Autora lésbica, autista e fanática pelo Corinthians. Escrevo sobre o amor lésbico, porém posso escrever outros amores lgbt+. Pode dizer algo, mas não me xingue. Sou sensível e choro. Meu coração é dramático. Por isso, sou escritora. O drama é a essência da alma dos poetas.
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Sua imagem é um lembrete na minha memória, indo e vindo em momentos que não posso controlar. Me lembro de detalhes seus que nem você mesma deve saber que possui. Detalhes tão pequenos e íntimos, que te fazem ser o que é em minha memória. Sei que poderia dizer cada um deles, mas são tão íntimos seus que parece que estou invadindo sua privacidade feminina, delicada e apenas sua. Depois, expondo tudo sem sua permissão. O que me deixa apenas aqui, pensando sozinha, comigo mesma, sem que você ou alguém mais saiba. Sem que eu mesma possa falar sobre você. O que torna tudo apenas um segredo. Meu segredo de te amar.
Michaela de Aquino. De alguma história que não postei.
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Ela me ilumina como se os raios que saem dela fossem mais quentes que os raios do sol. Eu me sinto molhada pelas gotas da chuva que caem do céu de sentimentos que eu sinto por ela. Eu sei que as pessoas não vão entender a intensidade e eu não sei encontrar as palavras para descrever além disso.
Só sei que sinto tanto aqui dentro, em uma intensidade gritante que urra em meus ouvidos vinte e quatro horas por dia. Aqueles gritos altos, tão elevados, tão acima de tudo, até mesmo acima de mim.
E mesmo eu sendo escritora, as palavras me faltam para descrever meu sentimentos. Me diga... Como falar sobre o amor quando ele é tão grande e quando ele vai além das palavras que conhecemos? Como dizer quando não existem palavras?
Um escritor que quer vender uma matéria, um livro, provavelmente, iria inventar uma palavra qualquer para as pessoas se apegarem à ela. Mas eu escrevo para mim, meus sentimentos, minhas palavras. Então, eu não preciso inventar uma palavra, pois sei que ela não existe. Às vezes, a gente só sente sem saber como descrever e está tudo bem. Não precisa, só sentir já basta. E eu sinto tanto por ela. Tudo!
Michaela de Aquino. Sei lá, só escrevi!
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O que fazemos com o amor que nos esmaga por dentro quando, nem sempre, ele é recíproco? E eu tenho medo de não ser. Porque ela é linda, perfeita, tem tudo o que eu mais quis ter em minha vida. Sabe como é?
Talvez a gente tenha esses medos porque amar alguém é saber que pode sofrer porque as pessoas não são obrigadas a amar a gente de volta, mesmo a gente sendo uma boa pessoa.
Porque a gente não tem o poder de obrigar o nosso amor estar dentro de alguém também. E então, a gente sente a insegurança e o medo de sofrer mais uma vez por perder o amor.
O amor é tão lindo e importante, né? Aquele sentimento que a gente vive a vida toda ouvindo como é belo e não deve ser desperdiçado. Só que crescemos e aprendemos muito cedo que o nosso amor é, sim, desperdiçado como se não valesse nada.
E eu sinto isso agora. O medo de mais um desperdício do meu oceano de amor. O medo de ela não querer mergulhar em mim e se esbaldar em tudo isso que eu tenho sentido por ela. Medo de ela não se importar pelos meus sentimentos.
As pessoas são assim, né? Nós também somos. Mas a gente sonha tanto em ser amada, só que, em muitas vezes ou em quase todas, a gente não quer o amor daquela pessoa específica que está dando, quer de outra. E jogamos fora o amor que sempre sonhamos receber de alguém porque não sentimos ele pela pessoa, sentimos por outra.
E tá tudo bem, não sentir. Só que há pessoas que não ligam, né? Não possuem cuidado com os nossos sentimentos e pisam neles como se fossem barata cascuda que tá andando no chão, não o amor de alguém que tem sentimentos.
Eu tenho medo de ela não me amar. Medo de ela partir, deixando meu amor aqui, em migalhas, transbordando, pingando para fora de mim, junto com as minhas lágrimas da perda. Assim como já chorei antes.
Medo... E o medo nos paralisa, né? Ele, muitas vezes, nos faz ser covardes e nunca chegar e nos declararmos. Porque já nos declaramos antes e a pessoa não quis ouvir e nem se importou de não querer dar atenção.
Eu queria dizer para ela que a amo, mas estou tão ferida que só sei amar ela em meu coração. Um amor que está aqui, mas ela não ouve de meus lábios. Eu deveria dizer? Ou deveria guardar para mim? O que eu deveria fazer, quando só sei sentir o medo?
Michaela de Aquino, de alguma história que não postei.
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Quando eu era novinha, escrevia poemas e minhas amigas se identificavam com meus sentimentos. Vejo algo muito parecido acontecer com a Sia, que também é autista e faz músicas com letras sobre sentimentos tão profundos dela mesma e que todo mundo sente, mas tratam nós autistas como incapazes de sentir. E eu acho que postar alguns textos de sentimentos meus ou de histórias que eu escrevo, mas que não utilizei, pode tocar quem ler assim como eu tocava minhas amigas. Até uma professora me mandou fazer uma mostra na Casa da Cultura da cidade e ela era simplesmente a mãe do dono do cinema da cidade. Então, ela era ligada com essas coisas. Mas eu não quis. As pessoas sempre sentem e muitas vezes não conseguem falar. Às vezes, somos nós autistas nos expressando através da arte que conseguimos expressar os sentimentos que os que nos julgam como incapazes de sentir, sentem. Às vezes, acho que o que eu escrevo parece ser sempre sobre sentimentos. É que eu não consigo falar com a boca, mas eu sei falar com a escrita. Assim como a Sia em suas composições tão famosas e com números acima de um bilhão. É da nossa boca que sai a coragem de dizer os sentimentos mais íntimos que quem consegue tanto falar, jamais vai dizer nem por palavras escritas. Mas acho que não vão me entender muito bem. Apenas... Quem nunca perdeu um amor e sofreu? Quem nunca amou tanto que perdeu a cabeça? Quem nunca amou tanto que gritou alto que estava loucamente apaixonada? Minhas histórias e meus textos são sobre isso, pois eu vivi tudo isso. E eu quero falar sobre como foi sentir. Porque sim, nós autistas amamos!
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Eu era a luxúria quando o assunto era ela. A luxúria que explodia dentro de mim, causando a catastrófica história da mulher que foi atingida pelo meteoro chamado se apaixonar loucamente por uma mulher.
Aquele meteoro que surge do nada e causa a confusão da explosão na Terra, deixando os dinossauros da heterossexualidade todos extintos. Deixando as samambaias vivas para que eu as comprasse em floriculturas para a minha amada.
Ela me salvou de mim mesma. Me fez amar o amor que eu não imaginaria amar. Ouvir músicas de amor e dançar abraçada com meu travesseiro porque o meteoro não me tirou a vida. Ele me trouxe uma nova possibilidade de vivências.
E então surgiu a luxúria, louca, profunda e toda dela. Os desejos carnais misturados com os emocionais. O fazer amor como malucas porque o desejo era tudo o que a gente tinha explodindo em nós assim como os vulcões que trouxeram a vida para a Terra. Tanto fogo, tanta vida!
A água inundando mares, rios, lagoa e oceanos... Molhadas em nosso suor feito de amor. O deslizar dos corpos em um ritual de amor. Os corpos unidos em amor. Tudo era sobre a luxúria e o amor.
Me pergunto se o amor lésbico é só sobre isso. Sobre a explosão, o sair da alma do corpo como se não bastasse amar em corpos, mas necessitasse amar em almas. Tão acima, tão intenso.
E foi isso o que eu vivi com ela. O amor das almas ardentes de amor e luxúria. Os desejos na madrugada. As vozes que imploraram por mais um pouco além. Até tudo explodir pior do que o meteoro. Pois o ser humano consegue ser mais destrutivo do que as forças além da que temos controle.
Tudo acabou em uma bomba atômica, restando apenas a lembrança dos fogos de artifício que ainda pipocaram no final, antes de tudo virar nada, ser uma lenda. A lenda sobre ela e eu. Sobre mim e meu amor. Sobre tudo o que era e o que ficou.
Michaela de Aquino, de uma história que eu não vou contar.
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Se eu tivesse dez anos e me perguntassem se eu amaria uma mulher, certamente riria. "Meninas não gostam de minhas." Era o que eu diria.
E aquela menina diria que gostava do menino mais bonito da sala, aquele mais arrumadinho que todas as meninas gostam. Ela não assumiria que, em todos os aniversários, ela sempre se casava com o menino mais feio que poderiam escolher. Seria um sinal?
E a adolescência dela seria sobre como as amigas contariam, em suas litas de beijos, quantos moleques haviam beijado em festas de shows da exposição agropecuária da cidade.
Até que ela se tornaria adulta e veria a menina mais que ela havia visto em uma foto no computador. Pensaria que poderia amar aquela menina, mas duvidaria que aquela menina a amaria.
Meses depois, ela namoraria essa mesma menina porque sim... Meninas podem amar meninas! E aquela me amaria assim como eu amaria ela.
O meu eu de dez anos iria preferir o menino mais bonito da escola porque era o que se tinha. Era o que se ensinava a gostar. E meu eu criança não entenderia os sentimentos pela menina mais bonita da sala, ao ponto de se sentir estranha e diferente.
Mas eu cresceria e daria a mim mesma a chance do amor. Eu amaria uma menina da forma que eles me negaram amar desde cedo. Eu a amaria tanto que faria mundos pensando nela. E ela não saberia sobre eles. Sobre todas as realidades alternativas que eu criaria para nós duas continuarmos a nos amar além dessa.
Eu seria além do que me ensinaram a ser e como amar. Amaria certo, exaltando o meu amor por aquela menina da foto que virou minha namorada, meu amor, minha menina. E talvez meu eu de dez anos não entendesse aos dez anos, mas a menina de dez anos dentro de mim, hoje, entende. Ela entende que venceu. Eu venci. Porque eu amei e amo da forma certa. O meu coração está livre. Eu estou livre.
Michaela de Aquino, de uma história que eu poderia contar.
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Sinto saudades e essa falta me quebra, me retira partes de mim que eu vou precisar amanhã. Está doendo em minha alma, mas preciso ser forte essa noite. Não posso chorar por mais um dia.
Eu quero você aqui comigo. O vazio da sua falta me congela, retirando de mim todo o calor que eu sempre tive por tudo na vida. Eu me sinto tão fria, gelada.
Você se foi e levou com você o fogo que fazia mover minhas engrenagens. Pegou meu calor e o levou com você. Agora, o que resta além do frio da sua partida?
Eu era o vulcão cheio de amor e vida, soltando raios e explosões de magma fervente. Agora, sou a geleira mais profunda da Antártida. Tão profunda no oceano que há em meu interior.
Eu só queria você aqui comigo essa noite, aquecendo a minha cama e me dando o conforto para dormir. Mas tudo o que eu tenho é a insônia e a solidão eterna, fria, cortante.
A menina dos meus sonhos me deixou e eu não sei mais como posso suportar o vazio do que estava tão preenchido em minha vida. Porque ela era o mover das flores dos jardins da minha vida. Aquela brisa que tocava em dias frescos de primavera.
E eu era o verão. A extensão da primavera. O calor do sol. As frutas das flores da primavera. O que me fazia pensar que éramos a extensão uma da outra, aquele completar em que seríamos almas gêmeas
Ela se foi e o que sobrou além do inverno? A neve branca e o gelo no chão. Não o bonito dos filmes, mas aquele que faz você escorregar e machucar. Eu escorreguei. Me machuquei.
O que faço agora? Sofrer? O que? O que? Acho que virei as lágrimas das águas do oceano gelado que há em mim.
Michaela de Aquino, de uma história que eu não postei.
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Ela me toca de leve, descendo os dedos pela minha pele. Sinto o fogo da chama me queimar através do tato dela, como se ela passasse álcool em minha pele e acendesse o fogo, que segue o caminho deixado pelo toque possessivo.
Ela me beija com lábios de quem sabe o que deseja e o que pode conseguir de mim. Como se ela soubesse que manda nos meus sentimentos apenas por me beijar. Eu sei que ela sabe disso, ela sempre soube e sempre saberá.
Ela me ama a noite inteira com os desejos de mil ninfomaníacas. Me joga para cima e para baixo, como se eu fosse o objeto do absoluto desejo que ela sente explodir dentro dela mesma.
Então, me bebe como se eu fosse a taça do vinho mais raro da adega mais cara do mundo. E eu canto com os agudos que somente as melhores cantoras podem atingir. As melodias das notas chegando a fazer o som dos pássaros.
Me deito na cama, sabendo que posso relaxar e absorver do sabor de ser provada até onde não imaginaria que poderia ser. Aquela sensação de que a saciada sou eu, em minha fome, não ela.
O amor é poesia, poema, literatura bem contada quando os dedos que digitam sabem o que estão a digitar. Criam mundos, palavras inesquecíveis, escritas na pele, marcando para sempre de fora para dentro. Algo que somente ela pode digitar, eu apenas poderei ler eternamente em mim.
Michaela de Aquino, de alguma história que eu nunca publiquei.
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Eu escrevo fanfics. Gosto de escrever porque possuem meus personagens favoritos. Como escrevo para mim, o prazer tem de ser meu. Mas minhas fanfics não são só apenas isso... Eu sou perfeccionista e metódica. Faço minhas capas com elementos da história porque eu sempre planejo minhas histórias com início, meio e fim e já no inicio, sei o final. Então faço o mais redonda possível. Quem lê inteira e de uma vez, sempre percebe como eu coloco elementos nela inteira para mostrar como o final é justificado. Eu escolho as músicas, os assuntos e todos os capítulos possuem sempre um início, meio e fim que estão interligados. Nada é jogado. Eu me preocupo com tudo, principalmente com a narrativa emocional das personagens principais porque elas sempre são humanas que aprendem com seus erros e mudam ao longo da história. Elas amadurecem. E eu gosto de fazer elas errarem, terem defeitos, brigarem até... Gosto de colocar idosos porque nossa sociedade tem idosos e sempre apagam eles para colocar apenas jovens, como se não fossemos envelhecer. Gosto de me preocupar com os detalhes, mas não ligo de cometer alguns erros como de escrita porque não sou perfeita e não sou formada em letras. Eu não tenho obrigação de escrever estruturas gramáticas perfeitas. Não sou a maior escritora do mundo, mas eu sei do meu talento. Escrevo poemas, contos, poesias e até livros inteiros. Não é porque são fanfics, que não são livros. São literatura de qualquer forma. Eu apenas uso de personagens e pessoas porque quero, mas se der vontade, crio personagens com nomes e descrições vindas da minha cabeça. É que eu não quero. É simples. Eu sou escritora e ponto. Nasci para ser isso. Escrever. E eu escrevo com amor. Você nota como eu cuido de tudo com carinho e eu amo minhas obras. Nada é imposto. Minhas histórias possuem poucos comentários porque eu nunca exigi que tivessem. Vejo fics muito menos lidas que as minhas e com centenas de comentários a mais e eu não ligo. Apenas quero que quem ler se lembre de mim algum dia. Poxa, amava tanto aquela fic da autora autista que escrevia fanfics com nomes de músicas da Taylor Swift. E eu coloco nomes de músicas dela porque eu fiquei anos em depressão e o Folklore me salvou. Ele me acalma. É um agradecimento à Taylor, mas eu amo outras cantoras também. Rihanna, Katy, Bey, Whitney, Aretha, Billie, Ariana, por aí vai. Eu gosto de música e coloco nomes dos capítulos de músicas de vários artistas, até eletrônica tem. Eu faço para mim, mas fico feliz quando alguém lê e gosta. Fico, mesmo. Não sou a melhor, mas me deixa feliz alguém gostar do meu trabalho. Eu tenho carinho pelo que faço. Significa muito.
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Passei o dedo pelos lábios da minha menina. Dizem... Ou melhor, a ciência diz, que os dedos possuem as digitais para serem antiderrapantes. E as minhas digitais passaram pelos lábios dela, macios, perfeitos, agindo como um antiderrapante em algo liso, tão meu. O toque do meu dedão a fez arrepiar. Eu me arrepiei junto com ela, como se fossemos a extensão do corpo uma da outra, ligadas como se houvesse um corpo só existente, como se fossemos uma só.
E então, a beijei, unindo nossos lábios. O contato imediato causou aquela sensação do choque da percepção da pele macia com a pele macia. E conforme íamos aprofundando nossos lábios e unindo nossas línguas, o calor foi aumentando. Era como se fossemos fogo e gasolina, lábios e bocas, línguas e calor. Contato das peles, do corpo e de almas. Nos tornando cada vez mais duas, unidas como se fossemos um emaranhado de uma só.
- Michaela de Aquino, de alguma história que não publiquei.
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Eu queria ser a lésbica que revolucionou o mundo. Aquela que estaria nos livros de história. Aquela que seria vista como o maior exemplo de lésbica. Que um dia eu seria um achado nesse mundo de informações e escritas. Mas então eu vi que eu seria um achado apenas após a minha morte. As pessoas só valorizam o que já se foi. Pelo menos, na literatura ou na pintura, você só é grande quando está dentro de um caixão porque você vira uma incógnita. A incógnita da arte de se expressar em tinta e papel. Então, eu apenas vivi de escrever. O que eu me transformaria no futuro, apenas os que estariam nele poderiam dizer. Eu jamais veria. Eu jamais saberia se eu me tornei... Ou não... E só esperei que minhas palavras voassem eternamente, com asas longas, abraçando quem as quisesse pertencer.
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Não diga à ela que eu a amo. Não conte e nem murmure. Não diga, por favor! Não fale para ela que eu acordo pensando nela. Aquele tipo de pensar que começa bem antes do despertar por si só. Bem antes de abrir os olhos. Bem antes do saber que acordou. Não, não conte! Não conte dos meus devaneios durante a tarde quando estou tomando aquele café para sentir que a vida está mais bela do que, na verdade, é. Ou que durante as madrugadas de insônia, eu me pego imaginando que estamos em uma realidade alternativa onde somos o casal do ano e temos tudo o que eu sonhei para nós. Não conte, por favor! Não deixe ela saber que eu ainda me lembro do sorriso dela e das mãos. Me lembro até sobre como os pés dela são feios, mas é a estranheza deles que a faz ser especial, diferente, única. Não conte... Não deixe que os murmúrios dos meus lábios digam à ela sobre como eu queria amá-la até o amanhã e o depois disso. Porque ela não quis o meu amor. Esse amor que se recusa a sair do meu peito, enquanto ela está feliz com outra. O que faz não significar nada para ela todas essas coisas. E que me faz ficar aqui me sentindo a idiota da existência terrestre por ainda sentir tanto por alguém que nem se lembra que eu existo. Posso existir nesse planeta fodido e destruído, mas não existo no mundo dela. Só ela que existe no meu. E meu mundo é vazio sem ela. Mas não, não me diga para seguir. Ninguém merece estar ao lado de alguém que não tem o mundo todo para ela. O meu vazio deve ser só meu, sozinho, sem ninguém. Para que eu deixe o alguém que eu poderia ter livre para ter o mundo merecido no peito de alguém de verdade.
- Michaela de Aquino. De alguma estória que jamais cheguei a postar.
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Eu a amava, meu bem. A amava com a pureza de um coração que estava aprendendo a amar. Eu era feita de amor em cada mísero pedaço de mim. E aquele maldito amor era seu. Então... Me diga... Só me diga o porquê você matou o meu amor como se ele fosse a formiga que subiu no pote de açúcar aberto que você deixou em cima da pia da cozinha? Eu me pergunto como as pessoas podem tratar o amor de alguém como se fosse folha de papel que você pode amassar e jogar no lixo. Se é amor, deveria ser bem tratado, mesmo quando não é correspondido. Eu digo, bem tratado. Trate com respeito alguém que te ama. Mas você não fez isso comigo. Para você, eu era papel de rascunho e não folha principal. Eu era aquele rabisco que você riscou. Eu não seria parte do livro da vida da sua vida. Não, eu não seria. E eu não fui.
- Michaela de Aquino. De uma estória que não postei.
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Me sinto um anjo de asas cortadas. Não posso ir para o céu que antes eu ia e flutuava pelas nuvens. Será que é isso o que querem dizer quando falam que o demônio tem asas cortadas? Mas eu não sou um demônio, sou? Pensei que eu fosse um anjo. Um anjo sem asas cortadas que voaria pelos céus na madrugada de uma noite estrelada e veria os vaga-lumes voando pelas matas. Aquelas luzinhas pequenas fazendo companhia à multidão de estrelas brilhando acima de mim. Então, eu me sentiria envolta de luzes, onde eu seria a estrela de uma plateia. Como se eu dançasse nos céus em um show de dança musical em que os grilos, as corujas e os animais da noite seriam o som dos cantores e da banda. Talvez eu esperasse demais de mim quando não sou nada além de um anjo de asas cortadas.
- Michaela de Aquino. Trecho de uma estória que não cheguei a postar.
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Acho que chorei sangue demais em lágrimas de chuva da meia noite. Ela jamais vai saber como machucou meu coração ao ponto de não restar mais nada dentro de mim. A gente só sabe quando foi ferida ao ponto de morrer quando as lágrimas saem como sangue vazando por um corte que furou uma veia. Saem como dois rios pelos olhos, escorrendo pelo corpo e seguindo pelo chão, formando um mar de sangue. Eu estava sangrando até morrer. E morri. Agora, sou apenas uma alma vazia nessa terra devastada que virou meu interior. Não sobrou nada, nem mesmo eu, aqui dentro de mim. Nem sei como ainda não sumi, desapareci. Só sei que continuo aqui, existente, porém sem existir de verdade. Será que eu ainda estou aqui?
- Michaela de Aquino. Retirado de uma estória que não cheguei a postar.
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Caminhei por longas noites olhando para o céu e conversando com cada estrela de todas as constelações que ele poderia me proporcionar a ver. Estava sempre pensando sobre como poderia ter sido nós duas. Eram perguntas frequentes e sem respostas, mas eu continuava me perguntando porque precisava daquelas respostas, todas elas, nem que fosse para eu ouvir que havia sido uma burra e que nunca havia sido amada. Porque, se um dia você voltasse, eu saberia, teria certeza, de quais erros jamais deveria voltar a cometer para que eu pudesse sempre tê-la ao meu lado. Perder você foi a coisa mais dolorosa que eu passei em perdas que eu sabia que jamais voltaria a ter. Só que essas eram perguntas que só você poderia me responder. E você não as responderia para que eu as soubesse porque você me deixou no silêncio de todas aquelas noites sem respostas sobre todas as perguntas que eu gritava para que você, pelo menos uma noite, me respondesse. Eu nunca obtive as respostas e fiquei no vazio que restou dentro de mim. Um vazio que não era preenchido, apenas era jogado, assim como eu me sentia jogada, desprezada e apagada. Quando você aparecia nitidamente diante dos meus olhos em lembranças infinitas, eu apreciava sua luz. Eram lembranças tão infinitas quanto as estrelas que eu olhava ao me perguntar o que eu havia feito de tão ruim para te perder. E então... Eu só pude virar a minha própria luz, minha própria estrela, senão eu permaneceria no escuro do silêncio das suas palavras para sempre e aquilo me destruiria. Foi quando eu abracei ao que tinha de melhor de mim e continuei caminhando. Porque, no fim, a estrela do céu só poderia ser eu.
- Michaela de Aquino. Trecho de uma estória que não postei.
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A minha estória de rock sendo quase essa imagem na minha cabeça. Só muda que a Pil tem o cabelo comprido. Mas é bem isso e a Anin é igualzinho essa com ódio. Seria essa uma fanart perfeita pra minha estória. Amei dar de cara com ela.

ugh!
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