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5 estrelas, 200 milhões, 1 história – Conheça o Museu da CBF

[Imagens: Arquivo pessoal]
Uma pesquisa feita pelo Ibope em 2012 revela que, para 77% dos ouvidos, o futebol é a maior paixão nacional. Muitos concordam, vários discordam, mas é inegável a relação íntima do brasileiro com o futebol e principalmente como o esporte influencia também a relação da população com sua própria nacionalidade.
Maior símbolo do futebol nacional, a Seleção Brasileira é objeto do amor e até do ódio do torcedor brasileiro, mas apesar dos altos e baixos, é unanimidade que seus 5 títulos trazem muito orgulho e reconhecimento. Apesar disso, a história da seleção Canarinho vai muito além de suas 5 estrelas, e para mostrar isso, a CBF inaugurou em 2014, em sua nova sede, o Museu da CBF. O espaço se localiza na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro e apresenta ao torcedor uma nova perspectiva de toda a história da seleção nacional.

Difícil é não se sensibilizar com tudo que é apresentado ao público durante o tour. Carregados de memórias, alguns vídeos transmitidos aos visitantes fazem quase que o papel de uma máquina do tempo, ao mesmo tempo em que, ao mostrar torcedores de todos os tipos, gêneros e status sociais e a alegria e a união que só o futebol é capaz de proporcionar, expõem os amantes de futebol a uma alta dose de emoção.

O museu também apresenta ao público com detalhes as origens da Seleção Brasileira, seus primeiros torneios, conquistas e ídolos. Tem detalhes, por exemplo, da primeira partida oficial da seleção, contra o Exeter City da Inglaterra, em 1914. Além disso, todos os troféus conquistados pelo Brasil – incluindo os dos 5 mundiais – estão ali, ao acesso do público.
Através de dispositivos interativos, o museu dá ao visitante a oportunidade de conhecer e ver de perto boa parte dos nomes que fizeram história com a Amarelinha, e também celebra as conquistas da Seleção 5 estrelas – exibindo, por exemplo, os uniformes de cada um dos 5 elencos diferentes a levantarem a taça da Copa do Mundo.

Mas, além disso, é muito interessante a maneira como a imagem do torcedor foi introduzida junto com a seleção. Como se a mensagem a ser passada fosse a de que a Seleção Brasileira não é formada unicamente pelo futebol, mas também pela torcida, pelo brasileiro, e toda o sentimento que existe essa relação. Há, no “Passeio dos Campeões”, uma pequena homenagem a cada um dos 27 estados, através de uma mescla do futebol com as singularidades e a cultura de cada região.

Um dos painéis espalhados pelo museu reflete exatamente isso em uma citação:

De acordo com o site oficial da Confederação, o museu contou com a colaboração da equipe de Gerência e Memórias da CBF, imagens da CBF TV e do fotógrafo da Assessoria de Imprensa da entidade, Rafael Ribeiro. Com toda a certeza, é um programa excelente para todo fã de futebol e, mesmo para quem não seja tão fã assim, talvez seja capaz de explicar um pouco do sentimento que envolve o esporte mais amado do país. Impossível não é, difícil, nem tanto. Difícil mesmo é sair de lá sem respeitar e reconhecer o valor e o peso da Amarelinha.

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Olho por olho, e o mundo acabará cego

Cada vez mais descredibilizado, os campeonatos estaduais não têm a mesma valorização que um dia já tiveram, mas o último jogo entre Flamengo e Vasco, válido pela Taça Rio – 2° turno do Campeonato Carioca – se tornou o centro das atenções no último domingo. Não pelo futebol. O árbitro da partida, Luis Antônio Silva dos Santos, o Índio, se destacou, negativamente, após uma série de lances polêmicos: Invalidou um gol legal do Flamengo, de Réver; expulsou Luís Fabiano após ser "peitado" pelo jogador; e o erro mais infeliz de todo o jogo: um pênalti completamente injusto ao Vasco, após a bola bater na costela de Renê, do Flamengo.
Após tanta polêmica, a FERJ decidiu afastar o árbitro e o bandeirinha por tempo indeterminado, o popular "tapar o sol com a peneira". Apesar de tudo, esse não foi o primeiro erro de arbitragem, e se nada mudar, não será o último. Não é exclusividade do Brasil também; a própria Champions League comprovou nas oitavas de final da temporada 2016-17 (e em muitas outras) que uma arbitragem questionável não é coisa só de "país de terceiro mundo".
A posição dos torcedores em relação ao problema só piora as coisas. Para alguns, "roubar" para um determinado time é válido só porque em um momento de sua história, ele já foi ajudado. Torcedores de times como o Flamengo, Corinthians, Real Madrid e Barcelona conhecem bem o discurso. Mas então é isso? É válido manchar não só uma partida específica, como todo o esporte, por vingança? Se for justo um time ser favorecido só porque o rival também foi e o outro rival também já foi há um tempo, quando esse ciclo irá terminar?
Olho por olho, e o mundo acabará cego. Se continuarmos a ser coniventes com essa situação e olhar para ela com egoísmo e não com justiça, quem sai perdendo não é só o rival. É o futebol. São os torcedores. Não é novidade para ninguém que a sociedade é corrompida, e logicamente, isso se transfere para o futebol, mesmo nas pequenas coisas; como quando um jogador simula uma falta dentro da área, quando pede pênalti mesmo sabendo que não foi. Mas é absurdo pensar que isso justifique tanta hipocrisia num esporte coletivo e, teoricamente, limpo, como o futebol.
Todo mundo conhece aquele torcedor que, no domingo, fecha os olhos para erros a favor de seu time, usando os erros do rival pra se defender, mas não hesita em reclamar quando é prejudicado. Na segunda feira, está batendo panela na rua para tirar políticos corruptos e mentirosos do poder. Mas, afinal, qual a diferença entre eles mesmo?
#flamengo#vasco#cr flamengo#cr vasco da gama#classico dos milhões#futebol#futebol 2017#futebol brasileiro#campeonato carioca#taça rio#cronica#fute com hibisco#champions league#UEFA Champions League#corinthians#real madrid#barcelona
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O que faz o futebol tão popular?
[Imagem: UolEsportes]
Quem não gosta de futebol, ou prefere outros esportes – como automobilismo, por exemplo – se faz essa pergunta há muito tempo. Não há como negar que o futebol é o esporte mais popular do Brasil. Após estudos, pesquisadores concluíram recentemente que o amor pelo time do coração é semelhante ao amor romântico. Em 2012, o IBOPE divulgou que, de acordo com pesquisas, o futebol é a maior paixão para 77% dos brasileiros.
Há quem torça o nariz para o futebol, não veja lógica em 20 (e não 22) homens correndo atrás de uma bola durante 90 minutos, mas é preciso admitir que ele tem sim a sua magia. A excitação da competição provavelmente é o que torna o esporte tão atraente, assim como tantos outros, mas há algo que o diferencia, que faz com que o futebol não seja “só mais um esporte”.
Por aqui, a maioria dos grandes jogadores é de origem humilde. Dentro de campo, pouco importa a cor, a origem ou os bens, todos se tornam iguais. A paixão por um esporte começa desde a infância, e num país emergente como o Brasil, crianças conseguem enxergar a si mesmas nos craques que veem pela TV. Enquanto elas sonham e se dedicam em prol do objetivo de serem iguais aos seus ídolos, apaixonam-se pelo futebol e também aprendem com ele; o espírito de equipe e companheirismo, a dedicação e a persistência as acompanharão pelo resto da vida,
Sem dúvidas é muito mais fácil você se identificar com um esporte que dá até pra praticar no meio da rua com bolinhas de papel. O que encanta no futebol é a simplicidade, a alegria pura, aquela que faz todo mundo no estádio abraçar estranhos na hora de comemorar um gol. Pentacampeão mundial, o Brasil abraçou o esporte bretão como nenhum outro país fez, e fizemos mais: deixamos ele ainda mais parecido com a gente, colorido, vibrante, que mesmo em meio às dificuldades e as coisas ruins que acontecem no dia a dia, nas ruas e na política, não se deixa abater e pra seguir em frente, se agarra a tudo que traz felicidade, por menor que seja.
Sentimento não se põe no papel e por isso seria impossível explicar com precisão porque o futebol se tornou a paixão nacional por aqui, mas quer todos gostem ou não, é impossível negar uma coisa: o Brasil respira o futebol.
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Amar não é pecado
Há alguns dias, vi falarem por aí que o popular Cheirinho de Hepta do Flamengo não passava de mais uma demonstração de arrogância da torcida-rubro negra. Honestamente, quem faz uma afirmação dessas sem a intenção de zoar, mas com a de criticar, talvez não conheça futebol tão bem assim.
E não estamos falando de entender esquemas táticos, lembrar de títulos conquistados há muitos anos e saber de cor a escalação de todos os times da Série A. Estamos falando do que faz o futebol ser o futebol. Da emoção, da fé, da confiança no time, do amor que causa uma mini amnésia nos torcedores; suficiente pra fazê-lo esquecer apenas do que é negativo.
É claro que chega um momento em que existe apenas uma linha tênue que separa essa esperança sem limites da ilusão. Às vezes, ver as coisas dessa maneira pode trazer soberba, e como diz o ditado, quanto maior a altura, maior a queda. Apesar disso, amar não é pecado, é? Por que acreditar no improvável e devotar a sua confiança no time seria?
Sabemos a que ponto as rivalidades fora de controle podem chegar e o mal que podem causar. Às vezes, um time ou torcida passar tempo demais com o nome do rival na boca pode não ser bom; vemos o resultado disso a cada briga em estádio que é noticiada. Por que desprezar justo as brincadeiras mais saudáveis, por que depreciar logo o torcedor que não quer provocar o rival, mas motivar a si mesmo, aos colegas e ao próprio time?
Zoar sempre vai estar liberado no futebol, mas, fala sério, vamos pegar leve com os Cheirinho de Hepta, Dubai me Chama, Que Venha o Chelsea, com as contagens malucas que chegam a números especiais, com as coincidências. Talvez seja disso que o futebol esteja precisando. Talvez seja essa leveza, essa confiança e essa alegria pura e limpa que esteja fazendo falta no nosso esporte.
#futebol#futebol brasileiro#cronica#fute com hibisco#flamengo#clube de regatas flamengo#corinthians#sport club corinthians paulista#botafogo#botafogo FR#botafogo futebol e regatas#cheirinho de hepta#dubai me chama#que venha o chelsea
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A culpa não é das estrelas
Imagem: Falando de Flamengo/Reprodução
“A culpa, meu caro Brutus, não é das estrelas, mas de nós mesmos […]”. Essa frase do Ato I, cena 2 da peça Júlio César, de Shakespeare, serviu de inspiração para o título do best seller teen A Culpa é Das Estrelas, de John Green, mas também ilustra o mau hábito da sociedade e especificamente do brasileiro de tentar transferir a culpa de qualquer coisa para o outro.
No último domingo, o clássico Flamengo x Botafogo foi palco de um verdadeiro show de horrores. Do lado de dentro do estádio do Nilton Santos ouvia-se com clareza o som de tiros e bombas. O policiamento foi reforçado durante a partida, mas não conseguiu evitar o pior. Três torcedores botafoguenses foram alvejados, dois permanecem em estado grave e um não resistiu aos ferimentos.
É angustiante perceber que muitas pessoas colocam o bem mais inestimável de todos, a vida, acima de rivalidades. Apesar disso, o episódio foi utilizado como “gasolina” para reacender a chama da rivalidade excessiva, que mata. As redes sociais viraram um campo de guerra ideológico, onde muitos se preocuparam mais em atacar o rival do que com a situação, do que com aqueles que correram perigo, aqueles que perderam um ente querido.
Foi o momento de transferir a culpa para o outro. Para uns, a culpa foi do Flamengo, toda a torcida rubro-negra é bandida, não foram eles que quebraram as cadeiras do Nilton Santos? Para outros, a culpa foi do Botafogo. Torcida baixa, briguenta, não foram eles que tentaram depredar o ônibus da delegação do Flamengo na chegada ao estádio? Outros times entraram na briga. Mas por lamentar a situação, ou para confrontar o rival? Enquanto isso, mais rivalidade é alimentada, mais ódio cresce e se materializa em forma de mais violência e mais mortes.
Se for para culpar alguém, talvez possamos culpar os dirigentes dos clubes que se preocupam mais com os rivais do que com o próprio time. O ódio e a mágoa desferidos em deboches, indiretas e desabafos se transferem para a torcida e também para os vândalos que se infiltram no meio dos verdadeiros torcedores. Porque, convenhamos, quem briga e bate em porta de estádio não está ali para torcer. Também faz isso na rua, nas festas, no ônibus, na fila da balada. O problema não é o time, é a pessoa.
Violência e futebol não combinam, mas convivem numa relação de parasitismo que está sugando o que tem de melhor em nosso esporte favorito. Ao invés de só contribuir com a cultura do ódio e da violência, agredindo, xingando, tratando os clubes-instituições e as torcidas com injustiça e generalizando, vamos pensar no que importa. Vamos valorizar a vida e amar o próximo como a nós mesmos, mesmo que o time do próximo tenha goleado o seu. E que viva o futebol.
#futebol#futebol 2017#soccer#flamengo#cr flamengo#botafogo#bfr#botafogo futebol e regatas#engenhão#nilton santos#futebol brasileiro#campeonato carioca#campeonato estadual#paz#fute com hibisco#cronica
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Imbatível – A temporada 2009-10 da Internazionale
A Inter de Milão é um dos times mais tradicionais e influentes da Europa, principalmente em seu país de origem. Surgiu na cidade de Milão na década de 1930 em razão dos poucos direitos reservados aos jogadores de outras nacionalidades. Os estrangeiros queriam jogar futebol. E foi com um elenco internacional que a Internazionale disputou uma de suas temporadas mais vitoriosas.
A história de conquistas se iniciou com a chegada de José Mourinho na equipe, no final da temporada 2008-09. Mourinho foi responsável por uma grande mudança no estilo da equipe. 2009 Foi o ano em que o time perdeu grandes nomes como Luís Figo, Adriano e Ibrahimovic, mas também pôde contar com a chegada de jogadores como Lúcio, Sneidjer, Eto’o, Thiago Motta e Diego Milito, este, destaque do Genoa na temporada passada.
A Inter começou o ano muito bem. Foi pentacampeã da Serie A italiana, repetindo os mesmos feitos da Juventus, campeã em 1930-31, 1931-32, 1932-33, 1933-34 e 1934-35 e também do Torino, campeão em 1942-33, 1945-46, 1946-47, 1947-48 e 1948-49. A campanha do time foi quase perfeita; 82 pontos somados em 24 vitórias, 10 empates e apenas 4 derrotas, de 34 jogos. Na mesma temporada, a Nerazzurri foi campeã da Copa da Itália, após encarar a Roma na final e vencer por 1x0, com gol de Diego Milito.
O time já tinha um bom retrospecto em suas competições nacionais, mas há muito tempo não conseguia se manter nos torneios internacionais que disputava. Caia sob Mourinho a responsabilidade de mudar o destino da Inter.
Na Liga dos Campeões daquele mesmo ano, a Internazionale caiu no mesmo grupo do Barcelona, atual campeão do torneio, e foi justamente contra o time catalão que o time italiano iria estrear na competição. O primeiro jogo terminou com um empate, resultado que acompanhou a Inter nos jogos seguintes da primeira fase. Empates não eram suficientes, a equipe precisava de vitórias para se classificar para as oitavas, e conseguiu.
A primeira vitória na Champions foi contra o Dínamo de Kiev, por 2x1, com gols de Milito e Sneidjer. A Inter perdeu de 2x0 para o Barcelona no Camp Nou, mas garantiu a classificação ao vencer o Rubin Kazan. O próximo desafio seria contra o Chelsea, conhecida de Mourinho – o técnico havia se transferido de lá para a Inter. Conhecer o adversário facilitou a tarefa do treinador português. O time inglês não ofereceu resistência e foi derrotado nas duas partidas.
Nas quartas-de-final, a Inter passou por cima do resistente CSKA Moscow; venceu os dois jogos e se classificou para a semifinal, onde novamente encontraria o Barcelona. A Internazionale foi organizada taticamente por um Mourinho que já conhecia bem o time catalão – o técnico havia iniciado sua carreira lá, como auxiliar técnico e técnico adjunto de Louis Van Gaal. O Barcelona começou o jogo na frente, com gol de Pedro, mas a vantagem não abalou a Inter de Milão, que continuou insistindo até empatar com Sneidjer e virar, surpreendentemente, com gols de Maicon e Milito.
A decisão foi para o Camp Nou. O dono da casa ainda tinha chances, precisava ganhar de 2x0 para se classificar para a final da Champions League, mas o que parecia fácil se mostrou mais complicado do que o time de Pepe Guardiola esperava. O Barcelona desperdiçou muitas chances, mas teve dificuldades em infiltrar-se na área do rival, recuado após a expulsão de Thiago Motta e apostando na marcação pesada. Piqué marcou um gol aos 38 do 2º tempo para o time da casa, mas não foi suficiente. Após 38 anos, a Internazionale estava na final da Champions.
A decisão do título seria no Santiago Bernabeu, casa do Real Madrid, contra o Bayern de Munique. A Inter fez jus ao seu nome e à sua origem e entrou em campo com 11 estrangeiros; Júlio César; Maicon, Lúcio, Samuel, Chivu; Zanetti, Cambiasso, Sneidjer; Eto’o, Milito e Pandev. O estilo de jogo retrancado da Inter segurou as investidas do Bayern, e aos 35 do 1º tempo, passou na frente com gol de Milito. A defesa da Inter e principalmente o goleiro Júlio César foram essenciais para manter a vantagem. No 2º tempo, Milito fez a zaga alemã de boba e marcou o segundo gol sem dificuldades, o gol que decretou a vitória da equipe italiana e a conquista histórica da Champions; a terceira do clube e o terceiro título da temporada.

José Mourinho deixou a Inter em 2010 para assumir o Real Madrid, realizando o maior sonho de sua carreira. Quem assumiu a equipe foi Rafa Benítez, que tinha a importante missão de guiar o time à última conquista: o Mundial Interclubes. A Inter disputou a final da competição contra a equipe africana Mazembe. Pandev abriu o placar aos 12 do 1º tempo, e apenas 3 minutos depois, Eto’o ampliou o placar. O 3º gol da Inter saiu no final do 2º tempo pelos pés de Biabiany.
Liquidado, o Mazembe não teve mais chances. Vitória da Inter, que levou o Mundial para Milão, encerrando com chave de ouro uma temporada brilhante e memorável.
#inter#inter de milão#internazionale#futebol#futebol italiano#futebol 2017#serie tv#campeonato italiano#josé mourinho#diego milito#thiago motta#sneidjer#wesley sneidjer#liga dos campeões#champions league#uefa champions league#mundial interclubes#rafa benítez#mazembe#samuel eto'o#fute com hibisco#cronica#soccer
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A Democracia Corinthiana
Durante a Ditadura Militar, no Brasil, a população viu surgir uma resistência democrática de onde menos esperavam: do futebol.
Na época, o Corinthians viu a necessidade de se reinventar, dentro e fora de campo. Em 1981, foi o último colocado de seu grupo no Campeonato Brasileiro e teve um desempenho ruim no confuso Campeonato Paulista da época, o que levou o clube paulista a disputar em 82 a Taça de Prata, equivalente a 2ª Divisão, já que os participantes do Campeonato Nacional eram escolhidos de acordo com seu desempenho nos Estaduais.
No ano seguinte, Waldemar Pires assume a presidência do Corinthians, substituindo Vicente Matheus, e é aí que a chamada Democracia Corinthiana começa a se desenhar. O sociólogo Adilson Monteiro Alves foi escolhido para ser diretor de futebol, apesar de nunca ter tido contato com o esporte. Sua nomeação foi essencial para a formação do movimento, pois diferente do que era comum na época, ele mantinha contato direto com os jogadores e prezava pelas suas opiniões e considerações.
A Democracia Corinthiana foi liderada por jogadores politizados do elenco como Sócrates, Casagrande, Zenon e Wladimir. No contexto de repressão política e social da época, essa foi uma revolução que permitiu, através da linguagem abrangente do futebol, que todos pudessem tomar conhecimento da importância da democracia, mesmo aqueles com pouca ou nenhuma instrução política.
Dentro do clube, as decisões passaram a ser tomadas em conjunto, por meio da votação, e não havia desigualdade; o voto do jogador titular valia o mesmo que o do terceiro goleiro reserva e o do roupeiro, por exemplo. Os atletas puderam decidir a respeito das contratações, das táticas usadas nos jogos, das regras de concentração, e principalmente a liberdade de expressão. Liberdade que usaram, também, para expressar o descontentamento contra a Ditadura.

Não foram poucas as vezes em que os jogadores iam à campo com camisas que tinham frases de cunho político, como “Diretas já” ou “Dia 15 vote” – esta para incentivar a torcida a comparecer a primeira votação direta para governador. Também era comum ver alguns atletas presentes em comícios e manifestações contra a Ditadura e a favor das eleições diretas.
A Democracia tornou o elenco mais entrosado e consequentemente, rendeu bons frutos dentro de campo. O Corinthians foi bicampeão paulista em 82 e 83, vencendo seu rival local, o São Paulo, e ainda em 82, foi semifinalista do Campeonato Brasileiro. Fora das quatro linhas, foi essencial para fazer crescer a vontade do povo em manifestar seu desejo pela liberdade.
O movimento durou pouco. O surgimento do Clube dos 13 em 84 – nos moldes administrativos clássicos, o declínio do Corinthians nos torneios frente a outros clubes, a eclosão de novas e modernas formas de administração no futebol vindas da Europa e principalmente a transferência de Sócrates para a Fiorentina, da Itália, em protesto à rejeição da PEC Dante de Oliveira (que propôs na época a volta das eleições diretas para presidente) culminaram com o fim da Democracia Corinthiana.
Entretanto, o movimento foi um marco na história da política e do esporte no Brasil. Mais uma vez, o futebol se tornou uma forma de resistência e de luta em prol da igualdade.
#democracia#democracia corinthiana#corinthians#sccp#sport club corinthians paulista#futebol#futebol brasileiro#futebol 2017#sócrates#dr sócrates#casagrande#walter casagrande#autogestão#ditadura militar#regime militar#ditadura no brasil#wladimir rodrigues dos santos#diretas já#clube dos 13#zenon#campeonato paulista#campeonato brasileiro#taça de prata
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Legado Alviverde
Poucas horas após a virada do ano, ainda no domingo, mais de 20 jogadores deixavam a Arena Condá, em Santa Catarina, rumo a São Paulo, em uma viagem de ônibus de cerca de 19 horas. A edição 2017 da Copa São Paulo de Futebol Jr seria a primeira competição oficial da Chapecoense após o acidente aéreo na Colômbia.
A preocupação com o modo com que os jovens atletas encarariam a competição nessa situação delicada e incomum levou até mesmo a diretoria das categorias de base da equipe catarinense a submetê-los a tratamento psicológico com profissionais da área e assistentes sociais.
A Chape não teve um bom começo na Copinha. Estreou no dia 3 de Janeiro, jogando contra o Nova Iguaçu do Rio de Janeiro, e foi derrotada por 2x0. O segundo jogo do alviverde na competição, porém, foi completamente diferente. A Chapecoense venceu o time de Sampaio Correia, com um placar de 4x2 e com direito a defesa de pênalti do goleiro Tiepo. O último jogo da 1ª fase do torneio, contra o Desportivo Brasil, terminou com o placar de 1x1, mas foi suficiente para classificar o Furacão do Oeste para a fase seguinte.
A Chapecoense enfrentou o São Paulo na 2ª fase da Copinha. Desacreditada, apesar de ter o imenso apoio de todas as torcidas. Eliminada na 1ª fase nas duas últimas edições da competição, aquele havia sido até então o maior desafio da Chape no torneio juvenil, mas foi exatamente ali que ela mostrou que o espírito de garra e perseverança que havia acompanhado a equipe principal em toda a sua trajetória ainda estava vivo.
O time catarinense resistiu a um ofensivo e dominante São Paulo, mas o jogo contra a equipe paulista, que havia tido a melhor campanha na fase de grupos, terminou empatado, sem gols. A decisão foi para os pênaltis. O goleiro da Chapecoense, Tiepo, defendeu a primeira cobrança do São Paulo, de Militão. Defendeu também o pênalti de Geovane, deixando o alviverde do Oeste em vantagem. O meia Guilherme Ned foi o último a cobrar e converteu o pênalti, levando a Chapecoense para a 3ª fase da Copinha.
Classificação histórica para a equipe juvenil do Verdão do Oeste. A comemoração dos atletas no vestiário, inspirada na comemoração dos jogadores da equipe principal após a classificação para a final da Sulamericana deu o tom de emoção à conquista. Os garotos são conscientes da responsabilidade que recai sobre eles, dedicar-se e fazer uma boa campanha em honra daqueles que se foram e também por si próprios, afinal, eles têm agora mais do que nunca a responsabilidade de atender à demanda da equipe profissional.
O legado da Chapecoense resiste. E é a maior motivação dos jovens jogadores, que reconhecem sua missão especial; a base é a herança do time que a manterá viva. As palavras de Guilherme Ned após o jogo ilustram isso perfeitamente; a vitória significou um novo recomeço. Para mostrar que a Chapecoense não caiu, se reergueu e está cada vez mais forte.
A Chape enfrenta o Capivariano pela 3ª fase da Copinha nesta quinta, 16h da tarde.
#chapecoense#força chape#força chapecoense#vamo vamo chape#copinha#copa são paulo de futebol jr#copinha 2017#são paulo fc#spfc#futebol de base#futebol brasileiro#categorias de base#futebol sub-20#sub-20#guilherme ned#tiepo#futebol 2017#soccer#cronica
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Joia do Ninho
O futuro de um time nasce das categorias de base, onde crianças e jovens desenvolvem e aperfeiçoam suas habilidades e se preparam para, em um futuro próximo, fazer parte do clube que escolheram defender e colaborar com o seu sucesso.
Consciente de tal importância, o Flamengo tem investido em suas categorias de base e colhendo os frutos disso. O clube carioca que revelou ainda na juventude jogadores como Zico, Adriano, Júlio César, Renato Augusto, Felipe Melo, entre outros, voltou a brilhar nas competições juvenis, principalmente em 2016, onde conquistou 17 de 34 títulos disputados.
Em 2017, a Copinha apresentou ao torcedor brasileiro Vinícius Jr., atacante de apenas 16 anos. Nascido e criado em São Gonçalo, no estado do Rio de Janeiro, não é de hoje que o jovem jogador tem feito sucesso. Convocado para a Seleção Brasileira desde os 13 anos, foi campeão Sul-Americano da categoria sub-15 e ainda foi vice-artilheiro do campeonato. Em 2016, participou da conquista da Copa BRICS, na Índia, pela Seleção sub-17.
O garoto também brilhou com a camisa rubro-negra, e muito. Conquistou, em 2016, o Campeonato Carioca sub-17 após vencer o Vasco na final. Dos 10 gols agregados do Flamengo, Vinícius foi responsável por 2. No mesmo ano, teve destaque na campanha do time rubro-negro na Taça Belo Horizonte de Futebol Jr., porém, a equipe não passou das semifinais, perdendo para o São Paulo na disputa por pênaltis.
O sucesso despertou interesse de diversos clubes e levou o Flamengo a assinar um contrato profissional com o atleta no último ano. Apesar da pouca idade, sua multa rescisória já tem valores de gente grande: pouco mais de 30 milhões de euros, equivalentes a aproximadamente 100 milhões de reais. O clube carioca reconhece o potencial da joia formada no Ninho do Urubu e por isso, tomou a melhor decisão que poderia; escolheu não somente blindá-lo, mas acolhê-lo e prepará-lo para o futuro.
Vinícius Jr. atualmente defende o Flamengo na edição 2017 da Copa São Paulo de Futebol Jr., onde teve uma estreia de gala. O atacante entrou em campo no 2º tempo e foi o autor de 2 dos 5 gols que a equipe carioca marcou contra o time do Central, de Pernambuco.
O garoto tem consciência do assédio que sofre e sofrerá ainda mais com a sua atuação no campeonato, mas não se abala por isso. Nas entrevistas, demonstra ser centrado, tranquilo. Apesar das qualidades técnicas e pessoais, ainda é uma joia a ser lapidada pelo seu clube, que também tem em seu histórico algumas experiências mal sucedidas com jogadores promissores da base e por isso precisa ter cautela. Mas, no que depender do empenho e da dedicação do Vinícius, essa história tem tudo para dar certo.
#vinicius jr#vinícius junior#flamengo#flamengo sub-20#copinha#copa são paulo de futebol jr#copa são paulo de futebol junior#futebol#soccer#ninho do urubu#clube de regatas do flamengo#seleção brasileira#taça BH de futebol jr#copinha 2017#futebol de base#futebol brasileiro#categorias de base#futebol 2017#fute com hibisco#cronica
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Ousadia e Alegria
Com o fim do Campeonato Brasileiro, o mês de Janeiro é um alento para todo fã de futebol: é quando acontece a Copa São Paulo de Futebol Júnior, a Copinha. Realizada desde 1969 no Estado de São Paulo, o torneio juvenil conta com a participação das equipes sub-20 de dezenas de times brasileiros e também clubes convidados de outros países. A 48ª edição do campeonato iniciada no dia 2 de Janeiro de 2017 vai até o dia 25 do mesmo mês e conta, inclusive, com diversos atletas que ainda não atingiram a maioridade, nascidos até o ano 2000. Brincadeira de criança? Mais ou menos.
A Copinha é a maior competição juvenil do futebol brasileiro. Sua grande visibilidade e importância a transforma na principal vitrine de jogadores de base. Por exemplo, o badalado Gabriel Jesus, recém-contratado do Manchester City e ex-jogador do Palmeiras, é fruto da base do time paulista e se destacou na Copa São Paulo de 2015, sendo convidado a compor o elenco principal do alviverde e tornando-se campeão brasileiro pouco tempo depois.
Por essa razão, os jovens atletas não podem encarar o torneio como brincadeira. São observados pela torcida, olheiros e técnicos das equipes profissionais. E eles não fazem feio. Apesar de ainda estarem em uma fase de amadurecimento e ainda cometerem erros, os jogadores cumprem o seu papel e nos presenteiam com boas e cativantes partidas. A dedicação da parte desses meninos é intensa, afinal, que está em jogo é muito mais que um contrato profissional; são sonhos de toda uma vida e um esforço imenso depositado neles.
É claro, apesar da imensa responsabilidade, ainda são meninos que estão competindo. Tirar a ousadia e a alegria típicas da idade seria tirar deles a sua essência, e é isso que torna a Copinha uma competição especial e diferente das outras. O ambiente é mais leve, amistoso. O entrosamento entre as equipes, o empenho e a lealdade ao time são visíveis. Acima de qualquer rivalidade, é impossível não se divertir com eles e também admirá-los por essas características que nem sempre vemos em alguns jogadores profissionais e maduros.
No fundo, talvez seja mesmo uma brincadeira de criança, mas com a importância de uma competição de adulto e que por isso exige semelhante dedicação. Como diria o Neymar, meninos, tenham ousadia para vencer, e alegria para viver.
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Sai 2016, entra 2017
2016 acabou. No futebol, foi um ano de extremos; do céu ao inferno, do inferno ao céu. Foi o ano do desencanto; vimos o pequeno Leicester conquistar o inédito título da Premier League, a desacreditada seleção de Portugal derrotar a toda poderosa França e garantir a primeira Eurocopa de sua história. O Grêmio, há 15 anos sem conquistar um título de relevância, se sagrou campeão da Copa do Brasil. A Chapecoense lutou e conseguiu chegar à final da Copa Sulamericana, da qual foi declarada campeã.
Também foi um ano cheio de surpresas. O Botafogo brilhou no 2° turno do Brasileirão e garantiu uma vaga de acesso à Libertadores. O Flamengo, figurante no Campeonato Brasileiro nos últimos anos, permaneceu no G4 durante boa parte do campeonato e também conseguiu se classificar para a Libertadores. Inesperadamente, o Palmeiras fez uma excelente campanha durante o ano e garantiu o título nacional com uma rodada de antecedência.
A Seleção Olímpica Brasileira conquistou a sua primeira medalha de ouro. E por falar em seleção, a mesma Seleção que havia passado vexame na Copa América e corria sérios riscos de ficar de fora da Copa na Rússia começou a colher os frutos de uma sábia substituição. Absoluta na América do Sul, o Brasil, liderado por Tite, tem agora um brilhante futuro pela frente. A Rússia é logo ali.
Apesar disso, nem tudo foi um mar de rosas no futebol no ano de 2016. Os colorados certamente concordarão com isso, pois pela primeira vez, viram o Internacional ser rebaixado para a Série B. O maior motivo de tristeza no futebol nesse ano, porém, foi fora de campo. O Brasil e o mundo lamentaram o acidente sofrido pela Chapecoense no dia 29 de Novembro, que vitimou 19 jogadores, além da comissão técnica, diretoria, convidados do clube, profissionais da imprensa esportiva e tripulantes.
Hora de substituição. 2016 sai e entra em campo 2017. O ano que se passou foi difícil para muitos, mas assim como na vida, ignorar os acontecimentos positivos em vista dos negativos é errado. O ano novo traz consigo ares de renovação e esperança e a chance de fazer tudo novo, inclusive no futebol. O ano esportivo começa com a Copa São Paulo de Futebol Júnior, a Primeira Liga, os campeonatos estaduais, a fase final dos campeonatos nacionais europeus…
Todos nós recebemos a dádiva da chance de nos esforçar para sermos ainda melhores, dentro ou fora de campo. Que a nossa expectativa de ter um bom ano não permaneça somente no futebol, ou pior ainda, na teoria. Vamos lá, 2017, hora de fazer como Mario Götze ao substituir Klose na final da Copa do Mundo de 2014. Mas é claro, conte conosco também. Vamos fazer a nossa parte.
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Fogo, olê!
Surpreendente. A única palavra possível para descrever a campanha realizada pelo Botafogo no 2º turno do Campeonato Brasileiro em 2016. O alvinegro conseguiu se reerguer após flertar (e muito) com a Zona de Rebaixamento e conseguiu não apenas garantir a sua permanência na elite do futebol brasileiro, como também uma vaga para disputar a Libertadores em 2017. Ninguém melhor do que um apaixonado pelo Botafogo para descrever toda a emoção vivenciada pela torcida botafoguense nesta caminhada, da descrença até o resgate da esperança. “ 30 de novembro de 2014. O último jogo de um ano que deveria ter sido o ano da redenção, afinal, o Botafogo estava de volta à Libertadores da América após longos anos esquecido, porém, a torcida que havia reencontrado a alegria de ver seu time jogar estava triste novamente. Os dois gols de Leandro Damião não somente ajudaram a decretar o segundo rebaixamento da história do clube, como também mataram uma esperança que havia brotado no coração de cada botafoguense no início daquele ano.
Uma equipe que havia sofrido com uma gestão irresponsável, que tinha um futebol pífio, que fracassou naquela Libertadores...
Fracasso. Talvez essa seja a palavra que todo alvinegro estava acostumado a ouvir. Depois de mais um fracasso, era a hora de tentar fazer um campeonato brasileiro digno, ou será que não? Salários atrasados, brigas internas, falta de comando... Eram a receita certa para o inevitável fracasso. E quando Damião balançou as redes naquele 30 de novembro, não foram apenas lágrimas que caíram de nossos olhos, mas também um sentimento de vazio que invadiu o nosso coração. Parecia ser realmente o fim, com o clube afundado em dívidas, sem elenco e sem ao menos credibilidade para contratar alguém, a torcida temia pelo pior. Era difícil aceitar que o clube que nós tanto amamos estava chegando ao fundo poço.
Com o início de 2015 e a chegada de uma nova diretoria, vimos que talvez existisse uma luz. Cada vitória no obsoleto campeonato estadual tinha um sabor diferente, um tempero especial, que ser repetia também em cada vitória na série B. A possibilidade de ver o time campeão, mesmo que da divisão de acesso acendeu de novo a chama. É como a nossa torcida canta: "Esse fogo no meu peito nunca vai se apagar".
Chegamos em 2016 com uma enorme desconfiança. Lutamos e choramos derrotas. Parecia que o fracasso estava de volta. A torcida se viu novamente triste, a zona de rebaixamento martelava nossa cabeça, parecia que a ponta de esperança que havia brotado em nossos corações estava prestes a morrer outra vez. E num golpe de sorte e competência, chega um homem chamado Jair, filho de um outro Jair — que havia enchido o coração botafoguense de alegria no passado. E parecia que Jair queria ser, de fato, Jair, e levar esperança de volta ao coração alvinegro. A cada vitória, a cada golaço de Camilo, a cada gol nos últimos minutos, nosso coração se enchia mais.
As lágrimas que caíam de nossos olhos eram de alegria, alegria em ver nosso querido Botafogo de volta à elite, alegria de poder saber que nosso clube está se reerguendo e a esperança de que 2017 pode ser o maior ano da história do Botafogo de Futebol e Regatas. E pode ter certeza, que eu e toda a torcida estaremos lá, apoiando, na vitória ou na derrota, na tristeza ou na alegria... ‘Por que momentos ruins eu já vivi mas nunca parei de cantar, nunca parei de te amar. E esse fogo no peito de todo que ama o Botafogo, nunca vai se apagar...’” Por Rafael Santos.
#botafogo#botafogo fr#campeonato brasileiro#campeonato brasileiro 2016#brasileirão#libertadores#futebol#cronica#futecomhibisco#campeonato carioca
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Nome de Rei
O torcedor flamenguista havia tido pouco tempo para se recuperar de uma traumática eliminação do Campeonato Carioca – pelo rival Vasco – mas já tinha outra competição com a qual se preocupar: A Copa do Brasil.
O cenário é o Estádio Cornélio de Barros, em Salgueiro, Pernambuco, onde o Flamengo enfrentou a equipe do Salgueiro na noite do dia 22 de Abril de 2015, em partida válida pela 2ª fase da Copa do Brasil. A estrela do jogo? Arthur Maia. Nome de rei... Importante lembrar que estamos nos referindo a Arthur Antunes Coimbra é claro.
O jogo começou favorável para a equipe carioca. Logo no início do 1º tempo, Éverton recebe boa bola de Gabriel, mas chuta fraco e desperdiça boa chance. Anderson Pico surpreende. Aos 24 minutos, faz uma brilhante jogada individual. Dribla um, dois, três, com categoria, escapa da marcação e “manda bala”, mas a jogada termina no goleiro Luciano.
O Salgueiro vacila em sua primeira chance; Victor Caicó pega muito mal na bola e nem tem chances de tentar. Bom para o Flamengo, que motivado, marcou o primeiro gol aos 39 do 1º tempo. A jogada começou e terminou com Arthur Maia. O jogador começou da lateral após cobrança de Pará e partiu para a área do Salgueiro. Tabelou com Márcio Araújo que devolveu a bola para o meia, que não decepcionou e marcou um belíssimo gol, abrindo o placar para o rubro-negro.
Indo vitorioso para o intervalo, o Flamengo voltou com tudo para o 2º tempo. Logo aos 2 minutos ampliou a vantagem com um lançamento inteligente de Pico e o gol de Marcelo Cirino, que se emocionou na comemoração. E o atacante não parou por aí. Recebeu a bola de Gabriel e chutou, mas a jogada terminou nas mãos do goleiro Luciano.
Em ataque do Salgueiro, a torcida rubro-negra passa por um pequeno teste para cardíaco; o zagueiro Lúcio cruza de longe e Bressan, zagueiro do Fla, quase marca gol contra, mas a bola é salva por Paulo Victor, que desvia a bola para a linha de fundo. Mesmo com vantagem, o torcedor passou por maus bocados durante a partida. A fase era tão boa que até Lucas Mugni, jogando como volante, teve boa participação nos cruzamentos e nas jogadas.
Com a saída de Arthur Maia para a entrada de Almir já ao fim do 2º tempo, o Flamengo esfriou, mas o Salgueiro não aproveitou as chances que teve para diminuir e garantir, pelo menos, um 2º jogo. A partida terminou em 2x0 para o Flamengo, sem a necessidade de ter jogo de volta.
A defesa do Flamengo teve pouco com o que se preocupar durante o jogo, por isso o destaque ficou sobre a parte ofensiva do time. A equipe trabalhou muito bem o toque de bola num entrosamento entre os jogadores pouco visto nas partidas anteriores. Os atacantes estavam numa agradável sintonia com os meias e os laterais. Éverton, Gabriel, Arthur e Cirino trabalharam de forma eficiente com Anderson Pico e Pará.

Arthur Maia brilhou na partida. Vindo de um período de mais de dois meses de lesões e sendo limitado ao banco de reservas, o jogador aproveitou muito bem a chance que recebeu naquela partida. Foi responsável por um gol nascido de uma incrível e habilidosa jogada e por trazer vida ao meio de campo, participando da criação de jogadas e movimentando todo o time. Sua atuação no jogo foi uma das mais marcantes durante a sua curta passagem pelo Flamengo, mal aproveitado pelo time.
Seu nome, de origem celta, tem um significado incerto, mas é popularmente associado à nobreza, força, coragem. Assim como as antigas lendas arturianas e as aventuras verídicas do “rei” Arthur rubro-negro estão eternizadas na história, o nome de Arthur Maia também foi gravado na história recente do futebol por todos os clubes onde passou. A maior de todas as homenagens consiste em celebrar e demonstrar gratidão pela vida que foi vivida.
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A Partida da Morte
A 2ª Guerra Mundial foi um período em que a perversidade humana atingiu o seu ápice. Representou a ascensão do Fascismo e trouxe consigo a carnificina, o ódio e a banalização da crueldade e da vida humana. O futebol, em alta desde a criação da Copa do Mundo em 1930, deixou o protagonismo no cenário mundial, mas não se ausentou totalmente. Foi utilizado como instrumento político durante o Estado Novo no Brasil; na Alemanha, a rivalidade adquiriu um novo e intenso teor político, onde o Schalke 04, time favorito de Hitler, se destacou.
A história mais significativa da relação entre o futebol e a sociedade, porém, remete à invasão da União Soviética pela Alemanha Nazista. Anteriormente, o futebol havia se popularizado rapidamente na região, especialmente na Ucrânia, berço de times como o Dínamo de Kiev e o Lokomotiv Kiev. Devido ao estado de guerra, boa parte dos jogadores se viu obrigado a juntar-se ao exército soviético e desistir do futebol para a própria sobrevivência. Nikolai Trusevich, ex-goleiro do até então extinto Dínamo de Kiev, encontrou emprego em uma padaria, assim como outros ex-jogadores, encurralados pela necessidade.
Estes, porém, foram encorajados a criarem um novo time, batizado de FC Start. Nome apropriado para uma equipe que simboliza o recomeço e a reação popular frente à opressão. O Start teve a sua partida de estreia em Junho de 1942, contra um time local, o Rukh. Venceu o jogo por 7 a 2 e deu continuidade à campanha de sucesso, vencendo todos os jogos seguintes contra equipes de diferentes exércitos e origens, e com bons números; marcando 37 gols e levando apenas 8. Em Agosto, o time de Trusevich enfrentou o Flakelf, a equipe formada pelos oficiais da força áerea nazista, conhecida como Luftwaffe.
O time era também uma arma de propagação do ideal alemão de superioridade, logo, era esperado que derrotasse o humilde Start FC. O que aconteceu, na verdade, foi bem diferente. A equipe soviética goleou os alemães por 5 a 1. Insatisfeitos com o resultado, o Flakelf exigiu uma revanche, e é aí que o mito nasce. Na segunda partida, carregada de pressão por todos os lados, o time alemão sai na frente, mas não contava com uma virada do Start, que conseguiu marcar dois gols e encerrar o 1º tempo na frente. No 2º tempo, ambas as equipes marcaram mais dois gols cada, porém, o time soviético do FC Start terminou na frente com um placar de 5x3. Diz-se que um jogador soviético, com a posse da bola, driblou toda a defesa alemã, porém recusou-se a fazer o gol e chutou a bola de volta para o meio de campo em uma demonstração de desprezo. A partida foi, então, encerrada antes dos 45 minutos.
O FC Start ainda participou de um último confronto, contra o Rukh, que venceu por 8 a 0. Após esta, porém, o time se desfez; pouco a pouco a maioria de seus componentes foram presos pela Gestapo, a polícia secreta alemã, enviados para campos de concentração ou torturados e mortos. Acredita-se que as prisões foram em represália ao resultado da chamada Partida da Morte, porém, não se sabe ao certo. Esta versão heroica da história foi difundida na União Soviética por muito tempo, utilizando a figura dos jogadores que não se deixaram intimidar pelos nazistas como inspiração e exaltação do espírito de resistência dos soviéticos.
É difícil saber que detalhes desta história são realmente verdadeiros ou não, porém, não se nega a sua veracidade. Acima de tudo, o mito do time do FC Start mostra a força do futebol como arma de resistência política e união; na lenda, os 11 jogadores se sacrificaram em prol de um ideal, do desprezo à violência, perseguição e intolerância, enquanto na vida real, motivou toda uma sociedade oprimida a superar o histórico de sujeição e injustiça e acreditar em sua própria força e na retomada de sua identidade. Histórias como essas evidenciam que o esporte vai muito além da competição e da banalidade com que é muitas vezes visto: pode, de uma maneira ou outra, influenciar a história.
#futebol#fc start#flakelf#segunda guerra mundial#second world war#soccer#cronica#fute com hibisco#dynamo kiev#dinamo de kiev#lokomotiv kiev#história#urss#união soviética#ucrânia#luftwaffe
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Desculpe o Transtorno, Precisamos Falar Sobre a Arbitragem Brasileira
[Fonte da imagem: Lance]
Gols irregulares. Pênaltis não marcados. Punições e advertências injustas. Impunidade e favorecimento. Velhos conhecidos do torcedor brasileiro que, infelizmente, foi obrigado a se habituar a erros do tipo que podem custar muito caro. Desculpe o transtorno, precisamos falar sobre a deficiência da arbitragem brasileira.
O problema – crônico – foi mais uma vez exposto no Fla x Flu válido pela 30ª rodada do Brasileirão. A partida, que terminou com vitória do Flamengo por 2x1 (gols de Leandro Damião e Fernandinho), foi contestada do início ao fim. O primeiro gol do Fla dividiu opiniões; enquanto muitos consideraram o gol inválido, outra boa parcela não viu irregularidade alguma. A situação ficou ainda mais tensa no 2º tempo do jogo. Perdendo por 2x1, o Fluminense empatou o jogo, com lance de cabeça de Henrique. O gol, porém, não valeu; o bandeirinha esteve com a bandeira levantada desde o início da jogada, apontando impedimento; 4 jogadores do Flu estavam avançados demais, invalidando o gol. Revoltados, os jogadores do tricolor carioca foram tirar satisfação com o árbitro, Sandro Meira Ricci, que voltou atrás e considerou o gol. A decisão revoltou os jogadores e até a comissão técnica do Flamengo, que foi atrás de Meira Ricci para discutir. A confusão foi instaurada dentro de campo e contou até com a presença de seguranças e policiais para conter os ânimos e proteger o árbitro. O jogo permaneceu paralisado por mais de 10 minutos, mas terminou com a anulação do gol e a vitória do Flamengo, agora apenas 1 ponto atrás do líder Palmeiras.
Com o fim da partida, questionou-se os motivos do árbitro para mudar de opinião tantas vezes. Fala-se em auxílio externo, o que seria considerado proibido pela CBF (o recurso só poderá ser utilizado a partir de 2017), porém, não vamos nos ater à essa discussão, mas focar na raiz do problema: a precariedade da arbitragem no futebol brasileiro. É evidente que Sandro Meira Ricci errou. Errou em dar ouvidos à pressão de meia dúzia de jogadores, errou em ignorar o ponto de vista do bandeirinha – cuja função é exatamente a de observar e sinalizar esse tipo de infração. Não é a primeira vez que ele erra. Já se envolveu em diversas polêmicas, dentro e fora do futebol brasileiro, sendo inclusive suspenso da Copa América em 2015. Diversos times já sofreram em suas mãos e não foram poucos.
Seu afastamento pela Conmebol ocorreu após partida entre as seleções do Chile e do Uruguai. Na ocasião, o árbitro expulsou os uruguaios Cavani e Fucile, além do próprio técnico, Óscar Tabarez. Curiosamente, porém, ignorou a ridícula provocação do chileno Jara, que deu uma “dedada” em Cavani e em resposta acabou recebendo um tapa. Em 2010, na partida entre Cruzeiro e Corinthians, desconsiderou três pênaltis a favor do Cruzeiro, mas não hesitou em punir exageradamente uma falta do zagueiro Gil em cima de Ronaldo, lance que gerou o único gol da partida e deu a vitória ao time paulista. Em 2015, em outro Fla-Flu, marcou um pênalti completamente questionável a favor do Fluminense e ainda expulsou o zagueiro tricolor Antônio Carlos, exagerando na punição. Em 2014, considerou válido o primeiro gol do Flamengo em cima do Corinthians; Eduardo da Silva e Wallace estavam impedidos. Em 2012, num Botafogo x Corinthians, prejudicou o time carioca ao ignorar duas faltas claras e marcar um penâlti para o alvinegro paulista em lance de impedimento não assinalado. Em 2015, na Libertadores, choveram cartões vermelhos na partida entre São Paulo e Corinthians; Emerson Sheik foi expulso após lance duvidoso, logo depois, Mendoza, após disputa de bola, e Luís Fabiano, por reclamação.
A lista, definitivamente, não é pequena, e nem termina por aqui. Sandro Meira Ricci é apenas o reflexo da situação da arbitragem no Brasil. Não foi o primeiro e enquanto houver impunidade por parte das comissões de futebol, não será o último. Os números assustam: Até a 30ª rodada do Campeonato Brasileiro deste ano, mais de 40 tipos de erros de arbitragem foram anotados; mais de nove só nas 4 primeiras rodadas. Até a 21ª rodada, Corinthians, Internacional e Flamengo, respectivamente, foram os times mais ajudados por erros do tipo, enquanto os mesmos Flamengo e Internacional também lideravam a lista dos times mais prejudicados, além do Grêmio e do São Paulo. Em 2015, o campeonato teve vergonhosa média de ao menos um erro grave de arbitragem por rodada.
É evidente que erros de arbitragem podem ter, no futuro, consequências pesadas para os times prejudicados. O sistema de arbitragem brasileiro necessita de reparos, de correções, pois não oferece mais nenhuma credibilidade, pelo contrário. Cabe a CBF rever os seus conceitos em relação à arbitragem e trabalhar com soluções não só a longo, mas também a curto prazo, para evitar que o campeonato seja manchado por essa deficiência.
Em primeiro lugar, por que adiar o uso do Árbitro Virtual para 2017? A polêmica no Fla-Flu provou a necessidade de se utilizar a tecnologia a favor da justiça para ontem. Utilizada na Copa 2014, a técnica teve sucesso e aprovação geral. Por que há uma hesitação tão grande em utilizá-la, então? A opção evitaria erros como os que têm sido vistos há muito tempo, mas não é suficiente. Um campeonato da magnitude do Brasileirão exige árbitros bem preparados e instruídos, função que deveria ficar a cargo não somente das Federações, mas da CBF, já que a mesma reduziu drasticamente a quantidade de árbitros FIFA atuando no Brasil visando valorizar os profissionais novatos. Eficiência, dedicação e profissionalismo deveriam ser mais cobrados do que são. Sim, meritocracia pode não funcionar sempre na sociedade, mas é extremamente necessária dentro do futebol. Correções e punições deveriam ser alternativas mais utilizadas quando fosse necessário. A comunicação da Comissão de Arbitragem com os clubes, a imprensa e até mesmo o público mudaria a forma com que o sistema de arbitragem é visto nos dias de hoje. A clareza e o pronunciamento habitual (e não somente após polêmicas) trariam de volta a confiança na arbitragem, que foi perdida. A troca de informações e opiniões possibilitaria reformulações e mudanças que contribuiriam para a construção de uma arbitragem mais justa e eficiente.
A responsabilidade de trazer de volta a credibilidade do futebol nacional está nas mãos da CBF. Os erros de arbitragem de maneira alguma devem ser ignorados ou relativizados; eles existem, mas eles não deveriam ocorrer. O problema é crônico e sério, o que inspira soluções que sejam realmente efetivas e não ações “para inglês ver”. O futebol brasileiro respira por aparelhos, mas ainda respira. Não vamos permitir que seu estado piore.
#futebol#futebol brasileiro#campeonato brasileiro#brasileirão#brasileirão 2016#flamengo#fluminense#corinthians#cruzeiro#cbf#arbitragem#sandro meira ricci#árbitro virtual#fute com hibisco
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#CortaPraMim
A noite de quarta feira — o último dia do longo mês de Agosto — não sairá tão cedo da cabeça de cada rubronegro. O jogo que já dava sinais de que seria difícil devido às circunstâncias se mostrou ainda pior; um verdadeiro “teste pra cardíaco”. Um grande e emocionante jogo, é preciso admitir. Uma montanha russa de emoções, do primeiro minuto até os 49 do segundo tempo, tiraram a paz e a tranquilidade da maior torcida do Brasil, dentro e fora do estádio, mas não demorou muito pra que ela voltasse, e ainda mais intensa. A paz, a tranquilidade, ambas voltaram para confortar o coração do torcedor e trouxeram consigo ainda o orgulho do time e do elenco, a satisfação pelo resultado, a alegria, o amor.
Ah, o amor… O sentimento alucinante que fez com que a torcida do Flamengo gritasse durante toda a partida à plenos pulmões, empurrando o time e dando aos jogadores a certeza e a confiança de que não estavam sozinhos, havia ali mais um companheiro, um gigante: o 12° jogador. Apesar do público extremamente reduzido — cerca de 7 mil presentes, não se conseguia ouvir nada tão alto quanto o canto dos rubro negros no estádio. Cariacica, Espírito Santo. Tão longe de seu local de nascimento, mas ainda sim, familiar. A sua casa também. Grande demais para conter-se em uma única cidade, o Brasil é a casa do Flamengo. Onde houver um flamenguista que acredita, ali será o seu lugar. O time estava literalmente em casa.
Seja aqui entre nós ou em outro plano… Futebol é muito mais que um simples jogo, é filosofia de vida, é união, fraternidade e empatia. Se antes o “futebol moderno” parecia estar engolindo o bom e velho futebol, agora, a superação das fronteiras limítrofes e da rivalidade trouxe de volta à tona a essência do futebol: o jovem flamenguista Alisson, do Rio de Janeiro, de 14 anos, partiu. Cedo demais. Diferentes torcidas e diferentes times deixaram tudo que os separavam de lado para lutar em prol de um bem maior; atender ao pedido de um desolado amigo tricolor que sabia da paixão de Alisson pelo Mais Querido. Um minuto de silêncio foi respeitado no estádio, a homenagem ao jovem rubro negro deu ao jogo um tom emocionado; os jogadores se comprometeram a jogar por ele. Então, começa o show.
O Flamengo entrou em campo com uma desvantagem que precisava ser dizimada o mais rápido possível para garantir que o time permanecesse na Sulamericana. Ainda tímidos, a defesa rubro negra não foi capaz de impedir que o Figueirense avançasse e marcasse o primeiro gol da partida e o único necessário para que o time obtivesse a conquista histórica de disputar uma partida fora do Brasil pela primeira vez. Se a situação não estava ruim o suficiente, ficou ainda mais desgostosa para os flamenguistas. O gol veio dos pés de Rafael Silva, ex-jogador do Vasco que também havia marcado o gol que eliminou o Flamengo da Copa do Brasil de 2015 quando ainda jogava pelo alvinegro carioca. Faltou humildade; Rafael Silva correu para comemorar o gol e além de tirar a camisa, levou a mão à garganta num gesto provocativo e nostálgico para a torcida do Flamengo e o próprio time, como se dissesse que estava, mais uma vez, degolando o adversário. O jogador levou um cartão amarelo pela comemoração, ao qual não deu muita importância.
O que Rafael Silva talvez tenha esquecido enquanto provocava a torcida adversária é que, no mundo do futebol, tudo dá voltas. E, de uma hora pra outra, absolutamente tudo pode mudar. A vida não demorou muito para dar à ele uma boa lição; de fora da pequena área, Éverton empatou a partida com um brilhante gol. E não demorou muito para que Jorge marcasse um gol tão bonito quanto para desempatar a partida. De repente, a sorte mudou de lado. Outrora eliminado, agora o Flamengo necessitava apenas de mais 1 gol para avançar para a próxima fase da Sulamericana. Não bastasse a virada inesperada, o Figueirense sofreu um golpe que interferiu muito no resto da partida. Rafael Silva, o mesmo que havia marcado o primeiro gol da equipe e provocado o Flamengo, levou mais um cartão vermelho e foi expulso. Saiu do campo na maca e com o peso de ter prejudicado a equipe, agora com 10 jogadores e jogando com um motivado e brilhante Flamengo. Tudo que vai, uma hora volta. Ao fim da partida, Leandro Damião, atacante do Flamengo, fez o mesmo gesto provocativo que o jogador havia feito, mas dessa vez, direcionado ao autor do primeiro gol do Figueirense. E a brincadeira ainda tomou conta das redes sociais do Flamengo com a tag #CortaPraMim.
O segundo tempo começou igualmente movimentado, mas de repente a missão do Flamengo de fazer apenas mais um gol pareceu mais difícil do que demonstrava ser até então. O time estava muito bem entrosado, fazia passes certeiros e as jogadas fluiam perfeitamente no meio de campo, mas morriam ao chegar na pequena área do Figueirense. Quando conseguia passar de lá, porém, não passavam de Gatito Fernández, o goleiro do time alvinegro. O tempo foi passando, e o coração do torcedor flamenguista cada vez mais apertado. O que era certeza e esperança agora dividia espaço com um certo medo. E se? As dúvidas aumentaram ainda mais com as substituições feitas por Zé Ricardo. Emerson Sheik — desde Junho sem jogar — e Fernandinho substituíram Gabriel e Everton, já sem condições físicas para permanecer no jogo apesar da vontade de ajudar. Sheik e Fernandinho não são alguns dos jogadores favoritos da torcida rubronegra, pelo contrário, são há muito tempo alvo de críticas de uma torcida exigente e que não hesita em cobrar e criticar quando necessário. Mesmo que a torcida não gostasse, teriam que se contentar com os dois ; Paolo Guerrero e Felipe Vizeu, os outros atacantes da equipe, estavam com suas seleções nacionais.
Mas foi dos pés de quem o flamenguista menos esperava que o terceiro e tão desejado gol saiu. Em um jogo cheio de gols incríveis, Fernandinho não fez diferente. Marcou. Muito mais que um simples gol, o jogador se redimiu com a torcida que não simpatizava com ele há muito tempo e ajudou o time a conseguir o improvável — ou pelo menos o que parecia improvável. Após perder o jogo de ida com humilhantes 4 gols do adversário, agora vencia de 3x1. O Flamengo estava classificado, até então, para a fase seguinte da Sulamericana. Se antes estava temoroso, agora o torcedor flamenguista não se cabia de tanta emoção. Por todo o lugar, dentro e fora do estádio, o rubronegro se emocionou, sentiu, e chorou, mesmo antes do fim da partida. O “cheirinho de hepta” agora divide lugar com o “cheirinho de Sulamericana”, e é isso que motiva e move uma nação de mais de 40 milhões. Dizem que, se não for sofrido, não é Flamengo. E realmente. Torcedor rubro-negro, prepare-se, porque os títulos podem vir, mas de maneira alguma deixarão de vir sem uma boa dose de emoção. O gol da classificação resume em apenas um lance toda a essência da partida; euforia, apreensão, emoção. O esforço de um time e de um jogador até então desacreditado que compensou, e que brilhou. Isso é Flamengo.
#flamengo#clube de regatas flamengo#sulamericana#figueirense#alan patrick#emerson sheik#diego ribas#leandro damião#crf#everton cardoso#jorge flamengo#RIPAlison#CR Flamengo#copa sulamericana#cronica#futebol#soccer#futecomhibisco#cheirinho de hepta#corta pra mim#CortaPraMim
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O Texto Mais Parcial do Mundo (E Profundo Demais Para Ser Reduzido)
Um texto jornalístico geralmente – mas não necessariamente – exige imparcialidade, linguagem direta e formal e o uso da norma culta da língua portuguesa, sem expressões, sem gírias, sem regionalismos nem pontuação excessiva ou interjeições. Mas tudo que esse texto mais necessita é de liberdade, porque é um desabafo, um grito que precisa ser ouvido e expressado livremente. Deixo de lado a 3ª pessoa, os parágrafos perfeitos, a formalidade e jogo todas as regrinhas no chão pra transformar um texto editorial em algo mais profundo que uma crônica; um questionamento explícito e que dramatiza ao máximo a situação da Seleção Brasileira de Futebol. Falo como quiser, livre de qualquer tipo de grilhão linguístico, livre como o futebol e o esporte devem ser. Livre mas ainda compromissada, com a justiça, com a verdade, com a coerência. Compromissada como a Seleção não tem sido, compromissada como todo torcedor brasileiro implora pra que sejam. Bem, preparem-se para uma longa leitura.
Há um mês, minha seleção conquistou seu primeiro título de importância, a Eurocopa. Portugal fez o impossível – contando também com a sorte, devemos considerar – e assombrou (ou encantou) toda a Europa e o mundo do futebol ao provar que não, você não precisa tanto de uma seleção recheada de estrelas pra conquistar algo, você só precisa valorizar o apoio que recebe, a camisa que veste, e utilizar seus recursos da melhor maneira possível pra buscar alcançar seus objetivos. Portugal foi contra as estatísticas, contra a realidade negativa, contra suas mínimas chances de obter sucesso e contra tudo que lhe afastava da sua conquista. E chegou. Chegou, brilhou, encantou, emocionou, orgulhou. E como orgulhou! Orgulho não coube dentro dos mais de 11 milhões de corações lusitanos que batiam dentro e fora do pequeno país europeu, sempre discreto atrás das outras potências europeias que sempre estavam a se destacar. A Seleção Portuguesa derrubou a dona da casa e tomou seu lugar diante dos holofotes do futebol europeu e mundial. E chegou. Chegou, brilhou, encantou, emocionou, orgulhou. E como orgulhou!
Mas é extremamente importante salientar que o orgulho português não nasceu no dia 10 de Julho de 2016. Ele esteve vivo e presente em 2014. E em 2012. E em 2010. E em 2009. E em 2006. E principalmente em 2004. E nos anos anteriores também. Não é necessário ser um grande conhecedor do futebol europeu para saber que Portugal nunca foi uma seleção marcante nas competições internacionais. Mas algo em especial está presente na equipe portuguesa desde sempre: a vontade de vencer. E não estamos falando aqui em vontade de fazer gols que levem dois ou três jogadores a conquistarem prêmios pessoais ou vontade de jogar bonito porque as seleções nacionais são as vitrines dos jogadores para os maiores e mais almejados times do mundo. Estamos falando de vontade de vencer porque a vitória levará o nome de seu país às alturas. Vontade de vencer porque o seu povo merece ser feliz, porque merece ter algo grande para se orgulhar e comemorar. Vontade de vencer para retribuir o apoio da torcida e mostrar que eles não estão ali como meros financiadores do time quando compram camisas ou ingressos, mas como parte da equipe, o 12º jogador.
Portugal foi eliminada da Copa de 2014 na 1ª fase. Após o encerramento do jogo que, apesar de ter terminado com um resultado favorável, cravou a sua despedida, um torcedor português saiu pelos arredores do estádio Mané Garrincha cantando em alto e bom som o hino português, A Portuguesa. Seu rosto e sua voz estampavam orgulho e representavam toda uma nação que apesar de lamentar a derrota, não estava abalada. Os portugueses sabiam e ainda sabem que estão bem representados e que aqueles nos quais depositam toda a sua confiança e amor estão unidos por um só objetivo: levantar hoje de novo o esplendor de Portugal. E se a campanha lusitana não começou tão bem na última Euro (por mais que a história tenha acabado com um final feliz), nos Jogos Olímpicos, começou excelente. Mais uma vez a torcida confia e se alegra sabendo que tudo que tem feito vale à pena.
E você, Brasil, como vai? Onde você está? Por que não age da mesma maneira com os 200 milhões de adeptos que suportam as seguidas decepções, mas não deixam de torcer? Suportam por amor ao país e por puro patriotismo, mas é claro, não são obrigados a aturarem ataques de estrelismo, falta de humildade, unidade e arrogância. A Seleção Olímpica Brasileira não é muito diferente da equipe que representou o Brasil nas últimas duas edições da Copa América e será menos diferente ainda do time que esperamos que consiga chegar à Copa das Confederações e à Copa do Mundo de 2018. Por isso a preocupação com o desempenho pífio do time precisa existir e precisa ser ainda maior para que chame a atenção e mobilize quem ainda não tomou nota da situação do futebol brasileiro. São esses mesmos jogadores que em 2018 precisarão manter o Brasil longe de outro vexame como o do Mineirão em 08 de Julho de 2014. São eles, entre Neymar, Gabriel Jesus, Gabriel Barbosa e outros 20 que carregarão consigo a importante missão de fazer brilhar o nome da única seleção pentacampeã e trazer o tão sonhado hexa para casa. Mas como? Será possível alcançar esses objetivos pretendidos se os jogos do Brasil continuarem sendo resumidos a empates sem gols em que talvez fosse mais justo que os adversários vencessem?
A atuação da Seleção Brasileira não tem sido tão diferente da apresentada na Copa América deste ano, nem do ano passado, o que prova que o problema não é tão recente. Ela conseguiu decepcionar o mais ufanista dos narradores brasileiros que chocou todo o público com suas palavras pesadas de repreensão e revolta direcionadas ao time e em especial, ao seu capitão, que há muito tempo não tem feito mais o papel que lhe cabe como dono da braçadeira. Faz sua torcida se calar ao final de cada jogo e terminar gritando em apoio ao adversário que mostra muito mais vontade de vencer. Falta de talento? Definitivamente não. A equipe é formada majoritariamente por jogadores jovens mas extremamente bem sucedidos em seus times de origem. Então, qual o problema? Bem, os fatores não são poucos. Mas o que talvez mais contribua com a queda da qualidade do futebol apresentado pela Seleção Brasileira também fere os torcedores a cada partida frustrante. Olhamos para os 11 jogadores que entram em campo trazendo no peito um escudo que pesa 5 vezes mais que qualquer outro, em uma camisa amarela, dourada como o ouro que tanto almejam, e não vemos mais os heróis que vimos há tantos anos atrás. Será mesmo que o que interessa para esses jogadores é levar o nome de seu país às alturas, é encher o torcedor brasileiro de tanto orgulho que não cabe no peito e acaba aflorando em lágrimas? Não é o que parece.
Não se vê mais no capitão um líder maduro que motiva, apoia e busca unir o grupo em prol de um único objetivo, não se vê nos jogadores a raça e o sangue nos olhos, a vontade de vencer acima de tudo que reflete em seu corpo, pernas e pés, mas não vencer para o seu bel-prazer, mas por um bem maior. Neymar, falta em ti o espírito de liderança que Cristiano Ronaldo mostrou durante toda a campanha portuguesa na Euro e em especial no último jogo. Brasil, falta a união que cada jogador português demonstrou. Falta a motivação que levou a limitada seleção, como um todo, a superar suas próprias falhas e limitações para buscar a vitória. Sua desvalorização à torcida talvez traga consequências futuras que agora não conseguimos enxergar muito bem. Fica difícil encontrá-la em uma equipe que não apenas tem mostrado um futebol insuficiente dentro de campo, mas também foge da imprensa e consequentemente da única forma de acesso direto à torcida, que mascara seus erros e sua falta de compromisso através de frases de efeito, de posts em redes sociais, desculpas esfarrapadas. Isto é, quando há desculpas, porque a torcida tem sido levada a pensar que talvez sejam os jogadores a merecerem um pedido de desculpas pela ��cobrança excessiva”, e não a torcida pela decepção sem proporções com a qual tem sofrido e que promete crescer se a origem dela não for tratada.
Brasil, foi necessário que eu fizesse o texto mais parcial do mundo para que demonstrasse não somente a minha frustração (como observadora) mas também a de mais de 200 milhões de pessoas. As 5 Copas do Mundo que alguns torcedores tanto gostam de ostentar não poderão fazer nada por você, Brasil. Talvez essa seja a hora de deixar o orgulho e a arrogância de lado e aprender com os próprios erros e também acerto dos outros. Talvez esta seja a hora da seleção mais bem sucedida do mundo aprender com as modestas equipes nacionais que tem se mostrado muito mais dignas, compensando suas limitações técnicas. Talvez seja a hora, Brasil, de aprender com meu Portugal. Talvez seja a hora de ouvir a indignação e a clemência de uma brasileira com coração lá na Península Ibérica e de mais 200 milhões de brasileiros com muito orgulho, com muito amor.
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