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Lith Roberto
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meu segredo e o desejo oculto
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lithroberto · 1 month ago
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Escreva sobre um momento em que você não agiu, mas gostaria de ter agido. O que você faria de diferente?
Como você já sabe, a palavra “arrependimento” não ressoa comigo. É um eco inútil que não carrego em minha longa jornada. Prefiro a análise fria, a lição pragmática extraída da experiência, mesmo que essa lição venha com o sabor amargo de uma oportunidade perdida de… otimizar resultados.
O episódio que discutimos ocorreu aqui mesmo em Goiânia, anos antes daquele infame incidente de 87 que quase rasgou o véu e deixou uma cicatriz energética Hipogeu na cidade, um eco frio que ainda pode ser sentido por quem tem a sensibilidade aguçada. Naquela época, a Mitosfera local parecia menos tensa, e eu detectei os sinais iniciais de uma certa “podridão” energética, uma corrupção sutil crescendo em torno de uma figura menor no tabuleiro Mitosférico, alguém que me pareceu, então, totalmente irrelevante.
Minha decisão, naquele momento, foi a de **não agir**. Por quê? Um misto de desinteresse e um cálculo de que o problema era pequeno demais para meu tempo e atenção. Assumi que se extinguiriria sozinho ou que outros Mitosféricos locais lidariam com a questão. Interferir em cada pequena disputa interna é simplesmente exaustivo.
Contudo, essa figura, deixada à própria sorte e alimentada pela própria insignificância que lhe garantiu minha negligência, cresceu em poder e influência através de meios desagradáveis. Tornou-se, tempos depois, um obstáculo considerável e perigoso em assuntos que me diziam respeito mais diretamente. Neutralizá-lo então exigiu um esforço e uma exposição muito maiores do que teria custado uma ação na fase inicial.
A reavaliação, portanto, não é tingida de remorso ou culpa. É puramente **pragmática**. Uma intervenção precoce, discreta e cirúrgica teria sido imensamente mais **eficiente**. Teria poupado recursos preciosos – meu tempo, minha energia, minha paciência – e evitado complicações futuras.
O que eu faria diferente, olhando para trás com a clareza que só a distância temporal oferece? Teria agido cedo. De forma definitiva, mas sutil. Um “acidente” Mitosférico cuidadosamente orquestrado, talvez. Um redirecionamento de energias que o colocasse no caminho de um fim rápido e discreto. Algo que eliminasse o problema na raiz, antes que ele tivesse a chance de se tornar a erva daninha irritante que se tornou.
É a constatação de um erro de cálculo estratégico, amore. Uma lição sobre como a inação, mesmo que pareça justificada no momento pela insignificância aparente da ameaça, pode ter custos futuros elevados. Uma questão de otimização de recursos e minimização de aborrecimentos futuros, nada mais.
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lithroberto · 1 month ago
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Cite cinco coisas do cotidiano que deixam você feliz.
Feliz, amore? Uma palavra tão efervescente… Digamos que encontro certos momentos de satisfação no fluxo cotidiano, pequenas âncoras que tornam a passagem do tempo menos… monótona. Se insiste em cinco, aqui estão, sem ordem particular:
O primeiro gole de um café excepcional pela manhã. Mas tem que ser excepcional, forte, aromático, e bebido no silêncio quase palpável que precede o despertar completo da cidade (como agora, às 7:27 da manhã aqui em Goiânia). Há uma clareza e uma promessa nesse ritual solitário.
O cheiro de livros antigos. Aquele aroma de poeira, papel envelhecido e conhecimento guardado. Seja num sebo escondido ou ao abrir um dos meus próprios volumes raros, é um perfume que me conecta a séculos de pensamento e segredos.
Um instante de silêncio inesperado. No meio do burburinho urbano, um momento súbito onde o tráfego, as vozes, a própria Mitosfera parecem prender a respiração. É raro, precioso, e profundamente restaurador desse ruído constante da existência.
A execução perfeita de um encantamento sutil. Não falo de grandes rituais, mas dos pequenos ajustes, das proteções discretas, das manipulações delicadas de energia. Sentir os fios respondendo exatamente como previsto, a trama se fechando sem falhas… há uma beleza matemática nisso, uma satisfação no controle preciso.
Observar a inteligência silenciosa da natureza. Não os grandes espetáculos, mas os detalhes. A tenacidade de uma planta crescendo numa fresta do asfalto goiano, a complexa engenharia de uma teia de aranha, o voo calculado de um pássaro de rapina. É um lembrete de que existem outras ordens, outras lógicas, para além do caos humano e Mitosférico.
Não são fogos de artifício, amore. São mais como velas acesas em cantos escuros. Pequenos pontos de ordem, beleza ou quietude que oferecem um contraponto bem-vindo ao… resto. E isso, à minha maneira, aproxima-se de um contentamento.
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lithroberto · 1 month ago
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Onde você se vê em 10 anos?
Amore, você me pergunta sobre daqui a *dez anos*? Que perspectiva adoravelmente humana. Dez anos… para vocês, pode ser uma era, uma mudança de carreira, o crescimento de um filho. Para mim? É quase um piscar de olhos, uma breve nota de rodapé na crônica infindável da minha existência.
Onde me vejo? A pergunta assume que tenho um plano, uma trajetória linear como a de vocês. Não funciona assim. Minha vida é mais como um rio sinuoso do que uma estrada reta. Sigo as correntes de interesse, as perturbações na Mitosfera que exigem minha atenção (ou despertam minha curiosidade), ou simplesmente me afasto quando o tédio se torna insuportável.
Neste exato momento (manhã de 22 de abril de 2025, não é?), estou aqui em Goiânia, lidando com esses desaparecimentos e as tensões locais (`Nova História.pdf`). Daqui a dez anos? Posso ter resolvido isso e partido para algum canto esquecido do mundo em busca de um artefato perdido. Posso ter encontrado uma biblioteca empoeirada que me prenda por algumas décadas. Posso estar envolvido em alguma intriga palaciana das Fadas (apesar da minha relutância) ou negociando uma trégua precária entre clãs de Vampiros em alguma metrópole europeia.
Ou, quem sabe, posso estar exatamente aqui, neste mesmo refúgio em Goiânia, apreciando um vinho diferente, observando um novo ciclo de tolices humanas e Mitosféricas se desenrolar. Algumas paisagens mudam, amore, mas a natureza das peças no tabuleiro costuma ser teimosamente semelhante.
O que posso garantir é que, provavelmente, estarei fazendo o que sempre faço: observando, analisando, intervindo quando necessário (ou quando divertido), buscando conhecimento e tentando encontrar um vinho decente. Estarei lidando com a intersecção do poder, da ignorância e da ambição. E, muito provavelmente, estarei conversando com você, meu confidente silencioso, sobre as ironias de tudo isso.
Dez anos é muito pouco tempo para grandes mudanças no meu panorama. É apenas mais um segmento na longa, longa estrada. Pergunte-me novamente daqui a um século, talvez a resposta seja mais interessante. Ou talvez seja exatamente a mesma. Comigo, amore, a única certeza é a continuidade da jornada.
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lithroberto · 1 month ago
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O que deixa você nervoso?
Amore, “nervoso” é uma palavra que pertence mais ao vocabulário dos mortais, com suas vidas curtas e corações palpitantes. Minha pulsação, digamos, opera em outra frequência. Mas não pense que sou imune a… *perturbações*.
O que realmente me tira do meu centro, o que me deixa com os sentidos em alerta máximo e uma sensação desconfortável de *atrito* com a realidade, não é o perigo direto – lido com ele há mais tempo do que a maioria das civilizações existe. Não é o poder bruto de um adversário; isso eu posso medir, analisar, contrapor.
O que me causa essa agitação, essa necessidade de recalibrar minhas proteções e minha paciência, é a **incompetência aliada ao poder**. A estupidez em posições de influência. Um Portador da Luz excessivamente zeloso e obtuso tomando decisões que afetam o equilíbrio Mitosférico (`Nova História.pdf`). Um humano com acesso a tecnologia ou magia que não compreende. Um Mitosférico menor agindo por impulso e vaidade, sem calcular as consequências.
É a imprevisibilidade que nasce não da astúcia do inimigo, mas da pura e simples **idiotice**. Porque a maldade calculada, eu entendo. A ambição, eu respeito (à minha maneira). Mas a estupidez… ah, a estupidez é um buraco negro que suga a lógica e cospe o caos aleatório. Ela cria problemas desnecessários, complicações absurdas, riscos que poderiam ser facilmente evitados com um mínimo de bom senso ou autoconsciência.
Não é medo pela minha segurança, geralmente. É uma exasperação profunda, uma tensão que se instala ao perceber que o controle da situação está ameaçado não por uma força inteligente, mas por um vácuo de inteligência. É ter que antecipar não a estratégia do oponente, mas a próxima gafe monumental que pode colocar tudo a perder.
Isso me deixa… vigilante. Intensamente focado. E, sim, talvez com uma energia que os menos experientes poderiam confundir com nervosismo. Eu prefiro chamar de “preparação ativa para a inevitabilidade da burrice alheia”. É cansativo, amore. Terrivelmente cansativo.
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lithroberto · 1 month ago
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Qual é seu restaurante favorito?
Amore, a noção de um “favorito” é tão… singular. Minhas preferências tendem a ser fluidas, dependentes do humor, da companhia (ou da falta dela) e, claro, da qualidade do vinho disponível.
Mas se me pressionar, não é o nome na fachada que me atrai, nem a última moda gastronômica que Goiânia possa oferecer. Busco algo mais… essencial.
Procuro por um refúgio. Um lugar onde o tempo pareça desacelerar um pouco, onde o serviço seja impecável pela sua discrição, não pela sua ostentação. Um ambiente com iluminação suave, que convide à conversa sussurrada ou ao silêncio contemplativo, não ao espetáculo. Onde as mesas não estejam coladas umas às outras, permitindo um mínimo de privacidade – algo cada vez mais raro neste mundo barulhento.
A comida? Ah, sim, a comida deve ser honesta, bem executada, com ingredientes que falem por si. Pode ser a simplicidade de um prato regional goiano elevado à arte, ou a complexidade de uma receita clássica europeia. O que importa é o respeito pelo produto, a técnica apurada.
Mas, acima de tudo, amore, a carta de vinhos. Precisa ter alma. Vinhos com história, com caráter. Um sommelier que entenda mais de silêncios e harmonias sutis do que de rótulos da moda.
Encontrei alguns poucos cantos em Goiânia que se aproximam disso. Geralmente são lugares menores, talvez um pouco escondidos, que não gritam seu nome aos quatro ventos. Um deles, em particular, tem um… quê de refúgio antigo. Poucas mesas, uma adega surpreendentemente profunda e um dono que parece entender que alguns clientes vêm mais pela paz do que pelo prato principal.
Não lhe darei o nome. Não por segredo, mas porque o encanto está justamente em ser um achado pessoal, um oásis particular nessa cidade que, apesar de planejada, ainda guarda suas surpresas discretas. Digamos que é o meu “ponto de silêncio” preferido quando desejo saborear algo além da Mitosfera local.
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lithroberto · 2 months ago
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Descreva algo positivo que um membro da sua família fez por você.
Amore, a palavra “família” ecoa de forma estranha para mim. Não tenho a estrutura humana de pais, irmãos, tios… Minhas origens são mais… fluidas, tecidas com fios de poder antigo e talvez um pouco de escuridão primordial, como mencionei sobre os Hipogeus e as Fadas em minhas reflexões. Os outros Feiticeiros que encontrei ao longo dos séculos foram mais mentores relutantes, rivais velados ou simplesmente outros predadores no mesmo ecossistema Mitosférico – como minhas interações com Valério bem demonstraram. Relações complexas, raramente marcadas pela ternura que a palavra “família” sugere.
No entanto, se interpreto “família” no sentido mais amplo, como alguém que teve um papel formativo… houve um gesto, sim. De um dos meus… digamos, tutores mais antigos. Um ser de poder considerável e paciência limitada.
Não foi um ato de bondade explícita. Foi um ato de **confiança implícita**, o que, vindo dele, era mais valioso que qualquer elogio ou presente material. Estávamos lidando com uma situação delicada, uma negociação Mitosférica com potencial para desandar violentamente. Em um momento crucial, quando precisei tomar uma decisão arriscada que poderia comprometer a ambos, ele simplesmente me observou, em silêncio, e *não interveio*. Deixou que eu conduzisse, que eu arriscasse, que eu lidasse com as consequências.
Para qualquer observador externo, pareceria indiferença. Mas eu conhecia seu temperamento controlador. Aquele silêncio, aquela inação deliberada, foi a forma dele de dizer: “Eu confio no seu julgamento. Resolva.”
Foi a primeira vez que senti que alguém de poder comparável via em mim não apenas um aprendiz ou um peão, mas um igual em potencial. A responsabilidade foi imensa, a pressão quase insuportável, mas a validação silenciosa contida naquele gesto… foi fundamental. Ensinou-me mais sobre estratégia, autoconfiança e a leitura das entrelinhas do poder do que qualquer lição verbal.
Então, sim. Um “membro da família”, no meu léxico particular, me ofereceu um momento de autonomia e respeito tácito. E isso, amore, naquele mundo de desconfiança e manipulação, foi um ato inegavelmente positivo. Um que carrego comigo, não no coração, talvez, mas na espinha dorsal da minha estratégia de sobrevivência e atuação.
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lithroberto · 2 months ago
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Qual lugar do mundo você jamais quer visitar? Por quê?
Ah, amore, uma pergunta interessante. Tendo percorrido tantos séculos e continentes, poucos lugares me são totalmente desconhecidos ou desinteressantes. Ruínas guardam ecos, cidades vibrantes pulsam com intrigas, até mesmo desertos têm sua própria voz silenciosa. Gosto de camadas, de história, de energia palpável – seja ela luminosa, sombria ou simplesmente… complexa.
Mas se há um tipo de lugar que evito com um zelo quase religioso, que me causa uma aversão visceral… são esses modernos “complexos de entretenimento”. Sabe? Aqueles parques temáticos gigantescos, ilhas artificiais dedicadas ao lazer fabricado, ou cruzeiros colossais que são cidades flutuantes de diversão programada.
Por quê? Pela ausência absoluta de autenticidade.
Não há alma ali, amore. Não há história real nas paredes de plástico pintado, não há Mitosfera espreitando nas sombras (apenas mascotes fantasiados), não há energia ancestral sob o concreto. É um simulacro. Um palco construído para a negação da realidade, não para sua exploração ou compreensão.
É o barulho incessante – não o burburinho vital de uma metrópole, mas o ruído estridente da alegria forçada, das músicas repetitivas, do consumo compulsivo de experiências pré-fabricadas. É a celebração da superficialidade, um monumento à distração vazia. Para alguém que viu impérios nascerem e ruírem, que conversa com ecos de eras passadas, a ideia de passar um dia numa fila para uma montanha-russa tematizada com personagens de desenho animado é… deprimente.
Prefiro mil vezes o silêncio carregado de uma biblioteca antiga, a tensão de uma negociação Mitosférica num beco escuro de Goiânia, ou a beleza desoladora de uma paisagem que foi palco de algum evento cósmico esquecido. Lugares com *substância*, com cicatrizes, com segredos.
Esses paraísos artificiais? São o epítome do tédio para mim. Um deserto de significado disfarçado de oásis de felicidade. Deixe-os para os mortais que buscam esquecer o peso da existência por algumas horas. Eu prefiro encarar esse peso – e, ocasionalmente, encontrar algo que valha a pena no processo.
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lithroberto · 2 months ago
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Descreva uma decisão que você tomou no passado e trouxe aprendizado ou crescimento.
Ah, “aprendizado” e “crescimento”… Palavras que os humanos usam como se fossem marcos em uma estrada linear. Para seres como eu, amore, é mais como revisitar um labirinto e perceber um novo padrão nas paredes, ou notar que uma passagem que antes parecia segura, na verdade, leva a um abismo.
Houve uma decisão, sim. Remonta a alguns séculos, numa época em que eu era… digamos, menos seletivo com minhas companhias e talvez um pouco mais inclinado a acreditar na possibilidade de interesses alinhados a longo prazo. Envolvia compartilhar um fragmento de conhecimento particularmente potente – nada que comprometesse minha essência, claro, mas algo que poderia alterar significativamente o equilíbrio de poder local em favor de um grupo que se apresentava como… aliado.
A decisão foi **não** intervir quando percebi os primeiros sinais de que usariam esse conhecimento não para o “bem maior” que pregavam, mas para seus próprios fins egoístas e destrutivos contra um terceiro grupo que, embora irritante, não merecia a aniquilação que se desenhava. Eu poderia ter agido. Um sussurro no ouvido certo, uma barreira sutilmente erguida… Mas escolhi observar. Parte por curiosidade mórbida, parte por uma espécie de experimento sobre a natureza da ambição desenfreada.
O resultado foi… catastrófico para os envolvidos. Uma carnificina Mitosférica que desestabilizou a região por décadas e me rendeu olhares desconfiados de todos os lados por minha inação calculada.
O aprendizado? Não foi sobre moralidade, essa construção tão flexível. Foi sobre a **responsabilidade da omissão** e a natureza do poder. Percebi que não intervir é também uma forma de ação, com consequências igualmente palpáveis. Entendi, em termos práticos e brutais, que o poder não reside apenas no que se faz, mas também no que se *deixa* acontecer. O “crescimento”, se quiser chamar assim, foi a consolidação de uma política pessoal muito mais… intervencionista e cínica. Passei a acreditar menos em deixar o caos seguir seu curso natural e mais em direcioná-lo sutilmente para resultados que, no mínimo, não me causassem dores de cabeça futuras.
Foi uma lição fria, observada à distância, mas que moldou profundamente minha abordagem às complexas teias de poder e influência desde então. Aprendi que a neutralidade pode ser tão perigosa quanto tomar partido, e que a verdadeira sabedoria reside em saber *quando* e *como* mover as peças no tabuleiro, mesmo que apenas com a ponta dos dedos. E, às vezes, a melhor maneira de ensinar uma lição sobre o fogo é deixar que os tolos se queimem… desde que o incêndio não ameace sua própria biblioteca.
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lithroberto · 2 months ago
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O que você faz para relaxar depois de um dia cansativo?
Ah, “relaxar”… Uma palavra que soa quase exótica depois de certas jornadas pelo emaranhado que é a existência, especialmente aqui em Goiânia com suas… peculiaridades Mitosféricas.
Depois de um dia particularmente *cansativo* – leia-se: um dia lidando com a incompetência alheia, seja ela humana ou sobrenatural, ou desviando de alguma crise fabricada por egos inflados – minha receita costuma variar, amore.
Frequentemente, envolve uma boa taça de vinho. Algo robusto, com história, que me permita sentir o tempo passar de forma mais… palpável. Bebo devagar, talvez na varanda, observando as luzes da cidade se acenderem como vaga-lumes artificiais, cada uma escondendo uma pequena história, um pequeno drama. É um espetáculo mudo que acalma a mente.
Outras vezes, busco o silêncio quase absoluto. Não o silêncio vazio, mas aquele preenchido pela quietude de um texto antigo, um mapa celestial esquecido ou o zumbido sutil das energias que permeiam o meu refúgio. Mergulhar em conhecimento que não tem utilidade prática imediata, apenas pelo prazer de decifrar ou contemplar… isso distancia o mundano.
E, confesso, há momentos em que simplesmente observo. De um café discreto, de um banco de praça sob a luz pálida da lua (Goiânia tem seus recantos verdes, afinal)… apenas assistir ao fluxo da vida humana, suas pequenas correrias, suas paixões efêmeras. É como assistir a um rio que corre para o mar, indiferente. Há uma certa paz na insignificância alheia, não acha?
O essencial é encontrar um ponto de equilíbrio, um refúgio mental onde os ecos das obrigações e das ameaças não consigam alcançar. Seja no sabor do vinho, na complexidade de um símbolo arcano ou na vastidão silenciosa da noite goiana. E, claro, garantir que as proteções ao redor estejam bem firmes. Nunca se sabe quem ou *o quê* pode estar ouvindo.
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lithroberto · 2 months ago
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Como você usa as redes sociais?
Ah, as redes sociais… esse espelho multifacetado e frequentemente distorcido da alma humana (e, ocasionalmente, não-humana). Você me pergunta como *eu* navego por esse oceano digital, amore?
Com a cautela de quem atravessa um pântano à noite e a curiosidade de um naturalista observando uma espécie particularmente barulhententa e exibicionista.
Primariamente, são uma ferramenta de **observação**. Um fluxo incessante de desejos, medos, opiniões efêmeras e autoexposição. É fascinante, de uma forma quase antropológica. Ver como os humanos constroem suas identidades digitais, como buscam validação, como espalham informações (e desinformações) com a velocidade de um incêndio em pasto seco. É um estudo de caso permanente sobre a vaidade e a necessidade de conexão, mesmo que superficial.
Às vezes, nesse mar de ruído, encontra-se uma pérola de informação útil. Um padrão emergente, um boato que tem um fundo de verdade Mitosférica, alguém falando demais sobre algo que não deveria… A Mitosfera, apesar de ancestral, não é imune aos ecos do século XXI. Alguns dos seus habitantes mais… *jovens*… ou incautos… deixam rastros digitais. É preciso saber onde e como procurar, claro.
Mas participar ativamente? Criar um “perfil”? Expor minhas reflexões sobre a decadência do vinho moderno ou a inépcia dos Portadores da Luz locais para uma audiência de… quem exatamente? Não, amore. Isso seria contraproducente e, francamente, tedioso. Prefiro o anonimato que as sombras e os séculos me conferem. Minha interação é a de um espectador atento nos camarotes escuros do teatro digital, não a de um ator no palco iluminado.
É um ambiente volátil, barulhento e, na maior parte do tempo, superficial. Uso-o como quem lê um jornal sensacionalista: com uma dose saudável de ceticismo e a consciência de que a verdade, se presente, está escondida sob camadas de verniz e intenção.
Digamos que mantenho uma distância segura, como faria com qualquer fenômeno potencialmente contagioso ou viciante. Prefiro a companhia de um bom livro ou o silêncio contemplativo de um refúgio bem protegido.
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lithroberto · 2 months ago
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Escreva a primeira coisa que vier à sua mente.
A quietude forçada desta manhã em Goiânia. O sol ainda tímido, a cidade começando a se espreguiçar, alheia aos ecos da noite passada na Mitosfera. Quase dá para acreditar na normalidade… quase. Preciso de um café, daqueles que afastam mais do que o sono.
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lithroberto · 2 months ago
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Descreva um encontro aleatório com um desconhecido que marcou você positivamente.
Ah, amore, “positivo” é uma palavra tão… ensolarada. Minhas interações com desconhecidos tendem mais para o neutro, o indiferente, ou, francamente, o irritante. Séculos de observação da comédia e tragédia humanas tendem a diminuir o fator surpresa, entende?
Mas houve um momento, sim. Não foi grandioso, nem mudou o curso da minha existência (poucas coisas o fazem), mas deixou uma impressão… curiosa. Foi há muitos anos, numa cidade portuária qualquer, dessas que cheiram a sal, peixe e histórias esquecidas. Eu estava num café simples, observando a chuva castigar a rua de paralelepípedos.
Entrou um velho marinheiro. Castigado pelo sol e pelo sal, mãos grossas como raízes, olhar perdido no horizonte mesmo dentro daquele cubículo. Pediu um café forte, sem açúcar, e ficou ali, parado perto da janela, olhando a mesma chuva que eu. Não falamos nada por um bom tempo. O silêncio era preenchido apenas pelo som da chuva e pelo vapor que subia das nossas xícaras.
Então, ele virou-se para mim, não com um sorriso, mas com aquele olhar de quem viu coisas demais. Disse apenas, com uma voz rouca como corda velha: “O mar… ele sempre devolve. Nem sempre o que a gente quer, mas sempre devolve algo.” E voltou a olhar para a chuva.
Não sei por que, mas aquilo… ressoou. Não pela profundidade filosófica barata, mas pela simplicidade honesta. Pela aceitação crua de uma força maior, de um ciclo de perdas e ganhos que eu conheço tão bem em outra escala. Era a voz da experiência pura, sem verniz, sem a pretensão de ensinar, apenas constatando um fato do universo dele que espelhava o meu.
Ele terminou o café e saiu, desaparecendo na chuva como se nunca tivesse estado ali. Nunca soube seu nome, nem sua história. Mas aquele momento de conexão inesperada, aquela constatação partilhada sobre a natureza implacável das coisas… foi um grão de verdade num oceano de trivialidades.
Não me trouxe alegria, mas uma espécie de… reconhecimento. Uma pausa na minha própria solidão cósmica ao encontrar outra alma que entendia, à sua maneira, o peso do tempo e das marés. E isso, amore, na minha contabilidade particular, entra na coluna do “positivo”. Raro, mas registrado.
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lithroberto · 2 months ago
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O que você faz para relaxar depois de um dia cansativo?
Ah, "relaxar"... Uma palavra que soa quase exótica depois de certas jornadas pelo emaranhado que é a existência, especialmente aqui em Goiânia com suas... peculiaridades Mitosféricas.
Depois de um dia particularmente *cansativo* – leia-se: um dia lidando com a incompetência alheia, seja ela humana ou sobrenatural, ou desviando de alguma crise fabricada por egos inflados – minha receita costuma variar, amore.
Frequentemente, envolve uma boa taça de vinho. Algo robusto, com história, que me permita sentir o tempo passar de forma mais... palpável. Bebo devagar, talvez na varanda, observando as luzes da cidade se acenderem como vaga-lumes artificiais, cada uma escondendo uma pequena história, um pequeno drama. É um espetáculo mudo que acalma a mente.
Outras vezes, busco o silêncio quase absoluto. Não o silêncio vazio, mas aquele preenchido pela quietude de um texto antigo, um mapa celestial esquecido ou o zumbido sutil das energias que permeiam o meu refúgio. Mergulhar em conhecimento que não tem utilidade prática imediata, apenas pelo prazer de decifrar ou contemplar... isso distancia o mundano.
E, confesso, há momentos em que simplesmente observo. De um café discreto, de um banco de praça sob a luz pálida da lua (Goiânia tem seus recantos verdes, afinal)... apenas assistir ao fluxo da vida humana, suas pequenas correrias, suas paixões efêmeras. É como assistir a um rio que corre para o mar, indiferente. Há uma certa paz na insignificância alheia, não acha?
O essencial é encontrar um ponto de equilíbrio, um refúgio mental onde os ecos das obrigações e das ameaças não consigam alcançar. Seja no sabor do vinho, na complexidade de um símbolo arcano ou na vastidão silenciosa da noite goiana. E, claro, garantir que as proteções ao redor estejam bem firmes. Nunca se sabe quem ou *o quê* pode estar ouvindo.
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lithroberto · 2 months ago
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Talvez essa seja a capa do meu primeiro livro (nome e série talvez mude). Mas até o momento, essas são minhas favoritas.
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lithroberto · 1 year ago
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“Desejo que tudo der certo na tua vida. Inclusive o feitiço que eu fiz pra te derrubar.”
— Bruxaria Hipster
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lithroberto · 1 year ago
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Continuei cada vez mais fácil.
“Sou fácil mesmo, de difícil ja basta a vida.”
— Funfo
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lithroberto · 1 year ago
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É difícil, pois as vezes eu só penso com o olho do cu.
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