Somos um grupo de estudantes de Medicina Veterinária e criamos esse blog para compartilhar um pouco sobre o mundo da Microbiologia dentro da nossa área. Abortaremos conteúdo de aulas práticas, doenças comuns no ramo da veterinária e posts interessantes.
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TESTES DE SUSCETIBILIDADE BACTERIANA AOS ANTIBIÓTICOS
O Teste de Sensibilidade aos Antibióticos (TSA) é um exame rotinamente feito em microbiologia clínica da capacidade de um antibiótico de inibir o crescimento de bactérias em cultura. Este teste é essencial na escolha do agente a ser usado na terapia do paciente Estes testes são uma medida da sensibilidade de uma bactéria a um antibiótico, permitindo assim a escolha do antibiótico mais eficaz a ser usado contra essa mesma bactéria. Tal como os testes de identificação bioquímica, só são passíveis de serem realizados quando estamos perante uma cultura bacteriana isolada.Se uma bactéria sofre a ação de um antibiótico, esta diz-se sensível; se pelo contrário, o antibiótico não exerce qualquer efeito sobre a bactéria esta diz-se resistente. A resistência pode ser natural ou adquirida (por exemplo, pela transferência de plasmídeos ou por ocorrência de mutações). Portanto, para cada bactéria há um conjunto de antibióticos que são eficazes e outros não eficazes. Ainda, de acordo com a faixa de bactérias sensíveis a determinado antibiótico, podemos classificá-los de largo espectro e de espectro estreito.Segundo o local da bactéria no qual o antibiótico vai exercer a sua ação, podemos definir 5 tipos de antibióticos; os que atuam a nível:Da parede celular;Da membrana plasmática;Da síntese protéica;Da síntese de ácidos nucléicos;Das reacções metabólicas dos precursores dos ácidos nucléicos.
Método de difusão em ágar e ou método dos discos Nesta técnica, discos de papel impregnados com uma quantidade definida de antibiótico são colocados à superfície de um meio de Müeller-Hinton ágar previamente semeado com swab com uma suspensão de bactérias em fase exponencial de crescimento. A partir do disco, o antibiótico difunde no ágar. Após a incubação do meio de cultura 18 h a 37 ºC, verifica-se se existe inibição do crescimento bacteriano ao redor dos discos. A sensibilidade ou a resistência de cada estirpe bacteriana é função do diâmetro do halo de inibição do crescimento formado à volta dos discos de antibióticos.
Para cada antibiótico, mede-se o diâmetro do halo de inibição do crescimento bacteriano e deduzse o valor (aproximado) da CIM (concentração inibitória mínima) do agente antimicrobiano em função da espécie estudada. Com efeito, para um determinado antibiótico, existe uma relação entre o valor do diâmetro do halo de inibição de crescimento e a CIM. Este é estabelecido por estudos comparativos previamente estabelecidos sobre um grande número de espécies bacterianas. Atualmente, o método dos discos é o mais utilizado e o mais rigoroso.
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Identificação de Enterobactérias
As enterobactérias pertencem a família Enterobacteriaceae e são classificadas como Gram negativas. Possuem motilidade variável, oxidases negativa, não esporuladas e crescem em meio de cultura básico (caldo peptona), meios ricos (ágar sangue, ágar chocolate e CLED) e meios seletivos (Mac Conkay, EMB). São anaeróbios facultativos (crescem em aerobiose e anaerobiose) fermentam a glicose com ou sem produção de gás, são catalase positivos , e reduzem nitrato e nitrito. Embora possam ser encontradas amplamente na natureza, a maioria habita os intestinos de humanos e animais, seja como membros da microbiota normal ou como agentes de infecções
Identificação inicial de enterobactérias: Para a identificação das Enterobactérias é observado primeiramente o crescimento destas em placas. O exame macroscópico da cultura permite uma analise do tamanho (diâmetro) das colonias, tipos de bordas, elevações, cor, odor, densidade e consistência. A diferenciação dos gêneros e espécie é realizada por meio de uma série de provas bioquímicas, e a melhor maneira de conseguir a melhor morfologia bacterioscópica é cultivar o microrganismo em estudo no caldo tioglicolato. A série bioquímica é composta de doze provas analíticas, das quais algumas podem ser feitas em conjunto em um tubo de ensaio, e outras devem ser feitas separadamente Essas provas verificam basicamente a presença de determinadas enzimas, emissão de gás e motilidade. A partir da comparação dos resultados de todas as provas, verifica-se o gênero bacteriano analisado.
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Teste da Catalase
Este é um teste bioquímico rápido e fácil usando peróxido de hidrogênio que é usado par a ajudar a diferenciar e identificar bactérias. O teste de si determina a presença da enzima catalase, que é encontrada em muitos tipos diferentes de bactérias e anaeróbias facultativas. Quando o peróxido de hidrogênio é introduzido em um organismo que é catalase positivo, ele é decomposto em hidrogênio e oxigênio, produzindo bolhas. Este teste pode ajudar a diferenciar organismos com o Staphylococcus (catalase+) de Staphylococcus Enterococcus (catalase -).
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Verme:Castrella truncata tamanho:2mm (com dificuldade em se alimentar)
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Resistência Bacteriana
Quando falamos em resistência bacteriana a antibióticos, nos referimos ás bactérias que possuem a capacidade de sobreviver mesmo quando são utilizados antibióticos indicados para determinada doença. Elas possuem estratégias que permitem sua multiplicação mesmo quando submetidas a dosagens altas dessas substâncias.
A resistência ocorre, principalmente, em virtude do surgimento de mutações que conferem ás bactérias, proteção contra antibióticos.Essas mutações ocorrem ao acaso, entretanto, com o uso incorreto de medicamentos, elas acontecem com maior frequência, ou seja, o processo se torna acelerado.
As bactérias possuem diversos mecanismos de resistência aos antibióticos.Os principais são: alteração a permeabilidade da membrana, alteração no local de atuação do antibiótico, bombeamento ativo do antibiótico para fora da bactéria e a produção de enzimas que destorem os antibióticos, Esse último mecanismo destaca-se como sendo a estratégia mais frequentemente observada em bactérias.
Doenças tratadas erroneamente com antibióticos e pessoas que não seguem a dosagem e o tempo certo de tratamento estão contribuindo para a formação de bactérias cada vez mais fortes e fatais. Para evitar o uso incorreto de antibióticos, esses medicamentos são vendidos no Brasil apenas com receita médica, que se deve apresentar data de validade impressa.A Anvisa estabeleceu ainda que, em casos de uso prolongado~, um paciente não pode comprar medicamento suficiente para todo tratamento, devendo retornar mensalmente para uma nova dose.Essas medidas, apesar de serem consideradas pouco práticas por alguns pacientes. é uma forma de inibir o uso incorreto. É necessário criar o hábito na população de comprar medicamentos apenas com receita, e somente quando for recomendado pelo médico.
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Ovos de Tênia spp
O complexo teníase/ cisticercose é causado pela mesma espécie de cestódio, em fases diferentes do seu ciclo de vida. Estas verminoses podem contaminar o homem por meio de alimentos contaminados.
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Antraz é causado por Bacillus anthracis, que são organismos anaeróbios facultativos encapsulados e produtores de toxinas. O antraz uma doença quase sempre fatal nos animais É transmitido aos seres humanos pelo contato com animais infectados ou seus produtores. Em pessoas, A infecção é típicamente adquirida através da pele. A infecção pela inalação é menos comum,infecções orofaringeas, maningeas e gastrites intestinais são raras. No caso de infecções das vias respiratórias e GI, sintomas locais inespecificos são seguidos, em vários dias por doença sistêmica grave,choque e muitas vezes, óbito. O tratamento empírico deve ser feito com ciprofloxacino ou doxiciclina. Vacinas já estão disponíveis.

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A Aids
A aids é a doença causada pela infecção do vírus da imunodeficiência humana (HIV é a sigla em inglês). Esse vírus ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas da o os linfócitos TCD4. O vírus é capaz de alterar o DNA dessa célula e fazem cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar,rompe os linfócitos em busca de outros para a infecção .
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Linfossarcomas em bovinos
Linfossarcomas em bovinos com leucose enzoótica bovina,enfermidade causada por um reteovírus oncogênico. Estes linfossarcomas são pouco ocorrentes são diagnosticadas com LEB, quando testados por métodos patológicos e/ou de biologia molecular. A prova oficial é a imunodifusão em gel agár (IDGA).

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Preparação de mídia. Nesse caso,Agar rosa de flare+ cloranfenicol ,é um meio neutro seletivo recomendado para enumeração de cogumelos e leveduras em alimentos,água e materiais ambientais.
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CULTURA DE LEITE MASTÍTICO
A mastite é uma inflamação da glândula mamária e muitos organismos como fungos, podem causar esta desordem. Essa doença afeta toda a cadeia de produção de leite, desde a vaca por diminuir o bem estar, a saúde, a longevidade, assim prejudica a produção e reprodução. Em relação ao produtor ocorre penalização por baixa qualidade, gastos com medicamentos e mão de obra, para os funcionários que são desviados de suas funções para tratamento de vacas, separação de lotes , aplicação medicamentos etc... Em termos de laticínio ocorre redução do rendimento, pois a mastite causa alterações físicos químicas no leite que causam diminuição nos teores de gordura e proteína que são os componentes mais valorizados. Já o consumidor por reduzir a praticidade, menor tempo de prateleira e pode afetar sua saúde. Por isso a mastite gera prejuízos a toda cadeia de produção seja diretamente ou indiretamente. Portanto, o procedimento de coleta de amostras de leite para a identificação do patógeno causador da mastite é de extrema importância, pois os resultados auxiliam na identificação da origem do problema (se os patógenos são de origem ambiental ou contagiosa), o que é fundamental para traçar metas de um plano de controle efetivo. Pode-se usar a cultura de leite para diagnosticar mastite clínica, mas seu uso principal é na detecção de mastite subclínica. Esta é difícil de diagnosticar porque não há sinais clínicos. Durante o processo de obtenção o úbere da vaca não deve ser lavado antes da obtenção de amostras, a menos que esteja sujo. Neste caso pode-se lavá-lo com água morna e desinfetante na concentração recomendada. O úbere e as tetas devem ser secos com toalhas de papel descartáveis. As amostras de leite precisam ser coletadas assepticamente, pois os micro-organismos da pele do úbere e do ar podem contaminar a amostra, levando a resultados de cultura errôneos e contaminações. As amostras são coletadas primeiramente a partir das duas tetas mais próximas e depois das mais distantes, de forma que o braço de quem está realizando a coleta não encoste por acidente nas tetas desinfetadas antes das amostras serem coletadas. As amostras devem ser coletadas o mais rapidamente possível, com cuidado para não contaminar a tampa do recipiente. Deve-se manter o dedo indicador contra a palma da mão que está coletando a amostra, ao passo que o polegar é usado para coletar o leite. Após o processo de coleta, o material deve ser refrigerado, até que possa ser cultivado
fonte: https://www.milkpoint.com.br/colunas/marco-veiga-dos-santos/cuidados-com-a-coleta-de-amostras-para-cultura-microbiologica-do-leite-205440n.aspx
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Staphylococcus epidermidis and S.aureus
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