23 Anos, Cancêr, Ele.Escrevo uns imagine pra baitola, igual eu. S/N sempre vai ser bottom vey, só aceitem. Não sei se alguém vai ler essas merdas aí, mas eu aceito pedidos também...Bjss
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Imagine Mingi

O quarto estava abafado, a respiração carregada preenchia o ar pesado. O som úmido e contínuo da pele de Mingi batendo nas coxas de S/N ecoava, misturado aos gemidos baixos e contidos.
S/N estava de quatro na cama, completamente nu. As bochechas ruborizadas, os olhos semi cerrados em vergonha e ódio, enquanto as coxas fortes se mantinham apertadas, criando uma fenda estreita entre elas, onde o pau grosso e latejante de Mingi deslizava, entrando e saindo com estocadas pesadas, molhadas, que faziam o corpo de S/N balançar a cada avanço.
— Aperta mais essas coxas, porra — rosnou Mingi, os dedos marcando a carne da cintura de S/N. — Quero sentir a porra do calor delas.
S/N gemeu baixo, um som irritado e manhoso escapando de seus lábios inchados.
— Vai se foder, Song — respondeu, mesmo ofegante.
— Se não apertar direito... — Mingi inclinou-se sobre ele, a voz grave roçando sua nuca úmida de suor — ...vou meter direto no seu cuzinho apertado. Aqui e agora. Sem aviso. Sem pedido.
S/N estremeceu inteiro. Fechou ainda mais as coxas, ofegante.
— Filho da puta — gemeu, sentindo o pau quente e grosso deslizar entre a pele úmida de suas coxas agora ainda mais juntas. — Você é um desgraçado nojento.
Mingi riu baixo, arfando, a respiração pesada contra a nuca de S/N.
— E você é o nerd mais safado dessa universidade. Olha só pra você... pelado, de quatro, gemendo baixinho, me obedecendo como um bom garoto.
As mãos grandes de Mingi desceram pela curva das costas de S/N até apertar com força suas nádegas, separando-as um pouco, expondo o cuzinho rosado que piscava involuntariamente.
— Tão bonito — sussurrou Mingi, a voz carregada de luxúria. — Um dia vou meter aqui dentro. E quando isso acontecer, você vai gozar só de me sentir te fodendo.
S/N cerrou os dentes, tentando conter a onda quente de humilhação que subia por sua pele.
— Nem fodendo que você vai enfiar essa merda aqui — cuspiu as palavras com ódio.
— Nunca diga nunca — Mingi rosnou em seu ouvido, voltando a estocar com força entre as coxas apertadas.
Mesmo com todos aquele acordo insano havia uma linha que S/N nunca cruzara.
O cu.
Mingi insistia, provocava, brincava. Chegava a espalhar a bunda de S/N com as mãos, a brincar com o dedo, pressionar a entrada, lamber, provocar.
Mas nunca forçava. Nunca ultrapassava o que S/N não permitia.
Talvez fosse esse o limite frágil que mantinha S/N um pouco menos humilhado.
O som molhado e sujo das investidas aumentou. Mingi se inclinou mais, prensando o corpo de S/N contra o colchão, segurando firme em sua cintura.
— Está tão apertado hoje... — gemeu, arfante. — Você está ficando bom nisso, sabia?
S/N soltou um gemido abafado, o rosto enterrado no travesseiro, a mente em completo caos odiando o quanto o próprio pau latejava, encostado no colchão, enquanto as estocadas entre suas coxas o faziam estremecer inteiro.
— Filho da puta — murmurou, apertando ainda mais as pernas.
Mingi puxou-lhe os cabelos com força, arqueando seu pescoço para trás.
— Fala de novo — rosnou. — Me xinga, vai.
S/N arfou, a pele corada de vergonha.
— Vai se foder, Song Mingi. Você é um desgraçado nojento, um pervertido, um filho da puta descompensado — a voz falhou entre gemidos abafados.
Mingi gemeu alto com o palavreado sujo, as estocadas ficando mais pesadas, o som das bolas batendo contra as coxas de S/N cada vez mais alto.
— Caralho... — grunhiu. — Tão bom... suas coxas apertadas, sua boca imunda, sua língua de veneno... vou gozar, nerdinho... vou gozar nessa porra dessas coxas...
O gozo veio forte, quente, espesso, sujando a pele de S/N, escorrendo pelas pernas.
Mingi caiu sobre ele, arfando, o peito suado colado nas costas igualmente úmidas de S/N.
Por um instante, o silêncio pesado se instalou, preenchido apenas pelas respirações descompassadas.
— Um dia — sussurrou Mingi, ainda ofegante — um dia você vai deixar eu enfiar.
S/N manteve os olhos fechados, o rosto ainda vermelho.
— Nunca.
Mingi riu, beijando sua nuca de leve.
— Veremos.
E ali, envergonhado, sujo, com as coxas ainda tremendo e o corpo latejando, S/N se perguntou novamente:
Como ele tinha chegado até ali? Como, porra, ele permitiu que as coisas escalassem desse jeito?
Mas pra entender isso... precisamos voltar um pouco nessa história.
No campus da Universidade Jeonghwa, existiam muitas rivalidades: clubes esportivos disputando patrocinadores, grupos acadêmicos competindo por verbas, fraternidades tentando se superar em festas ridículas. Mas nenhuma dessas rivalidades chegava perto da que existia entre S/N e Song Mingi.
Ali não havia jogo amistoso, não havia provocação inocente. Era guerra declarada. Ódio puro. Um ódio que fervia e escorria pelos corredores sempre que os dois se cruzavam.
S/N o desprezava com cada célula de seu corpo. Song Mingi era o tipo exato de pessoa que ele jurava evitar na vida. Um babaca arrogante, prepotente, mimado, agressivo. Alguém que acreditava que o mundo existia para girar ao seu redor, com um sorriso cínico sempre pronto a menosprezar todo mundo. E quando não conseguia o que queria com o sorriso, usava o poder. Usava o medo.
Mas Mingi não conseguia intimidar a todos.
Não conseguia intimidar S/N.
Desde o primeiro semestre, os dois se detestavam com uma intensidade que chamava atenção de todos no campus. A tensão entre eles era tão palpável que os professores preferiam não colocá-los nas mesmas turmas quando possível. O reitor já fora avisado mais de uma vez por alunos preocupados com o que poderia acontecer.
Os próprios colegas já haviam aberto apostas silenciosas sobre qual dos dois seria expulso primeiro.
Era como assistir duas bombas prestes a colidir.
S/N, sempre impecável nas aulas. Aluno modelo. Um nerd orgulhoso, bonito, inteligente, com aquele ar distante e irônico que só irritava ainda mais quem tentava diminuí-lo.
Song Mingi, ao contrário, andava pelos corredores como se fosse dono deles. Filho de um empresário influente, esportista, popular, sempre cercado de gente tentando lamber seu ego. Fazia o mínimo necessário para manter a bolsa esportiva, mas conseguia manipular professores e colegas com o mesmo talento com que jogava basquete.
Menos S/N.
E era exatamente isso que enlouquecia Mingi.
A primeira vez que discutiram foi logo na primeira semana de aula. Numa palestra obrigatória, quando Mingi fez um comentário alto e desrespeitoso no meio da apresentação, arrancando risadas de parte da plateia.
S/N não se conteve.
— Se for para escutar sandices, prefiro ir dormir no dormitório — disse, alto o suficiente para todos ouvirem.
As cabeças se viraram na hora. O olhar de Mingi encontrou o de S/N pela primeira vez.
Foi o início de tudo.
— O que foi que você disse? — Mingi se ergueu da cadeira, o sorriso debochado nos lábios.
— Disse que você é uma criança mimada que confunde palhaçada com humor — S/N respondeu com a voz firme, o rosto calmo, mas os olhos faiscando.
Mingi deu um passo à frente, já a poucos centímetros dele.
— Cuidado, nerdinho. Vai acabar engolindo essa língua afiada.
— Não costumo engolir lixo — S/N respondeu, e virou as costas.
Aquela foi só a primeira faísca.
Desde então, tudo virou motivo para conflito.
Nos corredores, nas salas de aula, nos refeitórios. A rivalidade virou uma atração à parte no campus.
— Lá vão eles de novo — sussurravam os alunos sempre que os viam de longe.
Mingi parecia viver para provocar S/N. Derrubava os livros de propósito. Esbarrava nele nas escadas. Trazia sempre comentários ácidos durante apresentações acadêmicas só para tentar desestabilizá-lo.
Mas S/N nunca recuava. Cada provocação recebia resposta na mesma moeda.
— Você sabe que vai cair se puxar tanto meu saco, Song — dizia S/N quando Mingi tentava forçar alguma autoridade na frente dos outros.
— Ah, mas eu nunca puxaria o seu, nerdinho. Não sem te fazer implorar primeiro — retrucava Mingi com um sorriso torto que fazia as meninas suspirarem e os professores revirarem os olhos.
As provocações iam ficando mais agressivas a cada mês.
Nos trabalhos em grupo, eram forçados, vez ou outra, a dividir tarefas.
— Não ouse reler meu relatório, Song. Eu não confio nem no seu português básico — dizia S/N.
— Relaxa, eu prefiro usar a sua boca pra outra coisa mesmo — vinha a resposta venenosa de Mingi.
As colegas riam nervosas, alguns colegas homens apenas fingiam não ouvir. A tensão sexual latente já começava a ser sussurrada nos corredores.
— Aposto que esses dois vão acabar se pegando — murmuravam algumas.
— Ou se matando — diziam outras.
A direção já os chamara algumas vezes para conversas privadas.
— S/N, Song, vocês sabem que estão andando no limite, não sabem? — disse certa vez o diretor acadêmico.
S/N cruzou os braços.
— Eu apenas me defendo, senhor. Não costumo começar as provocações.
— Isso é relativo — interrompeu Mingi, sorrindo com falsa inocência. — Eu apenas tento criar um ambiente descontraído. Ele é que é sensível demais.
— Descontraído uma ova — respondeu S/N. — Desconfortável é a palavra correta.
A tensão na sala era sufocante.
O diretor suspirou.
— Vocês têm bolsas importantes. Se qualquer contato físico agressivo acontecer entre vocês, eu serei obrigado a suspender ambos. Fiquem cientes disso. Não testem a paciência da universidade.
— Perfeitamente entendido — disse S/N, mantendo o olhar firme em Mingi.
— Entendido — Mingi repetiu, o sorriso torto nos lábios, sustentando o olhar.
Mas claro que as provocações verbais continuavam.
Até nos pequenos detalhes.
Na cantina, quando S/N estava na fila, Mingi sempre surgia de repente, colando-se atrás dele.
— Vai demorar muito? Tenho pressa — dizia, se inclinando atrás de S/N, quase roçando seu ombro largo.
S/N nem olhava para trás.
— Vai comer sozinho de novo, Song? Nenhuma das suas vadias quis te aturar hoje?
— Eu prefiro manter a minha dieta limpa, sem gente amarga perto — Mingi dizia, soprando de propósito perto da orelha de S/N só para vê-lo arrepiar, mesmo que de raiva.
Na biblioteca, não era diferente.
S/N estudava sozinho, mergulhado nos livros, quando percebia a sombra se formar à sua frente.
— Vai dar um tempo nesse monte de papel? Ou quer que eu sente aqui e leia pra você? — Mingi oferecia com aquele sorriso cínico.
S/N o ignorava, fingindo voltar a leitura.
Mas a verdade era que o coração acelerava toda vez que Mingi o provocava tão de perto.
A raiva era genuína. Mas havia algo perverso, incômodo, latente sob aquela raiva.
O maldito cheiro de menta misturado com cigarro, a proximidade sufocante, a voz rouca sempre tão perto.
As pessoas começaram a notar.
— Vocês dois são insuportáveis — comentou Soojin, colega de turma de ambos, certa vez. — Vocês deviam transar logo e parar com essa palhaçada.
— Vai se foder, Soojin — respondeu S/N na hora, o rosto esquentando.
— Só estou dizendo o que todos pensam — ela riu.
Mingi apenas riu junto, observando S/N com aquele olhar de quem sabia que mexia com ele.
O semestre começou como qualquer outro. Rotina, aulas exaustivas, trabalhos em grupo, provocações diárias entre S/N e Song Mingi. Nada fora do esperado.
Mas então, veio a primeira dor de cabeça.
Era pequena no início. Uma leve pressão nas têmporas, como se algo estivesse comprimindo os lados de seu crânio. No começo, S/N ignorou. Continuou com sua rotina impecável, entregando trabalhos, participando das aulas, corrigindo colegas quando necessário — e claro, rebatendo todas as provocações de Mingi com a língua afiada de sempre.
Mas as dores não pararam.
Vieram em ondas. E cada onda parecia mais forte.
Em pouco tempo, as tonturas começaram a acompanhá-las. Primeiro alguns minutos de vertigem, depois horas inteiras de um desconforto que o fazia se agarrar à mesa para não tombar.
Foi aí que as faltas começaram.
A primeira aula perdida foi um acidente. Levantou da cama, cambaleou até o banheiro e acabou no chão, o estômago revirando. Quando abriu os olhos, já era meio-dia.
Mas não foi a última. Longe disso.
A cada nova semana, mais dias se acumulavam em branco na frequência. A diretoria o chamou para conversar algumas vezes, preocupada. S/N tentava explicar, com os exames médicos em mãos, que fazia acompanhamento, que estava tentando melhorar.
Mas a verdade cruel permanecia: as aulas estavam passando. As matérias avançavam. As avaliações eram aplicadas. Os trabalhos entregues. E ele ficava para trás.
E as notas começaram a despencar.
De aluno modelo e referência de desempenho acadêmico, S/N passou a ser aquele nome com asteriscos na lista de rendimento. O comentário silencioso dos professores era sempre o mesmo:
— É uma pena. Tão promissor.
E como se o inferno já não estivesse instalado o bastante, claro que Song Mingi estava lá. Sempre lá. Sempre com aquele sorriso torto, acompanhando a queda com prazer sádico.
O primeiro comentário foi sutil, logo depois de uma aula de Cálculo II.
S/N saía mancando da sala, a cabeça latejando, as folhas amassadas sob o braço, quando Mingi surgiu ao lado dele, caminhando devagar, como um abutre rondando.
— Nossa, que surpresa você aqui hoje. — A voz arrastada soou ao lado de seu ouvido. — Achei que tinha abandonado o curso de vez.
S/N o ignorou, os olhos fixos no chão.
Mingi persistiu.
— Deve ser difícil, não? Ver suas notinhas perfeitas despencarem assim. Você era o orgulho do quadro de honra, não era? Agora... nem sombra disso.
S/N cerrou os dentes.
— Vai se foder, Song.
— Só estou preocupado — Mingi sorriu, colando-se um pouco mais a ele. — Imagina só perder a bolsa. Nossa, deve ser humilhante. O nerd intocável, rebaixado como qualquer medíocre. Que delícia seria ver isso acontecer.
— Sai da minha frente — S/N rosnou, desviando com dificuldade, a tontura começando a rondar sua visão periférica.
Mas Mingi nunca recuava fácil.
Nas semanas seguintes, as provocações só aumentaram.
— Faltou de novo ontem, não foi? — cochichou certa vez no refeitório, passando por trás de S/N e sussurrando ao pé de seu ouvido enquanto ele tentava almoçar em paz. — Ouvi dizer que o professor de bioquímica está pensando em te reprovar direto.
S/N fechou os olhos, inspirando fundo, tentando conter a vontade de atirar a bandeja de comida na cara daquele desgraçado.
— Me impressiona você saber essas coisas, Song — respondeu entre dentes. — Achei que números e letras fossem difíceis demais para o seu cérebro limitado.
— Ah, eu não preciso estudar tanto assim — Mingi deu de ombros, rindo. — Minha bolsa esportiva me mantém aqui. Sorte a minha não depender dessas coisinhas complicadas.
Cada frase era um soco na mente já fraca de S/N.
Os outros colegas começaram a notar. A postura firme de S/N estava se desfazendo. Não respondia mais com tanta agilidade, não olhava tanto nos olhos, evitava a biblioteca nos horários de maior movimento, os olheiras fundas e a expressão exausta deixavam evidente que algo estava errado.
Até os professores passaram a amenizar o tom com ele.
— S/N, você precisa mesmo reconsiderar a carga horária — aconselhou o professor Lee, com um olhar sério. — Se for necessário, podemos tentar trancar algumas disciplinas enquanto seu quadro de saúde não melhora.
Mas trancar seria praticamente um atestado de falência.
S/N apenas negava com a cabeça, a voz trêmula:
— Eu consigo. Só preciso... só preciso me recuperar logo.
Só que o corpo não obedecia.
Nem os remédios ajudavam muito. Nem o acompanhamento médico parecia surtir efeito.
A imunidade de S/N estava um lixo. O menor esforço o deixava tonto. As dores de cabeça vinham como marteladas. Havia dias que nem conseguia sair do dormitório.
E aí veio o golpe final.
A carta da diretoria chegou numa sexta-feira. Um envelope pálido, simples, mas pesado como chumbo.
As mãos de S/N tremiam enquanto o abria no próprio dormitório, sentado na cama.
"Prezado S/N,
Considerando seu histórico de desempenho acadêmico anterior, e reconhecendo as dificuldades médicas que vêm sendo documentadas neste semestre, informamos que, de acordo com o regulamento interno, sua manutenção na bolsa de estudos estará sujeita à avaliação final.
O exame de recuperação extraordinário ocorrerá na próxima terça-feira, abrangendo toda a matéria do semestre em todas as disciplinas de sua grade atual.
A média necessária para a manutenção da bolsa será de 87 pontos.
Desejamos-lhe uma pronta recuperação e sucesso."
A mão que segurava o papel vacilou.
O exame seria em dois dias.
Duzentas e vinte e duas páginas de conteúdos que ele não conseguiu acompanhar direito.
Provas práticas.
Questões de raciocínio e interpretação.
Como, em nome de tudo, ele conseguiria?
Como revisar um semestre inteiro em dois dias, quando seu corpo mal suportava ficar acordado por mais de quatro horas seguidas?
O desespero subiu como ácido pela garganta.
Se perdesse a bolsa, teria que abandonar o curso. Sem dinheiro, sem apoio familiar, não conseguiria bancar as mensalidades altíssimas.
A visão embaçou um pouco. As têmporas latejavam.
Droga.
Fechou os olhos e se deitou de lado, o estômago revirado de ansiedade, o peito apertado.
Foi ali, deitado no colchão frio do dormitório, com a carta amassada ao lado, que a ideia, suja e absurda, começou a surgir.
Era errado. Era desesperado.
Mas a universidade tinha suas fraquezas.
Os professores usavam as mesmas impressoras.
O servidor de arquivos era centralizado.
Havia formas... arriscadas... mas possíveis.
A folha com o gabarito da avaliação final provavelmente já estava impressa.
Deveria estar no departamento dos professores.
Ele já ouvira comentários sobre como a segurança da sala dos docentes era vergonhosamente frágil.
A ideia sussurrava na mente cansada.
Uma única folha poderia salvá-lo.
Se conseguisse aquela folha, se decorasse as respostas, se fosse rápido, precisaria apenas de um pequeno tempo de acesso à sala. Três minutos, talvez cinco.
O remorso já corroía antes mesmo de tentar.
Ele nunca fora esse tipo de pessoa.
Mas era isso ou o abismo.
A mão escorregou sobre o colchão, apertando os lençóis com força.
Inferno.
Como as coisas tinham chegado a esse ponto?
Do nerd arrogante e seguro de si, ao miserável deitado ali, considerando um plano patético de fraude acadêmica.
S/N girou o rosto no travesseiro, o maxilar trincado.
Odiava Song Mingi.
Odiava a si mesmo.
Odiava o universo.
Mas a maldita ideia permanecia latejando na mente.
O relógio marcava 02h14 da manhã.
O campus da Universidade Jeonghwa estava mergulhado em silêncio. Não havia passos, não havia conversas de estudantes bêbados voltando de festas, não havia o ruído dos técnicos de manutenção. Apenas o vento gelado de junho assobiava baixinho pelas frestas das janelas.
S/N respirou fundo pela quinta vez em menos de um minuto, o coração pulsando forte no peito. As mãos, mesmo dentro dos bolsos da jaqueta, tremiam com a adrenalina.
Era agora ou nunca.
Havia passado o dia inteiro planejando cada detalhe. O trajeto, os horários, os pontos cegos das câmeras. Checou a rotina do segurança noturno, um senhor de quase setenta anos, já meio cego, que ganhara o apelido carinhoso — e cruel — de "Senhor Batata" entre os alunos.
Ele só continuava ali graças a décadas de serviço prestado e ao carinho nostálgico que parte da diretoria ainda nutria por ele.
Perfeito.
Senhor Batata não era um problema.
O problema era... tudo o resto.
S/N esgueirou-se pelos fundos da ala administrativa, andando quase colado à parede do prédio. A entrada lateral ficava sempre destrancada durante a madrugada para o pessoal da limpeza — uma falha de segurança ridícula, mas que hoje jogava a favor dele.
Assim que deslizou para dentro do prédio, o cheiro de produto químico forte o atingiu. Algumas funcionárias da limpeza ainda estavam terminando as alas inferiores, mas ali no bloco dos professores estava tudo vazio.
Ele deslizou os pés com cuidado, evitando fazer barulho com o tênis no piso encerado.
Chegou ao corredor principal.
As portas dos gabinetes estavam todas fechadas.
A sala dos professores ficava no final do corredor.
Caminhou em passos rápidos e silenciosos. Parou em frente à porta de madeira branca. Olhou ao redor. Nenhum som. Nenhuma câmera virada para aquele lado. O pânico crescia no peito.
Girou a maçaneta com cuidado.
Destrancada.
Segurança de merda mesmo.
Entrou, fechando a porta atrás de si com delicadeza.
O coração batia tão alto que parecia ecoar na sala vazia.
Havia várias mesas. Vários armários. Mas ele sabia exatamente onde procurar. O professor de Metodologia Acadêmica sempre guardava as provas impressas na terceira gaveta do armário marrom ao lado da estante de livros.
Tinha ouvido isso da própria boca do homem semanas antes.
S/N cruzou a sala, ajoelhou-se em frente ao armário e puxou a gaveta com cuidado. Pilhas de papéis perfeitamente alinhados. Separou-os rapidamente, a respiração cada vez mais difícil de controlar.
Ali.
Cem páginas. A prova final.
As folhas grampeadas traziam no canto o carimbo vermelho da secretaria. O maldito gabarito, logo em cima, com as respostas codificadas.
Por um segundo, o alívio quase o fez desabar.
Era isso.
Estava feito.
Agora, só precisava da cópia. A impressora do canto era nova, rápida, e permitia digitalização instantânea para o próprio e-mail.
Deslizou até a máquina, digitalizou as folhas em segundos, enviou o arquivo para a conta pessoal e voltou a guardar os originais exatamente onde estavam.
Não havia marcas. Não havia sinais.
Perfeito.
Quando fechou a gaveta e girou o corpo para sair da sala, já sentia um sorriso nervoso se formar nos lábios. Era possível. Ele ia conseguir. Ia manter a bolsa. Ia salvar o futuro.
Mas foi aí que o universo decidiu brincar.
A porta da sala se abriu com um estalo.
A palma de mãos batendo devagar no ar vazio soou alto demais.
— Palmas para o nerd mais certinho dessa universidade.
S/N congelou.
O sangue pareceu sumir do rosto.
Lentamente, ergueu os olhos na direção da voz. Ali, de pé na porta, estava Song Mingi. A sombra projetada pela luz do corredor desenhava aquele maldito sorriso torto. O capuz do moletom puxado até a testa, as mãos no bolso, o olhar carregado de ironia.
— Song... — a voz de S/N saiu trêmula, seca, um fiapo de ar.
— Que surpresa agradável — Mingi entrou na sala com passos lentos, aplaudindo mais uma vez de forma debochada. — Imagine só quem eu encontro invadindo a sala dos professores no meio da madrugada.
S/N tentou pensar rápido. As pernas ainda ajoelhadas no chão, próximo ao armário.
— Eu só... me perdi.
Mingi ergueu uma sobrancelha, teatral.
— Claro. Me perdi. Às duas e quinze da manhã. Dentro da sala dos professores. Com a gaveta de provas aberta e a impressora ligada. Muito convincente, S/N.
Ele fechou a porta atrás de si devagar, trancando-a. O clique da maçaneta gelou ainda mais a espinha de S/N.
Agora era só ele e Mingi.
O silêncio denso preencheu a sala.
— O que... o que está fazendo aqui? — S/N finalmente conseguiu perguntar, tentando manter a voz firme.
Mingi deu um meio sorriso.
— Eu vim comprar maconha, claro. Do zelador. Você sabe que ele tem o melhor estoque dessa merda — disse, como se estivesse falando sobre o tempo. — E, por sorte, passei por aqui e vi você, meu querido nerdinho certinho, rondando a ala administrativa feito um rato nervoso.
S/N se levantou com esforço, o estômago virado, tentando recuperar algum controle da situação.
— Não é da sua conta.
— Agora é — Mingi respondeu, dando um passo mais perto. — Você está ferrado. Roubando gabaritos, S/N? Isso dá expulsão direta. Sem direito a apelação. Você sabe disso, não sabe?
O peito de S/N subia e descia rápido. O ar parecia preso na garganta.
— Não é o que parece.
— Ah, claro que não — Mingi riu baixo. — Deve ser um projeto voluntário de madrugada, não é? Revisar a segurança da universidade, talvez? Sempre tão prestativo.
O sarcasmo queimava na pele de S/N.
O desespero já começava a se transformar em raiva — aquela raiva quente, familiar, que sempre explodia perto de Mingi.
— Cale a porra da sua boca, Song. — As palavras saíram cuspidas, o rosto corado de ódio e vergonha. — Você não tem moral nenhuma para me julgar.
Mingi inclinou a cabeça, sorrindo ainda mais.
— Eu não preciso de moral. Eu só preciso saber o que vi. E eu vi. Com esses olhos aqui.
Ele apontou para si, rindo.
— Vai me dedurar? — S/N desafiou, cruzando os braços mesmo com o corpo trêmulo. — Vai me entregar? Vai correr para a diretoria como um bom cãozinho de moral duvidosa?
Mingi parou, observando-o por alguns segundos. O sorriso nos lábios permaneceu, mas os olhos... os olhos carregavam um brilho diferente. Algo perverso. Algo perigosamente próximo de diversão.
— E por que eu faria isso?
S/N franziu o cenho, confuso.
— Como é?
— Por que eu te entregaria? — Mingi repetiu com a voz arrastada, aproximando-se mais um passo. — É muito mais interessante guardar isso para mim.
Agora S/N recuou um pouco. Encostou-se na mesa mais próxima, o coração acelerando ainda mais. A tensão mudou de temperatura.
— Está querendo o quê, Song? Vai começar a me chantagear? Vai pedir dinheiro? Favores?
— Dinheiro? — Mingi riu alto, quase divertido. — S/N, por favor. Eu nado em dinheiro. Você sabe disso. Não é dinheiro o que me interessa.
A distância entre eles já era mínima. S/N podia sentir o hálito quente de Mingi, o perfume amadeirado misturado com o cheiro leve de maconha recém queimada.
Uma onda nauseante de antecipação e medo percorreu-lhe a espinha.
— Então o que, porra? — rosnou.
Mingi se inclinou ainda mais, a boca quase roçando a orelha de S/N.
— Ainda não decidi... mas, posso garantir que vai ser divertido.
O arrepio foi instantâneo. O estômago de S/N virou. Os olhos arderam de ódio.
— Eu te odeio — sibilou.
— Eu sei — Mingi sorriu, sussurrando —. E é exatamente isso que torna tudo ainda melhor.
Por alguns segundos, o silêncio pesou novamente. Apenas o som abafado da respiração dos dois preenchia a sala escura.
S/N estava enjaulado.
Literalmente.
Decorar cem respostas em cinco horas foi a parte fácil.
S/N repetia essa frase mentalmente como um mantra irônico enquanto os olhos ardiam, vermelhos e inchados. A folha de respostas estava esfarelada de tanto ser manuseada durante a madrugada. Não havia espaço para erros. Não havia tempo para pensar duas vezes.
Quarenta questões dissertativas, sessenta objetivas.
Leu, releu, recitou em voz baixa, rabiscou tudo na lousa do dormitório. Recriou as perguntas mentalmente, visualizou as respostas. Mesmo com a cabeça pesada, as tonturas constantes e as pálpebras gritando por descanso, a mente não parou um único segundo.
O cansaço físico era nada perto do terror psicológico.
O rosto de Song Mingi voltava a cada segundo em sua mente. Aquele sorriso. Aquelas palmas lentas. A voz debochada ecoando em sua memória como um veneno:
"Por que eu te entregaria? Ainda não decidi... mas posso garantir que vai ser divertido."
Que tipo de diversão aquele desgraçado planejava?
A ideia de ser expulso o aterrorizava. Mas o que vinha depois parecia ainda pior.
Odiava não ter controle. Odiava essa incerteza, essa espera torturante. Sabia que Mingi apareceria. Sabia que, em algum momento, viria cobrar sua vantagem.
Mas o que diabos ele queria?
S/N apertava o maxilar enquanto recitava as últimas respostas pela centésima vez. As letras já dançavam em sua mente, mas ele não podia errar. Não agora.
Quando o sol finalmente começou a nascer, S/N sequer percebeu.
Estava de pé desde a madrugada, encarando a lousa lotada de rabiscos, olhos fixos, músculos travados. Só parou quando o despertador do colega de quarto tocou às 6h.
O exame era às 8h.
Se arrastou até o banheiro, lavou o rosto com água gelada. As olheiras estavam grotescas. O rosto pálido, os lábios secos. Respirou fundo, encarando o próprio reflexo.
— Ou você passa hoje ou você está fodido — murmurou para si mesmo.
E atravessou o campus sem nem sentir o frio da manhã.
A sala de exames estava lotada.
Alguns colegas cochichavam ao notar sua presença, como se não acreditassem que o nerdinho certinho, o queridinho da diretoria, estivesse realmente ali para a prova de recuperação.
A banca examinadora estava silenciosa, séria. Três professores observavam tudo com olhar clínico.
Recebeu a folha da prova. Cem questões.
S/N passou os olhos rapidamente, confirmando: era o mesmo gabarito que decorara.
Perfeito.
Agora era apenas manter o foco.
Começou a responder de forma firme, objetiva. As alternativas preenchia quase de olhos fechados. Nas dissertativas, manteve as respostas diretas, bem escritas, com uma ou outra escorregada estratégica. Afinal, ninguém nunca tirava nota máxima naquele exame.
Se acertasse tudo, chamaria ainda mais atenção.
Três erros cuidadosamente posicionados.
Perfeito.
A caneta deslizou sobre o papel com velocidade absurda. Os professores pareciam discretamente impressionados com a fluidez de suas respostas. Alguns alunos lançavam olhares de curiosidade e desconfiança.
Quando entregou a prova, 90 minutos depois, sentia-se fisicamente morto.
Mas psicologicamente?
A tormenta só começava.
De volta ao dormitório, desabou na cama.
Finalmente dormiu.
Sequer ouviu os colegas entrando e saindo do quarto. O corpo entrou num estado de exaustão tão profundo que o tempo parecia não existir. Quando abriu os olhos novamente, o céu já começava a escurecer.
Era quase fim de tarde.
Sentou-se devagar, o estômago embrulhado, os músculos pesados.
Foi direto para o site acadêmico. As notas preliminares sairiam hoje.
Cada clique no teclado parecia pesar cem quilos.
A página carregou devagar.
Respirou fundo.
E ali estava:
Aluno: S/N
Prova de Recuperação: 97 pontos
Situação da Bolsa: MANTIDA
As mãos escorregaram do teclado.
Por alguns segundos, ficou apenas encarando a tela.
Conseguiu.
Conseguiu.
Sobreviveu.
O alívio explodiu como uma onda quente pelo corpo, quase o fazendo chorar. O pesadelo tinha acabado.
Mas... claro que não tinha.
Apenas segundos depois de se permitir um pequeno sorriso vitorioso, alguém bateu palmas atrás dele.
Lentas.
Cadenciadas.
Debochadas.
O sangue gelou na mesma hora.
Virou-se lentamente.
Song Mingi estava encostado na porta do dormitório, sorrindo, os braços cruzados, os olhos brilhando de puro prazer sádico.
— Palmas de novo — Mingi começou a andar devagar pelo quarto. — Desta vez, não só pela sua brilhante atuação acadêmica, mas pelo seu talento como criminoso. Eu diria que foi quase... poético.
S/N engoliu seco. A raiva e o medo explodiam juntos.
— Como entrou aqui?
— Sua porta estava encostada. Fácil. Como tudo nessa merda de universidade — respondeu com desprezo, como se fosse óbvio. — Sabe, nerdinho... eu fiquei realmente curioso. Você não errou por pouco. Errou o suficiente para parecer real. Três questões. Perfeito.
S/N se levantou, o corpo ainda trêmulo, mas mantendo o tom agressivo.
— O que quer, Song?
Mingi sorriu ainda mais.
— Agora você está me perguntando? Depois de tudo? Depois de me dar esse presente? Eu tenho você, S/N. Tenho você nas mãos.
S/N sentiu o estômago se contorcer.
— Vai me chantagear com isso? Vai me manter sob controle com essa merda de informação? É isso?
Mingi caminhou até ficar perto demais. O cheiro dele o invadiu. O mesmo perfume amadeirado misturado com menta e maconha. Aquela maldita aura provocadora que sempre o deixava confuso entre o ódio e um calor nojento que não queria reconhecer.
— Eu não estou com pressa — Mingi sussurrou, os olhos cravados nos dele. — Estou apenas aproveitando o momento. Sabe, S/N, sempre foi divertido ver você com essa pose de perfeitinho. Tão... puro. Tão inalcançável.
Fez uma pausa e roçou os dedos frios na gola da blusa de S/N.
— E agora, olhar para você... sabendo o que você fez... vendo o seu desespero... você não tem mais essa aura imaculada. Agora você é só um estudante sujo como qualquer outro.
A cada palavra, Mingi diminuía mais o espaço entre eles.
S/N apertou os punhos.
— Você me dá nojo.
— É isso que você sente? Nojo? — a voz saiu baixa, rouca. — Tem certeza, S/N? Eu não sei se é só nojo, sabia? Tem outra coisa aí. Sempre teve.
S/N sentiu a pele esquentar. O ódio explodiu mais forte.
— Vai direto ao ponto, caralho.
Mingi deu um meio sorriso, quase divertido com o descontrole dele.
— Em breve. Não agora. Agora eu só vim garantir que você saiba que sua alma... — ele puxou o rosto de S/N para perto, segurando seu queixo forte, obrigando-o a olhar nos olhos — ...me pertence.
Soltou o queixo devagar, como se saboreasse o momento.
S/N sentia o sangue pulsar na cabeça.
As palavras, o toque, o cheiro, tudo misturado numa espiral absurda de raiva, vergonha e um calor nojento que começava a queimar no baixo ventre.
Mingi caminhou até a porta.
— Descanse bem, S/N — disse num tom provocador, abrindo a porta e saindo com a tranquilidade de quem acabara de colocar um animalzinho em sua coleira. — Em breve, conversaremos.
E desapareceu pelo corredor.
S/N ficou parado no quarto, o peito arfando, as mãos ainda trêmulas, a mente girando sem controle.
O pior tinha passado?
Não.
O pior estava só começando.
As férias chegaram como um alívio estranho.
Não exatamente paz — nunca era paz, não para S/N —, mas um silêncio momentâneo. Nada de provas, nada de professores cobrando frequência, nada de colegas cochichando pelas costas.
E nada de Song Mingi.
Durante os primeiros dias, isso parecia até bom demais pra ser verdade.
O campus estava vazio. A maioria dos estudantes tinha voltado pra casa. S/N, sem dinheiro pra viajar, ficou no dormitório, aproveitando a calmaria para reorganizar as coisas, tentar recuperar o sono e apagar da mente os últimos dias intensos.
Mas esquecer não era tão fácil.
A imagem de Mingi na porta, sorrindo como um predador satisfeito, ainda queimava em sua mente. A forma como havia segurado seu queixo, a certeza nos olhos, a promessa velada...
"Em breve, conversaremos."
E o "breve" chegou numa noite abafada de quinta-feira.
Era tarde, quase meia-noite, quando bateram na porta com insistência. Três batidas secas, como se exigissem resposta imediata.
S/N, deitado na cama com o notebook no colo, bufou, irritado.
— Se for alguém bêbado pedindo papel higiênico de novo, eu juro...
Abriu a porta.
E lá estava ele.
Song Mingi, com os olhos levemente vermelhos, uma garrafa quase vazia de uísque barato na mão, e aquele maldito sorriso torto nos lábios.
— Olá, nerdinho — ele cantarolou.
S/N imediatamente tentou fechar a porta, mas Mingi foi mais rápido, empurrou com o ombro e entrou com naturalidade, cambaleando um pouco, o cheiro de álcool e menta invadindo o quarto.
— Sai daqui, Mingi. Vai encher o saco de outra pessoa.
— Não — ele se jogou na poltrona perto da cama, esticando as pernas. — Ninguém me diverte tanto quanto você.
S/N fechou a porta devagar, irritado, mas ciente de que se começasse a gritar ali, podia chamar atenção do zelador — e isso era a última coisa que queria.
— O que você quer?
Mingi girou a garrafa na mão, observando o líquido restante como se aquilo fosse mais interessante que a conversa.
— Estava pensando... — murmurou — sobre você.
— Por que, em nome de tudo, você estaria pensando em mim?
Mingi ergueu o olhar. Aquele olhar. Meio perdido pelo álcool, mas ainda assim afiado. Caçador.
— Porque você me intriga. Me irrita. Me provoca. E, acima de tudo... — ele lambeu os lábios devagar — ...eu não consigo gozar desde que você se meteu na minha vida.
S/N piscou.
— O quê?
— É isso mesmo — Mingi riu, jogando a cabeça para trás. — Pode rir. Eu, Song Mingi, o rei das vadias dessa universidade, não gozo mais. Não com ninguém. Elas montam, esfregam, chupam, fodem... mas eu? Nada. Broxado de tédio. Como se meu pau tivesse enjoado de bocas inúteis.
— E por que você acha que eu tenho alguma coisa a ver com isso? — S/N cruzou os braços, franzindo o cenho.
— Porque — Mingi se levantou, cambaleando até ficar frente a frente com ele — você é a porra da única pessoa que nunca se calou pra mim. Que me olha com ódio real. Que me enfrenta. Que me deixa com raiva de verdade.
A respiração quente dele bateu contra o rosto de S/N, o álcool misturado com aquele cheiro familiar que fazia sua espinha arrepiar — de ódio. Era só isso. Ódio.
— Eu não sou seu brinquedo, Mingi — S/N sibilou.
— Não. Você é meu veneno. E a cura — Mingi respondeu, a voz ficando rouca.
S/N empurrou o peito dele.
— E por que as vadias não conseguem te fazer gozar, mas eu conseguiria?
Mingi riu, baixo, rouco, os olhos cravados nos dele.
— Porque eu sempre quis calar essa sua boquinha com o meu pau.
S/N congelou.
A frase pairou no ar como uma bomba. Explodindo devagar.
Mingi não parava de encará-lo.
A tensão era quase física.
— Você é nojento — S/N rosnou, recuando um passo.
— Sim. E você é esperto. O suficiente pra saber que eu não vou falar nada... se você me ajudar com isso.
Silêncio.
S/N sentia o coração batendo nos ouvidos. A cena se tornava surreal. Estava sendo... chantageado? Usado como solução de um problema sexual? Era ridículo. Ofensivo. Repugnante.
E ainda assim... algo dentro de si se contorcia.
A raiva, a humilhação, o absurdo daquela proposta.
Mingi estava oferecendo um acordo. Um pacto sujo.
Ajude-me a gozar. E eu calo minha boca.
— Vai se foder, Mingi — S/N murmurou.
— Eu tô tentando, S/N. E você é a única pessoa que pode me fazer gozar de novo.
A confissão veio crua, sem hesitação.
— Não importa como — Mingi continuou. — Boca, mão, cuzinho... você escolhe. Só faz acontecer.
S/N encarou o chão por um momento, o peito arfando.
Mingi estava ali, bêbado, perigoso, sujo.
E mesmo assim, aquele calor nojento no estômago continuava queimando.
Era ódio. Só podia ser.
Mas se aquela era a moeda de troca... Se isso o mantivesse fora da expulsão...
Levantou os olhos, encarando Mingi como uma lâmina.
— Uma vez. Só uma. Eu te ajudo uma vez e você esquece que sabe daquilo.
Mingi sorriu, lento, satisfeito.
— Ah, não, nerdinho... isso aqui acabou de virar o início do nosso contrato.
E S/N soube, ali, que a linha tinha sido cruzada.
Sem volta.
O silêncio pairou entre eles como uma barreira invisível, mas densa. S/N sentia o próprio coração latejando alto no peito, a respiração acelerada, a pele fervendo em uma mistura de ódio, tensão e um desconforto impossível de descrever.
Song Mingi deu um passo à frente.
Sorria. Sempre aquele maldito sorriso torto, carregado de uma superioridade asquerosa, mas... havia algo diferente agora. Um brilho nos olhos. Um desejo faminto, bruto.
Sem esperar mais um segundo, Mingi agarrou o queixo de S/N, forçando seu rosto para cima. Não houve tempo para recusa, não houve espaço para hesitação.
Beijou-o.
A boca quente, invasiva, o hálito alcoólico misturado com menta, a língua forçando entrada sem pedir permissão.
S/N quis recuar. Quis empurrá-lo, quis gritar. Mas as mãos de Mingi já estavam em sua nuca, segurando-o firme, colando seus corpos.
O beijo era bruto, agressivo, desesperado.
E contra toda a vontade racional, o corpo de S/N respondeu.
Retribuiu.
A raiva fervendo junto ao calor úmido das línguas se misturando. O ódio transformado em uma tensão pesada que latejava entre os dois desde o primeiro dia em que se odiaram.
Mingi soltou uma risada rouca contra seus lábios, afastando-se apenas o suficiente para sussurrar:
— Boa vadiazinha... já sabe como é. Agora, ajoelha.
S/N sentiu o estômago afundar.
O peito subia e descia rápido. Cada célula do seu corpo gritava em protesto, mas ao mesmo tempo, a ameaça pairava como uma sombra real. Não havia saída.
Engoliu seco.
Abaixou-se.
Lentamente, os joelhos tocaram o piso gelado do dormitório. A posição humilhante o fazia sentir o sangue pulsar nos ouvidos. Mingi observava-o com aquele olhar de superioridade nojenta, como se fosse o dono absoluto da situação.
— Isso — Mingi murmurou, os dedos enroscando em seu cabelo. — Fica bonito assim. Nunca imaginei ver o certinho S/N nessa posição. Mas porra... é ainda melhor do que nos meus pensamentos mais sujos.
Desabotoou a calça devagar, mantendo o olhar fixo em S/N.
O volume já era visível, pulsante.
Quando o pau foi libertado, duro e grosso, quase latejante de tanto tempo sem gozar, S/N sentiu um novo peso de realidade desabar sobre si.
Mingi guiou o próprio pau até os lábios de S/N, batendo devagar contra sua boca fechada.
— Abre. Vai. Mostra pra mim o que essa sua boquinha afiada sabe fazer.
S/N cerrou os dentes por um segundo, o orgulho rasgando-se em pedaços. Mas abriu a boca.
Mingi gemeu baixinho no segundo em que sentiu a língua quente recebê-lo.
— Caralho... — sussurrou. — Finalmente.
O pau pesado deslizou devagar para dentro da boca de S/N, que lutava para controlar a ânsia, enquanto o cheiro forte e o gosto amargo tomavam conta de tudo.
Mingi segurou sua cabeça firme, orientando o ritmo.
— Porra, olha isso... você chupa bem demais. Quem diria, hein? O nerdinho sabe usar a boca não só pra discursar.
O som úmido do boquete preenchia o silêncio da madrugada.
S/N sentia o pau grosso preenchendo sua boca com força, batendo na garganta. Ele tentava manter o controle, o orgulho queimando junto com o calor nojento da situação.
A mão de Mingi deslizava nos fios de seu cabelo, puxando, guiando.
— Olha pra mim — ordenou.
S/N ergueu o olhar, os olhos levemente marejados. A visão de Mingi completamente acima de si, arfando de prazer, com aquele sorriso carregado de soberania, quase o fez querer cravar os dentes naquela carne quente.
Mas se controlou.
— Vai me morder, vadiazinha? — Mingi percebeu o olhar e provocou, rindo. — Seria um desperdício... você está indo tão bem.
O ritmo aumentou.
O som das estocadas úmidas ficou mais sujo, mais desesperado. Mingi gemia baixo, os quadris começando a tremer levemente com a aproximação do clímax.
— Puta merda... — ele sussurrou entre os dentes, os músculos tensionando. — Nenhuma daquelas vadias sabia fazer isso... nenhuma. Só você, nerdinho. Porra, que boquinha perfeita.
S/N sentia a garganta sendo brutalizada, a saliva escorrendo pelos cantos dos lábios, o rosto ficando vermelho. As mãos agarravam firmes as coxas de Mingi, tentando se firmar.
Mas mesmo humilhado, uma parte dele sentia um estranho prazer perverso em vê-lo assim — finalmente gemendo de verdade.
Mingi puxou sua cabeça mais uma vez, enterrando quase por completo, os olhos revirando.
Por um instante, S/N cogitou morder. Seria tão fácil.
Mas não mordeu.
Ainda não.
Mingi gemeu alto, o quadril tremendo, mas subitamente puxou o pau da boca de S/N, respirando pesado, as veias latejando. Não queria gozar ainda.
Não assim.
Segurou o próprio pau com a mão e olhou para baixo, observando S/N ajoelhado, com a boca aberta, o queixo brilhando com a mistura de saliva e pré-gozo.
— Não — murmurou com um sorriso sádico. — Assim não. Eu esperei tempo demais por isso.
Começou a se masturbar rápido, acima do rosto de S/N.
— Vai ser aqui, vadiazinha. No seu rostinho lindo. Pra eu te marcar.
S/N apertou os olhos por um segundo, a vergonha queimando.
— Não... — tentou sussurrar, mas não houve tempo.
Mingi gemeu alto, o jato quente e espesso começou a sair forte, espirrando direto em seu rosto, sujando as bochechas, o nariz, o queixo, os lábios.
Ele gemia rouco, descarregando o que parecia semanas de frustração acumulada.
— Porra... porra... porra... — arfava — olha isso... puta que pariu...
Continuou espalhando o esperma com o próprio pau, deslizando a glande melada pelo rosto de S/N, sujando ainda mais.
— Olha o quão bonito você fica assim — sussurrou com aquela voz baixa e perversa. — Todo marcadinho. Todo meu.
O silêncio seguinte só era cortado pela respiração pesada dos dois.
S/N, ajoelhado, com o rosto melado e os olhos brilhando de um misto de ódio, vergonha e algo que ele não queria nomear.
Mingi sorriu, ofegante.
— Isso foi só o começo, nerdinho.
Mingi guardou o próprio pau e foi embora deixando S/N ali, sujo e humilhado.
As férias seguiram.
O silêncio do campus vazio servia apenas para amplificar o som úmido e sujo que preenchia o dormitório de S/N todas as noites.
Song Mingi agora tinha tempo.
Tempo de sobra.
E depois de finalmente ter gozado, depois de semanas de frustração acumulada, descobriu o que sempre quis: a boquinha de S/N era a única capaz de arrancar dele o prazer completo.
E agora… não conseguia mais parar.
Na noite seguinte, Mingi apareceu de novo.
Sem bater.
Sem pedir permissão.
Entrou com o mesmo sorriso presunçoso, trancou a porta atrás de si, largou o casaco sobre a poltrona e, com um estalo de dedos, indicou:
— Ajoelha.
S/N sentiu o estômago revirar, a raiva fervendo. Mas ajoelhou.
O peso da chantagem ainda o esmagava, mesmo que a vontade de socar Mingi estivesse cada vez maior.
Dessa vez, ele não esperou.
Enfiou o pau direto na boca de S/N, com uma estocada profunda, gemendo alto logo de início.
— Caralho, nerdinho… eu esperei tempo demais pra isso. Agora você vai me servir direito.
E serviu.
Durante horas.
O som úmido do boquete preenchia o quarto abafado, enquanto a mão de Mingi guiava os movimentos, puxando o cabelo com força, acelerando o ritmo sempre que o prazer crescia.
— Chupa mais fundo — rosnava entre gemidos. — Isso, isso… puta merda. Olha como engole o meu pau inteiro, porra…
S/N sentia a garganta já latejando, os músculos da mandíbula doendo de tanto forçar, mas mantinha o controle.
Quando Mingi gozou pela segunda vez, foi novamente na cara dele, gemendo alto, espalhando o gozo espesso com o próprio pau sobre o rosto de S/N como se estivesse carimbando território.
Na terceira noite, o padrão se repetiu.
Na quarta, a mesma coisa.
Só que naquela, S/N já não aguentava mais. O maxilar doía tanto que o ódio parecia transbordar pelos olhos. Quando Mingi esticou o pau para mais um boquete, S/N hesitou, arfando, a boca dolorida.
— A boca… já… — tentou protestar.
Mingi apenas sorriu, o olhar insano.
— Tudo bem, vadiazinha — sussurrou — então usa a mão hoje.
A punheta começou lenta, mas logo virou uma sessão frenética de masturbação desesperada.
— Isso… continua, porra. Olha essas mãozinhas… — Mingi gemia enquanto S/N bombeava o pau grosso com força, a saliva ainda escorrendo de sua boca. — Sabe, acho que ninguém nesse campus vai me dar prazer assim de novo. Só você. Sempre você.
S/N queria gritar, morder, cuspir nele.
Mas só podia continuar.
E assim foram sete dias.
Sete noites seguidas.
Boquetes intermináveis. Punhetas quando sua boca já estava dormente.
Mingi se tornara voraz, viciado, sempre aparecendo com um sorriso excitado e as mãos impacientes.
— Maldita vadiazinha. Não sei como esperei tanto — dizia enquanto estocava sua boca, a mão firme na nuca de S/N.
E S/N aguentava.
Por pura sobrevivência.
Por puro ódio.
Mas sempre havia um limite.
E Mingi começou a ultrapassá-lo.
Na oitava noite, ele chegou ainda mais alterado. Tinha bebido, como sempre fazia. A língua solta, a respiração pesada.
S/N já estava de joelhos quando Mingi se aproximou, passando a glande melada de pré-gozo pelos lábios dele.
— Hoje eu quero mais — sussurrou.
S/N manteve os olhos fixos nele, a expressão firme, endurecida, mesmo ajoelhado.
— Já estou de joelhos. Já te suguei. Já fiz de tudo, Song. Esqueça.
Mas Mingi estava inquieto. Inquieto demais.
Segurou o queixo de S/N com mais força, obrigando-o a encará-lo de baixo.
— Eu quero foder você.
As palavras foram cuspidas com luxúria crua. Um desejo descontrolado.
S/N sentiu o estômago afundar.
— Não. — A resposta foi seca, firme. — Não vai acontecer.
Mingi mordeu o lábio inferior, frustrado. O pau duro latejava à frente do rosto de S/N, mas ele não recuava. Nunca permitiu que aquela linha fosse cruzada. Nunca.
— Porra… — Mingi arfava —… eu passo a semana toda pensando nisso. Em te dobrar nessa cama, te segurar pelas pernas e meter fundo. Enfiar até você chorar. Até esse seu cu apertadinho me prender como a sua boca faz.
S/N sentiu o rosto corar de raiva e vergonha, mas manteve o olhar firme.
— Vai continuar imaginando.
Mingi suspirou fundo, ofegante, lutando contra o próprio desejo.
As mãos ainda seguravam sua cabeça.
— Eu vou conseguir. Uma hora você vai implorar por isso.
S/N estreitou os olhos.
— Nunca.
— Veremos — Mingi sorriu, forçando o pau de novo entre seus lábios.
O ciclo recomeçou.
E S/N sabia que, a cada noite, Song Mingi ficava mais próximo de ultrapassar o limite.
Muito próximo.
Era inevitável.
Com cada noite que passava, Song Mingi parecia mais impaciente. Mais faminto.
O prazer com os boquetes e as punhetas já não era suficiente. Ele queria mais. Queria tomar. Queria possuir por completo.
E S/N, mesmo segurando firme, sabia que estava cercado.
As mãos de Mingi, nas últimas noites, não se limitavam mais apenas ao seu rosto, cabelo ou garganta. Agora deslizavam pelas coxas, apertavam a bunda, acariciavam as curvas com uma intimidade perigosa enquanto o pau estocava fundo sua boca já treinada.
A cada estocada, Mingi sussurrava promessas sujas em seu ouvido.
— Uma hora você vai abrir essas perninhas pra mim, vadiazinha. Vai implorar.
S/N apenas o encarava com olhos ardentes de ódio, a mandíbula dolorida, mas ainda intacta.
Mas naquela noite… tudo mudou.
O quarto estava abafado, o ar pesado de tensão acumulada. Mingi já tinha entrado sem nem bater. Como sempre fazia.
S/N o esperava sentado na cama, as mãos nos joelhos, a expressão firme.
Mingi arqueou uma sobrancelha, intrigado com a postura diferente.
— Que bom que já me espera assim. Finalmente aceitando seu papel?
S/N inspirou fundo.
A decisão que tomara ao longo do dia pesava como chumbo sobre os ombros.
Levantou-se, devagar.
Sem tirar os olhos dos de Mingi, começou a despir-se.
Primeiro a blusa, depois a calça, até ficar apenas de cueca.
E então, lentamente, livrou-se da última peça.
Ficou completamente nu sob o olhar predador de Mingi, que já arfava com os olhos famintos percorrendo cada centímetro de sua pele.
S/N virou-se, subiu na cama e posicionou-se de quatro.
A voz saiu baixa, quase engasgada pela humilhação.
— Se quiser meter... pode ser aqui — e apertou as próprias coxas, deixando o espaço apertado e quente entre elas bem visível. — Só nas coxas. É o máximo que vai ter de mim.
O silêncio foi instantâneo, mas carregado de eletricidade.
Mingi respirou fundo, ofegante, os olhos vidrados na visão à sua frente.
— Porra... — sussurrou rouco —... você não tem ideia de como fica perfeito assim.
Sem demora, Mingi despiu-se, o pau já duro e pulsante.
Subiu na cama atrás de S/N, posicionando-se de joelhos, guiando o próprio pau entre as coxas quentes e macias.
— Aperta, vadiazinha. Mais. Quero sentir bem apertado.
S/N obedeceu, mordendo o travesseiro de raiva e vergonha enquanto fechava ainda mais as coxas ao redor do pau grosso e quente de Mingi.
O primeiro estocar foi lento, firme.
Mingi gemeu alto, a sensação da carne macia pressionando-o era quase tão boa quanto o que ele tanto desejava.
— Isso... puta merda... tão apertado... — a voz saiu arrastada de prazer bruto.
Mas bastou alguns movimentos para o instinto falar mais alto.
Os olhos de Mingi desceram inevitavelmente para o cuzinho exposto, piscando convidativo, logo ali, tão perto, tão desprotegido.
A mão deslizou pelas nádegas, separando-as com facilidade.
— Olha só o que você está me oferecendo de presente, nerdinho... tão inocente. Tão tolo.
S/N estremeceu, a voz abafada no travesseiro:
— Song... já dissemos o limite.
— Eu sei. — Mingi rosnou, os dedos agora circulando a entrada sensível, brincando, pressionando levemente. — Mas como resistir? Olha esse cuzinho piscando pra mim... eu só quero brincar um pouco, só um pouquinho...
O dedo molhado de saliva deslizou com facilidade, provocando arrepios em S/N, que mordeu mais forte o travesseiro, suprimindo um gemido involuntário.
— Não... — tentou sussurrar —... só as coxas.
Mingi riu baixo, ofegante, o pau escorregando rápido entre as coxas suadas enquanto o dedo rodeava a entrada virgem.
— Aperta mais as pernas, vai — sussurrou com voz rouca — não quero gozar tão rápido. Porra, tá tão quente aqui.
S/N, já suando, obedeceu, apertando ainda mais as coxas, os gemidos abafados misturados à humilhação que queimava seu rosto.
A cabeça rodava.
O prazer do atrito misturado ao medo de perder o controle, a tensão crescente da invasão dos dedos de Mingi, cada vez mais atrevidos, massageando, pressionando, quase forçando entrada.
Mas sempre parando.
Mingi parecia se deliciar com o limite. Com o jogo. Com a tortura de ambos.
— Olha só como treme — Mingi sussurrava contra sua nuca — seu corpo implora, sabia? Até seu cuzinho está pedindo, nerdinho. Só falta sua boca admitir.
S/N abafou outro gemido, a vergonha e o calor subindo violentos.
Mingi estocava mais rápido entre as coxas, o pau roçando a base do bumbum, deslizando na pele úmida.
— Porra... porra... — arfava, a voz embargada pelo prazer bruto — se você soubesse como tá gostoso, porra…
As estocadas ficaram irregulares, o corpo tenso, os gemidos ficando desesperados.
S/N sentia o calor do pau latejante deslizando perigosamente perto de sua entrada, os dedos ainda brincando em círculos lentos, dominadores.
E então Mingi explodiu.
Gozou com um grito abafado, o esperma quente jorrando direto nas coxas, nas nádegas e um pouco na lombar, sujando tudo enquanto ele arfava como um animal exausto.
Ainda ofegante, deixou o pau escorregar e com a mão suja começou a espalhar o gozo pelo bumbum de S/N, como se o marcasse mais uma vez.
— Olha só como ficou lindo todo sujinho pra mim... — sussurrou satisfeito, passando a glande lambuzada mais uma vez na entrada sensível, fazendo S/N estremecer e afundar ainda mais o rosto no travesseiro.
O quarto ficou silencioso, exceto pelo som das respirações pesadas.
Mingi ainda ofegava atrás dele, o sorriso satisfeito nos lábios, a mente já girando nas próximas fantasias.
S/N manteve-se quieto, suado, envergonhado, o rosto ardendo de humilhação.
Mas por enquanto... ainda intacto.
O que era um acordo sujo de sobrevivência rapidamente virou um vício.
Para ambos.
Mas agora… o foco de Mingi havia mudado. Não era mais apenas sobre gozar. Era sobre fazer ele sentir.
Sobre quebrar cada camada de resistência de S/N pouco a pouco, até torná-lo completamente seu.
As visitas noturnas continuavam.
As coxas de S/N já sabiam o caminho. Cada vez mais apertadas, quentes, úmidas, deslizando em torno do pau pulsante de Mingi com uma familiaridade humilhante.
Mas não era só isso.
Agora, toda noite, os dedos de Mingi se aventuravam.
No início, eram apenas carícias tímidas, rodeando o cuzinho de S/N enquanto estocava entre as coxas apertadas.
— Tão bonitinho piscando pra mim — sussurrava com aquele sorriso viciado. — Seu corpo mente, sabia? Finge resistir, mas me implora com cada tremor.
S/N enterrava o rosto no travesseiro, mordendo o tecido, a cada toque proibido sentindo o corpo estremecer num misto de raiva, humilhação e uma vergonha latejante que o queimava por dentro.
A cada noite, os dedos pressionavam mais fundo, rodeando, brincando, afagando.
— Relaxe, nerdinho — a voz rouca vinha carregada de prazer sujo — quero ver você se contorcendo todo quando finalmente sentir o que é bom.
S/N ainda lutava, resmungava:
— Song... já dissemos...
Mas a mão firme o mantinha no lugar, e os dedos não paravam.
Em uma das noites, Mingi ficou particularmente insaciável.
Estava arfando alto, o pau deslizando furioso entre as coxas quentes e molhadas de S/N, a mão deslizando pelas costas suadas, até novamente espalhar os dedos sobre as nádegas.
Dessa vez, o polegar empurrou com um pouco mais de força a entrada sensível, arrancando um gemido abafado e involuntário de S/N.
Mingi parou de estocar por um segundo, o sorriso completamente fascinado.
— Ouvi isso, vadiazinha? Você gemeu. Gemidinho bonito... ah, você é tão gostoso de provocar.
A vergonha explodiu no peito de S/N, que enterrou ainda mais o rosto no travesseiro.
— Vai se foder — rosnou abafado.
— Eu estou tentando — Mingi riu, roçando agora a glande na entrada, brincando de encaixar sem forçar de verdade. — Tá tão quentinho aqui... tão lisinho. Aposto que vai me prender com força quando eu meter de verdade.
Mas ainda assim... ele não forçou. Sempre parava no limite.
Voltava a foder as coxas, gemendo alto, enquanto seus dedos continuavam massageando o cuzinho sensível com carinho doentio.
— Vai chegar o dia, nerdinho… — sussurrou, gemendo no auge —... que você vai me implorar pra meter nesse cuzinho lindo.
E então veio o novo nível de obsessão.
Foi numa noite abafada, depois de semanas desse jogo perverso.
S/N já estava posicionado de quatro, como sempre. Mingi, agora, já nem pedia. Apenas entrava, despiu-se com pressa e assumia seu lugar atrás do corpo nu e suado dele.
Mas naquela noite, Mingi não subiu imediatamente.
Ao invés disso, ajoelhou-se atrás de S/N e segurou firme as nádegas, separando-as com gosto.
— Hoje... — a voz saiu baixa, arrastada —... vou provar o seu sabor, vadiazinha.
S/N gelou.
Tentou olhar por cima do ombro, os olhos arregalados.
— Song... não. Não.
Mingi ignorou.
Sua língua quente e úmida já deslizava lentamente pela rachadura, lambendo com prazer o espaço ao redor do cuzinho, explorando cada milímetro com fome.
S/N estremeceu inteiro, envergonhado ao extremo.
— Caralho... — Mingi gemeu contra a pele dele — você é uma delícia. Que cuzinho limpo, bonito... perfeito. Olha só como até brilha pra mim...
A língua começou a desenhar círculos lentos ao redor da entrada sensível, molhando tudo, preparando. O calor da respiração de Mingi fazia cada terminação nervosa de S/N tremer violentamente.
S/N mordeu o travesseiro com força, tentando conter gemidos que já começavam a escapar contra sua vontade.
— Para com isso... — tentou sussurrar, já sem muita firmeza.
— Não — Mingi respondeu com um sorriso perverso. — Agora é sobre você também sentir. Vai aprender como é bom ser tocado assim, vadiazinha.
A ponta da língua começou a pressionar delicadamente o centro, provocando estalos úmidos a cada lambida profunda.
S/N arfava descontrolado, o corpo inteiro tremendo. A sensação era humilhante demais, mas a onda quente que subia pelo seu ventre o traía completamente.
Mingi percebeu o leve rebolado involuntário e riu, com a língua ainda cravada na carne macia.
— Olha só como treme, porra... seu corpo já me ama. Só falta você admitir.
O pau de Mingi latejava entre suas próprias coxas, completamente duro com o sabor viciante da pele de S/N.
Quando a língua mergulhou fundo de novo, S/N não conseguiu conter o primeiro gemido alto, abafado no travesseiro.
Mingi sorriu.
— Vadiazinha gostosa...
Seguiu lambendo com mais vontade, cada vez mais fundo, cada vez mais possessivo, o rosto colado, o nariz batendo contra a base da bunda de S/N, enquanto gemia contra a carne.
— Eu vou te ter completo — sussurrou com a voz rouca e enlouquecida. — Teu cuzinho já me pertence. Só falta entrar.
O jogo tinha subido um nível.
E S/N sabia: agora, Song Mingi não queria só seu corpo.
Queria sua rendição.
E cada noite, a resistência ficava mais frágil.
Cada toque, cada gemido arrancado, cada nova humilhação…
Era uma contagem regressiva.
O mês passou rápido demais.
As férias se dissolveram como se nunca tivessem existido. O campus voltou a pulsar de estudantes, corredores lotados, professores, provas, aulas.
E, por um momento ingênuo, S/N acreditou que a volta à rotina seria sua salvação.
Que Song Mingi, com sua vida social agitada, sua popularidade e seu exército de vadias sedentas por atenção, se distrairia novamente.
Mas estava redondamente enganado.
Agora, o que antes era uma obsessão lasciva e física, tomava contornos mais sombrios, mais intensos.
Mingi não queria apenas transar.
Queria S/N.
Inteiro.
O primeiro sinal veio logo na segunda semana de aula.
S/N estudava sozinho na biblioteca, concentrado em uma pilha de livros de cálculo avançado, quando sentiu a cadeira ao lado deslizar e alguém sentar-se. Olhou de lado.
Era ele.
Calmo. Como se fosse a coisa mais natural do mundo estar ali, ao lado do nerdinho que sempre foi seu desafeto número um.
— Que surpresa — S/N murmurou, desconfiado, mantendo os olhos nos livros.
Mingi apoiou o queixo na mão, observando-o.
— Preciso de ajuda em álgebra. Vamos estudar juntos — disse com um sorriso cínico.
S/N bufou.
— Sabe perfeitamente que isso é mentira. Você tira notas decentes.
— Não é mentira — Mingi sussurrou baixo, inclinando-se até o ouvido de S/N, a voz rouca carregada de duplo sentido. — Preciso de ajuda para me concentrar. E nada me deixa mais concentrado do que o cheiro da sua pele.
S/N estremeceu. Sentiu o calor subir pelo pescoço. Olhou em volta nervoso: estudantes passando, bibliotecários próximos. Era insano.
— Estamos na biblioteca, Song — sussurrou entre dentes.
Mingi riu, provocador.
— É mesmo? Que perigo. Meu pau adoraria estar na sua boca agora.
S/N cravou as unhas na coxa, furioso, mas o olhar provocativo de Mingi fez seu estômago revirar.
Aquilo já não era apenas um jogo sexual.
Era uma perseguição.
Nos dias seguintes, a ousadia só cresceu.
Mingi o encurralava nos corredores entre aulas, puxava-o para banheiros vazios, para depósitos esquecidos, para cantos escuros.
— Só um pouquinho — sussurrava contra sua nuca, enquanto as mãos deslizavam por baixo da camisa — só quero sentir você tremer pra mim rapidinho.
S/N resistia, mas cedia. Sempre cedia.
Boquetes rápidos, masturbações apressadas, dedos atrevidos explorando enquanto o risco de serem descobertos pairava no ar como uma droga viciante.
A adrenalina da possibilidade do flagra misturava-se ao prazer do proibido.
Mingi gozava rápido, sujando as mãos de S/N, lambuzando seu próprio abdômen, ofegante, sempre repetindo com a voz baixa e doentia:
— Porra, eu preciso de você. Preciso tanto de você...
Mas então… algo mudou.
Nos dias em que não podia ter S/N fisicamente, Mingi parecia ficar inquieto. Perdido.
Foi aí que vieram os presentes.
No primeiro dia, S/N encontrou uma embalagem cuidadosamente deixada em sua escrivaninha. Um moletom macio, de marca, com a etiqueta ainda pendurada.
Sem bilhete.
Mas o cheiro de Mingi impregnava o tecido.
No segundo dia, chocolates importados.
No terceiro, um par de fones de ouvido novos.
E no quinto… um livro raro de neurociência, edição de colecionador.
S/N segurou o livro nas mãos, o coração apertado.
Song Mingi nunca fora gentil. Nunca fora romântico. Nunca dera absolutamente nada a ninguém.
Ver aquilo... o deixou confuso.
Não sabia se deveria sentir raiva, medo, ou algo pior.
Mas não jogou os presentes fora.
E então vieram as noites.
Mingi começou a bater na porta do dormitório não apenas para sexo.
Agora, queria dormir ali.
— Só quero ficar um pouco — dizia com a voz arrastada, cansada, os olhos vulneráveis como nunca S/N vira antes. — Só você consegue acalmar minha cabeça.
S/N relutava. Mas, novamente, acabava cedendo.
Deitavam juntos na cama estreita.
Mingi o abraçava pelas costas, o peito quente colado em suas costas, a respiração lenta contra sua nuca. Os dedos de Mingi sempre passeavam pelas costelas de S/N, como se não suportasse ficar sem tocá-lo por um segundo sequer.
E naquelas noites, não havia sexo.
Havia só o silêncio abafado de dois corações batendo forte, colados, enquanto o sono vinha.
As barreiras de S/N começavam a rachar.
A cada noite que Mingi o envolvia num abraço possessivo, a cada vez que sussurrava "você é só meu" com a voz baixa e sonolenta, a resistência de pedra que S/N sempre manteve começava a derreter, um fio de cada vez.
Aquele babaca arrogante, que por meses o aterrorizou, o humilhou, agora parecia um garoto perdido, obcecado, carente, agarrado a ele como se o mundo desabasse ao redor.
E o pior?
Parte de S/N gostava daquilo.
Gostava demais.
Mingi, por sua vez, já não conseguia mais mentir para si mesmo.
Quando não tinha S/N por perto, a mente não parava.
Sonhava com ele. Fantasiava. Tocava-se pensando no cheiro da pele dele, na boca quente o engolindo, na bunda perfeita rebolando sob ele.
E mais: sonhava com coisas doces. Com beijos calmos, com abraços longos, com acordar juntos depois de noites inteiras grudados.
Era amor? Era obsessão? Era vício?
Não sabia.
Só sabia que era tudo.
E precisava de mais.
A rotina suja e doentia dos dois seguia. Naquela noite Mingi entrou, trancou a porta, tirou a camiseta e já foi direto para o fundo da cama.
— Quero você de quatro, nerdinho — sussurrou com a voz baixa, a rouquidão embebida de desejo. — Agora.
S/N nem discutiu. Já sabia o que vinha.
Despiu-se, ajoelhou-se na cama, afastou as pernas e apertou as coxas, abrindo espaço entre elas para o pau de Mingi, deixando o bumbum exposto — aquela visão que o fazia perder o controle.
Mingi subiu atrás dele, os dedos logo explorando as nádegas com avidez, separando-as com vontade.
— Sempre tão obediente... mas ainda fingindo resistência — riu baixinho, enquanto o pau duro se encaixava entre as coxas quentes de S/N. — Aperta mais. Quero sentir tudo.
O atrito quente começou, e logo os dedos de Mingi passeavam com mais ousadia.
Deslizou saliva nos dedos, espalhou na entrada sensível, e começou a brincar com o cuzinho apertado de S/N enquanto estocava furioso entre as coxas.
S/N arfava, mordendo o travesseiro, o corpo reagindo mesmo contra sua vontade. Rebolava levemente, querendo mais, gemendo manhoso enquanto os dedos molhados brincavam com sua entrada, penetrando de leve, massageando e pressionando.
— Olha você se oferecendo sem perceber... — Mingi sussurrava, completamente fascinado. — Tá toda manhosinha pra mim, vadiazinha.
Dois dedos entraram com facilidade, fazendo S/N gemer alto, as pernas tremendo, o quadril empinando instintivamente.
— Porra... você já tá ficando prontinho — Mingi rosnava, excitado, o pau latejando furioso entre as coxas apertadas. — Tão quentinho... tão lisinho... só falta me deixar meter de verdade.
— Cala a boca... — S/N gemeu, sem força.
O ritmo ficou frenético, os dedos enterrados, massageando com precisão. O prazer latejava em ondas, o corpo de S/N já completamente entregue mesmo sem admitir.
Mingi estocava com força, o suor escorrendo pelos corpos, o quarto abafado, preenchido pelos gemidos abafados e estalos úmidos.
Quando Mingi gozou, foi com um grunhido rouco e desesperado, o esperma quente explodindo entre as coxas e escorrendo pelas nádegas de S/N.
S/N gozou logo depois, sem nem precisar ser tocado.
Só com o estímulo dos dedos.
Humilhante.
Delicioso.
O silêncio depois do orgasmo foi pesado. Mingi ficou alguns segundos imóvel, respirando contra a nuca suada de S/N, o pau ainda tremendo, os dedos ainda enterrados como se não quisesse sair dali.
Mas dessa vez... não acabou ali.
Mingi afastou-se devagar e puxou S/N pela mão.
— Vem. Vamos tomar banho.
S/N, exausto, nem discutiu.
O chuveiro quente relaxou os músculos tensos de ambos. Mingi o lavava com cuidado, quase com carinho doentio.
Deslizava a esponja pelo peito, pelos ombros, pela barriga.
S/N, de olhos fechados, deixava.
Quando a esponja desceu pelas coxas e pelas nádegas, Mingi roçou o nariz na pele molhada, sussurrando contra a curva do bumbum:
— Você é minha droga, sabia?
S/N abriu os olhos, encarando-o pelo reflexo do box molhado.
Não respondeu.
Apenas deixou o toque continuar.
Minutos depois, já vestidos, estavam no carro de Mingi.
A madrugada gelada os envolvia enquanto seguiam pela cidade quase deserta.
— Onde estamos indo? — S/N perguntou, ainda atordoado.
— Comer — respondeu Mingi, com um sorriso relaxado. — Estou com fome. E você também precisa repor energia depois de me servir tão bem.
Pararam num McDonald's 24h.
As luzes artificiais do lugar quebravam o clima sujo que haviam deixado no dormitório. Ali pareciam… quase normais.
Fizeram o pedido no drive-thru. Mingi pagou tudo.
— Pode escolher o que quiser — disse com um sorriso quase… carinhoso.
S/N o observou de soslaio, tentando processar.
Aquilo estava começando a se parecer cada vez mais com… um encontro. Um encontro real. Como se fossem um casal.
Com a bandeja em mãos, sentaram-se numa das mesas da janela.
Comiam em silêncio.
Até que Mingi quebrou o clima.
— Sabe... — começou, a voz agora suave — eu sempre achei que queria só te foder. Só te dobrar, calar essa sua boca irritante com o meu pau. E ainda quero, claro. Mas...
Olhou nos olhos de S/N, o sorriso torto.
— ...você tá mexendo comigo de um jeito que eu não esperava. Eu penso em você o tempo todo. É como se eu estivesse completamente viciado. Nem quando estou gozado eu consigo parar de pensar em você.
S/N gelou. Sentiu o coração dar um salto.
Queria responder com sarcasmo, com alguma provocação. Mas não conseguiu.
Havia algo na sinceridade do olhar de Mingi que o desarmou completamente.
Então desviou os olhos, focando na batata frita, o rosto queimando.
— Babaca — sussurrou.
Mingi riu.
E ficou só olhando. Como se bastasse estar ali, com ele.
Como um namorado apaixonado.
E então S/N percebeu algo assustador:
Parte dele estava começando a gostar daquilo.
Gostar de verdade.
A tensão já estava insuportável.
Semanas de toques, beijos, noites divididas, confissões veladas e um jogo sujo de provocação e desejo crescendo como uma bomba prestes a explodir.
E naquela noite... a explosão veio.
O quarto estava silencioso, abafado, carregado de eletricidade.
S/N estava nu, sentado na beirada da cama, o rosto sério, o coração disparado.
Mingi o observava de pé, já nu também, o pau duro, pulsante, latejando com uma fome quase desesperada.
— Tem certeza? — a voz de Mingi saiu rouca, tensa, quase reverente.
S/N levantou o olhar, firme.
— Vem cá.
Mingi avançou devagar, como se estivesse se aproximando de algo sagrado.
S/N o fez sentar-se na beirada da cama e, sem dizer uma palavra, subiu no colo dele, as mãos firmes nos ombros de Mingi.
O pau grosso e quente roçava sua entrada sensível, já lubrificada pelas longas preliminares das últimas noites.
S/N respirou fundo.
Fechou os olhos.
E começou a descer devagar.
A glande empurrou, forçou a entrada tensa e sensível.
O primeiro estalo de penetração arrancou um gemido baixo de ambos.
Mingi mordeu o lábio, os olhos vidrados na visão surreal de S/N engolindo seu pau pela primeira vez.
— Porra... — sussurrou quase sem ar —... olha você me engolindo assim...
S/N ofegava, os dedos apertando os ombros de Mingi com força, sentindo o pau grosso e quente abrindo caminho centímetro por centímetro dentro de si.
Era muito.
Muito grande.
Muito intenso.
Mas tão... bom.
Quando sentou completamente, o pau de Mingi enterrado até o fim, o corpo de S/N tremeu, arfando, suado, o rosto corado.
— Caralho... — sussurrou manhoso —... tá todo dentro.
Mingi estava hipnotizado.
As mãos pousaram na cintura de S/N, mas sem forçar. Apenas segurando, como se tivesse medo de espantar aquele momento.
— Você é tão lindo assim, porra... — a voz saía embargada de puro desejo —... minha vadiazinha perfeita.
Por um tempo, S/N ficou ali parado, apenas sentindo.
Sentindo o pau preenchendo, pulsando dentro dele, o calor, a pressão, a plenitude absurda.
Era um prazer quase sagrado.
A barreira final tinha sido superada.
E então, devagar, o quadril começou a subir.
Desceu de novo, num movimento lento, gostoso, fazendo ambos gemerem alto.
E logo o ritmo aumentou.
S/N começou a quicar com força, com fome, como se seu corpo estivesse esperando por aquele pau dentro de si desde sempre.
Os gemidos eram intensos, abafados, manhosos.
— Porra, porra... — arfava Mingi, os olhos vidrados, o controle escapando de suas mãos —... olha você me cavalgando... se oferecendo desse jeito... meu Deus...
S/N ria baixinho entre gemidos, as mãos apoiadas no peito de Mingi, controlando cada estocada, sentando com força, apertando o pau até o fundo, como se quisesse gravar o formato dele dentro de si.
A respiração de Mingi ficou irregular, desesperada.
— Você vai me matar, vadiazinha... vai me fazer gozar só de te ver montando assim...
As mãos de Mingi subiram pelas costas suadas de S/N, puxando-o para perto. Agora os peitos colados, os corpos grudados, o suor misturado.
Os lábios se encontraram num beijo sujo, desesperado, faminto.
Não era um beijo de ódio.
Não mais.
Era possessivo. Era viciante.
Era amor disfarçado de luxúria.
S/N gemia contra a boca de Mingi, o quadril ainda subindo e descendo, o prazer se acumulando de forma brutal.
Mingi, sem aguentar mais, segurou firme as nádegas e começou a estocar de baixo, o som molhado e sujo dos corpos se chocando preenchendo o quarto.
— Meu... você é meu... meu... — repetia ofegante.
O orgasmo veio violento.
Mingi gozou com força, o esperma explodindo quente e profundo dentro de S/N, que logo depois também gozou, o ventre espirrando entre os dois, a mente nublada de prazer absoluto.
Os corpos caíram abraçados, grudados, suados, ofegantes.
Mingi não soltava S/N nem por um segundo.
— Você... — sussurrou ainda tremendo —... é meu. Todo meu.
S/N apenas encostou a testa na dele, os olhos fechados, o peito ainda arfando.
Não precisava responder.
Ambos sabiam.
Naquela noite, algo mudou.
Eles nunca falariam em namoro.
Não ainda.
Mas a semente já estava plantada.
E agora, crescia firme, forte, enraizada na obsessão, no desejo, no vício… e no começo retorcido de um amor doentio.
De inimigos...
Para amantes.
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Imagine JungKook

O apartamento ainda cheirava a tinta fresca e móveis novos. A mudança tinha sido feita no fim de semana anterior, e apesar das caixas ainda empilhadas no canto da sala, tudo parecia... certo. A presença de Jungkook deixava tudo mais leve, e S/N se pegava sorrindo sozinho cada vez que via o namorado, mesmo depois de mais de um ano juntos.
Morar com Jungkook era como dividir a vida com um sol: quente, forte e inevitável. Ele preenchia todos os espaços, mesmo quando não falava nada. E era ali, naquele novo lar, que os dois davam início à próxima fase da vida — a universidade, o curso dos sonhos, e, claro, o namoro deles, que só crescia em intensidade.
Mas tudo tinha começado de forma bem diferente.
— Você lembra como me olhou no primeiro dia? — Jungkook perguntou, rindo enquanto tirava a blusa de moletom e jogava no encosto do sofá. — Parecia que ia desmaiar.
— Eu não te olhei assim... — S/N murmurou, corando. — Foi só um susto. Você era... chamativo.
— Chamativo? — Jungkook ergueu uma sobrancelha. — Eu entrei na sala, você derrubou sua caneta, tropeçou na própria cadeira e quase caiu no colo da professora. E tudo isso me olhando.
S/N cobriu o rosto com as mãos.
— Que vergonha...
— Foi fofo — Jungkook se aproximou, sentando ao lado dele. — Eu me apaixonei ali mesmo. Um ômega atrapalhado, tímido, mas que ainda assim conseguia manter a postura como representante da turma. Achei aquilo admirável. E excitante também.
S/N deu um tapa fraco no ombro dele.
— Ei!
— É verdade. — Jungkook segurou o pulso de S/N com carinho, trazendo-o para mais perto. — Você era diferente. Os outros ômegas da escola sempre se esforçavam tanto para parecer perfeitos... você já era perfeito. Só não percebia.
O que Jungkook não contava era que conquistar aquele ômega seria uma verdadeira missão.
Na época, ele havia acabado de se transferir para a escola no último ano do ensino médio. Com aparência típica de um alfa — alto, forte, cheiro naturalmente atrativo e olhar seguro —, rapidamente se tornou o centro das atenções. Entrou para o time de basquete, ganhou notoriedade entre os professores e quase todos os ômegas da escola suspiravam ao vê-lo passar.
Mas foi ao entrar naquela sala e ver S/N todo encolhido atrás da mesa, conferindo os papéis de representante da classe com as sobrancelhas franzidas e a boca levemente aberta de concentração, que seu coração parou. Aquilo foi o suficiente. Um único olhar.
O problema? S/N parecia não estar nem aí para ele.
E não por orgulho. Era inocência mesmo.
Jungkook tentou de tudo. Começou a se sentar perto, a puxar assunto, a pedir ajuda com tarefas que ele claramente já sabia fazer. Mas S/N se mantinha firme, respondia com educação, sempre corava um pouco, mas não dava margem.
Até que um dia, depois do treino, Jungkook resolveu tomar coragem.
— S/N — chamou, parando ao lado da mesa dele. — Você... tem planos depois da aula?
O ômega olhou para ele como se ele tivesse falado outra língua.
— Planos?
— Isso. Eu pensei em... tomar um sorvete. Ou ir ao parque. Só andar um pouco, conversar. Com você.
— Ah... — S/N baixou os olhos para os próprios cadernos. — Eu preciso revisar a ata da reunião da manhã...
— Pode revisar depois — insistiu Jungkook, sorrindo. — Só uma horinha. Eu prometo que não vou te sequestrar.
Houve um longo silêncio.
— Por que você quer sair comigo?
A pergunta pegou Jungkook de surpresa. Ele sorriu mais largo, tentando parecer despreocupado.
— Porque eu gosto de você.
S/N o encarou com os olhos arregalados.
— Mas eu... nunca namorei ninguém. Não sei fazer essas coisas.
— A gente aprende juntos — respondeu Jungkook, e havia tanta sinceridade na voz dele que S/N acabou cedendo.
O encontro foi... desastroso e adorável.
Jungkook estava nervoso. S/N, ainda mais. Eles mal conseguiam se olhar nos olhos. O sorvete derretia mais rápido do que conseguiam comer. E quando Jungkook tentou pegar na mão de S/N, este acabou derrubando o próprio copinho de sorvete no chão.
— Desculpa — disse, corando até as orelhas. — Eu sou péssimo nisso...
— Você é perfeito — respondeu Jungkook, rindo, ajudando a limpar com lenços.
E o beijo? Ah, o beijo.
Aquela foi outra guerra.
Depois de semanas saindo juntos — encontros tímidos, mãos dadas com hesitação, abraços desajeitados no portão da escola — Jungkook decidiu tentar de novo.
Estavam sentados em um banco, sozinhos, sob as folhas secas do outono. O sol começava a se pôr, e a brisa estava mais fria. S/N encolhido no casaco, Jungkook com os olhos fixos nele.
— Posso te beijar? — perguntou, com delicadeza.
S/N piscou várias vezes, o rosto inteiro corado.
— A-agora?
— Só se você quiser.
Houve uma pausa longa demais. S/N mordeu o lábio inferior e assentiu com um movimento quase imperceptível da cabeça.
Jungkook se inclinou devagar, tentando manter a calma. Mas no segundo em que seus lábios tocaram os de S/N, este se encolheu, deu um pequeno pulo e esbarrou com força na testa dele.
— Ai! — os dois disseram juntos, levando as mãos à própria testa.
Silêncio. Depois... risos. Risos descontrolados.
— Isso foi horrível — disse S/N, entre risos. — Eu estraguei tudo.
— Foi o melhor beijo da minha vida — disse Jungkook, sorrindo como um bobo.
Depois daquele dia, tudo mudou. O namoro começou devagar. Jungkook era atencioso, paciente, respeitava todos os limites. E S/N se sentia cada vez mais seguro ao lado dele.
Agora, já no segundo ano da universidade, dividindo o mesmo apartamento, os dois eram praticamente inseparáveis. Todos os colegas comentavam sobre como eram o casal perfeito. O alfa gentil e o ômega doce. E, de fato, eram.
Jungkook se aproximou do sofá, beijando a testa de S/N.
— Está com fome?
— Um pouco.
— Vou fazer ramen. Com ovo e nori, como você gosta.
— Eu posso ajudar...
— Não precisa. Fica aí descansando.
S/N sorriu. Ver Jungkook indo para a cozinha, mexendo nas panelas com aquele moletom folgado e o cabelo preso no coque desajeitado, aquecia seu peito. Era o mesmo Jungkook de sempre. Forte, bonito, mas absurdamente cuidadoso. Seu Jungkook.
Enquanto ouvia o som da água fervendo e o barulho das embalagens sendo abertas, S/N se perdeu em lembranças.
O primeiro encontro. O primeiro beijo. O dia em que Jungkook pediu para namorarem oficialmente, com um buquê de flores pequenas e um anel simples de compromisso. O dia em que decidiram procurar um apartamento juntos. A primeira noite ali, dormindo abraçados no colchão no chão, rindo das caixas empilhadas e da falta de talheres.
S/N levou a mão até o pescoço, onde usava um colar fino com o anel preso — o mesmo que ganhara naquela tarde de primavera. Jungkook tinha um igual no dedo.
Quando o cheiro do ramen chegou até ele, o estômago roncou.
— Aqui está — disse o alfa, trazendo a tigela. — Com bastante nori, como pediu.
— Obrigado.
Sentaram-se lado a lado, comendo juntos no sofá. Os joelhos se encostavam, os pés também. Era como sempre deveria ser.
Jungkook observou S/N com carinho enquanto ele soprava o macarrão quente com cuidado. O peito do alfa se encheu de um sentimento familiar: desejo, sim, mas também admiração. Amor puro.
— Amor?
— Hm?
— Eu ainda me sinto como naquele primeiro dia. Quando você tropeçou só de me olhar.
S/N riu, envergonhado.
— E eu ainda fico nervoso toda vez que você me chama de amor.
Jungkook encostou o rosto no ombro dele.
— Ainda bem. Espero que fique assim para sempre.
E naquela noite, mais uma entre tantas, eles continuaram ali: dois jovens apaixonados, crescendo juntos. O alfa e o ômega que, por mais diferentes que fossem, se encaixavam de forma perfeita.
Dividir um apartamento com o amor da sua vida deveria ser perfeito. E era. Mas, para JungKook, era também uma espécie de tortura diária.
Desde que se mudaram para o novo lar, tudo passou a fluir com uma naturalidade quase mágica. A convivência era leve, os horários se encaixavam com facilidade, e a casa parecia sempre preenchida com a presença suave de S/N — o cheiro do shampoo dele, os passos delicados pelo corredor, a forma como ele cantarolava baixinho ao organizar os livros na estante.
Era tudo perfeito. Perfeito demais.
— Amor... — a voz manhosa de S/N o chamou pela manhã, ainda entre o sono e a consciência. — Está acordado?
JungKook abriu um dos olhos com esforço. O relógio na parede marcava pouco antes das sete. O sol entrava pela janela com suavidade, refletindo sobre os lençóis brancos e o cabelo bagunçado do ômega ao seu lado.
— Agora estou — respondeu, com a voz ainda rouca.
S/N estava deitado de lado, o rosto perto demais, os lábios entreabertos e os olhos cheios de sono. Usava apenas uma camiseta folgada que provavelmente era do próprio JungKook, e a barra da peça subia discretamente até mostrar parte da coxa nua, branca, macia.
JungKook engoliu em seco.
Não era novidade que ele acordava de pau duro. A testosterona de um alfa jovem, saudável e virgem era impiedosa. Mas nos últimos dias, a situação tinha piorado. O simples fato de ter S/N encolhido ao seu lado, abraçando-o durante a madrugada, gemendo baixinho quando mudava de posição... era o suficiente para deixá-lo em estado de alerta.
Naquela manhã, claro, não era diferente.
Ele puxou discretamente o cobertor até a cintura, tentando esconder a ereção óbvia, e forçou um sorriso.
— Dormiu bem?
— Aham... — S/N bocejou, enterrando o rosto no travesseiro por alguns segundos. — Sonhei que você tinha feito panquecas pra mim.
— Eu posso fazer — disse JungKook, rindo. — Quer panquecas hoje?
— Quero... — o ômega esticou os braços como um gatinho e soltou um gemido leve ao espreguiçar. JungKook teve que fechar os olhos por um segundo.
Cachorros sendo atropelados. Gatinhos doentes. Pessoas idosas sofrendo. Ele precisava pensar em qualquer coisa que não fosse o corpinho manhoso de S/N se alongando ao lado dele.
— Acho que vou tomar banho primeiro — disse o ômega, se levantando com um pouco de preguiça. A camiseta subia conforme ele se movia, revelando ainda mais da coxa nua e um vislumbre de sua cuequinha fina. JungKook mordeu o lábio inferior.
Ele se virou de costas na cama e enterrou o rosto no travesseiro.
— Vai na frente. Eu já te alcanço.
S/N entrou no banheiro, e JungKook ficou ali, respirando fundo.
Você é forte. Você é um homem honrado. Você ama ele demais pra meter nele sem ele pedir isso primeiro. Você prometeu esperar. Você consegue esperar.
Mas ele não sabia até quando.
Alguns minutos depois, ouviu o barulho da água. Depois, a voz de S/N:
— Kook! O sabonete caiu e rolou pro canto... Você pode me ajudar?
Inferno.
Jungkook se levantou com a cabeça baixa, tentando não deixar transparecer nada, e entrou no banheiro. A cortina translúcida mostrava perfeitamente o contorno do corpo de S/N. Ele estava de costas, abaixado, tentando alcançar o sabonete com a pontinha dos dedos.
— Aqui — disse JungKook, pegando o sabonete e entregando por cima da cortina, sem olhar diretamente.
— Obrigado... — a voz soava suave, quase melodiosa. — Você quer entrar também?
Não. Sim. Não. Sim, pelo amor de Deus, sim.
— Posso ir depois — respondeu, já sentindo o suor escorrer pela nuca. — Você vai se atrasar se eu entrar agora.
— Verdade...
JungKook fechou a porta de novo e se encostou nela, arfando levemente. Aquilo estava ficando perigoso.
Tomaram café juntos depois, como sempre.
S/N comia panquecas com mel, balançando as pernas debaixo da mesa, o pijama agora trocado por um uniforme casual da universidade. JungKook havia preparado tudo enquanto o outro terminava de se arrumar, tentando focar a mente em tarefas simples para não ter outra crise de tesão matinal.
— Vai ter apresentação hoje? — perguntou.
— Não. Só debate. Mas eu fico nervoso do mesmo jeito...
— Você vai arrasar — disse JungKook, estendendo a mão por cima da mesa e acariciando os dedos de S/N. — Como sempre.
— Você diz isso porque é meu namorado.
— Digo isso porque é verdade.
S/N sorriu e corou de leve. JungKook teve que desviar os olhos para não perder o controle.
Saíram juntos de casa, cada um com sua mochila. O caminho até a estação de metrô era tranquilo, e eles gostavam de andar de mãos dadas até ali. Muitos colegas da universidade já conheciam os dois como o “casal modelo”.
— Como está o cheiro da rua hoje? — perguntou JungKook, puxando assunto.
— Leve cheiro de pão... e tinta fresca. Deve ter alguma reforma perto da padaria.
— Impressionante. Seu nariz é mais apurado que o meu.
— É porque você vive suprimido — S/N brincou. — Alfas vivem segurando o próprio cheiro pra não deixarem os outros nervosos.
— Só não suporto quando você fica no cio...
S/N parou de andar por um segundo, corando até o pescoço.
— Eu... eu nunca fiquei perto de você.
— Mas vai acontecer — disse JungKook com um tom mais baixo. — E quando acontecer...
O silêncio entre eles durou alguns segundos.
— Quando acontecer, eu vou confiar em você — respondeu S/N, olhando para frente.
O coração de JungKook apertou. Ele respirou fundo e sorriu.
— Obrigado.
Se despediram na plataforma, com um beijo rápido na bochecha. S/N seguiria para o curso de letras. JungKook para engenharia mecânica.
Mas mesmo separados o dia todo, trocavam mensagens o tempo inteiro.
S/N: O professor falou "órbita do texto" e todo mundo fingiu que entendeu.
JungKook: Se você entendeu, me explica depois. Se não entendeu, finge que foi ironia.
S/N: Tem um beta atrás de mim com cheiro de cigarros e ansiedade. Socorro.
JungKook: Posso ir te buscar no intervalo. A gente dá um jeito.
S/N: Só se for com beijo e bolo.
JungKook: Negociado.
Quando se reencontravam no fim do dia, a casa voltava a ganhar vida.
JungKook cozinhava. S/N lavava a louça. Depois sentavam no tapete da sala, jogavam algum jogo de cartas, viam uma série juntos ou apenas ficavam deitados lado a lado no sofá, ouvindo música baixa e acariciando os dedos um do outro.
E claro, às vezes se beijavam. Beijos longos, profundos, com mãos explorando devagar, toques que faziam o sangue ferver e a pele arrepiar. Mas nunca passavam disso.
Pelo menos, ainda não.
Uma dessas noites, enquanto lavavam a louça, S/N virou-se com a camisa toda molhada na frente. O tecido grudava no peito pequeno e liso, revelando a silhueta delicada do corpo.
JungKook precisou se apoiar na bancada.
— Está tudo bem? — perguntou S/N, inocente, segurando uma esponja ensaboada.
— Uhum — JungKook respondeu, desviando o olhar. — Só... dor nas costas.
Mentira. Era dor nos rins de tanto segurar o próprio desejo.
De noite, deitados na cama, S/N se aninhava nele como sempre. Com as mãos quentes contra o peito do alfa, a respiração suave contra o pescoço dele e uma perninha enroscada entre as dele.
— Boa noite, Kook.
— Boa noite, meu amor.
Jungkook fechava os olhos, lutando contra a ereção que já surgia de novo com os movimentos involuntários de S/N no sono. Mais uma noite de tortura. Mais uma noite de pensamentos indecentes misturados com amor puro.
Mais uma noite em que ele precisava se lembrar: Vale a pena esperar.
Era uma tarde morna e tranquila, e a aula de S/N tinha terminado mais cedo. O professor responsável por ministrar o último horário havia avisado da ausência repentina, o que liberou os alunos com quase uma hora de antecedência.
Para muitos, seria só mais um tempo livre. Para S/N, foi uma oportunidade adorável de surpreender JungKook.
Pegou o metrô com calma, desceu na estação próxima ao prédio de engenharia e atravessou o campus entre sorrisos educados e acenos tímidos. Não era incomum ver ômegas por ali, claro. Mas poucos andavam sozinhos, ainda mais em um dos prédios mais cheios de alfas do campus.
Mesmo assim, S/N não se intimidou. Queria apenas ver JungKook, esperá-lo e voltar para casa juntos.
Sentou-se em um dos bancos próximos à saída lateral do prédio, apoiando a mochila no colo, mexendo o pé no ritmo de uma música que cantarolava baixinho. O sol filtrava-se pelas árvores altas, e a brisa morna da tarde fazia o cabelo do ômega dançar levemente.
Ele parecia... um convite. Uma pintura viva de doçura e vulnerabilidade.
E foi por isso que os problemas começaram.
Três alfas que saíam da biblioteca do térreo, todos de estatura alta, ombros largos e sorrisos maliciosos demais para serem confiáveis, o avistaram antes mesmo de ele notar.
— Olha só o que temos aqui — murmurou o primeiro, parando a poucos passos do banco.
— Que delicinha de ômega sozinho — completou o segundo, cruzando os braços. — Está esperando alguém, docinho?
S/N ergueu os olhos, os dedos apertando a mochila com força.
— Estou só aguardando — respondeu, tentando manter a voz firme, mesmo com o coração acelerado.
— Aguardando o quê? Alguém pra te buscar? — O terceiro se aproximou ainda mais, abaixando-se um pouco para ficar na altura dele. — Porque se quiser companhia, a gente tem tempo.
— Estou bem, obrigado.
— Que voz meiga... Aposto que geme igualzinho — disse um deles, e os outros riram. O cheiro deles se espalhava no ar, forte e insistente. S/N podia sentir o suor, a arrogância, o cheiro amargo de testosterona suprimida.
Engoliu em seco, tentando se manter calmo. Mas os olhares em cima dele, os corpos grandes demais, os sorrisos cheios de dentes... tudo fazia seu corpo se encolher.
Foi então que aconteceu.
A poucos metros dali, saindo por uma das portas laterais com um grupo de amigos, JungKook parou no mesmo instante em que sentiu o cheiro.
Doce. Limpo. Familiar.
Cheiro de S/N.
Virou o rosto devagar, os sentidos se aguçando como de um predador. O coração acelerou. Os músculos do corpo inteiro se tensionaram.
E então viu.
S/N, sentado num banco, cercado por três alfas que não conhecia. O corpo dele encolhido, as mãos apertando a mochila, o olhar inseguro. Um deles estava próximo demais, abaixado demais, e outro estendeu a mão, como se fosse tocar no joelho do seu ômega.
O instinto de JungKook explodiu como uma corrente elétrica.
— Kook? — um dos amigos o chamou. — Que foi?
Mas JungKook já estava andando, depois correndo.
A visão turvou levemente. Não de raiva. Mas de impulso puro.
O cheiro do medo de S/N se misturava ao perfume natural dele. E nada no mundo o irritava mais do que ver o doce e delicado ômega que ele amava sendo pressionado daquele jeito.
Chegou tão rápido que os três mal tiveram tempo de reagir.
— Afastem-se. Agora.
A voz dele saiu baixa, firme e carregada de autoridade. O tipo de tom que fazia qualquer outro alfa recuar por reflexo.
Os três se viraram, surpresos. Um deles franziu o cenho.
— E você é quem?
— Eu sou o alfa dele — respondeu JungKook, os olhos escurecidos, o peito arfando. — E vou dizer só mais uma vez. Afastem-se.
S/N ergueu os olhos, os lábios trêmulos. O cheiro de alívio escapou do corpo dele como um sopro. E isso só fez JungKook ficar ainda mais irritado. Porque ele estava assustado. Ele se sentiu ameaçado.
E nenhum ômega dele merecia sentir isso.
Um dos alfas riu, tentando se manter firme.
— Relaxa, cara. A gente só tava conversando.
— Conversa não tem cheiro de medo — JungKook respondeu, sem hesitar.
Então deu um passo à frente. Depois outro.
Se colocava entre S/N e os três como uma parede. O corpo grande e musculoso bloqueava qualquer acesso ao banco. E o cheiro de advertência que saiu de seu corpo foi tão forte que dois deles engoliram em seco.
— Vai insistir? — JungKook perguntou ao último, o que parecia o mais arrogante. — Porque se insistir, a gente resolve isso agora.
— Tá maluco — disse o cara, recuando. — Que seja. Bora, galera.
Eles se afastaram com resmungos e sorrisos nervosos. Um deles ainda olhou para trás, mas o olhar que JungKook lançou fez questão de apagar qualquer traço de ousadia.
Assim que os três desapareceram, ele se virou devagar.
S/N ainda estava sentado, as mãos apertando a mochila. O rosto corado, os olhos úmidos. Parecia pequeno. Frágil. Perfeito.
JungKook se agachou à frente dele.
— Você está bem?
— Eu... sim... — ele murmurou. — Só fiquei nervoso. Não esperava...
— Eu sei — ele respondeu, pegando as mãos geladas de S/N entre as suas. — Você não fez nada de errado. Não precisa ter vergonha, meu amor.
S/N mordeu o lábio inferior.
— Eu só queria te esperar... Queria fazer uma surpresa.
JungKook sorriu. Beijou a testa dele com cuidado.
— E foi a melhor surpresa que eu poderia ter, mesmo com esse susto.
Ficaram ali alguns segundos em silêncio, respirando juntos. JungKook envolveu o corpo de S/N com os braços, abraçando-o com firmeza. Um abraço inteiro de proteção, de amor, de promessa.
— Você... você ficou com raiva? — S/N perguntou baixinho.
— Não de você. Nunca de você.
— Mas... do jeito que você chegou...
— Eu só não consigo ver ninguém ameaçando o que é meu. — JungKook olhou dentro dos olhos dele. — Você é meu, S/N. E eu te amo. Não vou deixar nada acontecer com você. Nunca.
S/N escondeu o rosto contra o pescoço do alfa, envergonhado demais para dizer qualquer coisa. O cheiro dele, mesmo tímido, era como calmaria. Doçura. Conforto.
— Vamos pra casa — disse JungKook. — Já deu por hoje.
E foram. De mãos dadas, o corpo de JungKook próximo demais, a energia protetora como um escudo ao redor de S/N.
Nos dias seguintes, ninguém mais se atreveu a se aproximar dele no prédio de engenharia.
E os amigos de JungKook... bem, passaram a olhar para S/N com outro tipo de respeito. Um deles até comentou:
— Mano... não sabia que o seu ômega era esse docinho aí.
— Ele é — JungKook respondeu, com um sorriso orgulhoso. — E é só meu.
Era sexta-feira, e como de costume, o grupo de JungKook tinha reservado uma das mesas externas do restaurante próximo ao campus. As aulas da manhã tinham sido puxadas, principalmente para os alunos do curso de engenharia, mas nada que um almoço reforçado e umas boas risadas não resolvessem.
— Cara, eu juro por Deus, se aquele professor colocar mais uma derivada tripla no exercício, eu mesmo vou me jogar do segundo andar — reclamou Minhyuk, largando os talheres no prato.
— Aí você só quebra a perna. Tem que ser do quarto pra cima, irmão — respondeu Taesan, rindo enquanto enfiava mais carne na boca.
JungKook riu também, distraído. Os dedos tamborilavam de leve na borda do copo com refrigerante, enquanto ele ouvia os amigos reclamarem da vida acadêmica. Mas em sua cabeça, havia uma imagem específica girando em loop: S/N naquela manhã, sonolento, de camiseta larga e cabelo bagunçado, tentando achar o chinelo com os olhinhos semicerrados, e depois o beijinho que deu no pescoço dele antes de sair.
O amor da minha vida…
— JungKook, você tá ouvindo? — a voz de Jae se sobressaiu no meio da conversa.
— O quê? — ele piscou.
— A gente tá apostando aqui. Você já transou ou não com aquele docinho que você chama de namorado?
JungKook tossiu, engasgando levemente com o refrigerante. Os outros riram.
— Ah não, agora você vai ter que responder — disse Minhyuk, rindo. — Não dá pra dar essa engasgada e fingir que não entendeu.
— A gente já viu vocês juntos, mano — completou Taesan. — Aquele ômega parece saído de propaganda de perfume. Toda vez que ele passa perto de mim, eu tenho que rezar três ave-marias pra não olhar demais.
— Vocês dormem na mesma cama, moram juntos, você some do rolê pra ir pra casa, e quer dizer que ainda não comeu o cara? — Jae estava em choque.
JungKook apoiou os cotovelos na mesa e olhou em volta com um sorrisinho de canto.
— Não comi.
Um segundo de silêncio. E então, o caos.
— O quê?!
— Tá de brincadeira!
— JungKook, pelo amor de Deus!
— Você é um alfa virgem?! — Minhyuk parecia genuinamente escandalizado. — E ainda por cima namorando o ômega mais... porra, ele é tipo o exemplo do que todo alfa sonha!
— Ele parece que geme só de sorrir — disse Jae, rindo. — Já pensou aquele docinho rebolando no seu colo? E você não meteu ainda? Isso é pecado, irmão.
— Eu já teria metido até perder a consciência — disse Taesan.
JungKook riu. Riu de verdade. A reação dos amigos não o incomodava. Na verdade, ele já esperava esse tipo de reação — ele conhecia bem o grupo com quem andava.
— Mano, eu achava que você era o mais selvagem da gente — Minhyuk continuou. — Com essas tatuagens, esses músculos, o jeito que protege aquele ômega como se fosse um coelhinho de porcelana…
— E é mesmo — JungKook respondeu, calmo.
Os outros pararam.
— É o quê?
— O amor da minha vida — ele disse, e tomou um gole do refrigerante. — S/N é tudo pra mim. Ele é gentil, carinhoso, tímido, e confia em mim pra cuidar dele. Eu não vou quebrar isso só porque meu pau fica duro cada vez que ele sorri.
A mesa ficou em silêncio por alguns segundos.
— Eu sinto vontade o tempo todo, sim. O tempo todo mesmo. Eu acordo com o pau duro só de ter ele respirando do meu lado. Eu quase surto quando ele sai do banho de toalhinha e se pendura em mim pra pedir colo. Quando ele se senta no meu colo, mesmo inocente, e fica rebolando devagar enquanto fala de alguma série... — ele soltou uma risada baixa, apoiando a cabeça na mão. — Eu penso em tragédia, penso em guerra mundial, penso em engolir agulhas pra não foder ele ali mesmo.
Minhyuk arregalou os olhos. Taesan deu uma risada baixa, ainda chocado.
— Mas... — continuou JungKook. — Eu respeito ele. Nós decidimos esperar. Ele também é virgem. Nunca teve ninguém, nunca beijou ninguém antes de mim. É o tempo dele. Quando ele estiver pronto, vai ser perfeito. Até lá, eu posso esperar. Posso continuar subindo pelas paredes, gritando por dentro, tomando banho gelado, acordando com o pau latejando... mas posso esperar.
Jae soltou um suspiro longo.
— Caralho, JungKook. Agora até eu me apaixonei por você.
— Foda-se, eu caso contigo — disse Minhyuk.
Os quatro caíram na risada.
— Eu juro — disse Taesan, rindo. — Eu nunca achei que ouviria essa declaração do JungKook. Achei que era o tipo que fazia ômega gozar no primeiro encontro e desaparecia.
— Eu também achava isso de mim — JungKook deu de ombros. — Mas aí ele apareceu. Todo tímido, todo bobo, falando baixinho, e com aqueles olhinhos brilhando de nervoso quando me pediu um trabalho em dupla. E agora estou aqui, dizendo pra vocês que eu me controlo todo santo dia pra não traumatizar o meu amorzinho.
Minhyuk inclinou o corpo na mesa, apoiando o queixo nas mãos.
— Você é doido. Um alfa de respeito.
— Eu só sou um alfa que ama.
Os amigos assentiram em silêncio.
— Sabe que a gente vai continuar zoando, né? — disse Jae. — É nossa função.
— Podem zoar à vontade — JungKook respondeu. — Só não tentem passar perto demais dele. Meu instinto não tem tanto autocontrole quanto eu.
Eles riram de novo.
— Brincadeiras à parte... acho foda isso — disse Taesan. — De verdade. A maioria não consegue nem pensar em esperar uma semana. Tu tá segurando esse tesão há mais de um ano?
— Um ano e meio. Mas sim.
— Eu admiro — disse Minhyuk. — Sério. Se eu fosse você, já tinha falecido.
— Quase morri algumas vezes — JungKook brincou. — Mas eu vou sobreviver.
A conversa continuou leve depois disso. As provocações vieram, sim — piadas sobre JungKook precisar de gelo seco entre as pernas, ou sobre S/N ser um ômega tão fofo que devia ser proibido andar em público — mas tudo num tom carinhoso. No fim, JungKook sabia que seus amigos respeitavam o relacionamento deles, mesmo que não entendessem completamente.
Quando ele voltou pra casa mais tarde naquele dia, encontrou S/N deitado no sofá, encolhido num moletom largo demais, assistindo a um dorama e comendo cereal direto da tigela.
O cheiro dele, puro e adocicado, o atingiu de imediato.
JungKook só sorriu, sentando-se ao lado e puxando o namorado pro colo com cuidado.
— Como foi seu dia? — S/N perguntou, encostando o rosto no pescoço dele.
— Bem. Tive uma conversa... reveladora com os caras.
— Sobre o quê?
— Sobre você. Sobre a gente. Sobre o fato de eu ainda ser virgem.
S/N corou imediatamente, enterrando o rosto contra o ombro dele.
— Eles riram de você?
— Riram. Zoaram. Mas depois pararam. Acho que ficaram até impressionados.
S/N levantou o rosto só um pouquinho.
— Por quê?
JungKook apertou o quadril dele devagar.
— Porque eu disse que você é o amor da minha vida. E que eu esperaria o tempo que fosse preciso pra ter você do jeito certo.
S/N ficou em silêncio. Então sorriu. Aquele sorrisinho tímido, doce e completamente apaixonado.
E JungKook, bem... sentiu que sim, ele podia esperar. Mesmo que todo o seu corpo gritasse por mais.
Porque não havia nada mais importante do que aquele sorriso.
Mas era difícil, porra, caralho, inferno como era difícil...
O tempo seguiu seu curso, mas viver com S/N era uma espécie de paraíso torturante. Era como estar permanentemente no céu com um pezinho no inferno.
Porque o ômega era doce. Fofo. Gentil. Inocente até o último fio de cabelo. Mas ao mesmo tempo, era a tentação viva. Tudo o que ele fazia — absolutamente tudo — parecia uma provocação involuntária à sanidade do alfa que dormia com ele na mesma cama, dividia o mesmo banho, a mesma casa… e o mesmo inferno de tesão diário.
Nos primeiros meses, JungKook aguentou com dignidade. Mas com o tempo, as pequenas coisas começaram a ganhar peso demais.
Um sábado em que foram ao parque e S/N usava aquele short ridículo de tão curto. Rebolando enquanto caminhava na frente dele, todo empolgado com os patos no lago, ignorando o fato de que JungKook andava atrás dele com o maxilar travado e o pau duro prensado contra o jeans.
Um domingo preguiçoso em que tomaram banho juntos e S/N, como sempre, pendurou-se em seu pescoço para pedir shampoo. O corpo pequeno escorregadio pressionado contra o dele, os gemidinhos de quando a água estava quente demais, o cabelo molhado grudado na pele, o cheirinho de ômega perfumado invadindo os sentidos do alfa. JungKook saía daquele banheiro com o corpo tremendo e o cérebro em colapso.
— Eu só queria lavar o cabelo… — dizia S/N, completamente alheio ao colapso interno do namorado.
E JungKook sorria, beijava a testa dele e fingia que não queria enfiá-lo contra a parede e transar com ele até ver coraçõezinhos girando em volta da cabeça.
Mas o pior — o pior — eram as noites.
As noites em que S/N dormia encolhido contra ele, usando as camisetas largas do próprio JungKook, com uma perna jogada sobre a cintura dele e os lábios entreabertos na respiração tranquila do sono. O calor do corpo, o cheirinho adocicado de ômega... e aquele biquinho sonolento que ele fazia quando se mexia.
JungKook passava horas com o pau latejando, o corpo rígido, o instinto gritando em cada músculo.
Em noites como essa, às vezes ele não aguentava.
Se levantava devagar. Ia para o banheiro, trancava a porta, sentava na tampa da privada com a mão enfiada no moletom e a outra cobrindo a boca para abafar os gemidos. Pensava em S/N deitado naquela cama, a camiseta subindo até a cintura, a barriguinha exposta, o quadril fino, o rostinho manhoso…
Mordia o punho até quase sangrar para não deixar escapar sons altos.
E depois ficava ali, arfando, com o coração doendo. Não por culpa, mas por amor.
Porque ele não queria só foder S/N. Queria ter ele inteiro. Queria ver aquele rostinho implorando, ofegante, entregue. Queria que fosse perfeito. Que fosse o tempo dele.
Mas que era difícil… ah, era.
E ainda por cima, S/N era inconscientemente sensual. Sentava no colo dele durante os filmes, rebolando sem perceber. Dizia “Jungkook…” num tom manhoso que fazia seu cérebro derreter. Colocava os lábios no pescoço dele sem aviso para fazer carinho. E, pior, gemia quando recebia beijo.
Gemia.
— Você precisa parar de fazer isso — ele murmurava contra a boca do ômega, sentindo o gosto doce da língua tímida se movendo na sua.
— Fazer o quê? — S/N perguntava, os olhos brilhando de inocência.
— Gemer assim… eu não sou de ferro.
S/N só corava e escondia o rosto no peito dele, sem entender de fato o efeito que causava.
E JungKook sorria, mesmo quando seu corpo tremia.
Era uma noite comum quando tudo mudou.
Tinham jantado juntos — comida chinesa, o prato preferido de S/N — e depois se aninharam no sofá com uma coberta, assistindo a um dos doramas bobos que S/N adorava. Ele chorava fácil, e JungKook ria mais da carinha de choro do namorado do que da série em si.
Depois tomaram banho juntos. S/N usava a toalha com estampa de coelhinhos. JungKook tentou não olhar muito para o quadril nu do namorado quando ele se abaixou para pegar a escova de dentes. Tentou não surtar quando ele se pendurou no seu pescoço e disse:
— O moletom quentinho está no varal… posso usar o seu de novo?
— Pode, amor.
Ver ele usando o moletom dele era uma tortura. Sempre largo demais, subia sem querer, revelando as coxas lisas e a cinturinha estreita.
Mas JungKook respirou fundo. Como sempre fazia. Deitou-se com S/N, puxou o corpo menor para perto e começou a acariciar os cabelos molhados dele com calma.
— Está com sono? — perguntou, sussurrando.
S/N balançou a cabeça. Ficou em silêncio por alguns minutos. A respiração estava calma, mas o coraçãozinho batia mais rápido do que o normal.
JungKook sentiu.
— Aconteceu alguma coisa?
— Eu… — a voz saiu pequena. — Estava pensando.
— Em quê?
— No meu cio. O próximo.
O coração de JungKook parou por um instante.
— É daqui algumas semanas, não é?
S/N assentiu. Encolheu-se mais no peito do namorado. O silêncio voltou, pesado, como se algo estivesse sendo gestado entre os dois.
Até que ele falou. Bem baixinho. Quase um sussurro tímido demais.
— Eu quero… fazer. Com você. No cio.
JungKook piscou.
— O quê?
S/N mordeu o lábio.
— Eu quero transar com você. No meu cio. Se você ainda quiser… e se não for se forçar a nada… eu… eu quero.
A explosão de sentimentos foi tão forte que JungKook sentiu os olhos arderem.
— S/N… — ele murmurou, puxando o ômega para mais perto. — Você tem certeza?
— Tenho. Eu estou com um pouco de medo, mas… confio em você. E te amo. E… sinto vontade também.
A voz tremia. A respiração também. O coraçãozinho disparado, o cheirinho adocicado começando a se intensificar.
Jungkook se controlou para não desabar em cima dele.
— Você não faz ideia do quanto eu te amo — ele sussurrou, beijando a testa dele. — Eu vou esperar. E quando o seu cio chegar, se você ainda quiser… eu vou cuidar de você. Com todo o amor do mundo.
S/N sorriu. Pequeno, tímido. Corado até as orelhas.
E JungKook soube, naquele instante, que esperaria mil vezes mais se fosse preciso.
Mas que, finalmente, o momento estava chegando.
E o céu — o céu que ele tanto sonhava — estava mais perto do que nunca.
Dois dias antes do cio, S/N começou a mudar. De forma lenta, quase imperceptível no começo — mas para JungKook, que conhecia o ômega até os espasmos das pálpebras quando ele estava ansioso, nada passava despercebido.
No primeiro dia, S/N acordou se arrastando da cama, com a expressão levemente amassada e a voz rouca de sono.
— Meus quadris estão doendo um pouco — murmurou, encolhendo-se nos braços de JungKook logo depois do café da manhã. — E estou sentindo uma cólica estranha…
— Quer deitar um pouco? — JungKook perguntou, preocupado.
S/N balançou a cabeça negativamente, se aninhando no colo dele com um suspiro.
— Quero ficar assim. Um pouquinho.
Aquilo, por si só, já era diferente. S/N era carinhoso, sim. Mas aquele dia, ele não largava de JungKook. Sentava no colo, deitava a cabeça na coxa dele no sofá, se enroscava na cozinha enquanto o alfa tentava preparar o almoço.
— Amor… se você não sair da frente, vou fritar o seu pijama junto com os legumes.
— Frita meu coração — respondeu ele, bobo, manhoso, pressionando o rosto contra as costas de JungKook com uma risadinha abafada.
O alfa riu. Mas por dentro, sentiu o estômago revirar.
Já está começando, pensou.
S/N havia parado de tomar os bloqueadores no ciclo anterior. Depois da conversa que tiveram — aquela em que ele confessou querer viver o cio com JungKook — decidiu que queria que fosse natural, intenso, do jeitinho que o corpo pedisse. Sem intervenções químicas. Sem interferência.
Ele queria entregar tudo.
Mas os efeitos estavam vindo mais fortes do que o previsto.
No fim da tarde, S/N chorou vendo um comercial de comida de cachorro na televisão.
— Ele está tão feliz com a ração nova, olha o rabinho balançando — fungou, com os olhos marejados.
JungKook precisou morder o lábio para não rir. Em vez disso, puxou S/N para perto, acariciando os cabelos dele com carinho.
— Vai ser tudo bem. É só o cio se aproximando. Está tudo certo em sentir mais.
— Eu sei… só estou… esquisito.
— Você está perfeito. Só um pouco mais grudado.
S/N o encarou, com os olhos levemente brilhantes e as bochechas rosadas.
— Desculpa. Está te atrapalhando?
— Está me deixando mais apaixonado — respondeu JungKook, sem nem hesitar.
Naquela noite, o calor aumentou.
S/N se revirava na cama. O corpo inquieto, as pernas pressionando os lençóis, a respiração irregular mesmo sem estar dormindo.
— Está tudo bem? — JungKook perguntou, virando-se de lado para encará-lo.
— Estou com calor. Mas com frio. E estou com fome. Mas enjoado.
— É o início. Seu corpo está avisando.
S/N virou-se e se enroscou nele.
— Eu… sinto vontade de você — confessou, num sussurro pequeno. — O tempo todo.
JungKook fechou os olhos por um segundo, tentando não ceder à pressão instantânea que sentiu no abdômen.
— Eu também. Mas a gente vai fazer no seu tempo. Quando estiver pronto.
— Eu estou pronto… só não chegou o dia ainda — murmurou, enterrando o rosto no pescoço do alfa. — Mas parece que meu corpo quer agora.
A frase soou como uma confissão e um pedido.
JungKook abraçou-o com força, e sussurrou com a voz rouca:
— Quando for a hora… vou te fazer esquecer qualquer dor que sentir.
O segundo dia foi ainda mais intenso.
S/N não conseguia ficar sozinho por mais de cinco minutos. Se JungKook saía do cômodo, ele levantava e ia atrás. Se o alfa ia ao banheiro, ele batia na porta.
— Só quero ficar pertinho… — dizia, a voz fraca, os olhos úmidos.
O cheiro dele também estava mudando. Era mais doce. Quente. Sedutor.
JungKook já tinha trancado o quarto duas vezes para tomar banhos gelados e acalmar o próprio corpo.
Mas o pior era quando S/N dormia no colo dele e, inconscientemente, roçava os quadris. Ou se mexia em cima das pernas dele com pequenos suspiros manhosos.
O controle de JungKook era sobre-humano.
— JungKook… — chamou no fim da tarde, com a voz manhosa. — Me leva pro banho?
— Está com dor?
— Só queria você comigo lá. Queria… você.
Aquilo foi mais difícil de recusar do que qualquer outra coisa na vida.
Mas JungKook assentiu, engolindo em seco.
— Tudo bem. Vamos.
O banho foi tortura. A água quente corria sobre os dois, e S/N parecia não querer soltar dele nem por um segundo.
Abraçava pela cintura. Subia as mãos devagar pelas costas do alfa. Encostava o rosto no peito e respirava fundo, quase como se se alimentasse do cheiro de JungKook.
— Seu cheiro me acalma tanto — sussurrou. — Quero que fique comigo quando o cio vier. O tempo todo. Pode ser?
— Claro que sim — respondeu, com a garganta seca. — Vou ficar com você. Cada segundo. E vou cuidar de você. Todo o tempo.
S/N fechou os olhos e sorriu.
JungKook, por sua vez, tentou ignorar o próprio corpo tremendo.
Naquela noite, S/N não dormiu.
Ficou deitado por cima de JungKook, completamente nu — o calor do cio já se instalando —, os olhos semiabertos e o corpo inquieto. Roçava-se sem perceber, os quadris fazendo leves movimentos, como se buscassem contato.
— JungKook… — murmurou, com a voz embargada. — Eu quero logo. Quero… muito.
— Eu sei, amor. Só mais um pouquinho.
— Está doendo. Aqui dentro. Preciso de você. Preciso mesmo.
JungKook fechou os olhos. O desejo estava dilacerando seu peito, pulsando entre as pernas, explodindo por dentro.
— Aguenta só mais um pouco. Eu prometo que vai valer a pena.
S/N choramingou, o corpo estremecendo.
— Mas me beija… por favor… não aguento mais sem nada.
JungKook o puxou pela nuca e o beijou.
Foi um beijo quente, urgente, desesperado. A língua de S/N se movia com fome, os lábios trêmulos, os suspiros escapando pela garganta. As mãos agarravam o pescoço de JungKook, puxavam os cabelos, arranhavam as costas.
E o cheiro de cio tomou o quarto.
O sábado amanheceu com uma brisa leve entrando pelas frestas da janela do quarto, as cortinas dançavam suavemente, e o sol filtrado tingia os lençóis de dourado. JungKook dormia pesado, o corpo exausto pela semana intensa, os braços estendidos, o peito nu subindo e descendo num ritmo tranquilo.
Mas algo estava... diferente.
Uma sensação morna... molhada... deliciosa... o acordava lentamente, ainda no limiar entre o sono e a consciência.
Franziu a testa no primeiro instante, tentando entender o calor úmido que envolvia seu pau — e então gemeu, um som baixo, involuntário, escapando dos lábios entreabertos.
Quando os olhos se abriram, viu os lençóis ligeiramente erguidos, e a forma pequena e determinada de S/N debaixo deles, se movendo com a cabeça entre suas pernas. JungKook paralisou. O coração disparou.
— S... S/N...? — sussurrou, a voz rouca, ofegante.
Não teve resposta. Apenas mais sucção.
A boca de S/N trabalhava seu pau com uma vontade animalesca. A língua deslizava firme pela veia inferior, subia até a glande, girava em círculos e depois o sugava com força, tirando de JungKook o gemido mais profundo e sofrido que ele já havia soltado.
— Caralho... — arfou, levando uma das mãos até os lençóis, tentando erguer o tecido para ver.
E o que viu o fez perder o ar.
S/N estava com os olhos semicerrados, bochechas ruborizadas, os cabelos desgrenhados e colando na testa. O cio havia chegado. E o tinha tomado por inteiro.
Ele chupava o pau de JungKook com fome. Uma fome carnal, desesperada, que nada mais parecia capaz de satisfazer. Cada vez que levava o membro à garganta, gemia baixo, e os sons vibravam no pau do alfa, tornando tudo ainda mais intenso.
JungKook enterrou os dedos nos fios macios da cabeça de S/N.
— A-ah… Isso... Isso é tão bom... — gemeu, quase sufocado de prazer. — Porra, amor... que boquinha perfeita...
S/N soltou o pau só por um segundo, passando a língua lentamente da base até a cabeça, lambendo como se fosse a sobremesa mais preciosa do mundo.
— Estava com tanta saudade do seu gosto... — murmurou, com a voz arrastada, manhosa, completamente entregue ao cio. — Queria tanto você dentro de mim, mas... não consegui esperar. Queria te acordar assim. Sentindo como eu te quero.
JungKook quase gozou só de ouvir.
— Puta que pariu, S/N... — arfou. — Vai me matar desse jeito...
S/N sorriu, com aquele sorrisinho fofo e travado, e voltou a chupar. Engolia devagar, depois mais fundo. Umedecia tudo, deixava o pau de JungKook coberto de saliva, os estalos da boca preenchendo o silêncio do quarto, os gemidos do alfa se misturando com o som da respiração dele.
E então, sem aviso, S/N levou uma das mãos até as bolas dele e começou a massagear, suave, com a ponta dos dedos. JungKook arqueou o corpo, jogando a cabeça para trás.
— Ah... porra... porra, S/N... tá tão bom... tão bom...
O instinto alfa gritava dentro dele. Ele queria agarrar S/N pela cintura e meter até arrancar todos os gemidos que ele tinha. Mas ao mesmo tempo... ele queria apenas se entregar àquele momento.
A primeira vez de S/N, e ele estava assim... dominando o prazer de JungKook com a boca, com os olhos brilhando, e o cheiro de cio tão denso que parecia preenche o quarto inteiro.
S/N soltou o pau, ofegando, os lábios vermelhos e inchados, um fio de saliva ligando sua boca à glande latejante de JungKook.
— Posso te fazer gozar, Kook? Quero engolir tudo... Quero você dentro de mim de qualquer forma.
JungKook cravou os dedos nos lençóis.
— Pode... pode tudo. Me fode com essa boca, amor.
E S/N obedeceu.
Voltou a chupar com mais vontade. Os movimentos ritmados, a garganta se abrindo mais fundo, os lábios quentes e macios pressionando cada centímetro. JungKook gemeu alto, os quadris se movendo involuntariamente, o corpo inteiro se contraindo.
O prazer veio como uma explosão. Quente. Violenta. Incontrolável.
— Gozei... gozei... porra... — gemeu, a voz embargada, os músculos tensos.
S/N engoliu tudo.
Cada gota.
E ainda lambeu devagar o que escorreu.
Quando subiu por cima de JungKook, os olhos estavam brilhando, o cio pulsava no cheiro, e o alfa estava em transe.
— Bom dia... — disse S/N, rindo baixinho, a voz arrastada.
JungKook riu, ainda ofegante, passando as mãos pela cintura dele.
— Você... é o melhor bom dia que eu já tive.
S/N sorriu. Mas o brilho no olhar era de pura fome.
— Hoje eu sou seu, JungKook. Inteiro. Até a última gota.
— Então se prepara... porque agora é minha vez.
E JungKook o virou na cama com um único movimento.
JungKook mal conseguia raciocinar. O cheiro de cio estava por toda parte, espesso no ar, invadindo suas narinas, cravando direto no instinto. Mas o que fez sua boca secar e o pau endurecer ainda mais foi a visão à sua frente:
S/N, de quatro, gemendo baixinho, o corpo todo arrepiado, as bochechas coradas e o cuzinho... ah, aquele cuzinho.
Estava escancarado, perfeito, piscando pra ele como se soubesse exatamente o quanto JungKook o desejava. E o mais enlouquecedor: o líquido natural do cio escorria devagar pela pele macia, escorrendo até pingar na cama. Tinha tanto que encharcava os lençóis.
— Puta que pariu... — JungKook arfou, se ajoelhando atrás dele, as mãos trêmulas ao segurar aquelas coxas gostosas. — Que tentação do caralho...
S/N gemeu manhoso, o rosto enfiado no travesseiro, a bundinha empinada, implorando.
— Kook... tá doendo... minhas cólicas... — sussurrou, todo carente. — Eu... preciso de você...
JungKook rosnou baixinho. O pau dele pulsava, duro, vermelho, babando. Mas ele sabia que não podia simplesmente meter. Era a primeira vez. E ele não era... bem, nada pequeno. Ele precisava preparar S/N direitinho.
Se inclinou, espalhou as mãos nas nádegas do ômega, e com a língua quente passou a lamber toda aquela entradinha deliciosa.
— A-ah... Kook... — S/N choramingou, o corpo tremendo. — Que gostoso...
JungKook devorava aquele cuzinho como se fosse a coisa mais preciosa do mundo. Lambia fundo, chupava, deixava a saliva escorrer, forçava a ponta da língua pra dentro e gemia contra a pele molhada. O gosto de S/N era doce. Quente. Viciante.
Depois, com os dedos já melados de lubrificante, começou a massagear a entrada sensível.
— Amor, relaxa pra mim... isso, assim mesmo... deixa eu cuidar de você...
Enfiou o primeiro dedo. S/N arfou, rebolou devagar, como se o próprio corpo suplicasse por mais. Depois o segundo entrou com facilidade, graças ao cio que já o deixava completamente aberto e carente.
— Seu corpo é perfeito, S/N... — sussurrou, os olhos fixos naquela visão obscena. — Tão quentinho, tão apertado...
Preparou com calma. Esticou, girou, espalhou mais lubrificante e saliva. E quando o terceiro dedo entrou sem resistência, soube que S/N estava pronto.
— Posso? — perguntou, a voz rouca, trêmula de tanta tensão.
S/N olhou por cima do ombro, os olhos brilhando de desejo.
— JungKook... me fode, por favor. Quero sentir você... inteiro.
O alfa mordeu os lábios. Posicionou-se, segurou firme a cintura dele e encostou a cabeça do pau naquela entradinha que ele sempre sonhou em tomar. Só de encostar, S/N se arrepiou inteiro.
Devagar... empurrou.
S/N gemeu alto, apertando os lençóis, o corpo inteiro tremendo. JungKook arfou, sentindo o cuzinho quente e apertado o envolver.
— Isso... isso... — sussurrou, arfando. — Você é perfeito...
Empurrou mais... e mais... até estar completamente enterrado dentro dele.
Os dois ficaram assim por segundos longos, respirando juntos, ofegantes, conectados.
Então JungKook começou a se mover, se mover com cuidado, os quadris indo e vindo devagar, como se estivesse aprendendo o corpo de S/N com o próprio pau.
— Você é tão apertado... tão quente... — sussurrou, colando o peito nas costas do ômega, enfiando o rosto no pescoço dele.
S/N soltou um gemido alto, trêmulo, manhoso, o som mais gostoso que JungKook já ouviu na vida.
— Kook... Kook... me fode... me fode de verdade, por favor...
Aquelas palavras foram a faísca. O estopim.
JungKook segurou S/N pela cintura com mais firmeza, e então enfiou tudo de uma vez. Um estalo molhado ecoou pelo quarto quando seus quadris bateram com força contra a bunda do ômega. S/N gritou, o corpo inteiro se curvando, o cio transbordando.
— A-AH! JungKook! M-mas...!
— Eu sei, amor... — sussurrou entre os dentes, começando a meter com mais força. — Eu sei que é isso que você quer... seu corpo tá me puxando... você nasceu pra isso...
O som dos corpos se chocando ficou mais alto, mais sujo. O líquido do cio escorria sem parar, misturado com o lubrificante e a baba de JungKook. A cada investida, o pau dele entrava até o fundo, acertando o ponto certo que fazia S/N gemer desesperado.
— S-seu pau... seu pau é tão grande... tá... tá me abrindo...
— E você tá me engolindo todo, ômega safadinho... — rosnou, cravando os dentes no ombro de S/N, sem ainda morder de verdade, só pra provocar.
S/N se apoiou nos cotovelos, rebolando entre uma estocada e outra, os olhos revirando, a boca aberta gemendo sem controle.
— Kook... eu... eu tô perto...
— Goza pra mim. Quero ver você gozar no meu pau.
E então, JungKook acelerou.
Estocadas rápidas, profundas, furiosas. O quarto era um caos de gemidos, gemidos, estalos e cheiro forte de cio. Os lençóis encharcados, o suor escorrendo dos corpos.
E S/N gozou.
Gozou gemendo o nome do JungKook, tremendo inteiro, derramando tudo no lençol embaixo de si, a bunda ainda sendo fodida com força.
Sentir o corpo do ômega se contraindo com aquele orgasmo foi demais.
JungKook não aguentou.
Enterrou com tudo uma última vez, e então mordeu. Firme. Marcando.
O nó veio com força. O pau inchou dentro de S/N, travando, selando.
JungKook gozou com um grunhido rouco, derramando tanto que parecia não acabar nunca.
— S/N... — arfou contra a pele dele, tremendo, ainda dentro, ainda preso. — Eu... te amo. Caralho... eu te amo tanto...
S/N sorriu, ainda com as pernas bambas, o corpo exausto e feliz.
— Eu também, Kook... Eu sou seu... completamente seu...
O primeiro dia já tinha sido intenso, com a marca, o nó, o cheiro de cio impregnado em cada canto do quarto. Mas nada preparou JungKook para o que veio a seguir.
Quando acordou algumas horas depois, ainda preso pelo nó, com S/N se esfregando todo manhoso contra ele, percebeu que o cio estava só começando.
— Kook... — S/N gemeu, montado de novo, o corpo todo suado e brilhando sob a luz fraca do quarto. — De novo... preciso de novo...
JungKook arregalou os olhos. Estava exausto. Mas o pau já estava duro de novo, como se o próprio instinto dissesse: mete. Agora.
E meteu.
Naquela manhã, transaram mais quatro vezes. No colchão. No chão. No banheiro. S/N subia no colo dele como se o pau de JungKook fosse o único alívio para a febre que consumia seu corpo.
— Me enche... preciso sentir você gozar dentro de mim... — sussurrava entre gemidos, os olhos brilhando, a boca suja de saliva, gozo e cio.
JungKook não dizia nada. Só obedecia.
A cada estocada, sentia o cuzinho de S/N sugar com mais força. A cada gozada, o corpo do ômega parecia pedir mais, mais, mais.
Na madrugada do segundo dia, S/N acordou montando no pau dele.
— A-Ah... — JungKook gemeu, ofegante. — Você tá... acordado?
— Tô... e tô carente... me fode, Kook... me prende... me usa...
Não teve nem tempo de processar. O ômega já quicava no pau dele com força, gemendo alto, as mãos apoiadas no peito de JungKook, os cabelos grudando na testa de tanto suor.
Quatro transas no primeiro dia. Seis no segundo.
Na banheira. Na bancada da cozinha. Com S/N sendo fodido por trás enquanto lambia os dedos e dizia manhoso:
— Seu pau é tão bom... tão gostoso... me dá tudo...
A cada nova posição, JungKook perdia mais a cabeça. Pegou S/N de lado, de bruços, por cima, de quatro, contra a parede, em pé, sentado... E sempre gozando dentro. Sempre.
No terceiro dia, JungKook já não sentia mais o corpo. Os quadris doíam. A voz estava rouca de tanto gemer, grunhir, rosnar. Mas ainda assim...
— Amor... — S/N o chamou, deitado de barriga pra cima, as pernas abertas, o cuzinho piscando, melado, ainda escorrendo da última foda. — Quero mais...
E JungKook deu.
Transaram duas vezes naquela manhã. Mais uma no sofá. Outra na varanda, com o risco delicioso de alguém ouvir os gemidos.
— Isso, amor... isso... me fode forte... me marca de novo...
No fim da tarde, JungKook já não sabia se tinha mais porra dentro dele. Mas o corpo obedecia. Cada vez que S/N gemia, o pau dele endurecia, como se vivesse só pra estar dentro daquele ômega.
Na última foda do cio, S/N estava exausto, mas ainda montado, rebolando devagar, as pernas tremendo.
— Só mais uma... só mais uma vez... — sussurrou, os olhos cheios de lágrimas de prazer.
JungKook o segurou pela cintura, empurrou com força e cravou mais um nó, com a porra transbordando e escorrendo pela pele já marcada, vermelha, fodida, usada com amor.
E ali, enquanto os dois tremiam juntos, abraçados, suados, cheios de cheiro de cio e gozo, JungKook percebeu:
— Minhas bolas tão... vazias... — disse, rindo, a cabeça encostada na de S/N. — Você me secou...
S/N riu baixinho, aconchegando-se nele, a voz rouca e manhosa:
— Eu sou seu, JungKook... só seu...
Depois do cio, a vida sexual de JungKook e S/N tomou um rumo completamente novo.
Era como se aquele instinto tivesse destravado algo profundo em S/N — que antes era todo tímido, corava com qualquer coisa, murmurava manhosamente "Kook..." só com um beijinho no pescoço... agora?
Agora S/N era o mesmo fofo de sempre em público, gentil, delicado, sorriso doce, tímido, recatado. Mas bastava a porta do quarto fechar... e ele se transformava.
— Kook... posso montar hoje? — perguntava com a carinha manhosa, já rebolando contra o pau duro do namorado antes mesmo de tirar a camiseta.
E claro, JungKook deixava. Sempre. Porque ver aquele ômega rebolando, gemendo, mandando beijos no ar enquanto dizia "me enche todinho, amor" era sua nova religião.
Nos corredores da universidade, os dois continuavam sendo o casal mais fofo do campus. Mãos dadas, beijinhos discretos, almoços juntos. Mas os amigos de JungKook? Eles sabiam.
— Finalmente, hein? — comentou Minhyuk um dia, cutucando o braço do alfa durante o intervalo. — Tava na hora de parar de andar por aí com as bolas azuis.
JungKook só riu, tomando um gole do suco.
— Eu diria que agora ando até leve demais. Acho que nunca mais vou precisar de drenagem.
Os amigos gargalharam, e Taesan completou:
— Ainda não acredito que o nosso JungKook virou um comedor de lenda. Você vê aquele ômega de vocês e nunca imagina que ele... né?
— Que ele pede pra ser enrabado no banheiro às cinco da manhã, gemendo baixinho pra ninguém ouvir? — JungKook comentou casualmente, como se falasse do tempo.
Silêncio geral.
— …Ok, você venceu. — Jae disse, levantando as mãos.
Enquanto isso, S/N, fofo como sempre, entrou no refeitório, cabelos presos, com um moletom largo que escondia as marcas no pescoço. Sorriu tímido, abanou a mão para JungKook e os amigos.
— Oi, amor... trouxe seu docinho favorito da cantina...
JungKook sorriu. Se levantou, abraçou o namorado por trás e beijou sua bochecha.
— Obrigado, meu anjo.
Os amigos observavam, encantados e confusos. Como alguém tão doce... podia ser o mesmo que, segundo relatos não oficiais de JungKook, ficava de quatro na varanda dizendo “me usa até eu desmaiar, seu alfa gostoso”?
O mundo era injusto.
Naquela noite, deitados lado a lado, S/N se encolheu no peito do namorado, todo carente.
— Kook... amanhã é sábado... a gente podia... fazer aquilo de novo?
— Aquilo?
— Aquela posição em que eu fico com as pernas pra cima e você segura meu quadril... sabe? Aquela que você falou que parecia que meu cuzinho engolia seu pau.
JungKook quase teve um AVC de tesão ali mesmo.
— Você virou um monstro, sabia?
— Só seu. — sussurrou S/N, subindo por cima dele, já rebolando.
E era verdade.
Na cama, S/N era um monstro.
Fora dela?
O ômega mais precioso do mundo.
E JungKook?
Com as bolas eternamente vazias.
Mas com o coração transbordando.
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Imagine Kota Miura

O quarto estava abafado. Ventilador girando preguiçoso no teto, luz fraca da escrivaninha acesa, e S/N curvado sobre a mesa com os olhos presos na tela do notebook, rabiscando anotações ao lado de uma pilha de livros. A faculdade estava no modo destruidor: trabalhos, provas, apresentações. Nenhuma brecha pra respirar, muito menos pra acompanhar o namorado em outra turnê de lutas.
E do outro lado do quarto, jogado de qualquer jeito na cama com os cabelos molhados e só uma toalha frouxa na cintura, Kota Miura estava simplesmente... acabado.
Não fisicamente, claro. O corpo dele estava no auge — músculos tensionados do treino intenso, pele brilhando depois do banho, os braços grandes cruzados debaixo da cabeça como se tentasse manter a calma. Mas por dentro? Por dentro ele estava um caos.
Duas semanas.
Era o tempo que ele ia passar fora. Um circuito de lutas no exterior, três eventos importantes em sequência. E sabe o que era pior? S/N não ia com ele.
Por conta da maldita faculdade.
Kota bufou alto pela quarta vez em menos de dois minutos, só pra ver se ganhava atenção. S/N nem se mexeu. Só continuou digitando.
Ele se levantou, largou a toalha no chão como se fosse por acidente e caminhou até S/N completamente nu, com aquele pau semi ereto balançando entre as coxas fortes, cada passo mais decidido que o outro.
— Você vai ficar a noite toda ignorando o fato de que o seu namorado está indo embora amanhã e tá com o pau duro desde que saiu do treino? — a voz dele saiu baixa, rouca de desejo e... manha. Muita manha.
S/N deu uma risadinha nasal e balançou a cabeça.
— Kota, por favor. Eu preciso terminar isso. É entrega em grupo, e só eu tô fazendo alguma coisa.
— Você vai ter duas semanas inteiras pra ficar com esses livros... — Kota encostou o quadril na mesa e olhou pra baixo, onde S/N tentava desesperadamente não reparar no volume já aparente. — Eu só quero você agora. Eu preciso.
— E eu preciso terminar isso.
— Amor, olha pra mim — ele sussurrou, pegando a mão de S/N e guiando devagar até o próprio pau duro. — Sente isso. Sente o quanto eu tô com saudade... antes mesmo de ir.
S/N engoliu em seco, os dedos ainda fechados na caneta enquanto a outra mão, agora envolvida na ereção quente de Kota, tremia levemente.
— Kota...
— Eu vou passar duas semanas longe do seu cheiro, da sua boca, da sua pele. Sério... se eu não foder você hoje, eu não vou aguentar. Vou acabar subindo no ringue com você na cabeça e apanhando porque tô pensando em como você geme no meu ouvido.
S/N mordeu o lábio inferior, tentando não rir da sinceridade desesperada.
— Você precisa treinar foco.
— Eu preciso meter. No seu corpo. Agora. — Kota se abaixou, colando o rosto na curva do pescoço de S/N e inspirando fundo. — Preciso memorizar você... seu cheiro, seu gosto. Quero tremer no avião lembrando da sua boca no meu pau.
— Você é insuportável. — S/N riu, mesmo enquanto o corpo reagia com arrepios visíveis ao toque possessivo de Kota.
— E você é gostoso demais pra eu dormir só de conchinha hoje. Me dá isso... antes que eu enlouqueça.
Kota agarrou S/N pela cintura e o puxou da cadeira com um só movimento. O notebook quase caiu, mas S/N protestou com um riso surpreso.
— Kota! Caramba, eu tô no meio de um texto!
— Agora você tá no meio de uma necessidade, e a necessidade sou eu — ele murmurou, já encaixando o quadril no do namorado e pressionando a ereção entre os dois corpos. — Olha como eu tô. Isso aqui não é normal. Eu tô maluco, S/N... maluco por você.
S/N fingiu se debater nos braços dele, rindo como quem não queria, mas queria sim.
— Você tá me sequestrando da faculdade?
— Tô te sequestrando da sua vida chata por uma causa muito nobre: eu quero gozar abraçado em você e dormir com seu gosto na minha boca. Você devia me agradecer.
— Idiota... — S/N resmungou, mas já estava deitado na cama, jogado pelas mãos de Kota que não hesitou nem por um segundo.
Kota subiu por cima dele devagar, espalhando beijos pelo pescoço, pela clavícula, pelas bochechas. Os olhos estavam quentes, quase úmidos. Uma mistura doida de tesão e saudade antecipada.
— Eu odeio sua faculdade. Odeio esses trabalhos. Odeio esses professores que acham que você não tem uma vida fora dos livros.
— Você tá com ciúmes da minha faculdade?
— Eu tô com ciúmes do seu caderno.
S/N riu alto, e Kota aproveitou pra beijar a risada, colando a boca na dele com carinho e luxúria. Era desesperado, mas ainda doce.
— Fica pelado pra mim... por favor... — ele murmurou, puxando devagar a camiseta de S/N e descendo os dedos pela barriga exposta. — Só um pouquinho. Deixa eu te ver. Eu tô indo embora amanhã, porra.
— Só mais dez minutos. Eu juro que só preciso revisar esse parágrafo e...
— Eu juro que se você insistir, eu vou sentar no seu colo e esfregar meu pau até você gozar na cueca. E aí a culpa vai ser sua.
— Você tá muito desesperado...
— E você tá muito calmo pro tanto que vai sentir minha falta. Isso me assusta.
— Claro que vou sentir sua falta, seu idiota — S/N murmurou, agora com o corpo derretendo debaixo dele, os dedos já escorregando por instinto pelos músculos do abdômen definido. — Eu só... também tô tentando manter o controle, sabe?
— Eu não quero que você mantenha. Eu quero que você desmorone comigo.
Kota agarrou a mão de S/N novamente e a pressionou com mais firmeza no próprio pau. Estava duro de verdade, quente, pulsando, e agora úmido na ponta.
— Tá vendo isso? — ele sussurrou no ouvido do namorado. — Isso aqui é saudade. Isso aqui é amor. Isso aqui é o tanto que eu quero você.
S/N fechou os olhos e soltou um suspiro longo, derrotado pela intensidade do toque, da voz, do corpo que ele também ia sentir falta assim que a porta do aeroporto se fechasse.
— Eu odeio quando você fala bonito e tá pelado. — ele sussurrou.
— Então me beija logo antes que eu me declare de joelhos.
S/N puxou Kota pela nuca e colou os lábios nos dele com força, misturando desejo, carinho e uma entrega lenta e quente. Kota gemeu baixinho, como um alívio depois de dias de espera. As mãos já deslizavam pelos quadris, pelos lados da cintura, encaixando os corpos com uma intimidade conhecida.
— Eu vou fazer amor com você essa noite... — Kota murmurou entre os beijos, como uma promessa. — Daquele jeito que faz a cama ranger e o coração doer de saudade depois.
S/N sorriu, os olhos meio fechados.
— Então me faz esquecer esse parágrafo.
— Eu vou fazer você esquecer o seu nome.
Kota não perdeu tempo. Assim que os lábios de S/N aceitaram os dele com aquele gosto suave e já tão íntimo, ele começou a desfazer cada peça de roupa do namorado com uma pressa cuidadosa. Nada era arrancado — era tirado como se estivesse desembrulhando o maior presente da porra da vida.
— Levanta os braços... — ele murmurou, e S/N obedeceu, deixando a camiseta subir e revelar a pele quente que já deixava Kota em ponto de combustão.
Ele beijou o abdômen no caminho, respirando contra a barriga antes de soltar um suspiro trêmulo.
— Que saudade do seu corpo, caralho... e eu nem fui ainda.
S/N sorriu, tímido mas entregue, mesmo ainda com aquele charme fingido de resistência que só deixava Kota mais maluco. O short e a cueca foram descidos juntos, de uma vez só, e Kota se ajoelhou diante dele, olhando o pau exposto com tanta devoção que parecia que estava encarando algo sagrado.
— Isso aqui... — ele passou a língua pelos lábios, excitado. — Isso aqui vai ser minha memória favorita nas próximas duas semanas.
Sem esperar mais, Kota segurou o pau de S/N com uma mão firme, quente, e passou a ponta da língua pela glande, devagar, só pra sentir o gosto inicial.
S/N suspirou, os dedos agarrando o lençol ao lado.
— Kota...
— Shh... só deixa eu cuidar de você.
Ele começou a beijar o pau de cima a baixo, lambendo pelas veias expostas, contornando com a boca antes de finalmente engolir tudo, fundo, como quem estava com fome. A boca era quente, apertada, úmida — um inferno perfeito.
Kota gemia baixo a cada movimento, sugando com vontade e ao mesmo tempo carinho. A língua fazia círculos na ponta, depois lambia até a base de novo. Ele queria memorizar cada centímetro, cada reação, cada som que S/N soltava quando ele fazia aquilo direito.
— Você... chupa como se fosse a última vez — S/N murmurou, quase arqueando o quadril.
Kota soltou o pau da boca com um estalo molhado, sorrindo com os lábios brilhando de saliva.
— Porque pode ser. Amanhã eu já tô no avião, amor. E eu quero ir com seu gosto grudado na minha garganta.
E antes que S/N pudesse responder, ele desceu mais. Primeiro beijou as bolas, chupando uma de cada vez com uma lentidão que arrancava gemidos abafados. Depois separou as coxas dele com as mãos grandes, abrindo espaço para o próximo passo.
— Levanta um pouco pra mim... isso. Isso, amor. — Kota ajeitou S/N na cama, puxando uma das pernas pro ombro enquanto descia com a boca até o ponto onde poucos ousavam ir.
A língua quente encostou no cuzinho devagar, provocando com toques leves, molhados. Depois foi fundo, lambendo com fome, com vontade de fazer o namorado se contorcer.
— Ah... Kota... — S/N gemeu, os dedos agora nos próprios cabelos, puxando como se aquilo fosse o bastante pra manter o controle.
— Fica assim... isso... deixa eu abrir você direitinho — ele murmurou entre uma lambida e outra, salivando mais, cuspindo direto no meio da bunda e esfregando com a língua logo em seguida.
Ele não tinha pressa. Explorava como se estivesse decorando o caminho de volta pra casa. O cuzinho de S/N já estava piscando, molhado, tremendo.
Foi quando ele levou um dos dedos à boca, chupou devagar e então encostou na entrada.
— Vou começar com um... só um, tá?
S/N assentiu, ofegante, os olhos fechados, a respiração já descompassada.
O dedo deslizou fácil, ajudado pela língua de Kota que não parava de lamber ao redor enquanto o dedo entrava e saia com movimentos lentos, circulares.
— Tão apertado ainda... como se fosse a primeira vez — ele gemeu, com a voz engasgada de desejo.
Logo ele acrescentou o segundo dedo. E o terceiro veio logo depois, alternando entre movimentos de tesoura e toques profundos que faziam S/N gemer mais alto.
— Quero abrir você todinho antes de meter — Kota murmurou, lambendo a base do pau dele entre os movimentos. — Quero sentir você me implorando pra entrar.
S/N apertou os lençóis, revirando os olhos com o corpo quente, entregue.
— Kota... por favor...
Kota sorriu.
— Eu sei. Eu sei, amor. Eu também quero. Mas eu vou fazer isso direito. Porque você merece. Porque eu te amo. E porque quando eu meter... vai ser pra você lembrar por duas semanas inteiras.
E então ele se ajeitou entre as pernas de S/N, com o pau já duro, latejando e pronto.
Kota puxou as coxas de S/N pra cima, abrindo ele todo com as mãos grandes. O corpo do namorado estava tão vulnerável, tão quente, tão entregue, que ele mal se aguentava. A visão do cuzinho molhado e piscando depois do boquete e da linguada... porra, era um inferno feito pra ele.
Ele posicionou a cabeça do pau ali, na entrada.
— Respira fundo, amor... — sussurrou com a voz rouca, ofegante. — Eu vou entrar devagar, mas não vou sair tão cedo.
S/N mordeu o lábio inferior, os olhos meio úmidos de antecipação, o rosto inteiro corado.
— Kota...
— Shh... só sente.
E então, ele empurrou.
A glande passou fácil pela entrada já preparada, mas o resto... o resto esticou o cuzinho de S/N aos poucos, fazendo o corpo dele se arquear em resposta, um gemido longo escapando dos lábios entreabertos.
— Tão apertado... porra, parece que nunca fui embora — Kota rosnou, cravando os dedos nas coxas do namorado, mantendo elas bem erguidas, dobradas contra o peito. — Seu corpo é meu. Só meu.
S/N gemeu alto, a voz manhosa, doce, tremida.
— Ah... Kota... tá fundo...
— Ainda nem enfiei tudo, amor — ele sorriu, sádico, os olhos cheios de tesão. — Vai aguentar, né? Vai deixar eu matar essa saudade toda?
E então empurrou mais. Mais fundo. Até a base.
S/N jogou a cabeça pra trás, os braços tentando se agarrar em qualquer coisa — travesseiro, lençol, nele mesmo. As pernas tremiam um pouco, mas Kota as segurava firme, como se mantê-lo escancarado fosse a única forma de não enlouquecer de vez.
Ele começou a se mover. Primeiro devagar, só sentindo o calor, o aperto, o corpo todo se adaptando. Mas logo a fome falou mais alto.
As estocadas vieram mais fortes, mais fundas. O barulho de pele contra pele preenchia o quarto junto dos gemidos manhosos de S/N, que agora choramingava sem vergonha nenhuma.
— Ah... ah... Kota... tão... tão grande... tá... fundo demais...
— Você aguenta. Eu sei que aguenta. — Kota se inclinou, pressionando mais as pernas contra o peito de S/N, dobrando ele quase ao meio enquanto metia com força, com fome, com amor bruto. — Você nasceu pra isso aqui. Nasceu pra ser meu.
Cada estocada arrancava um novo som do namorado — gemidos agudos, gritinhos abafados, súplicas confusas entre prazer e desespero bom.
— Me abraça... — S/N pediu com voz chorosa. — Kota... me abraça, por favor...
Kota soltou uma das pernas, se inclinou e o puxou contra o peito, sem sair de dentro. A posição mudou, agora ele o fodia abraçado, bem colado, o pau entrando fundo com cada movimento, fazendo o corpo de S/N tremer inteiro.
— Eu te amo, porra... — ele sussurrou contra o pescoço dele. — Te amo tanto que dói. Queima. Eu só queria te levar comigo... foder você todo dia antes de cada luta.
S/N o abraçou com força, a voz abafada no ombro dele.
— Kota... vai mais... por favor... me enche...
— Vou encher você tanto que vai vazar até eu voltar — ele rosnou, e voltou a meter com tudo, o som dos corpos se chocando ficando mais alto, mais molhado, mais desesperado.
O pau dele deslizava fundo, acertando o ponto certo, fazendo o corpo de S/N convulsionar a cada estocada.
— Vai gozar pra mim, amor? — Kota perguntou, com o tom dominador e carinhoso. — Goza no meu pau, vai... deixa eu ver.
S/N gemeu alto, o corpo todo contraído, os olhos lacrimejando de prazer.
— Kota... eu... eu vou...!
E ele gozou. Forte. Jorrando entre os dois, sujando o peito, o abdômen, tremendo inteiro.
Kota não parou. Continuou metendo com força, agora ainda mais faminto com a visão do namorado gozando tão entregue debaixo dele.
— Agora é minha vez...
E com uma última estocada funda, ele se enterrrou por completo e gozou dentro de S/N, gemendo rouco no ouvido dele, despejando tudo ali, fundo, onde ninguém mais teria acesso.
Ficaram colados, suados, ofegantes.
— Agora... — Kota disse com um sorriso suado e safado. — Agora eu posso viajar em paz.
O quarto estava abafado, quente do calor dos corpos suados e entrelaçados. Kota ainda estava dentro de S/N, respirando fundo contra o pescoço dele, o peito subindo e descendo como se tivesse acabado de lutar uma final de campeonato. Mas ali, naquela cama, o oponente era outro: a saudade antecipada.
— Kota... — S/N sussurrou com a voz ainda trêmula, os olhos meio marejados. — Você gozou tanto... tá quente... — Ele deu uma risadinha baixa, toda manhosa, enquanto o peito subia devagar.
Kota levantou o rosto, colou a testa na dele, ainda abraçado, o pau ainda enterrado, o corpo de S/N todo suado e marcado. Ele olhou nos olhos dele, como se quisesse memorizar cada traço.
— Por isso eu precisava gozar assim — murmurou, com a voz mais rouca do que nunca. — Era saudade antes mesmo de ir. Agora... agora eu consigo lembrar desse seu corpinho todo fofo, quente, meigo... cheio de mim.
S/N sorriu fraco, mas não conseguiu esconder o olhar triste.
— Duas semanas é muito tempo...
— Eu sei, amor... — Kota beijou o queixo dele. — Eu também queria que você fosse comigo. Cada noite longe de você é uma tortura. A cama do hotel é fria, não tem seu cheiro, não tem seu sorriso. Eu durmo pensando em você e acordo de pau duro querendo te comer de novo.
Ele deu uma risadinha, mesmo que o olhar estivesse mais apertado.
— Vai ser foda ficar longe... Mas eu prometo que volto mais rápido do que o previsto. Vão ser quatro lutas, mas eu resolvo isso na porrada, rapidinho.
S/N segurou o rosto dele com as duas mãos.
— Cuidado, tá? Não precisa sair quebrando todo mundo só pra voltar rápido...
— Precisa sim — ele riu, beijando a pontinha do nariz dele. — Eu preciso foder você de novo antes que essa saudade me mate.
Eles ficaram assim por mais um tempo, abraçados, em silêncio. O pau de Kota amoleceu aos poucos, escorregando pra fora, e ele suspirou ao sentir o gozo escorrer lentamente de dentro de S/N.
— Isso aqui é pra te lembrar de mim cada vez que sentar na cadeira da faculdade — provocou, dando um tapinha leve na bunda dele. — Vai estar quente e sujo por dentro... igual eu gosto.
S/N riu, envergonhado, e bateu de leve no peito dele.
— Idiota.
— Seu idiota — corrigiu Kota, se levantando devagar e puxando ele com carinho pra tomar banho juntos. — Agora vem, vou te deixar limpo antes de te sujar de novo no aeroporto.
No aeroporto, o clima era outro. Gente indo e vindo, malas sendo arrastadas, chamadas no alto-falante. Mas Kota só via S/N, parado na frente dele com um moletom largo, olhinhos baixos, os braços cruzados como se aquilo impedisse o peito de doer.
Kota segurou o rosto dele nas mãos e colou a testa de novo.
— Me espera?
— Sempre.
— Não vai se apaixonar por ninguém na faculdade, né?
— Só se for por você de novo.
Ele riu e beijou S/N com urgência. Um beijo cheio de saudade futura, língua, desejo e amor bagunçado.
— Quando eu voltar, quero você de quatro na cama, só com aquela camiseta minha... e com saudade acumulada.
— Prometo.
Kota deu mais um beijo, pegou a mochila e foi em direção ao portão. Mas antes de sumir da visão dele, virou de lado, olhou pra S/N com aquele sorriso safado de canto de boca.
— E se gozar pensando em mim..., tá ? É pra lembrar de como eu encho você.
S/N ficou parado, corado, mordendo o lábio. E soube que as próximas duas semanas seriam um inferno de saudade e tesão.
Kota sempre soube que era mais físico que emocional. Não por não sentir — sentia demais, até —, mas porque seu corpo era o meio natural de expressar tudo o que seu peito gritava. Ele amava com as mãos, com os beijos, com as marcas que deixava na pele de S/N. Amava fodendo forte, puxando pelas coxas, mordendo até o limite entre dor e prazer.
Então estar a milhares de quilômetros de S/N, com o cheiro dele já começando a desaparecer das roupas da mala, era uma forma sutil e cruel de tortura.
Já era o quarto dia de viagem, e Kota havia vencido duas das quatro lutas programadas naquela turnê de MMA em Los Angeles. Ambas por nocaute. Rápido, sujo, brutal. Sem enrolação. Era como se estivesse com pressa pra acabar logo tudo e voltar.
E estava.
— Miura, mais uma pergunta! Você acha que seu desempenho está melhor por conta de uma nova rotina? — perguntou um repórter japonês, ao fim da entrevista pós-luta, com os holofotes ainda no rosto de Kota.
Ele suava em bicas, o tronco nu exposto sob a luz intensa, o abdômen subindo e descendo no mesmo ritmo acelerado da raiva que queimava nele desde o primeiro soco.
Kota respirou fundo, segurando a vontade de mandar o repórter enfiar o microfone onde não batia sol.
— Estou com pressa pra voltar pra casa. Esse é o segredo — respondeu seco, passando uma toalha no rosto e ignorando os risos desconcertados dos jornalistas ao redor.
No hotel, ele entrou no quarto sozinho, jogou a mala em um canto, trancou a porta e caiu de costas na cama. A lembrança de S/N naquela mesma posição — pernas abertas, manhoso, o olhar suplicante — invadiu a mente com força.
Soltou um grunhido baixo, apertando os olhos, a ereção já começando a se formar sob o tecido leve da cueca. Ele estava com saudade. Não só da companhia. Mas da pele, do cheiro, do toque. Do gosto. Do jeitinho todo fofo que S/N ficava quando estava de quatro e manhoso.
Desgraça de faculdade. Desgraça de responsabilidade.
Queria o namorado ali. Em cima dele. Agora.
Do outro lado do mundo, S/N tentava manter o foco em um trabalho de psicologia experimental. Tinha uma apresentação na sexta, mas a mente dele insistia em rodar feito louca pelas lembranças daquela última noite antes de Kota partir. Os gemidos ainda soavam nítidos no ouvido. O gosto de Kota na boca, o peso do corpo dele, os olhos suplicantes.
— Sério que vai ficar com a cabeça em outro lugar a aula toda? — sussurrou um colega, cutucando ele discretamente.
S/N piscou, assustado, fingindo que olhava a tela do notebook.
— Eu... tô concentrado.
Mentira. Estava duro. Há cinco dias. Cada noite mais quente que a anterior, a ausência pesando como pedra no peito e na cueca.
Quando chegou em casa, largou a mochila no chão e foi direto pro quarto. Pegou o celular, abriu o WhatsApp e viu a última mensagem de Kota:
"Luta vencida. Tô com saudade do seu cuzinho. Quer chamada de vídeo hoje?"
S/N mordeu o lábio, todo quente, digitando com dedos trêmulos:
"Ligo agora."
Kota atendeu em segundos. A imagem dele apareceu na tela: cabelo bagunçado, toalha jogada no ombro, o peitoral ainda úmido do banho, com gotinhas escorrendo pelas tatuagens que ele ostentava como prêmios de guerra.
— Amor... — disse com a voz grave, abafada de saudade. — Tava contando os minutos.
— Kota... você tá bem? A luta...?
— Ganhei. Dei um soco e só consegui pensar em você me olhando do outro lado do octógono. Queria tanto que tivesse lá. — Ele respirou fundo, apoiando o celular sobre o travesseiro e deitando de lado. A câmera mostrava o abdômen trincado, a calça de moletom baixa demais. — Mas não dá... né? Faculdade de merda.
S/N sorriu fraco, com o coração apertado.
— Eu também queria estar aí. Mas a apresentação de sexta...
— Eu sei. — Kota passou a mão no rosto, frustrado. — É só que... tá foda, amor. Tô me segurando pra não bater uma lembrando do seu gemido. Meus dedos coçam. Meu pau fica duro só de fechar os olhos e lembrar da sua boca.
— Kota... — sussurrou S/N, as bochechas vermelhas.
— Me mostra você. Só um pouquinho. O rosto. Deita na cama. Finge que tô aí. — A voz dele soava mais implorante do que mandona.
S/N deitou, virou a câmera e mostrou o rosto de perfil, com o cabelo bagunçado, os lábios inchados. Kota gemeu baixo, quase como se estivesse encostando a boca no celular.
— Puta merda... você é a coisa mais linda do mundo. — Ele fechou os olhos e passou a mão pela calça, pressionando a ereção óbvia. — Sabe o que eu queria agora?
— Sei... — respondeu S/N, mordendo o dedo.
— Queria te deixar de bruços e abrir essas perninhas todas, só pra enfiar devagarzinho. Sentir seu calor. Ouvir sua voz manhosa. Você gemendo meu nome... sua carinha de choro, todo fofo...
S/N arfou. As palavras estavam sujas, mas o jeito que Kota falava era quase como se estivesse rezando.
— Kota... para... eu vou ficar com saudade.
— Eu já tô com saudade. Tô com saudade de você gemendo meu nome baixinho, de você querendo gozar e se segurando porque eu disse que não era hora.
— Você me provoca demais... — sussurrou S/N, a voz falhando.
— Promete que vai dormir com a minha camiseta hoje?
— Prometo.
— E amanhã? Faz um favor?
— Qual?
— Bate um pensando em mim, vou fazer o mesmo...
S/N riu baixinho, todo envergonhado.
— Você é um safado, Kota Miura.
— Só com você, meu amor. Só com você.
Décimo dia.
Kota estava no meio de uma coletiva. Jornalistas de vários lugares, flashes, microfones, perguntas previsíveis. Ele respondia no automático, o maxilar travado de tensão, as pernas balançando embaixo da mesa.
Por dentro, só conseguia pensar em como estava dois dias sem se tocar. Tentava guardar a última transa com S/N como se fosse um vídeo secreto, escondido na cabeça, revisitando cada expressão, cada gemido.
Mas aquilo não substituía a realidade.
Nada substituía o gosto do namorado.
— Miura, o que você mais sente falta quando está viajando? — perguntou uma repórter americana, com sorriso simpático.
A pergunta era protocolar. A resposta era óbvia.
— Do meu namorado — respondeu direto, sem pensar.
O tradutor hesitou. Kota olhou pra ele com os olhos semicerrados.
— Traduza.
O ambiente ficou meio surpreso. Ele nunca havia falado publicamente sobre S/N. Mas foda-se. Estava cansado de segurar tudo.
— Ele é... meu lugar. Onde descanso. Onde esqueço o mundo. — A voz ficou rouca. — Cinco dias longe é tortura. Não física. É mental. Emocional. Sexual também.
Algumas pessoas riram nervosamente. Kota não sorriu. Encerrou a coletiva ali.
No quarto de hotel, acendeu uma luz fraca, jogou o casaco pra longe e pegou o celular. Queria ouvir a voz dele. Nem precisava vídeo. Só a voz.
Mandou áudio.
"Amor... tô surtando. Deitei agora. Todo dolorido da luta. Mas o que tá doendo mesmo é saudade. Do seu cheiro. Da sua bunda. Da sua voz bem baixinha, quando você tá todo fofo e manhoso. Meu pau acorda só de lembrar. Ele acha que você tá por perto, mas você não tá... E isso tá me matando."
"Me fala alguma coisa, vai. Nem que seja me xingando por ser carente."
Do outro lado, S/N ouviu o áudio escondido no quarto. A luz apagada. A camiseta de Kota vestida. Um calor estranho entre as pernas.
Ele havia evitado se tocar até agora. Queria guardar o tesão pro dia que Kota voltasse. Mas o áudio... a voz dele... aquele jeito todo manhoso e carente... A respiração ficou quente, o corpo tremendo leve.
Respondeu com um áudio curto:
"Seu idiota carente... você é insuportável. Eu tô duro aqui agora, só de ouvir sua voz."
Kota respondeu em segundos.
"Se toca pra mim, vai. Só hoje. Só um pouquinho. Quero saber depois. Quero saber como você gemeu. Como se arrepiou. Como seu pau ficou babando. Me descreve tudo. Me deixa gozar aqui só com a sua voz."
S/N gemeu baixinho, se encolhendo sob o lençol. O pau pulsava já faz tempo. Um toque e ele arfou. Era como se Kota estivesse ali, mordendo sua orelha, segurando seus quadris com força, sussurrando tudo que ia fazer.
Ele fechou os olhos, mordendo o dedo, os quadris se movendo devagar. A mão deslizando quente. O peito subindo e descendo.
Pegou o celular. Apertou o gravador.
"Kota... eu tô me tocando. Pensando na sua língua me chupando todo. Na sua voz me mandando gemer só pra você. Eu tô tremendo, amor... Tô tão manhoso, igual você gosta. Queria seu pau agora. Sério... queria que você enfiasse tudo e me deixasse gemendo seu nome até perder a voz..."
Kota ouviu o áudio no escuro, deitado na cama, a mão já pressionando a calça, os dentes cravados no lábio inferior. Ele estava latejando. Os olhos quase marejando de desejo.
Respondeu com a voz rouca, baixa, urgente.
"S/N... eu te amo. E juro por Deus... quando eu voltar, você não vai sair da cama por dois dias. Eu vou te foder até você esquecer que tem faculdade, mundo, qualquer coisa."
"Você é meu vício, amor. Meu único. Meu tudo."
S/N abraçou o celular contra o peito.
A saudade fazia isso: deixava o amor mais sujo, mais forte, mais bonito.
E mais desesperado.
Faltavam três dias para Kota voltar. Três longos dias. S/N já estava quase contando as horas de cabeça, preso em meio a provas, apresentações e uma saudade que doía como soco no estômago.
Mas o soco foi em Kota.
S/N estava deitado no sofá, ainda vestido com a roupa da faculdade, quando o celular vibrou com a notificação do Instagram. Kota tinha postado uma foto nos stories. Sem camisa, como sempre — mas o foco ali não era o tanquinho dele, e sim o hematoma enorme na lateral do rosto. Roxo. Inchado. E com um pequeno corte ainda fresco no canto do supercílio.
S/N se sentou de supetão, o coração disparando.
— Mas que merda é essa?
Abriu o direct e escreveu rápido:
"Kota. Agora. Me responde. Que porra aconteceu com o seu rosto?"
Dois minutos depois, chegou um áudio.
A voz de Kota estava arrastada. Cansada. Mas ainda assim com aquele tom que tentava — e falhava — em tranquilizar.
— Amor... relaxa. Foi só um direto meio mal posicionado. Pegou no osso, por isso ficou feio. Já passei gelo, já costurei. Só um ponto. E eu ganhei a luta, então tá tudo certo."
S/N sentiu o sangue ferver. Ele não queria saber da vitória. Queria o namorado inteiro, sem marcas.
Ligou de vídeo. Kota atendeu de primeira.
E lá estava ele. O rosto inchado de um lado, cabelo bagunçado, camiseta regata manchada de sangue seco. Ainda assim... lindo. Maldito e lindo.
— Kota Miura, você é um completo idiota! — a voz de S/N tremeu. — Olha essa sua cara! Eu não acredito que você me mostra isso em story, como se fosse uma tatuagem nova!
Kota sorriu torto.
— Ah, amor... se eu te mandasse direto, você ia surtar pior. Assim pelo menos eu... suavizo?
— Suaviza o caralho! — ele mordeu o lábio, os olhos cheios d'água. — Você podia ter quebrado alguma coisa séria, merda. E se fosse o nariz? E se fosse mais forte? Porra... eu odeio quando você luta assim!
Kota ficou em silêncio por uns segundos. O olhar baixou.
— Desculpa, amor. Eu juro que não queria te preocupar.
S/N respirou fundo. Tentando se acalmar. Mas as emoções vinham como avalanche.
— Eu sei que você não queria. Mas você é meu namorado, Kota. E eu tô longe. Não posso cuidar de você. Só fico aqui olhando você se foder e tentando fingir que tá tudo bem.
— Eu sei...
— Não, você não sabe. Você não tem noção de como eu fico, ouvindo a sua voz gemendo de dor no fim das lutas. De como eu choro no banho tentando não pensar que alguém tá tentando te destruir em cima de um ringue.
Kota fechou os olhos. A voz dele saiu num sussurro:
— Eu odeio ficar longe de você. E essa luta foi a última. Depois do soco... os médicos pediram repouso. Nada grave, mas preciso ficar em observação. E adivinha?
— O quê?
Kota levantou os olhos e sorriu com aquele brilho faminto.
— Eu tô voltando antes. Dois dias antes, pra ser exato.
S/N arregalou os olhos. Um calor invadiu seu corpo inteiro.
— Você tá brincando...?
— Não. Meu voo chega sexta à noite. Ou seja... em menos de 72 horas, eu vou estar na sua cama. Com o rosto inchado, sim. Mas com o pau pronto. — Ele riu. — E a boca com muita saudade do seu corpo.
S/N mordeu o lábio e tentou esconder o sorriso. Fracassou.
— Idiota... Eu devia te bater também, por ter me deixado desesperado. Mas tudo bem... você pode vir se deitar em cima de mim quando chegar. Só se prometer uma coisa.
— Qual?
— Que vai deixar eu cuidar de você primeiro. E só depois a gente transa.
Kota ergueu uma sobrancelha, safado.
— E se eu quiser os dois ao mesmo tempo?
— Kota...
— Tá, tá... primeiro você me dá remédio e beijo no machucado. Depois me dá o cu, pode ser?
S/N fechou os olhos e soltou um riso abafado.
— Você é impossível.
— E seu. Totalmente seu. Em três dias, eu te provo de novo.
72 horas depois, a porta se abriu devagar. S/N estava parado no meio da sala, vestindo só um moletom grande demais, aquele mesmo que tinha o cheiro de Kota — o preferido dele. O coração batia alto demais, quase machucando.
Quando o lutador passou pela porta, os dois ficaram em silêncio por um segundo.
Só um segundo.
Porque no seguinte, Kota já estava com os braços ao redor dele, o rosto enterrado no pescoço de S/N, respirando fundo como se tivesse voltado pra casa depois de anos.
— Porra... como eu senti sua falta... — a voz dele estava baixa, rouca, desesperada.
S/N apertou os braços ao redor do corpo grande, sentindo o cheiro de suor, aeroporto e saudade.
— Você tá fedendo, Kota. Mas eu senti sua falta também. Idiota.
Riram juntos. Kota se afastou um pouco, só pra encarar o rosto do namorado. Os olhos estavam marejados.
— Tá bonito pra caralho — sussurrou, com um sorriso torto.
S/N levantou a mão e encostou com delicadeza na lateral inchada do rosto dele.
— E você tá um idiota lesionado. Senta aí. Agora.
Ele arrastou Kota até o sofá, forçou o namorado a sentar e desapareceu na cozinha por alguns segundos. Voltou com uma bolsa térmica, pomada, e uma expressão determinada.
Kota apenas deixou.
Deitou a cabeça na perna de S/N e fechou os olhos enquanto ele passava gelo no hematoma. A mão dele era leve, cuidadosa. Os dedos deslizavam de um jeito quase carinhoso demais.
— Eu odiei te ver assim. Sabia?
— Eu sei. E odiei te deixar aqui sozinho também.
Silêncio por alguns segundos.
S/N massageava o rosto dele devagar, olhando com doçura e raiva misturadas.
— Da próxima vez, não me conta por story. Se for pra me deixar desesperado, pelo menos manda uma foto só pra mim.
Kota abriu um olho e sorriu.
— Eu tava com saudade do seu cuidado. Tava com saudade até do seu sermão.
— Idiota.
S/N baixou o olhar. E logo depois o beijo veio.
Foi lento.
Um beijo que dizia "finalmente". Que dizia "você voltou pra mim". Que dizia "nunca mais some assim".
Kota segurou o rosto dele com as duas mãos e aprofundou o beijo, lambendo devagar a boca do namorado, puxando o lábio inferior como se fosse dele. E era. Era inteiro.
Mas quando S/N tentou se afastar, Kota foi mais rápido e puxou ele pra sentar no colo.
— Amor... — ele sussurrou, com a boca encostada na orelha de S/N. — Eu lembro do que você falou.
— Do quê?
Kota sorriu, aquele sorriso que S/N conhecia tão bem.
— Que eu podia me enfiar em você... depois de você cuidar de mim... lembra?
S/N já sentia a pressão entre as pernas. Kota ainda estava de calça, mas o pau dele estava ali, pressionando a bunda por baixo do moletom fino. Duro. Quente. Faminto.
— Kota...
— Eu me segurei por dias, amor. Dias. Pensando em você. Me tocando no banho, de madrugada, com a mão na boca pra não gemer seu nome. E agora você tá aqui. Sentado no meu colo. Porra...
Ele gemeu baixinho, beijando o pescoço de S/N, esfregando o pau devagar contra ele, fazendo o corpo do menor arrepiar inteiro.
— Você ainda tá machucado... — S/N murmurou, com um arrepio na voz.
— Machucado, sim. Mas com a boca inteira. E o pau funcionando perfeitamente. E a vontade de enfiar ele em você, bem aqui... — ele deslizou a mão pelo meio das coxas do namorado, subindo devagar. — Tá no limite.
S/N fechou os olhos, mordendo o lábio, tentando não ceder tão rápido. Mas os dedos de Kota subindo por dentro do moletom estavam desfazendo cada resistência.
— Você prometeu, amor... — Kota murmurou de novo, voz baixa e quente. — Prometeu que depois de me cuidar... ia dar o cuzinho pra mim. E eu vim lembrando disso o voo inteiro.
S/N soltou um riso abafado, envergonhado, manhoso.
— Você não tem vergonha mesmo, né?
— Tenho sim. Mas tenho mais saudade.
Kota virou o corpo com cuidado, empurrando S/N no sofá, subindo devagar em cima dele, o peso e o calor do corpo conhecido fazendo o menor arrepiar inteiro.
— Eu vou fazer com calma... — ele prometeu, entre beijos. — Mas vou te lembrar de mim com cada estocada.
S/N abriu os olhos, encarando o rosto marcado, suado e ainda assim tão lindo.
— Então me mostra.
Kota sorriu.
E puxou o moletom dele.
O moletom subiu pelas coxas até revelar a pele quente, macia e tão familiar. Kota deslizou os dedos pelas laterais da cintura de S/N, os olhos escurecendo com a visão do corpo nu por baixo da roupa — sem cueca, do jeitinho que ele gostava.
— Porra... — ele murmurou, a voz rasgando no fundo da garganta. — Você queria me matar quando vestiu isso sem nada por baixo?
S/N tentou sorrir, os olhos piscando em nervosismo e tesão. Estava entregue. E ainda assim, tão manhoso.
— Eu só queria ficar confortável...
— Você me faz pensar besteira até quando tá confortável — rosnou Kota, beijando com força a coxa do namorado, depois subindo com a língua quente até a virilha. — Vou lembrar dessa visão quando estiver em outra luta, todo fudido, precisando de força pra levantar.
S/N ia responder, mas o gemido escapou da garganta no mesmo instante que a boca de Kota envolveu o pau dele.
Quente.
Molhada.
Desesperada.
Kota chupava com vontade, como se estivesse se alimentando depois de dias em jejum. A língua circulava a cabeça sensível, depois descia pelo tronco do pau, indo até as bolas, onde ele beijava e chupava com força, lambendo devagar.
— Kota...! — S/N gemeu, o corpo tremendo embaixo dele. — Ai... tá muito... sensível...
— Eu quero você sensível mesmo — ele murmurou, os olhos fixos nos do namorado. — Quero que lembre de mim o dia inteiro, amanhã. Quando andar, quando sentar, quando se tocar... Vai lembrar que eu voltei pra te foder.
A língua desceu mais. Kota afastou as pernas de S/N, expondo o cuzinho rosado, todo fechadinho, chamando por ele.
Sem perder tempo, lambeu ali com força.
S/N soltou um grito abafado, levando a mão à boca.
— Kota! Ai... ai, amor...
Kota gemia contra a pele dele, a língua cavando o centro com fome, saliva escorrendo. Ele lambia, chupava, mordia de leve, como se estivesse viciado naquele gosto.
Logo depois, sem nem avisar, um dedo entrou.
S/N se arqueou no sofá.
— Um dedo... já? Espera...! — ele gemeu, a voz fina, toda entregue.
— Você já tá molhadinho, amor. Já me quer, né? — Kota enfiava o dedo devagar, curvando ele lá dentro, sentindo o aperto. — Porra... senti tanta falta disso aqui...
Dois dedos.
Três.
S/N choramingava manhoso, os olhos marejando, as pernas tremendo. Ele se agarrava às costas do lutador, gemendo baixinho, cada vez que os dedos se mexiam lá dentro.
— Kota... quero você...
Aquela frase fez o coração do lutador parar por um segundo.
Ele tirou os dedos com cuidado, subiu por cima do corpo do namorado e tirou a própria calça de uma vez, o pau grosso e pulsante batendo na barriga.
— Eu vou entrar devagar... — prometeu, os olhos fixos nos de S/N. — Mas vou entrar fundo, amor. Até você lembrar que é meu.
Segurou as pernas dele, puxando-as pra cima, deixando o cuzinho bem exposto. A visão ali na frente era linda demais, íntima demais, desesperadora demais.
— Olha como você tá me esperando... — ele gemeu, passando a cabeça do pau ali, só esfregando devagar. — Porra, você nasceu pra mim...
E então, ele empurrou.
Devagar.
Mas fundo.
S/N gritou baixinho, os olhos se apertando, o corpo se curvando todo embaixo dele.
— Kota...! Ah... ahh... tá entrando...
— Isso, amor... abre pra mim... — ele dizia, a voz carregada de tesão e carinho bruto. — Me deixa entrar... todo.
O pau de Kota afundava centímetro por centímetro até estar inteiro dentro de S/N. Apertado, quente, molhado... Era um paraíso.
Ele segurou as coxas do namorado pra cima, encaixando melhor, e começou a se mover. Primeiro lento. Depois com mais ritmo. Cada estocada fazia os olhos de S/N se revirarem.
— Ai... ai Kota... tá muito fundo...! — ele gemia, manhoso, as lágrimas caindo dos cantos dos olhos.
— Chora pra mim, amor... — Kota dizia, o quadril batendo forte, os músculos tremendo com o esforço. — Sua carinha assim me faz querer gozar agora... mas eu vou segurar. Vou foder você até o fim.
Cada vez que ele estocava, sentia o cuzinho apertar mais. A visão de S/N todo manhoso, gemendo, segurando nos ombros dele, arrepiava o corpo inteiro.
— Mais... — S/N implorava, já sem vergonha. — Mais forte...! Kota... me fode, por favor...
— Eu vou te dar tudo. Tudo, amor. Até o último segundo da minha força.
Ele acelerou os movimentos, agora socando fundo, com força, os quadris batendo com estalos altos. As coxas de S/N estavam marcadas de onde ele segurava, os gemidos enchiam a sala.
Kota beijava o rosto, a boca, o pescoço, enquanto metia forte. O suor escorria do corpo dele, a testa colada na do namorado.
— Eu te amo — ele murmurou, gemendo alto. — Te amo tanto que dói.
E S/N, entre gemidos, respondeu.
— Eu também... ah... Kota... vem... dentro...
Kota perdeu o controle.
Estocou mais três vezes, com força, até gozar fundo, bem lá dentro, com um gemido rouco e alto. S/N sentiu tudo. O calor, a pulsada do pau dele, o corpo inteiro tremendo.
Caíram juntos no sofá. Cansados. Molhados. Felizes.
Kota ainda dentro, sem querer sair.
— Posso ficar aqui? — ele murmurou, manhoso. — Só mais um pouquinho... deixa eu viver dentro de você.
S/N riu baixinho, acariciando os cabelos dele.
— Pode, amor... pode tudo.
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Imagine Xion

Xion estava jogando videogame, sua atenção totalmente voltada para a tela, quando a campainha tocou. Ele suspirou, desapontado por ter que parar o jogo. Pausou o console e se levantou, arrastando os pés até a porta.
— Quem será agora? — murmurou, esfregando os olhos enquanto se aproximava da porta.
Ao abrir, o entregador estava com um sorriso educado, segurando uma grande caixa.
— Boa tarde, senhor. Tenho uma entrega para o S/N. É uma encomenda urgente.
Xion franziu a testa, sem entender muito bem. Ele olhou para o nome na caixa, e realmente era para S/N, seu namorado, que estava no banho.
— Hm... S/N está tomando banho agora — Xion disse, pegando a caixa da mão do entregador com um suspiro. — Pode deixar aqui mesmo.
O entregador assentiu com um sorriso e entregou a encomenda.
— Claro, senhor. Tenha um bom dia!
— Você também — respondeu Xion, fechando a porta com um suspiro. Ele olhou para a caixa em suas mãos. Era grande, mas muito leve.
A caixa estava bem embaladinha, sem marcas de qualquer dano, mas Xion não conseguia evitar a curiosidade. Ele a observou por um momento, ponderando se deveria esperar S/N sair do banho para abrir.
— O que será que é? — Xion murmurou consigo mesmo, se jogando de volta no sofá, colocando a caixa ao seu lado.
Ele deu uma última olhada na porta do banheiro, onde o som da água correndo ainda ecoava. Xion não podia deixar de sorrir um pouco. O banho demoraria um pouco, e ele tinha tempo para abrir a caixa... ou talvez não.
Xion, com um olhar desconfiado, colocou a caixa na mesa, atraído pela curiosidade. Com um suspiro frustrado, ele rasgou a embalagem, esperando encontrar mais um daqueles livros da escritora que S/N adorava, cujas tramas o mantinham acordado até altas horas. No entanto, ao abrir a caixa, ele deu de cara com algo inesperado.
— Huh?! — ele exclamou, confuso, ao ver o logo "Hot Point" impresso na embalagem. — Que porra é essa?
Ele tirou o restante da embalagem, sentindo uma pontada de desconforto. Quando finalmente abriu a caixa, seus olhos se arregalaram ao ver o que estava dentro: um vibrador roxo. Xion ficou paralisado por um segundo, sem saber como reagir.
— O quê...?! — Xion gaguejou, seu rosto imediatamente queimando de rubor. Ele olhou para o objeto como se fosse uma coisa alienígena, sem acreditar no que estava vendo.
Ele não queria acreditar, mas seu olhar se fixou no botão do vibrador. Sem pensar muito, ele o apertou. Num instante, o vibrador começou a vibrar de forma intensa, como se zombasse de sua confusão e raiva. O som do motor vibrando parecia ecoar pela sala, e Xion não pôde evitar um suspiro exasperado.
— Não acredito... Sério? — ele murmurou, mais para si mesmo do que para qualquer outra pessoa.
Ele olhou para o vibrador, depois para a porta do banheiro. Seu rosto estava vermelho de vergonha e indignação. Como assim? S/N comprando um vibrador? Para quê? Ele tinha Xion, seu namorado lindo e gostoso, sempre disponível, sempre lá para satisfazê-lo.
Xion se levantou abruptamente, batendo o punho contra a mesa com raiva. Ele não conseguia entender por que S/N precisava disso, quando ele estava ali, ao alcance de um simples pedido. O que diabos estava acontecendo?
— Filho da mãe — Xion resmungou, sentindo a frustração aumentar enquanto seus olhos ainda observavam o vibrador.
Ele pensou por um momento, a raiva transbordando em suas veias, mas também uma sensação de insegurança, algo que nunca pensou que sentiria. Ele acha que isso vai ser mais prazeroso do que eu?
O som da água parando no banheiro o fez parar de respirar por um segundo. S/N sairia em breve e Xion estava decidido a confrontá-lo, não importando o que acontecesse.
— Vamos ver o que você tem a dizer sobre isso, S/N.
Xion estava se debatendo dentro de sua própria frustração e confusão. Ele se lembrava claramente das conversas que teve com S/N durante os últimos meses. Desde o início do namoro, S/N sempre foi muito claro sobre não estar pronto para o sexo. Xion, que nunca teve problemas com isso, respeitava profundamente a decisão de S/N. Ele não estava interessado em pressioná-lo; sabia que o relacionamento deles ia além disso. Não se tratava de sexo — era sobre a conexão genuína, a amizade, os sorrisos compartilhados, e os momentos mais simples de carinho.
Xion tinha experiência, mas também não estava desesperado para apressar as coisas. Não importava o tempo que levasse, ele sabia que o que compartilhavam era real, e ele estava mais do que disposto a esperar. Mas agora, isso... um vibrador? O que diabos estava acontecendo?
Ele fechou os olhos por um momento, tentando controlar os pensamentos turbilhonados. Ele pensava nas conversas, na maneira como S/N parecia sempre tão tímido quando o assunto surgia. Xion tinha sido paciente. Ele sabia o quanto S/N estava lidando, o quanto ele estava começando a confiar, mas nada preparou Xion para esse momento.
"Mas... ele tem o meu pau literalmente dentro das calças dele e agora está comprando um brinquedo desses?" Xion se perguntou, o sarcasmo envenenando suas palavras internas. Ele não entendia.
Ele olhou de novo para o vibrador roxo, ainda com o botão pulsando na mesa, vibrando como se zombasse de sua raiva crescente.
Xion não era ingênuo. Sabia que, para muitos, o sexo não era só físico, mas algo íntimo e emocional. Mas isso... isso era uma violação da confiança dele, da conexão deles, não era? Se ele já estava ali, oferecendo seu amor, por que S/N sentiria necessidade disso? Algo não estava certo.
Quando S/N saiu do banho, ele parecia tão inofensivo em seu pijama, usando o short curto que sempre fazia Xion se sentir possuído de desejo, e a blusa de Xion que ficava maior nele, dando-lhe um toque de doçura que Xion sempre achava irresistível. Mas naquele momento, Xion estava longe de sentir aquele desejo caloroso. Ele estava frustrado e confuso, e isso tomou conta de seu corpo de uma forma que ele não conseguia controlar.
S/N, vendo a cena com Xion de semblante fechado, se aproximou, ainda com o olhar um pouco perdido. Xion sorriu, mas era um sorriso forçado, tentando enganar a si mesmo e ao namorado, apenas para pegar S/N de surpresa. Ele pegou o vibrador, agora cuidadosamente posicionado, e com voz calma disse:
— Amor, você pediu esse massageador? É muito bom, sabe...
S/N franziu a testa, claramente confuso e tentando entender o que estava acontecendo, mas antes que pudesse reagir, Xion levantou-se abruptamente, jogando o vibrador agressivamente no chão com uma raiva contida, que não demorou a transbordar.
— Por que diabos você compraria uma coisa dessas, S/N?! Um brinquedo adulto, sério?! — Xion gritou, suas palavras saindo carregadas de indignação. Suas veias estavam saltadas, visíveis sob a pele, enquanto a raiva tomou conta dele. — Essa coisa teria entrado em você antes de mim?!
Ele apontou furiosamente para o vibrador no chão, seu peito subindo e descendo pesadamente enquanto tentava controlar a tempestade de sentimentos que o assolava. Ele estava ofendido, não pela compra do brinquedo, mas pela sensação de estar sendo trocado, de sentir que algo estava acontecendo nas sombras de seu relacionamento que ele não entendia.
S/N ficou em silêncio por um momento, seus olhos fixos no chão enquanto Xion se aproximava, sua expressão severa. Ele mordeu o lábio, nervoso, e finalmente disse, com a voz um pouco tremida:
— Amor... Eu... Isso... Eu queria... Aprender como era... antes de... você sabe... usar seu pau...
As palavras de S/N foram como um golpe direto no estômago de Xion, mas em vez de alívio, ele sentiu a raiva ferver ainda mais dentro de si. Ele não sabia o que responder de imediato, mas a sensação de ser ignorado, de não ser o suficiente, o tomou por completo.
Sem pensar, Xion caminhou rapidamente até S/N, seus olhos fixos nos dele com um brilho furioso. Ele não queria que S/N sentisse que precisava de mais, que precisava buscar algo que ele já estava ali para oferecer.
Sem perder tempo, Xion o puxou para seu colo com força, fazendo S/N se sentar em seu colo de forma abrupta, os dois agora tão próximos que podiam sentir a respiração um do outro. Xion estava tremendo de raiva, mas tentou manter a compostura, olhando diretamente para os olhos de S/N.
— Você podia ter falado pra mim, S/N — ele disse, sua voz carregada de frustração e dor. — Meu pau está aqui pra você, sempre esteve. Se você precisa treinar... treine em mim.
Xion sentiu o corpo de S/N se tensionar sobre o seu, mas ele não o deixou ir. Ele queria que S/N entendesse a seriedade do que ele estava dizendo, queria que S/N soubesse que não precisava de mais nada, que ele estava ali para dar tudo o que ele precisasse. Mas também, Xion queria que S/N entendesse que ele não estava disposto a ser trocado por um brinquedo, que ele queria ser a escolha.
S/N, completamente corado, tentou desviar o olhar, e ignorar o desejo que crescia nos olhos de Xion. Ele mexeu desconfortavelmente no colo do namorado, puxando a barra da camiseta larga que usava para cobrir mais o corpo, mesmo que fosse inútil. Ele parecia pequeno e tímido, e a visão apenas alimentava ainda mais o desejo de Xion, que já sentia seu pau endurecendo como se tivesse vontade própria.
— Isso é... muito vergonhoso, Xion... — S/N murmurou, sua voz quase um sussurro, os olhos brilhando de constrangimento.
Xion, por outro lado, parecia decidido. Ele inclinou a cabeça, formando um biquinho, como se estivesse magoado, mas sua expressão carregava um tom brincalhão e provocativo.
— Eu não vou deixar você enfiar nada em você que não seja o meu pau, S/N — ele disse com um sorriso travesso, suas mãos deslizando pelas costas de S/N, mantendo-o firme em seu colo. — Então é melhor você começar com o seu brinquedinho de carne real... porque quando você estiver pronto, eu vou te foder tantas vezes que nem vai lembrar desse vibrador.
As palavras de Xion foram ditas com um tom rouco, quase possessivo, e fizeram S/N estremecer. Ele sentiu o calor subir ainda mais ao rosto, quase queimando de vergonha. Ele sabia que Xion estava falando sério, e a ideia o deixava completamente sem palavras.
— X-Xion... — S/N tentou protestar, mas a voz falhou, seu corpo claramente afetado pela proximidade e pelas palavras carregadas de desejo.
Xion segurou firme na cintura de S/N, seus dedos afundando levemente na pele dele enquanto começava a guiar seus quadris para que rebolasse em cima dele. A cada movimento, S/N podia sentir o pau de Xion, agora completamente duro, pressionando contra o tecido fino do short que usava. O contato era tão intenso que ele tinha certeza de que S/N conseguia sentir todo o comprimento roçando contra sua bunda, mesmo através das camadas de roupa.
S/N tentou protestar, movendo as mãos para os ombros de Xion como se quisesse afastá-lo, mas seu corpo reagia de forma diferente, aquecendo-se e tornando impossível disfarçar o rubor em suas bochechas. Ele mordeu o lábio, sentindo-se extremamente constrangido, enquanto Xion, de olhos fechados, parecia perdido em seu próprio desejo.
— Por favor, S/N... — Xion murmurou, sua voz rouca e quase suplicante, enquanto aumentava a pressão nos movimentos, fazendo com que S/N sentisse cada centímetro dele. — Por favor, me use. Não me troca por esse maldito vibrador... Eu quero ser o único a estar dentro de você.
S/N tremeu com as palavras, sentindo o rosto pegar fogo enquanto Xion continuava.
— Eu quero ser quem te faz gemer, quem te faz perder o controle, não um pedaço de plástico... Por favor, S/N. Me deixa ser o único pra você.
A intensidade no tom de Xion era quase desesperada, e ele pressionou ainda mais o quadril contra S/N, deixando claro o quanto o queria. S/N sentiu seu coração disparar no peito, dividido entre a vergonha e o desejo, e não sabia como responder. Ele olhou para Xion, perdido no desejo ardente em seus olhos, e tentou dizer algo, mas as palavras falharam.
Tudo o que ele conseguiu fazer foi fechar os olhos, seu corpo cedendo aos movimentos que Xion comandava, enquanto um calor crescente invadia cada parte dele.
S/N abaixou a cabeça, o rosto ainda mais corado enquanto mordia o lábio. Ele assentiu levemente, um gesto quase imperceptível, mas suficiente para que Xion percebesse que ele estava cedendo. O coração de Xion disparou, uma mistura de desejo e satisfação o tomando enquanto ele observava S/N à sua frente, vulnerável e completamente adorável.
Sem pressa, mas com firmeza, Xion moveu as mãos para a barra da camiseta de S/N, segurando o tecido enquanto olhava nos olhos dele.
— Eu vou cuidar de você, amor... — Xion disse, sua voz suave.
Ele começou a puxar a camiseta de S/N para cima, expondo lentamente a pele macia dele. Cada centímetro revelado fazia o desejo de Xion crescer ainda mais, mas ele se esforçava para manter o controle. Quando a camiseta finalmente foi retirada, Xion a jogou de lado, observando o peito de S/N subir e descer rapidamente enquanto ele tentava controlar a respiração.
Em seguida, Xion moveu suas mãos para o short que S/N usava, seus dedos roçando contra a pele das coxas enquanto o puxava devagar. S/N desviou o olhar, visivelmente constrangido, mas não fez nada para impedi-lo. Quando o short caiu, restando apenas a última peça íntima, Xion parou por um momento, admirando a visão à sua frente.
— Vai ser bom, eu prometo... — ele murmurou, mais para si mesmo do que para S/N, antes de começar a tirar suas próprias roupas.
Xion arrancou sua camiseta com facilidade, revelando seu corpo bem definido, e S/N não pôde evitar olhar, mesmo que por breves segundos. O desejo de Xion era evidente, tanto em seus olhos quanto na forma como seu corpo reagia, seu pau pulsando contra a calça fina.
— Confia em mim, tá? — Xion sussurrou enquanto se inclinava para beijar a testa de S/N, suas mãos já movendo-se para desfazer o botão da própria calça.
Xion finalmente se livrou das últimas peças de roupa, ficando completamente nu diante de S/N. Eles nunca tinham estado tão expostos um ao outro, e o olhar de S/N foi imediatamente para baixo, parando no queixo quando viu o pau de Xion entre suas pernas. Seus olhos se arregalaram, e o pânico tomou conta de seu rosto enquanto ele tentava se levantar do colo do namorado, tentando processar o que estava vendo.
— Isso... isso não vai caber, Xion! — S/N exclamou, sua voz carregada de nervosismo. Ele começou a recuar, suas mãos instintivamente subindo para proteger o peito, como se pudesse afastar o que temia.
Xion observou a reação dele, e, em vez de ficar frustrado, ele sorriu com ternura. Ele puxou S/N contra si, o segurando pelos pulsos com cuidado, mas sem permitir que ele fugisse.
— Ei, ei... Calma, amor. — Xion riu baixinho. — Você é tão fofo quando está nervoso...
S/N olhou para ele com uma mistura de vergonha e desespero, balançando a cabeça.
— Xion, eu tô falando sério! Não tem como isso caber! Vai machucar... — Ele mordeu o lábio, sua mente correndo com pensamentos inseguros.
Xion, no entanto, não parecia abalado. Ele trouxe S/N para mais perto, envolvendo-o em um abraço tranquilizador enquanto sua mão deslizava pelas costas dele em um gesto calmante.
— Shhh, eu vou fazer caber, amor. Não vou te machucar, prometo. — Xion sussurrou em seu ouvido, sua voz baixa e reconfortante, mas ainda carregada de uma determinação inegável. — Eu vou fazer com calma, vou te preparar direitinho. Só confia em mim, tá?
O calor do corpo de Xion contra o de S/N, combinado com sua voz gentil, ajudou a acalmar os nervos de S/N, embora ele ainda estivesse claramente hesitante. Xion segurou o rosto dele com as duas mãos, olhando profundamente em seus olhos.
— Eu nunca faria nada pra te machucar. Quero que você aproveite isso tanto quanto eu. — Ele sorriu antes de selar seus lábios em um beijo lento, tentando transmitir toda a paciência e carinho que sentia.
S/N engoliu em seco quando eles se separaram, ele estava claramente nervoso, mas não queria decepcionar o namorado.
— Como... como você quer começar? Eu... eu não sei o que fazer... — S/N murmurou, a voz baixa e hesitante, enquanto desviava o olhar.
Xion não conseguiu segurar um sorriso satisfeito. Aquilo era tudo o que ele queria ouvir. Ele passou os dedos suavemente pelo rosto de S/N, acariciando sua bochecha com ternura.
— Então deixa comigo, amor. Eu vou cuidar de tudo. — Ele respondeu, sua voz firme, mas ao mesmo tempo reconfortante.
S/N apenas assentiu.
— Fica de quatro pra mim. Assim eu consigo cuidar de você direitinho. — Ele disse, uma pontada de expectativa em sua voz.
S/N hesitou por um momento, mas acabou obedecendo, apoiando-se no sofá enquanto ajustava a posição de maneira tímida deixando tudo bem exposto pra Xion.
— Espera aqui, amor. Eu já volto. — Ele murmurou, antes de se afastar e ir até o quarto. Ele sabia exatamente onde estava o lubrificante que ele tinha comprado há meses, sem muita esperança de que um dia fosse usá-lo. Agora, parecia que finalmente havia chegado a hora.
Quando Xion voltou, ele encontrou S/N ainda na mesma posição, mas visivelmente mais nervoso, com os dedos agarrando firmemente o estofado do sofá. Xion se aproximou com calma, se ajoelhando atrás dele e abrindo a tampa do lubrificante.
— Relaxa, amor. Eu vou te preparar direitinho. — Ele disse enquanto despejava um pouco do líquido em seus dedos, esfregando-os para aquecê-lo.
Ele começou a passar o lubrificante na entrada de S/N, os dedos hábeis massageando suavemente para ajudar o corpo dele a relaxar. S/N soltou um suspiro trêmulo, apertando ainda mais os dedos no sofá.
— É só pra você ficar confortável, tá? — Xion murmurou, antes de pressionar levemente um dedo contra a entrada dele.
Quando o dedo deslizou para dentro, S/N ofegou, o corpo tenso com a sensação estranha e nova. Xion riu baixinho, achando a reação adorável.
— Tá vendo? Isso nem é nada comparado ao que vem depois. — Ele disse, com um sorriso brincalhão.
S/N soltou um choramingo baixo, escondendo o rosto nas mãos enquanto sentia o dedo de Xion se movendo lentamente dentro dele.
— Para de falar assim... é vergonhoso... — S/N murmurou, a voz abafada.
— Vergonhoso? Isso é só o começo, amor. Relaxa... Se acostuma com meus dedos primeiro, porque depois... vai ser algo bem maior. — Xion provocou, rindo enquanto continuava a trabalhar com cuidado para deixar S/N confortável.
S/N apenas choramingou novamente, o rosto ainda escondido, enquanto sentia o corpo começando a se adaptar ao toque de Xion.
Xion observava S/N com atenção enquanto deslizava um segundo dedo para dentro, sentindo o corpo dele apertar ao redor de seus dedos. Ele se inclinou, sussurrando perto da orelha de S/N:
— Tá indo muito bem, amor... só relaxa pra mim.
S/N respirava com dificuldade, seu corpo tremendo com a mistura de sensações novas. Quando Xion começou a mover os dedos, explorando cuidadosamente, ele pressionou de propósito contra um ponto específico. O efeito foi imediato: S/N soltou um gemido alto, abafando o som contra o sofá.
— Olha só... achei seu ponto doce. — Xion provocou, com um sorriso satisfeito.
— X-Xion... isso... ahn... — S/N gaguejava, a voz manhosa.
Cada movimento dos dedos de Xion era calculado, dedilhando a próstata de S/N como se fosse um instrumento delicado. O corpo dele se arqueava involuntariamente, os gemidos ficando cada vez mais altos.
— Me diz o que você quer, amor. — Xion pediu, sua voz rouca de desejo enquanto continuava a estimular S/N.
— M-mais... Xion, por favor... mais... — S/N finalmente cedeu, sua voz soando entre gemidos e choramingos.
Xion não perdeu tempo, adicionando um terceiro dedo, agora se movendo com mais firmeza. Ele levou a outra mão ao membro de S/N, que estava completamente duro, gotejando com a excitação.
— Você é tão sensível, sabia? — Ele disse, deslizando a mão pelo comprimento de S/N, começando a masturbá-lo no mesmo ritmo dos dedos que se moviam dentro dele.
S/N soltou um som que era uma mistura de gemido e soluço, o rosto completamente vermelho enquanto ele enterrava a cabeça no sofá.
— X-Xion... eu não... não consigo... — Ele murmurava, sentindo as ondas de prazer tomarem conta de seu corpo.
— Consegue sim, amor. Eu tô aqui com você. — Xion respondeu, acelerando os movimentos, os dedos encontrando a próstata de S/N repetidamente, enquanto sua mão apertava gentilmente o pau dele.
S/N era agora uma bagunça completa, gemendo alto, o corpo tremendo e se movendo involuntariamente contra o toque de Xion. O som da respiração pesada de ambos preenchia a sala, junto com os gemidos desesperados de S/N, que estava se perdendo completamente nas mãos do namorado.
Xion não pôde deixar de sorrir ao ver S/N arquejar e estremecer, enquanto um gemido longo e arrastado escapava de seus lábios. S/N gozou antes mesmo de Xion terminar de prepará-lo, seu corpo tremendo enquanto sua essência escorria pelos dedos do namorado.
— Porra... você é tão fofo, amor. — Xion murmurou. Ele observava S/N de perto, seus olhos brilhando de orgulho e carinho enquanto via o namorado quase desmoronar no sofá.
S/N mal conseguia se mover, os músculos relaxados e a respiração irregular. Ele estava completamente grogue, o rosto ruborizado e os lábios entreabertos, parecendo à beira de desmaiar de tanto prazer.
— Você tá incrível, amor. — Xion elogiou, passando a mão carinhosamente pelas costas de S/N antes de se levantar.
O membro de Xion estava completamente duro, pulsando, balançando levemente enquanto ele se movia. Ele posicionou-se atrás de S/N, observando como o corpo do namorado parecia ainda mais tentador, com a pele brilhando levemente sob a luz.
— Agora é minha vez. — Ele sussurrou, deixando o tom rouco e provocativo.
Com um sorriso travesso, ele segurou seu pau e o pressionou contra a bunda de S/N, dando pequenas batidinhas no local. O som abafado fez S/N estremecer, virando a cabeça levemente para olhar para trás, a preocupação evidente em seus olhos.
— X-Xion... eu... eu tô com medo... e se doer? — S/N murmurou, sua voz soando insegura.
Xion se inclinou, beijando suavemente a nuca de S/N e passando as mãos pelas laterais do corpo dele em um gesto tranquilizador.
— Shh... eu vou com calma, tá? Não vou te machucar, amor. Eu prometo. — Ele disse, sua voz suave, mas ainda carregada de desejo.
Xion segurou a base de seu pau, agora alinhando a cabeça contra a entrada apertada de S/N. Ele empurrou devagar, apenas a ponta deslizando para dentro.
S/N ofegou, o corpo enrijecendo imediatamente com a sensação.
— Relaxa pra mim, amor. — Xion murmurou, movendo as mãos para as costas de S/N, massageando levemente para ajudá-lo a se soltar. — Eu tô aqui, lembra?
Com cuidado, ele começou a se forçar mais para dentro, milímetro por milímetro, dando pausas para permitir que S/N se ajustasse.
— Tá indo bem, S/N... tão apertado... tão perfeito... — Xion murmurava, a voz entrecortada enquanto sentia o calor e a pressão o envolverem.
S/N soltava pequenos gemidos e choramingos, o corpo se adaptando lentamente à invasão. Mesmo com o desconforto inicial, a maneira como Xion o tranquilizava, seus toques gentis e palavras doces, faziam toda a diferença.
Finalmente, Xion parou, enterrando tudo completamente dentro de S/N, mas sem se mover. Ele se inclinou novamente, beijando a nuca e os ombros de S/N, esperando pacientemente enquanto o corpo dele se ajustava.
— Você tá indo tão bem, amor... tão incrível pra mim. — Ele sussurrou, seu tom cheio de carinho e admiração, enquanto esperava o sinal de S/N para continuar.
Era como se o mundo inteiro tivesse desaparecido, deixando S/N apenas com a sensação avassaladora de Xion preenchendo-o. Ele se sentia esticado, uma pressão nova e intensa que queimava levemente, mas que era rapidamente substituída por algo mais. Algo que fazia seu corpo inteiro vibrar e seu cérebro parecer derreter.
Ele mordeu a almofada mais próxima com força, tentando conter os sons que ameaçavam escapar. Sentia as coxas firmes de Xion pressionadas contra as suas, o calor da pele do namorado irradiando diretamente para ele, e tudo isso só parecia intensificar as sensações.
— Amor... você tá tão apertado, tão bom... — Xion murmurou, a voz rouca com o esforço de se controlar, esperando pacientemente enquanto o corpo de S/N se ajustava.
S/N estava ofegante, as mãos agarrando as almofadas do sofá como se fossem sua tábua de salvação. Ele virou o rosto ligeiramente, com os olhos semicerrados e um brilho de prazer já começando a tomar conta.
— P-Pode se mover... — ele sussurrou, quase inaudível, mas suficiente para que Xion ouvisse.
Xion fechou os olhos por um instante, tentando conter o prazer que percorria seu corpo com aquelas palavras. Então, começou a se mover lentamente, retirando apenas uma pequena parte de si antes de empurrar de volta, com cuidado, estudando cada reação de S/N.
E quando ele se moveu novamente, mais profundamente, um gemido alto e arrastado escapou dos lábios de S/N.
— Porra... — S/N deixou escapar, os olhos revirando enquanto seu corpo era tomado por sensações que ele nunca havia experimentado.
Xion sorriu satisfeito, acelerando os movimentos gradualmente, mas sempre atento ao namorado.
— Tá vendo? Eu disse que seria bom... tão bom que você nem vai pensar naquele vibrador idiota. — Ele provocou, as mãos firmes segurando os quadris de S/N, ajudando-o a encontrar o ritmo perfeito.
Cada vez que ele se movia, Xion fazia questão de acertar aquele ponto especial dentro de S/N, e cada vez que isso acontecia, S/N soltava um gemido mais alto, o corpo tremendo de prazer.
— Isso... amor... — Xion incentivava, a voz cheia de desejo, enquanto aumentava o ritmo, agora se movendo com mais confiança.
Xion soltou uma risada rouca quando percebeu que S/N, começava a mover os quadris, buscando suas investidas.
— Então é assim, hein? Mal começamos e você já tá rebolando pra mim, amor? — Ele provocou, apertando ainda mais os quadris de S/N, guiando-o para acompanhar o ritmo. — Tá vendo? Você foi feito pra isso, pra mim.
S/N mal registrava as palavras; o som da voz de Xion parecia distante, abafado pelo turbilhão de sensações que dominavam seu corpo. Ele gemia alto, sem se importar com mais nada, os sons cheios de prazer ecoando pela sala enquanto se entregava completamente.
Xion, se deliciando com a visão e os sons de S/N, aproveitou para mudar de posição. Com um movimento ágil, puxou S/N contra o peito dele, deixando-o de joelhos no sofá, pressionado firmemente contra seu corpo. A nova posição fazia Xion mergulhar ainda mais fundo, e ele começou a se mover com mais intensidade, estocando com força e precisão.
— Porra, S/N... você é apertado pra caralho... — Ele sussurrou no ouvido do namorado, mordendo levemente o lóbulo da orelha de S/N, o que só aumentou os gemidos dele.
S/N segurava nos braços de Xion, tentando se manter firme, mas a sensação era tão avassaladora que suas mãos tremiam, e ele acabava se derretendo contra o corpo de Xion.
— É tão bom... — ele conseguiu murmurar entre gemidos, a voz entrecortada pelo prazer.
Xion riu baixo, pressionando um beijo contra o ombro de S/N.
— É, não é? Muito melhor que a porra de um vibrador... — Ele respondeu, acelerando o ritmo, mergulhando com força e precisão, cada estocada acertando direto o ponto que fazia S/N se contorcer e gemer ainda mais alto.
O sofá rangia sob o movimento intenso, mas nada mais parecia importar. Para S/N, a única coisa que existia era Xion, o calor dele, a sensação de ser preenchido e a onda incessante de prazer que tomava conta de si, cada vez mais perto de um clímax que parecia inevitável.
Enquanto os movimentos de Xion ficavam mais rápidos e intensos, ele sentiu o calor crescendo em seu corpo, um ponto de ebulição prestes a ser alcançado. Ele enterrou o rosto no pescoço de S/N, mordiscando levemente a pele enquanto gemia rouco, o controle escapando de suas mãos.
— Amor... — ele sussurrou, a voz cheia de urgência. — Eu tô tão perto... posso... posso gozar dentro de você?
S/N, perdido no turbilhão de sensações, com os gemidos e a respiração ofegante escapando descontrolados, demorou um segundo para registrar a pergunta. Ele virou ligeiramente o rosto, seus olhos vidrados encontrando os de Xion. Com as bochechas coradas e a voz trêmula, ele respondeu:
— S-sim... p-pode...
Foi tudo o que Xion precisava ouvir. Ele segurou firme nos quadris de S/N, enterrando-se profundamente com um gemido rouco que reverberou por todo o cômodo. Seu corpo estremeceu quando finalmente se liberou, o calor se espalhando dentro de S/N, preenchendo-o por completo.
S/N soltou um gemido arrastado, sentindo o calor invadindo-o, algo tão intenso e íntimo que o fez quase perder o fôlego. Ele tremia levemente, os braços cedendo enquanto caía mais contra o peito de Xion, que o segurava firme, com os corpos colados e o coração de ambos batendo em uníssono.
Xion passou os dedos suavemente pelos cabelos molhados de S/N, ainda tentando recuperar o fôlego. Ele sorriu contra o ombro do namorado, plantando um beijo gentil na pele suada.
— Você foi incrível, amor... — murmurou, a voz carregada de afeto e exaustão.
S/N soltou um pequeno riso, ainda ofegante, mas encontrou forças para responder:
— Você também...
Eles permaneceram ali, juntos, no sofá, permitindo que o momento de intimidade fosse absorvido por ambos, o vínculo entre eles agora ainda mais profundo.
Depois daquela noite, tudo mudou. S/N, antes tão tímido e reservado sobre o assunto, parecia ter descoberto um lado de si mesmo que mal conseguia conter. Sua vida sexual com Xion se tornou incrivelmente ativa, a ponto de ser quase impossível ignorar o fogo entre eles.
Xion adorava cada segundo disso. Ele adorava ver S/N, com aquele olhar pidão e bochechas coradas, implorando pelo que queria. Às vezes, S/N ficava tão desesperado que nem esperava. Uma vez, Xion acordou com o peso do namorado sobre ele, o rosto marcado pela determinação, os olhos brilhando com desejo.
— Xion... — S/N gemeu, a voz rouca pelo sono, mas carregada de necessidade. — Por favor, me fode...
Xion, ainda meio grogue, levou um momento para processar, mas quando percebeu a situação, um sorriso satisfeito cruzou seus lábios. Ele adorava isso. Adorava como S/N, tão inocente no início, agora não conseguia mais se conter.
— Você não cansa, né, amor? — ele provocou, as mãos deslizando pelos quadris de S/N, firmando-o ali. — Mas quem sou eu pra dizer não, né?
S/N choramingou, pressionando-se contra ele, um pedido silencioso que Xion atendeu sem hesitação.
Ele era o brinquedo sexual particular do namorado agora, e sinceramente? Ele adorava isso. Adorava ser quem fazia S/N perder o controle, adorava saber que ninguém mais poderia satisfazê-lo daquele jeito.
As manhãs, noites e até os momentos entre os dois agora eram recheados de toques, beijos e corpos entrelaçados. Xion gostava de se gabar disso em silêncio, especialmente quando via S/N corar ao perceber que tinha sido "pego" o encarando com desejo em momentos aleatórios.
A conexão entre eles nunca esteve tão intensa, e Xion tinha certeza: ele daria ao namorado tudo o que ele quisesse, sempre que ele pedisse. E, porra, ele estava amando cada segundo disso.
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Imagine Jin e Namjoon

S/N sempre foi o tipo de pessoa que mantinha a vida sob controle. Com uma rotina impecável entre faculdade e estágio, ele jamais imaginava que algo ou alguém fosse desviá-lo de seu caminho. Isso, claro, mudou completamente quando conheceu Kim Seokjin e Kim Namjoon.
A primeira vez que S/N viu Seokjin foi em um final de tarde, enquanto tentava se desconectar dos estudos tomando um café na pequena cafeteria da esquina. Jin trabalhava como barista e chamava a atenção de todos por seu rosto angelical e seu humor cativante.
— Um cappuccino especial para a pessoa mais bonita deste café. — Jin sorriu, colocando a bebida na mesa de S/N.
S/N, surpreso, olhou ao redor antes de perceber que o comentário era para ele. — Ah… Obrigado. Você é sempre assim tão direto?
— Apenas quando vejo algo que vale a pena. — Jin piscou, antes de voltar ao balcão.
Mal sabia S/N que, na mesa ao lado, Namjoon estava observando tudo com curiosidade. Cliente habitual e amante de livros, ele era o oposto de Jin: quieto, introspectivo e mais confortável com palavras escritas do que faladas. Contudo, naquela tarde, ele sentiu uma necessidade estranha de se aproximar.
Quando Jin voltou para o balcão, Namjoon olhou para S/N, gesticulando para o livro aberto à sua frente. — Se você precisa de companhia para o café, posso sugerir um bom livro. — Ele disse, com um sorriso educado.
S/N riu, achando engraçada a diferença de abordagem. — Obrigado. Parece que hoje é meu dia de sorte: café especial e recomendações literárias.
Nas semanas seguintes, S/N voltou à cafeteria várias vezes, e foi aí que as coisas começaram a sair do controle. Jin, sempre animado e carismático, fazia de tudo para agradá-lo. Ele decorava os pedidos de S/N, escrevia bilhetes engraçados no copo e até fazia piadas para arrancar risadas dele.
— Aqui está o seu café. Sabe por que ele está tão quente? Porque combina com você. — Jin disse, com um sorriso presunçoso.
S/N balançava a cabeça, mas não conseguia evitar o riso. — Um dia você vai ser demitido por flertar com os clientes, Jin.
— Se for por sua causa, vale a pena. — Ele respondeu, piscando.
Namjoon, por outro lado, era mais sutil, mas não menos empenhado. Ele começou a reservar o assento ao lado de S/N sempre que o via na cafeteria, aproveitando cada oportunidade para conversar.
— Precisa de ajuda com isso? — Ele perguntou uma vez, ao perceber S/N lutando para entender um texto filosófico. — Por favor, estou prestes a desistir. — S/N respondeu, aliviado.
Enquanto Namjoon explicava com paciência, S/N percebeu que havia algo encantador nele. Namjoon era inteligente e atencioso, e seus olhos brilhavam sempre que ele falava sobre algo que amava.
Eventualmente, a disputa entre os dois ficou tão evidente que S/N não sabia o que fazer. Jin e Namjoon não apenas tentavam conquistá-lo, mas também implicavam um com o outro de forma constante.
— Não sabia que a cafeteria tinha virado uma biblioteca. — Jin provocou, ao ver Namjoon lendo ao lado de S/N. — E eu não sabia que precisava de um show de stand-up para tomar café. — Namjoon retrucou, sem tirar os olhos do livro.
S/N, no meio da tensão, decidiu tentar desviar a atenção dos dois. Ele riu, tentando aliviar o clima. — Vocês dois são hilários. Sabe, se estão tão interessados em mim, por que não resolvem isso juntos? Podem me namorar ao mesmo tempo. —
Ele disse em tom de brincadeira, achando que aquilo encerraria a discussão. No entanto, Jin e Namjoon ficaram em silêncio, trocando um olhar.
— Isso… Pode funcionar. — Jin foi o primeiro a quebrar o silêncio. — Concordo. Não vejo problema, desde que você esteja de acordo, S/N. — Namjoon completou, ajustando os óculos.
S/N piscou, chocado. — Espera… Vocês estão falando sério?
— É claro que sim. — Jin respondeu, cruzando os braços. — Você é incrível, e Namjoon… Bom, ele é suportável.
Namjoon arqueou uma sobrancelha. — E você é um pouco exagerado, mas acho que podemos fazer isso funcionar.
S/N, sem acreditar, começou a rir. O que era para ser uma piada havia se tornado uma proposta séria, e antes que ele percebesse, o trio estava oficializando um relacionamento que ninguém poderia prever.
Os dias que se seguiram foram repletos de caos e risadas. Jin e Namjoon continuaram com suas personalidades contrastantes, mas encontraram um equilíbrio ao perceberem que compartilhavam algo em comum: o amor por S/N. E, apesar de nunca ter imaginado que sua vida se tornaria tão bagunçada, S/N descobriu que aquele caos era exatamente o que ele precisava para ser verdadeiramente feliz.
Naquela manhã, S/N foi despertado por um barulho alto vindo da cozinha, algo entre uma panela caindo e Jin soltando uma exclamação de frustração. Ele estava deitado confortavelmente na cama, ainda envolto pelos braços de Namjoon, que dormia tranquilamente com o rosto encostado em sua nuca. No entanto, o lado oposto da cama, onde Jin deveria estar, estava vazio.
S/N suspirou, sentindo falta do peso reconfortante de Jin ao seu lado. Ele sabia que, se havia confusão na cozinha, Jin estava no meio dela.
— Deixa ele com as loucuras dele… — Namjoon murmurou com a voz rouca de sono, apertando S/N mais contra si. — Ele sabe o que está fazendo… ou pelo menos acha que sabe.
S/N riu baixinho, achando adorável como Namjoon sempre tentava adiar as responsabilidades pela manhã. Ele virou a cabeça para olhar o namorado sonolento. — Não posso deixar um dos meus namorados morrer sem ajuda, Joon. Vai que ele está tentando fazer uma receita nova?
Namjoon apenas resmungou algo incompreensível, mas seu aperto afrouxou quando S/N se mexeu para sair da cama. Antes de se levantar completamente, S/N inclinou-se e deixou um beijo suave na bochecha de Namjoon, que suspirou e abriu um dos olhos, preguiçoso.
— Volta logo… Ou traz comida. — Ele murmurou, com um sorriso pequeno.
S/N riu de novo e começou a se afastar, mas parou para observar Namjoon se remexer na cama, agarrando o travesseiro que S/N usava e abraçando-o firmemente. Namjoon enfiou o rosto no tecido, inalando o cheiro de S/N como uma tentativa de se consolar pela perda do calor do namorado. A cena fez o coração de S/N derreter.
— Você é tão fofo quando está com sono, Joonie. — Ele sussurrou, antes de sair do quarto.
Caminhando em direção à cozinha, S/N já imaginava o caos que o aguardava. E, ao entrar, não ficou nem um pouco surpreso ao encontrar Jin segurando uma tigela que transbordava de massa de panqueca, com farinha espalhada pelo balcão e algo queimando em uma frigideira.
— Jin, o que você está fazendo? — S/N perguntou, cruzando os braços e tentando conter o riso ao ver o namorado em um avental rosa com o desenho de um coração.
— Ah, bom dia, meu amor! — Jin respondeu, sem o menor constrangimento. — Estou tentando fazer panquecas perfeitas para o café da manhã, mas essa frigideira claramente tem algo contra mim.
S/N balançou a cabeça, rindo. — Ou talvez seja você que está tentando demais. Quer ajuda antes que queime a casa?
Jin fez uma expressão indignada, mas seus olhos brilhavam de diversão. — Ajuda? Eu sou Kim Seokjin, o chef do grupo! Não preciso de ajuda.
— Claro, claro. Mas você precisa de mim para limpar essa bagunça e salvar seu café da manhã. — S/N respondeu, pegando um pano para começar a arrumar a cozinha enquanto Jin fazia uma careta, mas não recusava a companhia.
Enquanto Jin tentava – com empenho duvidoso – fazer panquecas, S/N estava ocupado limpando e organizando a bagunça monumental que o namorado havia deixado na cozinha. Entre uma panqueca queimada e outra finalmente comestível, Jin não perdia a chance de provocar.
— Ei, não é justo você só limpar enquanto eu trabalho duro aqui. — Jin disse, fingindo estar exausto enquanto segurava uma espátula.
S/N riu, dobrando um pano de prato. — Trabalho duro? Você mal fez duas panquecas decentes até agora.
Jin fingiu uma expressão ofendida e se aproximou. — Está me subestimando, amor? Isso merece uma punição. — Ele rapidamente pegou um punhado de farinha e passou no nariz de S/N, que soltou um grito surpreso.
— Jin! — S/N reclamou, mas não conseguiu conter o riso.
— O que foi? Só estou decorando meu docinho favorito. — Jin sorriu presunçoso antes de inclinar-se para roubar um beijo rápido, o que arrancou mais risadas de S/N.
Entre risadas e brincadeiras, Jin passou os braços ao redor da cintura de S/N, puxando-o para um abraço apertado. Antes que S/N pudesse protestar, Jin aproveitou para morder levemente o pescoço dele, fazendo o outro rir alto e se contorcer.
— Para, Jin, isso faz cócegas! — S/N implorou, tentando se soltar.
— Só se você admitir que sou o melhor namorado. — Jin respondeu, sua voz cheia de diversão.
— Tá bom, tá bom! Você é incrível. Agora me solta! — S/N disse, rindo enquanto tentava empurrar Jin para longe.
O momento cômico foi interrompido quando S/N notou algo sobre a bancada. Um dos livros de Namjoon, que provavelmente havia sido deixado ali na noite anterior, estava agora com manchas de massa de panqueca e um pouco de farinha grudada na capa.
— Jin… Por favor, me diz que isso não é o livro do Namjoon. — S/N apontou, seu tom subitamente preocupado.
Jin olhou para o livro, arregalando os olhos em um misto de surpresa e culpa. — Ah, é só um livro… Namjoon nem vai perceber, certo?
S/N deu um olhar sério para o namorado. — Você sabe que ele vai perceber. Ele percebe até quando eu coloco o marcador na página errada!
Jin coçou a nuca, tentando disfarçar. — Ok, talvez ele perceba… Mas é só uma manchinha! Nada que uma boa desculpa e meu charme não resolvam.
S/N suspirou, já imaginando a reação de Namjoon. — Você vai precisar de muito mais do que charme pra sair dessa.
Jin deu de ombros, tentando aliviar o clima. — Relaxa, Joonie me ama. E, se ele ficar bravo, eu digo que foi tudo sua culpa.
— O quê?! — S/N exclamou, incrédulo, enquanto Jin apenas ria e aproveitava para roubar mais um beijo, tentando escapar de qualquer bronca antecipada.
Como se invocado pela simples menção de seu precioso livro, Namjoon entrou na cozinha. Ele estava com os cabelos levemente bagunçados, vestindo uma camiseta larga e shorts confortáveis, ainda piscando lentamente enquanto acordava. O jeito sonolento e fofo fazia S/N e Jin trocarem um olhar cúmplice, sabendo que ele parecia um filhotinho adorável nesse estado.
No entanto, S/N reagiu rápido ao perceber que os olhos de Namjoon estavam começando a vagar pela cozinha – e inevitavelmente acabariam no livro sujo. Ele rapidamente deu um passo à frente, posicionando-se de forma estratégica para esconder o livro atrás de si, enquanto pegava um pano qualquer para fingir que estava limpando a bancada.
— Bom dia, Joonie! — Jin falou, sua voz soando um pouco mais alta e nervosa do que o normal. Ele acenou com a mão, tentando parecer casual, mas a maneira como gaguejou denunciava o leve pânico. — Dormiu bem?
Namjoon bocejou, ignorando o tom suspeito de Jin enquanto passava a mão pelos cabelos. — Dormi, sim… O que vocês estão fazendo? — Ele perguntou, com a voz baixa e rouca de sono, caminhando lentamente até o balcão.
S/N apertou o pano entre os dedos, tentando parecer natural, mas sentia o suor frio nas costas. — Estamos, hã, fazendo panquecas! — Ele disse rápido demais, tentando manter o sorriso. — Jin queria testar umas receitas novas.
— Uhum… — Namjoon murmurou, estreitando os olhos ligeiramente, ainda meio sonolento, mas começando a notar algo estranho no comportamento dos dois. — Por que parece que vocês estão escondendo alguma coisa?
Jin soltou uma risada forçada e deu um passo à frente, tentando atrair a atenção de Namjoon. — Escondendo? A gente? Claro que não! É só… É só a confusão da manhã, sabe como é. — Ele gesticulou com as mãos, o sorriso um pouco nervoso demais.
Namjoon arqueou uma sobrancelha, mas antes que pudesse dizer mais alguma coisa, S/N tentou mudar o foco rapidamente.
— Por que você não senta, Joonie? Eu vou pegar uma xícara de café pra você. — Ele sugeriu, movendo-se ligeiramente para bloquear ainda mais o campo de visão de Namjoon em relação ao livro.
— Hm… Tá bom. — Namjoon respondeu, ainda desconfiado, mas aceitando o café como um prêmio de consolação. Ele se sentou em uma das cadeiras, apoiando o queixo na mão enquanto observava os dois com um olhar meio curioso, meio preguiçoso.
Enquanto Jin começava a empilhar panquecas em um prato e S/N preparava o café, ambos trocaram olhares rápidos e desesperados.
S/N rapidamente terminou de preparar o café e se aproximou de Namjoon, colocando a xícara fumegante à sua frente com um sorriso doce.
— Aqui está, amor. Do jeitinho que você gosta, com um pouco de açúcar e nada de creme. — S/N falou com a voz mais carinhosa que conseguiu, tentando manter a atenção de Namjoon longe do livro sujo atrás dele.
Namjoon olhou para S/N com um sorriso sonolento, aceitando o café. — Obrigado, meu anjo. — Ele murmurou, levando a xícara aos lábios para um gole, sem perceber a troca de olhares cúmplices entre S/N e Jin.
Nesse momento, Jin se aproximou com um prato cheio de panquecas empilhadas. Ele as colocou na frente de Namjoon com uma expressão quase teatral.
— E aqui está o café da manhã feito especialmente para o nosso intelectual mais lindo. — Jin disse, inclinando-se levemente e piscando para Namjoon. — As melhores panquecas que você vai comer hoje.
Namjoon arqueou uma sobrancelha, ainda com o olhar desconfiado, mas era difícil não sorrir com toda a bajulação. — Hoje? Vocês estão dizendo que tem outro café da manhã planejado?
— Talvez… — Jin respondeu com um sorriso enigmático. Ele rapidamente cortou um pedaço de panqueca com um garfo e aproximou a comida da boca de Namjoon. — Mas, primeiro, prove essa e diga que é a melhor coisa que já comeu.
Namjoon riu, aceitando o pedaço. Enquanto isso, S/N aproveitou o momento de distração para pegar um pano de prato e discretamente tentar esconder o livro sujo atrás de si.
— Hm, está boa. — Namjoon admitiu após engolir o pedaço, olhando para Jin com um sorriso satisfeito. — Isso foi feito com amor?
— Todo o amor do mundo! — Jin declarou, inclinando-se para beijar a bochecha de Namjoon. — Porque você merece, meu querido.
Enquanto Jin mantinha Namjoon ocupado com mais panquecas e carinhos, S/N deu alguns passos cuidadosos para o lado, segurando o livro contra o corpo e tentando agir casualmente. Ele só precisava encontrar uma chance para sair da cozinha sem levantar suspeitas.
Jin, percebendo o movimento, rapidamente aumentou a intensidade da bajulação. Ele se inclinou ainda mais perto de Namjoon, apoiando o queixo no ombro do namorado. — Você já sabe que é o homem mais lindo desse planeta, certo?
Namjoon riu, claramente achando graça da situação, mas ainda com um pouco de desconfiança. — Por que todo esse exagero hoje? Vocês dois estão estranhamente atenciosos…
— Não é exagero. — Jin disse, cutucando levemente o braço de Namjoon. — É a verdade. A gente só quer que você saiba o quanto te amamos. Não é, S/N?
S/N, que estava a um passo de sair da cozinha com o livro escondido, respondeu rápido demais: — Claro! A gente te ama muito, Joonie. — Ele sorriu, suando frio, mas já se dirigindo para o corredor.
Namjoon estreitou os olhos, mas antes que pudesse questionar algo, Jin enfiou mais uma garfada de panqueca na boca dele.
— Vamos, coma mais. Você precisa de energia para o dia! — Jin insistiu, tentando soar casual enquanto olhava de soslaio para S/N, que finalmente desapareceu pela porta com o livro.
Quando Namjoon terminou de mastigar, ele olhou para Jin com uma expressão desconfiada, mas também divertida. — Você acha que eu não percebo quando vocês dois estão aprontando?
— Aprontando? — Jin perguntou, fingindo indignação enquanto cortava mais um pedaço de panqueca. — Nós? Nunca!
Namjoon riu baixo, mas decidiu deixar pra lá… Por enquanto. Afinal, ele sabia que, mais cedo ou mais tarde, a verdade sempre vinha à tona – especialmente com esses dois.
Enquanto o clima na cozinha se acalmava, os três se sentaram juntos à mesa, aproveitando o café da manhã. Jin ainda brincava ocasionalmente, tentando alimentar Namjoon diretamente com o garfo, enquanto S/N sorria e organizava mentalmente o resto do dia.
— Então, o que você tem pra hoje, S/N? — Namjoon perguntou, tomando outro gole de café.
— Meu turno na clínica começa às duas. Antes disso, vou dar uma ajeitada em algumas coisas em casa e ver se consigo adiantar a documentação de um novo resgate. — S/N respondeu, esticando os braços com uma expressão satisfeita.
— Ah, aquele gatinho que trouxeram ontem? — Jin perguntou, cortando mais um pedaço de panqueca.
— Esse mesmo. Ele é tão pequeno que cabe na palma da mão. Acho que foi abandonado logo depois de nascer. — S/N suspirou, parecendo preocupado. — Mas ele é um lutador. Já está começando a reagir bem ao tratamento.
Namjoon sorriu com orgulho. — Você tem mesmo um talento pra cuidar dos bichos. Eu não sei como consegue ser tão paciente.
S/N deu de ombros, rindo baixinho. — Acho que ajuda quando você ama o que faz.
— Falando em amar o que faz… — Jin disse, virando-se para Namjoon. — Você vai passar o dia todo em casa lendo, é isso?
— É o plano. — Namjoon respondeu com um leve sorriso. — Tenho alguns textos de filosofia pra terminar, e talvez dê uma olhada em umas coisas de biologia.
— Biologia? — S/N perguntou, arqueando uma sobrancelha.
— É, me deu vontade de revisar umas coisas sobre comportamento animal. — Namjoon respondeu casualmente. Ele piscou para S/N. — Talvez eu passe na clínica qualquer dia pra aprender mais com você.
— Duvido que você passe. — Jin provocou, rindo. — Toda vez que você diz isso, acaba enterrado nos seus livros e não sai mais de casa.
Namjoon deu de ombros com um sorriso travesso. — Isso não é verdade. Eu saio, sim… Às vezes.
Os três riram, aproveitando o momento leve. Jin, então, olhou para o relógio e suspirou. — Falando nisso, preciso me arrumar. Meu turno no café começa em uma hora, e eu prometi levar um bolo de chocolate que fiz ontem.
— Ah, é aquele bolo que você não me deixou experimentar? — Namjoon perguntou, fingindo ofensa.
— Exato. — Jin sorriu, orgulhoso. — É pros clientes, não pra você.
S/N riu da troca, enquanto terminava de comer sua última panqueca. — Então, Joonie, aproveita bem o seu dia de folga, ok? Nada de ficar estudando até doer as costas.
— Sim, senhor. — Namjoon respondeu com um sorriso divertido.
Enquanto S/N tentava se organizar para sair, Jin parecia decidido a transformar cada segundo antes de partir em uma demonstração pública de afeto. Ele o abraçava por trás enquanto S/N arrumava a mochila, beijava sua bochecha enquanto ele tentava ajeitar os papéis da clínica e, a cada cinco minutos, dizia algo como:
— Amor, só mais um beijinho antes de eu ir…
S/N ria, mas era impossível esconder que aquilo complicava sua rotina. — Jin, sério, você já está atrasado. Vai logo antes que seu chefe te encha o saco.
— O que é um atraso comparado a passar tempo com você? — Jin respondeu, com aquele sorriso que sabia ser irresistível, antes de apertar mais S/N em um abraço.
Como se não bastasse, Namjoon, que deveria estar aproveitando a folga, decidiu se juntar à bagunça. Sentado na beirada do sofá, ele olhava para S/N com olhos de cachorrinho carente. — Você vai mesmo nos deixar sozinhos o dia todo? — perguntou, com uma voz mansa que fez S/N suspirar profundamente.
— Vocês dois são impossíveis. — S/N murmurou, tentando não rir.
— A gente só sente sua falta, é crime? — Jin disse, fingindo estar ofendido. Ele aproveitou para roubar mais um beijo rápido nos lábios de S/N, antes que ele pudesse escapar.
Namjoon, não querendo ficar para trás, se aproximou e o puxou para um abraço apertado. — O que o Jin disse. Não é crime, certo?
S/N balançou a cabeça, rindo. — Vocês me mimam demais, é isso.
A despedida, que deveria durar alguns minutos, se estendeu por quase meia hora. Jin ainda segurava S/N pela cintura, enquanto Namjoon fazia carinho no cabelo dele.
— Tá bom, chega! — S/N finalmente disse, com uma mistura de risos e desespero. — Eu amo vocês, mas se continuarem assim, vou me atrasar, e isso não é negociável.
Jin suspirou dramaticamente, mas finalmente o soltou. — Ok, ok, mas só porque você pediu com jeitinho.
Namjoon ainda não parecia convencido, mas cedeu depois de um último beijo na testa de S/N. — Boa sorte hoje, tá? E não esquece de mandar mensagem se precisar de alguma coisa.
— Pode deixar. — S/N respondeu, já saindo apressado pela porta.
Enquanto ele desaparecia no corredor, Jin e Namjoon ficaram parados na entrada, olhando um para o outro.
— Ele ainda não percebeu que a gente faz isso de propósito pra ele nunca se esquecer de como é amado, né? — Jin comentou, com um sorriso travesso.
— Nem desconfia. — Namjoon respondeu, rindo.
O dia seguiu como de costume, com cada um dos três mergulhado em suas responsabilidades, mas sem nunca deixar de pensar nos outros dois.
Na clínica veterinária, S/N estava ocupado com consultas, exames e rotinas de cuidado dos animais. Entre um atendimento e outro, ele checava o celular. Sempre havia mensagens de Jin ou Namjoon aparecendo para roubar um sorriso:
Namjoon: "Já comeu algo? Se não, posso pedir algo pra entregar aí." Jin: "Espero que aquele gatinho esteja melhor! Não esquece de comer e beber água, viu? ❤️"
Ele respondia rapidamente: S/N: "Eu comi sim, seus preocupados! Vou trazer novidades sobre o gatinho à noite 😉."
Enquanto isso, no café, Jin trabalhava no turno da manhã, entregando cafés e doces aos clientes com sua simpatia característica. Mesmo no meio da correria, ele encontrava tempo para mandar mensagens carinhosas:
Jin: "Uma cliente disse que eu tenho o sorriso mais bonito que ela já viu. Será que conto pra ela que estou num trisal com dois dos caras mais lindos que existem? 😏"
Namjoon, que estava em casa, riu ao ler a mensagem enquanto lia um artigo de filosofia. Ele respondeu: Namjoon: "Melhor não. Vamos evitar mais corações partidos no mundo por enquanto 😂."
Mesmo em casa, Namjoon não estava parado. Ele revisava textos, fazia anotações e organizava sua semana de estudos. Mas sempre que se distraía, acabava pensando em S/N e Jin. Em um momento, ele tirou uma foto do livro de biologia que estava lendo e mandou no grupo:
Namjoon: "Sabia que os gatos dormem cerca de 70% da vida? Olha o que S/N e Jin poderiam aprender com eles!"
S/N: "Diz isso depois que você passar a noite inteira revisando um texto de filosofia, senhor 'não sei o que é dormir'. 😂"
Jin: "Ei! Eu durmo muito bem. Só que às vezes prefiro te acordar pra te dar carinho. 🤭"
As mensagens iam e vinham ao longo do dia, criando uma ponte que os mantinha conectados, mesmo separados fisicamente. Apesar de estarem ocupados, o cuidado e o carinho entre os três eram constantes, provando que, independentemente da distância ou da correria do dia, eles sempre faziam questão de se lembrar do quanto se amavam.
Quando o dia finalmente chegou ao fim, S/N estava exausto, mas satisfeito por ter dado o seu melhor. Ele se despediu dos colegas de trabalho com um sorriso cansado e saiu pela porta da clínica, apenas para ser recebido pela visão de Jin encostado em um poste, balançando levemente o corpo enquanto mexia no celular.
Assim que o viu, Jin abriu um sorriso radiante e guardou o celular no bolso, indo ao encontro de S/N com os braços abertos. — Amor! Achei que nunca ia te ver sair daquela clínica. — Ele exagerou, como sempre, fazendo drama.
S/N riu, mas o carinho nos olhos deixava claro o quanto ele gostava daquilo. — Jin, você é impossível. Eu já te disse que sei voltar pra casa sozinho.
— Claro que sabe, mas eu não vou deixar. — Jin respondeu, passando o braço pelos ombros de S/N enquanto começavam a caminhar. — E se algum maníaco resolvesse dar em cima do meu namorado perfeito? Não posso arriscar.
— E você acha que eu não saberia me defender? — S/N retrucou, arqueando uma sobrancelha.
— Ah, sei que sabe. — Jin disse, puxando-o mais para perto. — Mas aí quem ia ter que me consolar seria o maníaco, porque eu ia chorar de ciúmes.
S/N gargalhou, jogando a cabeça para trás. — Você é tão exagerado.
Jin sorriu satisfeito por conseguir arrancar o riso que ele adorava tanto. Durante o trajeto de volta para casa, ele se mostrava especialmente carente. A cada dois minutos, puxava S/N para um abraço rápido ou segurava sua mão, entrelaçando os dedos. Ele falava sobre como o dia dele tinha sido movimentado no café, mas sempre retornava ao tema principal: o quanto sentia falta de S/N quando não estava por perto.
— Sabe, trabalhar sem você por perto é um sacrifício. — Jin confessou, fazendo beicinho.
— Jin, você fica assim até quando só vai no mercado sozinho. — S/N brincou, apertando suavemente a mão dele.
— Exatamente! Como você espera que eu funcione sem você por perto? — Jin respondeu dramaticamente, fazendo S/N rir mais uma vez.
Quando chegaram em casa, Jin já tinha o plano claro na cabeça: mimar S/N pelo resto da noite. — Agora vai tomar um banho relaxante que eu e Namjoon cuidamos do jantar. Não aceito não como resposta.
— Tudo bem, senhor protetor. — S/N respondeu, rindo, antes de lhe dar um beijo na bochecha e entrar no apartamento.
Enquanto S/N tomava seu banho quente e relaxante, Jin e Namjoon estavam na cozinha, com uma energia completamente diferente da calmaria do banho. A cozinha estava repleta de ingredientes espalhados por toda parte, e o som da panela borbulhando ao fogo acompanhava as risadas e pequenas provocações entre os dois.
— Eu falei que deveria ter adicionado mais tempero, Namjoon! — Jin resmungou, já mexendo a panela de forma exagerada, com o típico sorriso travesso nos lábios. — Você não escuta minhas ideias, né?
Namjoon, que estava cortando os legumes com precisão, revirou os olhos, mas sem perder o foco. — Jin, eu já te disse que tempero demais estraga tudo. — Ele retrucou calmamente, mas Jin não estava satisfeito com isso.
— Ah, claro, o mestre da culinária, né? — Jin se aproximou, sussurrando no ouvido de Namjoon enquanto tentava roubar um beijo no pescoço dele. — Eu sabia que você gostava de me ver sempre pedindo sua ajuda, mas não sabia que seria tão formal no assunto.
Namjoon se afastou, rindo. — Ei, não faça isso enquanto estamos cozinhando. Você vai acabar queimando tudo. — Ele tentou se concentrar de novo no prato, mas a provocação de Jin o deixou distraído por um segundo.
Jin, não querendo perder a chance, passou a mão no cabelo de Namjoon e o puxou para um beijo rápido. — Vai, fica com raiva de mim. Só assim eu posso te fazer esquecer as instruções de culinária.
— Você acha que eu sou fácil? — Namjoon perguntou, um sorriso malicioso se formando. — Não vai me dominar assim tão fácil, Jin.
Jin apenas sorriu e, com um olhar provocante, começou a mexer mais intensamente a panela, como se estivesse ignorando a brincadeira. Mas não demorou muito para que ele pegasse um pouco de molho na colher e o passasse disfarçadamente na bochecha de Namjoon.
— Você é insuportável. — Namjoon deu um sorrisinho enquanto passava o dedo na bochecha, provando o molho com um olhar desafiador. — O que será que S/N vai achar disso, hein?
— Não sei. Talvez ele goste de ver a gente brigando por causa da comida. — Jin provocou, mais uma vez se aproximando para morder a orelha de Namjoon, que riu.
— Ei, cuidado com a comida! — Namjoon avisou, rindo, mas já deixando o clima descontraído entre eles. A tensão que havia entre provocações e risos indicava como ambos se divertiam com essa dinâmica.
O aroma da comida começou a se espalhar pela casa enquanto as brincadeiras e provocações continuavam, com cada um tentando ganhar a vantagem em piadinhas e olhares atrevidos. Jin já estava no limite de seus impulsos, tentando fazer com que Namjoon risse mais e se esquecesse de qualquer coisa séria.
Quando S/N finalmente saiu do banho, sentindo o cheiro delicioso vindo da cozinha, ele deu um sorriso ao ver a cena. — Eu vejo que vocês dois estão mais para brigando e se provocando do que realmente cozinhando, né?
— Claro que estamos! — Jin respondeu rápido, com os olhos brilhando. — Mas você ainda vai ter que me agradecer pela comida depois!
Namjoon riu, e os três logo se reuniram à mesa, com o jantar ainda quente e saboroso.
Depois de terminarem o jantar e arrumarem a cozinha, os três foram para a sala decidir o filme da noite. Claro, isso não foi uma tarefa fácil, pois Jin e Namjoon tinham opiniões muito diferentes.
— Vamos assistir aquela comédia romântica que eu falei ontem! — Jin sugeriu, já pegando o controle da TV com um sorriso triunfante.
— Nem pensar. — Namjoon retrucou, cruzando os braços. — Hoje é dia de um documentário interessante. Tem um sobre o universo que parece incrível.
— Documentário? Você quer dormir no meio do filme? — Jin rebateu, revirando os olhos dramaticamente.
S/N, sentado no meio do sofá, observava a discussão com um sorriso cansado, mas divertido. Ele sabia que isso podia durar horas se não interviesse. — Certo, chega. — S/N se pronunciou, erguendo as mãos. — Vamos escolher algo neutro, tipo uma aventura ou ação, pra agradar os dois.
Jin e Namjoon se olharam por alguns segundos antes de concordarem com um aceno relutante. — Tá bom. Mas só porque você pediu, S/N. — Jin disse, entregando o controle a Namjoon.
Depois de finalmente escolherem o filme, a próxima discussão foi sobre onde cada um ficaria no sofá.
— Ok, agora a pergunta mais importante da noite: no colo de quem você vai sentar, S/N? — Jin perguntou, já esticando os braços em direção a S/N com um sorriso travesso.
— Óbvio que no meu! — Namjoon retrucou, puxando S/N pelo braço de leve. — Eu mereço, fui o que mais trabalhou hoje, estudando o dia todo.
Jin colocou as mãos na cintura, fingindo estar ofendido. — Trabalhou mais que eu? Eu fiquei o dia todo em pé no café, lidando com gente difícil e ainda tive que salvar o dia na cozinha agora há pouco!
S/N, que já estava acostumado com as disputas entre os dois, revirou os olhos com um sorriso divertido. — Vocês dois em… — Ele cruzou os braços, assumindo uma expressão falsa de indignação. — Pra evitar briga, eu vou sentar no meio dos dois. Assim ninguém reclama.
— Hum… esperto demais. — Namjoon comentou, rindo, enquanto Jin bufava em falsa frustração.
— Tá bom, mas eu fico com a maior parte do espaço no sofá. — Jin disse, já ajeitando os cobertores ao redor deles.
Logo estavam todos acomodados, S/N no meio, com Namjoon de um lado e Jin do outro. Eles colocaram o filme. Porém, mal o filme tinha começado e os dois já estavam em ação. Jin apoiou a cabeça no ombro de S/N, puxando-o para mais perto e passando os braços ao redor da cintura dele.
— Você é tão quentinho… não tem como não te agarrar. — Jin murmurou com um sorriso satisfeito.
— Ei, calma aí. Ele é meu também. — Namjoon protestou, puxando S/N para perto de si, entrelaçando os dedos com os dele e deixando um beijo na mão. — Não vai monopolizar ele assim, Jin.
S/N deu uma risadinha. — Vocês dois são tão carentes… é só eu ficar quieto que vocês já querem me disputar.
— Quem disse que estamos disputando? — Jin rebateu, apertando ainda mais o abraço. — Isso é só carinho, e você adora.
Namjoon se inclinou e deu um beijo suave na bochecha de S/N, sussurrando com uma voz suave: — Pelo menos ele sabe que eu sou o preferido.
— Preferido?! — Jin se levantou parcialmente, encarando Namjoon com uma expressão de choque teatral. — Ah, isso não vai ficar assim.
Antes que uma discussão amigável começasse de verdade, S/N segurou o rosto dos dois, dando um beijo rápido em cada um. — Pronto, resolvido. Agora podemos assistir o filme em paz?
Enquanto o filme continuava esquecido ao fundo, Jin e Namjoon trocaram olhares cúmplices, ambos com a mesma ideia em mente: fazer S/N admitir quem era o preferido.
— Não dá mais para fugir dessa, amor. — Jin começou, com um sorriso travesso. Ele se aproximou, correndo os dedos pelos lados da cintura de S/N, que estava distraído. — Você vai ter que dizer.
— Concordo. — Namjoon afirmou, segurando o outro lado de S/N, já começando a apertá-lo levemente para provocar cócegas.
— Ei, parem com isso! — S/N exclamou, rindo e tentando se afastar, mas foi inútil. Jin e Namjoon começaram a atacar com cócegas sem piedade.
S/N se contorcia no sofá, rindo incontrolavelmente. — Tá bom! Tá bom! Eu desisto! — Ele gritou entre gargalhadas, com lágrimas nos olhos.
— Então? Quem é o preferido? — Jin perguntou, parando por um momento, mas mantendo a expressão esperançosa.
S/N tentou recuperar o fôlego. — Eu… eu amo vocês dois igual! Não dá pra escolher!
— Boa tentativa, mas não cola. — Namjoon provocou, rindo. No calor da brincadeira, ele se inclinou mais para cima de S/N, até que, sem perceber, acabou literalmente o prendendo sob seu corpo.
Namjoon ficou um instante imóvel, apenas olhando para S/N. Seus olhos percorreram o rosto bonito do namorado, os lábios entreabertos, o cabelo bagunçado pela confusão. Para Namjoon, não existia pessoa mais perfeita que S/N — e Jin também, claro. Aquele momento de proximidade fez algo acender dentro dele, um desejo tão grande que parecia impossível de segurar.
Antes que pudesse racionalizar, Namjoon se inclinou e capturou os lábios de S/N em um beijo intenso, cheio de desejo. S/N ficou surpreso no começo, mas rapidamente se entregou, os braços envolvendo o pescoço de Namjoon enquanto correspondia ao beijo, sentindo o calor daquele momento crescer em cada segundo.
Jin, que estava sentado ao lado, observava tudo com atenção. Ele conhecia bem Namjoon e sabia o quanto ele poderia ser incrivelmente sexy quando assumia o controle. Jin mordeu levemente o lábio, sentindo o corpo aquecer à medida que via a cena diante dele.
— Vocês dois… — Jin murmurou, sua voz rouca, quase como um suspiro, enquanto seus dedos tocavam distraidamente o braço de S/N.
Namjoon se afastou apenas o suficiente para encarar S/N nos olhos, seu sorriso carregado de carinho e algo mais profundo. — Eu amo você tanto… Vocês dois, na verdade. Não dá pra explicar o quanto.
Jin, sem conseguir resistir ao clima que Namjoon criava, se inclinou e deixou um beijo suave no pescoço de S/N, sussurrando próximo ao ouvido dele: — Não precisa explicar… Nós sabemos.
O pobre S/N, preso entre os dois, sentia o coração acelerar enquanto o calor do momento aumentava. Ele estava completamente à mercê do amor e do desejo que Jin e Namjoon compartilhavam com ele.
Namjoon, tomado pelo desejo, segura S/N pela cintura com firmeza e o puxa para o colo, posicionando-o de frente para ele. Seus lábios encontram os de S/N novamente em um beijo profundo e cheio de paixão, enquanto suas mãos exploram a cintura delicada, apertando-a suavemente. Cada toque arrancava suspiros e arfadas de S/N, sons que pareciam incendiar ainda mais os dois namorados.
Namjoon, visivelmente excitado, podia sentir seu corpo reagir aos pequenos gemidos de S/N. Jin, observando a cena, já estava completamente tomado pelo desejo. Ele se posicionou atrás de S/N, inclinando-se para beijar o pescoço dele, deixando marcas suaves enquanto murmurava provocações contra a pele sensível.
— Você gosta disso, não é? — Jin sussurrou, sua voz rouca e cheia de malícia. Ele deslizou as mãos habilidosas pela lateral do corpo de S/N, puxando sua blusa para cima lentamente. — Não tem como resistir a nós dois…
S/N, com os olhos semicerrados, sentia o corpo aquecer ainda mais a cada toque e palavra. Jin finalmente tirou a blusa de S/N, expondo sua pele, que rapidamente foi coberta por beijos e carícias de Jin. Enquanto isso, Namjoon continuava segurando a cintura de S/N com firmeza, movendo-o levemente sobre seu colo, intensificando a tensão entre os três.
— Vocês dois vão me matar… — S/N murmurou, ofegante, enquanto tentava recuperar o fôlego entre os beijos e toques que recebia de ambos os lados.
Namjoon sorriu contra os lábios de S/N, deslizando as mãos pelas costas dele. — Vamos te mimar até você esquecer de qualquer coisa que não seja a gente.
Jin riu baixo, mordendo levemente a orelha de S/N enquanto suas mãos exploravam o abdômen do mais novo. — Ele fala bonito, mas a verdade é que a gente só não consegue tirar as mãos de você.
S/N mal teve tempo de reagir quando Namjoon, com a voz rouca e os olhos escurecidos pelo desejo, pediu quase suplicando:
— Por favor, S/N… me chupa…
Namjoon olhou para Jin, incentivando-o com um leve sorriso. — E você, hyung, acho que sabe o que fazer, não é? Deixa ele pronto pra gente.
Jin, com um brilho travesso nos olhos, deu um sorriso de canto. — Como se eu precisasse de um convite, Joonie.
S/N, tomado pelo calor e pela intensidade do momento, desceu do colo de Namjoon, ajoelhando-se entre as pernas dele. Com os dedos trêmulos de antecipação, desabotoou a calça de Namjoon e a puxou para baixo junto com a cueca, liberando o membro pulsante à sua frente. S/N lambeu os lábios, sentindo o corpo esquentar ainda mais. Ele segurou o membro com uma mão, começando a lamber devagar a ponta antes de abocanhá-lo, arrancando um gemido grave de Namjoon.
— Isso… assim, S/N… tão bom… — Namjoon arfava, jogando a cabeça para trás enquanto os dedos deslizavam pelos fios de cabelo de S/N, incentivando os movimentos dele.
Enquanto isso, Jin se ajoelhou atrás de S/N, segurando firme sua cintura e ajustando-o para que sua bunda ficasse bem alta, oferecendo a visão perfeita para ele. Jin deslizou as mãos pelas coxas de S/N, descendo as calças do mais novo lentamente, expondo sua entrada.
— Você fica tão bonito assim, S/N… tão perfeito pra gente… — Jin murmurou, inclinando-se para começar seu trabalho.
Sem hesitar, Jin passou a língua pela entrada sensível de S/N, provocando-o com movimentos circulares e lambidas longas. Ele segurava as coxas de S/N com firmeza, impedindo qualquer movimento, enquanto sua língua explorava cada centímetro com habilidade.
S/N, dividido entre o prazer que sentia na frente e atrás, soltou gemidos abafados ao redor do membro de Namjoon, o que arrancava novos sons roucos do namorado mais velho. Jin, percebendo a resposta de S/N, intensificou os movimentos, alternando entre lambidas e leves sucções enquanto murmurava elogios contra a pele sensível.
— Fica bem molhadinho pra gente, S/N… você merece ser mimado assim.
Namjoon, ofegante, abriu os olhos para observar a cena e não pôde evitar sorrir satisfeito. — Ele é tão perfeito, não é, hyung? — Namjoon disse entre suspiros. — Não consigo imaginar como conseguimos viver sem ele antes.
Jin sorriu contra a pele de S/N, dando uma última lambida antes de murmurar: — Agora ele é nosso… e nós nunca vamos deixar ele ir.
Enquanto S/N sugava o membro de Namjoon com uma habilidade que fazia o mais velho gemer alto e rouco, a sala parecia ser tomada por uma energia pulsante. Namjoon não conseguia conter os gemidos que escapavam, a visão de S/N de joelhos, sua boca molhada e os sons obscenos o levando à beira da loucura.
— Droga, S/N… Você é tão bom nisso… — Namjoon murmurou, os dedos se entrelaçando ainda mais firmemente nos cabelos de S/N, guiando seus movimentos.
Atrás de S/N, Jin continuava seu trabalho com uma precisão quase artística. Ele lambia a entrada sensível do mais novo de forma metódica, alternando entre movimentos lentos e lambidas rápidas que faziam o corpo de S/N tremer involuntariamente.
— Tão doce… Tão perfeito… — Jin sussurrou contra a pele de S/N, sua língua deslizando sem parar.
Quando Jin julgou que a entrada de S/N estava suficientemente molhada, ele ergueu um pouco mais os quadris dele, separando as nádegas suavemente. Ele trouxe seus dedos para o centro da atenção, deslizando um deles pela entrada escorregadia antes de pressionar delicadamente.
S/N arqueou as costas, gemendo em volta do membro de Namjoon ao sentir o dedo de Jin invadi-lo lentamente. A sensação o fazia estremecer, mas não o suficiente para fazê-lo parar de chupar Namjoon com ainda mais empenho.
— Isso… fica bem aberto pra mim, S/N… Quero te deixar pronto para o que vem depois — Jin murmurou, enquanto movia o dedo com delicadeza, esticando a entrada do namorado.
Namjoon observava a cena com olhos semicerrados, o prazer nublando sua mente. Ele mordeu o lábio, sentindo o calor subir ainda mais ao ouvir o som molhado vindo de Jin e os gemidos abafados de S/N.
— Hyung… você está sendo tão bom com ele… — Namjoon disse entre arfadas.
Jin, sem perder o ritmo, introduziu um segundo dedo, começando a trabalhar a entrada de S/N com movimentos precisos e habilidosos. Ele sorria de forma travessa, claramente aproveitando o efeito que causava nos dois.
— Claro que sim. Nosso S/N merece o melhor… E eu sempre faço questão de mimá-lo.
Jin, com sua habilidade experiente, mantinha seus dedos trabalhando habilmente na entrada de S/N, alargando-o com cuidado e precisão. Cada movimento parecia calculado para arrancar os sons mais doces e necessitados de seus lábios.
S/N, mesmo concentrado em chupar Namjoon, não conseguia segurar os gemidos que escapavam entre cada movimento de sua boca. Ele arfava contra o membro de Namjoon, enviando vibrações deliciosas que faziam o mais velho jogar a cabeça para trás e gemer alto.
— Ah… S/N, isso… engole tudo… Não para… — Namjoon ofegou, as mãos apertando os lençóis no sofá com força, tentando não perder o controle.
Jin, por outro lado, estava encantado com a visão de S/N tão entregue. Ele adicionou mais um dedo, deslizando-os com habilidade enquanto o preparava, mexendo e esticando a entrada de forma a fazê-lo gemer ainda mais alto.
— Que som bonito… Você fica tão sensível assim, não é, amor? — Jin provocou, curvando os dedos dentro de S/N para encontrar aquele ponto especial que o fazia ver estrelas.
S/N quase perdeu o ritmo ao redor de Namjoon, um gemido choroso escapando de seus lábios. Ele tremeu, o corpo respondendo automaticamente ao estímulo de Jin, que apenas sorriu satisfeito, sabendo exatamente o que estava fazendo.
— Isso… bem molhadinho, bebê. — Jin murmurou, movendo os dedos com mais intensidade, arrancando gemidos ainda mais desesperados de S/N.
Namjoon olhou para baixo, seus olhos escurecendo ainda mais ao ver a expressão de puro prazer no rosto de S/N, os gemidos abafados pelo membro que ele ainda sugava com dedicação.
— Hyung… acho que ele já está pronto. Não queremos fazer ele esperar demais, não é? — Namjoon murmurou, a voz rouca de desejo.
Jin riu suavemente, retirando os dedos devagar, o que fez S/N gemer em frustração. Ele deu um tapinha leve na bunda de S/N, ainda sorrindo travesso.
— Sim, Joonie, vou colocar…
Jin segurava firmemente a cintura de S/N enquanto alinhava seu membro à entrada já preparada e escorregadia. Ele empurrava lentamente, sentindo a resistência quente e apertada de S/N o envolver.
— Ah, S/N… Você sempre fica tão bem assim, levando meu pau… como se tivesse sido feito pra isso… — Jin sussurrou, a voz carregada de desejo e admiração, seus olhos fixos na visão de seu membro desaparecendo dentro daquelas curvas deliciosas.
S/N se arqueou em resposta, suas mãos tremendo enquanto se apoiava nas coxas de Namjoon. Ele gemia baixinho, os sons sendo abafados pelo calor crescente em seu corpo. Namjoon assistia tudo com olhos escuros de desejo, suas mãos deslizando pelos cabelos de S/N.
Sentindo o calor e o aperto de S/N, Jin começou a mover-se devagar, cada impulso arrancando suspiros mais altos do garoto. Ele segurava os quadris de S/N com firmeza, inclinando-se para beijar as costas dele enquanto se deliciava com a visão de cada movimento.
Namjoon, por sua vez, sentiu S/N morder de leve sua coxa, o que o fez soltar um gemido surpreso. Ele olhou para baixo e não conseguiu conter um sorriso travesso ao ver os olhos de S/N cheios de necessidade.
— Parece que você está bem ocupado, mas não quer esquecer de mim, não é? — Namjoon provocou, segurando a base de seu membro com firmeza.
Ele começou a bater levemente com o membro na bochecha de S/N, esfregando toda a extensão pelo rosto dele, deixando uma trilha úmida e obscena.
S/N virou a cabeça levemente, lambendo a ponta do membro de Namjoon com um olhar lascivo antes de abocanhá-lo novamente, sugando com dedicação. Ao mesmo tempo, Jin intensificava os movimentos, segurando S/N pelos quadris e guiando-o em uma dança de prazer que deixava o ambiente quente e cheio de suspiros e gemidos.
— Vocês dois… são minha perdição — Jin arfou, aumentando o ritmo e sentindo seu corpo esquentar ainda mais com os sons e reações deliciosas de S/N e Namjoon.
Jin segurava a cintura de S/N com mais firmeza, empurrando-se fundo dentro dele sem pausa, como se quisesse marcar cada centímetro do garoto para si.
— Olha pra ele Joon, porra… Eu amo tanto vocês… — Jin murmurava entre gemidos, sua voz grave e cheia de desejo, enquanto observava S/N inclinar a cabeça e continuar chupando Namjoon com dedicação.
Namjoon, por sua vez, estava completamente perdido na sensação da boca quente e úmida de S/N. Ele deslizou as mãos pelos cabelos do garoto, segurando-o no lugar enquanto S/N acomodava todo o comprimento dele na boca, os gemidos baixos escapando dos lábios de Namjoon conforme sentia cada movimento da língua de S/N.
— Isso mesmo, bom garoto… você está indo tão bem… — Namjoon elogiava, a voz arrastada e rouca, suas coxas tremendo levemente com o prazer.
Jin ajustou seus movimentos dentro de S/N, acertando a próstata dele com precisão a cada estocada. O garoto, já completamente sensível, deixou seu corpo se arquear ainda mais, gemidos desesperados escapando entre um suspiro e outro enquanto o prazer crescia, seus olhos brilhando de lágrimas de prazer enquanto era completamente consumido pelos dois.
S/N arfou alto quando Jin finalmente atingiu seu limite, suas últimas estocadas rápidas e precisas o fizeram gemer descontroladamente. Jin segurou sua cintura com força, empurrando-se fundo uma última vez enquanto seu calor preenchia S/N, arrancando gemidos longos e intensos do garoto.
Quando Jin se retirou, S/N caiu sobre o peito de Namjoon, respirando pesado e trêmulo, o corpo sensível e os olhos ainda marejados de prazer. Mas Namjoon não estava disposto a dar uma pausa para ele. Ele segurou S/N pelo quadril e o posicionou sobre seu colo.
— Amor, senta pra mim. Deixa eu cuidar de você agora… — Namjoon murmurou com a voz rouca, seus dedos firmes guiando S/N.
S/N protestou baixinho, o corpo ainda sensível e latejando após Jin.
— Namjoon, eu… não sei se aguento… — Ele choramingou, mas os olhos de Namjoon estavam cheios de desejo e carinho, como se prometessem que ele cuidaria de tudo.
— Você consegue, meu bom garoto. Me deixa orgulhoso, S/N. — Namjoon incentivou, segurando a base de seu próprio membro e guiando S/N lentamente.
S/N apertou os lábios, seu corpo estremecendo enquanto o comprimento de Namjoon deslizava para dentro dele, esticando-o ainda mais. Ele arqueou as costas e mordeu os lábios para abafar um gemido, seus olhos revirando quando Namjoon finalmente o preencheu por completo.
— Meu Deus, você é tão… apertado… porra… — Namjoon suspirou, segurando os quadris de S/N para ajudar nos movimentos enquanto o garoto se ajustava.
Jin, observando a cena, não resistiu e se aproximou. Ele segurou o rosto de Namjoon e o puxou para um beijo profundo, suas mãos passeando pelo peito e barriga de S/N. Jin desceu lentamente até os mamilos sensíveis de S/N, rolando-os entre os dedos e arrancando gemidos altos dele.
Namjoon começou a mover seus quadris contra S/N, guiando os movimentos dele enquanto sua outra mão deslizava para o membro de S/N, começando a acariciá-lo com firmeza.
S/N gemeu baixinho, seu corpo tremendo e sua respiração ofegante enquanto alcançava o ápice, seu prazer explodindo de maneira quase avassaladora. Ele sentiu seu próprio calor derramar-se entre seu corpo e a barriga de Namjoon, sujando as mãos dele no processo. Um gemido arrastado escapou de seus lábios, seus olhos semicerrados enquanto sua cabeça caía para trás, completamente rendido.
Namjoon, sentindo o aperto intenso ao redor de si, também não conseguiu resistir. Ele segurou os quadris de S/N com firmeza, enterrando-se fundo uma última vez enquanto liberava tudo dentro dele, sua respiração entrecortada por gemidos baixos e roucos. Ele apertou S/N contra si, seus corpos tremendo juntos enquanto sentia sua essência se misturar com a de Jin.
Jin, observando os dois, sorriu com carinho e satisfação. Ele estava sentado ao lado deles, seu olhar percorrendo os dois com um misto de orgulho e amor. — Vocês dois são perfeitos… — murmurou, sua voz suave enquanto acariciava os cabelos bagunçados de S/N e traçava círculos preguiçosos na pele de Namjoon.
Depois de algum tempo, os três se ajudaram a se limpar rapidamente, trocando risadas suaves e toques gentis. Quando finalmente estavam prontos, eles se aconchegaram juntos no sofá grande da sala. Jin se posicionou de um lado, Namjoon do outro, enquanto S/N ficou no meio, seus corpos entrelaçados de maneira protetora e reconfortante.
Entre sussurros de palavras doces e juras de amor, o cansaço venceu. O som de suas respirações tranquilas preencheu a sala, e os três adormeceram juntos, envoltos em calor e afeto, perfeitamente completos nos braços um do outro.
Na manhã seguinte, S/N despertou lentamente, sentindo o calor aconchegante dos corpos de Jin e Namjoon ao seu lado. Ele sorriu ao perceber como estava completamente envolto pelos dois, seus namorados, suas fontes de felicidade. O amor que sentia por aqueles dois parecia crescer a cada dia, mesmo com todas as brincadeiras, provocações e a dinâmica caótica que tinham juntos.
Ao virar a cabeça para o relógio, S/N notou que faltava apenas uma hora para Namjoon sair para o trabalho. Ele suspirou e começou a acordá-lo gentilmente, acariciando o rosto dele e murmurando:
— Joonie, hora de acordar… você não quer se atrasar.
Namjoon resmungou algo incompreensível antes de abrir os olhos lentamente, piscando para ajustar a visão. Jin, que estava do outro lado, também foi despertado pelo movimento. Ele bocejou e olhou para Namjoon, dizendo com um sorriso sonolento:
— Vai lá, amor… se arruma. A gente se cuida por aqui.
Jin puxou S/N mais para perto, envolvendo-o em um abraço apertado, enquanto Namjoon se sentava no sofá, ainda meio grogue. Antes de sair, ele se inclinou para beijar Jin e depois S/N, demorando um pouco mais com o segundo beijo, murmurando:
— Amo vocês dois.
— Nós também te amamos, Joonie. Tenha um bom dia no trabalho — respondeu S/N com um sorriso preguiçoso, enquanto Jin acenava com a mão antes de puxá-lo novamente para o sofá.
— Agora é nossa vez de aproveitar mais umas horinhas de descanso — Jin disse com um tom satisfeito, enterrando o rosto no pescoço de S/N.
Namjoon deu um último olhar carinhoso para os dois antes de sair do quarto para se arrumar, já sentindo saudades, mas com o coração cheio por saber que voltaria para eles no final do dia.
CENA BÔNUS
O cenário estava montado, e S/N estava completamente à mercê dos dois namorados. Tudo começou quando Jin, ardendo de ciúmes, viu S/N rindo e tocando casualmente no braço de um colega de trabalho na saída da clínica. Ele ficou em silêncio no caminho para casa, mas o olhar fulminante e a energia carregada denunciavam seu estado de espírito.
Assim que chegaram, Jin relatou tudo a Namjoon, ainda irritado, gesticulando enquanto descrevia como S/N parecia “próximo demais” daquele colega. Namjoon, apesar de menos ciumento, percebeu a tensão no namorado e, mesmo sem dar tanta importância ao evento, viu uma oportunidade para "reafirmar o domínio" deles de uma forma que S/N nunca iria esquecer.
Agora, S/N estava deitado entre os dois, ofegante, com os corpos quentes de Jin e Namjoon pressionados contra ele. Jin o segurava pela cintura, mantendo-o firme enquanto o penetrava profundamente, seus movimentos repletos de urgência e paixão. S/N se apoiava no peito dele, gemendo entrecortadamente, seus dedos agarrando os lençóis.
Atrás dele, Namjoon estava igualmente envolvido, entrando devagar e firme, sincronizando seus movimentos com os de Jin, como se os dois tivessem ensaiado aquilo. Namjoon segurava os quadris de S/N com força, seus dentes roçando a orelha dele enquanto murmurava com voz rouca:
— Você é nosso, só nosso, S/N… ninguém mais vai te tocar desse jeito.
Jin, por sua vez, erguia o rosto de S/N com uma mão, forçando-o a olhar em seus olhos enquanto sorria satisfeito:
— Diga pra gente, amor… diga que ninguém mais faz você se sentir assim.
S/N só conseguia gemer em resposta, o corpo sobrecarregado pelo prazer intenso. Cada estocada os fazia se mover em perfeita harmonia, os dois trabalhando juntos para arrancar todos os sons doces de S/N, que se entregava completamente.
A combinação de palavras, toques e os olhares possessivos de Jin e Namjoon só fazia S/N se sentir ainda mais deles, como se não houvesse espaço para mais ninguém em sua vida. O calor crescente entre os três era a prova do vínculo inquebrável que compartilhavam, e enquanto Jin e Namjoon continuavam com seus ritmos, S/N sabia que estava exatamente onde deveria estar.
CENA BÔNUS DOIS
S/N estava enfiado em uma pilha de cobertores no sofá, com o nariz levemente vermelho e os olhos meio fechados pela febre. Apesar de se sentir fraco, ele protestava contra toda a atenção excessiva de Jin e Namjoon, mas seus esforços eram inúteis. Jin, que parecia mais preocupado do que o necessário, não saia de perto nem por um segundo. Ele ajustava os travesseiros, verificava a temperatura de S/N com a palma da mão e insistia que ele tomasse goles de chá de tempos em tempos.
Namjoon, por outro lado, observava de longe, organizando remédios e separando o cronograma para garantir que tudo estivesse sob controle. Contudo, seu olhar não conseguia desviar de S/N, que, mesmo doente, parecia irresistivelmente adorável. As bochechas naturalmente rosadas pela febre o deixavam mais fofo do que o normal, e Namjoon se pegou pensando em como seria foder um S/N febril, e deixou escapar algo que deveria ter mantido apenas na cabeça:
— Será que lá dentro do cuzinho dele tá mais quentinho quando ele tá com febre?
Houve um silêncio constrangedor, seguido por S/N e Jin virando os rostos para encará-lo ao mesmo tempo. Jin arregalou os olhos, claramente chocado, antes de dar um leve tapa no ombro de Namjoon.
— Você não tem vergonha, Namjoon?! Ele tá doente, pelo amor de Deus!
S/N, por outro lado, começou a rir baixinho, o som levemente rouco pela febre, mas ainda tão doce quanto sempre.
— Namjoon, você é mesmo um pervertido…
O comentário deixou Namjoon embaraçado, coçando a nuca enquanto desviava o olhar. Jin, embora ainda aborrecido, acabou sorrindo diante da reação de S/N.
— Está vendo? Você tá fazendo ele rir enquanto deveria estar descansando, seu idiota — Jin disse, tentando manter o tom sério, mas falhando miseravelmente.
— Pelo menos consegui distrair ele um pouco, né? — Namjoon respondeu com um sorrisinho atrevido, se aproximando para ajeitar os cobertores ao redor de S/N.
S/N apenas balançou a cabeça, se acomodando mais fundo nos travesseiros enquanto ainda sorria, pensando que, apesar das brincadeiras e do ciúme bobo entre os dois, ele não poderia ter escolhido namorados melhores para cuidar dele.
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Imagine Mingyu

O palco estava tomado por uma energia vibrante. Depois da apresentação conjunta, os idols ainda não haviam descido completamente da euforia. Diversos grupos se misturavam, interagindo e trocando sorrisos, enquanto os flashes das câmeras capturavam momentos espontâneos. A internet, sem dúvida, já estava fervilhando com vídeos e fotos daquele encontro raro.
S/N, em um canto, estava próximo aos membros do Stray Kids, rindo enquanto Hyunjin fazia gestos exagerados, imitando um movimento de dança que deu errado no palco.
— Eu só tentei criar um momento icônico, tá bom? — Hyunjin disse, segurando o riso. — Não é culpa minha se você estava na trajetória, S/N.
— "Trajetória"? Isso é um jeito bonito de dizer que quase me atropelou — S/N respondeu, balançando a cabeça com um sorriso.
Felix, ao lado, apontou para Hyunjin com uma expressão teatral de indignação.
— Claro, Hyunjin, como se você fosse o centro do palco o tempo todo.
— Não finja que não é verdade! — Hyunjin rebateu, piscando para Felix, o que arrancou mais risadas do grupo.
Enquanto isso, Sunghoon e Jungwon, do Enhypen, se aproximaram, atraídos pela conversa animada. Sunghoon, com uma garrafa de água na mão, olhou diretamente para S/N.
— O que está rolando aqui? Parece divertido — ele comentou, com um sorriso que mostrava interesse genuíno.
— Estamos descobrindo que o Hyunjin tem talento pra atropelar pessoas no palco — S/N explicou, apontando para Hyunjin, que agora colocava as mãos na cintura, fingindo indignação.
Jungwon franziu o rosto, como se estivesse processando a informação.
— Isso explica por que ele quase me acertou na última música — ele comentou, com um ar de falsa seriedade.
— Ei! Vocês estão fazendo eu parecer o vilão aqui! — Hyunjin protestou, cruzando os braços. — Não vou aceitar calado!
— Fica tranquilo, Hyunjin, sua reputação de ícone está intacta — S/N disse, com um sorriso provocativo.
— Exatamente. Você só precisa ter cuidado com sua "trajetória" da próxima vez — Sunghoon acrescentou, acompanhando o tom.
A conversa continuava leve e animada, enquanto outros idols se aproximavam aos poucos. Era o tipo de interação que não se via com frequência, e a mistura de grupos só tornava tudo ainda mais interessante.
O momento de euforia coletiva começava a se acalmar. Um a um, os idols recuavam para fora do palco, acenando calorosamente, jogando beijos e fazendo reverências de despedida para os fãs que ainda gritavam com entusiasmo. S/N agora estava ao lado de Sunoo, ambos rindo alto de uma piada que Sunoo havia feito sobre Ni-ki, que estava alguns passos à frente, alheio ao motivo da risada.
— Você está exagerando, Sunoo! Ele nem é tão desastrado assim! — S/N disse, segurando a barriga de tanto rir.
— Não é? Da próxima vez, eu gravo! — Sunoo respondeu entre gargalhadas.
A distração foi o suficiente para que S/N não percebesse o fio mal posicionado próximo à borda do palco. O tropeço foi inevitável. Em questão de segundos, ele perdeu o equilíbrio, sentindo o vazio ameaçar sob seus pés. A adrenalina disparou, e um grito de surpresa quase escapou, mas não houve tempo para isso.
Braços fortes o envolveram rapidamente, puxando-o para trás com firmeza. O impacto o fez colidir contra um peito sólido, quente, e o cheiro amadeirado de um perfume familiar preencheu seus sentidos. Ofegante, S/N levantou os olhos, encontrando-se a poucos centímetros do rosto de Mingyu.
Os dois ficaram imóveis por um instante que pareceu uma eternidade. O palco e o som dos aplausos ao fundo desapareceram, deixando apenas a tensão entre eles. S/N sentia o coração disparar como se quisesse escapar do peito. Mingyu o segurava pela cintura com firmeza, os olhos castanhos tão intensos que S/N não conseguiu desviar o olhar.
— Você está bem? — Mingyu perguntou, a voz baixa, mas carregada de preocupação.
— E-eu... sim. Obrigado — S/N respondeu, a voz quase um sussurro.
Mingyu ainda não havia afrouxado o aperto, e o sorriso que se formou no canto dos lábios dele foi ao mesmo tempo reconfortante e enervante para S/N. Era como se o mundo tivesse parado para eles, e tudo ao redor não passasse de um borrão distante.
Sunoo, que havia testemunhado a cena, soltou um pigarro alto, quebrando o momento.
— Uau, S/N, que maneira dramática de chamar atenção — ele provocou.
S/N piscou rapidamente, como se voltasse à realidade, e tentou se afastar, embora Mingyu demorasse um segundo a mais para soltá-lo.
— É, bem... Eu não fiz isso de propósito — S/N respondeu, tentando disfarçar o rosto quente.
Mingyu deu um passo para trás, mas seus olhos permaneceram fixos nos de S/N por mais alguns segundos antes de finalmente se virar. O momento havia terminado, mas o coração de S/N ainda parecia correr uma maratona.
S/N suspirou enquanto se acomodava contra a porta da van, o rosto ligeiramente inclinado para o lado, os olhos perdidos em pensamentos. O estacionamento estava silencioso, quebrado apenas pelos sons ocasionais de passos apressados ou vozes distantes. Ele estava distraído, revivendo a cena no palco. O toque firme de Mingyu em sua cintura, o olhar intenso, o calor que ainda parecia pairar sobre sua pele.
— Que droga... — murmurou para si mesmo, passando a mão pelo rosto. — Ele nem é tão especial assim.
Mas a verdade é que, em questão de segundos, Mingyu havia deixado seu coração em um estado que nem S/N sabia explicar. Era como se ele tivesse sido transportado para um daqueles clichês de colegial, onde o protagonista se apaixonava perdidamente pelo capitão do time de futebol no primeiro encontro. Ele riu, balançando a cabeça.
— Ridículo — disse a si mesmo, mas a lembrança insistente do sorriso de Mingyu fazia suas palavras soarem pouco convincentes.
Como se atraído pelos próprios pensamentos, ele ouviu passos firmes se aproximando. Seu coração, ainda sensível, começou a bater mais rápido, uma ansiedade familiar surgindo em seu peito. S/N olhou para o reflexo na janela escura da van, e sua respiração ficou presa por um momento.
Uma figura alta e reconhecível caminhava em sua direção, iluminada pelas luzes fracas do estacionamento. O rosto era inconfundível: Mingyu.
S/N se endireitou automaticamente, o coração agora martelando de verdade. O que ele estava fazendo ali? Não era como se eles fossem próximos o suficiente para que Mingyu tivesse um motivo para procurá-lo. Ainda assim, ali estava ele, as mãos nos bolsos, caminhando com uma confiança descontraída que fazia S/N sentir o rosto esquentar.
Quando Mingyu chegou mais perto, ele parou ao lado da van, abaixando-se levemente para ficar na altura de S/N. Um sorriso leve brincava nos lábios dele.
— Achei que ainda estivesse aqui — disse, a voz baixa e cheia de calma, como se eles já tivessem tido mil conversas antes.
S/N piscou, tentando organizar os pensamentos bagunçados.
— E-eu... meu manager foi pegar algo no camarim. Ele pediu pra eu esperar aqui — respondeu, torcendo para que sua voz não parecesse tão nervosa quanto ele se sentia.
Mingyu inclinou a cabeça levemente, ainda com aquele sorriso fácil.
— Eu vi você saindo, mas não tive a chance de falar antes. Está tudo bem? Não se machucou? — Ele se referia claramente ao quase acidente no palco.
S/N ficou em silêncio por um momento, surpreso com a preocupação na voz dele.
— Ah... não, eu estou bem. Você me salvou a tempo — respondeu, um sorriso pequeno escapando sem que ele percebesse.
— Ainda bem. Não queria ser o culpado por algo no seu primeiro dia de desmaio teatral — Mingyu brincou, piscando para ele, o que fez S/N soltar uma risada fraca.
— Pelo menos teria sido um jeito memorável de encerrar a noite — ele devolveu, tentando parecer mais à vontade do que realmente estava.
O silêncio que se seguiu não foi desconfortável, mas carregado de uma tensão sutil que ambos podiam sentir. Mingyu se endireitou, tirando as mãos dos bolsos.
— Bom, fico feliz que esteja bem. Mas, da próxima vez, tenta não tropeçar — ele disse, o tom brincalhão.
— Vou tentar, mas você ainda vai me salvar, certo? — S/N respondeu sem pensar, mordendo o lábio logo depois, percebendo o que havia dito.
Mingyu riu, o som profundo e genuíno.
— Sempre — respondeu antes de dar um leve aceno e se afastar, deixando S/N encarando as costas dele enquanto desaparecia no estacionamento.
S/N suspirou, encostando a cabeça na van novamente. O que exatamente estava acontecendo com ele naquela noite?
S/N estava sentado na cama do hotel, os cabelos ainda úmidos do banho quente que ele havia tomado. Vestindo roupas confortáveis e enrolado no cobertor, ele olhava para a tela do celular, analisando o cronograma do dia seguinte. A agenda estava lotada: gravações, sessões de fotos e até um desfile para uma marca famosa à noite.
— Isso vai ser uma loucura... — murmurou para si mesmo, suspirando enquanto passava os dedos pelos cabelos.
Mas sua atenção se desviou quando o celular vibrou em suas mãos. Uma mensagem de um número desconhecido havia chegado. Ele franziu a testa, hesitando antes de abrir.
Mensagem: "Oi, espero que não se assuste com um número desconhecido."
S/N leu e releu, um pouco desconfiado. Quem poderia ser? A ideia de ser algum fã que conseguiu seu número o deixou levemente apreensivo.
Mensagem: "Sou eu, Mingyu. Peguei seu número com o Sunoo. Tudo bem?"
O coração de S/N quase parou. Ele piscou algumas vezes, como se não acreditasse no que estava lendo. Mingyu...? Por que ele estaria mandando mensagem? E como assim ele tinha pedido seu número ao Sunoo?
S/N mordeu o lábio e após alguns segundos encarando a tela, ele finalmente respondeu:
Mensagem de S/N: "Ah, oi. Não esperava uma mensagem sua. Tudo bem sim, e você?"
Quase imediatamente, a resposta chegou.
Mensagem de Mingyu: "Que bom. Eu só queria ter certeza de que você chegou bem. Hoje foi um dia longo."
S/N sorriu involuntariamente. Ele não sabia exatamente o que pensar sobre Mingyu estar preocupado com ele, mas não podia negar que havia algo reconfortante na atitude dele.
Mensagem de S/N: "Cheguei bem, sim. Obrigado por perguntar. E você? Já está descansando?"
A resposta veio com a mesma rapidez, como se Mingyu estivesse esperando por isso.
Mensagem de Mingyu: "Estou no meu quarto já, mas descansando é um termo forte. Eu só queria te dizer que foi bom te ver hoje, mesmo que por acidente."
S/N sentiu o rosto esquentar. Ele riu baixinho, colocando a mão na testa. Como Mingyu conseguia deixá-lo tão sem palavras com mensagens simples?
Mensagem de S/N: "Foi bom te ver também. Mas, convenhamos, você salvou meu dia, literalmente."
Dessa vez, a resposta demorou um pouco mais. Quando chegou, foi direta e fez o coração de S/N disparar ainda mais.
Mensagem de Mingyu: "Então acho que vou ter que cuidar pra você não tropeçar de novo. Ou vou precisar de uma desculpa nova pra te ver de novo."
S/N encarava a tela do celular como se ela tivesse acabado de se transformar em uma bomba prestes a explodir. A mensagem de Mingyu continuava lá, iluminando o quarto escuro.
Ele passou a mão pelo rosto, o coração martelando. Por que Mingyu tinha que ser tão... direto? Ele mordeu o lábio, tentando decidir o que responder, enquanto o celular vibrava de novo.
Mensagem de Mingyu: "Espero que não esteja achando isso estranho. Só achei você interessante. E queria conversar mais, se você não se importar."
"Interessante?" S/N murmurou para si mesmo, como se testasse a palavra na boca. Ele sabia que era um dos rostos mais populares no momento, mas ouvir isso de Mingyu, alguém tão charmoso e confiante, era algo completamente diferente.
Ele digitou uma resposta, apagou, digitou de novo. Finalmente, depois de um momento de hesitação, enviou:
Mensagem de S/N: "Não acho estranho... Só não esperava que você quisesse conversar comigo depois do que aconteceu hoje."
A resposta de Mingyu foi quase imediata, como se ele estivesse esperando ansiosamente.
Mensagem de Mingyu: "Por que não? Você parece uma boa pessoa, e além disso, eu não poderia ignorar o garoto que literalmente caiu nos meus braços. Destino, talvez?"
S/N soltou uma risada alta, jogando a cabeça para trás. Ele tinha que admitir que Mingyu sabia como provocar uma reação. Mesmo assim, tentou manter o tom leve na resposta.
Mensagem de S/N: "Destino ou azar de tropeçar no palco? Acho que prefiro a segunda opção."
Mensagem de Mingyu: "Azar pra você, sorte pra mim."
S/N arregalou os olhos, sentindo o calor subir pelo pescoço até o rosto. Ele não estava preparado para isso. Por mais que tentasse, não conseguia evitar o sorriso bobo que se formava em seus lábios. Depois de alguns segundos, digitou com os dedos ainda trêmulos:
Mensagem de S/N: "Você é sempre assim direto ou é só comigo?"
Dessa vez, houve uma pausa. Quando a resposta veio, foi tão simples quanto eficaz:
Mensagem de Mingyu: "É só com você."
S/N colocou o celular de lado, pressionando o rosto contra as mãos e quase gritando contra elas. Ele tentou se acalmar, mas o celular vibrou de novo. Relutante, ele pegou o aparelho e viu outra mensagem.
Mensagem de Mingyu: "Boa noite, S/N. Não vou te atrapalhar mais, mas espero que a gente se fale de novo. Quem sabe até se veja de novo... Sem tropeços, dessa vez."
S/N respirou fundo, digitando uma resposta rápida antes de desligar o celular e encará-lo como se fosse uma arma carregada.
Mensagem de S/N: "Boa noite, Mingyu. Até a próxima... e sem tropeços, eu prometo."
Ele jogou o celular na cama e caiu de costas, encarando o teto do quarto. O que diabos tinha acabado de acontecer? Ele estava em um flerte via mensagens com Kim Mingyu. E o pior de tudo era que ele não queria que isso terminasse.
A manhã seguinte começou antes mesmo do sol nascer para S/N. O som insistente do despertador ecoava pelo quarto, e ele, ainda com os olhos fechados, tateou até silenciá-lo. Ele mal havia dormido, em parte pela agenda lotada, mas também porque os pensamentos sobre Mingyu haviam insistido em permanecer vivos em sua mente durante boa parte da noite.
Com um suspiro cansado, ele se levantou, se arrastando para o banheiro. O dia mal havia começado, e ele já sentia o peso da exaustão. Depois de um banho rápido e um café da manhã apressado enviado pelo serviço de quarto, S/N estava a caminho de seu primeiro compromisso do dia: uma gravação de um programa de variedades.
08h00 No estúdio, as luzes fortes e os rostos sorridentes não deixavam margem para pausas. Entre takes, entrevistas rápidas e brincadeiras no set, ele manteve sua expressão impecável e seu sorriso brilhante para as câmeras.
— S/N, pode refazer essa entrada? — pediu o diretor pela terceira vez. — Claro, sem problemas! — ele respondeu com a mesma energia de antes, apesar de sentir o cansaço começando a pesar em seus ombros.
11h30 Do estúdio, S/N foi direto para uma sessão de fotos com uma famosa marca de roupas. O local era movimentado, cheio de fotógrafos, stylists e assistentes correndo de um lado para o outro. Ele trocou de roupa incontáveis vezes, cada uma mais apertada ou elaborada que a anterior.
— Mais um clique, S/N. Perfeito, segura esse olhar! — elogiava o fotógrafo enquanto S/N mantinha a pose.
Por dentro, ele só queria se jogar no sofá mais próximo e fechar os olhos por cinco minutos.
14h00 Após uma breve pausa para almoço — que consistiu em sanduíches e suco de caixinha no carro —, ele seguiu para uma entrevista ao vivo em uma rádio. Lá, as perguntas fluíram, e S/N fez o possível para se manter espirituoso, mesmo quando as perguntas começaram a tocar na interação da noite anterior.
— Então, S/N, vimos alguns vídeos de você no palco ontem. Parece que Mingyu foi o herói da noite, hein? — comentou o locutor com um sorriso malicioso.
— Ah, sim... Foi só um pequeno tropeço. Ele foi muito gentil. — S/N respondeu com um sorriso nervoso, desviando o olhar.
16h00 A tarde se transformou em uma corrida entre gravações, ensaios e reuniões rápidas com a equipe de planejamento. Seu telefone vibrava ocasionalmente no bolso, mas ele mal tinha tempo de checar as mensagens. Ele sabia que os fãs e amigos estavam enviando palavras de apoio, mas tudo parecia uma névoa enquanto ele seguia de um compromisso para o outro.
20h00 Chegando ao desfile noturno, S/N foi levado direto para a sala de maquiagem e preparação. O ambiente era frenético: modelos apressados, estilistas ajustando roupas de última hora e maquiadores finalizando detalhes.
— Você está incrível, S/N! — elogiou uma das estilistas enquanto ajeitava a gola de sua jaqueta.
Ele sorriu agradecido, mas por dentro já contava os minutos para o fim daquele dia interminável.
22h00 Quando o desfile finalmente acabou, S/N sentiu como se um peso tivesse sido tirado de suas costas. Ele ainda precisou posar para algumas fotos e agradecer aos organizadores, mas, ao finalmente entrar na van que o levaria de volta ao hotel, sentiu-se desmoronar no assento.
O celular vibrou em seu bolso, e, com um suspiro, ele o pegou para checar.
Mensagem de Mingyu: "Sobreviveu ao dia? Ou vai tropeçar no caminho para o quarto agora?"
S/N riu baixinho, sentindo o cansaço dar lugar a uma pequena chama de alívio.
Mensagem de S/N: "Por um milagre, sobrevivi. E você? Alguma missão de resgate hoje ou estou seguro?"
A resposta veio rápido, como sempre:
Mensagem de Mingyu: "Por enquanto, você está seguro. Mas se precisar, é só chamar."
S/N encarava o celular após enviar a mensagem, um misto de ousadia e arrependimento correndo em suas veias. Ele tinha digitado rápido, quase sem pensar:
Mensagem de S/N: "Bom, eu meio que preciso de você agora."
Assim que a mensagem foi entregue, ele se jogou para trás no banco da van, cobrindo o rosto com as mãos. "Que ideia idiota," ele pensou. Era claro que Mingyu ia levar isso como uma brincadeira, se é que responderia. Mas então o celular vibrou.
Mensagem de Mingyu: "É só me mandar o endereço. Vou tentar chegar o mais rápido possível."
S/N arregalou os olhos, sentindo o estômago dar um salto. Ele riu nervosamente, digitando uma resposta hesitante.
Mensagem de S/N: "Não precisa exagerar. Estou só brincando. 😂"
Mensagem de Mingyu: "Eu não estou."
Com o coração acelerado, S/N digitou o endereço do hotel e enviou. "Ele só está zoando," pensou. "Não tem como ele realmente vir até aqui." Mesmo assim, a ideia de Mingyu aparecer o deixou inquieto. Quando chegou ao hotel, tomou um banho rápido, tentando afastar os pensamentos que insistiam em pairar sobre Mingyu.
Vestindo roupas confortáveis, ele se jogou na cama, pronto para apagar, mas, no momento em que fechou os olhos, o telefone do quarto tocou. Ele demorou um segundo para atender, confuso.
— Alô?
— Senhor S/N? Temos um visitante aqui na recepção. Ele se identificou como Kim Mingyu. Podemos liberá-lo para subir? — perguntou a recepcionista, com um tom educado.
S/N congelou, sentindo o coração disparar. Mingyu veio mesmo.
— Ah... sim, claro. Pode liberá-lo. — Ele respondeu, tentando manter a calma na voz, mas por dentro estava em pânico.
Ele desligou, encarando o telefone por um segundo. "O que ele tá fazendo aqui? Ele não estava brincando?" Levantando-se às pressas, S/N olhou ao redor, verificando se o quarto estava minimamente apresentável. Não que ele tivesse tempo para grandes ajustes — a batida na porta veio antes que ele pudesse fazer qualquer coisa.
Caminhando até a porta com o coração na garganta, ele a abriu lentamente, e lá estava Mingyu, encostado no batente, usando um moletom simples e um sorriso que fazia o mundo parecer desacelerar.
— Eu disse que vinha, não disse? — Mingyu falou, cruzando os braços com um olhar divertido.
— Eu achei que você estava brincando! — S/N respondeu, a voz um pouco mais alta do que pretendia.
Mingyu deu uma risada baixa, balançando a cabeça.
— Eu não costumo brincar quando o assunto é você. Então, posso entrar?
S/N ficou sem reação por um momento antes de abrir mais a porta e dar espaço. Mingyu entrou, seu perfume suave e presença avassaladora preenchendo o quarto.
— Então... o que você precisava de mim? — Mingyu perguntou, virando-se para S/N com um olhar que misturava curiosidade e provocação.
S/N sentia as mãos suarem enquanto olhava para Mingyu parado à sua frente. Porra, ele realmente tinha vindo. E agora? As palavras pareciam travadas na garganta, e tudo o que ele fazia era encarar Mingyu, os olhos denunciando o quanto estava perdido na situação.
O silêncio se estendeu, mas Mingyu não parecia incomodado. Pelo contrário, ele sorria. Um sorriso calmo, quase divertido, como se achasse adorável o jeito nervoso de S/N.
— Você é tão fofo... — Mingyu murmurou, a voz baixa e rouca, enquanto dava um passo à frente.
S/N arregalou os olhos ao sentir a presença dele se aproximar, o coração disparado como se estivesse prestes a explodir. Mingyu era mais alto, e agora pairava sobre ele, o olhar intenso fazendo cada nervo do corpo de S/N entrar em alerta.
— F-fofo? — S/N conseguiu balbuciar, sentindo as bochechas queimarem.
— Fofo demais pra resistir... — Mingyu completou, o tom quase um sussurro.
Antes que S/N pudesse processar o que estava acontecendo, Mingyu inclinou-se, fechando a distância entre eles. Os lábios dele encontraram os de S/N em um beijo firme e quente, mas ao mesmo tempo gentil, como se quisesse testar as águas antes de se aprofundar.
S/N ficou imóvel por um segundo, o choque o congelando, mas então seus olhos se fecharam, e ele se entregou ao momento. A intensidade do beijo foi crescendo, as mãos de Mingyu se posicionando na cintura de S/N, segurando-o com firmeza, enquanto S/N sentia suas próprias mãos subirem automaticamente até os ombros largos de Mingyu.
Era surreal. Era como se o mundo ao redor tivesse desaparecido, deixando apenas os dois ali, conectados de uma maneira que S/N nunca imaginou que poderia acontecer.
Quando finalmente se separaram, ambos estavam ofegantes, e S/N encarava Mingyu, os lábios ligeiramente entreabertos.
— Você... me beijou. — Ele disse, ainda processando o que tinha acabado de acontecer.
— E eu faria de novo, se você deixar. — Mingyu respondeu, o olhar brilhando de algo entre desejo e ternura.
Mingyu mal teve tempo de processar o olhar determinado que S/N lançou antes de sentir as mãos dele agarrando sua camiseta. Com um movimento rápido e decidido, S/N o puxou para mais perto, colando seus lábios nos de Mingyu novamente.
O impacto foi diferente desta vez. Não havia hesitação ou timidez; era puro atrevimento, algo que Mingyu claramente não esperava. Ele ficou surpreso por um segundo, os olhos arregalando ligeiramente, mas logo se deixou levar, um sorriso surgindo entre o beijo enquanto respondia com ainda mais intensidade.
As mãos grandes de Mingyu deslizaram pela cintura de S/N, apertando-o contra si, enquanto ele aprofundava o beijo, dessa vez com mais paixão. O calor entre eles era palpável, como se o ar ao redor tivesse ficado mais denso. Mingyu podia sentir o coração de S/N disparado através do tecido fino da camiseta, e isso só o provocava ainda mais.
— Você é mesmo ousado, hein? — Mingyu murmurou contra os lábios de S/N quando finalmente se separaram por um instante para respirar. O sorriso em seu rosto era malicioso, mas os olhos brilhavam de admiração e diversão.
— E você não é? — S/N respondeu de imediato, surpreendendo até a si mesmo com o tom desafiador.
Mingyu riu, uma risada baixa e rouca que fez o estômago de S/N revirar. Ele não respondeu com palavras; em vez disso, deslizou os dedos pelo rosto de S/N, segurando seu queixo delicadamente antes de puxá-lo para outro beijo, dessa vez mais lento, mais provocador, como se quisesse mostrar que ele também sabia ser ousado.
A tensão entre eles crescia a cada segundo, e o quarto parecia pequeno demais para conter a eletricidade no ar. Mingyu afastou os lábios por um instante, apenas o suficiente para encarar S/N com aquele olhar intenso que fazia as pernas dele ficarem bambas.
— Se você continuar assim, eu não vou mais querer ir embora. — Mingyu avisou, a voz carregada de diversão, mas também de algo mais sério, como se estivesse testando os limites de S/N.
— Então não vá. — S/N respondeu, o rosto quente, mas sem desviar o olhar, sua ousadia inesperada claramente afetando Mingyu mais do que ele imaginava.
S/N despertou lentamente, os olhos piscando contra a luz suave que filtrava pelas cortinas do quarto. Ele sentiu o peso confortável de um braço sobre sua cintura e percebeu que seu corpo estava completamente enredado ao de Mingyu. Por um momento, ele pensou que estava sonhando, mas a realidade rapidamente tomou conta quando ele virou a cabeça e viu o rosto sereno de Mingyu, os cabelos levemente bagunçados, os lábios relaxados em um leve sorriso enquanto dormia.
"Porra..." S/N pensou, a ficha finalmente caindo. Ele tinha conhecido Mingyu há o quê? Dois dias? E já tinham ido para a cama. Uma risada nervosa escapou de seus lábios. Se contasse isso para alguém, com certeza diriam que ele estava maluco. Mas, ao mesmo tempo, a lembrança da noite anterior o fazia sentir arrepios.
Ele tentou se mover com cuidado, mas o braço firme de Mingyu o puxou de volta, apertando-o contra o peito largo e quente. S/N sentiu o rosto queimar ao perceber como Mingyu parecia confortável e seguro mesmo dormindo. E, droga, era impossível não notar como a figura nua e imponente dele parecia uma obra de arte, mesmo naquela vulnerabilidade do sono.
"Como alguém pode ser tão desgraçadamente bonito?" S/N pensou, mordendo o lábio para não rir alto. Era como se cada detalhe dele — desde os ombros largos até as linhas suaves do rosto — tivesse sido esculpido para ser uma tentação constante.
S/N tentou desviar o olhar, mas era impossível. Seu coração acelerava só de pensar no que tinham compartilhado, em como Mingyu o tinha feito se sentir na noite passada. Não era só físico; havia algo na maneira como Mingyu o olhava, como tocava, que fazia S/N se sentir desejado, como se ele fosse especial.
Mas agora, na luz do dia, as dúvidas começavam a surgir. "O que acontece a partir daqui?" ele se perguntou. Não sabia se Mingyu esperava algo mais, ou se tudo isso era apenas um momento passageiro.
Como se sentisse que estava sendo observado, Mingyu murmurou algo baixinho antes de abrir os olhos lentamente. Ele piscou algumas vezes, ajustando-se à claridade, antes de soltar um sorriso preguiçoso ao ver S/N tão perto.
— Bom dia... — Mingyu disse, a voz rouca de sono, o sorriso ampliando-se enquanto seus dedos traçavam círculos preguiçosos na cintura de S/N.
S/N tentou disfarçar a própria timidez, mas falhou miseravelmente, desviando o olhar.
— Bom dia... — respondeu, a voz baixa.
Mingyu riu, inclinando-se para deixar um beijo suave no cabelo de S/N.
— Algum arrependimento? — ele perguntou, a voz carregando uma nota de curiosidade genuína, mas também de preocupação.
S/N olhou para ele, vendo a sinceridade nos olhos escuros de Mingyu, e balançou a cabeça.
— Não... nenhum.
E naquele momento, ele sabia que, mesmo que a situação fosse confusa, estar nos braços de Mingyu parecia certo.
A relação entre S/N e Mingyu se desenvolveu de forma tão natural quanto inesperada. Depois daquela primeira noite, eles começaram a se encontrar sempre que as agendas lotadas permitiam, mas de forma discreta. Afinal, ambos sabiam o peso de suas carreiras e o impacto que um relacionamento público poderia causar. No entanto, isso não impedia Mingyu de ser descaradamente provocador sempre que tinham a chance de interagir em eventos.
— Você fica tão lindo sob essas luzes, S/N... Mas prefiro como você fica sem nada. — Mingyu sussurrava com um sorriso malicioso enquanto passava por S/N no corredor de uma premiação, próximo o suficiente para que só ele ouvisse.
S/N, tentando manter a compostura, o encarava com uma mistura de repreensão e nervosismo. Mas, por dentro, ele sabia que gostava daquela atenção. Especialmente porque, longe dos olhos curiosos, era ele quem provocava.
As trocas de mensagens entre os dois ficavam cada vez mais quentes. S/N, que inicialmente parecia mais tímido, revelou um lado ousado que Mingyu não imaginava. Fotos sugestivas, com pouca ou nenhuma roupa, chegavam ao celular de Mingyu em momentos estratégicos — especialmente quando ele estava longe e não podia fazer nada a respeito.
"Está com saudades?" S/N escrevia, acompanhando a mensagem com uma foto dele na cama, apenas parcialmente coberto pelo lençol, deixando à mostra o suficiente para enlouquecer Mingyu.
Mingyu não demorava a responder: "Saudades de arrancar esse lençol de você, isso sim. Vou aí resolver isso agora."
E ele realmente ia. Não importava o horário ou o cansaço, Mingyu aparecia no quarto de S/N, trancando a porta atrás de si e puxando-o para seus braços antes que ele pudesse dizer qualquer coisa.
As noites eram intensas. Mingyu fazia questão de tomar controle, conduzindo cada momento com uma mistura de paixão e domínio que fazia S/N perder completamente a cabeça. Os gemidos de S/N enchiam o quarto, seus dedos agarrando os lençóis ou os ombros de Mingyu enquanto ele entregava tudo de si.
— Você é tão safado, sabia? — Mingyu murmurava contra a pele de S/N, suas mãos deslizando possessivamente pela cintura dele.
S/N, ainda ofegante, sorria malicioso, puxando Mingyu para mais perto. — Só com você.
E assim, a dinâmica entre eles se fortalecia. Em público, eles eram colegas e amigos, sempre mantendo uma distância estratégica. Mas, nos bastidores, em quartos de hotel ou em mensagens trocadas durante a madrugada, eles eram apenas S/N e Mingyu, entregues um ao outro de todas as formas possíveis.
CENA BONUS UM
A confirmação do nível do relacionamento entre eles para S/N, veio de forma inesperada, e talvez um pouco mais intensa do que o planejado. Durante um programa de variedades, S/N, sempre carismático e despreocupado, acabou se sentando inocentemente no colo de Jackson enquanto todos brincavam e riam. A interação pareceu inofensiva para os outros, mas para Mingyu, que assistia do outro lado do palco, a cena foi como um gatilho. O sorriso dele permaneceu no rosto, mas seus olhos entregavam um misto de ciúmes e possessividade.
Quando a gravação terminou e eles voltaram ao hotel, Mingyu estava estranhamente silencioso. S/N notou isso imediatamente quando Mingyu entrou em seu quarto sem dizer uma palavra, fechando a porta com mais força do que o necessário.
— Mingyu? Está tudo bem? — S/N perguntou, a preocupação evidente na voz. Ele se aproximou, mas Mingyu apenas o encarou por alguns segundos antes de cruzar os braços.
— Você acha que aquilo foi normal? — Mingyu finalmente disse, sua voz perigosamente calma.
S/N piscou, confuso.
— Aquilo o quê?
— Você. Sentado no colo do Jackson como se fosse a coisa mais natural do mundo. — A voz de Mingyu agora estava mais firme, e ele deu um passo à frente, encurtando a distância entre eles. — Você acha que isso é apropriado quando você tem um namorado?
S/N arregalou os olhos, percebendo onde aquilo estava indo.
— Eu... Eu não pensei que fosse algo tão sério assim. Estávamos só brincando!
Mingyu balançou a cabeça, seu olhar fixo nos olhos de S/N.
— Você não pensou. Mas eu pensei. Porque você é meu, S/N. Só meu.
O ar parecia pesado no quarto, e antes que S/N pudesse responder, Mingyu o puxou para um beijo intenso, cheio de necessidade e uma possessividade que fez S/N estremecer.
Mingyu o empurrou suavemente até a cama, sua presença dominando completamente o espaço.
— Acho que você precisa de uma pequena lembrança de quem é seu namorado agora... e a quem você pertence.
— Namorado?
— Sim, S/N. Namorado. Com todas as letras.
A noite foi uma tempestade de emoções e sensações. Mingyu estava determinado a marcar seu território, a deixar claro para S/N que ele não era apenas um caso passageiro. Ele o fodeu com uma paixão feroz, repetindo em seu ouvido:
— Você é meu, S/N. Só meu. — Suas mãos seguravam a cintura de S/N com firmeza, estocando violentamente no calor apertado e reconfortante dele, enquanto o garoto se agarrava a ele, completamente absorto no prazer.
Quando S/N pensou que Mingyu tinha terminado, ele o surpreendeu, segurando-o pelo quadril e o colocando em posição para cavalgar.
— Sua vez agora. Mostre pra mim, S/N. Mostre que você é meu.
Os gemidos de S/N ecoaram pelo quarto, seus movimentos desajeitados no começo, mas logo guiados pelas mãos firmes de Mingyu, que não tirava os olhos dele por um segundo.
— Quem é seu namorado, S/N? — Mingyu perguntou, a voz baixa e rouca.
— Você... Só você, Mingyu! — S/N respondeu entre respirações ofegantes, completamente dominado pelo momento.
Naquela noite, qualquer dúvida que pudesse ter existido sobre o relacionamento deles foi dissipada. Mingyu tinha feito questão de deixar claro que, no coração e no corpo, S/N pertencia apenas a ele.
CENA BONUS DOIS
O dia começou como qualquer outro para S/N e Mingyu, com agendas lotadas e horários apertados. Ambos estavam trabalhando em uma parceria musical que, até então, deveria ser mantida em sigilo. As gravações no estúdio foram intensas, mas o momento em que estavam sozinhos nos bastidores foi o que capturou mais atenção — infelizmente, não apenas a deles.
No estacionamento do estúdio, longe das câmeras oficiais, mas não dos olhos atentos de um paparazzi, Mingyu não conseguiu conter o desejo de roubar um momento mais íntimo com S/N. Pressionando-o contra a parede do prédio, seus lábios encontraram o pescoço de S/N, enquanto suas mãos deslizaram audaciosamente por dentro da camisa do garoto.
— Mingyu, estamos no estacionamento... — S/N sussurrou, claramente nervoso, mas sem a menor intenção de afastá-lo.
Mingyu sorriu contra a pele de S/N, mordendo levemente antes de murmurar:
— E daí? Você sabe que não resisto a você.
S/N mordeu o lábio, tentando abafar qualquer som que pudesse escapar, mas o flagrante foi inevitável. Um fotógrafo, escondido estrategicamente, capturou o momento em uma imagem que não deixou dúvidas sobre a intimidade entre eles.
No dia seguinte, a foto estava em todas as redes sociais, acompanhada de manchetes sensacionalistas: "Kim Mingyu e S/N em momento quente no estacionamento: romance confirmado?"
S/N quase derrubou o celular ao ver a notícia. Ele andava de um lado para o outro no quarto do hotel, claramente surtando.
— Meu Deus, Mingyu! Todo mundo está vendo isso! — Ele exclamou, jogando o celular na cama. — Minha equipe vai me matar... Os fãs... E se isso acabar com nossas carreiras?
Mingyu, sentado calmamente na poltrona, olhou para S/N com um pequeno sorriso, completamente relaxado.
— Você está exagerando, S/N. — Ele levantou e se aproximou, segurando os ombros de S/N para acalmá-lo. — Eles iriam descobrir mais cedo ou mais tarde. Além disso, você acha que vou deixar isso nos atrapalhar?
— Exagerando? Mingyu, todo mundo viu!. — S/N gesticulou, o rosto ainda vermelho de vergonha. — Você não se importa?
Mingyu riu, inclinando-se para beijar suavemente a testa de S/N.
— Não, eu não me importo. Eu te amo, S/N. E se o mundo sabe disso agora, melhor ainda.
As palavras de Mingyu fizeram o coração de S/N disparar. Ele queria protestar, dizer que ainda era arriscado, mas a determinação nos olhos de Mingyu e o conforto de suas palavras o fizeram parar.
— Você... me ama? — S/N perguntou baixinho, quase sem acreditar no que ouviu.
— Claro que sim. E eu não vou deixar que algo tão bobo quanto uma foto nos impeça de viver isso.
O silêncio entre eles foi quebrado pelo som do celular de S/N, provavelmente outra mensagem da equipe, mas ele ignorou. Olhou para Mingyu, sentindo uma onda de alívio e carinho misturada com o medo que ainda o acompanhava.
— Eu só... não sei lidar com isso. — S/N admitiu, sua voz quase um sussurro.
Mingyu segurou o rosto de S/N entre as mãos, seus polegares acariciando suavemente as bochechas dele.
— Então, deixa que eu cuido disso. — Ele sorriu. — Estamos juntos nisso, lembra?
Apesar da situação, o coração de S/N se acalmou. Ele sabia que, com Mingyu ao seu lado, poderia enfrentar qualquer coisa — até mesmo os holofotes intensos do mundo que agora sabia sobre eles.
CENA BONUS FINAL
O burburinho na internet não parou desde o momento em que a foto de S/N e Mingyu foi revelada. O mundo estava obcecado pela confirmação do novo casal, que não demorou para dominar as manchetes. As redes sociais explodiram, os fãs estavam em polvorosa e até mesmo as empresas dos dois começaram a aproveitar a onda de popularidade.
Como se fosse uma jogada de mestre, logo após o vazamento da foto, a proposta de um dueto surgiu. A música seria uma balada romântica, algo que refletia tanto a relação deles quanto o momento que estavam vivendo. A química entre os dois na música foi palpável, e logo o single foi lançado.
"You & Me", o nome da música, rapidamente se tornou um sucesso estrondoso. Com uma letra profunda e melodias apaixonadas, a faixa não só conquistou fãs antigos, mas também novos admiradores. Em poucos meses, a música atingiu um bilhão de reproduções nas plataformas de streaming, quebrando recordes e se tornando uma das mais tocadas do ano.
A parceria entre eles não foi só musical, mas também profissional. Juntos, receberam diversos prêmios em cerimônias de premiação, sendo aplaudidos não apenas pela sua música, mas pela relação aberta que tinham, algo que inspirou muitos.
Em uma dessas cerimônias, enquanto subiam ao palco para receber o prêmio de "Melhor Dueto do Ano", S/N e Mingyu estavam mais nervosos do que pareciam, embora o sorriso de ambos fosse genuíno. A platéia estava vibrando com a presença dos dois, e todos os olhos estavam voltados para eles enquanto subiam ao pódio.
Mingyu, o mais espontâneo de sempre, pegou o microfone primeiro e sorriu para S/N, seus olhos brilhando com carinho.
— Eu sei que a gente costuma ser privado, mas... — Ele olhou para S/N com um sorriso travesso. — Esse momento é especial demais para não ser compartilhado com todos, não é?
S/N, ligeiramente envergonhado, olhou para Mingyu com uma leve risada nervosa, pegando o microfone.
— É, você tem razão. — Ele disse, a voz um pouco mais suave, mas cheia de gratidão. — Não há nada mais especial do que estar aqui, com alguém tão incrível ao meu lado.
Mingyu sorriu, apertando a mão de S/N enquanto o olhava com admiração.
— Eu só quero agradecer a você, S/N. Não só por ser um parceiro incrível nessa música, mas por ser alguém que me faz mais feliz do que qualquer coisa no mundo. — Mingyu fez uma pausa, olhando profundamente nos olhos de S/N. — Eu te amo, e estou muito orgulhoso de tudo o que conquistamos juntos.
O público se derreteu com as palavras sinceras de Mingyu. S/N, que ainda estava em choque com o tamanho da demonstração pública de afeto, sorriu tímido, mas seu olhar refletia a mesma intensidade de amor.
— Eu também te amo, Mingyu. E eu nunca imaginei que a minha vida fosse tomar um rumo tão inesperado, mas você... você me fez acreditar que vale a pena ser corajoso. — S/N olhou para o público e então voltou seu olhar para Mingyu. — Eu sou muito grato por tudo que estamos vivendo.
A multidão aplaudiu em êxtase. Era impossível não ver a conexão verdadeira entre os dois, e a música romântica que haviam criado não era apenas uma expressão artística, mas um reflexo de seus sentimentos. A sinceridade deles tocava a todos na sala.
Enquanto o prêmio era entregue a eles, S/N olhou para Mingyu com um sorriso cheio de promessas silenciosas, como se dissesse "Este é apenas o começo." Mingyu, com a mão entrelaçada à dele, respondeu com o mesmo sorriso, o mesmo sentimento. E, naquele momento, parecia que o mundo inteiro estava ao seu favor.
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Imagine Kim Seokjin

Kim Seokjin tinha reservado suas férias para passar um tempo com sua família, algo que não fazia há muito tempo. Desde que começou a trabalhar em uma das maiores empresas de entretenimento da Coreia, ele se distanciou um pouco dos pais e do irmão mais novo. Sua agenda apertada, cheia de compromissos e viagens, dificultava manter contato frequente.
Mas ao atravessar a porta da frente de casa, o maior problema nisso tudo foi quando ele viu – além da mãe preparando o jantar e o pai assistindo televisão na sala, o que trouxe de volta lembranças nostálgicas – seu irmão rindo despretensiosamente de alguma piada que o melhor amigo de infância dele tinha feito. Seokjin ficou paralisado por um momento, sentindo o peso do tempo que havia passado. S/N, o melhor amigo de infância de Yeonho, agora estava ali, de pé casualmente ao lado da mesa da cozinha rindo e parecendo tão… maduro.
Apesar de ter crescido bastante, S/N ainda era mais baixo que Yeonho e Jin, o sorriso dele continuava sendo incrivelmente fofo, e a diferença entre o garoto de dez anos e o jovem à sua frente fez com que Jin sentisse uma ansiedade tomar conta dele.
S/N e Yeonho eram inseparáveis na infância, crescendo juntos e compartilhando tudo, fazendo com que consequentemente Jin tivesse que aturar a dose dupla de problemas em sua casa.
No entanto, tudo mudou quando S/N, aos dez anos — enquanto Jin já tinha vinte e um — decidiu confessar seus sentimentos de paixão por Jin. S/N era apenas uma criança, mas a intensidade do sentimento parecia genuína para ele. Quando contou a Jin, o pequeno garoto esperava, de alguma forma, que seus sentimentos fossem correspondidos. Mas Jin, que já era um adulto, rejeitou ele da forma mais educada possível, tentando explicar os motivos óbvios.
A rejeição abalou profundamente S/N, que passou semanas evitando a casa dos Kim. A ausência dele foi sentida não só por Jin ou seus pais, mas especialmente por Yeonho, que ficou triste e emburrado, com saudades do melhor amigo e até tendo a ideia maluca de sequestrá-lo quando o visse da próxima vez. Jin se lembrava claramente da insistência de Yeonho em perguntar por que S/N não aparecia mais, e como ele próprio desviava do assunto.
Eventualmente, S/N voltou à casa dos Kim, e a amizade entre ele e Yeonho se restabeleceu como se nada tivesse acontecido. No entanto, S/N não trocava uma palavra com Jin, evitava-o a todo custo, como se sua vida dependesse disso. Jin, por sua vez, acreditava que, com o tempo, a paixonite do garoto desapareceria, e as coisas eventualmente voltariam ao normal.
Mas então, dois meses depois Jin conseguiu uma bolsa de estudos e teve que se mudar para Seul. A despedida foi breve e sem grandes emoções, pelo menos do lado de Jin. Ele não pensou muito no impacto que sua partida teria, principalmente em S/N, que continuava tentando se distanciar dele a qualquer custo.
Todas as vezes que Jin voltava para visitar a família, S/N nunca estava presente, como se ele tivesse desaparecido completamente daquele cenário familiar. Sem a presença constante do garoto, a imagem de S/N foi se desfazendo lentamente na mente de Jin. O menino que um dia fora parte importante do cotidiano da casa dos Kim havia, aos poucos, caído no esquecimento para Jin, como uma lembrança distante de uma fase que ele não esperava revisitar.
Mas ali estava ele. No auge de seus vinte e um anos.
Seokjin observou enquanto Yeonho soltava outra piada, e o melhor amigo ria alto, os dois compartilhando uma intimidade que ele não sentia há muito tempo. Era como se S/N tivesse preenchido o espaço vazio que ele deixou na relação com o irmão. A proximidade entre eles parecia tão natural, enquanto ele, o irmão mais velho, era agora um estranho naquele cenário.
Respirando fundo, Jin deu um passo à frente, finalmente revelando sua presença. Imediatamente, Yeonho se virou e seus olhos se iluminaram. Ele correu para abraçar o irmão com uma alegria que fez Jin sorrir involuntariamente. Seus pais vieram logo atrás, abraçando-o e perguntando sobre a viagem e como ele estava.
Mas, enquanto a atenção estava voltada para ele, Jin não pôde deixar de notar S/N, que se manteve à distância. O garotinho de antes, agora um jovem, estava ali parado, observando a cena com uma expressão indecifrável. Ele não demonstrava a mesma alegria que os outros, e sua postura era rígida… Jin hesitou por um instante, mas sabia que não poderia ignorar a presença dele. Respirando fundo, Jin se soltou dos braços de Yeonho e caminhou lentamente até S/N.
— Ei, S/N. Quanto tempo, né?
S/N levantou os olhos para Jin e assentiu hesitante, como se estivesse decidindo entre dar uma resposta ou manter o silêncio que havia durado tanto tempo.
— É… faz tempo — respondeu S/N, sua voz mais profunda do que Jin se lembrava, mas com uma pontada de indiferença.
Jin estendeu a mão e S/N a observou por um momento antes de aceitá-la, mas o aperto foi rápido e frio. Depois de trocar aquele cumprimento tenso com Jin, S/N olhou ao redor, percebendo que todos os olhares estavam sobre eles então decidiu que era hora de ir.
— Bom… eu preciso voltar — disse S/N, esfregando a nuca com uma expressão descontraída. — Tenho que resolver umas coisas em casa.
Yeonho, que estava rindo há poucos minutos, pareceu desapontado ao ouvir isso.
— Ah, sério? Não vai ficar mais um pouco? — ele perguntou, franzindo o cenho.
— Fica pra jantar, S/N — a mãe de Jin ofereceu. — Já tá quase pronto.
S/N sorriu para ela, mas era um sorriso de desculpa. Ele balançou a cabeça suavemente.
— Obrigado, tia, mas hoje não vai dar mesmo. Fica pra próxima.
Ele se despediu de todos rapidamente, dando um abraço em Yeonho e acenando de longe para os pais de Jin. Quando chegou a vez de Jin, S/N apenas lançou um breve olhar na direção dele, com um leve aceno de cabeça.
— Até mais — murmurou, antes de se virar e sair pela porta
Após a saída de S/N, a mãe de Jin, percebendo a expressão pensativa do filho mais velho, decidiu explicar um pouco mais sobre a situação do garoto.
— Jin, você sabia que S/N está morando sozinho agora? — ela começou. — Os pais dele decidiram fazer uma viagem sem data de retorno, para conhecer o mundo e tudo mais. Ele ficou responsável pela casa.
Jin franziu a testa, surpreso com a revelação. Yeonho, que estava ouvindo a conversa, interveio:
— Sim, eu às vezes passo a noite na casa dele para ele não se sentir tão sozinho. É meio estranho, sabe? Ele ainda é o mesmo de antes, mas ao mesmo tempo, tudo mudou.
— Parece que eu perdi muita coisa — murmurou Jin, pensativo enquanto olhava para a porta por onde S/N havia saído.
Yeonho, atento ao irmão, suspirou.
— S/N nunca foi de pedir ajuda. Se tem alguém que sabe esconder o que sente, é ele.
O peso das palavras de Yeonho atingiu Jin, e ele se questionou: Será que tenho parte de culpa nisso? No entanto, antes que pudesse refletir mais, Jin foi surpreendido por uma chuva de perguntas dos familiares, especialmente sobre sua vida amorosa.
— E então, filho, arranjou uma namorada? — sua mãe perguntou com um sorriso.
Rindo sem jeito, Jin sentiu o rosto esquentar.
— Ainda não… a agenda tá meio apertada pra isso — respondeu, tentando disfarçar, mas sua mente ainda permanecia em S/N.
Os dias foram passando, e Jin se esforçava para aproveitar ao máximo o tempo com seus pais e, principalmente, com Yeonho. Essa proximidade resultava, inevitavelmente, em encontros frequentes com S/N. Os dois começara a conversar mais, e a frieza de S/N logo se dissipou por completo.
Cada visita à casa dos pais se tornava uma oportunidade para observar o amigo de irmão, agora mais maduro, mas ainda tão familiar. Jin notava como S/N interagia naturalmente com Yeonho, rindo e fazendo piadas, enquanto ele próprio lutava contra a própria timidez e a culpa perto do garoto mais baixo.
Jin não entendia por que estava se sentindo assim desde que viu S/N novamente depois de todo aquele tempo. Com trinta e um anos, ele se via gaguejando como um adolescente na presença do amigo. Cada sorriso de S/N fazia seu coração acelerar, trazendo emoções que ele nunca tinha experimentado com ninguém.
Durante a universidade, sua mente estava sempre ocupada com estudos e, em raras ocasiões, pensava na família. Após começar a trabalhar, ele se sentiu orgulhoso de si mesmo e decidiu que era hora de sair com alguém. No entanto, toda garota parecia errada de alguma forma. Então, Jin decidiu se aventurar com os garotos. As experiências foram mais satisfatórias, mas ainda assim havia um vazio que ele não conseguia preencher.
Um dia, a mãe de Jin pediu que ele levasse um pouco de comida para S/N, que estava se dedicando intensamente aos estudos para o vestibular. Ela teria mandado Yeonho levar, mas o garoto estava completamente imerso em seus próprios livros. Jin hesitou por um momento, a ideia de encontrar S/N sozinho martelando em seu peito. A expectativa e a ansiedade se misturavam enquanto ele pegava o pote quente e seguia em direção à casa do garoto.
Jin bateu na porta algumas vezes, e embora S/N tenha gritado um sonoro "Já vou!", demorou alguns minutos para aparecer. Ele surgiu, espreitando pela fresta da porta e escondendo o resto do corpo atrás dela. Assim que viu Jin, suas bochechas ganharam um tom forte de vermelho, um detalhe que não passou despercebido pelo mais velho.
— Minha mãe mandou isso pra você.
S/N olhou para o recipiente e, em seguida, voltou o olhar para Jin, ainda com as bochechas avermelhadas. Ele deu um passo para trás, abrindo a porta um pouco mais, permitindo que Jin visse um vislumbre do interior de sua casa, bagunçada por livros e anotações espalhadas. Mas seu coração falhou uma batida ao perceber que S/N estava apenas de toalha, fazendo com que Jin também ficasse vermelho como um tomate.
O mais velho não pôde deixar de notar o corpo pequeno e esguio de S/N. As curvas suaves de sua silhueta e a pele sob a luz do ambiente despertaram uma atração em Jin. A toalha mal cobria seu corpo, e Jin sentiu um calor subir por seu rosto ao perceber a delicadeza de S/N.
Ele rapidamente desviou o olhar, tentando se recompor, mas a imagem de S/N assim, tão vulnerável, o deixou desconcertado a medida que ele sentia o sangue ser bombeado involuntariamente para um certo lugar…
— Desculpa, eu estava prestes a entrar no banho — S/N disse, rapidamente se justificando ao perceber o olhar sobre si.
Jin assentiu, tentando não olhar diretamente para o amigo e esconder sua ereção a qualquer custo. Ele era um homem adulto, por deus, aquilo não deveria ser um problema. A situação estava se tornando um pouco desconfortável, mas ele não queria deixar que isso atrapalhasse a visita.
— Sem problemas! — respondeu Jin, forçando um sorriso. — Eu só pensei que você poderia dar uma pausa nos estudos.
S/N parecia mais relaxado, ele forçou um sorriso e pegou o pote das mãos de Jin. Durante o processo, seus dedos se tocaram, provocando faíscas no estômago do mais velho.
— Obrigado por vir. Vou colocar isso na mesa. Você pode entrar, se quiser — disse S/N, se virando para levar o pote, dando a Jin uma ótima visão de sua bunda bastante convidativa.
Jin sentiu seu membro se pressionar contra o shorts que ele usava e um frio na barriga percorreu seu corpo. Calma lá, amigão… ele pensou, tentando se lembrar de que era apenas o amigo de infância de seu irmão ali. Ele precisava se controlar..
— Ah, claro! — respondeu Jin, tentando não se distrair com a visão de S/N. — Como estão os estudos?
S/N se virou com leve preocupação em seu olhar.
— Está sendo bem… difícil. Estou tentando dar conta de tudo — disse S/N, colocando o pote na mesa. — Mas é complicado às vezes, você sabe?
Jin assentiu, sentindo uma onda de empatia pelo amigo.
— Se precisar de ajuda, é só me chamar — sugeriu.
S/N se virou, um brilho de humor nos olhos.
— Talvez eu chame. Não posso pedir ajuda ao Yeonho, porque, sem ofensas ao seu irmão, eu o amo, mas ele é tão inteligente quanto uma porta — comentou, soltando uma risada.
Jin riu junto. Era bom ver S/N mais à vontade, mesmo que as palavras deixassem claro o quanto ele estava sobrecarregado.
— É, ele não é exatamente um gênio — respondeu Jin, fazendo uma expressão exagerada de desapontamento. — Mas você sabe que pode contar comigo para qualquer coisa, tudo bem?
— Claro. Se importa de eu tomar banho rapidinho? Eu devo estar parecendo um idiota andando por aí só de toalha.
Jin não hesitou e, sem pensar duas vezes, soltou:
— Você fica lindo assim.
Imediatamente, ele percebeu o que havia dito e seu rosto queimou. S/N ficou parado, com os olhos arregalados. O silêncio pairou entre eles por um breve momento, e o coração de Jin disparou.
— O que… eu quero dizer, é que… — Jin começou gaguejando enquanto tentava se retratar.
S/N, no entanto, não pôde evitar um sorriso tímido que brotou em seu rosto.
— Obrigado? — respondeu, ainda ruborizado, antes de se virar rapidamente para o banheiro, se apressando para fechar a porta.
Jin bateu a cabeça contra a parede mais próxima, murmurando para si mesmo:
— Idiota, idiota, idiota…
Ele não conseguia acreditar no que acabara de fazer. As palavras saíram de sua boca sem que ele tivesse tempo de pensar. O que estava acontecendo com ele? Nunca havia se sentido assim antes, e a frustração só aumentava.
Ele se apoiou na parede, fechando os olhos por um momento para tentar se acalmar. A lembrança do sorriso de S/N e a maneira como ele havia ficado corado voltaram à sua mente, fazendo seu coração disparar novamente.
— Calma, Jin — sussurrou para si mesmo enquanto se sentava na cadeira da cozinha. Ele respirou fundo, no entanto, a pressão que sentia era inegável; ele teve que enfriar a mão e ajustar o membro que estava apertado dentro do short, um desconforto que ele não sabia como lidar.
Decidindo que era melhor se distrair, ele começou a analisar os livros espalhados pela mesa. Havia uma variedade impressionante de títulos, desde clássicos da literatura até materiais mais técnicos sobre os vestibulares. A quantidade de anotações em post-its coloridos mostrava o quanto S/N estava se dedicando aos estudos.
Jin se viu mergulhado em uma análise dos tópicos e subtemas que S/N estava estudando. Ele sorriu ao notar como o garoto sempre teve uma paixão por aprender, mesmo que às vezes parecesse distraído, muito diferente de Yeonho. Ele se perguntou como S/N conseguiria lidar com a pressão ao conseguir uma bolsa e se lembrou de suas próprias dificuldades durante a faculdade.
Enquanto folheava os livros, ele não pôde deixar de se perguntar se S/N ainda nutria os mesmos sonhos que tinham quando eram crianças. E a pergunta não saía da sua cabeça: o que mais tinha mudado em S/N durante todos aqueles anos?
— Jin, você pode vir aqui um minuto? — a voz de S/N chamou de dentro do banheiro, interrompendo os pensamentos de Jin.
Ele engoliu em seco. O que S/N poderia querer? Com um misto de nervosismo e curiosidade, ele se levantou da cadeira e se aproximou da porta do banheiro.
— O que foi? — perguntou, tentando soar calmo, mesmo que a ansiedade estivesse crescendo dentro dele.
— Eu preciso de ajuda com uma coisa. — S/N respondeu, a voz um pouco abafada. — Poderia passar um produto que está na prateleira de cima?
Ele abriu a porta do banheiro devagar, sentindo a umidade do ambiente misturada com um leve aroma de sabonete. O box separava S/N dele, mas Jin ainda conseguia ver a silhueta do corpo nu do garoto através do vidro embaçado. O coração de Jin disparou ao perceber a forma delicada e esculpida de S/N, a luz suave do banheiro refletindo nas curvas do seu corpo.
— Onde exatamente está? — perguntou Jin, tentando manter a voz firme enquanto lutava contra a tentação de se perder na visão diante dele.
— Em cima do armário, bem ao lado da escova de dentes — S/N respondeu, sua voz um pouco hesitante.
Com um esforço consciente, Jin se virou para a prateleira, esticando o braço para alcançar o produto. Ele estava ciente da proximidade ao se aproximar do box e o toque suave de suas mãos ao pegar o frasco,
— Aqui está — disse ele, estendendo a mão para S/N.
Com um impulso repentino, S/N pegou o pulso de Jin, puxando-o para dentro do box com ele. Jin mal teve tempo de processar o que estava acontecendo antes de ser arrastado para o espaço confinado, a água do chuveiro caindo sobre eles, criando uma sensação de calor e intimidade.
— O-que você está fazendo? — Jin conseguiu perguntar.
— Eu não sei o que está acontecendo comigo desde que você chegou, Jinnie… — S/N confessou, seus olhos fixos nos de Jin, a mão apertando o pulso que ele ainda segurava. — Desde aquele dia, há dez anos, em que eu disse que te amava, passei a entender por que não podíamos ficar juntos. Eu passei a evitar você a todo custo, esperando que aquele sentimento fosse embora. Eu era muito novo, mas admirava tanto você que, por Deus, você era tão perfeito…
As palavras de S/N tocaram profundamente Jin, fazendo seu coração acelerar ainda mais. Agora, diante dele, S/N parecia vulnerável e ao mesmo tempo incrivelmente forte.
— Eu não sabia que você ainda se lembrava… — Jin murmurou, a voz trêmula, tentando processar a revelação.
S/N soltou um pequeno riso nervoso.
— Como eu poderia esquecer? Cada vez que você estava por perto, eu me sentia um pouco mais perdido, um pouco mais apaixonado. E então eu decidi que precisava me afastar, para proteger a mim mesmo.
Jin deu um passo à frente, a distância entre eles quase inexistente agora.
— Mas eu nunca quis que você se sentisse assim. Você era só um garotinho admirando uma figura mais velha; não havia qualquer tipo de chance de eu corresponder a seus sentimentos.
— E agora? Você poderia ser capaz de gostar de mim?
A pergunta pairou no ar como um desafio. Jin hesitou, mordendo o lábio enquanto processava as palavras de S/N. Ele sabia que não era mais aquele garotinho de dez anos, mas a verdade era que seus sentimentos por Jin só cresceram com o tempo.
— Você é muito novo, S/N. Eu tenho trinta e um anos, e você só tem vinte e um. São dez anos de diferença. O que nossos pais achariam disso? O que Yeonho acharia? — Jin disse, sua voz carregada de preocupação.
S/N franziu a testa, um misto de frustração e determinação nos olhos.
— Eu sei que a diferença de idade existe, mas isso realmente importa? — respondeu ele, desafiando Jin com o olhar. — Já faz dez anos que eu luto contra esses sentimentos, e agora que finalmente estou sendo honesto, você quer deixar isso de lado por causa da opinião dos outros?
Jin respirou fundo, lutando contra a lógica que lhe dizia para recuar. Ele sabia que S/N estava certo em parte, mas a preocupação com o que os outros pensariam ainda o incomodava.
— Não estou dizendo que não gosto de você ou que não quero tentar. — Jin murmurou, hesitante. — Mas precisamos ter certeza de que isso não vai criar problemas entre nós e as pessoas que amamos.
S/N deu um passo mais perto, o calor de seu corpo agora quase invadindo o espaço de Jin.
— Eu também me preocupo com isso, mas não posso ignorar o que sinto só por causa do que os outros possam pensar.
— Eu só não quero que você se machuque, S/N. — Jin finalmente confessou, sua voz mais suave. — Se as coisas ficarem complicadas, você pode se sentir perdido novamente, como antes.
S/N pegou a mão de Jin, envolvendo-a suavemente com seus dedos, e a guiou até sua cintura nua e molhada. O toque da pele quente e úmida fez o coração de Jin disparar, e ele sentiu um arrepio percorrer seu corpo.
— Eu não sou mais aquele garoto, Jin. Cresci, e os sentimentos mudaram, se transformaram em algo mais complexo. — Ele olhou nos olhos de Jin, buscando sinceridade. — O que sinto agora é diferente. É mais maduro, mais real. E sim, eu gosto de você. Gosto muito de você.
A distância quase inexistente foi finalmente fechada por S/N em um beijo lento e apaixonado, enquanto a água escorria por ambos os corpos. O toque de seus lábios era suave, mas carregava uma intensidade que fazia o coração de Jin disparar. Ele sentiu a umidade envolvente do banheiro misturar-se com o calor do momento, como se tudo ao redor tivesse desaparecido.
S/N envolveu os braços ao redor do pescoço de Jin, puxando-o mais perto, enquanto os dedos de Jin se enterravam suavemente nos cabelos molhados do garoto. O beijo se aprofundou, e cada segundo parecia uma eternidade, preenchido com a paixão reprimida de todos aqueles anos dá parte de S/N e sentimentos novos e inexplorados da parte de Jin. A doçura do beijo transformou-se em uma necessidade urgente, enquanto eles se entregavam um ao outro.
S/N desceu a boca para explorar o pescoço de Jin, deixando um rastro quente de beijos enquanto o mais velho tirava a blusa encharcada, que grudava em sua pele.
— Eu quero você, Jinnie — S/N sussurrou contra a pele dele.
Jin, sentindo a intensidade do momento, segurou o rosto de S/N entre suas mãos, forçando-o a olhá-lo nos olhos.
— Você me tem, S/N. A partir de agora, sou seu — respondeu Jin, sua voz suave, mas cheia de determinação.
S/N sorriu, o espaço que antes parecia opressor agora estava cheio de possibilidades. Jin, percebendo que aquele era um momento decisivo, inclinou-se para frente, seus lábios quase tocando os de S/N, esperando um sinal de consentimento.
S/N assentiu levemente, e Jin, então, aproximou-se, selando o momento com um beijo suave e cheio de promessas.
Não preciso nem dizer que o banho demorou algum tempo para acabar com ambos explorando os corpos um do outro com desejo e uma excitação crescente.
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Imagine Bang Chan

S/N jamais havia visto Chan de forma diferente do que era: um líder exemplar e confiável, alguém com quem S/N, sendo o vice capitão, compartilhava não só a responsabilidade pelo time de basquete da escola, mas também momentos de camaradagem. Entretanto, agora, naquele vestiário silencioso e quase sufocante, com ambos quase sem roupa, todos os limites entre eles pareciam ter se desfeito.
S/N arfava pesadamente, seu peito subindo e descendo enquanto tentava se manter firme no banco do vestiário. Suas pernas tremiam, e o calor que irradiava de sua pele parecia se intensificar a cada movimento que Chan fazia com os dedos dentro dele. A posição vulnerável em que estava - inclinado sobre o banco, os braços apoiados à frente para manter o equilíbrio - fazia seu rosto queimar, mas ele não conseguia pensar em mais nada além do prazer que consumia seu corpo.
Chan estava atrás dele, ajoelhado no piso frio. Seus olhos fixos em S/N, observando cada reação, cada tremor que causava. Os dedos dele se moviam com precisão, explorando o interior de S/N de forma lenta, quase torturante. Ele sabia exatamente onde tocar para arrancar gemidos que faziam o ambiente ecoar.
— Tão lindo assim, S/N… — murmurou Chan, a voz rouca e baixa, quase como se estivesse falando mais para si mesmo do que para o outro. Ele inclinou-se para a frente, deixando um beijo suave na curva da cintura de S/N antes de morder de leve a pele sensível.
— Ahn… C-Chan… p-por favor… — S/N tentou dizer algo, mas suas palavras saíam cortadas por gemidos. Ele virou o rosto para olhar para Chan, os olhos brilhando de excitação, misturados com uma ponta de hesitação.
Chan riu baixo, a mão livre apertando firmemente a cintura de S/N, mantendo-o no lugar. Seus dedos dentro dele se moveram em um ritmo mais firme, agora focando naquele ponto específico que fazia S/N quase gritar.
— Shhh, calma. Estou cuidando de você - disse Chan, sua voz gentil, mas carregada de desejo. Ele se inclinou para beijar a nuca de S/N, sentindo o outro estremecer sob seu toque. — Vou te preparar direitinho. Não quero que sinta dor… só prazer.
S/N mordeu o lábio, tentando conter os sons altos que escapavam de sua boca, mas era inútil. O prazer era intenso demais, uma onda avassaladora que fazia seu corpo reagir por conta própria. Ele sentia como se estivesse à beira de explodir, e Chan parecia saber disso.
— Você é tão sensível… — continuou Chan, a voz quase um sussurro enquanto retirava os dedos lentamente e, em seguida, os empurrava de volta, profundamente. Ele observava atentamente a forma como o corpo de S/N o apertava, cada espasmo e cada reação.
— Eu… eu não aguento… mais… — S/N sussurrou, quase choramingando, sua voz cheia de necessidade.
Chan sorriu, uma expressão satisfeita, como se soubesse exatamente o efeito que tinha sobre S/N. Ele se inclinou para capturar os lábios do outro em um beijo intenso, abafando os gemidos altos que escapavam. O beijo era faminto, um contraste com a forma cuidadosa como ele movia os dedos dentro de S/N.
Quando finalmente separaram os lábios, Chan roçou sua testa contra a de S/N, ambos respirando com dificuldade.
— Confie em mim, S/N. Isso é só o começo — sussurrou Chan, sua voz carregada de promessa e desejo.
S/N ofegava contra o banco, sentindo o calor se espalhar por cada canto de seu corpo. As palavras de Chan ecoavam em sua mente como um mantra, misturando-se com o som úmido que os movimentos dos dedos do capitão faziam. Ele queria dizer algo, protestar ou pelo menos tentar recuperar o controle, mas sua boca só conseguia soltar gemidos trêmulos, como se fosse incapaz de resistir ao que estava acontecendo.
Chan retirou os dedos lentamente, arrancando um suspiro frustrado de S/N. Antes que ele pudesse reclamar ou implorar, sentiu o toque firme das mãos de Chan deslizando por suas coxas, abrindo-as um pouco mais para ter uma visão completa. O capitão parecia completamente perdido no que fazia, o olhar fixo no corpo vulnerável à sua frente.
— Você é perfeito assim, sabia? — murmurou Chan, passando a ponta dos dedos pela pele sensível de S/N, provocando arrepios que fizeram o outro estremecer. Ele se inclinou para deixar um beijo na parte baixa das costas de S/N, sua respiração quente causando um contraste com o frio do ambiente.
— C-Chan, isso é tão… — começou S/N, mas sua frase foi interrompida quando sentiu a língua do capitão deslizar por sua entrada sensível. — Ah… Meu Deus!
O som que escapou de sua boca foi alto e incontrolável, ecoando pelas paredes do vestiário vazio. Chan não parou, explorando-o com uma precisão que parecia quase cruel. Suas mãos seguravam firmemente os quadris de S/N, mantendo-o no lugar enquanto ele continuava o trabalho. Cada movimento de sua língua, cada pressão, era calculada para provocar a maior quantidade de prazer possível.
— Relaxa, S/N — disse Chan, sua voz abafada contra a pele do outro. Ele ergueu o olhar para vê-lo. O rosto de S/N estava virado de lado, os olhos fechados e a boca entreaberta, soltando sons que faziam o próprio Chan perder o controle. — Quero que aproveite isso tanto quanto eu.
— Eu… não aguento mais, Chan… — gemeu S/N, os dedos apertando o banco com tanta força que os nós estavam brancos. — Por favor… Faz alguma coisa…
Chan riu baixo, satisfeito com a reação. Ele se afastou apenas o suficiente para ficar de pé, seus movimentos lentos e calculados. S/N se virou ligeiramente para olhá-lo, os olhos arregalados ao ver o estado do capitão. Chan estava com os cabelos bagunçados, a respiração pesada, e seu olhar transbordava desejo.
— Você é tão impaciente, S/N… — provocou ele, abaixando-se novamente para beijar o pescoço do vice-capitão, mordendo levemente a pele sensível. — Mas vou cuidar de você, como prometi.
Chan deslizou as mãos pelo corpo de S/N, alinhando-se atrás dele. S/N sentiu a ponta de algo mais pressionando contra sua entrada, e seu corpo inteiro ficou tenso por um momento, antecipando o que viria.
— Confie em mim, S/N… Vou devagar. Não quero que sinta nada além de prazer — sussurrou Chan, sua voz tão baixa que parecia um sussurro contra o ouvido do outro.
Chan segurava firmemente os quadris de S/N enquanto começava a empurrar, mas logo percebeu algo errado. O corpo de S/N estava completamente rígido, e ele ouviu um gemido que não soava como prazer…
Quando olhou para o rosto do outro, viu as lágrimas escorrendo silenciosamente pelas bochechas coradas.
— Tira… Por favor, Chan… Isso dói… — S/N implorou com a voz embargada, os olhos marejados buscando algum alívio. Ele tremia de desconforto, segurando o banco com tanta força que parecia que ia quebrá-lo.
Chan parou imediatamente, a preocupação tomando conta de suas expressões. Ele não conseguia deixar de notar como S/N parecia vulnerável naquele momento, o rosto corado e cheio de lágrimas, e aquilo o afetava de maneiras que ele não sabia explicar. Mesmo assim, ele segurou a cintura do outro com cuidado, tentando manter o controle.
— S/N… você é virgem… aqui atrás? — Chan perguntou, a voz baixa e hesitante, como se não quisesse envergonhá-lo ainda mais.
S/N mordeu o lábio, desviando o olhar enquanto assentia de forma quase imperceptível.
— Eu… nunca fiz nada disso antes… com ninguém — confessou ele, sua voz quase um sussurro. O rubor em suas bochechas parecia se intensificar, e ele não conseguia evitar o tremor na voz. — Nem com meninos, nem com meninas…
Chan sentiu algo primal despertar dentro dele ao ouvir aquilo. Ele nunca havia sido o primeiro de ninguém antes, e saber que S/N estava entregando aquela experiência a ele o fazia querer ainda mais. Mas ao mesmo tempo, ele sabia que precisava ser cuidadoso.
— Relaxa, S/N — murmurou Chan, inclinando-se para beijar a nuca de S/N com delicadeza. — Eu sei que dói no começo, mas prometo que vai ficar bom. Confie em mim, tá?
— M-mas… Chan, eu não sei se consigo… — respondeu S/N entre soluços, o medo e o desconforto ainda claros em sua voz.
Chan segurou seu quadril com mais firmeza, começando a mover os dedos ao redor da área sensível para ajudar S/N a relaxar. Ele sabia que não podia simplesmente parar naquele momento, mas também não queria forçar o outro a algo traumático.
— Você consegue, S/N… Só precisa relaxar e confiar em mim. Vou devagar, tá? Eu nunca machucaria você — ele murmurava palavras de conforto, sua voz rouca e quase hipnotizante.
Ele começou a empurrar novamente, dessa vez com movimentos mais lentos e cuidadosos. S/N ainda soltava pequenos gemidos de dor, mas Chan não recuava. Ele murmurava elogios e palavras de encorajamento, beijando a pele exposta do outro para tentar distraí-lo da sensação inicial.
— Você está indo muito bem… É tão apertado… tão bom… — Chan sussurrou, sua respiração pesada enquanto tentava conter seu próprio desejo crescente.
S/N apertou os olhos, tentando fazer o que Chan dizia, respirando fundo e relaxando o máximo que podia. Aos poucos, a dor começou a diminuir, sendo substituída por uma sensação estranha, quase agradável.
Chan aproveitou o momento, começando a se mover devagar, sem pressa. Ele sabia que precisava controlar seus instintos para que aquela primeira vez fosse algo especial para S/N, mesmo que a visão dele naquele estado o deixasse quase fora de si.
— Isso… Só mais um pouco… Você é tão incrível, S/N… — Chan continuou, sua voz tentando passar o máximo de conforto. — Eu sabia que você conseguiria.
Chan estava se segurando ao máximo, movendo-se devagar, atento a cada respiração e gemido de S/N. Mas então S/N virou o rosto para ele, os olhos brilhando com lágrimas, o rosto corado e os lábios entreabertos, e soltou um pedido que fez algo dentro de Chan estalar.
— P-por favor… coloca tudo… — disse S/N, a voz manhosa e embargada, carregada de um desejo que ele mesmo parecia não compreender completamente.
Chan ficou imóvel por um momento, o peito subindo e descendo enquanto tentava processar o que acabara de ouvir. Ele observou S/N, os olhos semicerrados e o corpo relaxando aos poucos, como se estivesse se entregando por completo. Aquilo era demais para ele. Toda a delicadeza e o controle que Chan havia tentado manter começaram a se desfazer.
— Você tem noção do que está pedindo? — perguntou Chan, sua voz rouca, carregada de um tom mais firme, mas ao mesmo tempo cheia de luxúria.
S/N apenas assentiu, mordendo o lábio inferior enquanto deixava escapar um pequeno gemido, como se quisesse encorajá-lo.
— Droga, S/N… Você vai me enlouquecer… — murmurou Chan, segurando com mais firmeza na cintura do outro.
Sem esperar mais, Chan começou a empurrar, desta vez colocando tudo de uma vez, de forma mais firme e profunda. S/N soltou um gemido alto, o som ecoando pelas paredes do vestiário. Seu corpo inteiro estremeceu ao sentir Chan preenchê-lo completamente, o misto de dor e prazer fazendo sua mente girar.
— Tá tudo bem… — murmurou Chan, inclinando-se para beijar as costas de S/N enquanto começava a se mover. — Você pediu, S/N… Não vou segurar mais nada.
Os movimentos de Chan tornaram-se mais intensos, seus quadris encontrando-se com os de S/N com força. Ele o segurava firme, guiando cada movimento enquanto o som de pele contra pele preenchia o ambiente. S/N gemia sem controle, o prazer agora superando qualquer desconforto inicial.
— Tão apertado… tão perfeito… — Chan dizia, seu tom baixo e rouco enquanto acelerava os movimentos. — Você é incrível, S/N… Não sei como vou conseguir parar agora.
S/N virou o rosto para olhá-lo por cima do ombro, os olhos desfocados pelo prazer, os lábios tremendo enquanto tentava falar.
— Chan… a-ah… mais… por favor…
Aquela visão fez Chan perder qualquer traço de controle que restava. Ele inclinou-se sobre S/N, uma das mãos deixando a cintura para segurar o queixo dele, virando seu rosto para capturar seus lábios em um beijo profundo. Chan ergueu o corpo de S/N com firmeza, colando suas costas contra seu peito suado. O movimento fez com que S/N arqueasse as costas, expondo ainda mais seu pescoço delicado. Chan segurava uma das coxas de S/N, mantendo-o no lugar enquanto continuava com estocadas fortes e profundas, arrancando gemidos altos e trêmulos de S/N.
— Chan… por favor… mais devagar… — S/N implorou, a voz embargada. Ele mal conseguia se manter estável com as investidas.
Mas Chan parecia perdido, completamente submerso no calor do momento. Um sorriso provocativo surgiu em seus lábios enquanto ele inclinava a cabeça para murmurar no ouvido de S/N.
— Mais devagar? — ele perguntou, sua voz baixa e rouca, carregada de um tom que fazia o corpo de S/N arrepiar. — Não foi você quem pediu para eu colocar tudo? Agora aguenta, S/N.
Antes que o outro pudesse protestar, Chan começou a distribuir beijos pelo pescoço exposto de S/N, deixando chupões fortes que certamente marcariam a pele sensível. Ele mordia de leve, os dentes roçando contra a pele enquanto ouvia os gemidos abafados de S/N. Suas mãos firmes exploravam o corpo do outro, segurando-o no lugar e intensificando cada estocada.
— Você é tão bonito assim… todinho meu — murmurou Chan contra a pele de S/N, suas palavras entrecortadas pela respiração pesada. — Não sabe o que está fazendo comigo.
S/N tentou protestar, mas seus próprios gemidos o traíam, ficando mais altos e incontroláveis a cada segundo. Ele virou o rosto ligeiramente, tentando olhar para Chan, mas foi recebido com outro beijo ardente que silenciou qualquer reclamação. A língua de Chan invadiu sua boca com urgência, enquanto seus quadris continuavam a se mover de forma selvagem contra o corpo de S/N.
— Só mais um pouco, S/N… — murmurou Chan entre o beijo, sua voz carregada de desejo.
Os gemidos de S/N ecoavam pelas paredes do vestiário, a mistura de prazer e desespero evidente em cada som que ele fazia.
Chan saiu de dentro de S/N de forma abrupta, fazendo o corpo do outro estremecer com a sensação repentina de vazio. S/N ofegou, confuso, seus olhos enevoados buscando os de Chan. Antes que pudesse perguntar qualquer coisa, Chan se deitou no banco estreito do vestiário, os músculos do peito e abdômen brilhando de suor enquanto estendia uma das mãos para puxar S/N com firmeza.
— Vem aqui, S/N… Quero você por cima — ele murmurou, a voz rouca e carregada de autoridade.
S/N hesitou por um momento, seu corpo ainda tremendo de tudo o que havia acontecido até então. No entanto, Chan não deu tempo para dúvidas. Ele segurou a cintura de S/N com força, guiando-o para que se posicionasse sobre ele. Antes que S/N pudesse se acomodar, Chan o puxou rudemente, fazendo-o descer sobre sua ereção de uma só vez.
— Ah! Chan! — S/N gritou, agarrando-se aos ombros de Chan enquanto sentia todo o comprimento do outro preenchê-lo novamente. A dor misturada ao prazer fez lágrimas escaparem de seus olhos.
Chan observava S/N com um olhar predatório, a expressão de prazer e desconforto no rosto do vice-capitão apenas alimentando seu desejo. Ele segurou os quadris de S/N com força, forçando-o a se mover.
— Anda, S/N… Cavalga pra mim. Quero te ver se mexendo — exigiu Chan, a voz firme e autoritária, enquanto começava a guiar os movimentos de S/N.
S/N tentou acompanhar, mas o ritmo imposto por Chan era impiedoso. Ele se apoiava no peito do capitão, os gemidos escapando de sua boca sem controle enquanto sentia a fricção intensa cada vez que descia sobre o outro.
— Chan… Eu… é muito… — S/N murmurava, mas suas palavras eram interrompidas pelos gemidos trêmulos.
— Não é muito, você consegue, S/N… — respondeu Chan, um sorriso provocador nos lábios enquanto aumentava a intensidade dos movimentos. — Você é um bom garoto, não é? Um bom garoto pro seu capitão…
Chan deslizou as mãos pelo corpo de S/N, apertando sua cintura, subindo pelas costas e segurando-o pelo pescoço, trazendo seus rostos ainda mais próximos. Ele roubou um beijo feroz, mordendo levemente o lábio de S/N enquanto continuavam se movendo em um ritmo frenético.
S/N, já sem forças para resistir ou protestar, deixou-se levar, movendo-se instintivamente contra o corpo de Chan.
Depois de alguns minutos, S/N começou a se acostumar com o ritmo. Seus movimentos ficaram mais fluidos, a dor transformando-se em prazer à medida que ele subia e descia sobre aquele pau. Ele segurava os ombros do capitão para se equilibrar, os gemidos escapando de seus lábios a cada movimento enquanto seu corpo se adaptava perfeitamente ao de Chan.
Chan, por sua vez, observava com um sorriso satisfeito. Ele deixou as mãos repousarem atrás de sua cabeça enquanto apreciava a visão do outro perdendo o controle e assumindo o ritmo por conta própria.
— Olha só pra você, S/N… — Chan comentou, sua voz carregada de um tom provocador. — Quem diria que o vice-capitão seria tão bom em comandar algo além do time?
S/N lançou-lhe um olhar tímido, suas bochechas coradas enquanto continuava se movendo. Ele estava imerso demais no prazer para responder, mas o comentário de Chan só o fez aumentar o ritmo, determinado a mostrar que podia fazer aquilo tão bem quanto o outro queria.
— Tá vendo? — continuou Chan, um sorriso sacana nos lábios. — Acho que encontrei meu verdadeiro líder.
S/N, sentindo-se desafiado, inclinou-se para frente, suas mãos deslizando pelo peito de Chan enquanto rebatia, a voz trêmula:
— Então… cala a boca e… só aproveita…
O tom atrevido de S/N fez Chan rir baixo, mas a provocação só aumentou seu desejo.
S/N continuava cavalgando Chan, os movimentos ritmados e intensos arrancando gemidos de ambos. O corpo de S/N tremia, a pele reluzindo de suor enquanto ele se esforçava para manter o ritmo. Os minutos pareciam horas, e, apesar de todo o esforço, Chan permanecia firme, sem dar qualquer indício de que estava prestes a chegar ao ápice.
S/N arfava, os braços trêmulos de tanto segurar os ombros de Chan. Seu próprio corpo já estava à beira do limite, mas a resistência de Chan o deixava frustrado e, ao mesmo tempo, ainda mais excitado.
— Chan… Você não… vai gozar? — S/N perguntou entre gemidos, sua voz carregada de cansaço e prazer. Ele mordeu o lábio, os olhos buscando os de Chan, que apenas sorriu de canto.
Chan levou as mãos aos quadris de S/N, apertando-os com força enquanto inclinava a cabeça para observar cada detalhe do rosto corado do vice-capitão.
— E perder essa vista? — respondeu Chan, um brilho malicioso dançando em seus olhos. — Não é todo dia que eu vejo você assim, S/N… Todo lindo, todo entregue… E tão dedicado.
S/N soltou um gemido frustrado, revirando os olhos. Ele estava exausto, mas algo no sorriso provocador de Chan o fazia querer continuar, mesmo que estivesse no limite de suas forças.
— Você é impossível… — murmurou S/N, tentando esconder a timidez, mas foi traído por um gemido alto quando Chan deu uma investida para cima, pegando-o de surpresa.
Chan riu baixo, sua voz carregada de diversão e desejo.
— Vamos lá, S/N… Quero ver quanto tempo você consegue me aguentar.
As palavras de Chan o incentivavam e provocavam ao mesmo tempo, fazendo S/N reunir suas últimas forças para continuar, mesmo que suas pernas tremessem e seu corpo pedisse descanso. Ele não queria dar a Chan o gostinho de se render tão facilmente.
Mas então, minutos depois, Chan finalmente se cansou de deixar S/N no controle. Com um movimento decidido, ele segurou S/N com firmeza pela cintura e se levantou do banco, erguendo o corpo do outro como se ele não pesasse nada. S/N ofegou, surpreso, seus braços automaticamente envolvendo o pescoço de Chan enquanto ele era pressionado contra a parede fria do vestiário.
— Agora é minha vez — murmurou Chan.
Antes que S/N pudesse dizer qualquer coisa, Chan começou a se mover novamente, entrando em um ritmo brutal. Ele segurava as pernas de S/N abertas ao redor de sua cintura, mantendo-o suspenso enquanto investia profundamente, cada estocada atingindo a próstata de S/N com precisão implacável. A nova posição arrancava gemidos altos e incontroláveis do vice-capitão, que se agarrava ao corpo de Chan como se sua vida dependesse disso.
— C-Chan…! — S/N gritou, sua voz falhando à medida que ondas de prazer o invadiam. Ele sentia como se estivesse perdendo o controle, o corpo inteiro tremendo enquanto a intensidade aumentava.
Chan, por outro lado, parecia se alimentar da reação de S/N. Um sorriso malicioso curvou seus lábios enquanto ele continuava com o mesmo ritmo impiedoso, observando o rosto de S/N contorcido em êxtase.
— Olha pra você, S/N… — provocou Chan, sua voz entrecortada pela respiração pesada. — Todo perdido no prazer, agarrado em mim como se não pudesse viver sem isso. É disso que você gosta, né? Ser completamente meu.
As palavras de Chan fizeram o rosto de S/N corar ainda mais, mas ele não conseguia formular uma resposta coerente. Tudo o que ele conseguia fazer era gemer e se apertar contra Chan, a sensação de ser preenchido tão profundamente o levando às alturas.
— Vai, S/N… Me diz — continuou Chan, a provocação evidente em seu tom. Ele inclinou-se para perto, mordendo levemente o pescoço de S/N antes de sussurrar. — Você gosta disso, não gosta? Gosta de ser fodido assim, como se fosse feito pra mim.
S/N não aguentava mais. Ele assentiu freneticamente, sua mente enevoada pelo prazer enquanto seus dedos cravavam-se nos ombros de Chan.
— S-Sim… Chan… Ah, eu… eu amo… — ele gaguejou, as palavras escapando entre gemidos desesperados.
Chan sorriu satisfeito, suas mãos apertando ainda mais as coxas de S/N enquanto acelerava o ritmo. Ele queria levar S/N ao limite, fazê-lo se perder completamente naquele momento. E a cada gemido e arquejo que S/N soltava, Chan sentia que estava perto de alcançar exatamente isso.
S/N estava completamente entregue, o corpo tremendo enquanto a hipersensibilidade tomava conta. Seus olhos estavam marejados, as lágrimas escapando lentamente enquanto ele mordia o ombro de Chan com força, tentando conter os gemidos que pareciam não ter fim. A dor e o prazer se misturavam, deixando-o à mercê de cada movimento do capitão.
Chan sentiu a mordida e arfou, a dor aguda enviando um choque através de seu corpo, mas ele não se importou. Pelo contrário, aquilo só alimentou seu desejo. Ele sabia que a marca roxa no dia seguinte seria um lembrete vívido daquele momento, e ele não queria nada menos do que isso. Afinal, aquele era S/N. O cara que o atormentava, mesmo sem perceber, desde o primeiro dia em que havia cruzado as portas daquela escola. E agora, ele estava exatamente onde Chan sempre quis que estivesse.
Sem conseguir mais segurar o que estava preso em sua mente, Chan deixou as palavras escaparem, sua voz rouca e cheia de intensidade:
— Você não faz ideia… — ele começou, suas estocadas ficando ainda mais profundas e selvagens. — Desde o dia que você entrou nessa escola, S/N… Eu soube que precisava de você. Precisava foder você desse jeito, ouvir você gemendo meu nome… sentir você assim… só pra mim.
As palavras cruas de Chan fizeram o coração de S/N acelerar ainda mais, seu rosto se escondendo contra o pescoço de Chan enquanto um gemido quase desesperado escapava de seus lábios. Ele sentia o calor subir por seu corpo, cada estocada levando-o mais perto do limite.
— Chan… — foi tudo o que S/N conseguiu dizer, sua voz abafada contra a pele do outro.
Chan, agora completamente tomado pelo momento, segurou S/N ainda mais firmemente, suas mãos grandes e quentes segurando as coxas do vice-capitão com força suficiente para deixar marcas. Ele inclinou o rosto para sussurrar no ouvido de S/N, sua respiração quente contra a pele sensível:
— Você é meu, S/N. E eu nunca vou deixar ninguém tirar você de mim.
Com aquelas palavras, Chan acelerou ainda mais, a mistura de prazer e posse guiando cada movimento. Ele queria gravar aquele momento em ambos, uma memória que nenhum dos dois jamais esqueceria. E a cada gemido, a cada tremor do corpo de S/N, Chan sabia que estava mais perto de conquistar tudo o que sempre desejou.
Chan sentiu o calor familiar se acumulando em seu baixo ventre, o aviso claro de que estava prestes a chegar ao limite. Ele sabia que não aguentaria muito mais. Segurando o rosto de S/N com ambas as mãos, ele afastou-o levemente de seu ombro, os olhos se encontrando em uma troca de olhares intensa e cheia de emoção.
— S/N… — Chan murmurou, sua voz baixa, mas carregada de sinceridade. Ele ofegava, tentando recuperar o fôlego enquanto continuava a se mover lentamente, cada estocada profunda e deliberada. — Eu… eu estou apaixonado por você. Desde o começo. Não é só desejo… É você. Sempre foi você.
As palavras pegaram S/N de surpresa. Seus olhos marejados se arregalaram, mas antes que pudesse responder, Chan fechou a distância entre eles, capturando seus lábios em um beijo profundo e desesperado. O beijo era uma mistura de paixão, desejo e vulnerabilidade, como se Chan quisesse transmitir tudo o que sentia em um único gesto.
S/N retribuiu o beijo, seus braços envolvendo o pescoço de Chan enquanto o calor de suas palavras e ações se espalhava por seu corpo. Ele sentia tudo — o toque de Chan, o som das respirações pesadas, o pulsar de emoções intensas.
Com uma última estocada profunda, Chan finalmente perdeu o controle. Ele gemeu contra os lábios de S/N, seu corpo tremendo enquanto derramava tudo dentro do vice-capitão. Ele pressionou S/N ainda mais contra a parede, segurando-o como se não quisesse que aquele momento acabasse.
— Você é tudo pra mim, S/N… — Chan murmurou contra os lábios do outro, sua respiração ainda ofegante, mas a voz cheia de emoção. Ele permaneceu ali, os corpos suados e entrelaçados, enquanto ambos tentavam recuperar o fôlego e assimilar tudo o que havia acabado de acontecer.
Depois de alguns momentos em que ambos ficaram apenas respirando e tentando se recompor, S/N quebrou o silêncio de forma inesperada. Ele deu um tapa no ombro de Chan, ainda corado, mas com um olhar que misturava frustração e exasperação.
— Por que você nunca disse que gostava de mim, hein? — S/N perguntou, sua voz carregada de um leve tom de repreensão. — Eu não sou um ser humano básico, Chan. Você acha que eu não estaria aberto a algo assim?
Chan piscou, surpreso pela mudança de tom, antes de soltar uma risada baixa e um tanto nervosa. Ele coçou a nuca, claramente envergonhado.
— Eu… eu não sabia se você gostava de garotos… — ele começou, tentando justificar. — Além disso, você é sempre tão difícil de ler, S/N. Eu nunca quis estragar o que tínhamos…
S/N revirou os olhos, mas havia um pequeno sorriso se formando em seus lábios. Ele suspirou, cruzando os braços.
— Difícil de ler? Chan, você só precisava ter perguntado… Eu sempre estive aberto a qualquer experiência, especialmente com alguém que me tratasse bem.
Chan sorriu de canto, um pouco aliviado pela resposta de S/N, mas ainda sentindo o peso da bronca. Ele deu um passo mais perto, seus olhos fixos no rosto do vice-capitão.
— Tá bom, tá bom… Eu fui um idiota. Me desculpa, S/N.
O silêncio entre eles durou apenas um segundo antes de S/N murmurar algo que fez o coração de Chan quase parar.
— Quero um encontro de verdade… — disse S/N, sua voz mais baixa, mas ainda firme. — Quero que você me mostre que isso é mais do que só… bem, o que aconteceu aqui.
Chan ficou imóvel por um momento, processando as palavras de S/N. Então, um sorriso enorme e cheio de amor se espalhou por seu rosto. Ele sentiu o peito se encher de calor, como se todas as suas dúvidas e medos tivessem se dissipado em um instante.
— Então isso significa que você… quer ficar comigo? — ele perguntou, quase com um tom infantil de esperança.
S/N deu um meio sorriso, balançando a cabeça em uma mistura de divertimento e timidez.
— Não sei, Chan. Acho que depende de como você vai se sair no nosso primeiro encontro…
Chan riu, mas havia um brilho de determinação em seus olhos. Ele segurou as mãos de S/N, entrelaçando seus dedos com os dele.
— Prometo que vai ser o melhor encontro da sua vida, S/N.
E, naquele momento, ambos sabiam que aquilo era apenas o começo de algo muito maior entre eles.
CENA BONUS UM
Depois de meses juntos, Chan e S/N haviam estabelecido uma rotina que era tão natural quanto emocionante. Os encontros variavam entre passeios simples no parque, filmes no sofá, e noites intensas que invariavelmente terminavam na cama de Chan. A intimidade entre os dois crescia a cada dia, mas Chan ainda se via nervoso às vezes, especialmente quando se dava conta do quão profundamente estava apaixonado.
Numa dessas noites, enquanto S/N estava montado nele, ambos ofegantes e completamente imersos um no outro, as palavras escaparam dos lábios de Chan antes que ele pudesse se controlar.
— Eu te amo… — Ele arfou, sua voz baixa, mas carregada de sinceridade.
S/N congelou por um momento, os olhos arregalados enquanto o ritmo entre eles diminuía. Chan imediatamente percebeu o que havia dito e entrou em pânico. Seu coração disparou, e ele tentou, de forma desesperada, desfazer o que parecia ter sido um erro.
— Q-quero dizer, não é que… é claro que eu gosto de você, mas… não é exatamente isso que eu quis dizer agora… — Ele gaguejava, as palavras saindo atropeladas enquanto o rubor subia em seu rosto. — Quero dizer, é cedo, né? Talvez você nem…
Antes que Chan pudesse terminar, S/N inclinou-se para frente e capturou os lábios dele em um beijo profundo. Chan arregalou os olhos no início, mas logo relaxou, entregando-se ao toque suave e cheio de significado. Quando S/N se afastou, seus olhos estavam brilhando, e um pequeno sorriso brincava em seus lábios.
— Eu também te amo, Chan — murmurou S/N, a sinceridade em sua voz cortando qualquer dúvida que Chan pudesse ter.
Chan ficou imóvel por alguns segundos, como se as palavras de S/N não fossem reais. Mas então, um sorriso enorme se espalhou por seu rosto, e ele o abraçou com força, puxando-o ainda mais para perto.
— Você não tem ideia do quanto isso me faz feliz… — disse Chan, sua voz embargada de emoção.
S/N sorriu, acariciando o rosto dele com carinho.
— E você não faz ideia do quanto eu amo ouvir você dizer isso.
Eles se beijaram novamente, dessa vez com ainda mais paixão, como se aquele momento tivesse selado algo profundo e eterno entre eles. A noite continuou, mas agora havia algo diferente: a certeza de que o que tinham não era apenas desejo ou diversão, mas amor verdadeiro.
CENA BONUS DOIS
Depois de algum tempo namorando, Chan e S/N decidiram que era hora de contar ao time sobre o relacionamento. Não era que eles tivessem escondido de propósito — ambos apenas queriam se certificar de que estavam prontos para lidar com a reação dos outros, especialmente considerando que eram o capitão e o vice-capitão do time.
A oportunidade surgiu após um treino particularmente exaustivo, quando todos estavam relaxando no vestiário. O time ria e conversava, ainda animado com a vitória do jogo mais recente. Chan e S/N trocaram olhares rápidos, e Chan deu um pequeno aceno de cabeça, incentivando S/N a começar.
S/N pigarreou, atraindo a atenção de todos.
— Ei, pessoal, a gente tem algo pra dizer. — Sua voz era firme, mas havia um leve sorriso em seus lábios.
Todos se viraram para olhar para ele e Chan, com expressões de curiosidade. Um dos colegas riu, cruzando os braços.
— Não me diga que vocês vão passar mais treinos, porque eu juro que isso não vai pegar bem pro técnico.
Chan riu nervosamente, coçando a nuca. Ele olhou para S/N antes de abrir um sorriso genuíno.
— Não, não é nada disso. Na verdade… — Ele fez uma pausa dramática, o rosto ficando um pouco vermelho. — A gente tá namorando.
O vestiário ficou em silêncio por alguns segundos, e então explodiu em uma mistura de reações. Alguns começaram a rir e aplaudir, enquanto outros ficaram boquiabertos, como se não conseguissem acreditar no que estavam ouvindo.
— Eu sabia! — disse um dos jogadores, apontando para eles com um sorriso enorme. — Vocês acham que a gente não notava os olhares ou como vocês sempre ficam juntos? Foi só uma questão de tempo!
— Por que demoraram tanto pra contar? — outro perguntou, cruzando os braços e rindo. — A gente achava que ia descobrir porque vocês iam se beijar no meio da quadra ou algo assim.
S/N deu de ombros, tentando parecer indiferente, mas o sorriso no rosto dele traía o quanto estava aliviado.
— Achamos que seria mais fácil dizer quando estivéssemos prontos. Além disso, é meio complicado quando você namora o capitão do time, né?
Chan colocou um braço em volta de S/N, sorrindo para o time.
— Bom, agora vocês sabem. E só pra deixar claro: isso não muda nada durante os treinos ou jogos. Somos o mesmo time de sempre.
Um dos jogadores gritou do fundo:
— Então quer dizer que podemos brincar sobre isso agora?
Chan e S/N se entreolharam e riram.
— Não muito! — respondeu Chan, apontando para o jogador, embora seu sorriso mostrasse que ele não estava falando sério.
A atmosfera no vestiário ficou ainda mais descontraída, e logo todos estavam rindo e brincando como sempre. O alívio no rosto de S/N era evidente, e Chan segurou sua mão discretamente, apertando-a em um gesto silencioso de apoio.
Eles sabiam que tinham um time que não apenas os aceitava, mas também os apoiava, e aquilo fez tudo valer a pena.
CENA BONUS TRÊS
O ginásio estava em um frenesi, com as arquibancadas lotadas e as duas torcidas vibrando a cada ponto. O placar marcava empate, e faltava menos de um minuto para o jogo terminar. A tensão era palpável, e todos no time sabiam que precisavam de um último golpe certeiro para garantir a vitória.
Chan, no papel de capitão, organizou rapidamente a estratégia para o saque decisivo. Ele olhou para S/N, que estava posicionado com foco total nos olhos. Não precisaram trocar palavras; ambos sabiam o que fazer.
A bola foi lançada, e a jogada se desenrolou em câmera lenta na mente de S/N. Ele saltou com toda a força, sentindo a adrenalina correr por seu corpo enquanto seus dedos encontravam a bola e a esmagavam com precisão na cesta adversária. O apito soou logo em seguida, confirmando o ponto final e a vitória do time.
O ginásio explodiu em aplausos e gritos, mas antes que o resto do time pudesse correr para S/N, Chan já havia se movido mais rápido. Com um sorriso radiante, ele pulou em cima de S/N, envolvendo-o em um abraço apertado enquanto ambos ainda estavam suados e ofegantes.
— Você é incrível, sabia? — Chan exclamou, sem conseguir conter o orgulho e a emoção.
Antes que S/N pudesse responder, Chan capturou seus lábios em um beijo cheio de paixão e felicidade, bem ali, no meio da quadra, na frente de todo o ginásio. S/N ficou surpreso por um momento, mas logo começou a rir contra os lábios de Chan, aproveitando a intensidade do momento.
Quando o beijo terminou, S/N ainda ria, suas mãos pousando nos ombros de Chan.
— Você sabe que acabou de fazer isso na frente de todo mundo, né? — ele disse, com um brilho de divertimento nos olhos.
Chan deu de ombros, um sorriso travesso no rosto.
— E daí? Você merece isso e muito mais.
O resto do time finalmente chegou até eles, interrompendo o momento com abraços e gritos de comemoração. Alguém até gritou brincando:
— Ei, capitão, deixa a gente comemorar também, né?
O ginásio continuava vibrando com a energia da vitória, e S/N olhou para Chan com um sorriso que dizia tudo. Não importava onde estavam ou quem estivesse olhando; naquele momento, tudo parecia exatamente onde deveria estar.
CENA BONUS FINAL
O baile estava em seu auge, com luzes cintilantes iluminando o salão e uma atmosfera mágica envolvendo a todos. Chan, como esperado, foi coroado rei do baile, arrancando aplausos e gritos animados da multidão. Uma garota popular foi coroada rainha, e todos aguardavam a tradicional dança entre eles.
S/N estava à margem do salão, assistindo com um sorriso genuíno. Ele não se importava que Chan estivesse compartilhando o momento com outra pessoa; na verdade, estava feliz pelo namorado. Chan merecia todo o reconhecimento e celebração por ser quem era.
Quando a música lenta começou, Chan caminhou até o centro do salão com a coroa brilhando em sua cabeça. Ele segurou a mão da rainha do baile, mas, antes de começar a dança, disse algo que a fez sorrir e acenar compreensivamente. Em vez de iniciar a valsa com ela, Chan virou-se para S/N, que o observava do outro lado do salão com uma expressão confusa.
Chan caminhou decidido até ele, estendendo a mão.
— Vem, dança comigo.
S/N piscou, surpreso, olhando em volta para o salão cheio de olhares curiosos e algumas expressões de choque.
— Chan, o que você está fazendo? — ele perguntou, sua voz baixa e hesitante.
— Estou fazendo o que deveria ter feito desde o começo. — Chan sorriu, segurando a mão de S/N com firmeza. — Eu quero que todos saibam que é você quem está ao meu lado.
O coração de S/N acelerou, mas, antes que pudesse pensar em recusar, Chan o puxou para o centro do salão. A música continuava tocando, e os dois começaram a se mover lentamente, seus passos hesitantes no início, mas logo fluindo em perfeita harmonia.
O salão ficou em silêncio por um momento, até que aplausos começaram a ecoar, tímidos no início, mas logo se transformando em um coro de apoio. A rainha do baile, encostada a um canto, bateu palmas e gritou algo como:
— Isso é tão fofo!
S/N não conseguiu conter um sorriso enquanto olhava para Chan, seus olhos brilhando.
— Você é louco, sabia?
Chan riu, inclinando-se para sussurrar em seu ouvido.
— Louco por você, talvez.
S/N revirou os olhos, mas o sorriso em seu rosto nunca desapareceu. Ele descansou a cabeça no ombro de Chan enquanto continuavam dançando, ignorando todos ao redor. Naquele momento, nada mais importava além deles dois e a música lenta preenchendo o ar.
Era a noite perfeita.
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Imagine Jimin

Estar namorando S/N era como um sonho para Jimin. Ele ainda se lembrava vividamente do dia em que tudo começou, na biblioteca da universidade. Não era um grande fã de bibliotecas, mas a pressão de um trabalho de biologia celular o levou até lá. Ele mal sabia que aquele dia mudaria sua vida.
Ao entrar, Jimin sentiu o cheiro familiar de papel e tinta misturado ao silêncio absoluto que o lugar exigia. Ele olhou em volta, confuso, cercado por prateleiras intermináveis. "Por onde eu começo?", pensou, frustrado. Então, avistou o balcão de atendimento. Caminhou até lá, já ensaiando na mente o que diria.
Quando levantou os olhos, lá estava S/N. Ele tinha os olhos focados em alguns papéis, arrumando-os com cuidado. Um pequeno par de óculos repousava no nariz e os cabelos caíam suavemente sobre a testa. Foi aí que aconteceu. O coração de Jimin acelerou de forma quase dolorosa, e ele sentiu como se o ar ao redor tivesse ficado mais pesado.
"Porra", pensou ele, sentindo o rosto esquentar. "Quem é esse cara? E por que ele é tão lindo assim?"
S/N finalmente percebeu a presença de Jimin e levantou o olhar. Ele sorriu de um jeito tão natural que parecia iluminar todo o ambiente.
— Com o que eu posso te ajudar? — perguntou, inclinando a cabeça ligeiramente para o lado, sua voz suave quebrando o silêncio absoluto da biblioteca.
Jimin sentiu a garganta secar. Ele estava preparado para falar algo direto e objetivo, mas tudo o que saiu foi: — É... eu... biologia.
S/N piscou algumas vezes, confuso, mas manteve o sorriso. — Você está procurando um livro de biologia?
— Sim! — Jimin respondeu com rapidez exagerada, quase se amaldiçoando pela falta de jeito. — Quero dizer, sim, isso mesmo. Biologia celular. Para... um trabalho.
S/N soltou uma risadinha suave, que fez Jimin se sentir ainda mais constrangido. Mas, ao mesmo tempo, aquele som foi como música para seus ouvidos.
— Claro, venha comigo. — Ele contornou o balcão, gesticulando para que Jimin o seguisse.
Enquanto andavam pelas fileiras de prateleiras, Jimin tentou não ficar encarando demais. Mas era impossível. Cada pequeno movimento de S/N parecia cativante — o jeito como ele passava os dedos pelos livros, como murmurava nomes para si mesmo enquanto procurava o título certo.
"Por que estou tão nervoso? É só um cara... Certo?"
Finalmente, S/N parou e puxou um livro da prateleira, virando-se para entregá-lo a Jimin. — Aqui está. Este é um bom começo. Se precisar de mais algum material, é só me chamar, tá bom?
Jimin aceitou o livro, tentando não tocar nas mãos de S/N, mas falhando miseravelmente. Quando os dedos se encostaram, ele sentiu um arrepio subir pela espinha. — Obrigado... mesmo.
S/N deu um sorriso maior dessa vez, os olhos brilhando por trás das lentes dos óculos. — Sem problemas. Boa sorte com o trabalho!
Jimin tentou sair dali sem tropeçar, mas, ao chegar à porta, não resistiu a um último olhar. S/N já tinha voltado ao balcão, concentrado novamente em seus papéis. Jimin sorriu consigo mesmo, sentindo o peito aquecido.
"Eu preciso de mais desculpas para voltar aqui."
Depois daquele primeiro encontro, Jimin passou a visitar a biblioteca regularmente. A princípio, ele ainda tentava se convencer de que era só pelo estudo, mas, com o tempo, ficou óbvio até para ele mesmo que o motivo principal tinha nome: S/N.
Às vezes, ia sozinho, fingindo que precisava de mais livros para as matérias, mesmo quando já tinha tudo o que precisava. Outras vezes, era arrastado por Taehyung, seu melhor amigo e o maior incentivador de seus "planos" com S/N. Ou melhor, da total falta de planos.
— Você não pode continuar indo lá só para ficar olhando para ele como um idiota apaixonado, Jimin — dizia Taehyung, revirando os olhos enquanto puxava Jimin pela mochila em direção à biblioteca. — Sério, uma hora ele vai perceber, e não vai ser porque você finalmente teve coragem de falar alguma coisa.
— Eu não fico só olhando pra ele, Tae — Jimin resmungou, já sentindo o rosto corar. — Eu tô lá pelos livros também.
Taehyung arqueou uma sobrancelha, claramente não acreditando. — Ah, claro. Porque você sempre foi um entusiasta de leitura, não é? Vai me dizer que tá lendo biologia no café agora?
Jimin abriu a boca para retrucar, mas sabia que seu amigo tinha razão. Ele não conseguia parar de observar S/N sempre que estava na biblioteca. Cada pequeno detalhe o fascinava. O jeito como ele franzia levemente a testa ao organizar os papéis no balcão, ou como ele brincava com a caneta enquanto lia algo, às vezes até mordendo a ponta dela.
"Ele é tão fofo", Jimin pensava, escondido atrás de uma estante de livros enquanto fingia procurar por algo. Era como se S/N estivesse no centro de um pequeno universo, e tudo ao redor parecia mais brilhante só por causa dele.
Certa vez, enquanto S/N organizava uma pilha de livros na mesa próxima, Jimin teve a chance perfeita de se aproximar. Taehyung, que estava ao lado dele, cutucou sua costela. — Vai lá. Chama ele pra sair. Fala qualquer coisa!
— Tipo o quê? — Jimin sussurrou, olhando desesperado para o amigo. — "Oi, eu fico te observando há semanas e acho você incrível"?
— Isso seria um ótimo começo, na verdade — Taehyung respondeu, segurando uma risada.
Jimin balançou a cabeça, suando frio. Ele se aproximou um pouco, mas S/N estava tão concentrado que nem percebeu sua presença. Quando S/N sorriu levemente ao ver que os livros estavam no lugar certo, Jimin sentiu o coração disparar novamente.
"Como alguém pode ser tão perfeito?"
Ele tentou abrir a boca, mas, no último segundo, fingiu que estava apenas procurando por outro livro na mesma seção. Quando voltou para o lado de Taehyung, o amigo o olhou com pura exasperação. — Você é um caso perdido.
Jimin deu de ombros, escondendo o rosto com as mãos. — Eu sei, tá bom? Mas... só observar já é bom o suficiente.
— Por enquanto, talvez — Taehyung murmurou. — Mas um dia você vai se arrepender de não ter falado nada.
Apesar das palavras de Taehyung, Jimin continuou na mesma. Ele ia à biblioteca, ficava por perto, e admirava S/N em silêncio, decorando cada detalhe. O som da voz suave dele ao responder às perguntas dos alunos, o jeito como ele ajeitava os óculos quando deslizavam pelo nariz... tudo em S/N parecia sair de um sonho.
Jimin só não sabia se algum dia teria coragem de transformar aquele sonho em realidade.
A resposta que Jimin tanto esperava veio algumas semanas depois, de um jeito inesperado. Ele estava na sala de aula, rabiscando distraidamente no caderno enquanto Taehyung cochilava ao seu lado, quando ouviu uma voz familiar do outro lado da sala.
— Boa tarde, pessoal! — Era S/N, com sua postura calma e aquele sorriso encantador. Ele carregava uma prancheta e parecia um pouco tímido, mas determinado.
Jimin sentiu o coração pular no peito ao vê-lo ali, tão próximo, e lutou para disfarçar a euforia. S/N explicou que a biblioteca estava precisando de ajuda. Os livros estavam empoeirados e alguns fora do lugar por causa de alunos que não os devolviam corretamente. Era um trabalho simples, mas necessário, e ele estava procurando voluntários para ajudar a organizar tudo.
Enquanto S/N falava, Jimin mal conseguia prestar atenção. Ele estava completamente fascinado pela maneira como S/N gesticulava levemente ao explicar, como seus olhos brilhavam quando mencionava a importância de cuidar dos livros.
— Se alguém estiver interessado, pode vir falar comigo depois da aula — concluiu S/N, olhando ao redor da sala, com um sorriso de agradecimento.
Antes que ele pudesse terminar a frase, Jimin já estava com a mão levantada.
— Eu quero ajudar!
A sala inteira se virou para encará-lo, inclusive Taehyung, que acordou do cochilo com a movimentação repentina.
— Sério? — S/N perguntou, parecendo genuinamente surpreso, mas feliz. — Isso seria incrível!
Jimin acenou com a cabeça, um sorriso um pouco nervoso escapando. — Claro, eu adoraria ajudar.
Taehyung, ao lado, apenas olhou para ele com uma expressão que dizia "Eu sabia".
— Ótimo! — disse S/N, anotando algo na prancheta antes de voltar a olhar para Jimin. — Nos encontramos amanhã, às três da tarde, na biblioteca, tudo bem?
— Perfeito! — respondeu Jimin, talvez com mais entusiasmo do que pretendia.
Quando S/N saiu da sala, Jimin se recostou na cadeira, tentando processar o que acabara de acontecer.
— Isso foi muito rápido — murmurou Taehyung, ainda meio sonolento, mas claramente se divertindo com a situação. — Você nem gaguejou, estou impressionado.
— Ele precisava de ajuda — Jimin respondeu, tentando parecer casual, embora a empolgação em sua voz fosse evidente. — E eu... eu só... quero ajudar.
— Aham, claro que quer — zombou Taehyung. — Pelo menos agora você tem uma desculpa legítima para passar um tempo com ele.
E Jimin sabia que Taehyung estava certo. Amanhã, às três da tarde, ele finalmente teria a chance de ficar perto de S/N, de conversar com ele sem parecer apenas mais um aluno perdido na biblioteca.
Enquanto o resto da aula passava, Jimin não conseguia parar de sorrir.
No dia seguinte, às três da tarde, Jimin chegou à biblioteca com um entusiasmo nervoso que mal conseguia conter. Ele tinha escolhido sua melhor camiseta casual, arrumado o cabelo com cuidado e até ensaiado algumas conversas na cabeça. Finalmente, ele teria a chance de passar um tempo com S/N, sem a barreira do balcão entre eles.
Mas sua empolgação foi rapidamente esmagada ao entrar no salão principal. Cinco outros voluntários já estavam lá, reunidos em volta de S/N, que explicava as tarefas com a mesma calma e gentileza de sempre. Jimin parou por um momento, observando a cena, o coração afundando.
"Ótimo", ele pensou, tentando disfarçar a decepção. "Claro que não seria só eu."
S/N percebeu Jimin entrando e deu-lhe um sorriso caloroso.
— Ah, Jimin! Que bom que você veio. Estamos prestes a começar.
Jimin acenou com um sorriso forçado, se juntando ao grupo. Ele tentou ouvir as instruções, mas seu foco estava dividido entre a voz de S/N e os outros voluntários, que claramente também estavam interessados em agradá-lo.
Um rapaz alto e loiro fez questão de se voluntariar para qualquer tarefa que envolvesse carregar pilhas de livros, aproveitando para exibir a força enquanto sorria para S/N. Uma garota com um sorriso tímido ficava rindo de tudo o que S/N dizia, mesmo que não fosse engraçado. Jimin sentiu uma pontada de ciúme crescer no peito, mas não disse nada.
— Tudo bem, pessoal, vamos nos dividir em duplas para agilizar o trabalho — anunciou S/N, olhando para os rostos ao redor. — Temos três áreas principais para organizar, então cada dupla ficará responsável por uma.
"Por favor, me escolhe. Por favor, me escolhe," Jimin repetia mentalmente enquanto S/N atribuía as duplas.
No entanto, quando S/N terminou de formar os pares, Jimin percebeu que não seria assim tão fácil. Ele havia sido colocado com o rapaz loiro enquanto S/N ficaria na seção ao lado com a garota sorridente.
Jimin suspirou internamente, mas tentou não demonstrar sua frustração. Afinal, ele estava ali para ajudar... mesmo que o motivo principal fosse outro.
Enquanto movia os livros e tirava o pó ao lado do loiro, que parecia mais interessado em falar sobre musculação do que em trabalhar, Jimin não conseguia evitar lançar olhares ocasionais para S/N. Ele o observava interagindo com a outra dupla, sua postura gentil e o sorriso constante que parecia iluminar tudo ao seu redor.
"Talvez isso seja o mais perto que eu vou chegar dele," pensou Jimin, seu coração pesado.
Mas, no meio de sua frustração, uma voz suave o chamou de volta:
— Jimin, você pode me ajudar aqui por um momento?
Jimin levantou os olhos rapidamente e viu S/N olhando diretamente para ele, segurando uma pilha de livros com dificuldade.
— Claro! — respondeu, apressando-se para ajudá-lo, ignorando completamente o olhar curioso do loiro.
Quando chegou ao lado de S/N, ele pegou metade dos livros sem hesitar.
— Onde você quer que eu coloque isso?
— Na prateleira ali em cima — disse S/N, apontando com o queixo. Ele sorriu, parecendo genuinamente grato. — Obrigado. Acho que subestimei o peso desses livros.
Jimin riu baixinho.
— Talvez eu devesse ter trazido o "cara da musculação" comigo, né?
S/N soltou uma risada curta, balançando a cabeça.
— Não, acho que prefiro você.
O comentário fez o coração de Jimin disparar. Ele olhou para S/N, que parecia tranquilo e alheio ao impacto de suas palavras, e sentiu um pouco da frustração anterior desaparecer.
Depois de quase duas horas de trabalho árduo, S/N olhou para os voluntários reunidos e sorriu gentilmente, mesmo com algumas prateleiras ainda precisando de atenção.
— Pessoal, acho que já fizemos bastante por hoje — disse ele, apoiando as mãos nos quadris. — Não quero tomar mais do tempo de vocês.
A turma de voluntários pareceu aliviada. O rapaz loiro se esticou e deu um longo suspiro, murmurando algo sobre estar "arrasado" pela quantidade de livros carregados. A garota que estava ao lado de S/N sorriu e agradeceu antes de pegar sua bolsa e sair, enquanto os outros se despediam rapidamente, satisfeitos com o trabalho feito.
Jimin, no entanto, hesitou. Ele tinha acabado de devolver um livro à prateleira quando ouviu S/N falar. Virando-se, percebeu que os outros já estavam saindo e sentiu o impulso de fazer o mesmo, mas alguma coisa o fez ficar parado ali, olhando para S/N.
Quando os últimos voluntários saíram, S/N suspirou aliviado, mas parecia cansado. Ele ajeitou a franja que insistia em cair nos olhos e começou a reorganizar os materiais que ainda estavam espalhados pelo balcão.
Jimin se aproximou, aproveitando o momento de calma. — Ei, você não vai embora também? — perguntou, com um sorriso tímido.
S/N levantou o olhar para ele, surpreso por não estar sozinho. — Ah, não. Ainda tem algumas coisas que preciso terminar aqui.
— Quer ajuda? — Jimin se ofereceu sem pensar, o coração batendo rápido. — Eu não tô com pressa.
S/N pareceu refletir por um momento, mas depois sorriu. — Não quero te prender mais tempo, Jimin. Você já ajudou bastante hoje.
— Não é problema — Jimin respondeu, dando de ombros. — Eu gosto de estar aqui.
O comentário fez S/N rir baixo, embora houvesse algo curioso no jeito como ele olhou para Jimin. — Tudo bem, então. Se você insiste, pode me ajudar a organizar esses últimos livros.
— Claro! — Jimin respondeu, tentando não parecer tão animado. Ele pegou uma pilha de livros e começou a andar ao lado de S/N até a seção certa.
Enquanto trabalhavam juntos, o ambiente parecia mais tranquilo, quase íntimo. S/N comentava casualmente sobre alguns livros, às vezes compartilhando pequenas histórias engraçadas sobre alunos que ele já tinha ajudado. Jimin, por sua vez, fazia perguntas, absorvendo cada palavra, enquanto tentava não deixar transparecer o quanto adorava estar ali com ele.
Depois de alguns minutos em silêncio, Jimin finalmente reuniu coragem para falar algo que vinha pensando há semanas. — Você é sempre tão... dedicado com isso tudo? Quero dizer, você parece realmente se importar com a biblioteca.
S/N sorriu, parando por um momento para olhar para ele. — É que eu gosto daqui. É um lugar calmo, sabe? Acho que as pessoas subestimam o quanto a leitura e o silêncio podem fazer bem.
Jimin assentiu, sentindo-se ainda mais atraído pela sinceridade de S/N. — É... eu nunca tinha pensado nisso assim, mas faz sentido.
Enquanto trabalhavam lado a lado, Jimin sentia o coração bater cada vez mais forte. Eles estavam tão próximos, em um silêncio confortável que parecia perfeito. Ele não sabia exatamente o que o encorajava, mas sentia que aquele era o momento certo.
"É agora ou nunca," pensou Jimin, tomando coragem para convidar S/N para sair. Ele ensaiava as palavras em sua mente, tentando não soar nervoso ou desesperado.
No entanto, antes que pudesse abrir a boca, S/N quebrou o silêncio:
— Jimin?
— Hm? — Jimin respondeu, parando no meio do movimento de empilhar os últimos livros na prateleira.
S/N virou-se para ele, segurando um livro contra o peito e sorrindo de um jeito meio tímido, mas adorável.
— Eu estava pensando... Você ficou até mais tarde para ajudar, mesmo sem precisar, e eu realmente agradeço por isso.
Jimin piscou, confuso por um momento, antes de balançar a cabeça com um sorriso.
— Ah, não foi nada. Eu queria ajudar.
— Mesmo assim — insistiu S/N, inclinando levemente a cabeça. — Que tal eu te pagar um café? Como agradecimento?
Por um segundo, Jimin ficou em choque. Aquilo era real? S/N realmente o estava convidando para um café? Ele sentiu a euforia crescendo dentro de si, mas tentou se manter calmo.
— Um café? — perguntou, a voz um pouco mais alta do que pretendia.
— Sim, se você estiver livre, claro — disse S/N, um pouco mais confiante agora. — Eu conheço um lugar aqui perto. É pequeno, mas tem um ótimo cappuccino.
— Eu... — Jimin engoliu em seco, tentando parecer casual enquanto sua mente gritava "SIM, SIM, SIM!" — Eu adoraria.
S/N sorriu novamente, dessa vez mais aberto, o que fez o coração de Jimin quase sair pela boca.
— Ótimo! Vamos terminar aqui e ir?
Jimin assentiu, sentindo as mãos um pouco suadas de nervosismo.
— Claro, parece uma ótima ideia.
O café foi tudo o que Jimin poderia ter sonhado — e mais. A conversa fluiu naturalmente, sem a barreira das prateleiras ou a formalidade dos livros. Eles riram, compartilharam histórias pessoais e descobriram gostos em comum, desde músicas até filmes e até mesmo seus pratos favoritos. Cada sorriso de S/N fazia Jimin se perder um pouco mais, enquanto cada pequeno detalhe que ele aprendia sobre S/N tornava seus sentimentos mais profundos.
Na despedida, em frente à biblioteca, S/N virou-se para Jimin com um sorriso doce.
— Obrigado por hoje. Foi bom sair um pouco da rotina... E, bom, pela companhia.
Jimin ficou um pouco sem jeito, enfiando as mãos nos bolsos, mas conseguiu responder com um sorriso:
— Eu também gostei. Muito.
Antes que pudesse dizer mais alguma coisa, S/N inclinou-se e deu um beijo suave na bochecha de Jimin.
— A gente se vê por aí? — perguntou, sorrindo antes de se virar para ir embora.
Jimin ficou estático por alguns segundos, o calor do beijo ainda queimando sua pele. Assim que S/N sumiu de vista, ele finalmente conseguiu se mover, sorrindo como um bobo enquanto caminhava de volta para casa. Estava nas nuvens.
Um encontro levou a outro, e logo os dois estavam se vendo com frequência. Um café virou um passeio no parque, que virou uma ida ao cinema, e assim, os encontros se multiplicaram. Entre conversas profundas e momentos leves, eles se aproximaram mais a cada dia. Quatro meses se passaram em um piscar de olhos, e a companhia de S/N tornou-se a melhor parte da rotina de Jimin.
Naquela noite, após mais um encontro divertido, Jimin insistiu em acompanhar S/N até em casa. O céu estava limpo, as estrelas brilhavam, e a conversa fluía como sempre. Mas havia algo diferente no ar, um nervosismo crescente que Jimin tentava esconder.
Quando chegaram à porta da casa de S/N, Jimin parou. Ele sabia que não poderia adiar para sempre. Ele tinha que fazer algo.
— Bom, aqui estamos — disse S/N, virando-se para ele com aquele sorriso que Jimin adorava. — Obrigado por me acompanhar.
Jimin riu, passando a mão na nuca.
— Ah, não foi nada. Eu só queria garantir que você chegasse bem.
Eles ficaram em silêncio por um momento, e Jimin sentiu o coração acelerar. Ele sabia que era agora ou nunca. Reunindo toda a coragem que tinha, deu um passo mais próximo de S/N, tão perto que podia sentir o perfume leve que ele usava.
— S/N... Eu... — começou, mas antes que pudesse terminar, ele inclinou-se e selou os lábios nos de S/N em um beijo suave, mas cheio de sentimentos.
S/N ficou surpreso no início, mas não demorou a corresponder. O beijo era tímido, mas tinha algo de genuíno, algo que fazia tudo parecer tão certo. Quando se separaram, Jimin estava corado e um pouco sem fôlego.
— Desculpa, eu... — começou, mas S/N colocou um dedo em seus lábios, sorrindo.
— Não precisa se desculpar, Jimin — disse, ainda com as bochechas levemente rosadas. — Eu estava esperando que você fizesse isso.
O sorriso que apareceu no rosto de Jimin era tão grande que ele quase não conseguia conter.
— Mesmo?
S/N assentiu, rindo baixo.
— Sim. Eu só estava esperando você tomar coragem.
Eles riram juntos antes de Jimin se inclinar para um último beijo, mais confiante dessa vez. Aquele momento selou tudo o que os dois já sentiam há meses, e enquanto Jimin voltava para casa, ele sabia que, finalmente, S/N era mais do que apenas um crush — era o começo de algo lindo.
Depois de algumas semanas vivendo o que parecia ser um sonho, Jimin e S/N finalmente oficializaram o namoro. Era algo natural, como se o universo tivesse conspirado para uni-los. A notícia correu entre os amigos mais próximos de Jimin, e todos — especialmente Taehyung — estavam felizes por ele.
Certo dia, S/N estava saindo da universidade após mais um dia voluntariando na biblioteca. Ele carregava uma mochila no ombro e um sorriso tranquilo no rosto, sem perceber que estava sendo observado por alguém. O rapaz loiro, musculoso, que S/N lembrava vagamente de algumas aulas, aproximou-se com um sorriso confiante demais.
— Ei, S/N, né? — começou ele, cruzando os braços enquanto bloqueava parcialmente o caminho de S/N. — Você deve ouvir isso o tempo todo, mas... Você é incrível. Estava te observando, e pensei em convidar você pra sair.
S/N ficou surpreso e um pouco desconfortável. Ele não estava acostumado a receber cantadas tão diretas, e o tom do rapaz não parecia exatamente respeitoso. Antes que pudesse formular uma resposta, uma voz familiar surgiu atrás de si.
— Ah, aí está você, meu amor.
O loiro franziu o cenho, mas S/N sentiu imediatamente o alívio. Jimin apareceu ao seu lado, com um sorriso tão doce quanto perigoso. Ele não perdeu tempo, envolveu a cintura de S/N com seus braços e depositou um beijo suave nos lábios dele, como se fosse a coisa mais natural do mundo.
— Vamos? — murmurou Jimin, seus olhos indo diretamente para os do loiro, que parecia desconcertado. O sorriso doce desapareceu de seus lábios, substituído por um olhar frio e afiado.
O loiro deu um passo para trás, claramente desconfortável com a presença de Jimin e o gesto possessivo. Ele levantou as mãos, como se se rendesse.
— Certo, eu entendi o recado.
Jimin não respondeu, apenas inclinou-se para deixar mais um beijo na testa de S/N antes de começar a guiá-lo para longe dali. Assim que estavam a uma distância segura, ele relaxou os ombros e sorriu, apertando de leve a cintura de S/N.
— Você está bem? — perguntou Jimin, olhando para ele com preocupação genuína.
S/N riu baixo, balançando a cabeça.
— Estou. Obrigado por isso... Você chegou na hora certa.
Jimin sorriu, sentindo-se orgulhoso.
— Claro que sim. Não ia deixar ninguém te incomodar. Você é meu, S/N.
S/N corou, mas não pôde evitar sorrir de volta. Ele se sentia seguro e amado ao lado de Jimin, e aquele pequeno gesto foi apenas mais uma prova de que Jimin faria qualquer coisa para protegê-lo — com direito a um toque de possessividade que ele não achava ruim de forma alguma.
O loiro não foi mais visto, e para Jimin, aquilo era perfeito. Afinal, ele não tinha intenção de dividir S/N com ninguém.
A relação de Jimin e S/N estava mais forte do que nunca, com o passar do tempo, se tornando cada vez mais profunda e carinhosa. Eles passavam os dias se apoiando, explorando novas experiências juntos, e cultivando uma conexão que parecia ser feita para durar. Havia risos, passeios românticos, trocas de olhares cheios de afeto e, claro, uma enorme cumplicidade. Eles estavam mais apaixonados do que no início, mas ainda havia um aspecto de seu relacionamento que parecia um pouco diferente do que outros casais costumavam vivenciar.
Em uma tarde tranquila, Jimin estava sentado com Taehyung em um café, bebendo um cappuccino e conversando sobre a vida. Os dois já se conheciam há tanto tempo, que a conversa fluía sem esforço, abordando os mais variados temas. Entre risadas e assuntos despreocupados, Taehyung parecia estar mais curioso que o normal. Ele percebeu que, apesar de todos os momentos românticos entre Jimin e S/N, nunca havia ouvido falar de algo mais íntimo.
— Ei, Jimin... — começou Taehyung com um sorriso travesso, levantando a sobrancelha. ��� Eu tenho uma pergunta meio... estranha, mas me pergunto há um tempo.
Jimin, sem desconfiar da direção da conversa, olhou para Taehyung, com um sorriso relaxado. — Pode perguntar, Tae. Você sabe que pode falar sobre qualquer coisa comigo.
Taehyung se inclinou um pouco para frente, encostando os cotovelos na mesa, e disse de forma mais baixa: — Então... você e S/N, hm... já... sabem?
Jimin franziu a testa, sem entender completamente a pergunta de Taehyung. Ele riu baixinho, pensando que fosse sobre outra coisa. — Hã? Sabemos o quê?
Taehyung deu uma risadinha, se preparando para jogar a pergunta mais diretamente. — Já transaram, Jimin? Quero dizer... um ano de namoro e nada?
Jimin congelou por um segundo, sentindo o sangue subir para suas bochechas. Ele olhou para Taehyung com um olhar de choque.
— O que?! Não... não, ainda não. — Jimin riu nervoso, tentando evitar que o constrangimento ficasse óbvio. Ele se apoiou nas costas da cadeira, visivelmente desconfortável com a pergunta. — Não é que... a gente tenha alguma coisa contra, é só...
Taehyung levantou a mão, tentando disfarçar o riso. — Ah, não, eu não tô julgando! Eu só... achei curioso. É que, bom, você e S/N são tão apaixonados, tão... próximos, que eu pensei que isso já tivesse acontecido.
Jimin suspirou, ainda um pouco sem graça, mas relaxando um pouco ao ver que Taehyung não estava sendo sério demais sobre o assunto. Ele deu de ombros, tentando não parecer tão tenso. — Não é que a gente não queira... é só que... sabe, tem a ver com os dois estarmos muito felizes com o que temos, e não forçar nada, entende? A gente quer ter certeza de que é o momento certo.
Taehyung assentiu, agora mais tranquilo, como se tivesse entendido o ponto de Jimin. — Claro, eu entendo. Mas sério, vocês parecem tão perfeitos juntos. Eu só fiquei curioso, porque... você sabe, os casais da nossa idade, na maioria das vezes...
Jimin sorriu sem graça, encolhendo os ombros. — Sim, eu sei. Mas pra nós, não é sobre apressar as coisas. Acho que estamos curtindo o processo.
Taehyung ficou em silêncio por um momento, como se pensasse mais sobre o assunto. — Tá, eu entendo. Só... se você mudar de ideia, me avisa, porque tenho umas dicas muito boas. — Ele piscou para Jimin, arrancando uma risada do amigo.
Jimin riu, finalmente se sentindo mais à vontade, e balançou a cabeça, brincando. — Não se preocupe, Tae. Eu aviso quando for o momento.
A conversa continuou em um tom mais leve, mas o que Taehyung disse permaneceu na mente de Jimin por um tempo. Ele e S/N estavam tão bem juntos, mas ele percebeu que talvez fosse hora de refletir sobre onde estavam no relacionamento. Talvez o "momento certo" já tivesse chegado.
A ansiedade estava claramente estampada no rosto de Jimin enquanto ele caminhava em direção à porta de S/N. O convite de passar a noite na casa dele foi simples, mas os pensamentos de Jimin começaram a girar a mil por hora. Eles estavam finalmente sozinhos, e o clima parecia mais íntimo do que nunca. Com S/N morando sozinho, e Jimin morando com a mãe, aquilo parecia ser a oportunidade perfeita para algo mais... íntimo. A ideia de finalmente estar a sós com ele, de poder explorar o que sempre teve vontade de fazer, fazia o coração de Jimin disparar.
Ele parou na frente da porta, hesitante por um momento, sentindo os nervos se acalmarem e se agitarem novamente, como uma montanha-russa. Era natural, ele sabia disso. Estava prestes a atravessar uma linha que eles nunca haviam cruzado, mas o que mais lhe invadia a mente era uma dúvida perturbadora.
S/N seria ativo?
Aquele pensamento o fez fazer uma careta involuntária, seu rosto se contorcendo de leve. Ele não conseguia se imaginar sendo dominado por S/N, não queria ser controlado, não queria sentir-se submisso. Jimin queria mais, queria ser ele a ter o controle da situação, queria se entregar a S/N de uma maneira diferente, mais intensa. Ele se via com S/N deitado na cama, com ele em cima, tomando a iniciativa, sendo aquele que guiaria tudo.
Eu quero ele... quero ele sob o meu controle. Quero ver S/N implorando por mim, quero tanto foder ele... Por deus...
Esses pensamentos fluíam pela mente de Jimin de forma incontrolável, uma mistura de excitação e um desejo ardente que ele não sabia mais como esconder. Ele se imaginava fazendo S/N perder a razão, levando-o à beira da loucura enquanto Jimin o estocava violentamente, fazendo com que ele se entregasse de uma maneira que nunca fez antes.
Ele sentiu um calor subir pelo corpo e um aperto no peito quando S/N abriu a porta, interrompendo seus devaneios. O sorriso suave e convidativo de S/N fez Jimin engolir em seco, mas sua mente ainda estava tomada pelos pensamentos intensos. Ele entrou na casa de S/N, tentando disfarçar a ereção que tinha se formado em suas calças.
S/N parecia relaxado, sem perceber a luta interna que Jimin estava vivendo. S/N se sentiu no sofá, seu cabelo ainda úmido do banho recente, as gotas escorrendo suavemente até a linha de sua nuca. Ele estava em um estado tão casual, tão relaxado, e ainda assim, para Jimin, ele nunca pareceu tão irresistível. Os lábios de S/N estavam ligeiramente entreabertos, convidativos de um jeito que deixava Jimin sem fôlego. Ele não conseguia desviar o olhar, fixado naquela boca que o hipnotizava.
Jimin sentia um calor crescente, como se o ambiente estivesse ficando mais apertado, mais abafado. Cada pensamento parecia ser preenchido apenas pela imagem de S/N, com sua expressão suave e vulnerável, quase como se estivesse esperando por algo. Mas, ao mesmo tempo, ele sabia o que queria. Ele estava cansado de esperar, cansado de manter o controle sobre algo que já não conseguia mais controlar.
Sem conseguir mais aguentar, Jimin se moveu. Subiu em cima de S/N, ficando entre suas pernas. O contato físico imediato fez seu coração disparar, e ele sentiu como se tivesse dado um passo irrevogável. Seus olhos estavam fixos nos de S/N, a tensão palpável no ar entre eles.
Jimin engoliu em seco, a voz um pouco rouca pela urgência e pela excitação que o dominavam. Ele perguntou com uma sinceridade quase desconcertante: — Posso te beijar? Quero tanto te beijar, S/N...
As palavras saíram de sua boca como um pedido, mas também como uma súplica. Ele não queria mais jogar com as incertezas, não queria mais controlar o que sentia. Ele queria que S/N soubesse, que ele entendesse o que estava acontecendo dentro de Jimin. A atração que ele sentia estava tão intensa que mal conseguia esperar pela resposta de S/N. Mas, ao mesmo tempo, ele sabia que esse momento era deles. Era o começo de algo muito maior, muito mais profundo.
S/N, com os olhos fixos nos de Jimin, parecia quase hipnotizado pela sinceridade e desejo que transpareciam no olhar do garoto. Ele deu um leve sorriso, algo doce, mas também cheio de promessas não ditas, como se soubesse exatamente o que Jimin estava sentindo.
— Você não precisa pedir, Jimin...
A sensação do toque de S/N foi como um bálsamo para Jimin, suavemente arrebatadora. Quando seus lábios finalmente se encontraram, o mundo ao redor pareceu desaparecer por um instante. Tudo o que Jimin sentia era o calor e a maciez de S/N, o jeito como o corpo dele cedia completamente sob o toque, como se tivesse esperado por aquele momento. A língua de S/N deslizou contra a dele, lenta e suave, e o beijo, que começou tímido, logo se aprofundou, com uma intensidade crescente.
Jimin sentiu S/N se derretendo em seus braços, seus músculos relaxando à medida que o beijo avançava, a tensão entre eles desaparecendo. Era como se o tempo tivesse parado, como se nada mais importasse além deles dois naquele instante. Cada movimento de S/N era perfeito, inocente, quase puro. Ele era diferente de tudo que Jimin conhecia, alguém que nunca se deixara corromper pelas tentações fáceis do mundo. E aquilo, essa pureza, era algo incrivelmente atraente para Jimin.
Enquanto se aprofundava no beijo, Jimin não conseguia resistir ao desejo de saborear ainda mais S/N, de explorar cada centímetro de sua boca. Havia algo tão refrescante e inebriante sobre ele, algo que fazia Jimin querer desacelerar o tempo, querer aproveitar cada segundo. Ele sentiu a suavidade do toque de S/N, a maneira como ele se entregava sem pressa, como se cada gesto fosse uma pequena revelação.
S/N, por sua vez, parecia completamente imerso no momento, seu corpo se arqueando em direção a Jimin como se o estivesse convidando para algo mais. Seus dedos deslizaram lentamente para os ombros de Jimin, tocando-o com uma ternura inesperada, mas também com uma sensação de necessidade, como se quisesse que aquilo durasse para sempre.
Mas foi quando Jimin se afastou brevemente para respirar que sentiu a necessidade de ir mais fundo, de ir além do beijo. Ele deslizou seus lábios pela linha do maxilar de S/N, sentindo a maciez da pele, e depois desceu lentamente pela coluna de sua garganta, saboreando cada centímetro da pele sensível. Cada respiração de S/N, cada gemido suave que ele soltava, fazia Jimin querer mais. Ele beliscou e chupou a pele, deixando um rastro de marcas, marcas que seriam apenas dele, algo que poderia lembrar S/N daquele momento sempre que olhasse para elas.
S/N reagiu com um gemido baixo, sua cabeça caindo para trás para lhe dar acesso total. Jimin podia sentir os músculos de S/N se tensionando, e o simples fato de que ele estava tão completamente entregue a ele deixava Jimin sem fôlego.
A voz de S/N saiu rouca, quase desesperada, a necessidade clara em suas palavras:
— Jimin... Isso é tão bom... Por favor, não pare...
Era impossível para Jimin ignorar a súplica na voz de S/N, o desejo explícito. Aquilo o fazia sentir algo profundo dentro de si, uma vontade de continuar, de explorar ainda mais. O desejo de S/N o acendia, mas ele também sabia que aquele momento não era só sobre satisfação. Era sobre confiança, sobre dar e receber, e Jimin não queria apressar nada.
Ele olhou para S/N, seus olhos agora tão intensos quanto a sua respiração, e murmurou:
— Eu vou te dar tudo, S/N... Só confia em mim.
Ele se moveu rapidamente, suas mãos trabalhando de forma quase automática enquanto tirava a camisa de S/N, jogando-a de lado sem nem pensar. Mas então ele parou, um breve momento, para admirar a pele suave, perfeita. Cada linha do corpo de S/N parecia pedir para ser tocada, explorada. Jimin deslizou os olhos sobre ele, se permitindo admirar o que estava diante de seus olhos. O calor do momento, a proximidade, tudo fazia com que ele sentisse uma mistura de adoração e desejo.
S/N, por outro lado, observava Jimin com um olhar arregalado, quase como se ainda estivesse processando o que estava acontecendo. Seus olhos brilhavam com curiosidade, mas também com uma intensidade de quem estava se entregando àquele momento. Quando Jimin começou a retirar sua própria camisa, S/N não pôde deixar de fixar os olhos em seu corpo, a maneira como seus músculos tonificados eram definidos pela luz suave do quarto.
Com um suspiro leve, S/N estendeu a mão, seus dedos tremendo levemente ao tocar o peito de Jimin, explorando o físico dele com uma reverência visível. Os toques de S/N eram gentis, como se ele estivesse preocupado em não fazer nada errado, em não apressar nada. Cada dedo passava com uma suavidade quase adivinhando o que fazer, traçando as linhas dos músculos de Jimin com uma admiração silenciosa.
— Você me faz querer te mostrar tudo... — Jimin murmurou suavemente, a voz rouca. Seus olhos estavam presos aos de S/N, buscando algo mais, como uma permissão silenciosa.
Jimin sentiu uma onda de calor invadir seu corpo enquanto guiava as mãos de S/N para explorar mais profundamente. Ele a ajudava, permitindo que S/N mapeasse seu corpo com uma curiosidade adorável. S/N era suave, como se estivesse aprendendo a cada toque, e Jimin não podia deixar de se perder naqueles gestos tímidos, mas ao mesmo tempo, ansiosos.
As mãos de S/N desceram lentamente, tocando o abdômen de Jimin, e ele não pôde deixar de prender a respiração ao sentir o toque dos dedos explorando seus quadris e a linha do seu corpo. A sensação foi tão eletricamente doce que Jimin teve que fechar os olhos por um momento, deixando-se envolver pela suavidade de S/N.
Quando os dedos de S/N roçaram de leve contra a protuberância do jeans de Jimin, ele deu um suspiro audível, os quadris se erguendo quase sem querer, em resposta ao toque.
— Porra... Olha o que você faz comigo, amor. — Jimin disse, a voz baixa, quase rouca.
Com a orientação de Jimin, S/N desabotoa os jeans, deslizando a mão para dentro para envolver sua dureza. O mais velhp geme com o contato, seus quadris rolando em seu aperto. Por sua vez, Jimin engancha os dedos no cós da calça do namorado, puxando-a para baixo junto com a cueca. O pau de S/N salta livre, duro e corado, a ponta brilhando de excitação.
Jimin envolve sua mão em volta dele, acariciando-o da raiz às pontas. S/N suspira, sua cabeça caindo para trás contra as almofadas enquanto ele se arqueia em seu toque.
— Oh Deus. — Ele geme, seus quadris se contraindo em sua mão. — Isso é incrível.
Jimin sorri, bombeando-o mais rápido, deleitando-se com os sons do prazer dele. Ele se inclina, seus lábios roçando a concha da orelha dele.
— Isso é só o começo, baby...
Seus dedos dançam ao longo do eixo de S/N, provocando e acariciando, levando-o a gemer mais alto. Sua respiração vem em suspiros curtos e agudos, seu corpo fica tenso sob seus cuidados.
— Ji... Jimin, por favor. — Ele choraminga, sua voz alta e carente. — Eu preciso de mais. Eu preciso de você dentro de mim.
As palavras dele enviam uma emoção através de Jimin, acendendo uma fome primitiva em suas veias. Jimin solta o pau dele, apenas para virá-lo de bruços, empurrando seu rosto para as almofadas.
Ele se ajoelha atrás de S/N, suas mãos massageando os globos de sua bunda. Ele o abre, expondo seu buraco rosa e apertado ao seu olhar faminto. Inclinando-se para baixo, ele passa a língua sobre a pele sensível, circulando a entrada com carícias provocantes.
S/N se contorce embaixo do namorado, um gemido desesperado abafado pelo sofá. Suas mãos arranham o tecido, buscando apoio enquanto Jimin continua seu ataque. Satisfeito por S/N estar suficientemente excitado, Jimin se senta sobre os calcanhares, embainhando seu pau em um movimento rápido.
S/N grita com a intrusão repentina, suas costas arqueando enquanto ele tenta se ajustar ao alongamento.
— Relaxe, amorzinho. — Jimin murmura, esfregando círculos calmantes nas costas dele para se distrair. O calor das paredes de S/N é convidativo demais e tudo que ele quer é foder ele tão forte e fundo... — Respire fundo. Eu estou com você.
Gradualmente, o corpo dele cede à sua presença, o buraco dele esvoaçando ao redor do seu comprimento. Jimin dá a ele um momento para se aclimatar antes de começar a se mover, estabelecendo um ritmo lento e profundo. Cada estocada o balança para frente, seus joelhos afundando nas almofadas. S/N se estica para acariciar seu pau no ritmo dos movimentos, seus dedos se curvando ao redor do próprio pau.
— É isso aí, baby. — Jimin elogia, sua voz áspera de desejo. — Pegue meu pau como um bom menino. Você está indo tão bem.
As respostas de S/N se tornam cada vez mais incoerentes, reduzidas a choramingos e gemidos conforme Jimin estoca cada vez mais rápido, cada vez mais fundo, que corpo começa a tremer, suas paredes internas se apertando ao redor daquele pau grosso.
— Jimin, estou perto. — S/N consegue suspirar.
A pressão aumenta dentro de Jimin, uma espiral de calor se enrolando cada vez mais forte em seu núcleo. Os gemidos desesperados de S/N, o deslizar escorregadio do seu pau em seu calor apertado o estimulam, levando-o a fodê-lo com mais força, mais rápido.
Seus quadris estalam contra a bunda do namorado, o som de carne encontrando carne ecoando obscenamente no quarto. Os dedos de S/N arranham as almofadas, seus nós dos dedos brancos com a força de seu aperto.
— Por favor, amor. — Ele implora, sua voz fina e tensa. — Por favor, eu preciso... eu preciso...
Jimin sabe o que ele precisa, o que ele está implorando. Com uma estocada final e brutal, ele se enterra até o fim, esfregando sua pélvis contra a bunda dele.
— Goza pra mim, S/N. — Ele comanda, sua mão deslizando e apertando em volta do pau dele. — Goza com meu pau dentro de você, como uma boa putinha.
Aquelas palavras são a ruína do garoto abaixo. Com um grito quebrado, S/N se desfaz, sua liberação jorrando sobre a mão de Jimin e no sofá. Suas paredes internas se fecham ao seu redor dele e Jimin o segue, sua visão clareando enquanto se esvazia profundamente dentro do namorado.
Jimin cai contra suas costas, seu peito arfando enquanto S/N luta para recuperar o fôlego e choraminga embaixo dele, seu corpo tremendo com os tremores secundários de seu clímax.
Cuidadosamente, Jimin rola para longe dele, seu pau amolecido escorregando de seu buraco abusado. S/N se enrola de lado, seu rosto corado e seus olhos vidrados com êxtase pós-orgástico.
— Isso foi... incrível. — Ele murmura, sua voz rouca. — Eu nunca senti nada assim antes.
Jimin sorri, inclinando-se para dar um beijo em sua têmpora.
— E estamos apenas começando, baby. Isso não é nada comparado ao que quero fazer com você...
Aquelas palavras fazem S/N suspirar, e antes que ele tenha tempo de responder, Jimin o puxa novamente para mais um beijo, agora mais profundo, mais confiante.
Com um movimento sutil, Jimin guia S/N para o quarto, ainda mantendo o contato, como se não quisesse se separar dele nem por um segundo. O quarto está imerso em uma luz suave, criando uma atmosfera aconchegante, perfeita para o que está por vir. Eles param diante da cama, seus olhos se encontrando em um momento silencioso.
Porra, Jimin amava esse garoto.
Eles estão apenas se permitindo viver aquele instante de proximidade, explorando a conexão única que compartilham.
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Imagine Jisung (NCT)

"Taeyong não é um líder, ele é um pecado ambulante. Cada vez que ele olha pra câmera daquele jeito, eu perco 10 anos de vida. COMO ELE CONSEGUE SER TÃO GOSTOSO?? 🔥"
"Jaehyun saindo do carro de terno apertado é o motivo pelo qual a palavra 'perfeição' foi inventada. O homem é a definição de luxúria. 😳🔥"
"Mark, eu só queria agradecer por existir com essa voz rouca, esse corpo esculpido e essa energia de 'te pego no corredor escuro'. Você é simplesmente irresistível! 🖤"
"Johnny de regata é meu novo hobby, religião e destino final. Aquele homem sabe que destrói corações e ainda sorri como se fosse um anjo. INJUSTO! 😩🔥"
"Haechan tem a audácia de ser sexy enquanto canta, dança e respira. Ele sabe exatamente o que está fazendo, e eu estou completamente rendido. 🫠"
"E o S/N? Ele entra no palco e só falta incendiar a arena com os movimentos e o olhar que diz 'eu sei que sou irresistível'. E não, eu não consigo superar. 💥"
Jisung estava sentado no sofá da sala de prática, com o celular na mão, navegando pelas postagens mais recentes sobre o grupo. Ele sorriu ao ver seu nome ser mencionado inúmeras vezes, mas logo o sorriso deu lugar a um rubor constrangido com o contraste absurdo que as postagens dele tinha de seus colegas.
"O Jisung poderia literalmente aparecer comendo pão com a carinha amassada de sono e ainda seria a coisa mais fofa do mundo 🥺✨"
"Alguém avisa o Jisung que ele é o padrão universal de fofura? Porque, sério, ele não tem noção de como é adorável 😭💕"
"Jisung rindo e tapando o rosto com as mãos: definição de meu coração derreteu completamente. Ele é fofo demais, eu não aguento!"
"Hoje em 'motivos para amar o Jisung': ele respirou e foi a criatura mais fofa do planeta. 😍🌟"
"Se você está tendo um dia ruim, assista ao Jisung sorrindo. É tipo terapia de graça, e ele é tão fofinho que cura qualquer tristeza. 🩵"
"Não sei o que é mais fofo: o Jisung falando ou o jeito dele ficar tímido depois. Ele é um bebê crescido e ninguém pode me convencer do contrário! 🐥💛"
"Quem deu ao Jisung permissão pra ser tão fofo o tempo todo? Porque agora eu não consigo parar de pensar nele! Ele é perfeito 😭🫶"
Ele suspirou, deslizando o dedo para baixo.
Jisung mordeu o lábio inferior, sentindo um misto de frustração e… inveja? Ele adorava ser apreciado, mas era sempre a mesma coisa: "fofo", "meigo", "adorável". Enquanto isso, seus hyungs recebiam comentários como "perigosamente sexy", "quente demais para existir", "destruidor de corações".
Ele largou o celular no sofá com um bufar exasperado.
— Por que eu sempre sou o bebê? - murmurou para si mesmo, cruzando os braços.
Haechan, que estava passando com uma garrafa de água, ouviu o comentário e não perdeu a oportunidade de provocar.
— Porque você é um bebê, Jisungie! Aceita logo, é seu charme natural.
Jisung lançou um olhar mortal para o hyung, que só riu e seguiu para o outro lado da sala.
Taeyong, percebendo o desconforto do maknae, se aproximou e sentou ao lado dele.
— Está tudo bem? - perguntou calmamente.
Jisung suspirou novamente, inclinando-se para trás no sofá.
— Não é nada… só acho que seria legal ser chamado de algo além de fofo de vez em quando, sabe? Tipo, por que eu não posso ser o "perigosamente sexy" uma vez na vida?
Taeyong não conseguiu segurar uma risada, mas logo passou o braço pelos ombros do mais novo
— Ah, Jisung. Você não percebe? Ser fofo é o que te torna único. Você tem um tipo de charme que ninguém mais tem, e é por isso que as pessoas te amam tanto.
Jisung fez um biquinho, ainda frustrado, mas um pouco mais reconfortado pelas palavras do líder.
— Talvez… mas só uma vez eu queria ouvir alguém dizer que eu sou, sei lá, irresistível.
Nesse momento, Haechan gritou do outro lado da sala:
—isung, você é irresistivelmente FOFO!
A sala explodiu em risadas, e Jisung afundou no sofá, cobrindo o rosto com as mãos.
— Eu odeio vocês…
A partir dali, Jisung tinha decidido que bastava. Ele iria mudar a forma como era percebido. Não era mais um bebê, não era apenas "fofo". Ele era adulto, maduro e… sexy. Era assim que queria ser visto.
Ele começou pequeno: ajustou a postura nas entrevistas, passou a falar com uma voz mais grave e olhava diretamente para a câmera com um olhar que julgava ser de "bad boy". Durante as performances, adicionava movimentos extras, olhares provocantes e até mordidas no lábio. Ele achava que estava arrasando, mas…
Ah, Jisungie tá tentando ser sério de novo! Olha só que fofo! - um fã comentou em um vídeo, e o comentário tinha mais de mil likes.
Na mesma semana, ele encontrou um clipe de uma performance recente. Ele pensava que estava emanando carisma irresistível, mas o vídeo estava repleto de comentários como:
"Ele é tão adorável tentando ser sexy, meu coração não aguenta!"
"Parece um filhote tentando rugir! Que coisa mais fofa!"
"O esforço dele só faz ele ficar ainda mais precioso 😭"
Jisung quase jogou o celular do outro lado do quarto. "Filhote tentando rugir?" Ele grunhiu frustrado, jogando-se na cama.
No dia seguinte, ele tentou de novo. Durante a entrevista de grupo, Jisung manteve um sorriso discreto, cruzou os braços para parecer mais "maduro" e respondeu calmamente, tentando ser o mais sério possível. Quando foi sua vez de falar, ele disse algo que achava inteligente, uma observação sobre as dificuldades da carreira.
O entrevistador sorriu.
— Que resposta madura, Jisung! Você está crescendo diante de nossos olhos. Ainda assim, você mantém essa doçura que conquista todo mundo!
Ao lado dele, Haechan segurava o riso. Jeno não conseguiu se segurar e deu um tapinha no ombro do maknae.
— Aí está o nosso Jisung fofo de sempre!
Depois da entrevista, ele voltou ao dormitório ainda mais frustrado.
— Não importa o que eu faça, eles nunca vão me ver de outra forma…
Taeyong, que estava passando pelo corredor, ouviu o desabafo e parou na porta do quarto.
— Jisung, você está tentando muito ser algo que não precisa ser.
Jisung olhou para ele, confuso.
— Mas eu quero que me vejam como algo mais. Quero ser sexy, ou pelo menos ser levado a sério…
O líder se aproximou, sentando ao lado dele.
—vAcredite em mim, você já é levado a sério. As pessoas admiram você pelo talento, pelo trabalho duro, e sim, pela sua fofura. Isso não te diminui. Na verdade, ser você mesmo é o que te torna especial.
Jisung suspirou, mas a conversa ficou na sua cabeça. No fundo, ele sabia que Taeyong tinha razão. Mas ele não queria mais aquilo… E o gostinho veio não muito tempo depois…
Era para ser apenas mais um programa de variedades, cheio de risadas e desafios divertidos. Mas aquele momento entre Jisung e S/N tomou proporções que ninguém esperava. A equipe havia escolhido Jisung e S/N para uma atividade de demonstração de exercícios em grupo. Os dois tinham que se apoiar um no outro para completar uma sequência de movimentos, mas as coisas tomaram outro rumo.
Quando a parte do exercício chegou em que S/N precisava deitar no chão, Jisung foi instruído a posicionar-se por cima dele. Ambos estavam nervosos, S/N estava visivelmente envergonhado, o rosto corado enquanto tentava seguir as orientações do instrutor. Jisung, por outro lado, apesar de suas intenções serem puramente técnicas, acabou adquirindo uma aura inesperada.
O instrutor explicou como o movimento deveria ser feito: Jisung se colocaria por cima de S/N, mantendo as mãos apoiadas ao lado do corpo do garoto, com as pernas de S/N envoltas nas suas. Enquanto Jisung tentava manter a postura correta, ele não percebeu a aura dominante que começou a transparecer.
S/N estava nervoso, seus olhos baixando ao sentir o peso leve de Jisung sobre ele. Ele ficava tentando se controlar, mas suas mãos tremiam e sua voz saiu mais baixa do que pretendia.
— Ah, não sei se consigo… - ele murmurou, ainda envergonhado.
Jisung, de repente, sentiu a pressão de manter o controle sobre o corpo do amigo, e não pôde evitar deixar o tom rouco e controlado em sua voz quando respondeu.
— Eu estou aqui, S/N. Confia em mim.
A energia que emitiu naquele momento fez o coração dos fãs dispararem nas redes sociais.
Jisung com aquela aura dominadora, OMG! S/N com cara de envergonhado é demais! 😍
Jisung foi de fofo para sedutor em um segundo, meus olhos não conseguem acompanhar!
A forma como ele estava por cima do S/N! Não, isso não foi só fofo, foi hot! 🔥
Jisung, por sua vez, não percebeu o efeito que tinha causado nos telespectadores. Ele estava concentrado demais no exercício para notar as câmeras ou a reação do público. Quando acabou a demonstração, S/N estava ofegante, uma mistura de timidez e surpresa ainda visíveis em seu rosto.
Os fãs explodiram em comentários, quase todos com um toque sugestivo ou elogiando o desempenho dos dois como "químico" demais para ser apenas um exercício de grupo.
Jisung e S/N juntos foi um choque! Não sabia que precisava disso na minha vida até agora!
Essa dupla…! Jisung, você precisa ser dominante mais vezes!
Aquela aura de poder de Jisung e S/N só olhando pra ele como um filhotinho… Ai, meu coração! 😭💓
Jisung estava deitado na cama, com o celular em mãos, os fones de ouvido conectados para não acordar nenhum dos colegas de dormitório. A curiosidade havia vencido a vergonha, e ele passou boa parte da noite revendo a cena que havia causado um alvoroço entre os fãs.
Enquanto assistia aos vídeos, ele não pôde deixar de notar algo que antes tinha escapado. A forma como seus olhos pareciam cravar em S/N, quase como se estivesse caçando uma presa. Seu próprio semblante era tão diferente do habitual: sério, intenso, quase… malicioso. Ele engoliu seco ao ver S/N debaixo dele, parecendo tão pequeno e vulnerável, as bochechas coradas de nervosismo, os olhos grandes e brilhantes.
Algo dentro de Jisung despertou. Ele percebeu que sua respiração estava ficando irregular e que o calor começava a se acumular em seu corpo, especialmente em um lugar específico - cof cof, pau duro, cof cof. Ele tentou ignorar, mas quanto mais ele assistia, mais as imagens do momento se reproduziam em sua cabeça.
O toque leve das mãos, a proximidade, o jeito que S/N desviava o olhar, como se não conseguisse suportar a intensidade… Jisung largou o celular por um momento, tentando recuperar o fôlego.
— Que diabos está acontecendo comigo? - ele murmurou para si mesmo, mas quando olhou para baixo, viu a evidência clara de sua excitação, seu pau estava praticamente rasgando seu shorts de dormir.
Ele passou as mãos pelo rosto, tentando afastar os pensamentos. Não era certo pensar assim de um amigo, ainda mais de alguém como S/N, que sempre foi tão doce com ele. Mas quanto mais ele tentava afastar a cena, mais ela voltava com força.
"Ele parecia tão vulnerável…", Jisung pensou, o rubor subindo em suas bochechas. A sensação de poder naquele momento, de ser olhado com tanta atenção, de ter S/N ali… era uma memória difícil de ignorar.
Sem saber o que fazer, ele virou de lado na cama, tentando se recompor.
— É só cansaço… ou… sei lá. Melhor dormir.
Mesmo assim, demorou muito até que ele conseguisse fechar os olhos, com a cena ainda rodando em sua mente. Jisung percebeu que, naquele momento, havia aberto portas que não sabia se estava preparado para explorar.
Mas as interações entre os dois não pararam por aí, o destino parecia ter coisas especiais reservados para a dupla.
O fansign de Halloween estava a todo vapor, cheio de risadas, fantasias elaboradas e interações com os fãs. S/N, no entanto, estava claramente desconfortável. Seu traje de princesa - completo com vestido, corset, gargantilha e tiara - havia sido escolhido por votação, e, apesar de estar bonito como sempre, ele não conseguia se livrar do constrangimento.
As fãs, por outro lado, estavam enlouquecidas.
S/N está tão lindo de princesa! Nunca pensei que veria isso na vida!
Ele é o verdadeiro significado de "príncipe que virou princesa"! 😍
Tentando ignorar os gritos, S/N se acomodou em uma das mesas, exausto. Ele se sentou, mas, sem perceber, acabou abrindo um pouco as pernas enquanto ajustava o vestido volumoso. Foi um movimento inocente, mas com o vestido subindo levemente e a falta de algo mais elaborado por baixo além de uma cueca simples, ele chamou a atenção de Jisung instantaneamente.
Jisung, que estava ao lado, congelou por um momento ao notar a posição vulnerável de S/N. Os flashes das câmeras, as fãs tirando fotos a todo momento… Ele sabia que algo como aquilo poderia facilmente sair do controle.
Sem pensar duas vezes, ele se aproximou rapidamente, posicionando-se entre as pernas de S/N, bloqueando a visão do público. Ele se inclinou, sua voz baixa e quase repreensiva.
— S/N, você não pode ficar assim… Todo mundo está olhando.
O garoto piscou, confuso no início, mas percebeu a situação ao ver o olhar sério de Jisung e as fãs cochichando freneticamente. Ele sentiu o rosto arder de vergonha, suas mãos automaticamente tentando puxar o vestido para cobrir mais.
— Eu… Eu não percebi… - murmurou, a voz quase um sussurro.
Jisung, ainda próximo, apoiou as mãos na mesa, uma de cada lado do corpo de S/N, inclinando-se um pouco mais para ele. A distância entre eles era mínima, e a proximidade fez S/N prender a respiração.
— Tá tudo bem, mas tenta ficar atento… - Jisung disse, sua voz mais baixa, quase rouca.
As fãs, é claro, estavam surtando.
JISUNG PROTEGENDO S/N, SOCORRO!
Eles nem tentam mais esconder essa química, né?
Por que isso parece uma cena de dorama? Eu tô gritando!
S/N tentava evitar os olhares intensos de Jisung, mas era impossível ignorar como ele parecia tão diferente naquele momento. Não era o Jisung fofo e tímido de sempre. Havia algo no olhar dele que fazia seu coração bater mais rápido, algo que parecia perigosamente… provocador.
Quando Jisung finalmente se afastou, dando espaço para que S/N ajeitasse o vestido, ele fez questão de lançar um sorriso tranquilo para disfarçar qualquer tensão.
— Só não deixa elas verem mais do que deveriam, princesa. - ele disse, piscando de leve antes de voltar para seu lugar.
S/N sentiu o rubor tomar conta de seu rosto enquanto as fãs gritavam ainda mais alto. Jisung, ao que parecia, estava aprendendo a usar aquela aura inesperada de confiança a seu favor - e, naquela noite, ele sabia que tinha causado mais uma impressão inesquecível.
No incidente da semana seguinte, a live seguia animada, com Haechan liderando a interação, como sempre, soltando piadas e brincadeiras que faziam todos rirem. Os comentários estavam fervilhando, e ele lia alguns em voz alta para provocar os outros membros.
S/N, que estava de pé próximo à câmera, já parecia um pouco cansado. Ele esticou os braços e comentou casualmente:
— Nossa, acho que estou começando a ficar exausto…
Antes que alguém pudesse sugerir algo, Jisung, que estava sentado no sofá ao lado de dois outros membros, não pensou duas vezes. Ele estendeu a mão e puxou S/N gentilmente pelo pulso, fazendo-o cair direto em seu colo.
— Pronto, agora você descansa aqui. - Jisung disse, sorrindo de maneira quase travessa enquanto enlaçava os braços ao redor da cintura de S/N, prendendo-o contra si.
A reação foi instantânea.
— O QUE É ISSO? - Haechan gritou, os olhos arregalados. - Jisung? Desde quando você faz essas coisas?
— Ah, ele disse que estava cansado, só estou ajudando. - Jisung respondeu de forma calma, mas a expressão maliciosa no canto dos lábios não passou despercebida.
S/N, por outro lado, estava completamente vermelho. Ele tentou se mexer, mas Jisung apertou os braços ao redor de sua cintura, segurando-o firme.
— Calma, princesa, você está confortável assim, não está? - Jisung provocou, abaixando um pouco a voz.
Os comentários explodiram.
"JISUNG, O QUE TÁ ACONTECENDO?!"
"ELE E S/N, DE NOVO! EU TÔ MORRENDO!!"
"PAREM DE FAZER ISSO NA MINHA FRENTE!"
"S/N TÃO FOFO E JISUNG TÃO PROTETOR, MEU DEUS!"
Haechan tentou desviar a atenção.
— Ok, pessoal, ignorem essa cena aqui atrás, vamos continuar… - ele disse, apontando para o chat enquanto tentava segurar o riso.
S/N murmurou baixinho, quase inaudível:
— Jisung, sério… Você não precisava me puxar assim.
— Ah, precisava sim. - Jisung respondeu com um sussurro próximo ao ouvido de S/N, fazendo com que ele se encolhesse ainda mais, as orelhas praticamente brilhando de tão vermelhas.
Enquanto isso, Haechan estava no auge de sua zoação.
— Parabéns, Jisung. Você conseguiu virar o assunto da live de novo.
Mas Jisung apenas sorriu, parecendo satisfeito consigo mesmo.
— Às vezes, é bom mudar um pouco as coisas.
S/N ficou quieto pelo resto da live, claramente tentando processar tudo, enquanto Jisung o segurava como se fosse a coisa mais natural do mundo. E, claro, os fãs não deixaram nada passar, já planejando transformar aquele momento em gifs e edições para espalhar pela internet.
Agora deitado em sua cama, S/N não sabia o que estava acontecendo ultimamente. Ele e Jisung sempre foram próximos, tendo construído uma amizade sólida durante os anos no grupo. Momentos descontraídos e fofos não eram novidade para eles, mas, recentemente, parecia que havia algo diferente. Algo carregado de uma tensão que ele não conseguia identificar. Ele se pegava revendo na mente os momentos recentes com Jisung: a forma como ele parecia mais confiante, mais próximo, mais… provocador. Como no fansign de Halloween, onde Jisung havia se colocado entre suas pernas, ou na live, quando ele o puxou para seu colo sem hesitar. Cada gesto tinha um peso que S/N não sabia interpretar, mas que o deixava inquieto, com o coração batendo mais rápido do que gostaria de admitir.
— O que tá rolando com ele? Ou melhor… comigo? - S/N murmurou, passando a mão pelos cabelos em frustração.
Enquanto isso, do outro lado do dormitório, Jisung estava tendo sua própria batalha interna. Ele se jogou na cama, encarando o teto, os pensamentos girando sem controle. A memória de S/N em seu colo na live, o peso do corpo dele contra o seu, a sensação de tê-lo tão próximo… Tudo isso estava mexendo com ele de uma forma que não deveria.
E não era só isso. Era o jeito que S/N parecia tão vulnerável quando ficava nervoso, o som suave da sua risada, as bochechas coradas quando era provocado. Cada detalhe fazia Jisung imaginar coisas que ele sabia que eram completamente erradas.
Ele fechou os olhos, mas as imagens vinham com ainda mais força. Ele pensava em como seria tocar S/N de verdade, sentir o calor de sua pele, ouvir sua voz tremendo em gemidos baixos enquanto ele…
— Merda… - Jisung murmurou, passando a mão pelo rosto, tentando afastar os pensamentos.
Mas eles não paravam. Ele imaginava como seria fazer S/N se desfazer em seus braços, ouvi-lo gemer seu nome de forma necessitada, ver as expressões de prazer no rosto que ele tanto adorava.
— Eu tô ferrado… - ele disse em voz alta, jogando um travesseiro no próprio rosto como se isso fosse apagar os desejos que estavam tomando conta dele.
Jisung sabia que tinha passado do limite do que era aceitável. Ele estava desejando algo que podia complicar tudo, mas quanto mais ele tentava resistir, mais forte parecia sua atração por S/N. O problema era que, toda vez que o via, todo aquele desejo ficava ainda mais difícil de reprimir…
Os ciúmes eram algo que Jisung nunca tinha sentido tão intensamente antes, e isso o estava enlouquecendo. Toda vez que um dos outros membros se aproximava de S/N de uma maneira mais carinhosa ou descontraída, algo dentro dele apertava. Ele sabia que não fazia sentido; afinal, todos ali eram amigos, uma família. Mas mesmo assim, não conseguia evitar.
Como naquela vez em um ensaio fotográfico, quando Haechan passou um braço ao redor de S/N e o puxou para um abraço apertado, enquanto os dois riam de algo bobo. Ou quando Mark, sendo o típico gentil, no ia segurou o rosto de S/N para ajeitar uma mecha de cabelo durante uma live. Era algo pequeno, mas o suficiente para deixar Jisung inquieto, apertando os punhos e mordendo o lábio enquanto fingia que não estava olhando.
A gota d'água veio durante uma interação nos bastidores, quando Jaemin e S/N estavam jogando um jogo no celular juntos. Jaemin estava tão próximo que suas cabeças quase se tocavam, e o sorriso de S/N parecia ainda mais radiante naquela companhia.
— O que tá rolando aí? - Jisung perguntou de repente, interrompendo o momento. Sua voz saiu mais firme do que ele pretendia, e os dois olharam para ele, confusos.
— Só jogando, por quê? - S/N respondeu, piscando inocentemente.
— Nada. Só… Não fica muito perto dele, Jaemin, ou as fãs vão surtar. - Ele tentou justificar, mas o olhar que Jaemin lançou foi de pura diversão.
— Ah, é? Ou será que alguém aqui tá com ciúmes? - Jaemin provocou, piscando para Jisung.
Jisung sentiu o rosto esquentar, mas disfarçou com um revirar de olhos.
— Claro que não. Só tô cuidando da imagem do grupo.
S/N deu uma risadinha, mas Jisung não achou graça. Ele se afastou, fingindo não ligar, mas a verdade é que estava prestes a explodir por dentro. Ele não conseguia lidar com a ideia de alguém, mesmo os próprios amigos, se aproximando de S/N de uma forma que ele desejava para si.
Naquela noite, enquanto todos estavam reunidos para jantar, Jisung percebeu que precisava se controlar. Mas ao mesmo tempo, a ideia de deixar S/N se afastar ou ser tomado pela proximidade de outro membro o fazia arder de frustração.
— Eu preciso fazer algo… ou isso vai me enlouquecer. - ele pensou, enquanto olhava de longe para S/N rindo de algo que Renjun tinha acabado de dizer, sentindo aquela pontada de ciúmes retornar com força total.
Foi no dormitório durante uma noite descontraída, cheia de risadas e brincadeiras, que todo o autocontrole de Jisung foi testado. Todos estavam reunidos para um jogo de "Verdade ou Desafio" com algumas bebidas, e as coisas já tinham saído do controle algumas vezes, com desafios hilários e até constrangedores. Mas quando foi a vez de S/N, Taeyong decidiu ir longe.
— Desafio você a vestir isso até o final da noite. - Taeyong disse, segurando um conjunto de roupas femininas que ninguém sabia como ele tinha conseguido: um vestido justo preto, tão curto que parecia feito sob medida para provocar, meias fofas e uma gargantilha com um ursinho de pingente.
S/N arregalou os olhos, rindo nervosamente.
— Você tá de sacanagem…
— Regras são regras, meu caro. - Taeyong retrucou, cruzando os braços.
Sob os olhares expectantes dos outros membros, S/N bufou, pegou as roupas e foi para o quarto trocar. Quando ele voltou, o dormitório ficou em silêncio por alguns segundos antes de explodir em gritos e risadas.
— Meu Deus, olha isso! - Jaemin apontou, rindo tanto que mal conseguia respirar.
Mas não era todo mundo que estava rindo. Jisung estava sentado no canto, completamente imóvel, tentando processar o que estava vendo. S/N estava deslumbrante no vestido, que abraçava suas curvas de um jeito que fazia o coração de Jisung acelerar. As pernas dele, realçadas pelas meias pareciam deliciosas, e o rosto corado só deixava tudo ainda mais… tentador.
— Parece que nasceu pra usar isso, hein? - Haechan provocou, arrancando um olhar mortal de S/N, que cruzou os braços, claramente desconfortável.
Enquanto os outros continuavam a zoação, Jisung lutava para manter a compostura. Ele tentou não olhar, mas seus olhos insistiam em seguir cada movimento de S/N, especialmente quando ele se sentava ou se abaixava, e o vestido subia perigosamente.
O ápice veio quando S/N, tentando alcançar algo na prateleira alta da cozinha, se esticou e o vestido subiu, revelando um vislumbre da cueca justa que ele usava por baixo. Jisung quase deixou o copo cair. Ele desviou o olhar tão rápido que provavelmente torceu o pescoço, mas a imagem já estava gravada em sua mente.
— Tudo bem aí, Jisung? - Renjun perguntou, arqueando uma sobrancelha.
— T-Tô bem! - ele respondeu rápido demais, a voz um pouco aguda, o que fez Renjun rir.
Mais tarde, enquanto todos ainda riam e comentavam, S/N se sentou no sofá, cruzando as pernas de maneira instintiva, sem perceber que aquilo só fazia o vestido parecer ainda mais curto. Jisung, sentado do outro lado, precisou se levantar, murmurando algo sobre pegar água, mas a verdade era que ele precisava de espaço.
No quarto, ele respirou fundo, passando as mãos pelos cabelos bagunçados.
— Ele vai me matar, sério… - murmurou para si mesmo.
S/N bateu na porta do quarto de Jisung alguns minutos depois, preocupado com o tempo que ele estava lá dentro. Os outros membros haviam comentado, mas ninguém se ofereceu para verificar, então ele decidiu ir. A porta se abriu devagar, revelando Jisung com o rosto levemente corado e os olhos que pareciam carregados de emoções que S/N não conseguia decifrar.
— O que houve? Tá tudo bem? - S/N perguntou, a preocupação genuína transparecendo em sua voz enquanto ele inclinava levemente a cabeça para o lado, sem perceber o quanto aquilo era encantador.
Jisung tentou responder, mas as palavras pareciam travar em sua garganta. Ele não conseguia tirar os olhos de S/N, que, mesmo em roupas femininas, exalava uma mistura irresistível de fofura e sensualidade. Cada detalhe - a forma como o vestido abraçava seu corpo, os olhos curiosos, os lábios entreabertos - era como um teste à sua sanidade.
Antes que S/N pudesse perguntar algo mais, Jisung se moveu por impulso. Ele agarrou o pulso de S/N e o puxou para dentro do quarto, fechando e trancando a porta com um clique audível.
— Ji-Jisung, o que você tá… - S/N começou, mas sua frase foi interrompida quando Jisung o segurou firme pela cintura e o puxou para perto.
Os olhares se encontraram, e por um breve momento, o mundo pareceu parar. S/N tentou processar o que estava acontecendo, mas antes que pudesse reagir, os lábios de Jisung estavam sobre os seus.
O beijo começou hesitante, como se Jisung estivesse testando o terreno, mas rapidamente se transformou em algo mais intenso, mais desesperado. Suas mãos apertaram a cintura de S/N, trazendo-o ainda mais para perto, enquanto os dedos de S/N se agarraram à camisa de Jisung, sem saber se deveriam afastá-lo ou puxá-lo ainda mais para si.
O som abafado das respirações ofegantes preenchia o quarto, e a tensão que havia se acumulado por tanto tempo entre os dois finalmente encontrou uma válvula de escape. S/N sentiu seu coração disparar, cada célula do seu corpo em alerta com a proximidade de Jisung, com a forma como ele o segurava, como se estivesse com medo de deixá-lo ir.
Quando finalmente se separaram, os dois estavam sem fôlego, com os rostos corados. Jisung olhou nos olhos de S/N, seus lábios inchados de tanto beijá-lo, e deixou escapar um suspiro.
— Desculpa… - ele murmurou, sua voz rouca. - Eu só… eu não consegui resistir…
S/N ainda estava tentando processar o que acabara de acontecer, sua mente em um turbilhão, mas, no fundo, sabia que não queria que aquilo fosse um erro. Ele mordeu o lábio, os olhos se desviando momentaneamente, antes de sussurrar:
— Então podemos fazer melhor…, não é?
E antes que Jisung pudesse dizer mais alguma coisa, foi S/N quem tomou a iniciativa dessa vez, envolvendo os braços ao redor do pescoço de Jisung e selando seus lábios novamente.
O quarto ficou cheio de um silêncio tenso, interrompido apenas pela respiração pesada dos dois. O beijo de Jisung era faminto, desesperado, como se ele estivesse esperando por isso há muito tempo. As mãos dele desceram pelas costas de S/N até a sua bunda, apertando o lugar de forma possessiva. S/N gemeu contra os lábios de Jisung, um som baixo, mas que acendeu algo ainda mais intenso no alfa.
O calor entre eles era palpável, e Jisung pressionou S/N contra a porta, seus corpos colados, sem espaço para nada entre eles. Ele sentia cada curva do corpo de S/N, o vestido curto e justo não ajudava em nada a conter seus instintos.
S/N, mesmo surpreso, não recuou. Ele envolveu os ombros de Jisung com os braços, os dedos se agarrando ao cabelo do outro enquanto se perdia no beijo. Mas então, de repente, Jisung quebrou o contato, afastando os lábios, embora ainda mantivesse S/N preso contra a porta.
— S/N… - ele começou, a voz rouca, cheia de desejo. Ele mordeu o lábio, tentando controlar o que sentia. - A gente… A gente precisa parar.
S/N piscou, confuso e ainda tentando recuperar o fôlego.
— Por quê? - ele perguntou, a voz baixa.
— Porque, se eu continuar… - ele respirou fundo, tentando se controlar. - Porra, se eu continuar, eu vou acabar te fodendo aqui mesmo. Com todo mundo do outro lado da porta.
S/N arfou, sentindo o calor do corpo de Jisung pressionando contra o seu. Ele estava tão quente, tão desesperado, e a visão de Jisung se controlando enquanto suas mãos continuavam a deslizar por seu corpo o deixava louco. Ele podia sentir o próprio membro insuportávelmente duro, pressionando contra o tecido do vestido, e tudo o que ele queria era Jisung, por cima dele, dentro dele.
— Jisung, por favor… - S/N gemeu, movendo o quadril contra o corpo de Jisung, implorando silenciosamente para que o garoto não parasse, para que cedesse à tensão entre eles. - Não consigo esperar…
Jisung respirou fundo, seus olhos fechando por um momento enquanto ele tentava recuperar o controle. A ideia de ter S/N ali, tão vulnerável e necessitado, estava testando seus limites, e Jisung sabia que não poderia ceder agora. Não com todos os outros lá fora.
— Nós não podemos, S/N… - ele murmurou, os dedos apertando os ombros do garoto com força. - Não agora. Vai ser demais se fizermos isso aqui.
S/N soltou um gemido de frustração, mas ele não estava pronto para desistir. Ele empurrou a saia do vestido para cima, revelando o que estava por baixo.
— Não posso esperar, Jisung… - S/N disse, suas palavras ofegantes enquanto seus olhos encontravam os de Jisung. - Eu preciso de você agora. Por favor…
A voz de S/N era tão cheia de necessidade que era impossível para Jisung resistir. Ele engoliu em seco, apertando as coxas de S/N por um momento antes de balançar a cabeça devagar.
— Foda-se… - ele murmurou, deslizando uma mão para dentro do vestido, encontrando o calor entre as pernas de S/N e apertando seu membro contra a cueca. - Deite naquela cama, porra, eu vou te arruinar S/N.
E com isso, ele puxou S/N pelo braço levando para a cama onde finalmente, os dois poderiam ter o que queriam.
Os beijos entre Jisung e S/N eram desesperados, ávidos, como se estivessem tentando absorver cada fragmento um do outro em um único instante. Jisung pressionou os lábios contra o pescoço de S/N, suas mãos deslizando para baixo enquanto ele murmurava palavras de desejo contra a pele quente do garoto.
— Você é tão lindo assim, só pra mim… - Jisung sussurrou, antes de começar a beijar e mordiscar a pele sensível no pescoço de S/N, fazendo o garoto estremecer e soltar um gemido baixo e trêmulo.
Em um ímpeto, Jisung agarrou o tecido do vestido de S/N, rasgando-o com uma única puxada, a risada abafada escapando de seus lábios enquanto via o olhar de surpresa e desespero de S/N.
— Que foi? - Jisung perguntou, ofegante, enquanto seus dedos deslizavam por baixo do vestido, tocando a pele nua e arrepiada de S/N. - Não vou parar agora, S/N. Quero você assim…
S/N engoliu em seco, os olhos arregalados enquanto tentava não parecer tão desastrado quanto realmente estava. O tesão o deixava desnorteado, e suas mãos tremiam enquanto ele tentava abrir o cinto das calças de Jisung, os olhos fixos nos de Jisung, procurando alguma confirmação.
Jisung apenas sorriu de lado, como se gostasse da forma como S/N estava tão desorientado, tão necessitado por ele.
— Não precisa se preocupar, S/N - Jisung murmurou, antes de começar a beijar os lábios do garoto mais uma vez, tentando deixar claro que não estava apenas brincando. - Deixa que eu faço o trabalho duro…
Com a respiração pesada, S/N finalmente conseguiu afastar o cinto de Jisung, depois a blusa, enquanto seus lábios continuavam a se explorar com urgência. Cada toque, cada beijo parecia acelerar o tempo, e o desespero de S/N só aumentava.
— Jisung… - ele murmurou, as mãos agora tremendo enquanto tentava desvendar a calça do outro garoto, os olhos fixos nos de Jisung, como se implorasse por algo mais.
— Vamos, S/N - ele sussurrou contra os lábios do garoto, seus dedos já tocando o tecido apertado do vestido que S/N ainda usava. - Vamos acabar com isso de uma vez por todas.
Os movimentos entre Jisung e S/N eram desenhados com uma urgência que só crescia a cada instante. Jisung começou a foder S/N enquanto estava entre suas pernas, deslizando para dentro dele devagar, permitindo que cada centímetro que deslizava para dentro fosse devidamente sentido e cada estocada fosse sentida intensamente. A sensação de preenchê-lo completamente fazia Jisung gemer baixinho, sua mão pressionando com força na coxa de S/N enquanto suas estocadas se tornavam mais profundas, mais rápidas.
S/N, por sua vez, estava completamente entregue, os gemidos baixos escapando de seus lábios a cada movimento, cada toque profundo de Jisung. Suas mãos se agarravam aos lençóis, as unhas enterradas no tecido enquanto ele se deixava levar pela sensação de ser tomado, pelo prazer que crescia a cada estocada.
Jisung mudou de posição, virando S/N de quatro. O garoto se posicionou atrás dele, as mãos apertando os quadris de S/N enquanto ele empurrava para dentro, uma sequência de estocadas longas e profundas. A cada vez que ele se movia, o som da pele contra pele preenchia o quarto, os gemidos de S/N ficando mais altos, quase incontroláveis.
— Isso, assim, S/N… - Jisung murmurou entre os dentes cerrados, suas estocadas intensas, cada movimento tirando um gemido mais altos do outro garoto. - Você gosta assim, meu amor?
S/N balançava a cabeça freneticamente, incapaz de falar, apenas gemendo e arfando enquanto cada estocada parecia arrancar um pedaço de prazer de seu corpo.
Então, Jisung mudou novamente, virando S/N de costas para ele e ajudando-o a montar suas coxas. Jisung segurou firmemente em S/N, ajudando-o a encontrar um ritmo, montando-o com uma habilidade que fez os dois se unirem em um frenesi de movimento.
— Isso, cavalga em mim, S/N… - Jisung pediu, seus dedos se apertando nas costas do garoto enquanto ele começava a encontrar o ritmo certo, a tensão crescendo entre os dois. A cada estocada, S/N se movia mais rápido, seus gemidos virando quase gritos enquanto ele se aproximava do clímax.
— Ah, Jisung… eu… - S/N estava ofegante, os olhos fechados enquanto ele cavalgava, as pernas tremendo de prazer enquanto ele encontrava o pico, os músculos apertando em volta de Jisung a cada estocada, até que finalmente eles chegaram ao clímax juntos, gemendo alto enquanto se agarravam um ao outro.
Os dois caíram exaustos para o lado, S/N se encolhendo nos braços de Jisung enquanto tentavam recuperar o fôlego. Jisung beijou a testa de S/N, seus dedos acariciando os cachos de S/N com suavidade.
— Foi incrível, S/N - ele murmurou baixinho, seus olhos encontrando os do ômega com um sorriso ainda ofegante. - Eu… não imaginava que pudesse ser assim.
S/N sorriu, beijando os lábios de Jisung com carinho antes de se aninhar mais perto, como se estivesse tentando encontrar um pouco mais de segurança e conforto nos braços de Jisung.
— Foi perfeito, Jisung - S/N disse suavemente, ainda tentando processar tudo que acabara de acontecer. - Eu… acho que finalmente entendi seu comportamento…
Jisung apenas sorriu, seu olhar cheio de ternura enquanto ele apertava S/N mais contra si, como se não quisesse nunca mais soltá-lo. E assim, os dois se deitaram juntos, entrelaçados, como se estivessem criando uma nova conexão, algo que fosse além do físico, algo mais profundo…
UM POUCO ANTES…
Na sala de estar, os outros garotos do NCT não puderam ignorar os gemidos altos que vinham do quarto de Jisung. Haechan, que estava com um sorriso sarcástico no rosto, balançou a cabeça.
— Estava na hora já - disse ele, provocante, enquanto os outros olhavam uns para os outros com uma expressão de incredulidade misturada com um tom de felicidade discreta. - Ele tava quase comendo o S/N com os olhos esse tempo todo.
— Porra, esses dois - Mark comentou baixinho, enquanto suas mãos esfregavam a nuca, parecendo perplexo e ao mesmo tempo satisfeito. - Eu nunca pensei que Jisung fosse esse tipo, sabe?
— É, isso definitivamente foi inesperado - Jaemin riu, se encostando no sofá enquanto mexia no celular. - Mas é legal ver que eles finalmente estão se entendendo.
— Bem, pelo menos alguém está se divertindo - Doyoung disse com um suspiro, cruzando os braços enquanto observava a porta fechada do quarto. - Não sabia que eles estavam tão próximos.
Haechan riu, revirando os olhos.
— Ah, vocês são muito ingênuos. Claro que estava acontecendo algo assim. - Ele olhou ao redor, suas sobrancelhas levantadas como se esperasse alguma objeção. - Estava claro desde o dia em que Jisung o puxou para o colo na live. Todo mundo viu a química entre eles.
— Pff, não é como se precisássemos de provas para isso - Johnny disse, levantando-se para se esticar. - O quarto ao lado está gritando por atenção. Na verdade, estamos mais aliviados de que finalmente aconteceu.
As risadas ecoaram pela sala enquanto eles continuavam a trocar olhares, claramente aliviados por ver seus amigos finalmente felizes e, aparentemente, em uma boa situação.
— Quem diria que Jisung tinha essa habilidade toda - Taeyong comentou, seus olhos ainda voltados para a porta, antes de se levantar e sacudir a cabeça. - Bem, agora sabemos porque ele estava tão ocupado no último mês.
Mark sorriu, balançando a cabeça em assentimento.
— Sim, mas de certa forma, isso é bom, não é? — Finalmente podemos parar de nos preocupar com ele o tempo todo.
— Verdade - Jaemin acrescentou. - Agora, vamos dar-lhes algum espaço antes que alguém aqui comece a se meter em confusão.
Haechan sorriu, acenando com a cabeça em aprovação.
— Boa ideia. Vamos dar a eles um pouco de privacidade. Já que Haechan parecia certo ao final das contas.
E assim, os garotos do NCT se dispersaram pela sala, discutindo sobre o que fariam para passar o tempo enquanto Jisung e S/N aproveitavam seu momento a sós. Ao mesmo tempo, todos sabiam que, mesmo com os gemidos audíveis e as risadas compartilhadas, Jisung e S/N estavam finalmente explorando algo novo entre eles e era algo que precisava ser celebrado, em silêncio, para não atrapalhar a atmosfera que estava acontecendo do outro lado da porta.
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Te imploro de joelhos por um imagine do Jin
Podexa meu amorzinho ⭐❤️
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Imagine Kim Namjoon

S/N era um ator renomado, o nome mais comentado no mundo do cinema após estrelar o sucesso de bilheteria "Horizontes Partidos", um drama psicológico que explora a luta de um homem para superar os traumas do passado enquanto tenta salvar um futuro distópico prestes a ruir. Sua atuação foi amplamente elogiada por críticos e fãs, com uma performance que oscilava entre vulnerabilidade e força de forma tão magistral que deixou o público em lágrimas. A cena final, onde seu personagem confronta o próprio reflexo enquanto chora silenciosamente, tornou-se icônica.
Naquela noite, no Metropolitan Gala, um dos eventos mais exclusivos e prestigiados do mundo, S/N desfilava com confiança entre os maiores nomes da indústria do entretenimento e da moda. Vestindo um terno perfeitamente ajustado, com detalhes que brilhavam sob as luzes, ele era um dos destaques da noite. Foi então que ele viu Kim Namjoon, o lendário líder do BTS, de pé no outro lado do salão. Namjoon estava deslumbrante, vestindo um smoking clássico que acentuava sua elegância natural, com uma postura confiante e um sorriso suave que parecia iluminar o ambiente.
S/N já tinha ouvido falar dele, claro. Quem não conhecia BTS em 2024? Eles eram um fenômeno global que transcendeu a música. Mas ver Namjoon tão de perto era diferente. Ele era ainda mais bonito do que nas telas, com uma aura magnética que fazia S/N sentir um formigamento inexplicável.
O momento em que seus olhares se cruzaram foi curto, mas intenso. Namjoon sorriu educadamente, e S/N teve que se controlar para não demonstrar o impacto que aquele sorriso teve nele. "Calma, ele é só uma pessoa, e você vai assustar ele," S/N pensou, mas, por dentro, ele sentia como se tivesse acabado de ser atingido por uma onda.
Mais tarde, os dois acabaram sendo apresentados por um amigo em comum. Namjoon se mostrou incrivelmente gentil e articulado, o que só complicou mais as coisas para S/N.
S/N e Namjoon acabaram se esbarrando várias vezes ao longo da noite no evento, até que se encontraram em um canto mais reservado, longe do alvoroço. O que começou como uma conversa educada sobre a arte de atuar e criar música se transformou em uma troca genuína de ideias e risadas. Eles tinham tanto em comum que perderam a noção do tempo, falando sobre livros, filosofia, o impacto da cultura pop e até sobre suas comidas favoritas. Era uma conexão inesperada, mas tão natural que ambos pareciam esquecer que estavam cercados por celebridades e câmeras.
Os outros convidados começaram a notar a proximidade entre os dois. Alguns até comentaram, meio surpresos, sobre como eles pareciam uma dupla improvável, mas absolutamente adorável. Fotógrafos capturaram momentos espontâneos: S/N jogando a cabeça para trás de tanto rir, Namjoon falando algo gesticulando com entusiasmo, e até um momento em que os dois pareciam estar cochichando algo conspiratório.
Na manhã seguinte, as redes sociais estavam em chamas. Postagens sobre "o bromance inesperado da noite" acumulavam milhões de curtidas e compartilhamentos. Vídeos deles conversando e rindo já tinham milhões de visualizações. A hashtag #NamJoonS/N começou a viralizar, com fãs criando memes, edições e até fanarts dos dois.
S/N, que era mais reservado online, postou uma foto de um livro que Namjoon havia recomendado com a legenda: "Noite incrível. Obrigado pelas indicações, RM." Já Namjoon, compartilhou uma foto borrada dos dois de costas, em frente à uma parede decorada, com a legenda: "Conversas inesperadas são as melhores."
Assim, nasceu a amizade mais improvável – e, ao mesmo tempo, mais fofa – que o mundo das celebridades já viu. Eles continuaram interagindo online e, vez ou outra, eram vistos juntos em cafés, galerias de arte ou lançamentos de livros, para o deleite de seus fãs.
A amizade entre Namjoon e S/N se aprofundou rapidamente. Eles trocavam mensagens todos os dias, compartilhando reflexões, trocando recomendações de livros e falando sobre suas vidas atarefadas. Para Namjoon, era refrescante ter alguém fora do seu círculo habitual com quem pudesse ser totalmente ele mesmo. S/N, com seu humor afiado e sensibilidade, fazia com que ele se sentisse compreendido de uma forma única.
Mas as coisas começaram a mudar para Namjoon quando, numa madrugada solitária em seu estúdio, ele se pegou perdido em pensamentos sobre S/N. Enquanto folheava o caderno onde escrevia letras, percebeu que as palavras que fluíam não eram as de uma música comum. Era algo diferente: confissões disfarçadas em metáforas, versos sobre olhos que brilhavam mais que qualquer câmera poderia capturar, sobre risadas que ecoavam como uma melodia e sobre uma presença que fazia tudo parecer mais leve.
Namjoon parou por um momento, encarando o que havia escrito. "Droga, isso é sobre ele," pensou, o coração acelerando. Ele sabia que era mais do que uma amizade comum. Escrever sempre foi sua maneira de expressar o que as palavras faladas não conseguiam, e ali, diante daquela letra inacabada, percebeu que seus sentimentos por S/N iam muito além da admiração. Ele estava apaixonado.
No entanto, admitir isso, mesmo para si, era assustador. Namjoon não sabia como S/N reagiria. E se ele só o visse como um amigo? Ou pior, e se a confissão estragasse o que eles tinham? Então, ele guardou a música, tentando enterrar seus sentimentos. Mas cada vez que eles se encontravam – o jeito como S/N sorria para ele, como seus olhos brilhavam enquanto falavam sobre algo que amavam – só fazia com que fosse mais difícil ignorar.
A letra daquela música de amor começou a crescer em sua mente, e Namjoon sabia que, mais cedo ou mais tarde, precisaria decidir o que fazer com o que sentia.
S/N subiu ao palco sob uma chuva de aplausos, visivelmente emocionado. Vestindo um smoking impecável, mas com a gravata já um pouco desalinhada por ter sido constantemente abraçado pelos colegas de profissão, ele segurou o Emmy com as duas mãos, respirando fundo antes de começar.
— Uau... Isso é surreal. Primeiro, eu preciso agradecer à Academia, ao elenco e à equipe incrível de "Sombras do Inimigo". Esse projeto foi desafiador, assustador e ao mesmo tempo o trabalho mais gratificante da minha vida. A cada dia de gravação, eu aprendi algo novo sobre mim mesmo e sobre o que significa contar uma história que mexe com a mente e o coração das pessoas.
Ele fez uma pausa, olhando para a plateia com um sorriso trêmulo.
— Quero agradecer à minha família, que sempre acreditou em mim, mesmo quando eu mesmo não acreditava. A todos os amigos que aguentaram minhas crises de ansiedade durante as filmagens — sério, vocês são santos.
O público riu com carinho, e ele deu um passo à frente, agora com os olhos brilhando.
— Mas também quero agradecer a alguém que me ajudou de uma forma que ele talvez nem perceba. Alguém que apareceu na minha vida no momento certo e me lembrou do que é genuinidade, criatividade e o poder de compartilhar o que temos de melhor com o mundo. Namjoon, obrigado por ser uma fonte de inspiração constante. Suas palavras, suas ideias e até seus silêncios me ensinaram tanto.
S/N continuou:
— Esse Emmy não é só meu. Ele é de todos que acreditaram em mim e também daqueles que me desafiaram a ser melhor, dia após dia. Muito obrigado por isso.
Com o prêmio erguido em uma mão e o coração visivelmente acelerado, S/N saiu do palco, deixando a audiência encantada com sua autenticidade e gratidão. Nos bastidores, sua equipe o parabenizava, mas sua mente imaginava apenas o que Namjoon acharia.
Namjoon não conseguia tirar o discurso de S/N da cabeça. Aquela menção inesperada e sincera o deixara em um estado de completa confusão emocional. Ele assistiu ao vídeo do momento tantas vezes que já sabia de cor o tom da voz de S/N, a pausa estratégica antes de dizer seu nome, e até a maneira como ele sorriu enquanto agradecia. Era doce, quase íntimo. E aquilo estava o enlouquecendo.
De volta ao estúdio, cercado pelos outros membros do BTS, Namjoon finalmente se abriu:
— Eu não aguento mais, sério. Vocês acham que eu deveria... sei lá, dizer alguma coisa para ele?
Yoongi, sentado com a costumeira calma, levantou uma sobrancelha.
— Você está me perguntando se deveria contar para a pessoa que claramente sente algo por você que você sente o mesmo?
Namjoon piscou.
— Como assim "claramente sente algo"?
— Namjoon, ele agradeceu você em um discurso que vai ficar para sempre marcado na história da carreira dele — retrucou Hoseok, revirando os olhos de forma dramática. — Não é como se ele agradecesse qualquer um.
Jimin, sempre o mais empático, colocou a mão no ombro de Namjoon com um sorriso encorajador.
— Hyung, se você sente isso, vai lá e fala.
Namjoon soltou um suspiro, dividido entre o nervosismo e a esperança.
— Vocês estão certos. Eu não consigo mais fingir que isso é só uma amizade.
— Então vai lá, porra — incentivou Taehyung, com um sorriso tranquilo. — Tenho certeza de que ele está esperando por isso também.
Convencido pelos amigos, Namjoon decidiu que precisava tomar coragem. Ele sabia que nada superaria uma conversa cara a cara, mas a agenda lotada de S/N parecia dificultar isso. Quando finalmente conseguiu uma brecha, mandou uma mensagem direta:
Namjoon: "Eu queria falar com você. Algo importante. Podemos nos encontrar em algum lugar?"
A resposta veio rápido.
S/N: "Claro! Estou no set filmando, mas você pode vir até o estúdio. Podemos conversar no meu camarim. Que tal amanhã à tarde?"
Namjoon confirmou, mesmo com o coração acelerado. No dia seguinte, ele chegou ao estúdio. O ambiente era movimentado, com câmeras, luzes e pessoas correndo para lá e para cá. Ele foi conduzido até o camarim de S/N, que parecia ser um oásis de calma no meio do caos.
S/N estava sentado em um sofá, ainda com parte do figurino de sua cena, mas com o rosto iluminado por um sorriso caloroso ao vê-lo.
— Namjoon! Que bom que você veio — disse, levantando-se para cumprimentá-lo.
— Eu que agradeço por me receber aqui, mesmo com sua agenda tão cheia — respondeu Namjoon, tentando esconder o nervosismo.
Eles se sentaram lado a lado no sofá, a conversa fluindo de forma descontraída no início. S/N contou sobre o novo projeto, uma série cheia de ação e drama, enquanto Namjoon ouvia atentamente, rindo de algumas anedotas dos bastidores.
Mas então, a expressão de Namjoon mudou. Ele respirou fundo, sentindo o peso do momento.
— S/N, eu... tem algo que eu preciso te dizer.
S/N arqueou as sobrancelhas, curioso.
— Claro, o que foi?
Namjoon passou a mão pelo cabelo, tentando organizar os pensamentos.
— Desde que nos conhecemos naquela noite na gala, eu... Eu sabia que você era especial. Mas, com o tempo, percebi que o que sinto por você não é só amizade.
S/N ficou em silêncio, os olhos fixos nos de Namjoon, que continuou:
— Eu não consigo parar de pensar em você. Em como você me inspira, me faz rir e me faz sentir coisas que eu não sentia há muito tempo. Eu tentei ignorar, mas... eu escrevi até uma música sobre você.
S/N arregalou os olhos, surpreso, mas um sorriso começou a se formar em seus lábios.
— Uma música?
Namjoon assentiu, nervoso.
— Sim. Porque você é... bem, você é tudo.
Por um momento, o silêncio preencheu o camarim, e Namjoon temeu o pior. Mas então, S/N colocou a mão sobre a dele, apertando-a gentilmente.
— Namjoon, eu não vou mentir. Eu já sentia algo, mas... nunca imaginei que você se sentiria assim também.
Os dois se olharam, um misto de nervosismo e alívio no ar, até que S/N riu baixinho.
— Então, quando é que eu vou ouvir essa música?
Namjoon riu, relaxando pela primeira vez.
— Só se você prometer que não vai rir.
— Promessa de ator.
Namjoon tirou o celular do bolso com um sorriso tímido.
— Ok, eu não esperava mostrar isso assim, mas...
Ele colocou um fone no ouvido de S/N e deu play. Os primeiros acordes suaves preencheram o silêncio do camarim, e então a voz de Namjoon começou. A letra era delicada, poética, cheia de metáforas sobre luz e calor, sobre encontrar um porto seguro em meio ao caos. Mas, ao mesmo tempo, era íntima e pessoal, como se cada palavra tivesse sido escrita apenas para S/N.
Conforme a música avançava, S/N sentiu os olhos marejarem. Ele não conseguia acreditar na profundidade do que estava ouvindo. Cada verso parecia arrancar algo dentro dele, como se Namjoon tivesse conseguido traduzir tudo o que ele sentia e nunca conseguiu dizer.
Quando a última nota tocou, S/N tirou o fone lentamente, enxugando as lágrimas que haviam caído sem que ele percebesse. Ele olhou para Namjoon, que estava visivelmente nervoso, mas com um brilho de esperança nos olhos.
— Namjoon... — S/N começou, a voz trêmula. — Essa é a coisa mais linda e sincera que alguém já fez por mim.
Namjoon abriu a boca para responder, mas antes que pudesse dizer algo, S/N se inclinou para frente e o beijou. Foi um beijo suave no início, mas logo carregado de emoção, como se S/N estivesse tentando mostrar com aquele gesto tudo o que a música havia despertado nele.
Quando finalmente se separaram, Namjoon piscou, atordoado, mas sorrindo.
— Uau... Isso foi... uau...
S/N riu, ainda com as mãos no rosto de Namjoon.
— Bom, achei que era justo. Você me deu sua música, eu precisava dar algo em troca.
Namjoon riu junto, o alívio e a felicidade transbordando.
— Eu acho que você acabou de me dar mais do que eu esperava.
Os dois ficaram ali, juntos, o mundo do lado de fora esquecendo por um momento. No camarim, apenas as batidas aceleradas de seus corações preenchiam o silêncio. O começo de uma nova história estava diante deles, e nenhum dos dois queria que aquele momento acabasse.
Meses se passaram e eles estava conseguindo manter o relacionamento por debaixo dos panos, mas depois de muitas conversas, risos e lágrimas compartilhados, Namjoon e S/N decidiram que não queriam mais esconder o que sentiam um pelo outro. Eles sabiam que enfrentariam críticas e preconceitos, mas também sabiam que o amor que tinham era verdadeiro e merecia ser celebrado. Então, em um dia comum, mas que se tornaria extraordinário para os fãs, os dois decidiram revelar ao mundo a profundidade de sua relação.
Eles postaram uma série de fotos em suas redes sociais.
A primeira mostrava os dois em um abraço apertado, rostos próximos e sorrisos radiantes. A segunda era um beijo doce, quase tímido, capturado no exato momento em que riam juntos. A terceira era mais íntima e divertida: os dois em uma banheira cheia de espuma, rindo como crianças, com S/N tentando colocar uma bolha no nariz de Namjoon.
A legenda era simples, mas cheia de significado:
S/N: "Amar você foi o papel mais fácil da minha vida." Namjoon: "E escrever sobre você foi a melhor música que já fiz."
Em minutos, as postagens explodiram. Os fãs ficaram loucos, compartilhando as fotos com mensagens de apoio e hashtags que subiram rapidamente aos Trending Topics. Claro, havia quem criticasse, mas o amor e a admiração que os dois recebiam superavam qualquer negatividade.
Namjoon ainda complementou em sua história no Instagram:
"No final, amar é um ato de coragem. Estou pronto para ser corajoso ao lado dele."
Enquanto S/N escreveu em seu Twitter:
"Já interpretei muitos papéis, mas nenhum é tão autêntico quanto ser eu mesmo ao lado de Namjoon."
Depois de assumirem o relacionamento, Namjoon e S/N se tornaram inseparáveis, e o mundo começou a perceber que eles eram a definição de "apoio mútuo". S/N, agora sempre visto com Namjoon, fazia questão de levá-lo a todos os eventos importantes de sua carreira.
Nas pré-estreias de seus filmes, Namjoon era seu acompanhante constante, andando de mãos dadas no tapete vermelho. Ele sempre usava ternos impecáveis, mas o que chamava atenção era o olhar de puro orgulho que lançava para S/N.
Durante as filmagens, Namjoon frequentemente aparecia nos sets, trazendo café para a equipe e assistindo atentamente às cenas de S/N. Ele ficava de canto, mas com um sorriso que denunciava o quanto estava encantado com o talento do namorado.
Nas premiações, era uma festa à parte. Sempre que S/N ganhava algo, Namjoon era o primeiro a aplaudir de pé, com um sorriso enorme e olhos brilhando de emoção. Durante os discursos, S/N não se esquecia de agradecer a Namjoon por ser sua maior inspiração e apoio.
Mas o papel de fã número um se invertia completamente nos shows do BTS. S/N fazia questão de estar presente em todos os concertos de Namjoon, independentemente da cidade ou do país. Ele ficava na plateia, misturado com os fãs, segurando lightsticks e gritando como qualquer ARMY apaixonado.
— EU TE AMO, NAMJOON! — S/N gritou em um show, arrancando risadas de quem estava por perto, especialmente quando Namjoon, no palco, teve que se virar e esconder o rosto para conter o riso.
Depois de um dos shows, Namjoon abraçou S/N nos bastidores, ainda suado e exausto.
— Você é terrível, sabia? Me desconcentrou total hoje.
S/N sorriu travesso.
— Ah, por favor, você amou. Além disso, sou seu maior fã.
Namjoon riu e o puxou para mais perto.
— Meu maior prêmio não são os gritos ou os troféus, é ter você ao meu lado.
As músicas de Namjoon começaram a ganhar um toque cada vez mais ousado e pessoal, e quem conhecia o casal não tinha dúvidas de quem era sua inspiração. Com batidas provocantes e letras carregadas de insinuações, suas canções passaram a contar histórias de paixão ardente, momentos íntimos e uma conexão física que transcendia palavras.
Os fãs, claro, eram rápidos em conectar os pontos. Uma das músicas descrevia a adrenalina de um encontro secreto em um lugar apertado, com janelas embaçadas, e muitos apostaram que Namjoon estava narrando a noite em que ele e S/N não conseguiram esperar até chegar em casa depois de um show.
Outra faixa fazia alusão ao jeito único como S/N sussurrava seu nome, um refrão que misturava gemidos com a batida sensual da música. Namjoon cantava com tanta intensidade que deixava o público sem fôlego, e os sorrisos cúmplices entre ele e S/N quando a música tocava ao vivo não deixavam dúvidas sobre o significado por trás dela.
E então, havia a música mais polêmica: uma balada sensual que fazia referência a "momentos roubados" durante os compromissos de S/N. Os versos falavam de encontros no camarim, corpos pressionados contra paredes enquanto o mundo esperava do lado de fora. Os fãs enlouqueceram com as referências, e o termo "CamarimGate" começou a circular no Twitter.
S/N, sempre provocador, não ajudava a diminuir os rumores.
— O que posso dizer? — brincou em uma entrevista. — Namjoon é um artista incrível, e eu sou um grande fã do trabalho dele... em todos os sentidos.
Namjoon, por sua vez, apenas ria quando questionado.
— Eu sou um contador de histórias — dizia ele, com aquele sorriso enigmático. — E algumas histórias precisam ser sentidas para serem contadas.
As músicas se tornaram sucessos absolutos, enquanto o relacionamento deles se solidificava como um dos mais icônicos e apaixonados da indústria. Para eles, a vida era um palco, e cada momento — mesmo os mais íntimos — era digno de ser celebrado.
O clima era eletrizante desde o momento em que S/N encontrou Namjoon no camarim após o show. Namjoon ainda estava com a energia pulsante do palco, os músculos tensos sob o suor da apresentação, e o olhar cheio de desejo quando viu o namorado. S/N não conseguia conter a vontade; o show inteiro havia sido uma tortura deliciosa, assistindo Namjoon dominar o palco com tanto carisma e sensualidade.
Assim que entraram no quarto do hotel, a tensão explodiu. Eles mal conseguiram fechar a porta antes que os lábios se encontrassem em um beijo faminto, mãos explorando freneticamente cada pedaço de pele. S/N praticamente arrancou a camiseta de Namjoon, os dedos correndo pelas linhas definidas de seu abdômen.
— Você sabe o que fez comigo hoje? — S/N sussurrou contra os lábios de Namjoon, a voz rouca de desejo. — Você estava tão... tão... gostoso naquele palco.
Namjoon riu baixo, o som grave e provocador.
— Ah, é? — Ele murmurou, segurando S/N pela cintura e pressionando-o contra a parede do quarto. — Então, acho que devo dar ao meu fã número um um show particular, não acha?
S/N gemeu em resposta, jogando a cabeça para trás enquanto Namjoon mordiscava seu pescoço. As roupas iam sendo descartadas pelo caminho, peça por peça, até que a cama os recebeu em meio ao caos de beijos e toques desesperados.
Namjoon, ainda embriagado pela adrenalina do show e pela presença magnética do namorado, não resistiu quando S/N tomou o controle com um sorriso malicioso nos lábios.
S/N deslizou sobre ele, cada movimento cheio de confiança. Ele arqueava o corpo, os olhos fechados enquanto sentia cada centímetro de Namjoon pulsando dentro dele, gemendo baixinho ao ajustar o ritmo para provocar ainda mais. Namjoon, deitado abaixo dele, não conseguia desviar o olhar, as mãos fortes explorando a pele macia do namorado, segurando sua cintura para guiá-lo em um ritmo que deixava os dois ofegantes.
— Você é tão... — Namjoon começou, mas a frase foi interrompida por um gemido rouco, os olhos escurecidos de prazer.
— Tão o quê? — S/N perguntou, inclinando-se para frente, os lábios quase tocando os de Namjoon. Ele acelerou o movimento, um brilho de provocação em seu olhar.
— Caralho, amor — Namjoon conseguiu responder, a voz falhando enquanto ele agarrava os quadris de S/N com mais força. — Você senta tão gostoso pra mim...
As palavras de Namjoon foram um gatilho. S/N jogou a cabeça para trás, aumentando o ritmo, os movimentos mais rápidos e intensos. O som da pele batendo ecoava no ambiente enquanto ele usava toda a força das pernas para se mover, a bunda de S/N batendo contra as coxas de Namjoon em um ritmo frenético.
Namjoon mal conseguia conter o prazer. Ele inclinou-se ligeiramente para frente, segurando ainda mais forte, guiando S/N em movimentos ainda mais profundos e intensos. Seus olhos fixos no corpo dele, assistindo cada detalhe — a forma como sua pele brilhava de suor, os lábios entreabertos, os gemidos que escapavam sem controle.
— Isso... Isso, bebê. Tão perfeito pra mim, com meu pau todinho dentro de você. — Namjoon murmurou, ofegante, as palavras carregadas de adoração e desejo. — Eu poderia ficar assim pra sempre.
S/N sorriu entre um gemido, inclinando-se para frente para capturar os lábios de Namjoon em um beijo faminto.
— Eu deixaria. Tudo por você, Joonie. Sempre.
Namjoon estava exausto, o corpo tremendo depois de gozar com as sentadas do namorado, as coxas doendo, mas o desejo não tinha diminuído nem um pouco. Ele observou S/N à sua frente, ofegante e com o corpo ainda marcado pelos toques apaixonados e seu pau pulsou ainda dentro do garoto. O simples pensamento de parar era inconcebível.
Com esforço, Namjoon se ajoelhou, suas mãos firmes segurando os quadris de S/N, que agora estava de quatro na cama, arqueando as costas de um jeito que parecia feito para provocá-lo. S/N olhou por cima do ombro, um sorriso malicioso dançando em seus lábios inchados.
— Vai desistir tão cedo, Joon? — S/N provocou, sua voz rouca e cheia de desejo.
— Nem nos seus sonhos. — Namjoon respondeu, a determinação clara no tom enquanto se posicionava atrás dele.
Mesmo com suas coxas protestando pelos movimentos anteriores, Namjoon começou a se mover, lento no início, aproveitando cada segundo da sensação de estar com S/N dessa forma. Mas a visão dele, gemendo e pressionando os quadris para trás em busca de mais, o fez perder qualquer controle restante.
Namjoon aumentou o ritmo, cada estocada mais firme e profunda, as mãos apertando os quadris de S/N para puxá-lo contra si. O som dos gemidos de S/N misturado ao som de suas peles se chocando era quase demais para ele suportar.
— Caralho, S/N — Namjoon grunhiu, inclinando-se para frente para beijar as costas de S/N, sua respiração quente contra a pele dele. — Você me deixa louco... Não consigo parar...
S/N apenas gemeu em resposta, os braços tremendo enquanto segurava nos lençóis, tentando se manter firme contra os movimentos intensos de Namjoon.
— Então não para... Me fode bem forte amor, por favor... — S/N conseguiu sussurrar, arqueando ainda mais as costas.
Namjoon segurou firme na cintura dele, ignorando a queimação em suas próprias coxas, movendo-se com ainda mais intensidade. A cama rangia sob eles, mas tudo o que importava naquele momento era a forma como eles se conectavam, os corpos em perfeita harmonia.
No silêncio abafado do quarto, o som das respirações ofegantes de S/N e Namjoon era a única coisa que preenchia o espaço. Namjoon ainda estava sobre S/N, o corpo suado e exausto, mas ao olhar para o rosto do menor — um misto de satisfação e um desejo ainda ardente — ele soube que a noite estava longe de acabar.
— Você ainda quer mais, não é? — Namjoon perguntou, com a voz rouca, um sorriso cansado mas carregado de provocação surgindo em seus lábios.
S/N mordeu o lábio inferior, os olhos brilhando enquanto envolvia as pernas ao redor da cintura de Namjoon antes de movê-las lentamente para seus ombros, oferecendo-se de maneira ainda mais intensa.
— Sempre quero mais de você, Joon — ele sussurrou, o tom baixo e carregado de provocação.
Namjoon grunhiu, a visão de S/N nessa posição, com os cabelos bagunçados, os lábios entreabertos e a expressão cheia de luxúria, era o suficiente para reacender seu desejo. Ele segurou as coxas de S/N com firmeza, posicionando-se novamente, e com um único movimento profundo, arrancou um gemido alto do namorado.
— Você é um pecado, S/N... — Namjoon murmurou enquanto começava a se mover, o ritmo já forte e intenso desde o início, como se o desejo que os consumia não pudesse esperar mais.
S/N arqueou as costas contra o colchão, cada estocada fazendo seu corpo tremer enquanto ele gemia sem qualquer pudor, as mãos agarrando os lençóis com força. Namjoon inclinou-se mais para frente, o ângulo ficando ainda mais profundo, cada movimento arrancando gemidos mais altos de S/N.
— Isso... Mais forte, Joon. Não para. — S/N implorou, as palavras saindo entre suspiros e gemidos.
Namjoon atendeu ao pedido sem hesitar, aumentando a força e a velocidade. O som dos corpos se chocando preenchia o quarto enquanto Namjoon continuava, perdido na sensação de estar completamente conectado a S/N. Ele olhou para o rosto do namorado — uma bagunça de prazer puro, os olhos semicerrados e os lábios entreabertos.
— Você é tão lindo assim — Namjoon disse, ofegante, enquanto pressionava um beijo na panturrilha de S/N antes de continuar. — Tão perfeito... Tão meu.
As palavras dele fizeram S/N gemer ainda mais alto, e quando ambos chegaram ao limite, foi ainda mais intenso do que antes. Namjoon ofegou quando finalmente se soltou dentro dele pela terceira vez naquela noite, o corpo inteiro tremendo enquanto desabava contra o peito de S/N.
Eles ficaram ali, juntos, respirando fundo enquanto os corpos ainda quentes permaneciam entrelaçados. Namjoon afastou o cabelo do rosto de S/N, observando-o com um sorriso satisfeito.
— Acho que finalmente conseguimos satisfazer você, não é? — ele provocou, rindo baixinho.
S/N riu, puxando Namjoon para um beijo lento e carinhoso.
— Por enquanto... — ele respondeu, os olhos brilhando de travessura.
— Você vai me matar, S/N — Namjoon murmurou, um sorriso cansado mas satisfeito nos lábios.
S/N riu baixinho, virando-se para puxá-lo para um beijo lento e cheio de carinho.
— Mas que jeito gostoso de morrer, não acha?
Namjoon não conseguia tirar a noite de sua cabeça. A intensidade de cada toque, os gemidos que S/N fazia, e a forma como eles se conectavam tão perfeitamente o inspiraram como nunca antes. Sentado em seu estúdio, ele transformou cada sensação, cada lembrança vívida daquela noite, em letras que fluíam sem esforço, como se estivessem esperando para ser escritas.
A faixa intitulada "Four Walls", foi uma das mais explícitas e intensas do álbum, carregando uma batida grave e pulsante que ecoava o ritmo descrito na letra. Namjoon mergulhou fundo na experiência daquela noite, descrevendo a sensação de dominar S/N, com as mãos firmes em sua cintura e os sons abafados que preenchiam o quarto. A música era um hino cru e visceral, misturando desejo e paixão.
"Quatro paredes guardando nosso segredo,
Seus gemidos ecoando, quebrando o silêncio,
A cada impulso, você me chama,
A cada estocada, seu corpo treme."
Os fãs ficaram perplexos com a ousadia da letra, mas a entrega sincera de Namjoon fez com que a música se tornasse um sucesso instantâneo. O uso de metáforas para descrever os momentos íntimos tornou a música tanto uma obra de arte quanto uma confissão.
"Take Me High", a faixa seguinte, era igualmente ousada, mas trazia uma energia mais acelerada e caótica, representando a intensidade e a insaciabilidade de S/N naquela noite. Namjoon descreveu como a conexão entre eles transcendeu o físico, elevando ambos a um estado quase eufórico.
"Você sobe e desce, me leva a lugares
Onde o desejo encontra o êxtase.
Perco o ar, perco o controle,
Mas, caramba, como você me mantém são."
"Good Boy", no entanto, era mais ousada, mais explícita, com batidas pulsantes que imitavam o ritmo daquela noite frenética. Namjoon descrevia como S/N o fazia perder o controle, como sua entrega era irresistível e perfeita. A linha principal do refrão era um soco direto ao coração — e aos sentidos:
"Como eu poderia querer qualquer outra coisa
Quando meu bom garoto me cavalga tão bem?
Profundo, lento, rápido — de qualquer jeito, você é meu."
Os fãs ficaram em choque e êxtase quando o álbum foi lançado. As letras evocativas deixaram claro que Namjoon havia vivido algo extraordinário, algo que ele não tinha medo de explorar publicamente.
S/N, claro, sabia que as músicas eram sobre ele. Ele ouvia as faixas em um looping constante, rindo entre os lábios enquanto sentia o calor subir pelas bochechas. O jeito como Namjoon capturou não apenas os momentos físicos, mas também a conexão emocional, era uma prova do quanto ele o conhecia — e o amava.
Na próxima entrevista, quando Namjoon foi questionado sobre as inspirações para as músicas, ele apenas sorriu, um pouco envergonhado, mas incrivelmente satisfeito.
— A inspiração veio de alguém muito especial. Tudo o que posso dizer é que, quando você encontra alguém que transforma cada momento em arte, você sabe que encontrou a pessoa certa.
S/N assistiu à entrevista nos bastidores e não pôde deixar de se aproximar dele depois, sussurrando ao ouvido:
— Acho que o bom garoto merece uma recompensa depois dessas declarações, não acha?
Namjoon riu baixinho, puxando-o pela cintura.
— Sempre.
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Imagine CatBoy Sunoo

Isso aqui tem temática de hibrido e os caralho. Por favor, não problematizem. Apenas aproveitem.
Morar em Seul tem sido um desafio e tanto para S/N. Embora a cidade seja vibrante e cheia de possibilidades, a distância de casa começa a pesar. Sem o apoio da família e dos amigos, ele se sente cada vez mais solitário, e a rotina intensa não ajuda. Dividido entre o trabalho e a faculdade, ele mal encontra tempo para si mesmo.
Os dias parecem longos e repetitivos, e, mesmo em meio a tantas pessoas, ele sente uma profunda solidão. S/N tenta ocupar a mente, se dedicando aos estudos e às responsabilidades profissionais, mas há momentos em que gostaria de uma conexão mais profunda, alguém com quem pudesse compartilhar suas inquietações e saudades de casa. A vida em Seul o empurra para se tornar mais independente, mas também o leva a refletir sobre o que realmente o faz feliz e completo.
Uma tarde, enquanto eles estavam na biblioteca, Jake observou S/N em silêncio, notando a expressão cansada e o olhar distante do amigo.
— Você parece esgotado — comentou Jake, puxando uma cadeira ao lado de S/N.
— Eu só… — S/N suspirou, tentando encontrar as palavras. — Tudo parece mais pesado do que eu imaginava. Achei que morar aqui seria incrível, mas a verdade é que… me sinto sozinho.
Jake cruzou os braços, pensativo, e então sorriu de leve, como se uma ideia acabasse de surgir em sua mente.
— Que tal adotar um híbrido?
— Um híbrido? Tipo… um híbrido animal?
S/N levantou os olhos, surpreso. Ele já havia notado híbridos pelas ruas de Seul, acompanhando seus donos. Eram seres fascinantes, com uma mistura intrigante de características humanas e animais. Alguns tinham orelhas felpudas, caudas que balançavam a cada passo, ou até garras discretas, e existiam em uma grande variedade de tipos. Ele lembrava de ter ouvido sobre os debates polêmicos em torno deles. Nos últimos tempos, os híbridos vinham buscando direitos iguais aos dos seres humanos, mas isso era algo novo e ainda pouco aceito pela sociedade.
Para muitos, eles eram considerados apenas animais de estimação, leais e obedientes, mas, para outros, eram mais do que isso. Alguns humanos pareciam genuinamente apegados aos seus híbridos, tratando-os como parte da família, enquanto outros os viam apenas como companhia conveniente. S/N se perguntava como seria conviver com um ser assim, que apesar de lembrar tanto um animal, tinha consciência e emoções complexas.
— Exatamente! — Jake assentiu, animado. — São mais independentes do que animais de estimação comuns, sabem cuidar de si mesmos e, ao mesmo tempo, são ótimos companheiros. Quer dizer, eles também têm seus instintos animais, mas são mais fáceis de lidar do que você pensa.
S/N riu, achando a sugestão um pouco estranha, mas ao mesmo tempo intrigante.
— Não sei… Parece uma grande responsabilidade. O dono responde por tudo que o híbrido fizer.
— Claro, tem uma responsabilidade, mas acho que você está precisando de alguém para te fazer companhia — insistiu Jake. — Olha, eles são leais e afetuosos, e com o tempo você vai perceber que eles podem ser quase como um amigo. Além disso, eu conheço um lugar que cuida muito bem dos híbridos antes de colocá-los para adoção. Posso te levar lá qualquer dia.
S/N suspirou, considerando a ideia.
— Não é uma má ideia… Talvez eu realmente deva tentar. Sabe, poderia ser bom ter alguém comigo em casa, mesmo que seja um híbrido.
Jake sorriu, satisfeito em ver o interesse no rosto de S/N.
— Então está combinado! No sábado, vou te buscar e a gente vai lá. Você vai ver, é uma experiência incrível.
S/N sorriu de volta, sentindo um pouco de expectativa pela primeira vez em semanas.
— Obrigado, Jake. Acho que estou começando a gostar dessa ideia.
Na manhã de sábado, Jake chegou na porta do apartamento de S/N com um sorriso animado.
— Preparado? — perguntou, com uma empolgação quase contagiante.
S/N assentiu, tentando acalmar o frio no estômago. Logo, entraram no carro e seguiram pelas ruas movimentadas de Seul. Não demorou muito até que chegassem ao local: uma grande instituição elegante, com um jardim bem cuidado e uma fachada de arquitetura moderna, nada parecida com os abrigos de animais comuns.
— Uau… — S/N murmurou, impressionado com o ambiente. — Não esperava algo assim.
Jake deu uma risadinha.
— Pois é, eles realmente cuidam bem dos híbridos aqui. Esse lugar foi feito para que eles se sintam confortáveis, seguros e preparados para encontrar um lar.
Ao entrarem, foram recebidos por uma atendente com um sorriso gentil.
— Bom dia! Como posso ajudá-los?
Jake foi rápido em explicar.
— Meu amigo aqui está pensando em adotar um híbrido. Alguém que possa fazer companhia para ele, sabe?
A atendente assentiu, mantendo o sorriso caloroso.
— Claro! Temos vários híbridos jovens que estão ansiosos para encontrar um lar. — Ela fez um sinal para que eles a seguissem. — Vou levá-los até a sala de convivência, onde eles ficam nos momentos livres. Vocês podem observá-los e conversar com alguns deles.
S/N seguiu a atendente pelos corredores, observando as fotos de híbridos adotados nas paredes, com famílias sorridentes ao lado deles. Sentiu uma pontada de nervosismo, mas também um pouco de curiosidade sobre quem encontraria ali.
Ao chegarem à sala de convivência, viram vários híbridos. Alguns brincavam entre si, outros estavam ocupados com livros ou distraídos com seus próprios pensamentos. Cada um era diferente: alguns tinham características de gatos, com orelhas e caudas felinas, outros lembravam cães, coelhos, e até aves.
— Fique à vontade para interagir — disse a atendente. — E se algum deles te interessar, posso te dar mais informações sobre ele.
S/N respirou fundo, observando os híbridos ao seu redor. Ele se aproximou de um grupo que parecia mais quieto, e logo notou um jovem híbrido com características felinas, sentado no canto. S/N se aproximou e, com um sorriso hesitante, falou:
— Oi… tudo bem?
O híbrido, no entanto, nem levantou o olhar. Simplesmente ignorou S/N, segurando firme seu urso de pelúcia, um brinquedo marrom com olhos grandes e uma pequena gravata vermelha. O jovem híbrido voltou a brincar com o ursinho, apertando-o contra o peito e afundando o rosto em sua barriga de pelúcia, como se estivesse deliberadamente evitando qualquer interação.
Jake, que observava a cena de longe, deu uma risadinha e se aproximou de S/N.
— Parece que ele não está muito interessado, hein? — disse Jake, com um sorriso divertido.
S/N suspirou, um pouco desapontado, mas tentou mais uma vez.
— Eu… bem, eu sou S/N — apresentou-se, na esperança de que o híbrido ao menos reagisse ao ouvir seu nome.
Mas o híbrido apenas lançou um breve olhar em sua direção, uma expressão indiferente e quase desdenhosa em seus olhos, antes de voltar sua atenção ao ursinho, alisando cuidadosamente a gravata vermelha, como se aquilo fosse a coisa mais importante do mundo naquele momento.
Jake deu uma leve batidinha no ombro de S/N.
— Talvez ele só precise de um tempo. Quem sabe, se você tiver paciência, ele acabe se acostumando com você. Híbridos têm personalidades únicas; alguns são mais desconfiados no começo.
S/N deu um leve sorriso, achando a situação engraçada, apesar da frustração inicial.
— Talvez você esteja certo… — murmurou ele, olhando de volta para o híbrido. — Acho que vou tentar conversar com ele mais um pouco.
Com cuidado, ele se sentou ao lado, mantendo uma distância respeitosa para não assustá-lo, e apenas observou em silêncio, dando ao híbrido o tempo que ele parecia precisar.
Enquanto S/N se acomodava ao lado do híbrido, a atendente se aproximou com um sorriso compreensivo.
— Esse é o Sunoo — explicou ela, num tom baixo, como se soubesse que ele não gostava de muita atenção. — Ele tem 21 anos e é um híbrido de gato. É um pouco desconfiado no começo, mas é um bom garoto.
S/N olhou para Sunoo, que continuava distraído com o ursinho de pelúcia, ainda sem dar muita atenção à conversa. A atendente continuou:
— Ele adora coisas macias e pelúcias. Esse ursinho é o favorito dele, e ele sempre o carrega. Ah, e ele também gosta de lugares tranquilos, então costuma se afastar quando tem muita gente por perto. É um pouco independente, mas precisa de carinho e atenção, mesmo que demore para demonstrar isso.
S/N assentiu, absorvendo as informações. Observando Sunoo, percebeu que, apesar da expressão um pouco distante e da postura independente, havia algo doce nele. O carinho com que segurava o ursinho, o jeito cuidadoso de arrumar a gravatinha… era como se Sunoo tivesse uma camada de proteção que precisava ser respeitada.
A atendente sorriu novamente.
— Se você decidir adotá-lo, tenha em mente que ele vai demorar um pouco para se abrir. Ele gosta de ganhar a confiança aos poucos, mas quando cria um vínculo, é extremamente leal.
S/N olhou para Sunoo mais uma vez, imaginando como seria conviver com aquele híbrido tão único e cheio de personalidade. Ele se sentiu desafiado e, ao mesmo tempo, mais curioso do que nunca.
— Acho que posso lidar com isso — disse, olhando para a atendente e então para Jake, que observava tudo com um sorriso encorajador.
A atendente assentiu, satisfeita.
— Fico feliz em ouvir isso.
Decidido a tentar uma abordagem diferente, S/N se aproximou um pouco mais de Sunoo e, com cuidado, estendeu a mão em direção às orelhas felinas, fazendo um carinho leve. O toque foi delicado, e S/N se preparou para o caso de Sunoo afastá-lo.
Para sua surpresa, Sunoo ficou imóvel por um segundo, e então, de repente, seus instintos afloraram. Ele virou-se rapidamente, pulando sobre S/N e o encarando com olhos brilhantes. Sunoo aproximou o rosto do pescoço de S/N e começou a farejá-lo de perto, com um olhar intrigado e curioso.
— Ei! — S/N exclamou, surpreso com a reação inesperada.
A atendente e Jake soltaram risadas discretas enquanto observavam a cena, divertidos. Logo, a atendente explicou, com um sorriso malicioso.
— Ah, entendi o porquê desse interesse repentino. Esse perfume que você está usando tem o cheiro de jasmim, e essa é a flor favorita do Sunoo. Ele adora o aroma e sempre fica animado quando sente algo assim.
S/N olhou para Sunoo, que parecia ainda mais encantado, cheirando-o com interesse renovado.
— É sério? Que coincidência! — murmurou S/N, sorrindo enquanto deixava Sunoo farejá-lo sem problemas.
Sunoo parou por um momento, ainda com o rosto próximo ao de S/N, e, pela primeira vez, seus olhos brilhavam com um traço de curiosidade e até mesmo afeto. Ele se afastou um pouco, ainda segurando seu ursinho de pelúcia, mas agora parecia mais aberto, quase como se estivesse disposto a dar uma chance ao estranho humano que cheirava tão bem.
— Acho que agora ele gostou de você — disse Jake, tentando conter uma risadinha. — Ou pelo menos do seu perfume.
Sunoo finalmente o encarou e, com um ar um pouco menos defensivo, resmungou baixinho:
— O cheiro é bom. Não é todo dia que alguém cheira a jasmim…
S/N sorriu para Sunoo, aproveitando a oportunidade para tentar uma conexão.
— Eu também adoro jasmim, Sunoo. E, olha… — ele abaixou um pouco o tom, quase como se estivesse contando um segredo — tenho muitas pelúcias de quando era criança em casa. Acho que você adoraria vê-las.
Os olhos de Sunoo brilharam um pouco, embora ele tentasse disfarçar. Ele apertou seu ursinho contra o peito e lançou um olhar desconfiado para S/N, como se quisesse parecer desinteressado. Mas não resistiu a perguntar, com um toque de curiosidade na voz:
— Muitas pelúcias? Que tipos?
S/N segurou um sorriso, percebendo que tinha fisgado o interesse de Sunoo.
— De todos os tipos. Tenho um urso grande, que era o meu favorito, mas também coelhos, cachorros, até um dinossauro. — Ele deu uma risadinha. — São praticamente uma coleção.
Sunoo o observou por mais um momento, ainda tentando manter a pose de desinteresse, mas seus olhos mostravam que ele estava claramente tentado.
— Hm… talvez eu pudesse ver. Só para garantir que são boas pelúcias — respondeu ele, tentando disfarçar o entusiasmo.
A atendente sorriu ao ver o avanço entre os dois e olhou para S/N, satisfeita.
— Parece que você conquistou o coração dele com jasmim e pelúcias.
Jake olhou para S/N com um sorrisinho provocador e lançou a pergunta:
— Você não quer ver outras opções? — sugeriu, enquanto olhava de relance para os outros híbridos ao redor.
S/N hesitou, ainda ao lado de Sunoo. A verdade era que ele já havia gostado de Sunoo, mas não achava ruim a ideia de conhecer mais opções, afinal, adotar um híbrido era uma decisão importante. Ele começou a se levantar lentamente, tentando não parecer desinteressado, mas antes que pudesse dar um passo, sentiu algo firme e macio segurando sua perna.
Olhou para baixo e viu Sunoo agarrado à sua perna, segurando-o com determinação. Os olhos de Sunoo brilhavam com um toque de possessividade, e ele, sem hesitar, declarou:
— Não! Eu quero esse humano, ele é meu.
S/N sentiu o rosto corar levemente, surpreendido pela reação inesperada do híbrido. Sunoo o encarava com uma expressão que misturava teimosia e um certo carinho, apertando a perna dele como se temesse que ele fosse embora.
Jake riu baixinho, achando a cena adorável.
— Parece que a escolha já foi feita — disse ele, cruzando os braços e olhando para S/N com um sorriso divertido.
S/N se abaixou um pouco, colocando a mão suavemente sobre a cabeça de Sunoo.
— Você realmente me escolheu, hein? — perguntou S/N, com um sorriso gentil.
Sunoo assentiu, ainda agarrado a ele.
— Claro. Não vou deixar você escolher outro, então pode desistir disso.
S/N riu baixinho e olhou para Jake e a atendente, finalmente tomando sua decisão.
— Acho que encontrei meu companheiro.
A atendente sorriu ao ver que S/N e Sunoo já estavam tão confortáveis um com o outro, uma conexão evidente. Ela pegou os papéis e começou a preencher a ficha de adoção enquanto explicava de maneira prática e objetiva:
— Perfeito, vou começar a preencher a ficha de adoção. Depois discutimos a taxa de pagamento.
S/N concordou, observando enquanto a atendente registrava as informações, e logo a papelada estava completa. Ele então pagou a taxa, que parecia justa considerando o que Sunoo já demonstrava ser — um híbrido incrível, e, ao que parecia, muito especial.
Quando a transação foi concluída, a atendente olhou para S/N com um sorriso mais sério, alertando-o:
— Agora, antes que você leve o Sunoo para casa, há algo que preciso te dizer… Tome cuidado durante os períodos de acasalamento. — Ela fez uma pausa, observando S/N e Sunoo com atenção. — Durante essas fases, o comportamento dele pode mudar drasticamente. Ele… se torna outra pessoa. Mais difícil de lidar e bem mais possessivo.
S/N franziu o cenho, pensativo.
— O que você quer dizer com "outra pessoa"? — perguntou ele, preocupado. Não estava certo do que esperar, mas queria entender.
A atendente suspirou, como se estivesse habituada a explicar isso a novos donos de híbridos.
— Sunoo, como muitos híbridos de gato, se torna extremamente territorial e pode ficar agressivo com qualquer outra pessoa que considere uma ameaça. E mais importante, ele vai querer ser o centro de sua atenção, o que pode causar algumas dificuldades, especialmente se você tiver outros animais ou pessoas em casa.
Sunoo, que estava quieto ao lado de S/N, levantou o olhar para a atendente, seus olhos meio desafiadores.
— Eu não sou agressivo, só cuido do que é meu — murmurou Sunoo, quase como uma defesa.
S/N olhou para ele, surpreso pela sinceridade, mas também sentindo um pouco de carinho por Sunoo naquele momento.
— Não se preocupe, Sunoo. Eu vou te dar toda a atenção que você precisar. — Ele sorriu, tentando aliviar qualquer tensão. — Vou cuidar bem de você.
A atendente deu um sorriso cauteloso, como se soubesse que essa fase de adaptação poderia ser um pouco turbulenta.
— Eu espero que sim, mas é importante que você esteja ciente. Isso pode ser um desafio, especialmente durante os períodos de acasalamento.
S/N assentiu, agora com mais cuidado, mas ainda determinado.
— Entendido. Vamos dar o nosso melhor, não é, Sunoo?
Sunoo apenas respondeu com um olhar satisfeito, como se já estivesse confortável com sua escolha.
A viagem de volta para o apartamento de S/N foi tranquila, com Sunoo comportando-se de maneira relativamente calma. Ele parecia intrigado com o movimento das ruas de Seul, seus olhos felinos brilhando com curiosidade à medida que observava os carros, as pessoas e os prédios altos. Mesmo estando no banco de trás do carro, ele não conseguia deixar de se encantar com o que via.
S/N, que estava dirigindo, olhava de vez em quando para o espelho retrovisor, notando como Sunoo parecia fascinado com o mundo ao redor. Ele se sentiu bem com isso, como se tivesse feito a escolha certa.
— Nunca imaginou como seria viver em um lugar tão movimentado assim? — perguntou Jake, sorrindo ao perceber a expressão maravilhada de Sunoo.
Sunoo, ainda observando as ruas com os olhos atentos e curiosos, deu de ombros, mas seu sorriso tímido dizia tudo.
— Não realmente… mas é bonito aqui. Tem muita coisa acontecendo.
S/N sorriu para si mesmo, se sentindo cada vez mais confortável com a companhia do híbrido.
— Eu vou te mostrar tudo o que você precisa saber sobre nossa casa e sobre como as coisas funcionam por aqui. Vai ser bom para nós dois.
Sunoo apenas assentiu, mas seus olhos ainda estavam fixos nas janelas, observando com fascínio as ruas, as vitrines, os prédios, e a vida agitada de Seul. Ele parecia absorver cada detalhe, como se estivesse finalmente encontrando algo novo e empolgante para explorar.
Depois de deixar Jake em sua própria casa e chegaram ao apartamento, S/N estacionou o carro e desceu, indo até a porta da frente. Sunoo, agora mais calmo, seguiu-o até a entrada, ainda mantendo um certo distanciamento, mas com uma leveza em seus passos, como se já estivesse se acostumando com o ambiente ao redor.
— Bem-vindo ao seu novo lar, Sunoo. — S/N sorriu enquanto abria a porta, fazendo um gesto para que ele entrasse.
Sunoo olhou para ele brevemente e então, como se finalmente se permitisse sentir um pouco de pertencimento, entrou no apartamento com um pequeno passo de confiança. Ele olhou ao redor, seus olhos brilhando com a novidade do ambiente.
— É… bem aconchegante — murmurou ele, com um leve sorriso nos lábios.
S/N fechou a porta atrás de si e sorriu, aliviado por tudo ter corrido bem até agora. Ele se abaixou para pegar algumas das pelúcias que tinha guardado e se aproximou de Sunoo com elas.
— Eu trouxe algo para você ver — disse, com um tom divertido, estendendo uma das pelúcias mais fofas.
Sunoo, sem muita expectativa, olhou para o brinquedo e, em um movimento quase automático, estendeu a mão para pegá-lo, seu olhar suavizando ao tocar o tecido macio. Ele não disse nada, mas S/N percebeu como seus olhos brilharam. Era um bom começo.
— Você vai gostar de morar aqui, tenho certeza — disse S/N com um sorriso tranquilo, enquanto observava Sunoo explorar o lugar com mais atenção.
Os dias de S/N começaram a seguir uma rotina tranquila, embora com um toque de novidade a cada momento. Ele acordava cedo, se preparava para o trabalho e saía para a cafeteria onde passava a maior parte do dia. No entanto, sempre com o pensamento em seu novo companheiro em casa, esperando para vê-lo novamente mais tarde.
Quando ele retornava ao apartamento, Sunoo sempre o recebia com uma energia única. Às vezes, o híbrido estava na janela, observando a rua, e outras vezes, ele se aninhava no sofá, com seu urso de pelúcia preferido. O vínculo entre eles parecia crescer a cada dia, mesmo com as pequenas mudanças no comportamento de Sunoo, que às vezes se mostrava mais carente ou, por outro lado, mais independente. No fundo, S/N sabia que estava tomando um cuidado extra com o híbrido, garantindo que ele se sentisse em casa.
À noite, após o trabalho e a faculdade, S/N sempre preparava um jantar simples, e então, se acomodava no sofá com Sunoo ao seu lado, compartilhando uma sessão de filmes. Era um ritual confortável. Sunoo se aninhava ao seu lado, com a cabeça descansando em seu colo ou, às vezes, deitado nos pés de S/N, enquanto ele assistia com a atenção dividida entre a tela e o híbrido. A presença de Sunoo sempre trazia uma sensação de tranquilidade, como se o mundo lá fora, com suas preocupações e pressões, ficasse um pouco mais distante.
Nos momentos de descanso, S/N se permitia relaxar, deixando Sunoo se aconchegar com ele, a companhia reconfortante sendo o único pedido do dia. O híbrido, apesar de ser um pouco imprevisível em certos momentos, parecia entender a necessidade de S/N por um pouco de paz e calma, e muitas vezes se comportava de forma protetora e atenciosa, deitando-se ao seu lado quando o cansaço começava a tomar conta.
As sessões de filmes se tornavam momentos cada vez mais especiais, com S/N às vezes rindo das piadas bobas do filme e, outras vezes, se perdendo no silêncio, apenas apreciando a presença de Sunoo ao seu lado. Quando o filme terminava, S/N se deitava na cama, e Sunoo, com um pequeno pulo, se aconchegava ao seu lado. Eles passavam a noite em paz, com o som suave da respiração de Sunoo e o calor reconfortante de sua presença ao lado de S/N.
Cada dia parecia seguir dessa maneira confortável, como se um equilíbrio fosse encontrado entre o trabalho, a faculdade, e as pequenas alegrias de uma vida compartilhada com seu híbrido, agora mais do que um simples "animal de estimação", mas uma companhia especial que trazia serenidade ao seu cotidiano.
S/N estava no meio de sua rotina habitual, sentado no sofá e brincando com Sunoo, quando algo chamou sua atenção. O híbrido, normalmente com um cheiro doce e leve, parecia ter um aroma mais forte e menos agradável do que o habitual. Era um cheiro que não podia ser ignorado, um leve odor de suor misturado com algo mais. S/N franziu o cenho, notando a mudança enquanto acariciava as orelhas de Sunoo, que estava aninhado ao seu lado.
— Sunoo… — S/N perguntou, com uma expressão ligeiramente preocupada. — Você está… bem? Tem algo estranho no seu cheiro.
Sunoo, que estava distraído com um brinquedo, olhou para S/N, com seus olhos felinos agora atentos, e deu um pequeno resmungo. Ele parecia um pouco desconfortável com a pergunta, mas não desviou o olhar.
— Eu… não sei — disse ele, virando o rosto para o lado e evitando o olhar de S/N. — Acho que não me senti bem ultimamente.
S/N observou o comportamento de Sunoo e, após alguns segundos de reflexão, se inclinou mais para ele.
— Você está com cheiro forte, Sunoo… Acho que você precisa de um banho.
Sunoo, então, ficou em silêncio por um momento, os olhos de gato fixos em S/N, como se estivesse ponderando a sugestão. Ele não parecia totalmente à vontade com a ideia.
— Eu nunca tomei banho sozinho… — Sunoo murmurou, finalmente revelando algo que S/N não sabia. — Eu sempre precisei de alguém para me ajudar.
S/N ficou surpreso com essa revelação, seu olhar suavizando imediatamente. Ele podia perceber a vulnerabilidade na resposta de Sunoo. Não era apenas um problema de higiene, mas uma questão de confiança e dependência.
— Não se preocupe, eu posso te ajudar — S/N disse, sorrindo suavemente, tentando tranquilizar o híbrido. — Eu vou ser cuidadoso, você vai ver. É só um banho. Vai ficar tudo bem.
Sunoo ainda parecia hesitante, mas algo em seu olhar mostrou que ele confiava em S/N, mesmo que não soubesse como se comportar em uma situação como aquela.
— Eu… vou tentar confiar em você, então — Sunoo respondeu com um pequeno suspiro, sua voz ainda um pouco insegura.
S/N assentiu e se levantou do sofá, indo até o banheiro e preparando a banheira com água morna, colocando um pouco de shampoo suave para híbridos na água. Ele fez tudo com calma, procurando tornar o ambiente o mais confortável possível para Sunoo.
Sunoo entrou na banheira com cautela, seus movimentos um pouco desajeitados, e logo um arrepio percorreu seu corpo quando o calor da água o envolveu. Era estranho. A sensação do líquido quente contra seu pelo, especialmente em sua cauda, causava uma leve dor, como se o calor fosse mais intenso do que ele esperava. Seus olhos se estreitaram, a desconfiança se fazendo presente enquanto ele olhava para S/N, que estava agora ao seu lado, se preparando para ajudá-lo.
— Isso… dói um pouco — Sunoo murmurou, a voz baixa, enquanto tentava se ajustar à temperatura da água. A sensação de vulnerabilidade o fez se encolher um pouco, seus olhos ainda desconfiados.
S/N, percebendo o desconforto de Sunoo, se inclinou mais perto dele, sua expressão suavizando com empatia. Ele colocou a mão na água, ajustando a temperatura para que ficasse mais amena, tentando encontrar o equilíbrio ideal para o híbrido.
— Desculpe, Sunoo. Eu vou diminuir um pouco a temperatura, ok? — S/N disse com calma, olhando atentamente para ele. Ele tocou suavemente na cauda de Sunoo, tentando tranquilizar o híbrido. — Vai ficar mais confortável, prometo.
Sunoo olhou para o humano, suas orelhas se movendo levemente, e observou sua expressão gentil. Ele não estava acostumado a esse tipo de cuidado, mas a suavidade com que S/N estava agindo começou a acalmá-lo. Algo no gesto, na forma como S/N estava tratando dele, fez com que ele relaxasse um pouco. Talvez fosse o fato de que ninguém nunca lhe dera tanto cuidado, nem mesmo as cuidadoras da instituição, que sempre tinham pressa devido ao grande número de híbridos sob sua responsabilidade.
— Eu não sabia que seria assim — Sunoo disse, um pouco surpreso com o toque suave de S/N ao começar a esfregar gentilmente seu corpo. Ele ainda sentia um certo desconforto com a água quente, mas o toque de S/N era diferente. Era lento, cuidadoso, e isso o fazia sentir-se mais calmo a cada movimento.
O híbrido fechou os olhos por um momento, a sensação de estar sendo tocado de forma tão cuidadosa e tranquila o fazendo se perder em pensamentos. Não era algo novo, mas o toque de S/N tinha algo especial. Algo que ele não experimentava há muito tempo. Na instituição, os banhos eram rápidos, impessoais, feitos para que todos os híbridos pudessem ser cuidados o mais rápido possível. Não havia espaço para carinho, para um toque que não fosse apenas funcional.
Agora, com S/N ao seu lado, ele começou a entender a diferença. A sensação estranha de estar sendo tocado, massageado com cuidado, começou a se transformar em algo mais agradável, quase confortável. Seu corpo ainda estava tenso, mas a confiança que estava começando a depositar em S/N fez com que ele se permitisse relaxar um pouco mais.
— Isso é… mais gentil do que eu imaginei — Sunoo disse, a voz um pouco mais suave, enquanto se acomodava na água, permitindo que S/N continuasse o banho. Ele não sabia bem como expressar, mas a experiência parecia ser uma espécie de alívio para ele, como se um peso que carregava há muito tempo estivesse sendo retirado, pouco a pouco.
S/N sorriu, sentindo o híbrido começar a relaxar sob seus cuidados. Ele continuou a esfregar delicadamente o pelo de Sunoo, tomando seu tempo e respeitando os limites do híbrido, enquanto a água morna ajudava a aliviar a tensão de seu corpo.
— Eu só quero que você se sinta confortável, Sunoo — disse S/N suavemente, a voz calma e reconfortante. — Você não precisa se preocupar, eu vou cuidar de você.
Depois de tudo devidamente limpo S/N se levantou lentamente da banheira, planejando dar a Sunoo um tempo para aproveitar a água sozinho, mas antes que pudesse dar um passo, algo inesperado aconteceu. Sunoo, que até então parecia relaxado na água, de repente puxou S/N com força. O movimento foi tão abrupto que S/N perdeu o equilíbrio e caiu para dentro da banheira, caindo diretamente no colo de Sunoo, a água espirrando ao redor enquanto suas roupas se encharcavam instantaneamente.
Sunoo, visivelmente surpreso com a reação do humano, parecia um pouco confuso, mas a proximidade repentina deixou ambos sem reação por um instante. Seus rostos estavam tão próximos agora, quase a ponto de seus lábios se tocarem. O ar entre eles parecia carregado de uma tensão sutil, mas inegável, enquanto os dois ficavam paralisados pela situação.
S/N podia sentir o calor da água em sua pele, agora misturado com o calor de Sunoo que o envolvia. O híbrido, que estava segurando S/N em seus braços, olhou para ele com olhos ligeiramente arregalados, ainda não entendendo completamente o que havia feito.
— Eu… — Sunoo começou a dizer, sua voz mais baixa, como se fosse difícil falar enquanto observava o rosto de S/N tão próximo ao seu. — Desculpe… Eu não queria te assustar.
S/N, com o coração acelerado e a respiração um pouco mais difícil, apenas olhou para o híbrido.. Eles estavam tão próximos que podia até sentir a leve pressão no peito de Sunoo enquanto ele segurava seu corpo, quase como se o híbrido não soubesse o que fazer com a situação.
— Sunoo… — S/N murmurou, sua voz baixa, ainda atordoado pela proximidade repentina. Ele não sabia se deveria se afastar ou se deveria permanecer ali, imerso no calor da água e na sensação de que algo estava mudando entre eles.
Sunoo, vendo que S/N parecia tenso, hesitou por um momento. Seu rosto ficou ligeiramente ruborizado, e seus olhos desviaram para os lábios de S/N, como se estivesse tentando entender o que estava acontecendo.
Finalmente, com um suspiro leve, Sunoo falou, sua voz agora mais suave e ansiosa.
— Eu… não… Eu não queria que você fosse…
S/N sentiu o coração bater mais forte no peito, a sensação de estar nas mãos de Sunoo, tão vulnerável e ao mesmo tempo reconfortante, tomou conta dele. Ele não soubera como reagir, mas ao ouvir as palavras de Sunoo, uma sensação estranha e calorosa se espalhou por seu corpo.
— Eu estou aqui com você — S/N respondeu, sua voz hesitante, mas sincera. Ele não sabia onde aquilo iria levar, mas o que estava acontecendo entre eles agora era algo novo, algo que ele nunca tinha experimentado.
O silêncio se seguiu por um momento, onde os dois simplesmente se olharam, imersos na água e no peso daquilo que estava começando a florescer entre eles, sem palavras ou explicações para o que estava acontecendo.
S/N sentiu um suspiro de alívio quando finalmente recebeu a confirmação de que estava sendo liberado das obrigações do trabalho por algumas semanas. As férias eram um presente bem-vindo, principalmente após os últimos meses de intensa correria entre faculdade e trabalho. Agora, ele teria tempo de sobra para se dedicar a Sunoo, algo que ele não sabia o quanto desejava até aquele momento.
Ele sorriu para si mesmo enquanto pegava a bolsa para se preparar para sair, ansioso para voltar para casa e passar o resto da tarde com o híbrido. Já fazia algum tempo que não tinham um momento mais tranquilo juntos, sem as pressões de seu trabalho ou os compromissos da faculdade.
Ao chegar em casa, foi recebido com um sorriso de Sunoo, que estava brincando com um dos seus brinquedos favoritos. Sunoo parecia mais relaxado desde que chegaram juntos ao apartamento, e S/N se sentiu mais conectado com ele a cada dia que passava. Era uma sensação nova, reconfortante, mas também um pouco assustadora — ele não estava acostumado a se preocupar tanto com alguém, a querer estar ao lado de alguém o tempo todo.
— Ei, Sunoo, adivinha? — S/N disse, com um brilho nos olhos enquanto se aproximava do híbrido. — Estou de férias! Agora temos o dia inteiro para passar juntos. O que você acha?
Sunoo, que estava com a atenção focada em seu brinquedo, olhou para S/N com os olhos brilhando de curiosidade. Ele não compreendia muito bem o conceito de férias, mas a ideia de passar mais tempo com S/N o animava.
— Férias? — Sunoo perguntou, inclinando a cabeça para o lado, claramente intrigado com o termo. — Isso significa que você vai ficar em casa o tempo todo?
S/N riu da reação de Sunoo e assentiu.
— Isso mesmo. Podemos fazer o que quiser, ir aonde quiser, passar o tempo juntos sem pressa. Eu quero aproveitar esses dias ao máximo com você.
Sunoo sorriu timidamente, um sorriso que fazia seu coração bater mais rápido. Ele se aproximou de S/N, colocando as mãos nas laterais do corpo dele, como se tentando absorver o significado daquelas palavras.
— Eu… gosto disso. Eu gostaria de passar o tempo com você. Vai ser bom. — Sunoo murmurou, e o jeito como ele olhava para S/N fez com que o humano sentisse uma onda de carinho por ele.
S/N se inclinou, colocando uma das mãos na cabeça de Sunoo, acariciando suas orelhas com suavidade. O toque fez com que o híbrido fechasse os olhos, relaxando instantaneamente sob os carinhos.
— Eu também gosto de passar o tempo com você — disse S/N com sinceridade. — Vai ser ótimo, Sunoo. Vamos fazer muitas coisas juntos.
O ambiente entre eles parecia mais leve e tranquilo agora, a promessa de dias mais calmos e juntos criando uma sensação de felicidade compartilhada. E S/N sabia que, com esse tempo livre, poderia se dedicar a Sunoo de uma forma mais completa, dando-lhe o carinho e a atenção que o híbrido realmente merecia.
Os primeiros dias foram, sem dúvida, os mais especiais e animados que ele tinha vivido em muito tempo. Sunoo, com sua energia encantadora e seus hábitos tão peculiares, trouxe uma nova cor à vida de S/N, que se via, a cada instante, mais conectado ao híbrido.
No shopping, Sunoo parou em frente a uma loja de acessórios para animais e, com olhos brilhantes, puxou S/N até uma vitrine de coleiras. Entre todas, ele escolheu uma coleira azul bebê com um pequeno sino dourado e olhou para S/N com uma expressão irresistível.
— Por favor? Ela é tão bonitinha! — Sunoo pediu, fazendo um bico.
S/N não resistiu. Sabia que Sunoo estava feliz com coisas simples, mas aquela coleira parecia significar algo para ele. Com um sorriso, S/N finalmente assentiu, e os olhos de Sunoo brilharam enquanto ele corria para o espelho, admirando a nova coleira.
Na tarde seguinte, foram ao aquário, um lugar que S/N achou que Sunoo iria adorar. Mas ele não esperava que o híbrido fosse querer interagir tão… diretamente com os peixes.
— S/N! Olha esse peixe… ele parece tão delicioso! — Sunoo exclamou com entusiasmo, quase encostando o rosto no vidro.
S/N riu, tentando explicar.
— Sunoo, a gente não pode comer os peixes aqui. Eles são para ver e admirar, sabe? — disse, tentando acalmá-lo.
Sunoo franziu o cenho, um pouco chateado, mas logo voltou a se animar quando viram as águas-vivas iluminadas.
No parque de diversões, a empolgação de Sunoo foi ainda mais contagiante. Ele se encantou especialmente com a roda-gigante. Quando eles estavam no ponto mais alto, Sunoo olhou pela janela, fascinado pelas luzes da cidade abaixo, e virou-se para S/N, com os olhos brilhando de felicidade e admiração. O coração de S/N quase parou ao ver aquele olhar, tão puro e genuíno, voltado para ele. Era como se, naquele instante, o mundo inteiro fosse apenas os dois.
E então, no cinema, S/N teve certeza. Ao se acomodarem para o filme, Sunoo deitou a cabeça em seu ombro, adormecendo sem perceber. S/N, sentindo a respiração tranquila de Sunoo e seu calor ali ao lado, se pegou sorrindo. Ele não conseguia mais negar: estava completamente apaixonado pelo seu híbrido.
S/N passou aquela noite acordado, imerso na tela do laptop, pesquisando tudo o que podia sobre relacionamentos entre humanos e híbridos. Não havia uma lei específica que proibisse esse tipo de relação, mas as opiniões da sociedade eram complicadas. Muitos viam os híbridos como companheiros ou animais de estimação com um toque de humanidade, mas poucos aceitavam que pudessem ser parceiros românticos ou até mesmo ter uma relação tão íntima com um humano.
A cada artigo lido, S/N sentia uma mistura de alívio e receio. Ele não queria que Sunoo fosse tratado como algo inferior por estar com ele, mas sabia que essa escolha viria com julgamentos e olhares curiosos. Por um momento, pensou em desistir da ideia, tentando se convencer de que talvez fosse melhor manter a relação amigável, mas quando o pensamento de Sunoo surgiu em sua mente — com seu sorriso doce, seu olhar curioso e o jeito adorável que ele o tratava —, sentiu o coração apertar. "Eu não posso esconder o que sinto," pensou S/N, passando as mãos pelo rosto.
Ele se prometeu que, independentemente da opinião dos outros, faria o melhor para Sunoo.
S/N descobriu que Sunoo estava em período de acasalamento da pior forma possível. O híbrido, geralmente tão tranquilo e carinhoso, estava demonstrando um comportamento mais intenso. Ele ficava mais grudado em S/N, procurando sua companhia constantemente, quase como se não quisesse se afastar dele nem por um segundo. Às vezes, S/N encontrava Sunoo olhando-o de longe, com os olhos fixos e vigilantes, e embora ele não soubesse exatamente o que estava acontecendo, havia uma sensação de inquietação no ar.
Foi quando Jake apareceu para visitar que a situação se tornou mais clara.
S/N estava no sofá, conversando com Jake sobre um projeto de faculdade, quando notou que Sunoo, que estava sentado ao lado dele, estava mais agitado do que o normal. O híbrido não parava de se mexer, tocando S/N com mais frequência e, ocasionalmente, empurrando-se para mais perto dele. Jake não parecia perceber, mas S/N já começava a entender o motivo.
Enquanto Jake falava, Sunoo levantou-se repentinamente e começou a caminhar em círculos ao redor de S/N, um comportamento um tanto inquietante. S/N olhou para ele, tentando entender o que estava acontecendo.
— Sunoo, você está bem? — perguntou S/N, tentando chamar sua atenção.
Sunoo, com as orelhas baixas e uma expressão que S/N não conseguia ler, olhou para ele antes de virar a cabeça para Jake. Seus olhos estavam fixos no amigo de S/N, um olhar que parecia cheio de uma tensão inusitada. Jake não percebeu, ainda estava distraído com a conversa, mas a atmosfera na sala tinha mudado. Sunoo então se aproximou de S/N novamente, colocando uma mão firme sobre a dele, como se não quisesse que Jake chegasse mais perto.
— Sunoo… — S/N começou, confuso com a reação do híbrido, mas antes que pudesse continuar, Sunoo deu um passo à frente, colocando-se entre S/N e Jake.
— Pare de falar com S/N. Ele é meu. — Sunoo disse com uma voz baixa, quase inaudível, mas que fez S/N estremecer. O tom de possessividade era claro, e o olhar em seus olhos intensificava essa sensação. Ele estava de guarda, como se fosse proteger S/N de algo que só ele parecia perceber.
S/N sentiu um aperto no peito. Não sabia se deveria rir da situação ou ficar preocupado. O híbrido estava se tornando cada vez mais protetor, como se estivesse tentando afastar Jake sem entender completamente o motivo.
Jake, ainda sem perceber o que estava acontecendo, olhou para S/N com um sorriso curioso.
— Ei, o que foi com o Sunoo? Ele parece… diferente.
S/N, com um suspiro, olhou para o híbrido, que estava agora quase "encurralando" S/N contra o sofá, claramente não disposto a permitir que Jake se aproximasse mais. Era como se ele estivesse tentando afirmar sua posse, uma possessividade que S/N não sabia como lidar.
— Eu acho… que é o período de acasalamento dele — disse S/N, uma realização subindo lentamente em sua mente. Ele havia lido sobre os comportamentos dos híbridos em seus períodos de acasalamento, mas nunca pensou que o comportamento de Sunoo fosse se manifestar de forma tão clara. O híbrido estava sendo mais agressivo em proteger seu espaço e o humano que ele via como "seu".
Jake, ao perceber o que estava acontecendo, olhou para S/N com um sorriso malicioso.
— Ah, então é isso? Ele está… protegendo você de mim? — Jake disse com um tom divertido, mas também um pouco surpreso. — Parece que ele não quer dividir sua atenção com ninguém.
S/N, com uma expressão um tanto embaraçada, olhou para Sunoo. O híbrido ainda estava em posição de defesa, mas agora seus olhos estavam um pouco mais suaves, como se estivesse apenas esperando uma confirmação de que S/N ainda o queria ali.
— Sunoo, tudo bem — S/N disse, tocando suavemente a cabeça do híbrido, tentando acalmá-lo. — Jake não está aqui para… te desafiar. Ele só quer conversar, ok?
Sunoo observava Jake com os olhos fixos. O híbrido não conseguia mais disfarçar o desconforto que sentia com a presença de Jake. Ele se movia inquieto, e sua cauda balançava de maneira nervosa, como se estivesse constantemente em alerta, pronto para reagir a qualquer movimento que Jake fizesse.
S/N, sentindo a tensão crescente, tentou mais uma vez acalmar Sunoo, colocando a mão em seu ombro.
— Sunoo, por favor, calma. Jake não quer fazer nada de ruim. Ele só veio conversar, só isso.
Mas Sunoo não parecia ouvir. Em vez disso, ele deu um passo à frente, com um movimento rápido, quase instintivo. O olhar de Sunoo estava fixo em Jake, e suas orelhas estavam abaixadas, como se ele estivesse pronto para defender o humano a qualquer custo.
Jake, agora percebendo a seriedade da situação, levantou uma sobrancelha, mas ainda tentava manter a conversa leve.
— Eu acho que ele não quer minha companhia por agora, S/N — Jake disse, com um sorriso travesso. — Vou dar um tempo, não se preocupe.
S/N ficou em silêncio, olhando para o híbrido, ainda tentando entender o que estava acontecendo. Sunoo estava claro agora: ele queria S/N só para ele. Não importava se Jake era um bom amigo ou não — no período de acasalamento, a possessividade de Sunoo parecia ser a única coisa que importava.
Sunoo se aproximou de S/N, colocando suas mãos nas laterais do corpo dele, com a postura decidida de quem não estava disposto a dividir sua atenção com ninguém. Ele olhou para Jake, que ainda estava no sofá, e seu olhar era feroz.
— Não… — Sunoo disse baixinho, mas de forma firme, sem desviar o olhar de Jake. — Ele é meu. Você vai embora.
A voz de Sunoo estava carregada de uma possessividade que não deixava espaço para discussão. Ele não queria dividir S/N com mais ninguém, nem por mais um segundo.
Jake, percebendo a seriedade da situação, olhou para S/N com um sorriso forçado, sem saber o que fazer. Ele se levantou devagar, levantando as mãos em sinal de rendição.
— Ok, ok, vou sair. Não precisa ficar nervoso — Jake disse, tentando suavizar o clima tenso. — A gente se fala depois, S/N. Você tem que cuidar do seu… amigo aqui.
S/N, ainda surpreso com a intensidade da reação de Sunoo, olhou para ele com um sorriso nervoso.
— Desculpa, Jake. Acho que o Sunoo… não está muito confortável com a sua presença agora — S/N disse, sentindo um pouco de culpa.
Jake deu um aceno com a cabeça e se virou para sair, sem causar mais problemas. Antes de sair pela porta, ele olhou para S/N mais uma vez.
— Cuidado com esse ciúme todo, S/N. — Jake sorriu de forma brincalhona, antes de sair finalmente, deixando os dois sozinhos.
Quando a porta se fechou, Sunoo relaxou um pouco, mas ainda não estava completamente tranquilo. Ele se virou para S/N, seus olhos suavizando enquanto dava um passo mais perto.
— Você é meu, S/N — Sunoo disse novamente, mais suavemente agora, mas com a mesma determinação. — Não quero que mais ninguém se aproxime de você.
S/N suspirou e, ainda um pouco atordoado com a reação de Sunoo, se abaixou para acariciar suas orelhas, tentando acalmá-lo.
— Eu sei, Sunoo. Você não precisa se preocupar. Eu estou aqui com você. — S/N disse, sorrindo levemente, tentando tranquilizar o híbrido.
A mente de Sunoo estava turva, tomada por uma neblina densa que o fazia agir sem pensar. Os instintos que ele havia controlado por tanto tempo, agora estavam fora de seu alcance, arrastando-o em direção a um desejo ardente e implacável de ter S/N somente para ele. Não importava o que S/N dissesse ou quisesse, naquele momento Sunoo sentia que nada mais importava, a necessidade de reivindicar o humano como seu era absoluta e urgente.
Ele observava S/N com olhos fixos, quase famintos, como se não o visse como o ser humano que era, mas como uma posse, algo que ele precisava para se sentir completo. Sua respiração estava irregular, o calor do período de acasalamento tomando conta dele, tornando-o mais possessivo a cada segundo.
Quando S/N tentou mais uma vez dar um passo para trás, tentando acalmar a situação e dar algum espaço, Sunoo não conseguiu mais se conter. Ele avançou com uma rapidez surpreendente, agarrando S/N pela cintura com uma força que o deixou sem fôlego. A temperatura do corpo de Sunoo estava quente, quase febril, e a pressão nos braços de S/N não dava sinais de que ele queria soltá-lo.
— Sunoo, por favor… — S/N tentou falar, sua voz trêmula, o pânico começando a se instalar em seu peito. Ele sabia que o híbrido estava perdido em seus próprios instintos, mas não sabia como lidar com isso sem que a situação se tornasse ainda mais perigosa.
Mas Sunoo, com os olhos ardendo de desejo, ignorou as palavras de S/N. Ele não queria ouvir. O que importava, naquele momento, era ter S/N ao seu lado, tê-lo em seus braços, sentindo o cheiro de sua pele, sentindo sua presença. Ele queria provar, queria deixar claro que S/N era dele, e ninguém mais poderia tocá-lo.
— Eu não vou deixar você ir — Sunoo murmurou, com a voz rouca, como se estivesse falando mais para si mesmo do que para S/N. — Não… não vou deixar.
Com uma força inesperada, ele puxou S/N para mais perto, quase esmagando-o contra seu corpo. O híbrido, em um momento de pura possessividade, começou a esfregar seu rosto no pescoço de S/N, como se estivesse marcando seu território.
S/N, sentindo-se cada vez mais preso e desesperado, tentou empurrar Sunoo para afastá-lo, mas não teve sucesso. Sunoo parecia mais forte, mais obstinado do que nunca. O sentimento de não ter controle sobre a situação fez o coração de S/N disparar.
— Sunoo… por favor… eu não posso… — a voz de S/N estava mais baixa agora, quase implorando, mas Sunoo não o ouvia. Ele só queria seguir seus próprios desejos.
A tensão no ar era palpável, e S/N sentiu o pânico começando a crescer em seu peito, misturado com a sensação de estar completamente impotente diante de alguém tão determinado. Ele precisava que Sunoo o ouvisse, que entendesse, mas, no fundo, sabia que nada disso importava enquanto o híbrido estivesse preso aos seus instintos.
— Eu não quero te machucar, Sunoo, mas você está indo muito longe… — S/N sussurrou, tentando se acalmar o suficiente para achar uma solução, mesmo enquanto o abraço de Sunoo se apertava.
Mas Sunoo não parou. A possessividade estava tomada completamente por ele, e o desejo de manter S/N perto, de tê-lo só para si, sobrepujou qualquer outra coisa.
— Eu só quero você… — disse Sunoo, os olhos agora fechados, tentando se concentrar nas sensações de ter S/N tão perto, e, ao mesmo tempo, com um fundo de confusão e frustração em sua voz.
Era evidente para S/N que Sunoo estava perdido. Ele queria mais, muito mais do que apenas um toque. Ele queria marcar seu território, e, naquele momento, ele não conseguiria ver além disso.
S/N, tentando ainda assim manter a calma, sabia que ele precisava agir rápido, antes que a situação fosse além do que ele podia controlar. Ele precisava que Sunoo o ouvisse, que ele recuperasse o autocontrole.
Sunoo avançou, seu controle estalando como um fio desfiado enquanto o corpo de S/N no dele acendiam o inferno de desejo queimando dentro dele. Em um instante, ele tinha S/N presa contra a parede, seu corpo pressionado contra o deles, suas mãos agarrando seus quadris com força suficiente para machucar.
— Meu!!! — ele rosnou, seus lábios colidindo contra os de S/N em um beijo contundente. Ele reivindicou a boca dele, sua língua mergulhando fundo para provar e conquistar, para reivindicar cada centímetro deles. Suas mãos percorreram o corpo do humano, tateando e apertando, mapeando as curvas e planos que ele conhecia tão bem.
Ele rasgou as roupas de S/N, desesperado para sentir pele contra pele, para tê-la nua e vulneráveis sob ele. S/N gemeu no beijo, seus corpos arqueando-se contra o dele, suas próprias mãos puxando sua camisa, incitando-o a parar. Mas Sunoo não obedeceu, passou sua camisa sobre sua cabeça e jogando-a de lado, seu peito nu arfando com esforço e necessidade. Ele deixou beijos no pescoço de S/N, mordendo e sugando a pele sensível, deixando um rastro de marcas e hematomas em seu rastro. Suas mãos deslizaram para agarrar a bunda de S/N.
— Podemos fazer igual os vídeos que eu vi, S/N? Por favor?
S/N arregalou os olhos, surpreso com a pergunta de Sunoo.
— V-vídeos? Que tipo de vídeos você andou assistindo, Sunoo? — perguntou S/N, meio rindo, tentando manter o tom leve.
Sunoo inclinou a cabeça, olhando para ele com a mesma expressão ingênua de sempre, mas que agora vinha com um brilho travesso nos olhos.
— Aqueles vídeos que mostram como… como duas pessoas que se gostam ficam próximas — respondeu ele, puxando S/N pela mão para que se sentassem juntos na cama. — Achei que, se você também quisesse, poderíamos fazer isso juntos.
S/N respirou fundo, sentindo seu autocontrole vacilar diante dos olhos suplicantes de Sunoo e das palavras dele, cheias de inocência e desejo ao mesmo tempo. A mente de S/N dizia para ter cautela, mas seu coração acelerado e o calor do momento pareciam estar levando-o para outro caminho.
— Tudo bem, Sunoo… — sussurrou ele, entrelaçando os dedos com os do híbrido e permitindo-se relaxar. — Mas vamos com calma, ok?
Os dedos de Sunoo habilmente desfizeram a última peça de roupa de S/N, expondo seu corpo nu ao seu olhar faminto. A respiração do hibrido ficou presa ao ver o humano espalhado abaixo dele, suas peles coradas e brilhantes, seus olhos escuros de desejo. Ele abaixou a cabeça, pressionando beijos da boca aberta passando para a garganta, até a clavícula, mergulhando a língua na pele.
S/N estremeceu embaixo dele, suas mãos se enredando no cabelo de Sunoo, incitando-o a descer. E ele obedeceu, espalhando beijos pelo peito de S/N, circulando um mamilo com a língua antes de sugá-lo para dentro da boca. Ele esbanjou atenção no broto sensível, mordiscando e puxando até que o humano estava arqueando para fora da cama, gritando de prazer.
Suas mãos percorreram o corpo de S/N, apertando e acariciando, mapeando cada curva. Ele deslizou uma mão entre suas pernas, seus dedos roçando o buraco escorregadio, provocando e acariciando até que o garoto estava se contorcendo sob ele, desesperada por mais.
— Por favor, Sunoo… — S/N ofegou, sua voz tensa de necessidade. — Eu preciso de você dentro de mim. Preciso que você me preencha, que me faça seu.
O híbrido gemeu com as palavras de S/N, seu pau pulsando quase dolorosamente com a força de seu desejo. Ele se posicionou na entrada dele, a cabeça de seu pau cutucando contra o calor de seu corpo.
— Você quer isso, hum? — ele rosnou, sua voz áspera de luxúria. — Quer que eu te foda, te reivindique, te faça gritar meu nome?
Sunoo com certeza tinha aprendido aquilo em algum dos vídeos. S/N faria questão de ver o histórico de navegação depois.
— Sim. — Ele arfou, seus quadris se erguendo para encontrar os dele. — Sim, por favor, Sunnie
Com um rosnado baixo e possessivo, Sunoo avançou, enterrando-se até o punho no calor apertado e úmido de S/N. Ambos gritaram com a intrusão repentina, o estiramento e a queimadura das paredes de S/N ao redor de seu comprimento grosso.
Sunoo se manteve parado por um momento, permitindo que o garoto abaixo dele tivesse tempo para se ajustar à intrusão repentina. Ele podia sentir os músculos internos dele vibrando e apertando em volta do seu pau, puxando-o mais fundo, incitando-o a se mover.
— S-S-S/N. — Ele gemeu, sua voz tensa com o esforço de se segurar. — Você é tão bom, tão perfeito. Como se você tivesse sido feita só para mim.
Lentamente, ele começou a balançar os quadris, puxando para fora polegada por polegada pulsante antes de bater de volta, enterrando-se até o fundo. As costas de S/N arquearam-se para fora da cama, sua cabeça jogada para trás em êxtase enquanto Sunoo estabelecia um ritmo firme e profundo, seu pau arrastando ao longo de suas paredes sensíveis a cada estocada.
S/N ofegou, suas mãos arranhando as costas do hibrido.
Suas estocadas vão ficando mais rápidas, mais fortes, mais erráticas. O som obsceno de pele batendo contra pele encheu o quarto, misturando-se com seus gemidos e grunhidos de prazer.
Ele se inclinou para baixo, capturando a boca de S/N em um beijo ardente, sua língua mergulhando fundo, reivindicando cada centímetro. Suas mãos agarraram os quadris dele, seus dedos cravando na carne macia com força suficiente para deixar hematomas.
S/N gemeu sob ele, seus corpos tremendo à beira da liberação. Sunoo podia sentir seus músculos internos começando a apertar e vibrar, sinalizando seu orgasmo iminente.
— Estou perto, S/N, tão perto. Eu amo você. Goze no meu pau, S/N. Deixe-me sentir você…
Ambos ofegavam duramente, seus corpos tremendo após seus clímax intensos. Sunoo desabou em cima de S/N, seu peso pressionando-os no colchão, seu pau amolecido ainda enterrado dentro de seu calor molhado.
Foi assim que os dois adormeceram.
Ao acordar, S/N sentiu o calor suave do corpo adormecido de Sunoo ao seu lado, respirando tranquilamente voltando a ser seu gatinho fofo. Os lençóis emaranhados e os raios de sol entrando pela janela deixavam a cena envolta em uma paz reconfortante. Ele olhou para Sunoo, ainda absorvendo tudo o que tinham feito juntos naquela noite, sentindo um turbilhão de emoções.
Ao contrário do que poderia ter esperado, ele não sentia arrependimento algum. Pelo contrário, sentia que finalmente estava onde deveria estar, e que a conexão com Sunoo era especial de uma forma que ele ainda estava aprendendo a entender. Um sorriso pequeno, mas sincero, formou-se em seu rosto enquanto ele acariciava suavemente os cabelos de Sunoo, aceitando que, dali em diante, sua vida seria diferente.
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Imagine JungKook

Jungkook soltou um suspiro pesado, massageando as têmporas enquanto encarava a pilha crescente de relatórios e contratos sobre sua mesa. Desde que seu assistente pessoal pediu afastamento por razões pessoais, sua rotina estava uma bagunça, e ele sabia que, sem alguém competente para ajudá-lo, o caos seria inevitável. Determinado a resolver o problema, ele abriu o arquivo de candidatos no tablet, começando a analisar as fichas uma a uma.
A maioria dos currículos era impressionante, mas faltava algo. Dedicação genuína, comprometimento que fosse além do papel, alguém que respirasse responsabilidade. Até que um nome chamou sua atenção: S/N. O coração de Jungkook deu um salto. Poderia ser…?
Era impossível. Ele riu de si mesmo, balançando a cabeça. Não havia como ser o mesmo S/N que o atormentava no ensino médio. Fazia anos. Ele não devia nem estar pensando nisso, mas o nome trouxe uma enxurrada de lembranças. Um garoto sorridente e irritantemente brilhante que sabia exatamente como provocar Jungkook e parecia se divertir à custa dele.
Jungkook se forçou a voltar ao presente, concentrando-se na descrição anexada ao currículo. S/N era descrito como um profissional altamente comprometido, alguém que frequentemente ficava no escritório até tarde, assumindo responsabilidades além do esperado. A recomendação de seu último chefe não poderia ter sido mais elogiosa:
"S/N não apenas cumpre o que lhe é pedido, ele supera expectativas. Não há tarefa grande ou pequena demais para ele, e sua habilidade de organizar até os dias mais caóticos é algo que qualquer executivo valorizaria."
— Perfeito… — Jungkook murmurou para si mesmo, enquanto girava a caneta entre os dedos. Ele gostava do que lia. Esse S/N parecia o tipo de pessoa que não só manteria as coisas em ordem, mas poderia até ajudar a melhorar o fluxo de trabalho. Sem hesitar, ele fechou o arquivo e redigiu um e-mail.
Era direto e convincente. Além de elogiar as qualificações de S/N, Jungkook mencionou o salário generoso e os benefícios que vinham com o cargo, certo de que seria suficiente para atrair qualquer profissional qualificado. Ele apertou "enviar" e sentiu um alívio imediato. Problema resolvido, pensou.
Mas havia algo que ele não havia notado. Na pressa de analisar as credenciais e escrever a oferta, Jungkook não se deu ao trabalho de verificar a foto anexada no currículo. Um simples deslize que o impediria de perceber a verdade: era o mesmo S/N. O garoto que passou anos fazendo de seus dias na escola um verdadeiro desafio.
Se soubesse disso, Jungkook talvez tivesse hesitado. Talvez não tivesse enviado o e-mail. Ou talvez… tivesse enviado com ainda mais pressa, apenas para vê-lo de novo.
Nos dias que se seguiram à contratação, Jungkook mal pensou sobre o novo assistente. Estava atolado demais com reuniões intermináveis e prazos apertados para refletir sobre o nome que o havia feito hesitar por alguns segundos. Para ele, S/N era apenas um nome promissor em um papel. Contudo, naquela manhã específica, quando finalmente teve um momento para respirar, decidiu que era hora de conhecer pessoalmente o novo membro de sua equipe.
Ao chegar ao escritório, ainda ajustando a gravata, ele pediu à recepcionista:
— Mande o S/N até minha sala. Quero ter uma palavrinha com ele antes de começarmos o dia.
A recepcionista assentiu com um sorriso profissional, discando rapidamente o ramal do andar inferior. Enquanto isso, Jungkook entrou em sua sala espaçosa, arrumou os papéis sobre sua mesa e se acomodou em sua cadeira de couro. Pegou uma caneta e começou a girá-la entre os dedos, um hábito nervoso que só aparecia quando algo o deixava ligeiramente ansioso — embora ele se recusasse a admitir.
Quando a porta se abriu, ele levantou os olhos casualmente, pronto para cumprimentar o novo assistente com um aperto de mão firme e um tom cordial. Mas as palavras travaram na garganta.
De pé no batente da porta, com uma expressão neutra que não disfarçava o brilho astuto nos olhos, estava S/N. O mesmo S/N. Aquele sorriso levemente sarcástico, aquele olhar penetrante que parecia ler seus pensamentos… era inconfundível.
— Bom dia, senhor Jeon. — S/N disse, com um tom educado, mas carregado de uma confiança que Jungkook não esperava. Ele entrou na sala e fechou a porta atrás de si. — A recepcionista disse que queria me ver.
Jungkook piscou algumas vezes, tentando processar. Não podia ser coincidência. Por que ele não tinha visto isso antes? Ele devia ter olhado a foto, devia…
— Você… — começou, antes de se recompor. Ele apoiou os cotovelos na mesa, entrelaçando os dedos. — Então, é você.
S/N ergueu uma sobrancelha, como se estivesse genuinamente curioso, embora Jungkook soubesse que ele entendia perfeitamente a que se referia.
— Eu? — S/N inclinou a cabeça levemente, fingindo confusão. — Algum problema, senhor?
Aquele "senhor" soou quase como uma provocação, e Jungkook sentiu um nervosismo crescente que ele não experimentava desde os tempos do ensino médio. Respirando fundo, ele decidiu que não deixaria S/N assumir o controle da situação. Afinal, ele era o chefe agora.
— Nenhum problema. — Jungkook respondeu, frio e profissional. Ele se inclinou para trás na cadeira, encarando S/N com intensidade. — Só achei curioso. Não esperava que o meu novo assistente fosse alguém… familiar.
S/N abriu um sorriso discreto, quase desafiador, enquanto se sentava na cadeira à frente da mesa de Jungkook.
— A vida é cheia de surpresas, não é? — S/N disse, cruzando as pernas com a mesma confiança de alguém que sabia que tinha acabado de virar o jogo.
Jungkook estreitou os olhos, percebendo que essa interação seria tudo menos tranquila. S/N estava de volta em sua vida. E pelo visto, estava se divertindo com isso.
Jungkook se recostou na cadeira, cruzando os braços enquanto observava S/N com atenção renovada. Algo estava diferente nele, e não era só o fato de estarem em um ambiente profissional. Havia algo físico que chamou sua atenção: S/N, que antes era mais alto que ele durante o ensino médio, agora era definitivamente mais baixo.
A diferença de altura não era tão grande, mas Jungkook percebeu. Na escola, S/N usava isso como vantagem para olhá-lo de cima, literalmente e figurativamente, como se estivesse sempre dois passos à frente dele. Agora, sentado diante dele, S/N parecia menor — porém, o brilho desafiador nos olhos, a energia inconfundível que fazia dele quem era, ainda estava lá. Talvez até mais intensa.
Ele apertou os olhos, tentando entender como aquele corpo compacto ainda parecia guardar tanta força. Era como se S/N tivesse diminuído de tamanho, mas seu impacto tivesse aumentado. Jungkook sentiu um misto de irritação e fascínio ao perceber isso.
— Sabe… — Jungkook começou, inclinando-se ligeiramente para frente, apoiando os antebraços na mesa enquanto olhava diretamente nos olhos de S/N. — Acho engraçado. Você parece… menor do que eu me lembrava.
S/N arqueou uma sobrancelha, mas o sorriso nunca vacilou. Pelo contrário, ele até parecia mais provocativo.
— Crescimento desigual, talvez? — S/N sugeriu, casualmente, inclinando-se na cadeira. — Ou, quem sabe, você finalmente cresceu, Jungkook.
O tom de S/N era cortante, mas disfarçado com uma leveza quase charmosa, como se fosse só uma piada entre velhos amigos. O problema era que Jungkook sabia exatamente o que S/N estava fazendo: testando seus limites, assim como fazia anos atrás.
— Eu cresci, sim. — Jungkook respondeu com um sorriso que não chegava aos olhos. — Não só em altura.
— Dá pra ver. — S/N deu de ombros, olhando ao redor da sala com curiosidade. — É um escritório impressionante. Parece que você se deu bem, senhor Jeon.
Havia um toque de ironia no "senhor Jeon", e Jungkook sabia que S/N estava se divertindo com a inversão de papéis. Anos atrás, S/N era o centro das atenções, sempre no controle. Agora, Jungkook era o chefe, e ele tinha o poder. Pelo menos, era o que ele pensava até aquele momento.
Ele se endireitou na cadeira, decidido a não deixar S/N tomar as rédeas da conversa.
— E você? — perguntou, mantendo o tom profissional, mas com uma pontada de curiosidade sincera. — Como foi que… decidiu se candidatar a essa vaga?
S/N inclinou-se para frente, apoiando os cotovelos nos braços da cadeira. Mesmo sendo menor agora, havia algo na postura dele que fazia parecer que ele ocupava todo o espaço da sala.
— Circunstâncias, oportunidades… e talvez um pouco de curiosidade. — S/N respondeu, o sorriso misterioso permanecendo. — Nunca imaginei que meu chefe seria alguém do meu passado.
Jungkook cerrou os olhos, tentando decifrar o que exatamente S/N queria dizer com aquilo. Ele tinha a impressão de que S/N sabia mais do que estava deixando transparecer, mas não tinha certeza.
— Espero que o passado não interfira no presente. — Jungkook disse, mantendo a voz firme.
— Nem eu. — S/N respondeu, calmamente. Mas o brilho em seus olhos dizia o contrário: ele estava disposto a fazer exatamente isso.
— Ótimo. — Ele disse, pegando uma pasta e colocando-a sobre a mesa. — Vamos começar com algumas tarefas simples. Preciso que organize essas notas e prepare um relatório até o final do dia. Quero algo direto e bem estruturado.
S/N pegou a pasta sem hesitar, folheando rapidamente o conteúdo antes de responder:
— Claro. Parece tranquilo. Mais alguma coisa?
Jungkook notou a facilidade com que S/N parecia lidar com tudo, como se o ambiente formal e as cobranças não o intimidassem nem um pouco. Isso era bom, profissionalmente falando, mas, ao mesmo tempo, o irritava. Era como se S/N ainda tivesse aquele efeito peculiar de deixá-lo desconfortável sem fazer esforço.
— Por enquanto, é só. — Jungkook disse, tentando soar indiferente.
S/N levantou-se, ajeitando a gravata enquanto segurava a pasta contra o peito. Ele parou antes de sair e lançou um olhar curioso a Jungkook.
— Sabe, você não mudou muito desde a última vez que nos vimos. — Ele disse, com um tom casual.
Jungkook arqueou uma sobrancelha.
— E o que isso significa?
— Só uma observação. — S/N deu de ombros. — Sempre tão sério. Mas, de qualquer forma, foi bom revê-lo.
Sem esperar uma resposta, S/N abriu a porta e saiu, deixando Jungkook sozinho na sala. Ele ficou ali, encarando a porta fechada, sentindo-se inexplicavelmente incomodado.
"Sempre tão sério?" A frase ecoava na mente de Jungkook, misturada com as memórias daquele garoto que costumava rir de suas tentativas de manter tudo sob controle. Agora, anos depois, ele tinha a sensação de que S/N ainda sabia exatamente como mexer com ele — e estava claramente disposto a se divertir um pouco com isso.
Jungkook fechou os olhos por um instante, esfregando as têmporas.
— Isso vai ser mais complicado do que eu pensei. — Murmurou para si mesmo antes de voltar ao trabalho, determinado a não deixar S/N afetá-lo mais do que o necessário.
Mas, no fundo, ele sabia: esse era apenas o começo.
As semanas que se seguiram foram surpreendentemente tranquilas. Apesar das preocupações iniciais de Jungkook, S/N parecia ter se adaptado perfeitamente ao ambiente de trabalho. Ele chegava pontualmente todos os dias, trazendo consigo uma aura de profissionalismo impecável.
— Bom dia, senhor Jeon. — S/N o cumprimentava ao entrar na sala, carregando uma pilha de relatórios ou, às vezes, um café recém-feito que parecia sempre vir no momento exato em que Jungkook precisava.
Era nos pequenos gestos, porém, que S/N o desconcertava. Ao entregar a xícara, seus dedos roçavam os de Jungkook, de maneira sutil, quase imperceptível, mas propositada o suficiente para fazê-lo prender a respiração por um segundo.
— Aqui está. Sem açúcar, como o senhor gosta. — S/N dizia, com aquele tom educado e uma expressão neutra, mas com um brilho nos olhos que traía suas intenções.
Apesar disso, Jungkook não conseguia encontrar nada para reclamar. Na verdade, ele estava impressionado — quase fascinado. S/N não apenas cumpria suas tarefas, mas as realizava com uma eficiência que parecia sobrenatural. Cada relatório estava impecável, cada reunião que ele agendava fluía sem contratempos, e até os imprevistos eram resolvidos antes que Jungkook tivesse tempo de se preocupar.
S/N também era o primeiro a chegar e o último a sair. Ele sempre parecia estar um passo à frente, antecipando necessidades e solucionando problemas antes que se tornassem obstáculos. Mas era a organização quase sobre-humana de S/N que deixava Jungkook sem palavras.
Naquela manhã em particular, enquanto revisava uma apresentação que S/N havia preparado, Jungkook não conseguiu evitar o sorriso satisfeito que se formou em seus lábios.
— Isso está perfeito. — Ele murmurou para si mesmo, folheando os slides organizados com precisão cirúrgica.
Pouco depois, S/N apareceu à porta de sua sala, trazendo mais papéis para revisar.
— Está tudo conforme o esperado? — Ele perguntou, com uma leve inclinação de cabeça, os olhos brilhando com aquela calma confiante que Jungkook começava a achar familiar demais.
— Mais do que conforme. — Jungkook respondeu, olhando-o de soslaio. — Você está me deixando mal-acostumado, S/N.
S/N riu baixo.
— Apenas fazendo meu trabalho, senhor Jeon.
E, assim, ele saiu da sala, deixando Jungkook sozinho novamente — mas não sem antes lançar um olhar discreto por cima do ombro, como se soubesse exatamente o efeito que estava causando.
Jungkook se recostou na cadeira, cruzando os braços enquanto o observava sair. S/N era eficiente, sim. Profissional, sem dúvida. Mas havia algo mais nele. Algo que fazia Jungkook se perguntar se aquele comportamento perfeito não era tão inocente quanto parecia.
"Se ele está jogando, então está jogando muito bem."
O pensamento fez Jungkook sorrir levemente, ainda que ele não tivesse certeza se deveria achar isso intrigante ou perigoso.
Em uma noite, o escritório parecia mais silencioso do que o habitual, com a maioria dos funcionários já tendo ido embora. S/N estava finalizando alguns relatórios quando Jungkook apareceu à porta de sua sala, segurando uma garrafa de uísque e dois copos.
— Por que não paramos por hoje? — Jungkook disse, com um raro sorriso relaxado. — Acho que merecemos comemorar.
S/N ergueu uma sobrancelha, surpreso, mas logo sorriu, largando a caneta e se levantando.
— Uma celebração? Não sabia que o senhor Jeon era do tipo que relaxa no trabalho.
Jungkook deu de ombros, gesticulando para que ele o acompanhasse.
— Apenas em ocasiões especiais. E esse acordo fechado é todo graças às suas ideias. Então, venha, você ganhou isso.
S/N o seguiu até a sala espaçosa de Jungkook, onde ele já havia colocado os copos sobre uma mesinha ao lado de um sofá de couro. Jungkook serviu o uísque enquanto S/N se acomodava, aceitando o copo com um sorriso leve.
— Não sabia que o senhor Jeon era generoso com elogios. — S/N brincou, enquanto tomava um gole da bebida.
— Não sou, na verdade. — Jungkook respondeu, recostando-se no sofá. — Mas vou reconhecer quando alguém faz um trabalho excepcional.
Eles começaram a conversar sobre trabalho, relembrando os desafios do acordo e as estratégias que haviam usado. Mas, conforme o uísque fluía, o tom da conversa ficou mais descontraído. Foi Jungkook quem trouxe o assunto que ambos evitavam há semanas.
— Sabe, S/N… Eu realmente não esperava que você fosse o mesmo cara da escola.
S/N, que estava prestes a tomar outro gole, parou no meio do movimento. Ele colocou o copo na mesa, olhando para Jungkook com uma expressão que misturava surpresa e curiosidade.
— Finalmente decidiu falar sobre isso, hein?
— Acho que está na hora, não acha? — Jungkook disse, inclinando-se para frente, apoiando os cotovelos nos joelhos. — Você sabia quem eu era, desde o começo, não sabia?
S/N deu um sorriso de canto, como se estivesse ponderando se deveria ou não responder.
— Sabia. — Ele admitiu, sem rodeios. — Foi difícil não reconhecer você.
— Então por que se candidatou? — Jungkook perguntou, direto, mas sem hostilidade. Apenas queria entender.
S/N inclinou a cabeça, o olhar fixo em Jungkook.
— Porque eu sabia que seria bom no trabalho. E porque achei que seria interessante trabalhar com você.
Jungkook bufou, cruzando os braços.
— Interessante? — Ele repetiu, desconfiado. — Você me atormentou a escola inteira.
— Atormentei? — S/N arqueou as sobrancelhas, com um sorriso divertido. — Isso é um pouco dramático, não acha?
— Dramático? — Jungkook soltou uma risada incrédula. — Você fazia questão de implicar comigo em todo momento que podia.
— E você fazia questão de ser sério o tempo todo. — S/N retrucou, com um tom mais leve. — Admito que provocá-lo era divertido. Você era tão fácil de irritar…
Jungkook balançou a cabeça, olhando para o copo em sua mão, mas um pequeno sorriso começou a aparecer.
— Você não mudou nada.
— Talvez tenha mudado mais do que você pensa. — S/N respondeu, sua voz ficando ligeiramente mais séria.
Jungkook levantou o olhar, encontrando os olhos de S/N. Por um momento, o ar na sala ficou mais denso, carregado de algo que ambos sentiam, mas nenhum dos dois sabia como expressar.
— Então… — Jungkook começou, depois de uma pausa. — Isso tudo, esse trabalho impecável, os cafés, os toques… é só você sendo eficiente ou tem algo mais nisso?
S/N deu um sorriso lento, inclinando-se para frente.
— E se eu dissesse que é um pouco dos dois?
Jungkook ficou em silêncio, processando a resposta, o olhar preso no de S/N. Ele não sabia ao certo onde aquela conversa os levaria, mas, pela primeira vez em anos, estava disposto a descobrir.
Jungkook permaneceu em silêncio por alguns segundos, os olhos ainda presos aos de S/N. Ele podia sentir uma tensão crescente no ar, mas não era desagradável; pelo contrário, parecia desafiá-lo.
— Um pouco dos dois, é? — Jungkook murmurou, estreitando os olhos, a voz baixa. — E eu deveria interpretar isso como?
S/N inclinou-se mais para frente, apoiando o cotovelo no braço do sofá, o que o deixou perigosamente próximo de Jungkook. Ele sorriu, mas havia um brilho de provocação em seu olhar.
— Talvez você devesse interpretar como quiser, senhor Jeon. — Ele respondeu, enfatizando o título com um tom ligeiramente zombeteiro.
Jungkook levantou uma sobrancelha, mantendo sua expressão impassível, mas o canto de sua boca ameaçava se curvar em um sorriso.
— Você tem um jeito curioso de lidar com seu chefe, S/N.
— Eu prefiro pensar que tenho um jeito eficiente. — S/N respondeu, inclinando-se ainda mais perto, agora com o queixo apoiado na mão. — Afinal, até agora, não vi você reclamar.
Jungkook sentiu o cheiro do perfume de S/N, algo sutil, mas marcante, e percebeu o quanto a distância entre eles havia diminuído. Ele soltou uma risada curta, balançando a cabeça.
— Você é ousado, isso eu vou admitir.
— E isso incomoda? — S/N perguntou, com um sorriso que era ao mesmo tempo inocente e carregado de intenções.
Jungkook ficou em silêncio por um momento, antes de se recostar no sofá, cruzando os braços.
— Não exatamente. Só estou tentando entender qual é o seu jogo.
— Jogo? — S/N repetiu, arqueando uma sobrancelha, o sorriso se alargando. — Quem disse que estou jogando?
— Não subestime minha inteligência, S/N. — Jungkook rebateu, seu tom agora um pouco mais firme, mas ainda intrigado.
S/N riu baixo, uma risada que fez Jungkook sentir algo no estômago.
— Tudo bem, você me pegou. — Ele disse, levantando as mãos como se se rendesse. — Talvez eu esteja me divertindo um pouco.
— Por quê? — Jungkook perguntou, com uma curiosidade genuína.
S/N inclinou a cabeça, olhando-o de cima a baixo antes de responder.
— Porque você fica interessante quando está desconfortável. — Ele disse, em um tom quase provocador demais. — E também porque… — Ele pausou, inclinando-se para trás e pegando o copo de uísque. — Não posso resistir a ver até onde consigo chegar.
Jungkook o observou, a mandíbula ligeiramente tensa.
— Você está brincando com fogo.
— Talvez. — S/N tomou um gole, deixando o copo na mesa em seguida. Ele se levantou devagar, como se quisesse prolongar a atenção de Jungkook em cada movimento. — Mas eu sempre gostei de calor, senhor Jeon.
Com isso, ele deu um sorriso final, carregado de intenção, antes de sair da sala, deixando Jungkook sozinho, perdido entre a irritação e um fascínio inexplicável.
Jungkook respirou fundo, passando a mão pelo rosto, uma risada frustrada escapando de seus lábios.
"Esse garoto vai me levar à loucura."
A festa de confraternização da empresa estava a todo vapor. A música preenchia o grande salão decorado com luzes cintilantes, enquanto os funcionários riam e dançavam, aliviados com o final de mais um ano de trabalho. Jungkook, no entanto, não compartilhava do clima festivo.
Ele estava encostado no bar improvisado, com o terceiro copo de uísque em mãos, observando a multidão sem realmente enxergar ninguém. Estava frustrado. A garota com quem costumava sair não respondia suas mensagens, e a combinação de álcool e um desejo insatisfeito começava a mexer com ele de um jeito perigoso. Ele precisava transar pra descarregar tudo aquilo.
Foi então que S/N apareceu, impecavelmente vestido, o sorriso encantador no rosto enquanto cumprimentava colegas e parecia ser a alma da festa. Jungkook o notou imediatamente, mas tentou ignorar. Só que era impossível. S/N parecia dominar o ambiente com sua presença, e Jungkook não podia deixar de se perguntar se aquele brilho todo era deliberado ou apenas natural.
Quando S/N finalmente se aproximou do bar, Jungkook já tinha decidido que não iria evitar o inevitável. Ele ergueu o copo em um gesto preguiçoso de cumprimento.
— Se divertindo? — Ele perguntou.
S/N o olhou, o sorriso alargando enquanto se encostava ao balcão ao lado dele.
— Um pouco. E você, chefe? Parece que está aproveitando bastante a bebida, mas não tanto a festa.
— Não estou exatamente no clima. — Jungkook respondeu, virando o resto do uísque antes de pousar o copo no balcão com um pouco mais de força do que pretendia.
— Por quê? — S/N perguntou, inclinando-se ligeiramente, os olhos brilhando com uma curiosidade quase provocadora.
Jungkook riu curto, balançando a cabeça.
— Digamos que algumas coisas não saíram como eu esperava.
S/N arqueou uma sobrancelha, o sorriso se tornando mais travesso.
— "Coisas" ou "pessoas"?
Jungkook virou-se para ele, os olhos ligeiramente estreitados.
— Você faz muitas perguntas, sabia?
— Faço, sim. — S/N respondeu, despreocupado. — E você nunca responde diretamente.
Jungkook soltou uma risada seca, balançando a cabeça.
— Porque você gosta de cutucar, não é?
S/N inclinou a cabeça, seus olhos nunca deixando os de Jungkook.
— Talvez eu goste de ver até onde consigo ir.
Houve um silêncio carregado entre eles, e Jungkook, com a coragem líquida que o álcool proporcionava, decidiu que já estava farto de rodeios.
— Até onde você acha que consegue ir? — Ele perguntou, a voz baixa, mas carregada de um desafio claro.
S/N sorriu de canto, se aproximando mais um pouco.
— Acho que isso depende de você, senhor Jeon.
A resposta fez algo dentro de Jungkook quebrar. Ele se inclinou para frente, o rosto perigosamente perto do de S/N agora, a respiração pesada.
— Você sabe o que está fazendo comigo, não sabe?
S/N manteve o olhar fixo, o sorriso nunca desaparecendo completamente.
— Sei. — Ele admitiu, a voz suave, quase um sussurro.
Jungkook não conseguiu mais se segurar. Ignorando completamente o fato de que estavam em uma festa cheia de colegas de trabalho, ele segurou S/N pelo pulso e o puxou, conduzindo-o rapidamente para fora do salão e em direção a uma sala vazia no corredor.
Assim que a porta se fechou atrás deles, Jungkook se virou, encurralando S/N contra a parede.
— Você quer brincar com fogo? — Ele perguntou, a voz rouca, o olhar faminto.
S/N ergueu o queixo, desafiador, embora seu sorriso tivesse um traço de nervosismo agora.
— E se eu quiser?
Jungkook não respondeu com palavras. Em vez disso, fechou a distância entre eles, suas mãos segurando a cintura de S/N enquanto seus lábios finalmente se encontravam em um beijo intenso, cheio de toda a tensão que haviam acumulado nas últimas semanas.
S/N não hesitou em corresponder, as mãos subindo para os ombros de Jungkook, puxando-o para mais perto.
Um desejo primitivo consumiu JungKook quando ele se separou do beijo, apenas para arrastar seus lábios pelo pescoço do outro. Ele mordiscou e chupou a pele delicada, saboreando os gemidos e suspiros que escapavam pelos lábios de S/N. Suas mãos deslizaram por baixo da camisa dele, dedos se espalhando por sua barriga lisa. Jungkook queria adorar cada centímetro do corpo de S/N até que ele estivessem se contorcendo e implorando por seu pau. O que não demorou muito a acontecer.
— Por favor, Kooki, preciso de você. Me foda aqui e agora, por favor.
As palavras suplicantes dos lábios de S/N enviaram um raio de puro desejo direto ao membro já rígido do chefe.
— Porra, S/N… — Ele gemeu, sua determinação desmoronando sob o desespero necessitado do garoto. Ele esmagou os lábios com os de S/N novamente em um beijo violento, a língua mergulhando fundo para saborear cada centímetro. Suas mãos vagavam avidamente pelo corpo dele, apertando possesivamente. — Quem diria que você um dia estaria assim, implorando por mim…
Jungkook os fez andar para trás até que S/N estivesse sentado sobre uma mesa, pernas em volta da cintura de seu chefe, prendendo-o no lugar com seu corpo menor. Ele esfregou sua dureza contra ele, deixando-os sentir exatamente o efeito que causava.
— Vou fazer você gritar meu nome. — Jungkook prometeu sombriamente, a voz áspera de tesão. — Vou encher esse cuzinho até você ficar pingando com meu esperma…
Sem aviso, ele rasgou a camisa de S/N, fazendo botões voarem para todo lado. Jungkook agarrou um mamilo empinado, chupando e mordendo enquanto sua mão espalmou a ereção do garoto através das calças.
— Por favor, senhor. — S/N choramingou, quadris balançando em seu toque. — Preciso de você dentro de mim, preciso do seu pau…
Essas palavras sujas eram música para os ouvidos do chefe. Ele rapidamente desfez as calças de S/N, empurrando-as para baixo junto com sua cueca. Jungkook caiu de joelhos, arrastando sua língua para cima do eixo dele antes de engolir a ponta entre seus lábios.
S/N gritou, dedos se enredando no cabelo de Jungkook.
— Oh Deus, sim, assim mesmo…
Jungkook balançou a cabeça, tomando mais do comprimento de S/N em sua garganta, ele acariciou suas bolas, rolando-as em sua palma enquanto chupava com força. Ele não se cansava daquele pau enchendo sua boca, chupando forte enquanto sua língua girava em volta da cabeça sensível. Os gemidos necessitados de S/N o estimulavam, fazendo Jungkook balançar a cabeça mais rápido.
— Você tem um gosto tão bom. — Jungkook rosnou se separando dele com um estalo. — Vou fazer você gozar na minha garganta, você quer isso, não quer?
Ele mergulhou de volta sem esperar uma resposta, levando S/N ao máximo até que seu nariz roçou na pélvis dele. Seu próprio comprimento latejava em suas calças, doendo para ser enterrado dentro de alguém, de S/N.
Os dedos do garoto apertaram o cabelo de Jungkook, seus quadris balançando superficialmente enquanto perseguiam seu prazer.
— Porra, Kookie, estou chegando perto. — Ele ofegou, as coxas tremendo. — Não pare, por favor, não pare…
Jungkook redobrou seus esforços, chupando mais forte e mais rápido.
— Goze para mim, baby. — Jungkook exigiu, a voz abafada em volta do pau dele.
Com um grito agudo, S/N estremeceu e gozou, inundando a boca de seu chefe com sua liberação. Jungkook engoliu tudo avidamente, continuando a chupar e lamber até que o garoto estivesse esgotada.
Ele se afastou, lambendo os lábios em satisfação.
— Você fez isso com seu outro chefe?
S/N sorriu ainda ofegante.
— Ele não era tão gostoso quanto você.
Jungkook se levantou, se colocando novamente entre as pernas nuas de S/N, ele esfregou sua ereção vestida contra a dele, gemendo com a fricção.
— Posso te foder agora? Hum?
S/N se virou ficando de bruços sobre a mesa deixando seu cuzinho exposto ao outro homem.
— Claro que sim…
Depois de abaixar as calças que ainda o atrapalhavam, Jungkook com uma estocada forte se enterrou até o fundo dentro daquele calor que ele tanto ansiava.
— Ah caralho, eu precisava disso. — Ele diz com a sensação requintada, os quadris sacudindo reflexivamente. — Tão fodidamente apertado, S/N, como se você tivesse sido feita para o meu pau.
S/N gemeu alto, arqueando as costas enquanto lutavam para se ajustar à intrusão repentina. Jungkook deu a ele um momento antes de começar a se mover, se afastando quase completamente antes de bater de volta.
— Se você não fosse um pé no saco, eu teria te fodido desde a época da escola…
Ele bateu em S/N sem piedade, o som obsceno de pele batendo contra pele ecoando pela pequena sala. Jungkook angulou seus quadris, atingindo aquele ponto doce dentro dele que o fazia ver estrelas.
— Se você não fosse tão certinho…
Mas as palavras morreram na garganta de S/N, era de mais. Jungkook fodia bem demais. Por deus, S/N esperava mesmo que aquilo não fosse só um erro de uma única vez.
A sala estava mergulhada em uma penumbra silenciosa, interrompida apenas pelas respirações ofegantes e o som ocasional de roupas sendo ajustadas às pressas.
— Você é um problema, sabia disso? — Jungkook murmurou, a voz rouca e entrecortada.
S/N riu baixinho, a risada suave, mas carregada de um misto de satisfação e desafio.
— Um problema que você não parece querer resolver.
Jungkook soltou um suspiro pesado, passando a mão pelo cabelo bagunçado. Ele olhou para S/N, que agora o encarava com os lábios ainda inchados e os olhos brilhando com algo que ele não conseguia definir completamente, mas que o puxava para mais perto como um imã.
— Talvez eu goste de problemas, então. — Ele respondeu, quase num sussurro.
S/N ergueu uma sobrancelha, o sorriso se formando novamente em seus lábios. Ele inclinou a cabeça, ainda com a respiração irregular, e respondeu, com um tom que parecia tanto uma provocação quanto uma promessa:
— Então acho que acabou de encontrar o maior de todos, senhor Jeon.
Jungkook riu, mas o som foi abafado pelo próprio suspiro enquanto ele se inclinava mais uma vez, seus lábios quase tocando os de S/N novamente.
E, naquele momento, ambos sabiam que o que tinham construído, do atrito inicial ao calor que agora compartilhavam, estava apenas começando.
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Imagine Mingi

Song Mingi amava seu namorado. Genuinamente. Apenas olhar para S/N era o suficiente para que uma onda de sentimentos o inundasse. Paixão, admiração, e, às vezes, uma pontada de desejo que ele mal conseguia esconder.
Ambos eram idols do famoso Ateez, famosos e sempre ocupados com as agendas insanas de seu grupo. Mas, não importava o quão apertado fosse o cronograma, Mingi sempre encontrava um jeito de estar ao lado de S/N, nem que fosse por breves minutos. Esses momentos roubados entre compromissos eram preciosos, e ele fazia questão de aproveitá-los ao máximo.
Como agora, por exemplo. Estavam no camarim de um programa de variedades, os minutos cronometrados antes de a equipe chamá-los. Mingi, apesar de ser incrivelmente mais alto que S/N, estava agarrado ao namorado como um coala, os braços longos envolvendo-o completamente, o rosto escondido no ombro do outro.
— Mingi, assim você vai acabar desamassando meu figurino… — S/N reclamou, mas sem a mínima intenção de afastá-lo.
— Não me importo. Só quero ficar assim mais um pouquinho… — murmurou ele, a voz abafada.
S/N suspirou, mas abriu um sorriso pequeno, acariciando os cabelos de Mingi. Ele sabia que, para eles, momentos como esses eram raros e valiosos.
— Você é um bobo, sabia? — disse, rindo baixinho.
— Eu sei… Mas você me ama mesmo assim.
E S/N sabia que Mingi estava certo. Ele o amava, de todas as formas possíveis. S/N apenas balançou a cabeça, rindo suavemente enquanto Mingi se aconchegava ainda mais. Ele podia sentir o peso reconfortante do corpo do namorado contra o seu, e, mesmo que às vezes resmungasse, secretamente adorava esses momentos de proximidade. Não era todo dia que o gigante adorável tinha a chance de largar sua fachada de idol poderoso para simplesmente ser Mingi, o garoto manhoso e carinhoso que ele conhecia tão bem.
— Mingi, se alguém entrar aqui agora, vamos virar notícia antes do esperado — S/N provocou, tentando manter a voz firme, mas falhando miseravelmente ao rir.
Mingi levantou a cabeça só o suficiente para encará-lo, um sorriso travesso se formando nos lábios.
— Deixa eles entrarem. Quem sabe assim param de nos shipparem com outras pessoas e entendem logo quem é o verdadeiro dono do meu coração?
S/N sentiu o rosto esquentar, o rubor subindo rapidamente. Ele tentou disfarçar desviando o olhar, mas Mingi percebeu e riu.
— Você fica tão lindo quando fica envergonhado… — disse Mingi, passando os dedos pelo queixo de S/N e levantando seu rosto para olhá-lo nos olhos. — Mas você sabe que estou falando sério, né? Eu não me importo com o que vão dizer, desde que você esteja comigo.
As palavras sinceras do namorado fizeram o coração de S/N apertar. Ele sabia o quanto o mundo deles podia ser cruel, o quanto as expectativas dos fãs e da indústria eram sufocantes. Mas, mesmo assim, ali estava Mingi, disposto a enfrentá-las por ele. Era uma promessa silenciosa, um voto de amor inabalável que os ligava ainda mais.
— Você é mesmo um bobo… — S/N murmurou, mas seu sorriso era tão brilhante quanto o próprio sol. Ele se inclinou e depositou um beijo rápido nos lábios de Mingi. — Mas é o meu bobo.
Mingi riu alto, aquele som contagiante que fazia S/N esquecer todos os problemas do mundo. Antes que pudessem aproveitar mais do momento, uma batida na porta os fez se afastarem rapidamente, ajustando as roupas e tentando parecer minimamente profissionais.
— Vocês dois estão prontos? O ensaio vai começar em dois minutos! — gritou alguém do outro lado.
Mingi deu uma última olhada para S/N, um sorriso cúmplice dançando em seus lábios.
— Isso não acaba aqui. Vou te agarrar de novo quando tiver chance.
— Vou estar esperando — respondeu S/N, piscando para ele antes de sair pela porta.
E assim eles seguiram, equilibrando o mundo caótico ao seu redor com o amor que compartilhavam, um momento de cada vez.
Mas se havia uma coisa que S/N nunca sabia como reagir desde que aceitou namorar aquele homem fofo, era aos incontáveis presentes que Mingi lhe dava. Não importava a ocasião, ou mesmo a ausência dela. "Mimos para o meu neném", Mingi sempre anunciava com um sorriso orgulhoso, como se estivesse entregando ao mundo o presente mais precioso.
E não eram coisas simples, oh não. Desde flores raras a joias delicadas, passando por roupas de marcas exclusivas ou até coisas aparentemente banais, como um chaveiro que S/N mencionara casualmente ter achado fofo semanas antes. Mingi lembrava de tudo, cada pequeno detalhe, e fazia questão de demonstrar isso em cada presente.
Certa vez, ao chegar no dormitório após um longo dia, S/N encontrou uma enorme caixa na cama, embalada em um papel brilhante com um laço azul. Ele hesitou antes de abrir, já imaginando o que poderia ser dessa vez.
Dentro, havia uma jaqueta de couro preta, daquelas que ele havia visto em uma vitrine durante uma viagem com Mingi. Na época, ele apenas elogiara o corte e a qualidade, dizendo que era "bonita demais para o seu bolso". Mingi, no entanto, obviamente pensou diferente.
— Você gostou? — A voz familiar de Mingi soou atrás dele, cheia de expectativa. S/N se virou, encontrando o namorado encostado na porta, com aquele sorriso bobo que sempre o fazia derreter.
— Mingi… isso é demais. Eu não precisava de nada disso — S/N respondeu, segurando a jaqueta com cuidado, como se fosse algo frágil.
— Mas eu queria dar. Você merece tudo isso e muito mais — respondeu Mingi, aproximando-se para segurar as mãos de S/N. — Cada vez que vejo algo que me faz pensar em você, eu não consigo evitar. Quero que você tenha tudo o que há de bom no mundo.
S/N sentiu as bochechas esquentarem, o coração batendo mais forte. Ele sabia que Mingi falava sério. Sempre falava sério quando se tratava de demonstrar o que sentia, fosse em palavras ou gestos.
— Você é impossível — murmurou S/N, um sorriso tímido escapando. Ele se aproximou e envolveu os braços ao redor da cintura de Mingi, encostando o rosto em seu peito. — Mas eu te amo mesmo assim. E não é por esses presentes, sabia?
Mingi riu, aquela risada calorosa que fazia S/N esquecer do mundo lá fora. Ele passou os braços ao redor do namorado, apertando-o com cuidado.
— Eu sei, neném. Mas deixa eu te mimar, tá? É o meu jeito de mostrar o quanto eu te amo.
S/N apenas suspirou, apertando o abraço. Ele sabia que não poderia mudar o jeito de Mingi, mas, secretamente, adorava ser tão amado assim.
Os outros membros do ATEEZ sabiam do relacionamento entre Mingi e S/N, e apoiavam os dois de todo o coração. Eles eram como uma segunda família para o casal, sempre cuidando e protegendo-os nos momentos difíceis. Mas, claro, isso não significava que os dois escapavam de serem alvos de piadas. Pelo contrário, a amizade sólida do grupo tornava as brincadeiras ainda mais frequentes — e hilárias.
Hongjoong, sendo o líder, era geralmente o primeiro a começar as provocações.
— Mingi, você acha que consegue passar um dia sem mimar o S/N? Ou seu coração vai parar de funcionar? — perguntava, cruzando os braços e arqueando uma sobrancelha teatralmente.
— Olha, Hongjoong, você está com ciúmes? — Mingi devolvia, com um sorriso desafiador.
San, sempre o mais energético, adorava brincar com o fato de que Mingi era completamente dependente de S/N para manter a calma.
— Ei, S/N, posso te contratar como terapeuta do grupo? O Mingi é um amor quando você está por perto, mas sem você… — San fazia uma pausa dramática, jogando as mãos para o ar. — Uma criança mimada, basicamente.
Yeosang, com seu humor seco, raramente perdia a chance de provocar.
— S/N, parabéns por carregar o coração de Mingi e sua paciência nas costas. Deve ser um treino pesado — dizia, enquanto mordia um pedaço de biscoito com toda a tranquilidade do mundo.
Até Wooyoung, que vivia espalhando amor, adorava fazer comentários provocativos.
— Mingi, você é tão agarrado ao S/N que, sinceramente, eu acho que deveríamos começar a cobrar aluguel. O dormitório está praticamente virando um anexo do quarto dele.
Mingi, por sua vez, nunca se deixava abater pelas brincadeiras. Ele ria junto e até respondia com bom humor, sempre segurando a mão de S/N ou puxando-o para mais perto.
— Podem falar o que quiserem, mas no final do dia, quem tem o melhor namorado sou eu — dizia ele, piscando para os outros.
S/N, mesmo envergonhado com as provocações, sabia que tudo era feito com carinho. Ele adorava o fato de que os membros do ATEEZ não apenas aceitavam o relacionamento deles, mas também faziam questão de garantir que ambos se sentissem à vontade para serem eles mesmos.
S/N, mesmo envergonhado com as constantes provocações, sabia que tudo era feito com carinho. Ele adorava o fato de que os membros do ATEEZ não apenas aceitavam o relacionamento dele com Mingi, mas também faziam questão de apoiar os dois em todas as ocasiões. E quando ele dizia todas, era literalmente todas. Afinal, tinha sido o grupo inteiro que organizara o pedido de namoro exageradamente elaborado de Mingi.
Era impossível esquecer aquele dia. Mingi, sendo o gigante sensível e apaixonado que era, insistiu que o pedido precisava ser perfeito e marcante, algo que S/N nunca se esqueceria. Ele, obviamente, envolveu todos os membros do ATEEZ no plano, cada um assumindo uma tarefa específica para garantir que tudo corresse bem.
Hongjoong e Yeosang ficaram responsáveis por organizar o local. Eles transformaram o salão de ensaio do grupo em algo mágico, decorando-o com luzes penduradas, pétalas espalhadas pelo chão e um telão que exibia uma montagem de vídeos e fotos de Mingi e S/N juntos — a maioria tirada em segredo pelos próprios membros.
San e Wooyoung cuidaram da música e do clima. Eles prepararam uma playlist com todas as músicas favoritas de S/N e fizeram questão de que o sistema de som fosse impecável. Wooyoung, claro, adicionou uma pitada de drama ao tocar um violino de brinquedo no momento final só para arrancar risadas (e leves xingamentos) de Mingi.
Seonghwa e Jongho assumiram o papel de coordenadores pessoais de Mingi. Eles garantiram que o rapaz estivesse impecável, tanto no visual quanto nos ensaios de fala — embora Mingi, nervoso como estava, tenha repetido a mesma frase pelo menos umas 50 vezes antes de finalmente decorá-la.
No grande dia, tudo saiu exatamente como planejado. S/N foi "sequestrado" por Yunho, que o levou ao local com a desculpa de que os membros queriam sua opinião sobre um novo conceito de coreografia. Ele desconfiou, claro, mas não tinha ideia da surpresa que o aguardava.
Quando entrou no salão, S/N ficou sem palavras. As luzes, a música, as fotos… E no centro de tudo, Mingi, com um buquê de flores gigantesco e um sorriso nervoso no rosto.
— S/N… — começou Mingi, a voz trêmula de emoção. — Eu sei que sou meio exagerado e que, às vezes, posso parecer bobo, mas… você é a melhor coisa que já aconteceu na minha vida. E eu quero que você saiba o quanto eu te amo. Você aceita namorar comigo?
S/N não conseguiu segurar as lágrimas. Ele balançou a cabeça afirmativamente, as palavras engasgando na garganta, enquanto corria para abraçá-lo. Os outros membros explodiram em aplausos e assobios, alguns fingindo enxugar lágrimas dramáticas.
— É claro que eu aceito, seu bobo! — respondeu S/N, entre risos e soluços.
Aquele dia ficou marcado não só como o início oficial do relacionamento deles, mas também como mais uma prova de que Mingi e S/N tinham um amor que não apenas sobrevivia ao caos do mundo dos idols, mas florescia com o apoio das pessoas ao redor. E, claro, também como o dia em que o ATEEZ descobriu que, se não fossem idols, poderiam muito bem trabalhar como organizadores de eventos românticos.
Os momentos a sós entre Mingi e S/N, mesmo que raros pelos sete problemas que sempre estavam à espreita, eram intensos. Mingi, apesar de todo o seu jeito carinhoso e brincalhão na frente dos outros, mostrava um lado completamente diferente quando estavam sozinhos. Era como se toda a ternura e adoração que ele tinha por S/N se transformasse em um desejo avassalador, algo que ele não conseguia — e nem queria — conter.
Na tarde em que todos os outros membros saíram para visitar suas famílias ou apenas descansar, S/N e Mingi decidiram ficar no dormitório. Era uma pausa rara, um tempo para estar juntos sem a pressão das agendas lotadas e os olhares curiosos de outros. Quando a última porta se fechou, deixando-os sozinhos, Mingi não perdeu tempo. Ele imediatamente avançou em direção a S/N, prendendo-o contra a parede com um movimento rápido e firme.
O corpo de Mingi pressionou o de S/N, fazendo seus corações baterem mais rápido, enquanto suas bocas se fundiam em um beijo ardente. Mingi podia sentir o gosto do sorvete que S/N tomava distraidamente momentos antes, misturado com o sabor doce da adrenalina. As mãos de Mingi começaram a explorar avidamente, tocando cada centímetro de pele que conseguia alcançar, seus dedos deixando um rastro quente e urgente.
— Porra, S/N — Mingi rosnou contra seus lábios, a voz áspera de desejo e necessidade. — Eu queria isso há tanto tempo.
A resposta de S/N foi um suspiro baixo e tremido, que fez Mingi gemer em resposta, intensificando ainda mais o desejo que queimava dentro dele. Suas mãos desceram pelas costas de S/N, deslizando por debaixo da camisa, acariciando a pele suave, sentindo os músculos tensos e a respiração acelerada do namorado. Cada toque parecia fazer o calor entre eles crescer, até que já não havia mais espaço entre os corpos, apenas a troca frenética de beijos e carícias.
— Mingi… — S/N sussurrou, seus dedos se enterrando na nuca de Mingi, puxando-o ainda mais para si, seu corpo já queimando com o desejo crescente. — Se alguém voltar…
Mas antes que S/N pudesse terminar a frase, Mingi o interrompeu, sua voz rouca e carregada de urgência:
— Ninguém vai voltar, meu amor. Relaxa, e agora me deixa fazer você se sentir bem.
S/N arqueou-se para ele, suas próprias mãos trabalhando freneticamente no cinto de Mingi, desesperadas para chegar à dureza que se esforçava contra seu zíper. O mais alto o ajudou, dedos impacientes fazendo um trabalho rápido na fivela, empurrando suas calças para baixo apenas o suficiente para libertar seu pau dolorido.
— Por favor. — S/N choramingou, seus olhos escuros de luxúria enquanto ele encarava o comprimento impressionante do namorado. — Eu preciso de você dentro de mim, amor…
Mingi engoliu em seco, seu próprio desejo quase o dominando. Ele se abaixou, envolvendo uma mão em volta da garganta do garoto, apertando apenas o suficiente para fazê-lo ofegar.
— Você quer tanto assim meu pau? — Ele ronronou, esfregando os quadris contra os de S/N, deixando-o sentir o quão duro ele estava.
S/N assentiu freneticamente, sua respiração saindo em ofegos curtos e agudos.
— Sim, porra, Minho. Me come… Eu preciso tanto…
Mingi rosnou, atacando a boca de S/N em outro beijo contundente. Então ele estava empurrando S/N para baixo sobre seus joelhos, suas mãos agarrando o cabelo do garoto enquanto ele o guiava para seu pau.
— Chupe. — Ele ordenou. — Faça bem gostoso…
S/N não hesitou, sua boca envolvendo o eixo grosso de Mingi, sua língua girando ao redor da cabeça, saboreando o pré-gozo salgado vazando da ponta. Mingi gemeu, sua cabeça caindo para trás enquanto S/N o chupava com habilidade especializada, seus lábios e língua o deixando louco de prazer.
— Porra, assim mesmo. — Mingi arfou, seus quadris balançando para frente, fodendo a boca do namorado. — Você consegue engolir todo meu pau, não é? Tenho tanto orgulho de você por isso, amorzinho…
S/N gemeu ao redor dele, as vibrações enviando ondas de choque de êxtase pelo corpo de Mingi. Ele podia sentir-se chegando cada vez mais perto do limite, a pressão aumentando em suas bolas, implorando por liberação.
Mas ele se afastou antes que pudesse gozar, seu pau escorregando dos lábios de S/N com um estalo molhado.
— Chega, na sua boca não, baby. — Ele rosnou, puxando S/N para seus pés e girando-o, curvando-o sobre o encosto do sofá. — Eu preciso estar dentro de você.
S/N se apoiou contra as almofadas, sua bunda alta no ar, suas pernas abertas em convite. Mingi não conseguiu resistir, untando seus dedos com lubrificante que sabe sei lá deus de onde ele tirou e pressionando-os contra o cuzinho do namorado. Ele os trabalhou lentamente, alongando-o, preparando-o para o que estava por vir.
— Porra, você está tão apertado, relaxe pra mim, ok, hum? — Mingi gemeu, seus dedos bombeando para dentro e para fora, curvando-se para atingir o ponto de S/N. — Mal posso esperar para sentir você em volta do meu pau.
S/N gemeu, arqueando as costas, jogando a cabeça para trás em prazer.
— Por favor, amor. — Ele implorou, sua voz alta e desesperada. — Eu preciso de você. Eu preciso do seu pau.
Mingi obedeceu, retirando os dedos e substituindo-os pela cabeça grossa do seu pau. Ele empurrou para frente, rompendo a entrada de garoto, sibilando com a tensão requintada.
— Caralho, meu amor. Quanto tempo faz que eu te fodi desde a ultima vez? Você está me esmagando… — Ele grunhiu, centímetro por centímetro desaparecendo dentro do namorado.
Quando ele finalmente estava completamente dentro, Mingi fez uma pausa, dando a S/N um momento para se ajustar. Então ele começou…
As mãos de Mingi agarraram os quadris de S/N com força, puxando-o de volta para seu pau duro e pulsante toda vez que ele se afastava. O garoto gemeu, suas costas arqueando, sua bunda esfregando contra a pélvis do namorado.
— Porra, meu amor, sua bunda é tão gostosa. — Mingi gemeu, seus quadris estalando para frente, enfiando seu pau mais fundo no calor apertado.
As mãos de S/N se fecharam nas almofadas do sofá, seus nós dos dedos ficando brancos enquanto ele se derretia contra as estocadas implacáveis do mais alto. O som obsceno de pele batendo contra pele encheu o quarto, misturando-se aos gemidos lascivos de S/N e aos grunhidos de prazer de Mingi.
Mingi se inclinou sobre as costas de S/N, seu peito pressionando contra os ombros dele seus dentes afundando no pescoço, a pele macia enchendo sua boca.
— Você gosta disso, baby? — Ele rosnou, sua voz abafada contra a pele. — Você gosta de sentir meu pau tão fundi?
— Sim, — S/N arfou, sua cabeça jogada para trás, seus olhos apertados em êxtase. — Deus, sim, Mingi. Mais forte. Fode mais forte.
E ele obedeceu, seus quadris pulsando mais rápido, seu pau martelando na próstata de S/N com precisão brutal. Os gemidos de do garoto ficaram mais altos, mais desesperados, seu corpo tremendo com a força de seu orgasmo iminente.
Mingi podia sentir sua própria liberação crescendo, suas bolas se contraindo, seu pau pulsando e pulsando dentro do calor aveludado.
— Vou gozar… — Ele avisou, sua voz tensa. — Vou te encher com a minha porra, baby.
— Por favor… — Soluçou o outro, seus dedos arranhando as almofadas. — Por favor, amor. Goze em mim. Eu quero sentir você.
Com um rugido, o mais altto enterrou-se até o punho, seu pau explodindo dentro do namorado, pintando suas paredes internas com grossas e quentes cordas de gozo.
Ele amava explorar cada pedacinho do corpo de S/N, conhecendo suas reações como se fosse uma melodia única que apenas ele sabia tocar. Cada gemido, cada suspiro arrancado dos lábios de S/N era um troféu, uma prova de que ele sabia exatamente como agradar o namorado. E, por mais que o excesso de trabalho e a rotina agitada muitas vezes os esgotassem, esses momentos de intimidade eram um escape, uma forma de se reconectarem em meio ao caos de suas vidas.
— Você é tão lindo assim — Mingi murmurava, a voz rouca e carregada de desejo, enquanto explorava o pescoço de S/N com beijos e mordidas suaves.
Era mais do que apenas desejo físico; era uma entrega completa, como se, naquele instante, só existissem eles dois no mundo. Mingi o fazia sentir como se estivesse no céu, como se nada mais importasse além do calor dos corpos colados, do toque urgente e das palavras murmuradas entre beijos ofegantes.
— Você é tudo pra mim, S/N — Mingi disse, como se quisesse que ele entendesse a profundidade de suas palavras.
E, naquele momento, S/N sabia que não havia lugar mais seguro ou mais especial do que nos braços de Mingi, onde ele podia ser ele mesmo, amado e desejado de corpo e alma.
Enquanto o casal estava completamente absorto um no outro, a porta do dormitório se abriu de repente, e uma voz conhecida ecoou pela sala.
— Por Deus! — gritou Yunho, cobrindo os olhos com uma das mãos. — Vocês podiam, pelo menos, ter usado o quarto, né?
Mingi e S/N congelaram no mesmo instante, o momento de pura paixão interrompido de forma brutal. Mingi virou a cabeça lentamente, um misto de choque e irritação estampado em seu rosto, enquanto S/N rapidamente tentou esconder seu rosto contra as almofadas, o rosto vermelho como um tomate. Mingi ainda estava dentro dele… Por Deus.
Yunho, claramente desconfortável, balançava a cabeça dramaticamente.
— Nunca mais vou conseguir me sentar nesse sofá! — continuou ele, apontando para o móvel com um olhar teatral de horror. — Vou ter que pedir para a empresa mandar outro. Talvez até redecorar o dormitório inteiro…
— Yunho! — Mingi finalmente conseguiu responder, a voz ainda rouca. — Você não bate na porta, não?
— Ah, desculpa por não bater na porta do MEU próprio dormitório! — Yunho retrucou, claramente se divertindo com a situação. — Eu só vim buscar meu carregador. Não sabia que ia encontrar uma cena de… — ele fez um gesto vago com a mão — filme romântico proibido aqui.
S/N, ainda tentando evitar encarar Yunho diretamente, murmurou baixinho:
— A gente pensou que ninguém mais ia voltar…
— Pois é, acharam errado! — Yunho respondeu, finalmente pegando o carregador e se dirigindo para a porta. — Mas podem ficar tranquilos, já estou indo embora. Só, por favor, sejam menos… criativos com os móveis da próxima vez, ok?
Com isso, ele fechou a porta atrás de si, mas não sem antes soltar uma última provocação:
— Boa sorte, sofá. Você vai precisar!
Assim que ficaram sozinhos novamente, Mingi suspirou, esfregando a mão na testa enquanto S/N afundava no sofá, completamente envergonhado.
— Isso foi… um desastre. — murmurou S/N.
— Não foi tão ruim assim. — Mingi tentou consolar, mas até ele não conseguiu segurar uma risada nervosa. — Acho que o Yunho nunca mais vai esquecer disso… e nem a gente.
A breve interrupção de Yunho, embora embaraçosa, não abalou nem um pouco a determinação de Mingi. Se algo, parecia apenas intensificar sua vontade de aproveitar cada segundo ao lado de S/N. Ele riu da reclamação sobre o sofá, e logo voltou sua atenção completa para o namorado, seus olhos brilhando com desejo.
— Onde estávamos mesmo? — Mingi perguntou com um sorriso travesso, seu pau já duro novamente pois S/N tinha se mexindo desconfortavelmente com a presença de Yunho enviando ondas deliciosas por todo o corpo de Mingi. Ele inclinando-se para beijar as costas de S/N, que ainda estava um pouco sem graça.
E assim, o restante dos dois dias se tornou uma maratona de foda, como se Mingi quisesse saber até onde S/N conseguiria aguenta-lo.Ele fodeu S/N no sofá "amaldiçoado" até a cozinha, o quarto e até a varanda — não havia espaço que deixasse S/N escapar do pau de Mingi.
Cada momento juntos era único, uma dança entre beijos quentes, toques carinhosos e risadas compartilhadas. Eles se esqueceram do tempo, das preocupações e até mesmo do mundo lá fora. Mingi fazia questão de mostrar a S/N o quanto o amava, de todas as maneiras possíveis, com palavras sussurradas e ações que falavam ainda mais alto, literalmente.
— Você é meu tudo, S/N — Mingi disse enquanto passava os dedos gentilmente pelo cabelo bagunçado do namorado, os dois descansando no chão quente, nus, exaustos mas completamente satisfeitos depois de S/N cavalgar o namorado por quase duas horas sem parar. Mingi ainda estava enterrado fundo dentro dele e S/N… coitadinho… — Eu não preciso de mais nada, só de você.
S/N sorriu com o rosto cansado. Ele sabia que esses momentos eram raros e preciosos, e o jeito como Mingi o fazia sentir-se especial, desejado e amado era algo que ele jamais trocaria por nada no mundo.
E mesmo quando os outros membros voltaram, encontrando um dormitório que, de alguma forma, parecia diferente — talvez mais "quente" do que lembravam —, Mingi não demonstrou um pingo de culpa. Ele apenas deu de ombros quando Yunho olhou para ele com um olhar acusador.
— O sofá sobreviveu — Mingi disse com um sorriso travesso, cruzando os braços e se apoiando no encosto do mesmo. — E eu diria que S/N também.
— Mingiiii! — S/N gritou, o rosto instantaneamente corando, enquanto suas mãos pequenas voavam para cobrir a boca do namorado.
Os membros do ATEEZ, que já estavam desconfiados de algo, imediatamente voltaram seus olhares para S/N. A expressão de pura vergonha do menor entregava tudo o que precisavam saber. E foi o suficiente para começar a enxurrada de piadas.
— Dois dias?! Por Deus, Mingi, dá um descanso pro garoto! — San exclamou, fingindo uma expressão de pena enquanto batia levemente nas costas de S/N.
— Eu honestamente pensei que só o sofá tinha sofrido… mas parece que o verdadeiro sobrevivente foi o S/N! — Yunho acrescentou, rindo tanto que mal conseguia terminar a frase.
— Será que ele conseguiu dormir? Ou você nem deixou isso acontecer, Mingi? — Jongho provocou, cruzando os braços e arqueando uma sobrancelha, claramente se divertindo com a situação.
Até Seonghwa, normalmente mais contido, soltou uma risada baixa antes de balançar a cabeça.
— Mingi, você vai acabar matando o garoto desse jeito.
Enquanto isso, S/N apenas se afastou do grupo e se jogou no sofá, a vergonha estampada em cada centímetro de seu rosto. Ele tentava rebater as provocações, mas as palavras simplesmente não saíam, especialmente quando até Hongjoong entrou na brincadeira, batendo palmas e dizendo:
— S/N, você é oficialmente nosso herói. Se sobreviver a isso não te der uma medalha, nada mais vai dar!
Mingi, por outro lado, parecia se divertir com a situação, indo até o namorado e abraçando S/N pela cintura e puxando-o para mais perto.
— Ei, não culpem só a mim. Vocês não têm ideia de como ele é irresistível quando estamos sozinhos.
— MINGIIII! — S/N gritou novamente, escondendo o rosto nas mãos, enquanto todos no dormitório caíam na gargalhada.
Era embaraçoso, sem dúvida, mas no fundo, S/N sabia que tudo aquilo era feito com carinho. Afinal, ele não trocaria aqueles momentos caóticos por nada.
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Imagine Soobin

Choi Soobin acordou num sobressalto, ainda meio desorientado, ao ouvir o barulho repentino das garotas de sua classe murmurando e soltando gritinhos estridentes. Seus olhos piscaram enquanto tentava entender o que estava acontecendo, e logo os sussurros passaram a fazer sentido. "Ele é lindo", "Será que ele tem namorada?", "Ele malha?" — as vozes ecoavam ao redor, enchendo a sala de uma energia inquieta.
Com uma leve careta de irritação, Soobin finalmente percebeu o motivo da comoção. Parado na frente da classe, com uma expressão calma e um leve sorriso nos lábios, estava um garoto. Boa altura, com os cabelos perfeitamente arrumados e uma presença que o fazia parecia ser o centro das atenções instantaneamente. Soobin revirou os olhos, já prevendo o que viria a seguir. Mais um daqueles "príncipes encantados" que as garotas adoravam idolatrar. Ele suspirou, tentando ignorar o burburinho ao seu redor.
O garoto se apresentou com um sorriso suave nos lábios:
— Oi, eu sou S/N, por favor cuidem de mim — disse, fazendo uma reverência educada.
As garotas explodiram em mais risinhos animados, e Soobin, que estava tentando ignorar tudo, notou pelo canto do olho que não eram apenas as meninas que se impressionaram. Alguns garotos também se derretiam pelo novo aluno, trocando olhares admirados entre si, enquanto S/N continuava ali, parado como um palerma na visão de Soobin. Ele revirou os olhos, soltou um suspiro irritado e voltou a deitar a cabeça na mesa, decidido a ignorar toda aquela futilidade.
"Por que tanto alvoroço?", pensou, frustrado. Com sorte, talvez ele conseguisse voltar a dormir e continuar aquele sonho com Nayeon, sua idol favorita, do qual fora abruptamente arrancado minutos atrás.
— Há um lugar vago ao lado do Sr. Choi. Você pode se sentar lá, S/N. Seja bem-vindo — anunciou o professor, apontando para a carteira vazia ao lado de Soobin.
Soobin ouviu o nome ser mencionado, mas não moveu um músculo, ainda com a cabeça encostada na mesa. "Ótimo…", ele pensou com sarcasmo, sentindo o peso do olhar de todos na sala enquanto o novo aluno, S/N, se movia em sua direção. Ele apenas fechou os olhos, tentando ignorar a nova companhia e se concentrar em voltar ao seu sonho com Nayeon.
O professor começou a dar sua matéria, o som de sua voz preenchendo a sala, mas Soobin ainda estava de cabeça baixa, tentando ignorar a presença de S/N ao seu lado. No entanto, logo sentiu algo diferente. Um sussurro suave chegou aos seus ouvidos.
— Olá.
Soobin levantou o rosto, irritado por ser interrompido de novo, mas não estava preparado para o que aconteceu a seguir. S/N havia se inclinado para mais perto do que ele imaginava, e seus rostos ficaram a poucos centímetros de distância. Seus olhos se encontraram de forma intensa, e por um momento, Soobin sentiu o mundo ao seu redor desacelerar.
Uma sensação nova, algo que ele nunca havia experimentado antes, tomou conta dele. Era como se o ar tivesse ficado mais pesado, carregado de algo indefinido, mas ao mesmo tempo, impossível de ignorar. O olhar de S/N parecia penetrar direto em sua alma, e Soobin sentiu seu coração acelerar de forma inexplicável.
S/N manteve o olhar firme nos olhos de Soobin e depois de um breve silêncio, murmurou baixinho:
— Você tem uma caneta? Acho que esqueci meu estojo…
A voz de S/N, tão próxima e suave, provocou um calafrio imediato em Sobin. Ele sentiu um arrepio subir pela espinha, e seu corpo inteiro ficou tenso. O som íntimo e quase sussurrado da voz de S/N fez seu coração disparar. Respirando fundo, Sobin tentou se recompor, desviou o olhar e, com as mãos trêmulas, começou a vasculhar sua mochila. Finalmente, ele pegou uma caneta e, sem conseguir evitar uma breve troca de olhares, a entregou a S/N em silêncio.
Pelo resto da aula, Soobin tentou a todo custo ignorar aquela sensação esquisita que havia tomado conta dele. O calafrio provocado pela voz de S/N ainda parecia presente, mesmo depois de ter lhe entregado a caneta. Ele manteve a cabeça baixa o tempo todo, evitando qualquer contato visual, concentrando-se em não levantar os olhos para o lado onde S/N estava sentado.
Mas, por mais que tentasse, o pensamento sobre aquele momento estranho e a proximidade do novo aluno continuava voltando, perturbando sua concentração.
Mas naquela mesma noite, enquanto ele dormia calmamente em seus lençóis confortáveis…
— Você prefere quando eu faço assim? — S/N pergunta segurando o membro de Soobin entre os dedos usando o mesmo tom suave e erótica que tinha mexido com ele. Soobin consegue assentir sentindo seu pau doer com o aperto que o outro garoto mantinha sobre ele.
S/N estava ajoelhado entre suas pernas e Soobin que observava o rosto corado do garoto de cima, a boca dele levemente aberta se aproximando da ponta de seu pau com resquícios de pré-gozo e cuspe nos cantos do tempo que eles já estavam naquilo. Quando os lábios de S/N encontra a cabeça rosada do pau de Soobin ele solta um gemido arrastado que se intensificou ainda mais quando o garoto abaixo seguiu com movimentos cada vez mais rápidos
Ele estava no céu, claro que ele já tinha sido chupado por uma garota um tempo antes daquilo, mas definitivamente estava sendo muito melhor. S/N era um profissional usando suas mãos e garganta ao mesmo tempo para proporcionar o máximo de prazer que Soobin poderia aguentar.
— S/N, eu vou…
S/N afastou a boca por um segundo olhando bem fundo nos olhos de Soobin enquanto continuava seus movimentos com ambas as mãos.
— Onde você quer gozar? Na minha boquinha ou na minha cara? — S/N bateu com o membro de Soobin contra o rosto dando pequenas lambidinhas na extensão, e caralho, aquilo tinha sido a coisa mais safada que alguém já tinha feito com seu pau.
— Posso encher esse seu rostinho de porra? — Ele pergunta segurando as o queixo de S/N e se levantando da beirada da cama logo em seguida assumindo os movimentos em seu próprio pau, mas não sem antes de dar mais duas batidinhas contra a bochecha esquerda do garoto com toda sua extensão.
— Pode fazer o que quiser comigo Soobi…
Aquelas palavras…, por deus…
Soobin sentiu uma onda de excitação crescendo dentro dele, enquanto suas pernas tremiam ligeiramente. Ele estava completamente imerso na onda de prazer que S/N tinha criado sobre ele. Cada respiração se tornava mais profunda e mais rápida, e…
O mais alto gemeu jogando a cabeça para trás. Fios de esperma foram despejados no rostinho perfeito de S/N.
E antes que mais alguma coisa pudesse acontecer…
Soobin acordou num sobressalto, com o coração disparado e a mente confusa. O que tinha acabado de acontecer? Ele mal podia acreditar que tinha sonhado com um garoto que acabara de conhecer. O rosto de S/N, manchado de seu esperma, ainda estava vívido em sua mente, e as baixarias do sonho o deixou atordoado.
Sentou-se na cama observando sua ereção que doía ao se pressionar contra o short de dormir. Era só um sonho, mas por que parecia tão real?
Soobin esfregou o rosto com as mãos, tentando se acalmar. "Isso não pode ser verdade", pensou, olhando pela janela e tentando se distrair com o mundo lá fora. Mas a imagem de S/N continuava a flutuar em sua mente, fazendo seu rosto esquentar. Isso definitivamente não podia acontecer de novo…
Mas aconteceu.
Durante o mês inteiro que se seguiu desde a chegada de S/N, Soobin estava enlouquecendo. Os sonhos apareciam toda noite, cada um mais intenso que o anterior. Em alguns deles, S/N o chupava com aquela boca perfeita. Em outros Soobin o fodia em posições que ele nem ao menos conhecia, mas seus favoritos, e ele nunca admitiria isso, eram os que S/N cavalgava seu pau com vontade, sentando forte até os quadris de Soobin estarem doendo pelos impactos.
Ele era um pervertido, e estava com um grande problema. Soobin não conseguia parar de pensar em S/N, e esses pensamentos frequentemente se tornavam mais ousados do que ele gostaria de admitir. Cada olhar, cada sorriso, o fazia imaginar cenários que o deixavam inquieto.
As noites eram especialmente desafiadoras. Após os sonhos repetidos e vívidos, Soobin se via emaranhado em sentimentos de desejo e culpa. Ele sabia que era apenas um garoto que estava começando a entender sua sexualidade, tinha aceitado isso, mas S/N despertava nele uma curiosidade que o deixava em conflito.
Soobin tentava se distrair com estudos e atividades nas aulas, mas a insistência de S/N em eles serem amigos, não estava ajudando… Ele se pegava pensando em como seria estar mais próximo, como seria tocar a pele dele de verdade, ou ouvir sua risada de perto. Esses pensamentos o deixavam nervoso, e ele se sentia envergonhado por desejar algo que, até então, nunca havia sentido por nenhum garoto.
Com o tempo, Soobin tinha achado uma maneira de se controlar perto de S/N. Eles estavam desfrutando de uma amizade saudável, cheia de risadas e conversas descontraídas diferente do climão entre eles nos primeiros dias, sem qualquer evento estranho que os deixasse desconfortáveis. No entanto, essa calmaria foi colocada à prova quando S/N sugeriu que eles fizessem um trabalho do professor Yoohan em dupla na casa de Soobin.
A ideia de passar um tempo a sós com S/N deixou Soobin em um estado de alerta. Ele se forçou a parecer tranquilo, mas sua mente estava em frenesi, pensando em todas as possíveis situações que poderiam acontecer. A expectativa de ter S/N em sua casa, a possibilidade de toques acidentais e a intimidade do ambiente o deixaram ansioso.
Ele estava ferrado…
Soobin abriu a porta de casa com as mãos tremendo, os dedos quase escorregando na maçaneta. Ele mal conseguia controlar o nervosismo que o dominava a cada segundo, como se a simples presença de S/N poucos centímetros ao seu lado dele fosse capaz de fazê-lo gozar ali mesmo. Claro que o pau de Soobin estava duro e ele tentava com todo esforço esconder esse detalhe.
Ele entrou na casa, ainda sem coragem de olhar para S/N, que o seguia de perto. O som de passos atrás de si fazia o coração de Soobin bater mais rápido.
— Mãe, trouxe um amigo — disse Soobin, a voz um pouco mais firme do que suas mãos trêmulas. — Vamos fazer um trabalho para a aula de química.
Ele tentou soar natural, mas o peso da presença de S/N tão perto dificultava a tarefa de manter a calma. Sua mãe, que estava na cozinha preparando algo, gritou de volta:
— Certo, querido! Precisa de alguma coisa?
— Não, estamos bem. Vamos para o meu quarto, tudo bem?
Sua mãe apenas murmurou algo afirmativo, e Soobin fez um gesto rápido com a cabeça, indicando para S/N segui-lo até o quarto.
— Está tudo bem, Soobi? — S/N perguntou quando chegaram no andar de cima. Apenas o som da voz de S/N chamando-o pelo mesmo apelido do sonho fez seu pau se pressionar contra a calça do uniforme escolar. Choi Soobin era um patético pervertido!!
Soobin se virou lentamente, seu olhar finalmente encontrando o de S/N. Ele respirou fundo, tentando acalmar os pensamentos pervertidos que corriam soltos em sua mente.
— Eu… eu estou bem — gaguejou, tentando soar convincente. — Só preciso usar o banheiro rapidinho, esse é meu quarto, pode ir organizando as coisas, por favor.
Ele apontou para a porta do quarto logo à frente enquanto, sem esperar por uma resposta, praticamente correu para o banheiro, fechando a porta atrás de si. Ele se apoiou na pia, olhando para o próprio reflexo no espelho. Seu rosto estava levemente corado, e ele se sentia como um virgem preso com a garota mais gostosa da sala. "Por que eu estou assim, é só o S/N?", pensou, encarando a protuberância entre as pernas. "Eu só preciso focar no trabalho… é só um trabalho de química", repetiu para si mesmo, tentando se convencer.
Do outro lado da porta, ele sabia que S/N estava no seu quarto, organizando os livros e materiais, completamente alheio à confusão interna de Soobin. Ele molhou o rosto com água fria, respirando fundo, tentando se acalmar antes de voltar para o quarto.
Era só um trabalho, afinal… ou pelo menos era isso que ele tentava acreditar.
Soobin respirou fundo mais uma vez, sentindo a água fria escorrer pelo rosto, ele se encarou no espelho por alguns segundos, como se esperasse que aquilo o ajudasse a se recompor.
"É só um trabalho", repetiu mentalmente. Mas, no fundo, sabia que não era apenas isso. Algo em S/N mexia com ele de uma forma que ele nunca tinha experimentado antes. A proximidade, os olhares trocados, e até a simples presença de S/N o deixavam inquieto, excitado, confuso.
Secou o rosto com a toalha, tentando deixar de lado aquele nervosismo e, finalmente, saiu do banheiro.
Mas quem quer que fosse o deus que governava o cosmos, com toda certeza odiava Soobin…
Quando ele voltou para o quarto, seus olhos se depararam com uma visão que fez seu sangue gelar. S/N estava deitado em sua cama, se contorcendo levemente, como se estivesse apenas se ajeitando. A blusa dele tinha subido um pouco, revelando uma porção de sua cintura, a pele suave visível sob a luz fraca do quarto. Seus olhos estavam fechados, e seu rosto exibia uma expressão serena, com uma sugestão de sorriso nos lábios, como se estivesse sonhando com algo agradável.
Soobin sentiu o chão desaparecer sob seus pés por um breve instante. Ele engoliu em seco, tentando desviar o olhar, mas não conseguia. Seu coração parecia um tambor dentro do peito, e sua mente se recusava a focar em qualquer outra coisa que não fosse a figura de S/N em sua cama.
"Por que ele tem que fazer isso comigo?" Soobin pensou, a irritação se misturando com a excitação dentro dele. Não que S/N estivesse fazendo algo de propósito, mas a proximidade, a forma como ele parecia relaxado e à vontade, deixava Soobin ainda mais nervoso e consciente de seus próprios sentimentos.
Ele respirou fundo, tentando se recompor, mas a visão de S/N tão próximo e vulnerável na cama fez com que fosse difícil encontrar o equilíbrio.
— S/N… — murmurou, a voz saindo mais rouca do que ele pretendia.
S/N abriu os olhos lentamente, a expressão de calma permanecendo no rosto, enquanto olhava para Soobin com uma curiosidade suave, como se nada estivesse fora do normal. Soobin sabia que, por mais que tentasse esconder, aquele momento já estava longe de ser apenas sobre um "trabalho de química".
— Sua cama é uma delícia, Soobi… — murmurou S/N com um sorriso sonolento, a voz baixa e tranquila, enquanto se ajeitava mais confortavelmente entre os travesseiros.
Soobin sentiu um arrepio percorrer sua espinha, aquele maldito apelido outra vez…
Ele tentou se manter a compostura, sem querer que a ereção que tinha acabado se sumir voltase com força total, mas tudo parecia ficar mais difícil a cada segundo. O jeito descontraído de S/N, deitado ali na sua cama, como se fosse o lugar mais confortável do mundo, estava mexendo com ele de uma maneira que Soobin não sabia como lidar.
— Ah… que bom que… que você gostou — respondeu Soobin se aproximando dos materiais que S/N tinha organizado na mesinha. Ele tentou focar em qualquer outra coisa — nos livros de química, no relógio na parede, em qualquer coisa que o distraísse da presença de S/N.
S/N riu baixinho, aquele som suave que parecia fazer o peito de Soobin apertar ainda mais. Ele se sentou devagar, ajeitando a blusa que tinha subido um pouco, o sorriso travesso nos lábios quando ele agarrou o braço de Soobin e o puxou para junto dele, na cama
S/N riu baixinho sentando-se devagar, ajeitando a blusa que havia subido, mas com um sorriso travesso nos lábios. De repente, ele agarrou o braço de Soobin com firmeza e, num gesto rápido, o puxou para junto dele na cama.
Soobin se desequilibrou, caindo de lado ao ser puxado. Seu corpo ficou colado ao de S/N, e ele sentiu o calor imediato da proximidade. O coração dele batia forte, cada segundo ao lado de S/N parecia mais surreal. Eles estavam tão perto que Soobin conseguia sentir a respiração calma de S/N contra sua pele, e o calor entre eles parecia aumentar a tensão no ar.
— O que você tá fazendo? — Soobin murmurou, a voz vacilante, tentando manter o controle da situação.
— Relaxa, Soobi — disse S/N, ainda com aquele sorriso travesso. — A gente pode fazer o trabalho depois… agora, só fica aqui comigo um pouco.
Antes que Soobin pudesse protestar ou mesmo processar o que estava acontecendo, S/N se virou de costas para ele, se aconchegando mais perto. Com um movimento suave, S/N incentivou Soobin a passar os braços em volta de sua cintura. Soobin hesitou por um segundo, mas, quase instintivamente, acabou cedendo, sentindo o calor do corpo de S/N contra o seu.
Seu coração batia descontrolado, e ele sentiu uma onda de calor subir pelo rosto, tão intensa que ele pensou que poderia explodir a qualquer momento. Se ele fosse um personagem de anime, com certeza estaria agora em uma daquelas cenas em que o nariz transbordaria sangue.
Cada pequena sensação era amplificada — o toque suave da pele de S/N, a respiração calma, o cheiro leve de seu perfume. Soobin sentia o sangue ser bombeado involuntariamente para o lugar errado, ele estava completamente perdido, incapaz de pensar em qualquer coisa que não fosse o fato de que estava ali, abraçando S/N, a bunda dele tão próxima de seu pau…
— Viu? Não é tão ruim — murmurou S/N, e ao se aconchegar mais perto, sentiu a protuberância de Soobin se pressionar contra sua bunda. O tamanho o pegou de surpresa, mas ele estava tão desesperado por Soobin desde a primeira vez que o viu que aquilo não seria um problema. — Olha só, Soobi… — S/N continuou, sua voz baixa e provocativa. — Parece que você está gostando disso.
Então, S/N começou a fazer movimentos sutis, provocativos, esfregando sua bunda contra o membro vestido de Soobin. A cada movimento, Soobin sentia seu coração disparar ainda mais, a sensação de calor subindo pelo rosto e o desejo tomando conta de sua mente.
— S-S/N…, se você não parar agora…, eu vou… — Soobin gaguejou, lutando para encontrar palavras que fizessem sentido, mas tudo que conseguia pensar era na proximidade e na sensação de estar ali, daquele jeito.
— Vai o quê, Soobi? — S/N provocou, olhando por cima do ombro com um sorriso travesso. — Sua mãe está em casa, lembra? Não podemos fazer muito barulho.
Soobin sentiu o sangue ferver. Ele queria protestar, ele sabia que o garoto estava certo, mas a maneira como S/N claramente o desafiava o deixava completamente sem palavras e o jeito que S/N se movia, provocando-o a cada rebolada em seu membro, estava testando todos os seus limites.
— É sério… — Soobin tentou se firmar, mas a sua voz estava quase inaudível. — Se você continuar assim…
— Se eu continuar assim, o que vai acontecer? — S/N virou-se completamente, encarando Soobin com um olhar brincalhão que desafiava qualquer resistência que ele ainda tentasse manter.
Soobin estava cansado daquele joguinho.
Ele atacou os lábios de S/N com uma urgência que surpreendeu até mesmo a ele. O beijo começou de forma desajeitada, Soobin sentiu um arrepio percorrer seu corpo enquanto S/N reagiu instantaneamente, fechando os olhos e se deixando levar.
A sensação dos lábios de S/N era macia e convidativa. Soobin, um pouco hesitante no início, logo deixou a incerteza de lado e porra, como era bom. Ele pressionou os lábios com mais intensidade, fazendo S/N gemer baixinho em resposta. Esse som enviou uma onda de euforia pela espinha de Soobin, aumentando seu desejo de arrancar cada vez mais sons daquela boca perfeita.
As mãos de S/N deslizaram pelo pescoço de Soobin, puxando-o para mais perto, enquanto a outra mão se apoiava em seu peito. Soobin acabou em cima dele, entre suas pernas determinado a explorar cada canto da boca do garoto, deslizando sua língua suavemente ao longo da linha dos lábios de S/N, pedindo passagem. Quando S/N abriu a boca, a língua dele se encontrou com a de Soobin, e um calor indescritível tomou conta do espaço entre eles.
Finalmente, quando a necessidade de ar se tornou evidente, os dois se separaram lentamente, mas ainda com os lábios quase se tocando, ofegantes e com os rostos próximos. Com a mente enevoada pela excitação, ele moveu sua atenção dos lábios de S/N para seu pescoço, explorando essa nova área com a mesma determinação. Ele começou a beijar suavemente a pele delicada, pressionando os lábios contra a suavidade do pescoço de S/N. A textura da pele dele era quente e convidativa.
— Soobin… — S/N murmurou, enquanto fechava os olhos e se entregava àquela sensação deliciosa.
— Soobi, continue me chamando de Soobi, por favor — A maneira como S/N disse seu nome não o deixou tão excitado quanto o maldito apelido, o que era estranho, pois só uma letra era retirada, mas enfim…
— Claro, Soobi…
— Eu quero te foder S/N, eu quero muito comer você…
— Sua mãe…
— Ela não vai ouvir se você ficar quieto…
Soobin voltou a beijar S/N, e em poucos minutos os dois estavam completamente sem roupas, o pau dele pressionando contra a entrada do outro abrindo caminho contra suas paredes.
— Tão apertado…
Aquela não era a primeira vez de S/N, mas era a primeira com um tão grande. Na primeira estocada ele quase soltou um grito com a dor que o invadia, mas Soobin foi rápido em tapar sua boca com uma das mãos, sem parar as estocadas seguintes nem por um segundo.
— Soobi… — Ele sussurrou contra a mão grande do garoto. — Devagar…
Mas o ritmo de Soobin só aumentava, o prazer tão bom deixava sua mente sem espaço para qualquer outro pensamento, mesmo o do barulho constante das peles se chocando.
— Eu vou gozar…
Soobin anuncia contra o ouvido de S/N e retirando a mão de sua boca, então os gemidos, mesmo que baixos, são libertados. S/N sente que também está perto, mesmo achando que não gozaria sem se tocar.
Então, em um último movimento sincronizado, Soobin e S/N atingiram seu clímax juntos. A onda de prazer os envolveu como uma explosão. Ambos ficaram sem fôlego, ofegantes e surpresos com a intensidade daquele momento. Soobin se retirou de S/N lentamente recebendo mais um gemido e sorriu acariciando o rosto dele.
Os olhares se encontraram e ele viu em S/N não apenas um amigo, definitivamente não mais um amigo…
— Acho que pulamos algumas etapas, mas você quer sair comigo na sexta? Tem um filme novo… — Soobin começou a se atrapalhar nas palavras, sua voz vacilante revelando a ansiedade que sentia.
S/N sorriu amplamente, interrompendo-o:
— Sim! Com certeza, eu adoraria!
O entusiasmo foi abruptamente interrompido pela voz da mãe de Soobin ecoando do andar de baixo:
— Os dois, desçam aqui agora mesmo!
A expressão de S/N mudou, e Soobin sentiu seu coração disparar. Ele trocou um olhar rápido com S/N:
— Será que ela ouviu? — Soobin murmurou, sua voz um pouco trêmula.
— Espero que não… — S/N respondeu, tentando forçar um sorriso tranquilizador. Mas logo eles relaxaram quando a mãe de Soobin continuou:
— Fiz lasanha, está quentinha!
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Imagine Mingyu

Aviso: Omegaverse.
Quando Kim Mingyu entrou no apartamento que dividia com o namorado de longa data, o cheiro denso e doce dos feromônios de S/N o envolveu como uma onda, atingindo todos os seus sentidos de uma vez. Seus músculos enrijeceram, o corpo reagindo de imediato com uma excitação instintiva que só S/N conseguia provocar. Aquele cheiro de cereja com um toque de avelã era tão familiar quanto viciante, uma mistura única que ele aprendera a reconhecer desde o primeiro encontro durante o tour pela universidade que os dois estudaram.
Naquele dia, Mingyu se lembrava de ter visto S/N pela primeira vez, sua presença instantaneamente capturando a atenção de todos ao redor. Como um alfa, ele notou algo diferente no garoto de cabelos desarrumados e sorriso despreocupado. Mesmo sem saber, S/N já irradiava uma aura cativante, que não demorou a torná-lo o centro das atenções assim que pisou no campus. Entre conversas casuais e olhares furtivos, Mingyu se viu cada vez mais atraído pelo ômega que, com tanta naturalidade, havia conquistado a todos.
S/N era charmoso sem esforço, carismático e, acima de tudo, irresistível. E agora, após tanto tempo juntos, Mingyu ainda sentia o mesmo nervosismo percorrer seu corpo toda vez que era envolvido pelo cheiro inconfundível do parceiro. Havia uma conexão profunda entre eles, algo que ia além das expectativas do mundo desigual à sua volta. Mingyu tratava seu ômega com respeito e amor e todos viam o casal como se estivessem predestinados a ficarem juntos desde aquele primeiro encontro deles.
O apartamento, agora impregnado pelos feromônios de S/N, parecia pequeno demais para conter a explosão de desejo que crescia dentro de Mingyu. Ele conhecia bem o ciclo de seu namorado e, ao sentir o cheiro tão forte, percebeu que o cio de S/N havia chegado mais cedo do que o esperado. Seu corpo reagiu de imediato, um misto de preocupação e excitação tomando conta dele. Sem hesitar, Mingyu deixou sua pasta no sofá e afrouxou a gravata, sentindo o calor se intensificar em seu peito. Ele subiu as escadas em direção ao quarto, com os gemidinhos suaves de S/N ficando cada vez mais altos a cada passo. O som doce e vulnerável dos suspiros de S/N fazia o coração de Mingyu acelerar, sabendo que seu namorado precisava tanto dele naquele momento.
Ao chegar a porta, ele parou por um segundo, respirando fundo, pronto para dar a S/N aquilo que ele precisava. Girando a maçaneta Mingyu observou seu ômega encolhido na cama, completamente nu e suado se contorcendo enquanto, com três dedos dentro de si, ele dedilhava sua entrada molhada e com a outra mão segurava a camiseta favorita de exercícios de seu alfa contra o rosto.
Se um lugar como céu existisse, para Mingyu era aquela cama com S/N implorando por ele, a visão do ômega tão vulnerável fez seu pau endurecer por completo.
Ele se aproximou da cama devagar, olhando pra o menor com desejo e até um toque de ciúmes pela tentativa falha de S/N em se dar prazer. Era quase um insulto para o alfa pensar que seu ômega poderia se saciar sem ele, sem seu pau bem fundo arruinando aquele cuzinho apertado.
S/N estava imerso em suas próprias sensações em busca de algo que ele sabia que não conseguiria sozinho, os olhos fechados enquanto pequenos gemidos escapavam de seus lábios. Ele quase não percebeu o movimento ao seu redor até sentir um peso familiar na cama, um cheiro mais intenso do que o da camiseta que ele segurava contra o nariz. Ele abriu os olhos, e a primeira coisa que viu foi Mingyu se inclinando sobre ele, alto e imponente como uma montanha.
— Estou em casa, meu amor. Estou aqui com você — Mingyu disse em um tom suave, enquanto se inclinava mais perto do rosto de S/N.
O alfa mantinha seus olhos fixos no ômega, seus movimentos calmos. Cada centímetro que ele se aproximava, S/N sentia o calor reconfortante de sua presença, seu alfa, seu alfa lindo, forte e grande estava finalmente com ele agora, como se o mundo finalmente estivesse em ordem.
— Há quanto tempo você está assim? Por que não me ligou? — Mingyu perguntou, a voz levemente grave enquanto se inclinava e depositava beijos no pescoço do ômega bem próximos de sua glândula odorífica.
S/N choramingou, apertando-se ainda mais contra Mingyu, buscando conforto na proximidade do alfa.
— Gyu, por favor... Tá doendo — sussurrou, a voz trêmula.
O som do apelido carinhoso nos lábios de S/N sempre faziam os pelos de Mingyu se arrepiarem instantaneamente. Ele provavelmente nunca se acostumaria com tal.
Com uma delicadeza que só ele tinha, o alfa se sentou contra a cabeceira da cama e puxou S/N para seu colo. S/N podia sentir o grande pau de Mingyu contra sua entrada que produzia ainda mais líquido encharcado a calça do homem abaixo.
— Por favor, coloque em mim, por favor... — S/N implorava com vestígios de lágrimas surgindo nos olhos.
— Não quer que eu te prepa... — Mingyu nem tinha terminado de falar e S/N já tinha se elevado um pouco e aberto o botão da calça do alfa agarrando seu pau contra a cueca.
— Você é tão grande...
Mingyu soltou uma risadinha anasalada, a familiaridade com essa constante declaração sempre o fazia sorrir.
— É todo seu, meu amor.
S/N puxou a cueca justamente da calça ainda mais para baixo liberando o membro rígido e o posicionou contra sua entrada.
Mingyu, incapaz de resistir a sensação de S/N o envolvendo cada vez mais a medida que descia o corpo sobre ele, agarrou firmemente a cintura do ômega, puxando-o para mais perto. Seus lábios se encontraram em um beijo voraz e S/N, ao sentir a força dos lábios dele e a familiaridade dos braços ao seu redor, se deixou levar, descendo lentamente sobre ele até que todo o comprimento estivesse dentro de si acalmando aquela dor chata que o acometia em todos os cios.
— Porra, eu amo você — disse Mingyu contra os lábios do garoto.
Demorou pelo menos alguns minutos até S/N começar a se mover, inicialmente de forma desajeitada subindo e descendo no pau de seu alfa revirando os olhos no processo e com gemidos mais altos que eram música para os ouvidos do maior.
O calor reconfortante do interior de S/N era tentação suficiente para fazer Mingyu pensar em assumir o controle e foder S/N até os dois se esquecerem de seus nomes, mas ele não faria isso a não ser que o namorado pedisse. Então ele resolveu ajudar segurando as coxas do garoto aumentando a intensidade das investidas.
S/N poderia explodir quando o pau de Mingyu acertava aquele ponto dentro dele arrancando gritos e mais gritos em êxtase.
— Gyu, eu..., eu quero você mais fundo... — Com o pau ainda dentro do mais novo Mingyu deitou-o sobre os lençóis macios e se forçou ainda mais no interior que o apertava.
— Porra, se continuar assim eu vou gozar dentro...
Aquilo pareceu capturar a atenção do ômega.
— Você quer me engravidar? Eu..., eu quero carregar seu filhote Gyo, goze dentro de mim...
Algo na mente de Kim Mingyu estalou com aquelas palavras, pelos deuses, S/N como deu marido carregando um pequeno filhote entre os braços com ele logo ao lado apoiando sua mãos no ombro do ômega mexeram com ele. Ele nunca tinha pensando em ser pai, não agora, mas depois das palavras do garoto abaixo dele a idéia parecia mais convidativa do que nunca.
— Isso é seu cio falando, meu amor... — S/N franziu o cenho, seu rosto ficando ainda mais vermelho do que já estava.
— Você não quer ser o pai do meu bebê? Quer um bebê com outro ômega?
Mingyu literalmente rosnou deslizando seu pau pra fora da entrada de S/N e investindo novamente contra ele fortemente olhando em seus olhos. A boca de S/N se abriu em um grito mudo.
— Você é meu S/N, assim como eu sou seu. Se você quer a porra de um bebê, eu vou te dar o bebê mais perfeito desse mundo.
E com isso, todo o autocontrole do alfa tinha sido perdido.
Na manhã seguinte uma mulher que morava ao lado do apartamento fez uma reclamação na recepção do prédio alegando que os atos de amor de seus vizinhos barulhentos tinham se seguido por quatro horas seguidas, em particular uma voz que gritava a todo momento para “ir mais e mais rápido”.
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