mermaidthoughtss - Tumblr blog

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pai e mãe

eu me sinto só,

estando sozinha ou acompanhada.

mas o que dói na alma

é ser abandonada

por aqueles que te prometeram abrigo

quando percebo que sou só eu

enrolada no cobertor,

sendo engolida pelo tecido e pela solidão.

vejo quem está sempre comigo

guardando meus caminhos,

guiando minha vida

e vice-versa.

a quem posso chamar de mãe ou pai de cabeça.

há tanta força cuidando de mim, que me sinto completa.

o universo, deus, alá, jesus, oxalá, ou como queira chamar

é que estará do meu lado quando eu precisar.

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Iemanjá

Mãe, eu tão inocente quando criança

Já amava te visitar.

Suas conchinhas,

A espuma da onda,

O sal que gruda na pele.

Todas as lembranças da sua casa

Me fazem feliz,

E só de pensar eu consigo sentir

O sol queimando minha pele

E tua água gelada alivia o calor.

E assim como tudo na vida,

Quando o momento é difícil

Sua voz branda,

Seu amor calmo,

O seu azul me acalma

e me ajuda continuar.

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Talk

Falar com pessoas me deixa ansiosa

Eu posso errar a palavra

Posso falhar na comunicação

Acabar ofendendo sem querer.

Eu queria nunca errar.

Sempre saber a palavra certa a dizer

Para que não pudesse ter nenhuma confusão

E todos saírem felizes.

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Tela

Uma tela em branco.

Pisco repetidamente,

Fecho e abro.

E a tela continua em branco.

Minha cabeça está em branco.

Não pela minha idade.

Minhas ideias me fugiram,

Não há inspiração.

Coisas felizes não me fazem escrever,

A tristeza sempre me deu rimas

Mas agora eu me sinto anestesiada.

Num grande hospital,  

Sozinha.

Visto branco e minhas mãos estão amarradas.

Estou presa e livre.

Me sinto confortável e sufocada.

Quando corro, me perseguem,

Mas ao olhar para trás,

Não há ninguém para me deter.

Li em algum lugar:

“Ser livre é ser só”.

E nunca me senti tão compreendida.

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Sinto que realizei meu sonho de menina: Virar astronauta E ver tudo lá de cima. Astros estão sempre na minha pauta.

E você é um planeta. Enorme, com algumas crateras e satélites ao redor.

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eu me sinto desconectada de quem sou. de quem deveria ser. de quem eu queria ser.

sinto vergonha de quem sou.

os entorpecentes entorpeceram a mente.

secou-se a fonte, o chafariz está desligado. não há mais água. me sinto menos eu e mais envergonha.

sinto uma ansiedade diferente, o peito não rasga, é a mente quem sente.

meu tamanho parece oscilar, sou pequena e grande. e o corpo não é elástico, não aguenta as transformações.

e eu não sei mais quem sou.

todo conhecimento que já tive, não parece mais me servir. eu não sei como me descrever, como reagir, como me portar.

sinto que estou aprendendo a ser eu, e que há regras complexas demais para entender.

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tic tac

Me sentindo aprisionada dentro da ampulheta, Como mais um grão de areia Caio em disparado, parada Aqui.

Hoje o tempo parece não passar, O coração insiste em acelerar, O estomago a embrulhar, A mente deseja descansar.

Mesmo concluindo tarefas, Sendo boa e fazendo o que presta, O relógio não anda, Os ponteiros não se movem, Me sinto sufocada E com vontade de fugir De mim.

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desculpa, mãe Iemanjá

Eu nado incansavelmente Pra me matar na praia. Me afogo em problemas e pensamentos, Eu asfixio na superfície, respiro no oceano.

Pulmão entope com sal, Me sinto cair no poço sem fim. Peço perdão, Mãe, por um fim assim, No seu lar.

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assassinato

Eu tento pegar sua mão, Mas ou te afundo comigo, Ou não tenho forças pra subir.

Eu sou a culpada pela tormenta e furacão? Queria acreditar que não, Mas eu deixo um raio de destruição Atrás de cada passo deixado.

Minhas unhas viram garras quando Toco meu pulso, Pescoço, Barriga, Alma.

Se eu sangrar, alguém verá? Esconder na banheira as provas Do crime que cometi.

Matei quem te causava dor, amor.

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felicidade de verdade

Eu quero ter felicidade, Como quando tomo sorvete chocolate, Ou posso dormir até tarde, Ou quando estou no teu abraço e tudo está calmo.

Eu quero ter essa felicidade a todo tempo.

Não quero estar num campo de refugiados, Fugindo das bombas e da guerra, Sem saber se estarei viva amanhã, Pois sou minha própria inimiga Pronta pra me destruir.

Nas batalhas, a felicidade é contida em pílulas momentâneas; Como tomar sorvete, Dormir até tarde, E te abraçar num momento calmo.

Eu quero me apaixonar pela vida, Voltar a me sentir incrível, E ser a melhor a “eu” pra você.

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dor

Você me fez feliz,

Você me fez chorar. Fomos amigos, Amantes, Almas conectadas.

Achei que não aguentava mais, Que estar ao seu lado Não daria mais futuro.

Porem vejo que sem você, Não sou nada, ninguém, um não-ser. A dor me consome por todo o dia. O coração sangra, A garganta arranha, Os pulsos ganham marcas. A dor é na alma.

Parece que meu coração vai parar. Há uma hemorragia interna, Meu pulmão vai entupir Com esse sangue. Minhas narinas estão submersas Na piscina de lagrimas que eu criei. Eu me afogarei.

A morte é a solução. Não é fim. Pois o encerramento, foi tu que decretaste.

[mermaidthoughtss]

Eu to com falta de ar, Meu pulmão doi. Eu não quero mais ficar aqui, Ter todas essas responsabilidades. Eu não consigo concluir nada, Não quero fazer nada. Meu estomago está se revirando.

“Eu vou vomitar você.”

Queria vomitar toda essa ansiedade pra fora E nunca mais me sentir assim.

Queria que um acidente acontecesse comigo, Para salvar minha alma. Eu queria fugir disso, Dessa vida infeliz. Mas preciso trabalhar, desse dinheiro maldito.

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renascimento.

Quero morrer e renascer. Uma versão melhor ou apenas diferente. Esquecer de tudo ruim E ser capaz de seguir em frente.

Queria me trancar no quarto, E que ninguém entrasse, Para que eu pudesse chorar, Me afogar em lagrimas, Morrer e renascer, Quando as lagrimas evaporassem.

Queria que chorassem minha morte, Que me procurassem até o fim do mundo. Sem saber que eu estava no meu quarto, Me decompondo.

Mas não vão. Nem se eu morresse e não renascesse.

Apenas me esqueceram na prateleira, Pegando poeira.

[mermaidthoughtss]

ando tão a flor da pele que qualquer toque me quebra inteira.

Luiza Libanio.

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“As estrelas ficariam tão orgulhosas de saber que seus átomos criaram alguém como você.”

— Thanks so much.

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Wonderland

o equilíbrio parece ser inalcançável,

constantemente em corda bamba,

sigo meu caminho.

sinto meu chão se desfazer

embaixo dos meus pés,

a zona segura,

a borda,

onde posso segurar,

se afasta mais e mais

da minha mão.

como alice, caio no buraco,

me sinto pequena e grande,

perdida.

só não pareço estar entre as maravilhas.

sou a própria rainha de copas,

e ordeno cortar minha cabeça.

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vermelho

a tristeza é grande,

não cabe no peito.

sufoca,

precisa escoar.

a única maneira aparente,

é depois de tanto a faca entrar e sair

do pescoço

o sangue sairá,

a dor escoará.

meu fim ali está.