Deus.
Quem dera fosse algo tão simples de resolver.
É o caos químico,
é o fogo e o gelo revezando dentro do peito,
é ser lar de extremos,
sem saber quando um invade o outro.
Ainda assim, estou aqui.
Tentando não afundar nessa multidão.
Tentando me reerguer,
mesmo quando não sei mais onde me apoiei da última vez.
Às vezes, falho.
Mas tento.
Com o que me resta.
Com o que ainda pulsa.
Não era pra ser tão difícil.
Mas é.
E mesmo assim… eu fico.
Eu insisto.
E isso, só isso, já é uma forma de coragem.
-Danielly R.
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danirwritesagain · 14 days ago
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O cansaço de ser
A vida é engraçada
Enquanto uns têm tanto,
outros não têm nada.
Uns despertam, respiram fundo
e seguem como se viver fosse leve.
Outros mal conseguem se erguer da cama.
Há quem lute só pra existir.
E, às vezes,
nem consegue.
Tudo vira processo.
Pra alguns,
é um processo de cura —
das dores que têm nome,
das feridas visíveis,
das perdas que o tempo consola.
Pra outros,
é um processo sem fim.
Processo pra se manter de pé,
pra não desaparecer de si,
pra tentar alcançar,
nem que seja por instantes,
um fio de felicidade.
Viver é buscar esse fio
em meio ao nevoeiro.
É se agarrar a quase nada
como se fosse tudo.
Mas nem todos suportam o peso.
Alguns se cansam.
Alguns se calam.
E colocam um ponto final
no processo chamado:
vida.
A vida, essa ironia cruel,
cobra passos firmes
de pés trincados.
É cair,
tentar,
levantar,
cair de novo,
e tentar outra vez —
mesmo sangrando por dentro.
A vida é injusta.
E isso, às vezes,
dói mais do que se pode dizer em voz alta.
Mas é a vida.
Não tem o que fazer.
A não ser...
sobreviver.
-Danielly R.
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