gianina buchanan, 27 y/o, history teacher.
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O fim do ano sempre deixava Gianina pensativa, nostálgica e esperançosa. Pensava em quantas vidas tinha vivido até ali, quantas vezes tinha sido feliz, quantas tinha chorado. Se lembrava da última festa dos marotos em que estivera, o aniversário de James tinha ido de zero a dez para ela em dois dias. Toda confusão e medo se transformou em paz e alegria quando bateu em uma porta específica. E ter Icarus ali, mesmo que em outro quarto, mesmo que com uma careta no rosto toda vez que Gia oferecia um gole do seu chá a ele, era mágico.
“Eu diria dez principalmente se o Sirius for tentar acender em algum momento.” Sorriu para Icarus, tirando as mãos de seu casaco branco para enlaçar seu braço ao dele. Se precisasse de uma desculpa, diria que estava com frio. Mas nunca precisava, não com Icarus. “Será que ser atingido por fogos de artifício é um bom presságio para o ano que vem?” Cerrou seus olhos e como se temesse pela vida dos dois puxou Icarus para ficar um pouco mais longe dos fogos. “Ficou tudo tão bonito, né? Eles sempre me surpreendem.” Olhou para as luzes que enfeitavam a parte externa da casa, admirada.
i think i’d like to kiss you at midnight (i think i’d like to kiss you all the time) | gracious fall
@gianinab
Os marotos sabiam mesmo dar uma festa. E Icarus já tinha ido em duas — ou pelo menos ele achava que eram duas, e ainda assim continuava se surpreendendo. A casa em si já era enorme e o jardim conseguia ser ainda maior, especialmente com todos os enfeites e as luzes. Ele pensava que a neve branca cobrindo tudo só combinava ainda mais com o final de ano.
Assobiou baixo ao ver tudo, ajeitando melhor seu cachecol branco no pescoço — a única peça daquela cor que encontrou. De canto de olho, podia ver alguém tentando acender fogos e se perguntava quais eram as chances daquilo funcionar. Mas antes que todos eles morressem queimados ou que o ano acabasse, viu Gia e o morno que passou por todo seu corpo foi o suficiente para esquentá-lo naquele frio. “De zero a dez qual a chance daqueles fogos explodirem na gente?” Empurrou levemente o corpo contra o dela.
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“I’ll probably love it.” E podia mesmo ser o pior filme do mundo, mas a companhia de Icarus tornava qualquer experiência boa. Como pular num lago gelado, como aparecer sem um discurso pronto na porta de alguém à noite, como amar de uma forma tão enorme que todo o resto não faz sentido. Em que mundo estar com ele não seria bom? Gianina sorria e se aninhava mais ao corpo do outro, tão feliz que poderia explodir, tão em casa que seu corpo estava inteiramente relaxado. “We can take a shower.” Deixou um beijo na testa de Icarus, feliz que ainda existia tantas coisas para fazer pela primeira vez com ele e ciente que amaria cada uma delas.
throwing my life to the wolves or the ocean rocks (crashin’ into him tonight) | gracious fall
@icaruskm
Gianina demorou algum tempo convencendo suas amigas de que estava tudo bem, que ela conseguia ficar sozinha e que não, não queria falar sobre o que tinha acontecido, ainda não. Depois que as duas foram embora, ela decidiu tomar um banho, acreditava que a água morna era capaz de lavar até os incômodos mais presos. Enquanto a água corria, Gia tentava entender como foi possível amar alguém que não conhecia direito; depois pensou em como a ausência de Amycus já não a incomodava tanto há algum tempo; logo seus pensamentos se voltaram ao sonho que tivera na noite passada. Era inevitável, algo sempre a puxava em direção a mesma pessoa. Gia tinha certeza de que tinha chamado o seu nome enquanto dormia ou então talvez ela estivesse rezando. Havia diferença? Seria possível que o nome de Icarus algum dia não soasse como um pedido? Como algo que ela precisava desesperadamente? Gianina não era muito impulsiva, não. Alguns anos atrás tinha descido de um trem com um desconhecido e essa foi a primeira vez em que realmente deixou-se guiar por seus impulsos. Não era surpresa que a segunda vez a levasse até a porta dele, era? Seu coração batia apressado enquanto esperava Icarus abrir a porta, deveria ter mandado uma mensagem, mas diria o que exatamente? O que diria quando ele abrisse a porta, aliás? “Hi,” foi o que escolheu.
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James: nossa mãe de pet! gia por acaso você está apaixonada?
Apaixonada é pouco, mas tô sim.
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diva afinal sharknado é bom ou nao? precisamos mt saber
É um filme bem ruim, mas eu me diverti muito!
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e eu nunca mais vou olhar pra nadaaaaaa agora que eu vi voceeeeee - vc pro icarus provavelmente
Nada de provavelmente, tô bem assim mesmo.
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escreveu mine na sua coxa ou nem?
Não só na coxa...
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Talvez Gia passasse tempo demais com seus olhos percorrendo frases de livros, sua mente em lugares distantes mas era isso que a ajudava a entender momentos como aquele. Lembrava-se de algo que tinha lido há tanto tempo sobre um menino que conseguia ver o pôr do sol quantas vezes quisesse num mesmo dia só bastando mudar sua cadeira de lugar no seu pequeno planeta e Gianina vivia o mesmo toda vez que olhava para Icarus. Qualquer detalhe que suas íris claras encontravam era como admirar um pôr do sol pela primeira vez, Icarus tinha infinitas coisas belas a serem apreciadas. “That will be a very long time then.” Deixou um beijo rápido sobre o pescoço dele, um sorriso escondido em sua pele. “Yeah,” Gia não conseguiu esconder o seu sorriso. A verdade é que seria impossivelmente difícil deixar Icarus, queria que aqueles segundos se multiplicassem e fossem infinitos. “I’ll watch sharknado with you.”
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@icaruskm
Gianina demorou algum tempo convencendo suas amigas de que estava tudo bem, que ela conseguia ficar sozinha e que não, não queria falar sobre o que tinha acontecido, ainda não. Depois que as duas foram embora, ela decidiu tomar um banho, acreditava que a água morna era capaz de lavar até os incômodos mais presos. Enquanto a água corria, Gia tentava entender como foi possível amar alguém que não conhecia direito; depois pensou em como a ausência de Amycus já não a incomodava tanto há algum tempo; logo seus pensamentos se voltaram ao sonho que tivera na noite passada. Era inevitável, algo sempre a puxava em direção a mesma pessoa. Gia tinha certeza de que tinha chamado o seu nome enquanto dormia ou então talvez ela estivesse rezando. Havia diferença? Seria possível que o nome de Icarus algum dia não soasse como um pedido? Como algo que ela precisava desesperadamente? Gianina não era muito impulsiva, não. Alguns anos atrás tinha descido de um trem com um desconhecido e essa foi a primeira vez em que realmente deixou-se guiar por seus impulsos. Não era surpresa que a segunda vez a levasse até a porta dele, era? Seu coração batia apressado enquanto esperava Icarus abrir a porta, deveria ter mandado uma mensagem, mas diria o que exatamente? O que diria quando ele abrisse a porta, aliás? “Hi,” foi o que escolheu.
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Gia tentava se lembrar da última vez que tinha sentido tanta paz e não conseguia. Estar nos braços de Icarus, sentindo o morno de sua respiração em sua pele sensível, o toque firme e ainda assim cuidadoso em sua coxa era o que imaginava que o céu seria. Antes uma imensidão desconhecida, algo que a deslumbrava e que não podia viver sem. Tocava as costas dele como se para ter certeza de que vivia mesmo aquele momento e ainda para reafirmar a ele que ela estava ali. Anos, quilômetros, horas… tudo isso podia passar mas eles eram uma constante. Como o brilho interminável do sol, como o horizonte. Assim como nunca se cansaria de olhar para os olhos do homem que amava, Gianina não conseguia se imaginar longe dele nunca mais. “I…” Tinha tanto que queria dizer e nenhuma das palavras que vinha em sua mente eram difíceis de serem ditas apesar de cheias de significado. “I’m so glad you’re here, baby.” Em sua cidade, na ponta de seus dedos. “You’ve already seen how permanent you are to me,” olhou brevemente para a tatuagem em seu ombro, “but this… I don’t think anything has ever felt as real and good as you do to me right now.”
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@icaruskm
Gianina demorou algum tempo convencendo suas amigas de que estava tudo bem, que ela conseguia ficar sozinha e que não, não queria falar sobre o que tinha acontecido, ainda não. Depois que as duas foram embora, ela decidiu tomar um banho, acreditava que a água morna era capaz de lavar até os incômodos mais presos. Enquanto a água corria, Gia tentava entender como foi possível amar alguém que não conhecia direito; depois pensou em como a ausência de Amycus já não a incomodava tanto há algum tempo; logo seus pensamentos se voltaram ao sonho que tivera na noite passada. Era inevitável, algo sempre a puxava em direção a mesma pessoa. Gia tinha certeza de que tinha chamado o seu nome enquanto dormia ou então talvez ela estivesse rezando. Havia diferença? Seria possível que o nome de Icarus algum dia não soasse como um pedido? Como algo que ela precisava desesperadamente? Gianina não era muito impulsiva, não. Alguns anos atrás tinha descido de um trem com um desconhecido e essa foi a primeira vez em que realmente deixou-se guiar por seus impulsos. Não era surpresa que a segunda vez a levasse até a porta dele, era? Seu coração batia apressado enquanto esperava Icarus abrir a porta, deveria ter mandado uma mensagem, mas diria o que exatamente? O que diria quando ele abrisse a porta, aliás? “Hi,” foi o que escolheu.
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Alguns momentos da vida eram mesmo surreais, como se o mundo por alguns minutos esquecesse que precisava esconder sua magia e então se apresentava tão belo que faltava compreensão para absorver aquele milagre. Gia sentia-se assim naquele momento, como se pudesse ver rachaduras coloridas e brilhantes na normalidade de seus dias; sabia que nada seria normal novamente, não depois de ter Icarus tão perto, não depois de chamar seu nome tantas vezes, não depois de seus pulmões estarem cheios do aroma doce que ambos dividiam. E se Icarus era mesmo real, como ele mesmo dizia ser, e se Gia pudesse tê-lo mais vezes e quem sabe se fosse por todos os seus dias então não precisava de nada mais. Gianina não conseguia pensar em nada que queria mais do que Icarus, sua pele morena, seus olhos cativantes e sua voz firme e gentil. “You have?” Perguntou baixo, seus lábios logo encontrando a pele desnuda do peito dele e deixando alguns beijos ali. “Was it like you dreamed?” Continuava a tocar o braço dele carinhosamente com a ponta de seus dedos. Ainda tinha tanto que gostaria de viver ao lado dele, tantos sonhos que gostaria de transformar em realidade.
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@icaruskm
Gianina demorou algum tempo convencendo suas amigas de que estava tudo bem, que ela conseguia ficar sozinha e que não, não queria falar sobre o que tinha acontecido, ainda não. Depois que as duas foram embora, ela decidiu tomar um banho, acreditava que a água morna era capaz de lavar até os incômodos mais presos. Enquanto a água corria, Gia tentava entender como foi possível amar alguém que não conhecia direito; depois pensou em como a ausência de Amycus já não a incomodava tanto há algum tempo; logo seus pensamentos se voltaram ao sonho que tivera na noite passada. Era inevitável, algo sempre a puxava em direção a mesma pessoa. Gia tinha certeza de que tinha chamado o seu nome enquanto dormia ou então talvez ela estivesse rezando. Havia diferença? Seria possível que o nome de Icarus algum dia não soasse como um pedido? Como algo que ela precisava desesperadamente? Gianina não era muito impulsiva, não. Alguns anos atrás tinha descido de um trem com um desconhecido e essa foi a primeira vez em que realmente deixou-se guiar por seus impulsos. Não era surpresa que a segunda vez a levasse até a porta dele, era? Seu coração batia apressado enquanto esperava Icarus abrir a porta, deveria ter mandado uma mensagem, mas diria o que exatamente? O que diria quando ele abrisse a porta, aliás? “Hi,” foi o que escolheu.
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Gia tinha uma boa memória e ás vezes se gabava disto, principalmente quando brincava com seu irmão sobre quem Cecília iria preferir no futuro já que Gia lembrava de todo detalhe da vida da sobrinha até então. Lembrava-se de fatos históricos, aniversários, o primeiro bolo que Tomika fez para ela e Kath, a vez em que Katherine se envolveu em uma briga pela primeira vez (de tantas, tantas, que viriam depois). Nos últimos anos, Gianina tinha se lembrado de Icarus principalmente. Em tudo o que fazia, no que ouvia, sempre perto do mar e distante também porque já não precisava da imensidão azul para se lembrar de quem morava de fato dentro de si. “I don’t think you actually exist.” Naquele momento, com seus olhos marejados após ouvir as palavras mais bonitas que Icarus poderia ter dito, Gia se lembrou de um de seus poemas favoritos: Ne hâte pas cet acte tendre, douceur d’être et de n’être pas, car j’ai vécu de vous attendre, et mon coeur n’était que vos pas. E foi o que traduziu para ele “Do not hurry this tender act, bliss of being and not being, for I have lived for waiting for you and my heart was only your footsteps.” Seus dedos passaram sobre as sobrancelhas dele, sua testa, seu nariz, suas bochechas, seu queixo e sua boca como quem deseja que todos seus sentidos tenham ciência de cada detalhe dele. “It was terrible to not be near you but I waited, I swear I did. I was only lying to myself to think I could ever be another’s, I hope you know.”
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Gianina demorou algum tempo convencendo suas amigas de que estava tudo bem, que ela conseguia ficar sozinha e que não, não queria falar sobre o que tinha acontecido, ainda não. Depois que as duas foram embora, ela decidiu tomar um banho, acreditava que a água morna era capaz de lavar até os incômodos mais presos. Enquanto a água corria, Gia tentava entender como foi possível amar alguém que não conhecia direito; depois pensou em como a ausência de Amycus já não a incomodava tanto há algum tempo; logo seus pensamentos se voltaram ao sonho que tivera na noite passada. Era inevitável, algo sempre a puxava em direção a mesma pessoa. Gia tinha certeza de que tinha chamado o seu nome enquanto dormia ou então talvez ela estivesse rezando. Havia diferença? Seria possível que o nome de Icarus algum dia não soasse como um pedido? Como algo que ela precisava desesperadamente? Gianina não era muito impulsiva, não. Alguns anos atrás tinha descido de um trem com um desconhecido e essa foi a primeira vez em que realmente deixou-se guiar por seus impulsos. Não era surpresa que a segunda vez a levasse até a porta dele, era? Seu coração batia apressado enquanto esperava Icarus abrir a porta, deveria ter mandado uma mensagem, mas diria o que exatamente? O que diria quando ele abrisse a porta, aliás? “Hi,” foi o que escolheu.
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Enquanto o corpo de Gianina lidava com as diversas sensações que o envolvia - o tremor, o calor intenso, a sensação de estar flutuando, ela se perguntava se promessas podiam ser também coisas não ditas. Se sons e fragmentos de tempo também eram capazes de ser um juramento. O ar voltava aos poucos para seus pulmões e Gia sabia o que tudo aquilo significava; ela encontraria Icarus em qualquer lugar, eles se comunicariam em toda e qualquer linguagem, ela estaria lá contanto que ele estivesse também. Afinal, os dois estavam mesmo ocupando o mesmo lugar ao mesmo tempo (não estavam há tanto tempo?) e dane-se o que a física tinha a dizer sobre isso, Gia era de humanas, suas leis eram outras. E provando isso, nunca tinha se sentido tão humana quanto naquele momento. Vulnerável, emocional, apaixonada. Tudo o que o ser humano tinha de melhor. Tudo naquele segundo, tudo desde que o encontrara. Seus dedos passavam cuidadosos sobre os fios de Icarus, queria olhar para ele de novo, queria guardar aquela imagem no lugar mais importante de sua mente. O momento em que tinham voltado um para o outro, o momento em que tinha tudo de Icarus para si. “You’re so beautiful,” trouxe o rosto dele para si, seus polegares acariciando as bochechas dele. “That was incredible.”
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Gianina demorou algum tempo convencendo suas amigas de que estava tudo bem, que ela conseguia ficar sozinha e que não, não queria falar sobre o que tinha acontecido, ainda não. Depois que as duas foram embora, ela decidiu tomar um banho, acreditava que a água morna era capaz de lavar até os incômodos mais presos. Enquanto a água corria, Gia tentava entender como foi possível amar alguém que não conhecia direito; depois pensou em como a ausência de Amycus já não a incomodava tanto há algum tempo; logo seus pensamentos se voltaram ao sonho que tivera na noite passada. Era inevitável, algo sempre a puxava em direção a mesma pessoa. Gia tinha certeza de que tinha chamado o seu nome enquanto dormia ou então talvez ela estivesse rezando. Havia diferença? Seria possível que o nome de Icarus algum dia não soasse como um pedido? Como algo que ela precisava desesperadamente? Gianina não era muito impulsiva, não. Alguns anos atrás tinha descido de um trem com um desconhecido e essa foi a primeira vez em que realmente deixou-se guiar por seus impulsos. Não era surpresa que a segunda vez a levasse até a porta dele, era? Seu coração batia apressado enquanto esperava Icarus abrir a porta, deveria ter mandado uma mensagem, mas diria o que exatamente? O que diria quando ele abrisse a porta, aliás? “Hi,” foi o que escolheu.
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De certo modo era até engraçado como Gianina pertencia a Icarus, como em um só dia ele foi capaz de entendê-la por toda uma vida, como em um toque simples em seus fios úmidos já parecia ter descoberto tudo aquilo que ela gostava. Gia nunca soube que o amor viria assim, fácil como a brisa do mar, certeiro como mapas eram. Mas Icarus era assim e da forma certa a levava a lugares que Gia nem sabia que existiam. Ela se derramava sob ele, virava talvez o próprio oceano e sentia ele se mexer sobre si como ondas cresciam uma a uma. Se o corpo humano era setenta por cento água, naquele momento Icarus e Gia juntos formavam muito mais que isso. Se lembrava de ver em seus livros de geografia a beleza de quando o mar encontrava o rio e achou que nunca veria tal imagem pessoalmente, agora descobria o quão errada estava. Ela era o rio e Icarus o mar, ou ela era o mar e Icarus o rio. Gianina seria qualquer coisa que ele quisesse, era antes de tudo dele afinal. E não havia nada que ansiava tanto quanto encontrá-lo e sentir ele se derramando sobre si.
Como uma âncora, Gia se prendia nele, suas mãos buscando ansiosas a pele macia de suas costas, sua boca nunca deixando a dele a não ser quando tudo o que sentia se tornava demais e ela precisava chamá-lo como quem tem tanto a agradecer. Era lindo de um jeito profano escutar Icarus xingar entre suspiros, jurava nunca ter visto algo como aquilo. Deus, esperava que fosse apenas a primeira de várias vezes. “Baby, baby,” repetia como um mantra, seus olhos se fechando ao sentir Icarus alcançar um lugar delicioso dentro de si até que fosse difícil de respirar. Talvez os franceses tivessem razão, aquilo era um pouco como morrer mesmo, mas era também como nascer de novo. “Icarus, I’m-” Era impossível formar palavras, mas Gia tinha certeza que ele sentiu o corpo dela se apertando ao redor dele implorando para que embarcassem naquela onda juntos.
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Gianina demorou algum tempo convencendo suas amigas de que estava tudo bem, que ela conseguia ficar sozinha e que não, não queria falar sobre o que tinha acontecido, ainda não. Depois que as duas foram embora, ela decidiu tomar um banho, acreditava que a água morna era capaz de lavar até os incômodos mais presos. Enquanto a água corria, Gia tentava entender como foi possível amar alguém que não conhecia direito; depois pensou em como a ausência de Amycus já não a incomodava tanto há algum tempo; logo seus pensamentos se voltaram ao sonho que tivera na noite passada. Era inevitável, algo sempre a puxava em direção a mesma pessoa. Gia tinha certeza de que tinha chamado o seu nome enquanto dormia ou então talvez ela estivesse rezando. Havia diferença? Seria possível que o nome de Icarus algum dia não soasse como um pedido? Como algo que ela precisava desesperadamente? Gianina não era muito impulsiva, não. Alguns anos atrás tinha descido de um trem com um desconhecido e essa foi a primeira vez em que realmente deixou-se guiar por seus impulsos. Não era surpresa que a segunda vez a levasse até a porta dele, era? Seu coração batia apressado enquanto esperava Icarus abrir a porta, deveria ter mandado uma mensagem, mas diria o que exatamente? O que diria quando ele abrisse a porta, aliás? “Hi,” foi o que escolheu.
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O som que saiu dos lábios de Gia quando ela e Icarus finalmente se encontraram em todos seus pontos soou como uma canção antiga. No entanto, se sua mente não estivesse tão anuviada, o que realmente teria dito era: você lembra quando aprendeu sobre a pangeia? Quando todos os continentes eram ligados uns nos outros, quando eram um só? Você lembra que as mesmas linhas que formam a América do Sul formam também a África? Cada pequena curva e traço desenhado se completa como um quebra-cabeça? Você lembra? Você sente? Porque cada uma das linhas, arestas, curvas e pontas de Gianina tinham sido desenhadas para se encaixar em cada uma correspondente de Icarus. Porque tudo que habitava dentro dela já tinha vivido dentro dele, ela sabia. Porque naquele momento era como se o mundo voltasse milhões de anos e fosse, de novo, único. Um só bloco, um só corpo, como já era um só coração há tanto tempo. Será que Icarus sentia? Será que ele sabia?
As mãos de Gia exploravam os braços dele até se prenderem em suas costas, queria ele mais perto se fosse possível, queria que ele descobrisse lugares até então inabitados dentro de si. “Icarus,” o nome dele se repetia milhares de vezes em sua língua, a cada movimento de onda que a atingia. Beijava Icarus com a intensidade das mesmas placas que separaram a terra tantos anos antes, sentia mesmo que era capaz de criar algo quando sua boca encontrava a dele, quando sentia os sons dele sendo abafados por seus próprios lábios. “You’re so good, baby, so good…” respirava de forma ofegante, seus olhos não aguentando ficar abertos por muito tempo, sua cabeça girando no mesmo ritmo. “God, I’ve always wanted you like this.” E era tão melhor, Gia não era criativa o suficiente para imaginar o que era ter Icarus daquela forma. E, se permitindo ser egoísta pela primeira vez, suas duas pernas se enrolaram envolta dele, o buscando ainda mais.
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Gianina demorou algum tempo convencendo suas amigas de que estava tudo bem, que ela conseguia ficar sozinha e que não, não queria falar sobre o que tinha acontecido, ainda não. Depois que as duas foram embora, ela decidiu tomar um banho, acreditava que a água morna era capaz de lavar até os incômodos mais presos. Enquanto a água corria, Gia tentava entender como foi possível amar alguém que não conhecia direito; depois pensou em como a ausência de Amycus já não a incomodava tanto há algum tempo; logo seus pensamentos se voltaram ao sonho que tivera na noite passada. Era inevitável, algo sempre a puxava em direção a mesma pessoa. Gia tinha certeza de que tinha chamado o seu nome enquanto dormia ou então talvez ela estivesse rezando. Havia diferença? Seria possível que o nome de Icarus algum dia não soasse como um pedido? Como algo que ela precisava desesperadamente? Gianina não era muito impulsiva, não. Alguns anos atrás tinha descido de um trem com um desconhecido e essa foi a primeira vez em que realmente deixou-se guiar por seus impulsos. Não era surpresa que a segunda vez a levasse até a porta dele, era? Seu coração batia apressado enquanto esperava Icarus abrir a porta, deveria ter mandado uma mensagem, mas diria o que exatamente? O que diria quando ele abrisse a porta, aliás? “Hi,” foi o que escolheu.
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gemma: estamos sim!! e a ceci vai amar, você sabe como ela não é muito fã do frio :/ mas ela sente muitas saudades suas!! e do sparkles também! o que aconteceu com seu namorado? ele fez algo, não é? ai, gia, eu nunca gostei dele… mas tá bom, venha sim! te amo e te espero
Pois eu e o Sparkles vamos fazer uma visita então! Por favor, esconde suas coisas de quebrar, você sabe como ele é.
Ele fez algo, mas já está tudo bem e ele não é meu namorado mais. É, eu sei, aparentemente ninguém gostava... Enfim, te amo.
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James: se vc quiser levar seu filhote pode levar viu tudo certo irmã
Não sei se é a melhor ideia... Ele não gosta muito de... desconhecidos.
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james: mãe do sparkles o gato mais querido de sun city. final de ano, virada do ano para ser mais exato! todos os irmãos unidos em cristo pra comemorar a chegada do ano novo!! bora minha amiga?
Você tem que ser mesmo a pessoa mais querida da cidade pra falar assim do meu bebê. Gosto muito de você, sabia? Pois saiba.
Tá combinado.
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Gia não se demorava muito nas teorias de como o mundo fora criado, se uma coisa era verdade sobre ela era que Gia gostava de se atentar aos fatos. Sempre achou curioso, no entanto, que cada um tivesse uma versão e todas elas no fim se resumissem a uma explosão colorida. Às vezes literalmente, as vezes apenas o ato de pegar uma parte de si e colorir o mundo porque viver no escuro, no cinza não dá. Nunca deu. Era engraçado pensar que era exatamente aquilo que vivia naquele momento dividido com Icarus. O começo de algo novo e ainda assim inevitável, colorido, bonito e totalmente seu. Tocá-lo era como criar todas as estrelas do céu, como conhecer a textura de todas as flores; olhar para seu rosto era como perceber o dia mais belo já feito. Icarus e Gianina forjavam algo ali com a ponta de seus dedos, com suas línguas e com seus suspiros. Uma explosão colorida. Talvez por isso ficar sem ele tinha sido tão difícil, faltava metade de seu mundo, faltava cor para seus dias, o roxo de seu verde. O mar era sempre azul e sempre azulado não deixava de conter um verde único; o verde das íris de Gia tinham azul-oceano desde que encontrara um menino-oceano numa cidade distante. Ele tinha que saber o quanto ela era azul, o quanto era e sempre seria sua.
Como flores que geram um carimbo perfeito ao serem prensadas contra páginas de um livro, ter o corpo do moreno sobre o seu era uma forma de arte; uma marcação definitiva. A voz dele causava vibrações diferentes por toda sua pele, seus toques eletrizantes a deixavam confusa, tonta e ainda assim num estado de completa alegria. “Baby,” sua coxa se encaixou tão bem ao quadril do outro como se seus dois corpos tivessem sido desenhados juntos. Quem seria capaz de dizer que não? Gia tinha um gosto do que seria tê-lo finalmente por completo mesmo que não o tivesse de verdade. Quase riu, já não tinham vivido tempo demais assim? Mesmo se Icarus só estivesse naquele cidade há um dia ainda seria muito tempo que teria passado fingindo que não era dele. Não existiam mais motivos para não se entregarem completamente - e muito menos vontade. “So give me everything,” saiu de um jeito rouco enquanto Gia o olhava como se fosse a primeira vez, enquanto sua perna se tornava mais firme ao redor dele, enquanto o puxava para sentir mais de seu gosto.
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