eneagralhas
eneagralhas
Eneagralhas
19 posts
Don't wanna be here? Send us removal request.
eneagralhas · 5 years ago
Text
Tumblr media
2 notes · View notes
eneagralhas · 5 years ago
Text
Tumblr media
Fonte: Riso & Hudson, A sabedoria do eneagrama
1 note · View note
eneagralhas · 8 years ago
Text
Índice:
1 - Esquemas Gerais
Dotes e Riscos Previsíveis (Riso & Hudson)
Tentação e Fuga (Riso & Hudson)
Idealização (Riso & Hudson)
Mensagem do Superego (Riso & Hudson)
Desejo Fundamental (Riso & Hudson)
Medo Fundamental (Riso & Hudson)
2 - Tipo Um
Tipo 1 - O Reformista (Riso & Hudson)
3 - Tipo Dois
Tipo 2: O Ajudante (Riso & Hudson)
4 - Tipo Três
Tipo 3 - O Realizador (Riso & Hudson)
5 - Tipo Quatro
Tipo 4 - O Individualista (Riso & Hudson)
6 - Tipo Cinco
Tipo 5 - O Investigador (Riso & Hudson)
7 - Tipo Seis
Tipo 6 - O Partidário (Riso & Hudson)
8 - Tipo Sete
Tipo 7 - O Entusiasta (Riso & Hudson)
9 - Tipo Oito
Tipo 8 - O Desafiador (Riso & Hudson)
10 - Tipo Nove
Tipo 9 - O Pacifista (Riso & Hudson)
1 note · View note
eneagralhas · 8 years ago
Text
Dotes e Riscos Previsíveis
1 - O Reformista Pode liderar pela integridade e bom senso OU sucumbir ao perfeccionismo e ao ressentimento
2 - O Ajudante Pode brilhar pela generosidade e pelo poder de cura OU ver-se obrigado a lutar contra a adulação e a possessividade.
3 - O Realizador Pode tornar-se um inspirador exemplo de excelência e autenticidade OU buscar o sucesso e o status a qualquer custo.
4 - O Individualista Pode ser um modelo de criatividade e intuição OU cair na irritabilidade e na afetação
5 - O Investigador Pode demonstrar inventividade e intelecto visionário OU tornar-se cada vez mais isolado e excêntrico.
6 - O Partidário Pode ser um exemplo de coragem e lealdade OU ter de lutar contra a ansiedade e a rebeldia
7 - O Entusiasta Pode ser um indivíduo ardente e realizado OU deixar-se deter pela impaciência e impulsividade
8 - O Desafiador Pode ser um líder forte e magnânimo OU controlar e intimidar as pessoas
9 - O Pacifista Pode aglutinar as pessoas e sanar conflitos OU ver-se preso na passividade e teimosia
3 notes · View notes
eneagralhas · 8 years ago
Text
Tipo 9 - O Pacifista
O Tipo Descomplicado, Discreto: Receptivo, Tranquilizador, Agradável e Complacente.
Chamamos este tipo de personalidade de o Pacifista porque nenhum outro é mais dedicado à busca da paz interior e exterior, para si e para os demais. Seus representantes abrigam muitas vezes um anseio de busca espiritual, de ligação com o cosmo e com as pessoas. Eles se esforçam por manter sua paz de espírito tanto quanto para estabelecer a paz e a harmonia no mundo em que vivem. As questões mais vivenciadas por este tipo são fundamentais a todo trabalho interior: despertar X adormecer, para a nossa verdadeira natureza, presença X transe, tensão X relaxamento, paz X sofrimento, união X separação.
Ironicamente, sendo um tipo tão voltado para o mundo espiritual, o Nove está no centro da tríade do Instinto e é aquele que potencialmente está mais ligado ao mundo físico e ao próprio corpo. A contradição se resolve quando atentamos para o fato de que seus representantes ou estão em contato com seus instintos e possuem uma tremenda força primitiva, um forte magnetismo pessoal, ou se abstraem deles e tornam-se alheios e distantes, até superficiais.
“Deixo-me levar pela correnteza“
Para compensar a perda de contato com a energia dos instintos, as pessoas do Tipo Nove também se recolhem à imaginação e às fantasias. (Por isso, seus representantes às vezes identificam-se erroneamente como pertencentes aos Tipos Cinco e Sete, regidos pela mente, ou aos Tipo Dois e Quatro, regidos pelos sentimentos.) Além disso, quando suas energias instintivas  entram em desequilíbrio, eles as acabam usando contra si próprios, reprimindo sua própria força até tornar-se psiquicamente inertes. Quando essa energia não é utilizada, estagna-se como um lago que transborda até represar a nascente que o alimenta. Porém, quando estão em harmonia com seu Centro Instintivo e a energia que lhe é própria, eles tornam-se como um grande rio que a tudo transporta em seu leito.
O Tipo Nove já foi denominado a coroa do Eneagrama porque está no alto do símbolo e parece abarcar tudo que ele contém. Seus representantes são capazes de exibir a força do Tipo Oito, o espírito brincalhão e aventureiro do Tipo Sete, o caráter consciencioso do Tipo Seis, o intelectualismo do Tipo Cinco, a criatividade do Tipo Quatro, o poder de atração do Tipo Três, a generosidade do Tipo Dois, e o idealismo do Tipo Um. Entretanto, o que eles geralmente não demonstram é estar dentro de si mesmos - uma noção mais forte de sua própria identidade.
Ironicamente, portanto, o Tipo Nove só não é como ele mesmo. A ideia de ser um eu à parte, um indivíduo que precisa se impor diante dos demais, apavora seus representantes - eles preferem fundir-se com outra pessoa ou entregar-se silenciosamente aos seus idílicos devaneios.
Red, um consultor de mercado nacionalmente conhecido, comenta essa tendência:
Estou consciente de que me concentro nas pessoas, quero saber como elas são, onde e como vivem, etc. Nos relacionamentos, geralmente abro mão de meus planos em favor dos planos do outro. Tenho de estar sempre alerta quanto a ceder às exigências alheias em detrimento de minhas próprias necessidades.
As pessoas do Tipo Nove demonstram a tentação universal de ignorar aspectos mais perturbadores da vida e buscar um pouco de paz pelo adormecimento. Elas reagem à dor e ao sofrimento tentando atingir um estado prematuro de paz, seja ele uma falsa conquista da espiritualidade ou uma negação maior. Essas pessoas demonstram, mais do que a maioria, a tendência de fugir às tensões e aos paradoxos da vida pela tentativa de transcendê-los ou de buscar soluções simples e indolores para os problemas.
Pensar no que a vida tem de bom naturalmente não é mau - só que é uma abordagem limitada e limitante da vida. Se as pessoas do Tipo Nove procuram ver o lado bom das coisas pra se proteger das vicissitudes da vida, os outros tipos também têm suas próprias distorções. O Quatro, por exemplo, concentra-se em suas próprias feridas e em seu papel de vítima; o Um, no que há de errado nas coisas e assim por diante. Já o Nove se prende ao lado bom da vida, de forma a não deixar que sua paz de espírito se abale. Porém, em vez de negar o lado sombrio da vida, seus representantes deveriam compreender que todas as perspectivas propostas pelos outros tipos também são verdadeiras. Eles precisam resistir ao impulso de fugir do mundo real para um “prematuro estado zen“ ou para a “luz branca“ do Divino e lembrar-se de que a única saída passa por uma coisa e pela outra.
Fonte: Riso & Hudson - A sabedoria do Eneagrama Ed. Cultrix
1 note · View note
eneagralhas · 8 years ago
Text
Tipo 8 - O Desafiador
O Tipo Forte e Dominador: Autoconfiante, Decidido, Obstinado e Provocador
Chamamos este tipo de personalidade de o Desafiador não só porque, dentre os nove do Eneagrama, ele é o que mais gosta de enfrentar pessoalmente desafios, mas também porque o Tipo Oito é o que mais proporciona às outras pessoas oportunidades que para elas representam um desafio a superar-se de alguma forma. Seus representantes carismáticos e dotados dos requisitos físicos e psicológicos para persuadir os outros a acompanhá-los em qualquer coisa que se dediquem - abrir uma empresa, reconstruir uma cidade, administrar o lar, declarar a guerra e declarar a paz.
Dotadas de imensa vitalidade e força de vontade, as pessoas do Tipo Oito não se sentem viva quando não as utilizam. Elas aplicam-se com inesgotável energia a promover mudanças no ambiente em que vivem - um desejo de deixar nele a sua marca, mas também impedir que este e os que nele se encontram possam causar algum prejuízo a seus entes queridos. Desde cedo, descobrem que isso exige força, determinação, persistência e muita resistência - qualidades que cultivam em si mesmos e buscam nos demais.
Thayer é uma corretora na bolsa de valores que se dedicou muito ao estudo do seu próprio tipo de personalidade. Aqui ela relembra um incidente da infância no qual esse padrão se evidencia claramente:
Grande parte da minha resistência e tenacidade vem do meu pai. Ele sempre me dizia que jamais deixasse alguém me dar ordens. Chorar era errado. Aprendi muito cedo a dominar meu lado mais fraco. Aos 8 anos, durante um passeio, o cavalo que eu montava se desgovernou. Quando finalmente alguém conseguiu fazê-lo parar, eu apeei sem uma lágrima. Via-se sem sombra de dúvida o quanto meu pai estava orgulhoso de mim.
“Podemos tornar-nos derrotistas ou fortes. O trabalho é o mesmo“ 
CARLOS CASTAÑEDA
As pessoas do Tipo Oito não gostam de ser controladas e fazem de tudo para não deixar que ninguém as domine (seu Medo Fundamental), seja pelo poder psicológico, sexual, social ou financeiro. Muitas de suas atitudes decorrem do desejo de reter e aumentar ao máximo todo o poder que porventura possuam.
Não importa se são generais ou jardineiros, pequenos empresários ou magnatas, mães de família ou chefes de uma comunidade religiosa: ser quem manda e deixar sua marca no círculo em que vivem é sua maior característica.
Seus representantes constituem os verdadeiros “individualistas inquebrantáveis“ do Eneagrama porque, mais que os de qualquer outro tipo, prezam a autonomia. Querendo ser independentes e não dever nada a ninguém, essas pessoas muitas vezes se recusam a ceder às convenções sociais, já que são capazes de passar por cima do medo, da vergonha, e da preocupação que seus atos possam provocar. Embora geralmente saibam o que os outros pensam a seu respeito, não deixam que isso as influenciem e cuidam da própria vida com determinação exemplar e, às vezes, intimidante.
“Sou senhor do meu próprio destino“
Embora até certo ponto receiem as ameaças físicas, para as pessoas do Tipo Oito é muito mais importante o medo da impotência e do controle, seja este qual for. Dotadas de um extraordinário poder de resistência, elas são capazes de suportar sem queixas grandes provações físicas. Isso, porém, é uma faca de dois gumes, já que geralmente acabam negligenciando não só a própria saúde e o bem-estar como também os demais. No entanto, como têm um medo tremendo do sofrimento emocional, elas usam toda a força de que são dotadas para proteger os próprios sentimentos  e manter os outros a uma distância segura do ponto de vista emocional. Todavia, por trás da armadura que criam para se defender está a vulnerabilidade.
Assim, para não ser tão diligentes como são, as pessoas do Tipo Oito pagam o preço da falta de contato emocional com muitos daqueles com quem convivem. Os mais próximos podem reagir a isso demonstrando uma insatisfação cada vez maior, o que as confunde. (”Não entendo por que minha família está reclamando. Eu dou duro para conseguir pagar as contas. Por que estão tão decepcionados comigo?”)
Quando isso acontece as pessoas do Tipo Oito se julgam incompreendidas e podem tornar-se ainda mais distantes. Na verdade, por trás da fachada intocável, elas sentem-se muitas vezes magoadas e rejeitadas, embora raramente toquem no assunto, pois têm dificuldade de admitir sua vulnerabilidade até para si mesmas. Como receiam a rejeição (ser de alguma maneira humilhadas, criticadas, repreendidas ou magoadas), tentam defender-se rejeitando os outros primeiro. Com isso os representantes típicos  do Tipo Oito bloqueiam sua capacidade de amar e relacionar-se, já que o amor confere ao outros poderes sobre eles, despertando seu Medo Fundamental.
Quanto mais investem no ego para proteger-se, mais sensíveis se mostram a qualquer desconsideração, real ou imaginária, ao seu amor-próprio, autoridade ou preeminência. E quanto mais procuram tornar-se impermeáveis aos sofrimentos e às mágoas, físicos ou emocionais, mais se fecham emocionalmente - e, assim, endurecem-se como verdadeiras rochas.
Quando são emocionalmente saudáveis, as pessoas do Tipo Oito mostram-se mais abertas e confiantes nos próprios recursos. A estabilidade de sua força interior as faz tomar iniciativas e realizar coisas com uma grande paixão pela vida. Sua presença possui uma autoridade que impõe respeito, tornando-as líderes natas. Seu equilíbrio as dota de bom senso e capacidade de decisão em fartas doses.
Sabendo que nenhuma decisão pode agradar a todos, elas se dispõem a responsabilizar-se por suas opções. Além disso, na medida do possível, tentam ser imparciais na consideração dos interesses das pessoas sob sua responsabilidade, pois desejam construir um mundo melhor para todos.
Fonte: Riso & Hudson - A sabedoria do Eneagrama Ed. Cultrix
0 notes
eneagralhas · 8 years ago
Text
Tipo 7 - O Entusiasta
O Tipo Ocupado, que Gosta de Divertir-se: Espontâneo, Versátil, Voraz e Dispersivo
Chamamos este tipo de personalidade de o Entusiasta porque ele está sempre se entusiasmando com tudo que lhe chama a atenção. Seus representantes veem a vida com curiosidade, otimismo e espírito de aventura. Como crianças numa doceria, eles veem o mundo com olhos escancarados, antevendo embevecidos todas as boas coisas que desfrutarão. Arrojados e cheios de vivacidade, com alegre determinação vão em busca do que querem da vida. A palavra iídiche chutzpah - uma espécie de atrevido desembaraço - descreve muito bem uma das suas maiores características.
Embora pertençam à Tríade do Raciocínio, as pessoas do Tipo Sete não costumam dar essa impressão, pois tendem a ser bem mais práticas e a envolver-se com milhares de projetos ao mesmo tempo. Seu raciocínio é antecipatório: elas preveem as coisas e geram ideias às carreiras, preferindo as atividades que lhes estimulem a mente - o que, por sua vez, gera mais coisas a fazer e pensar. Embora possam não ser necessariamente intelectuais ou estudiosas segundo a definição padrão, essas pessoas costumam ser inteligentes, ler bastante e expressar-se verbalmente muito bem. Elas passam rapidamente de uma ideia a outra, saindo-se bem em brainstorms e na síntese de informações. São o tipo de gente que se deixa arrebatar pelo fluxo rápido e contínuo das ideias e pelo prazer da espontaneidade, preferindo a visão panorâmica e a excitação dos estágios iniciais do processo criativo à análise detalhada de um determinado tópico.
Devon, uma bem sucedida executiva, fala-nos um pouco aqui sobre a dinâmica de funcionamento da mente de uma pessoa de seu tipo:
Não tem jeito: sou a mulher das listas. Não é por causa da memória, pois a minha é ótima. É mais para descarregar as informações e evitar continuar pensando nas coisas. Outro dia, por exemplo, fui a um concerto cujos ingressos, além de caros, haviam sido difíceis de conseguir. Mas não consegui ficar até o fim. Minha mente me torturava com coisas que tinha que fazer. Acabei não aguentando - levantei-me e fui embora. A pessoa com quem eu estava ficou muito chateada e eu perdi uma boa apresentação.
As pessoas do Tipo Sete muitas vezes são dotadas de mentes ágeis, tornando-se alunas capazes de aprender extremamente rápido. Isso se aplica não apenas à sua capacidade de absorver informação (línguas, fatos, métodos), mas também à de realizar trabalhos manuais. Elas tendem a apresentar excelente coordenação mente-corpo e destreza manual (datilografia, tênis, piano). Quando aliam essas duas capacidades, essas pessoas podem ser a encarnação do verdadeiro modelo do Renascimento.
Ironicamente, a grande curiosidade e a capacidade de aprender muito rápido podem criar problemas para as pessoas do Tipo Sete. Por serem capazes de desenvolver diferentes habilidades com relativa facilidade, torna-se difícil para elas decidir o que fazer. Por isso, nem sempre valorizam o que possuem como fariam se tivessem tido que lutar para obtê-lo. Quando mais equilibradas, porém, essas pessoas são capazes de empregar sua versatilidade, curiosidade e capacidade de aprendizagem para chegar a grandes realizações.
A origem de seu problema é comum a todos os tipos da Tríade do Raciocínio: a perda de contato com a orientação interior e o apoio da natureza Essencial. Isso causa-lhes grande ansiedade, pois não lhes dá a segurança de estar fazendo opções que beneficiem a si mesmas e aos demais. As pessoas do Tipo Sete lidam com essa ansiedade de duas formas: em primeiro lugar, tentam manter a mente ocupada o tempo todo, principalmente com projetos e ideias positivas para o futuro, pois assim conseguem, até certo ponto, manter a ansiedade e os sentimentos negativos fora do consciente. Além disso, como em seu caso a atividade estimula o raciocínio, elas são impelidas a permanecer sempre em movimento, indo de uma experiência a outra em busca de estímulo. Isso não quer dizer que fiquem marcando passo: em geral são pessoas práticas, que gostam de ver as coisas serem feitas.
Frances, uma consultora de mercado bem sucedida, parece ter mais energia que o resto dos seres humanos - algo típico do Tipo Sete:
Sou de uma produtividade absolutamente incrível. Quando estou no escritório, fico alegre e minha mente funciona às mil maravilhas. Sou capaz de criar várias campanhas de marketing para um cliente, fazer o esquema de uma palestra que vou dar em um seminário, destrinchar um problema com um cliente pelo telefone, fechar dois negócios, ditar algumas cartas e, quando olho para o relógio, ainda são 9h30 da manhã e minha assistente está acabando de chegar para darmos início ao trabalho do dia.
“Ainda não sei o que quero ser quando crescer”
Em segundo lugar, as pessoas do Tipo Sete lidam com a perda da orientação Essencial por meio do método de tentativa e erro: fazem tudo para certificar-se de saber qual a melhor opção. Num nível muito profundo elas não se acham capazes de descobrir o que realmente querem da vida. Por conseguinte, tendem a experimentar de tudo - e, por fim, podem acabar experimentando qualquer coisa para substituir aquilo que realmente estão buscando. (”Se não posso ter aquilo que realmente me satisfaria, vou me divertir de qualquer maneira. Terei toda sorte de experiências - assim não me sentirei mal por não ter o que realmente quero.”)
Isso pode ser visto nas mínimas coisas do cotidiano dessas pessoas. Incapazes de decidir se querem sorvete de baunilha, chocolate ou morango, elas vão pedir os três sabores, só pra ter certeza de não perder a opção “certa”. Se tiverem duas semanas de férias e vontade de ir à Europa, será o mesmo dilema: que países e cidades visitar? Que pontos turísticos conhecer? A maneira que as pessoas do Tipo Sete encontram para resolver isso é incluir o maior número de países, cidades e atrações turísticas no roteiro. Enquanto correm atrás de experiências estimulantes, o que seu coração realmente quer vai sendo tão enterrado no inconsciente que elas nunca podem saber exatamente o que é.
Além disso, quanto mais intensificam a busca da liberdade e satisfação, maior a tendência de fazer opções piores e menor a satisfação, pois tudo é vivenciado indiretamente, através do filtro da atividade mental acelerada. O resultado é que essas pessoas acabam ansiosas, frustradas e com raiva, diminuindo assim seus próprios recursos físicos, emocionais e financeiros. Elas podem acabar destruindo a saúde, os relacionamentos e as finanças em sua busca de felicidade.
Gertrude agora está tentando se estabelecer na carreira e na família, mas, fazendo um retrospecto, analisa como essa tendência contribui para dificultar seu início de vida:
Não havia nada que fazer nem em casa nem na cidadezinha do sul em que cresci. Eu morria de vontade de sair de lá e ir para algum lugar mais interessante. Quando fiz 16 anos, comecei a namorar e logo fiquei grávida, mas o pai de meu filho não quis casar-se comigo - o que, para mim, não foi problema, já que eu tampouco queria casar-me com ele. Não demorei a conhecer outro homem, casamo-nos e então me mudei para uma cidade maior. Mas a coisa não funcionou como eu queria porque nos separamos depois que eu dei à luz meu filho e tive que voltar pra casa. Fiquei lá por uns dois anos, até colocar meus pés no chão novamente. Quando as coisas pioraram, casei-me de novo. Agora, aos 19 anos, acho que já fiz muita coisa.
“Se a vida lhe der limões, faça limonada.“
Porém o lado bom é que as pessoas do Tipo Sete são extremamente otimistas, exuberantes, “para cima”. Dotadas de uma enorme vitalidade e de um desejo de viver plenamente cada dia, elas são alegres e bem-humoradas por natureza, não levando nada - nem a si mesmas, muito a sério. Quando são interiormente equilibradas, conseguem contaminar todos os que as cercam com seu entusiasmo e alegria de viver, fazendo-nos relembrar o simples prazer de existir - a maior de todas as dádivas.
Fonte: Riso & Hudson - A sabedoria do Eneagrama Ed. Cultrix
0 notes
eneagralhas · 8 years ago
Text
Tipo 6 - O Partidário
O Tipo Dedicado, Que busca a Segurança: Encantador, Responsável, Atencioso e Desconfiado
Chamamos este tipo de personalidade o Partidário porque, dentre todos os tipos, ele é o mais leal aos seus amigos e às suas convicções. Seus representantes não abandonam o navio prestes a afundar e mantêm-se fieis aos seus relacionamentos muito mais que os demais tipos. Além disso, são fieis a ideias, sistemas e convicções - inclusive à de que todas as ideias e autoridades deveriam ser questionadas. Com efeito, nem todos eles concordam com o status quo: suas convicções podem ser rebeldes e anti-autoritárias, até revolucionárias. De qualquer modo, essas pessoas sempre lutam mais por suas convicções que por si mesmas e defendem a família ou a comunidade antes de tudo.
A razão de serem tão leais aos outros é que essas pessoas não querem ser abandonadas nem perder o apoio de que dispõem - seu Medo Fundamental. Assim, o problema crucial das pessoas do Tipo Seis consiste numa falha de autoconfiança: não acreditando possuir recursos interiores para enfrentar sozinhas os desafios e caprichos da vida, elas passam a recorrer cada vez mais a estruturas, aliados, convicções e arrimos exteriores, no intuito de obter orientação. Quando não existem estruturas adequadas, elas procuram criá-las e mantê-las.
O Tipo Seis é o tipo primário da Tríade do Raciocínio, o que significa que ele é o que mais tem dificuldade em entrar em contato com sua própria orientação interior. Por conseguinte, seus representantes não confiam em seu próprio raciocínio nem em seus julgamentos. Isso não significa que não pensem. Pelo contrário, pensam - e preocupam-se - muito! Além disso, tendem a recear tomar decisões importantes, embora, ao mesmo tempo, resistam à ideia de deixa que alguém as tome em seu lugar. Eles querem evitar ser controlados, mas têm medo de assumir responsabilidade de modo a colocar-se na frete da linha de fogo. (O antigo provérbio japonês “Grama que cresce demais acaba sendo cortada” tem relação com essa ideia.)
As pessoas do Tipo Seis estão sempre conscientes de suas ansiedades e sempre buscando formas de construir baluartes de “segurança social“ contra elas. Quando acham que têm respaldo suficiente, elas seguem em frente sentindo-se mais seguras. Mas quando isso falha, elas tornam-se ansiosas e duvidam de si mesmas, o que desperta seu Medo Fundamental. (”Eu estou só! O que vou fazer agora?” Assim, uma boa pergunta para elas é: “Como posso saber que disponho de segurança suficiente?” Ou, para ir direto ao ponto, “O que é segurança?” Sem a orientação interior Essencial e sem a profunda sensação de apoio que ela traz, as pessoas do Tipo Seis estão sempre lutando por encontrar terreno firme para pisar.
Elas tentam construir uma rede de confiança sobre um fundo de instabilidade e medo. Veem-se presas muitas vezes de uma ansiedade difusa e então querem descobrir ou criar motivos para ela. Na tentativa de sentir algo de firme e concreto em sua vida, elas podem aferrar-se a explicações e atitudes que visam explicar sua situação. Como a “crença” (confiança, fé, convicção, posições) é para elas algo difícil de atingir - e como também tão importante para sua noção de estabilidade -, essas pessoas não costumam questioná-la nem deixar que os outros o façam. O mesmo se aplica àqueles em quem adquiriram confiança: quando isso acontece, elas são capazes de muita coisa para manter relações com eles, pois funcionam como conselheiros, mentores, ou reguladores de seu próprio comportamento e de suas reações emocionais. Portanto, fazem tudo que estiver ao seu alcance para manter essa afiliação. (”Se não confio em mim mesmo, preciso encontrar alguém no mundo em que possa confiar.”)
Apesar de inteligente e realizada, Connie ainda luta contra as dúvidas a seu próprio respeito, características do seu tipo:
Agora que minha ansiedade está sob controle, o mesmo acontece com minha necessidade de ficar tudo com meus amigos. Eu precisava sempre da aprovação de milhares (brincadeira!) de “autoridades“. Quase todas as minhas decisões passavam por um comitê de amigos. Eu geralmente ia perguntando de um a um: “O que você acha, Mary? Se eu fizer isso, então pode acontecer aquilo. Por favor, decida por mim!” (...) Ultimamente, restringi minhas autoridades a um ou dois amigos em quem tenho mais confiança e, às vezes, eu mesma tomo minhas decisões!
Enquanto não têm acesso à sua própria orientação interior, as pessoas do Tipo Seis ficam como bolas de pingue-pongue: vão de um lado para o outro, conforme a influência que bate mais forte num determinado momento. Por causa disso, não importa o que dissermos a respeito do Tipo Seis, o oposto geralmente também é verdade: seus representantes são, ao mesmo tempo, fortes e fracos, temerosos e corajosos, confiantes e desconfiados, defensores e provocadores, doces e amargos, agressivos e passivos, intimidadores e frágeis, defensivos e ofensivos, pensadores e empreendedores, gregários e solitários, crentes e céticos, cooperadores e obstrutores, meigos e hostis, generosos e mesquinhos - e assim sucessivamente. É a contradição - o fato de serem um feixe de opostos - a sua “marca registrada“.
O maior problema das pessoas do Tipo Seis é que elas tentam criar segurança no meio em que vivem sem resolver suas inseguranças emocionais. Porém, ao aprender a enfrentar suas ansiedades, elas entendem que, apesar de o mundo estar sempre mudando, e ser por natureza incerto, podem ter serenidade e coragem em todas as circunstâncias. E podem atingir a maior dádiva de todas, que é a sensação de paz interior a despeito das incertezas da vida.
Fonte: Riso & Hudson - A sabedoria do Eneagrama Ed. Cultrix
0 notes
eneagralhas · 8 years ago
Text
Tipo 5 - O Investigador
O Tipo Intenso e Cerebral - Perceptivo, Inovador, Reservado e Isolado
Chamamos este tipo de personalidade de o Investigador porque, mais do que qualquer outro, é ele o que quer saber por que as coisas são como são. Seus representantes querem compreender como o mundo funciona. Esse mundo tanto pode ser o cosmo quanto o universo microscópico ou o reino animal, vegetal ou mineral - ou o mundo interior da imaginação. Eles estão sempre pesquisando, fazendo, perguntas e escrutinando as coisas. Não aceitam doutrinas e opiniões preestabelecidas, tendo grande necessidade de verificar por si a verdade de quase todas as coisas.
John, artista gráfico, descreve essa forma de ver a vida:
Ser do Tipo Cinco significa precisar estar sempre aprendendo, sempre absorvendo mais informações. Um dia sem aprender nada é como um dia sem sol. Como representante do meu tipo, quero entender a vida. Gosto de ter uma explicação teórica para o porquê de as coisas acontecerem como acontecem. Isso aumenta minha sensação de segurança e de domínio. Eu geralmente aprendo a uma certa distância, como observador, e não como participante. Às vezes, acho que entender a vida é tão bom quanto vivê-la. Não é fácil aceitar que a vida também deve ser vivida e não apenas estudada.
Por trás da incansável busca de conhecimento, as pessoas do Tipo Cinco escondem grandes dúvidas acerca de sua capacidade de agir com adequação e sucesso. Elas acham que não tem capacidade de fazer as coisas tão bem quanto os outros. Porém, em vez de dedicar-se a atividades que pudessem fortalecer sua autoconfiança, elas buscam “refúgio“ na mente, a área em que se sentem mais capazes, convencidas de que lá conseguirão afinal descobrir como devem agir - e um dia reintegrar-se ao mundo.
“O que está acontecendo aqui?“
As pessoas do Tipo Cinco passam bom tempo observando e contemplando - ouvindo os sons de um sintetizador ou do vento ou tomando nota das atividades que se desenvolvem no formigueiro do quintal. Quando se deixam absorver pela observação, essas pessoas começam a interiorizar o conhecimento e a sentir-se mais seguras. Além disso, assim podem descobrir por acaso informações inéditas ou novas e criativas combinações (uma música baseada no rumor do vento ou da água, por exemplo). Quando comprovam suas hipóteses ou veem que os outros entendem seu trabalho, obtêm confirmação da própria competência, o que torna realidade o seu Desejo Fundamental (”Eu sei do que estou falando”).
Por conseguinte, o conhecimento, a compreensão e a percepção intuitiva são por elas altamente valorizados. Já que sua identidade se constrói em torno da capacidade de gerar ideias e de ser alguém com algo inusitado e procedente a dizer. Por isso, as pessoas do Tipo Cinco não se interessam em explorar o que já é conhecido e estabelecido, mas sim incomum, o desconsiderado, o secreto, o oculto, o insólito, o fantástico, o impensável. A familiaridade com territórios não-mapeados - saber o que os outros não sabem ou criar o que os outros nem imaginam - permite-lhes criar para si um lugar que não pode ser ocupado por mais ninguém. Elas acreditam que cultivá-lo é a melhor maneira de obter segurança e independência.
Assim, para sua própria segurança e autoestima, as pessoas do Tipo Cinco necessitam ter pelo menos uma área na qual seu grau de perícia lhes permita sentir-se capazes e ligadas ao mundo. Sua lógica é: “Encontrando alguma coisa que possa fazer muito bem, estarei pronto para enfrentar os desafios da vida. Mas não posso deixar que outras coisas me distraiam e atrapalhem“. Por isso, concentram-se com tanto fervor naquilo em que podem atingir a excelência: pode ser, por exemplo, o mundo da matemática, do rock’n’roll, da música clássica, da ficção científica, da literatura de terror ou um mundo criado inteiramente em sua imaginação. Nem todas as pessoas do Tipo Cinco são eruditas ou têm Ph.D. Todavia, dependendo de sua inteligência e dos recursos de que dispões, todas se empenham arduamente em sobressair naquilo que lhes interessa.
“E se tentarmos fazer isso de outra forma?“
Para o bem ou para o mal, essas pessoas escolhem as áreas a que se dedicam independentemente de sua validação social. Na verdade, quando suas ideias encontram aprovação muito fácil ou rápida, elas desconfiam de ter sido demasiado convencionais. A história está repleta de representantes famosos do Tipo Cinco, gente que lançou por terra os modos convencionais de compreender e fazer coisas (Darwin, Einstein, Nietzsche). Entretanto, muitos mais se perderam em meio às bizantinas complexidades de seu próprio raciocínio, tornando-se afinal meros esquisitões socialmente isolados.
Sua profunda capacidade de concentração pode, portanto, levá-los a notáveis inovações e descobertas, mas também pode causar problemas verdadeiramente desanimadores quando a personalidade está mais fixada. Isso porque a concentração serve para distraí-los, sem que o percebam, dos problemas de ordem prática. Qualquer que seja a fonte de suas ansiedades - os relacionamentos, a falta de boa disposição física, a incapacidade de arrumar um emprego -, os representantes típicos do Tipo Cinco tendem a evitar abordá-la. Em vez disso, buscam outra coisa que lhes permita sentir-se mais competentes para fazer. A ironia é que, por maior que seja o grau de excelência que tenham em sua área, isso não resolve suas dúvidas e inseguranças quanto ao seu funcionamento no mundo. Por exemplo, se for uma bióloga marinha, a representante do Tipo Cinco poderá chegar a saber tudo que é possível sobre um determinado molusco. Mas se seu medo for o de jamais conseguir administrar satisfatoriamente o lar, ela não terá com isso solucionado sua ansiedade.
Lidar objetivamente com o elemento físico pode tornar-se uma tarefa de proporções gigantescas para as pessoas do Tipo Cinco. Lloyd é um cientista que trabalha num importante laboratório de pesquisa médica:
Desde criança eu fujo dos esportes e de qualquer atividade física mais pesada sempre que possível. Jamais conseguia pular corda nas aulas de ginástica, parei de fazer aulas de esporte assim que pude e até hoje não me sinto à vontade nem com o cheiro de um ginásio. Ao mesmo tempo, sempre tive uma vida mental muito ativa. Aprendi a ler com 3 anos de idade e, na escola, sempre fui um dos alunos que mais se destacava nas disciplinas teóricas.
Assim, essas pessoas devotam boa parte de seu tempo a coletar e desenvolver as ideias e habilidades que julgam capazes de fazê-las sentir-se seguras e preparadas. É como se quisessem reter tudo o que aprenderam e transportá-lo na cabeça. O problema é que, enquanto estão mergulhadas nesse processo, deixam de interagir com os outros e de cultivar muitas outras habilidades, principalmente as práticas e sociais. Dedicando cada vez mais tempo a acumular informações e destrinchá-las, evitam tocar em qualquer coisa relacionada às suas reais necessidades.
O desafio do Tipo Cinco é, portanto, entender que é possível dedicar-se a tudo aquilo que incendeia a imaginação e manter relacionamentos, cuidar bem de si e fazer todas as coisas características de uma vida sadia.
Fonte: Riso & Hudson - A sabedoria do Eneagrama Ed. Cultrix
0 notes
eneagralhas · 8 years ago
Text
Tipo 4 - O Individualista
O Tipo Sensível e Retraído: Expressivo, Dramático, Ensimesmado e Temperamental
Chamamos este tipo de personalidade de o Individualista porque seus representantes mantêm a própria identidade vendo-se como diferentes dos outros. Eles acham que são distintos dos demais seres humanos e que, por isso, ninguém pode entendê-los ou amá-los adequadamente. Muitas vezes, veem-se como pessoas de raro talento, dotadas de qualidades ímpares, mas também de defeitos ou desvantagens igualmente únicos. Mais que qualquer outro, o Tipo Quatro percebe e concentra-se nas próprias diferenças e deficiências.
Seus representantes mais saudáveis são honestos consigo mesmos: reconhecem seus sentimentos e assumem suas próprias motivações, contradições e problemas emocionais sem negá-los nem dourá-los. Nem sempre eles gostam do que descobrem em si mesmos, mas não tentam racionalizar o que sentem nem escondê-lo de si ou dos outros. São pessoas que não têm medo de ver-se como realmente são: as mais saudáveis estão dispostas, inclusive a revelar coisas mais particulares e até vergonhosas, pois querem conhecer a verdade de suas experiências para descobrir quem são e aceitar sua história emocional. Essa capacidade lhes permite resistir ao sofrimento como uma força serena. A familiaridade que têm em seu próprio lado sombrio torna-lhes mais fácil que para os representantes de outros tipos a assimilação de experiências penosas.
Entretanto as pessoas do Tipo Quatro frequentemente afirmam que sentem faltar-lhes alguma coisa, embora não saibam exatamente o que é. Seria força de vontade? Facilidade no trato social? Autoconfiança? Tranquilidade emocional? Tudo isso elas veem nos outros, aparentemente até de sobra. Quando pensam mais a respeito disso, essas pessoas geralmente reconhecem uma certa insegurança quanto a aspectos de sua autoimagem - sua personalidade ou eu egóico. Elas creem que lhes falta uma identidade clara e estável, principalmente uma persona social com a qual se sintam à vontade.
Se, por um lado, é verdade que as pessoas do Tipo Quatro se sentem diferentes dos outros, por outro, elas não querem ficar sós: embora possam ficar acanhadas e sentir-se socialmente inadequadas, desejam ardentemente relacionar-se com gente que as compreenda e entenda seus sentimentos. Os “românticos” do Eneagrama anseiam por encontrar alguém que saiba apreciar o eu secreto que eles cultivaram e esconderam do mundo. Se, com o passar do tempo, essa validação não acontece, eles começam então a construir sua identidade em torno de sua dessemelhança em relação às outras pessoas. Assim, o “estranho“ se consola tornando-se um individualista inveterado: tudo deve ser feito sozinho, à sua maneira, em seus próprios termos. O mantra das pessoas do Tipo Quatro torna-se então: “Eu sou eu. Ninguém me entende. Sou diferente e especial“. Apesar disso, no fundo essas pessoas desejam desfrutar da mesma facilidade e segurança que os outros parecem ter.
As pessoas do Tipo Quatro geralmente têm um autoimagem negativa e sofrem de falta crônica de autoestima. Sua tentativa de compensar isso consistem em cultivar um Eu Fantasioso - uma autoimagem idealizada, construída basicamente na imaginação. Conhecemos um representante do Tipo Quatro que nos revelou passar a maior parte do seu tempo livre ouvindo música clássica e fantasiando que era um pianista tão grande quanto Vladimir Horowitz. Infelizmente, sua dedicação à prática era muito menor que a autoimagem fantasiada, o que o fazia reagir com constrangimento quando as pessoas lhe pediam que tocasse. Apesar de não ser pouco, seu real talento tornou-se um motivo de vergonha.
Ao longo da vida, as pessoas do Tipo Quatro podem experimentar diversas identidades, todas baseadas nas características, estilos e preferências que consideram atraente nos outros. Porém, no fundo, continuam inseguras quanto ao que realmente são. O problema é que sua identidade se baseia muito nos sentimentos. Quando olham pra dentro elas veem um caleidoscópio de reações emocionais em contínua sucessão. Com efeito, essas pessoas captam com precisão uma grande verdade sobre a natureza humana: ela é dinâmica e mutável. Entretanto, como querem criar uma identidade estável a partir de suas emoções, tentam cultivar apenas certos sentimentos: alguns são vistis como “eu“, enquanto os demais são rotulados como “não-eu“. Tentando manter e refletir determinados estados de espírito, creem estar sendo fiéis a si próprias.
Um dos maiores desafios que essas pessoas enfrentam é o de libertar-se de sentimentos do passado. Elas tendem a lamber as próprias feridas e a cultivar sentimentos negativos em relação aos que as magoaram. Com efeito, podem prender-se tanto às carências e decepções que deixam de reconhecer o quanto há de bom na própria vida.
Leigh, uma mãe que trabalha, luta há muitos anos com esse problema:
Não consigo viver como todo mundo. Tive uma série de problemas de relacionamento. Odeio a bondade de minha irmã - e a bondade em geral. Passei anos sem ter alegria na vida, só fingindo sorrir. Sempre desejei coisas que não posso ter. Meus desejos nunca podem se realizar porque agora eu vejo que estou presa ao desejar em si, e não a alguma coisa em concreto.
Há um conto sufista que fala sobre isso: é a história de um velho cão maltratado e quase morto de fome. Um dia ele encontrou um osso, levou-o para um lugar seguro e começou a roê-lo. Estava tão faminto que roeu o osso até tirar dele tudo o que havia. Então um velhinho bondoso o viu em sua luta com o que restava do osso e, com pena, deu-lhe um pouco de comida. Mas o pobre cão estava tão agarrado ao osso que não conseguiu abandoná-lo e morreu de fome.
As pessoas do Tipo Quatro padecem do mesmo mal. Enquanto acreditarem que há algo de errado com elas, não conseguirão reconhecer nem desfrutar suas muitas boas qualidades. Reconhecê-las implicaria perder a própria identidade (de vítima sofredora), e não ter uma identidade relativamente consistente é seu Medo Fundamental. Essas pessoas só poderão crescer se aprenderem a ver que boa parte de sua “história“ não é verdade - ou, pelo menos, já não é verdade. Os antigos sentimentos começam a esvair-se quando elas param de contá-la a si mesmas: sua velha história então deixa de ser importante para o seu novo eu.
Fonte: Riso & Hudson - A sabedoria do Eneagrama Ed. Cultrix
0 notes
eneagralhas · 8 years ago
Text
Tipo 3 - O Realizador
O Tipo Pragmático e Voltado para o Sucesso: Adaptável, Insuperável, motivado e Consciente da Própria Imagem
Chamamos este tipo de personalidade de o o Realizador porque, quando saudáveis, seus representantes podem atingir - e, de fato, atingem - o sucesso em várias áreas. Por serem as “estrelas” da natureza humana, as pessoas costumam admirá-las tanto por sua gentileza quanto por sua capacidade de realização. Os representantes saudáveis do Tipo Três sentem-se bem em desenvolver-se e dar ao mundo sua contribuição. Além disso, como personificam o que há de melhor numa dada cultura, as pessoas, vendo neles um espelho de seus próprios sonhos e esperanças, sentem-se motivadas a maiores realizações.
As pessoas do Tipo Três são geralmente queridas e bem-sucedidas porque, dentro de todos os tipos, são as que mais acreditam em si mesmas e no desenvolvimento de seus próprios talentos e capacidade. Elas funcionam como modelos vivos por personificarem de maneira tão marcante as qualidades socialmente mais valorizadas. Quando saudáveis, sabem que vale a pena o esforço de ser “o melhor naquilo que se faz”, e o êxito de sua dedicação inspira os outros a investir em seu próprio desenvolvimento.
As pessoas do Tipo Três fazem tudo para que sua vida seja um sucesso, conforme o que definam sua família, sua cultura e seu círculo social. Em certas famílias, o sucesso significa ter muito dinheiro, uma mansão, carros valiosos e outros símbolos de status. Em outras, o sucesso significa o destaque no mundo acadêmico ou científico. E em outras ainda, ele significa a fama como ator, modelo, escritor  ou outro tipo de figura pública, como um político. Uma família religiosa pode incentivar um de seus membros a tornar-se pastor, padre ou rabino, já que essas profissões têm destaque em sua comunidade. Independentemente de qual a definição de sucesso, os representantes do Tipo Três tentarão sempre destacar-se na família e na comunidade. Eles jamais se conformam em ser apenas ”mais um“.
Por isso, essas pessoas definem seus objetivos e agem de forma a angariar atenção e elogios. Quando crianças, aprenderam a identificar as atividades valorizadas por seus pais e amigos e a dedicar-se de corpo e alma a sobressair-se nelas. Além disso, aprenderam também a interessar-se por tudo aquilo que pudesse atrair ou impressionar os outros e a desenvolver as qualidades que os capacitem a dominá-lo perfeitamente.
Eve é uma bem-sucedida mulher de negócios:
Minha mãe me treinou para a realização. Tinha uns 3 anos de idade quando apresentei meu primeiro solo na igreja. Fui muito afagada e reforçada por isso e daí em diante começaram minhas apresentações - como música ou debatedora - ao longo de todo o curso escolar. Até hoje, algo de místico acontece quando estou diante de uma plateia: é como se “me desse um clique”. Sou frequentemente convidada a fazer palestras e a falar em público. Meus colegas de profissão dizem que odeiam participar de debates comigo porque sou dura de dobrar!
“Sei que conseguirei se me esforçar”
Todo mundo precisa de atenção, incentivo e reforço para crescer, Tipo Três são o melhor exemplo dessa necessidade humana e universal. Elas querem o sucesso não tanto pelo que ele pode comprar (como as pessoas do Tipo Sete) nem pelo poder e pela sensação de independência que ele traz (como as do Tipo Oito). Elas o querem porque temem perder-se num vácuo se não puderem contar com a atenção e a sensação de realização que o sucesso traz. Sem isso, temem não ser ninguém e não ter valor algum.
O problema é que, no afã de conseguirem o que pensam que as fará valorosas, as pessoas do Tipo Três podem alienar-se de si mesmas a ponto de perder de vista o que realmente desejam e quais os seus verdadeiros sentimentos e interesses. Desde a infância, quando aprenderam a buscar os valores que os outros aprovam, elas começam gradualmente a perder o contato consigo mesmas. Aos poucos, seu recôndito mais íntimo, aquilo que representa o “desejo de seu coração“, vai sendo deixado de lado até tornar-se irreconhecível.
Assim, apesar de pertencerem ao tipo básico da Tríade do Sentimento, as pessoas do Tipo Três, curiosamente, não são vistas como “sensíveis”: pelo contrário, são associadas à ação e à realização. É como se elas colocassem os sentimentos dentro de uma caixa para poder ir em frente naquilo que querem atingir. Como aprenderam a acreditar que as emoções são um obstáculo às realizações, elas substituem os sentimentos pelo raciocínio e pela ação.
Jarvis, um executivo de sucesso e excelente formação acadêmica, admite que esse padrão se desenvolveu nele desde cedo:
Eu não estava consciente disso na época, mas não tinha direito a ter nenhum tipo de sentimento quando era criança. Os sentimentos eram o mesmo que nada dentro da concepção de sucesso de meu padrasto. Então criei o hábito de negá-los e concentrar-me nas realizações e nas boas notas na escola.
As pessoas do Tipo Três relatam que, quando percebem até que ponto adaptaram a própria vida às expectativas dos outros, surge a questão: “Bem, e então p que é que eu quero?” Elas geralmente não sabem; trata-se de algo em que jamais haviam pensado. Assim, o grande dilema das pessoas do Tipo Três é não ter tido permissão para ser quem realmente são e manifestar suas próprias qualidades. Desde bem cedo, recebem uma mensagem que lhes diz que não devem ter sentimentos nem ser elas mesmas: devem, com efeito, ser “outra pessoa” para ser aceitas. Até certo ponto, todos os tipos de personalidade receberam esta mensagem. Porém, devido a sua própria estrutura, as pessoas do Tipo Três não apenas a ouviram, mas também começaram a viver inteiramente de acordo com ela. A atenção recebida por agir de uma determinada maneira torna-se para elas como o próprio oxigênio. Infelizmente, o preço é muito alto.
Marie, terapeuta respeitada, descreve a contradição - e a pressão - desse tipo de orientação:
Minha vida toda, as pessoas sempre notaram aquilo que eu fazia e geralmente buscavam minha opinião. Isso é uma faca de dois gumes porque, embora eu quisesse ser percebida e admirada, tinha que pagar com a perfeição - e foi muito difícil.
Fonte: Riso & Hudson - A sabedoria do Eneagrama Ed. Cultrix
0 notes
eneagralhas · 8 years ago
Text
Tipo 2: O Ajudante
O Tipo Afetuoso e Interpessoal: Generoso, Demonstrativo, Comprazedor e possessivo.
Chamamos este tipo de personalidade de o Ajudante porque há duas possibilidades: seus representantes ou são de fato os que mais ajudam os outros ou, quando menos saudáveis, são as pessoas que mais investem em ver-se como úteis. Sendo generosos e saindo de seu caminho por causa dos outros, eles sentem que possuem a forma de viver mais rica e cheia de sentido que existe. Seu amor e interesse - e o autêntico bem que fazem - aquecem-lhes o coração e os fazem sentir-se dignos. Seu maior interesse está naquilo que eles consideram as melhores coisas da vida: o amor, a intimidade, o carinho, a família, e a amizade.
Louise, uma ministra, fala aqui da sua alegria em pertencer ao Tipo Dois:
Não consigo imaginar-me pertencendo a outro tipo nem gostaria disso. Gosto de envolver-me com a vida das pessoas. Gosto de ser compassiva, interessada e carinhosa. Gosto de culinária e de trabalhos domésticos. Gosto de ter certeza que posso ouvir qualquer coisa que as pessoas me disserem sobre si próprias e continuar a amá-las. (...) Realmente, tenho orgulho de mim mesmas e me amo por ser capaz de estar com os outros onde eles estiverem. Sei como amar de verdade as pessoas, as coisas e os animais. E sou uma grande cozinheira!
Quando saudáveis e equilibradas, as pessoas do Tipo Dois realmente são amorosas, solícitas, generosas e atenciosas, atraindo a si os outros como o mel atrai as abelhas. Com o calor de seu coração, a todos aquecem. Com sua estima e atenção, a todos animam, ajudando-os a ver as qualidades positivas que possuem e desconheciam. Em resumo, essas pessoas são a personificação do bom pai ou da boa mãe que todos gostariam de ter: alguém que os vê como são, compreende com imensa compaixão, ajuda e incentiva com infinita paciência e está sempre disposto a ajudar, sabendo exatamente como e quando já não são necessários. Os representantes saudáveis do Tipo Dois abrem-nos o coração porque o seu já está aberto. Eles nos mostram como podemos tornar-nos mais profundamente humanos.
Louise prossegue:
Sempre trabalhei ajudando as pessoas. Fui uma professora que queria ser sensível às crianças e ajudá-las a ter um bom início. Fui responsável pela educação religiosa de várias paróquias. Eu achava que, se as pessoas aprendessem mais sobre a vida espiritual, seriam mais felizes. (...) A parte mais importante da minha vida é a espiritual. Vivi por dez anos numa comunidade religiosa. Casei-me com um ex-sacerdote, com o qual tenho uma vida baseada na espiritualidade.
“Importo-me com as pessoas”
Porém, o lado sombra das pessoas  do Tipo Dois - Soberba, autoengano, tendência a envolver-se demasiadamente na vida alheia e a manipular os outros para satisfazer as próprias necessidades emocionais - pode cercear seu desenvolvimento interior. O trabalho de transformação pressupões a visita aos nossos recônditos mais sombrios, e isso vai radicalmente de encontro à estrutura da personalidade do Tipo Dois, que prefere ver-se apenas nos termos mais positivos e favoráveis.
Talvez o maior obstáculo que as pessoas dos Tipos Dois, Três e Quatro tenham pela frente em relação ao trabalho interior seja enfrentar o medo correspondente à sua Tríade, que é o de não ter nenhum mérito. No fundo, todos os três tipos temem não ter valor e, por isso, creem precisar fazer algo de extraordinário para conquistar o amor e a aceitação dos outros. Nos níveis inferiores, as pessoas do Tipo Dois apresentam uma autoimagem falsa, segundo a qual são absolutamente desinteressadas e generosas e que não querem nada em troca do que dão, quando na verdade podem ter grandes expectativas e necessidades emocionais de que não se apercebem.
Os representantes menos saudáveis do Tipo Dois buscam legitimar o próprio valor fazendo o que manda o superego: Sacrificar-se pelos outros. Eles acreditam que devem colocar as pessoas sempre em primeiro lugar e ser afetuosos e desprendidos se quiserem ser amados. O problema é que dar essa prioridade aos outros torna essas pessoas secretamente ressentidas e rancorosas. Apesar de esforçar-se por negar ou reprimir o rancor e o ressentimento, eles invariavelmente vêm à tona de maneiras as mais diversas, desestabilizando os relacionamentos e revelando a  inautenticidade presente em muitas das alegações de vários dos representantes menos saudáveis do Tipo Dois, seja acerca de si mesmos ou da profundidade do seu amor.
Porém, na faixa saudável, o quadro é completamente diferente. O próprio Don tem em sua família um exemplo que representa o arquétipo do Tipo Dois: sua avó materna. Durante a Segunda Guerra Mundial, ela foi uma “mãezona“ para metade do contingente da Força Aérea baseado em Biloxi, Mississipi: dava comida aos rapazes; colocava a casa a disposição deles, como se fosse seu segundo lar; dava conselhos e consolo aos que se sentiam sós ou tinham medo de ir para a guerra. Embora o marido não fosse rico e o casal tivesse dois filhos adolescentes, ela cozinhava refeições para os recrutas, dava-lhes repouso à noite e cuidava de seus uniformes, passando-os e pregando-lhes botões. Viveu até os 80, lembrando sempre daqueles anos como os mais felizes e gratificantes de sua vida - provavelmente por ter tido aí a chance de pôr em prática as qualidades saudáveis do Tipo Dois.
Fonte: Riso & Hudson - A sabedoria do Eneagrama Ed. Cultrix
0 notes
eneagralhas · 8 years ago
Photo
Tumblr media
Fonte: Riso & Hudson - A sabedoria do Eneagrama Ed. Cultrix
1 note · View note
eneagralhas · 8 years ago
Photo
Tumblr media
Fonte: Riso & Hudson. A Sabedoria do Eneagrama. Ed. Cultrix.
19 notes · View notes
eneagralhas · 8 years ago
Photo
Tumblr media
Fonte: Riso & Hudson - A sabedoria do Eneagrama Ed. Cultrix
1 note · View note
eneagralhas · 8 years ago
Text
Tipo 1 - O Reformista
O Tipo Racional e Idealista: Resoluto, Dotado de Princípios, Autocontrolado e Perfeccionista.
Chamamos esse tipo de personalidade de o Reformista porque seus representantes agem como se obedecessem a uma missão que os leva a querer melhorar o mundo de várias maneiras, usando para isso todo os seu poder de influência. Eles lutam para superar as adversidades - principalmente as morais -, de forma que o espírito humano possa brilhar e exercer seu impacto, e por valores mais sublimes, mesmo que isso implique um grande sacrifício pessoal.
A História está cheia de registros de pessoas do Tipo Um que abriram mão do conforto para fazer coisas extraordinárias porque sentiam que deveriam atender ao chamado de algo superior. Durante a Segunda Guerra Mundial, Raoul Wallenberg abandonou sua cômoda vida de classe média para ajudar e proteger milhares de judeus contra os nazistas que o perseguiam. Na Índia, Gandhi deixou para trás mulher e filhos e a bem-sucedida carreira de bacharel em direito para percorrer seu país advogando em favor da independência e de mudanças sociais não-violentas. Joana D’Arc deixou sua aldeia na França para lutar pela expulsão dos ingleses e pela devolução do trono ao delfim. O idealismo desses representantes do Tipo Um até hoje vem inspirando milhares de pessoas.
“Tenho uma missão na vida.“
As pessoas do Tipo Um estão voltadas para a ação prática - elas querem ser úteis no melhor sentido da palavra. Essas pessoas sentem possuir uma “missão” a cumprir na vida, mesmo que seja apenas a de fazer o máximo para reduzir a desordem que veem em seu meio e mesmo que não estejam totalmente conscientes dela.
Embora sempre tenham em mente objetivos definidos, é comum pensarem que precisam justificar seus atos, não só para si como também para os outros. Isso as leva a passar muito tempo pensando nas consequências de seus atos e como não agir contrariamente às suas convicções. Por isso, as pessoas do Tipo Um costumam se convencer de que são apenas “cérebros“, racionalistas que se baseiam apenas na lógica e na verdade objetiva. Mas o verdadeiro quadro é um tanto diferente: elas são, na verdade, ativistas em busca de uma razão aceitável para o que sentem obrigação de fazer. São gente de paixão e instinto, que usa os julgamentos e as convicções para controlar e dirigir a si mesma e aos seus atos.
No empenho de ser fiéis a seus princípios, as pessoas do Tipo Um resistem aos impulsos do instinto, procurando conscientemente não ceder a eles nem manifestá-los muito abertamente. O resultado é um tipo de personalidade que tem problemas com a repressão, a resistência e a agressividade. Normalmente essas pessoas são vistas pelos outros como muito autocontroladas, até rígidas, embora elas mesmas não se vejam assim. É como se tivessem a impressão de estar sempre sobre um caldeirão de desejos e paixões cuja tampa tem de estar sempre fechada para que n��o aconteça o pior.
Cassandra, terapeuta com prática em consultório particular, relembra a dificuldade que isso lhe trouxe na juventude:
Lembro-me de que, no curso secundário, era vista como uma pessoa insensível. Por dentro, vivia meus sentimentos intensamente e, no entanto, não podia extravasá-los com essa intensidade. Mesmo agora, se discordar de um amigo ou tiver de abordar um problema, eu ensaio antes como manifestar claramente o que quero, preciso e vejo, sem ser ríspida nem lamentar a raiva que sinto, a qual quase sempre é terrível.
As pessoas do Tipo Um acham que, sendo rigorosas consigo mesmas (até por fim atingir a “perfeição”), conseguirão justificar seu comportamento diante de si mesmas e dos demais. Porém, ao tentar por em prática sua própria visão de perfeição, elas costumam criar também seu inferno particular. Em vez de concordar com o Gênesis quando afirma que Deus viu o que criara  “e era bom”, essas pessoas estão inteiramente convencidas de que “não era - há certamente alguns erros aqui!” Esse tipo de convicção dificulta-lhes confiar em sua orientação interior - e até mesmo na vida. Assim, habituam-se a confiar muito no superego, uma voz aprendida na infância, para que as oriente no caminho do bem maior que tanto buscam. Quando se enredam completamente na própria personalidade, as pessoas do Tipo Um não distinguem muito bem entre essa voz severa e implacável e a sua própria voz. No seu caso, o crescimento consiste em separar-se dessa voz e ver quais os seus verdadeiros pontos fracos e fortes.
Fonte: Riso & Hudson - A sabedoria do Eneagrama Ed. Cultrix
0 notes
eneagralhas · 8 years ago
Text
Mensagem do Superego
Tipo 1 - Você estará num bom caminho se fizer o que é certo.
Tipo 2 - Você estará num bom caminho se for amado pelos outros e estiver perto deles.
Tipo 3 - Você estará num bom caminho se for bem-sucedido e respeitado pelos outros.
Tipo 4 - Você estará num bom caminho se for fiel a si mesmo.
Tipo 5 - Você estará num bom caminho se conseguir dominar algo.
Tipo 6 - Você estará num bom caminho se fizer o que se espera que faça.
Tipo 7 - Você estará num bom caminho se obtiver o que precisa.
Tipo 8 - Você estará num bom caminho se for forte e conseguir dominar as situações.
Tipo 9 - Você estará bem se os que o rodeiam também estiverem.
Fonte: Riso & Hudson - A sabedoria do Eneagrama Ed. Cultrix
0 notes