Tumgik
pascaltesfaye · 5 days
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TAKE MY SOUL
Chapter 9 - The workaholic (+18)
E é sexta-feira novamente. Durante a semana Javier entrou em contato novamente pra avisar que me buscaria durante a madrugada, então para acalmar os ânimos com Frank eu decidi fazer nosso jantar semanal.
Eu estava na cozinha terminando de preparar um drink pra mim quando ouvi a campainha tocar. Fui até a sala e quando abri a porta estava Frank segurando uma garrafa de whiskey.
- Whiskey? Sério? Eu falei que ia fazer uns drinks pra gente hoje. - Eu suspirei
- Desculpa, Lena. Hoje eu preciso de um whiskey.
Frank foi direto para cozinha pegar um copo, colocou uns cubos de gelo e serviu o whiskey, tomando em seguida.
- Dia difícil? - Perguntei sentando em uma banqueta perto dele
- Dia terrível - Ele bufou - Tá cada vez pior, Morgan só quer saber do Peña e tá caindo o resto da cidade inteira nas minhas costas.
- É, ele realmente tá focado no Peña. - Eu ri fraco e bebi um gole do meu drink
Após alguns minutos em silêncio, Frank me encarou, parecia procurar as palavras certas pra dizer.
- Lena, olha só - Ele parou pra pensar novamente - Eu não sei o que tá acontecendo, mas eu não tô gostando do rumo que as coisas estão tomando. Seu tio foi claramente específico que você tem que tomar muito cuidado aqui, você não pode ficar saindo por aí dando bobeira.
- Frank, eu entendo sua preocupação, mas eu tenho uma família aqui - Eu tentava não olhar em seus olhos, usar a família como desculpa para mentir não me agradava nem um pouco - Já faz bastante tempo desde que eu cheguei, você acha que ninguém sabe que eu tô aqui? - Ele concordou com a cabeça - Esses caras sabem de tudo que acontece.
- Lena, eu só tô pedindo pra você tomar cuidado, tem acontecido algumas coisas e eu não acho que o Morgan… - Ele foi interrompido pela campainha tocando - Falando nele.
Quando eu estava chegando na sala para abrir a porta, Jeffrey já estava dentro de casa.
- Você não trancou a porta, qualquer um pode ter entrado - Ele esticou a cabeça e viu Frank sentado na cozinha - O chefe da segurança deixou isso passar? - Ele zombou, alto o suficiente pra que Frank pudesse ouvir
Eu o olhei sem entender e voltei para cozinha enquanto ele vinha atrás de mim. Jeffrey se sentou em outra banqueta não tão próxima de Frank e o silêncio se fez presente.
- Estou fazendo macarrão com carne. - Eu comentei mas o silêncio permaneceu, então eu me virei para os dois - Eu posso saber o que tá acontecendo? - Cruzei os braços
- São apenas coisas de serviço - Jeffrey deu de ombros
- Achei que vocês fossem parceiros e a gente fosse um time.
- Time? Não sei como se alguém toma as decisões e eu sou sempre o último a saber. - Frank bufou
- Ah pelo amor de Deus, de novo essa conversa? - Jeffrey bateu as mãos nas pernas, aparentemente irritado com a situação
- Vocês estão parecendo um casal - Rolei os olhos - Olha, eu tô pouco me fodendo para os problemas de serviço de vocês, agora nós estamos aqui para aproveitar a sexta-feira, comer o jantar delicioso que eu estou fazendo e encher a cara. Se um de vocês não está disposto a fazer isso numa boa, sabe o caminho da porta!
Eu pude sentir o espanto dos dois quando terminei de falar, aquela situação toda estava me deixando completamente irritada, eu entendo ambos os lados mas estar no meio disso era um inferno.
Terminei de preparar o jantar e nós comemos em silêncio, depois de Frank me ajudar a colocar a louça na máquina eu os servi um copo do drink que havia feito
- Quero saber a opinião de vocês - Eu sorri animada
Eles tomaram o primeiro gole e se olharam, em seguida virando seus olhos para mim.
- Lena, isso é muito bom! - Frank disse após tomar mais um gole
- Muito bom mesmo - Jeffrey concordou após beber o copo inteiro em um gole só e servindo mais
E assim nós seguimos bebendo e conversando sobre tudo o que não envolvia trabalho, Jeffrey e Frank pareciam estar voltando a se acertar. Quando me dei conta já era 01h da manhã e eu lembrei que a qualquer momento Peña poderia me mandar mensagem. Sinalizei para Jeffrey e fingi que ia pegar algo no quarto e ele foi atrás de mim, alegando que precisava usar o banheiro.
- Tá quase na hora de me buscarem - Eu sussurrei para Frank não ouvir
- Vai ser ele quem vai te buscar? É uma boa oportunidade de pegar ele.
- Não. Ele vai mandar a van como sempre. - Eu menti. Por que eu menti? - Ele não é bobo, não vai ficar dando mole por aí.
- É, você tem razão. E a gente não tem nenhuma acusação formal contra ele ainda, não adianta pegar ele sozinho.
- Vocês não tem o que? - Eu sussurrei com raiva - Eu tô me arriscando e vocês não tem a porra de uma acusação contra ele?
- Faz a sua parte que eu faço a minha, tá bem? A gente precisa pegar ele com os carregamentos.
- Porra - Eu rolei os olhos - Frank precisa ir embora, agora.
- Eu vou dar um jeito nisso.
Jeffrey entrou pro banheiro e eu fui para meu quarto, após alguns minutos eu voltei e Jeffrey já estava no sofá lá
- Achou? - Frank perguntou
- Não, eu procurei por tudo mas não achei
- Afinal, você não disse pra gente o que você tava procurando
- Era um…. - Antes de eu precisar inventar algo, o celular de Frank começou a tocar
Depois de alguns poucos segundos no telefone, Frank desligou e bufou, se levantando em seguida.
- Parece que a sexta-feira não acabou pra mim. Preciso ir para o escritório.
- Vamos, eu vou com você - Jeffrey se levantou também
Na hora de nos despedirmos, Jeffrey me abraçou e sussurrou em meu ouvido:
- Me avisa quando você tiver em casa em segurança e por favor tenta descobrir algo dessa vez.
5 minutos depois que eles saíram, meu celular começou a tocar, meu coração disparou ao ver o contato.
- Alô? - Eu fingi não saber quem era
- 15 minutos eu tô passando aí, princesa. Fica pronta.
- Você sabe onde eu moro? - Perguntei receosa
- Existem muitas coisas que eu sei.
Ele desligou e eu senti meu coração gelar, um arrepio percorreu minha espinha e meu estômago se revirou. Ele poderia simplesmente ter perguntado pro motorista da van que me buscou na semana passada ou ter descoberto sozinho. A segunda opção me causou calafrios.
Como eu já estava pronta, decidi ficar bebendo até a hora que uma mensagem chegou em meu celular.
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Terminei de tomar o copo do whiskey que Frank havia deixado e desci. Quando saí de dentro do prédio avistei uma caminhonete enorme e toda preta no outro lado da rua, quando entrei no banco do passageiro pude ver Javier olhando rapidamente para todos os lados
- Vamos, vamos, vamos! - Ele puxou minha porta fechando-a logo quando eu entrei e acelerou, saindo rapidamente da rua
- Você quase fechou a porta na minha perna. - Eu resmunguei e ele riu, pousando uma das suas mãos na minha perna, acariciando com carinho
- Você não podia morar em um bairro mais policial não, porra?
Ele dirigia em alta velocidade, cortando os carros e passando reto pela maioria dos semáforos vermelhos, o que mais me impressionava era a destreza dele fazer tudo isso tão facilmente com uma mão só. Eu fiquei observando seus movimentos e ele riu ao perceber
- Ossos do ofício, princesa. - Ele sorriu girando o volante com uma mão só, olhando diretamente pra mim, sem mesmo olhar para a estrada. Eu não sei o que era, mas o fato dele fazer isso o deixava mais sexy que o habitual.
- Eu nunca vi ninguém dirigir assim. - Eu admiti
- Você nunca viu ninguém como eu - Ele piscou e se aproximou, mordendo levemente meu queixo - Você tá bêbada? - Ele me encarou
- O que? Não!
Ele virou novamente os olhos para estrada, mas dessa vez parou em um semáforo, o que eu estranhei já que ele claramente conseguia passar, do mesmo jeito que ele fez em todos os outros. Mas sua mão rapidamente saiu da minha coxa e se enroscou nos meus cabelos, me puxando com força e grudando seus lábios nos meus, iniciando um beijo intenso, fazendo sua língua explorar cada canto da minha boca.
Mas o beijo não durou muito, em poucos segundos Javier puxou minha cabeça para trás pelos cabelos, me fazendo soltar um leve gemido de dor.
- Tá mentindo pra mim, porra? - Seu rosto estava sério e ele levou a outra mão ao meu pescoço, apertando levemente
- Eu não tô mentindo, eu não tô bêbada! - Eu tentei me soltar mas ele apertou as duas mãos com mais força
- Eu tô sentindo cheiro de álcool em você.
- Você perguntou se eu tô bêbada, não se eu bebi.
Ele permaneceu em silêncio por alguns segundos e então me soltou, voltando a dirigir.
- Você gosta de ser engraçadinha, né? - Ele riu debochado
- Eu não fui engraçadinha, você que fez a pergunta errada. - Eu encostei o cotovelo na janela do carro
- Você tá me respondendo? - Ele riu novamente
Javier era extremamente rápido em seus movimentos então foi questão de segundos para que ele abrisse o zíper da calça e colocasse a mão na minha nuca, puxando meu tronco pra cima dele.
- Você tá precisando ficar um pouco quietinha, vem cá!
Ele puxou seu membro pra fora e logo em seguida colocou na minha boca, soltando um gemido.
- Fica um pouco quietinha aí, usa essa sua boquinha de um jeito melhor do que ficar me respondendo! - Ele empurrou minha cabeça
Eu rapidamente o obedeci e comecei a chupar, percorrendo minha língua por toda a extensão e sentindo a cabeça bater no céu da minha boca. Eu podia ouvir Javier gemendo e mexendo os quadris contra o banco do carro, sua mão ainda estava na minha cabeça, mas não mais empurrando, era como se ele estivesse se segurando em mim.
- Porra, tu é muito boa! - Ele suspirou, acariciando minha nuca e entrelaçando seus dedos em meus cabelos
Eu continuei chupando por alguns segundos até que ele puxou o freio de mão, fazendo o carro bruscamente parar, meu corpo quase voou mas ele rapidamente me segurou.
- Chega, antes que eu bata o carro - Ele riu - Porra Helena, eu dirijo dando fuga com uma mão só, mas essa sua boquinha me desconcentrou. - Ele gentilmente empurrou meu tronco de volta para o banco
- Você não sabe pedir as coisas, não? tem que ser tudo na agressividade?
- Eu não preciso pedir - Sua mão voltou pra minha coxa, apertando levemente - E quando foi que você ficou tão atrevida? Tá achando que só porquê eu fico louco nesse seu jeitinho você pode fazer o que quiser? - Eu rolei os olhos e ele segurou meu queixo com força, virando meu rosto em direção a ele - Não vire os olhos pra mim. - Seu tom agora era completamente sério, quase sombrio.
- Desculpa, eu me esqueci.
- Então reforce a sua memória.
Ele voltou os olhos para estrada e seguiu dirigindo em silêncio por um tempo.
Javier então virou seu tronco, procurando alguma coisa no banco de trás, e quando ele encontrou, parou o carro.
- Vira a cabeça - Pude ver ele segurando uma venda
- Você tá falando sério? - Ele apenas assentiu com a cabeça - Só pode ser brincadeira
Eu virei o rosto para a janela e ele colocou a venda em meus olhos, apertando com força.
- Não é nada pessoal, princesa.
- Você não confia em mim?
- Eu não confio nem em mim. Além do mais, essa venda pode ser bem útil pra mim - Ele riu e apertou minha coxa novamente.
Javier dirigiu por mais alguns minutos e antes de estacionar o carro perto dos outros 4 carros que estavam na garagem, ele tirou minha venda.
Quando eu fui descer do carro, ele rapidamente desceu e abriu a porta pra mim, segurando a mão para me ajudar a descer.
- Você é tão gentil - Eu zombei
- E você não reconhece isso. - Ele zombou de volta
Ele passou o braço por trás das minhas costas, agarrando firme minha cintura. Quando adentramos a casa, todos os olharem se voltaram a nós, principalmente o das mulheres. Pude ver Vanessa sorrir, mas ao mesmo tempo ela me olhou de cima a baixo e sussurrou algo com outra mulher perto dela.
Foram questão de segundos até um dos homens chamar Javier.
- Mas eu não consigo chegar na minha própria casa e beber algo em paz! Mierda. - Ele olhou pra mim e beijou o topo da minha cabeça - Vou resolver algumas coisas, me espera no quarto tá? Vou pedir pra mandarem algo pra gente beber lá.
Eu apenas assenti com a cabeça e fui em direção as escadas, sentindo todos os olhares queimando em mim naquele momento.
Entrei no quarto de Javier e me sentei na cama, até que percebi alguns mapas riscados em cima de uma escrivaninha. Podia ser algo importante então eu chequei a porta e rapidamente tirei foto dos mapas, mandei para Jeffrey, pedi para ele não responder e apaguei tudo.
Depois de alguns minutos um dos homens de Javi apareceu e pediu para que o seguisse. Nós caminhos até um cômodo mais afastado da casa, onde Javier estava sentado com uma expressão seria, com um cigarro entre seus lábios.
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- Você se importa se a gente ficar no meu escritório por enquanto? Tenho que resolver algumas coisas que esses cabróns não conseguem resolver sozinhos. - Ele olhou com raiva para o homem que havia me trazido e ele rapidamente saiu do cômodo - Mandei trazerem algumas bebidas pra gente, você pode servir um copo de whiskey pra mim? Duas pedras de gelo, por favor.
- Você pedindo algo sem mandar e ainda pedindo por favor? O que fizeram com o Javier Peña? - Eu ri
- Quando eu espancar essa sua bunda ai eu quero ver você rir. - Ele disse sério mas sua expressão era tranquila - Anda logo, eu tô com sede.
- Javier Peña, por onde você andou? Tinha outro em seu lugar agorinha - Olhei para ele que não resistiu e riu
- Que que eu faço com você, ein? - Ele segurou minha cintura com força enquanto eu entregava o copo de whiskey pra ele
- Que tal começar sendo mais gentil? - Eu fui servir um copo de whiskey pra mim
- Eu posso pensar no seu caso - Ele riu
Enquanto ele mexia em um monte de papéis e xingava a cada 5 minutos, eu fiquei ali apenas sentada, as vezes conversávamos um pouco e toda vez que ele precisava falar ao telefone, ele saia da sala.
Depois de algumas horas o dia estava quase clareando e eu acabei cochilando na cadeira, acordando somente com o Javier me carregando no colo, ele sorriu ao me ver abrir os olhos.
- Tô levando você pra cama, pode descansar.
Ele então me deitou gentilmente na cama e eu rapidamente adormeci.
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pascaltesfaye · 10 days
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TAKE MY SOUL
Chapter 8 - Back home.
Eu sentia o sangue escorrer de meu nariz. Minha cabeça latejava devido as pancadas e minhas mãos estavam amarradas nas minhas costas, presas a cadeira que eu fui colocada. Eu tentava chorar mas não conseguia, tentava gritar mas não conseguia. Olhei para o chão e pude ver meu celular completamente pisoteado, a última lembrança que eu tinha dele inteiro foi quando ele tocou pela última vez, mostrando o contato de Jeffrey na tela. O celular estava na mão do Javier. Depois disso eu só me lembro de estar assim, prestes a morrer.
- Sua vadiazinha! - Ele apontou a arma para minha cabeça e disparou
Levaram alguns segundos até eu perceber que já estava em casa. Minha mão correu rapidamente pela cama em busca de meu celular, fiquei aliviada ao ligar a tela e ver que já era terça feira e eu estava realmente em casa, havia sido apenas um pesadelo.
No sábado javier dormiu desde a hora do filme até de madrugada, quando um de seus capangas o acordou e eles saíram, assim eu não o vi mais até ir embora no domingo.
Quando cheguei em casa tomei alguns remédios para dormir e fiquei igual um zumbi até finalmente acordar agora, no meio da tarde de terça-feira.
Depois de muito esforço consegui levantar de minha cama e fui em direção ao banheiro. Tirei minhas roupas e fui para de baixo do chuveiro, tomando o banho mais relaxante que pudesse. Ao sentir a água escorrer pelo meu corpo a minha mente trabalhava sem parar. O final de semana não havia sido tão ruim quanto eu pensava, apesar de eu ter sido tratada basicamente como uma boneca sexual, ele não me machucou. Muito pelo contrário, ele me tratou bem, na medida do possível é claro. Mas, ainda assim existia algo que embrulhava a boca do meu estômago e fazia meu coração disparar, eu tenho que continuar mas o pensamento dele acabar descobrindo tudo invadia minha mente.
Terminei o banho e assim que terminei de me vestir, ouvi a campainha tocar. Ao abrir a porta me deparei com Jeffrey e o abracei com força.
- Desculpa não ter conseguido vir antes, aquele filho da puta aprontou de novo. - Ele suspirou e beijou o topo da minha cabeça
- O que importa é que você tá aqui agora! - O abracei com mais força enquanto ele acariciava minhas costas
Depois de alguns segundos abraçados, Jeffrey segurou minha mão me guiando até o sofá, sentamos e ele alisou meu rosto.
- Como você tá?
- Fisicamente bem. - Suspirei
- Foi tão horrível assim?
- Bom, ele não me tratou mal em nenhum momento, mas eu…. - Respirei fundo - Eu tive que transar com ele. - Minha voz saiu fraca
- Ah! - Ele mexeu os ombros - Mas isso a gente já sabia que você teria que fazer, não é? - Eu concordei com a cabeça e ele continuou - O que importa é, ele pareceu confiar em você?
- Eu não sei, quer dizer, foi apenas um final de semana, ele obviamente não me falou nada.
- Eu preciso saber tudo o que aconteceu.
Depois de eu contar detalhadamente tudo o que havia acontecido no final de semana, Jeffrey me olhou com um brilho nos olhos.
- Isso é bom, isso é muito bom - Ele sorriu - O idiota definitivamente gostou de você, não vai demorar muito pra você descobrir algo!
- Jeffrey, eu não sei se consigo continuar… - Eu abaixei a cabeça
- Não, não, não - Ele segurou meu queixo com a ponta dos dedos e gentilmente ergueu meu rosto novamente - Agora você já começou e começou bem, a gente não pode parar agora. Você vai conseguir e não vai demorar muito. Eu tô aqui do seu lado, a gente vai conseguir prender esse desgraçado e ainda vamos descobrir quem fez aquilo com seus pais. Só confia em mim, tá?
Eu apenas concordei com a cabeça e Jeffrey se aproximou lentamente, selando seus lábios nos meus. O beijo que começou calmo foi se tornando gradativamente mais intenso, Jeffrey começou a me deitar no sofá mas eu o segurei pelos ombros.
- Desculpa, eu ainda não consigo.
- Tudo bem - Ele concordou mas seu tom de voz demonstrava claramente uma irritação - Ele falou alguma coisa sobre o próximo final de semana? Vanessa estava furiosa ao telefone e não quis me dar detalhes.
- Eles tiveram uma conversa sobre os homens de Peña não estarem mais satisfeitos com as mulheres que ela leva e ele mandou ela levar todas embora.
- E você ficou?
- Sim, ele exigiu que eu ficasse.
- Isso é bom, Helena! - Ele sorriu - Isso é muito bom! Ele falou alguma coisa sobre você ir pra lá no próximo final de semana?
- Ele saiu na madrugada de sábado pra domingo e eu não o vi mais.
- Foi quando ele nos fodeu de novo - Ele rosnou - Por que você não me avisou?
- Ele pegou meu celular! Só consegui pegar de volta quando eles vieram me deixar em casa.
- Eu tenho mais um problema pra resolver - Ele bufou sem desviar os olhos do celular
- O que foi?
- Frank - Ele me olhou - Ele me encheu o saco por você estar passando tanto tempo fora de casa, eu tentei desviar a atenção mas ele não tá nada contente com isso.
- Tem alguma coisa que eu possa fazer pra ajudar?
- Não, deixa que eu vou resolver isso - Ele se levantou - Eu preciso ir, só vim ver como você estava.
- Você não vai ficar? - Eu perguntei sem conseguir disfarçar o tom deprimido
- Não, eu preciso voltar ao trabalho. - Ele beijou o topo da cabeça - Assim que eu tiver um tempo livre eu volto pra gente combinar mais coisas sobre o plano.
Assim que Jeffrey saiu eu fui até a cozinha preparar algo pra comer, já que pude ouvir minha barriga roncar de fome. Fiz um sanduíche e quando me sentei no sofá para assistir tv pude notar uma mensagem de um número desconhecido em meu celular.
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Senti um arrepio percorrer meu corpo após essas mensagens, ele agora havia meu número e essa merda ficava cada vez mais real. Meu estômago ficou tão embrulhado que foi quase impossível comer meu sanduíche, eu tive que apenas o empurrar pra dentro.
Decidi ir pra academia pra tentar ocupar minha cabeça, confesso que além de tudo estava um pouco chateada com Jeffrey e suas reações ao que aconteceu, mas novamente tentei me concentrar no meu principal objetivo que era descobrir quem havia matado meus pais, afirmando para mim mesma que não há nada que eu não faça para descobrir quem fez isso e vinga-los.
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pascaltesfaye · 15 days
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TAKE MY SOUL
Chapter 7 - Pizza (+18)
- Porra! - Foi a única palavra que saiu da minha boca quando acordei vendo a luz de fora atingir o quarto.
Eu estava sozinha na cama e juntei minha bolsa, procurando meu celular.
- Eu o guardei pra você! - Me assustei ao ver Javier encostado na porta - Está com fome? - Ele perguntou sem olhar diretamente pra mim
- É, acho que sim - Minha voz saiu rouca
- Ah, por favor - Ele rolou os olhos - Te ouvi gemendo como uma puta ontem, acho que já passamos do estágio da vergonha.
Eu concordei com a cabeça e me sentei na cama, puxando a coberta para cobrir meu corpo.
- Que horas são? - Eu ainda estava meio zonza
- Tarde - Ele riu e puxou a coberta de volta, deixando meu corpo novamente a mostra - Vou pedir pra fazerem alguma coisa pra você comer, só um minuto.
Ele saiu do quarto e eu percebi que ele realmente estava com meu celular. Merda! Obviamente eu não era burra de deixar nada nele que pudesse estragar o plano, mas o nervosismo de saber que ele estava com meu celular começou a me corroer.
- Aqui! - Ele apareceu de volta com uma bandeja com algumas frutas, um pão na chapa e um copo de suco de laranja.
Ele colocou a bandeja na cama e sentou-se perto de mim, roubando uma das uvas.
- Coma! - Ele ordenou, ríspido.
Eu o obedeci e comecei a comer enquanto ele me observava, as vezes pegando algumas frutas e comendo também.
Ele não tirava os olhos de mim nem por um segundo e isso estava me deixando completamente desconfortável.
Terminei de comer e o agradeci. Javier segurou meu queixo, me fazendo olhar em seus olhos.
- Vá para o banho, no armário tem tudo o que você precisa!
Ele se levantou e saiu do quarto enquanto eu fui em direção ao banheiro.
Parei em frente ao espelho e então as lágrimas vieram com força. Eu estava assustada, estava sem saber se conseguiria continuar fazendo aquilo, e se conseguisse, por quanto tempo seria.
Depois de alguns minutos de crise, respirei fundo e tentei relembrar de meu objetivo ao fechar os olhos. Haviam tantos traficantes na casa ontem e talvez um deles seja o responsável pelo o que aconteceu com meus pais, e nesse momento era só isso que me importava.
Abri a porta do armário como ele havia dito e peguei uma toalha, escova de dentes, shampoo e condicionador.
Após terminar meu banho e fazer minhas higienes, voltei para o quarto enrolada em uma toalha. Javier entrou no quarto e sorriu malicioso ao me ver daquela forma.
- Vem aqui! - Ele me chamou e eu me aproximei - Assim fica difícil não querer ficar o dia todo com você nesse quarto - Ele riu e passou levemente os dedos pela toalha, a arrancando em seguida. - Vá se vestir, temos que descer!
Eu concordei e me vesti rapidamente enquanto ele me esperava na porta do quarto. Nós descemos de volta para a sala principal onde eu estava na noite passada e parecia simplesmente que havia passado um furacão lá. As cadeiras estavam todas espalhadas, havia droga por todo lado, garrafas e copos de bebida jogadas pelo chão e alguns homens dormiam em sofás.
- Por Cristo! -Javier bufou e revirou os olhos - Vocês são porcos? - Ele gritou com raiva
Os homens que lá dormiam levantaram assustados e logo Vanessa apareceu.
- Vanessa! - Ele sorriu - Era exatamente com você que eu gostaria de falar.
- E no que eu posso te ajudar? - Ela sorriu e alisou o peitoral dele, mas ele afastou a mão dela
- Sinto em dizer que não trago boas notícias. - Ele sorriu sínico - Infelizmente meus homens estão cansados de suas “amigas”, você entende né? Pizza é uma delícia mas comer só pizza enjoa - Ele riu de sua própria analogia
- Então não vamos continuar a festa? - Ela perguntou, confusa
- Não, é claro que a festa vai continuar - Ele riu - Mas vocês vão embora hoje.
- O que? - Ela parecia não acreditar - Seus amiguinhos não estão satisfeitos? Cábrons!
- Cuidado! - Ele a repreendeu, sua voz era alta e ríspida
- Desculpa, Javi! Mas isso nunca aconteceu antes.
- Vanessa, querida - Ele afagou os cabelos dela - Você sabe que o problema não é com você. Seus serviços já me atendem a muitos anos e você sabe o quão satisfeito eu sempre fiquei - Ele sorriu - Mas, eu tenho que agradar meus homens também. Você entende, não entende? - Ela concordou com a cabeça - Isso não quer dizer que eu dispenso seus serviços, jamais! Semana que vem eu quero que traga outras meninas, carne nova. - Ele sorriu - Junte suas garotas, a van já está lá fora esperando.
- Vem! - Ela fez sinal pra mim e eu respirei aliviada de finalmente poder ir embora, mas meus pensamentos foram interrompidos por Javier segurando minha mão.
- Não, não, não, não, não! - Ele sorriu - Você fica! - E me puxou novamente para perto dele - Você tem muito que me divertir ainda - Ele sussurrou perto do meu pescoço e eu segurei a respiração por alguns segundos.
- Você pode me devolver meu celular?
- você não vai precisar usar seu celular! - A voz dele era séria mas sua expressão continuava normal - Eu vou te manter bem ocupada, não se preocupe.
Ele enfiou novamente seu rosto em meu pescoço, depositando alguns beijos por toda a extensão, fazendo com que eu murmurasse baixo.
- Não me obrigue a te levar de volta pro quarto agora - Ele subitamente parou e segurou meu queixo, olhando em meus olhos.
Nossa troca de olhares durou alguns segundos até que um dos homens se aproximou
- Peña, tem um minuto? - Ele fumava um cigarro e suas roupas estavam completamente desalinhadas do seu corpo
Javier concordou e simplesmente saiu com o homem, me deixando ali sem dizer uma palavra.
Enquanto meus olhos percorriam pela sala analisando cada detalhe, reparei em uma mulher aparentemente na casa de 55/60 anos tentando carregar várias taças sujas de volta para cozinha
- Aqui, deixa que eu te ajudo! - Peguei algumas taças e ela me olhou surpresa
- Obrigada, mas a senhora não precisa me ajudar. - Ela sorriu, ainda com uma expressão surpresa
Eu sorri em resposta e em silêncio continuei a ajudando.
- Muito obrigada! - Ela me olhou agradecida quando chegamos na cozinha - Não é costume de quem vem aqui oferecer ajuda. - O sorriso dela sumiu ao completar a frase, dando espaço para uma expressão preocupada, como se tivesse automaticamente se arrependido do que havia dito
- Você não precisa me agradecer. - Sorri de volta - Digamos que compaixão não é o ponto forte desse pessoal - Eu disse baixinho e nós duas rimos, o que fez a expressão dela ir se tranquilizando novamente.
Fiquei um tempo ali na cozinha com ela, conversamos um pouco, eu estava tentando descobrir algumas coisas sobre as pessoas que estavam naquela casa mas sem parecer muito curiosa para não levantar suspeitas
- Aí está você! - Ouvi a voz grave de Javier anunciando sua entrada na cozinha - Vejo que conheceu Margareth - Ele sorriu para ela e parou do meu lado - Margareth fará a melhor comida que você vai experimentar na sua vida! - Ele riu e sua boca se aproximou do meu ouvido - Além da minha, é claro.
Senti um arrepio correr pelo meu corpo quando sua respiração quente tocou minha pele e Javier prontamente percebeu isso pois era exatamente o que ele queria.
- Margareth, sirva o almoço por volta das 15h, hoje todo mundo acordou tarde.
- Sim, senhor! Faço o suficiente para os rapazes também?
- Sim, se eu não forço esses merdas a comerem eles vivem só de droga - Ele rolou os olhos - Se não sou eu, não conseguem segurar uma arma em pé.
- Que horas são? - Eu perguntei e ele apontou para o relógio da cozinha que marcava 12h20
- Ja fizeram bastante fofoquinha? Vamos!
Ele segurou minha mão e fomos novamente em direção ao quarto dele, ao entrarmos ele trancou a porta e veio em direção a mim.
- Não quero você andando sozinha por aí, entendeu? - Ele segurou meu queixo, me olhando por alguns segundos - Caralho, você é muito linda!
Javier enroscou seus dedos em meu cabelo e me puxou para um beijo. Sua língua explorava cada canto da minha boca com calma e ao mesmo tempo com desejo. Sua outra mão pousou em meu pescoço, apertando levemente.
Minhas mãos pousaram em torno de seu pescoço, minhas unhas levemente arranhando até sua nuca. Por alguns momentos minha mente simplesmente esquecia de quem ele era e meu corpo somente aproveitava o calor que havia entre nós.
- Vem aqui! - Ele me conduziu lentamente até a cama, enquanto ainda nos beijávamos, ao tentar subir na cama ele me puxou de volta - Não, não! Eu tenho outra ideia.
Javier sorriu e deitou meu tronco de bruços na cama, de forma que minhas pernas ainda estivessem no chão, mas da cintura pra cima meu corpo estava deitado na cama.
- Isso, assim mesmo que eu quero você.
Eu podia sentir o tesão em sua voz enquanto ele tirava a camisa
- Você é muito gostosa! - Ele deitou seu corpo por cima do meu, afundando seu rosto no meu pescoço - Até seu cheiro me dá tesão - Ele cheirou meu cabelo e o enrolou em uma de suas mãos - Eu vou te comer bem gostoso, tá?
Eu concordei com a cabeça e ouvi o zíper de sua calça sendo aberto, foram poucos segundos até que senti seu membro completamente inteiro dentro de mim. Eu rapidamente puxei um travesseiro e enfiei o rosto para abafar meu grito, fazendo Javier soltar uma risada satisfeita.
- Você é sensacional! - Ele murmurou e puxou meus cabelos com força, fazendo meu rosto se afastar do travesseiro - Eu quero ouvir você gritar, sua putinha!
Eu sentia que meu corpo ia se partir ao meio a qualquer minuto, aquela posição deixava claro o quão grande Javier era e o quão fundo ele poderia ir.
Após alguns segundos, a dor intensa começou a dar espaço a um prazer avassalador, principalmente ao ouvir ele gemer e grunhir enquanto metia com força e puxava meus cabelos.
Alguns gemidos de prazer começaram a escapar da minha boca, o que agradou muito Javier, fazendo ele rir e aumentar ainda mais a velocidade.
- Tá gostando, né? - Um tapa atingiu com força minha bunda - eu vou acabar com essa sua bucetinha - Mais um tapa
Javier então soltou meu cabelo e segurou minhas duas mãos nas minhas costas, fazendo com que meu corpo ficasse totalmente no controle dele.
- Caralho! - Ele gemeu ao aumentar ainda mais a velocidade
O barulho de suas bolas batendo na minha bunda se misturava com nossos gemidos e aquela era a trilha sonora perfeita para aquele sexo. Eu então decidi tomar uma atitude e comecei a rebolar meu quadril, fazendo seu pau dançar dentro de mim.
- Vagabunda! - Ele gemeu alto e mais um tapa atingiu minha bunda - Você gosta de ser minha putinha, não gosta? - Mais um tapa - Continua, rebola pra mim, me faz gozar! - Ele ordenou com um tom de voz autoritário
Não demorou muito até que sua respiração ficasse mais pesada e ele agarrou meu quadril com força, a velocidade das suas estocadas aumentou me fazendo arrancar o lençol da cama devido a força que eu o puxei
- Vadia! - Ele grunhiu e seu corpo se estremeceu por completo, sua respiração pesou ainda mais e ele diminuiu drasticamente o ritmo de suas estocadas, mas não parando por completo - Você já gozou? - Ele deitou seu corpo por cima do meu e beijou meu pescoço. Eu apenas murmurei um sim e ficamos em silêncio, apenas ouvindo nossas respirações completamente pesadas.
- Eu preciso de um banho! - Ele se levantou após alguns minutos e foi em direção ao banheiro
Com um pouco de esforço eu deitei completamente na cama, meu corpo estava fraco e eu ainda estava tentando recuperar a minha consciência do que havia sido aquilo. Apesar de tudo, eu não podia negar o quão incrível ele era no sexo e o quanto ele se demonstrava preocupado em saber se eu estava satisfeita também.
- Tira seu vestido, vou pedir pra lavarem e vou arrumar uma roupa pra você! - Ele saiu do banheiro só de toalha na cintura depois de alguns segundos
Foi só aí que eu percebi que tudo havia acontecido e eu estava de vestido, meu pensamento me fez soltar uma risada baixa.
- Você achou que tava pelada, não achou? - Ele riu quando eu concordei - Eu te deixei tão louquinha assim, foi? - Ele veio até mim e se aproximou do meu rosto, mordendo meu lábio inferior.
Minha respiração falhou e ele riu e se afastou de novo.
- Tira o vestido! - Ordenou
Eu tirei o vestido enquanto ele se vestia e fui em direção ao banheiro.
Tomei um banho e senti meu corpo extremamente relaxado. Ao voltar pro quarto o nosso almoço já estava servido em uma mesa.
- Separei uma roupa minha pra você - Ele apontou pra cama - Se veste e vem aqui! - Ele já estava sentado à mesa.
Vesti a roupa que parecia um pijama e me sentei à mesa também. Comemos em silêncio e novamente ele não tirava os olhos de mim por um segundo.
- Você me deixa constrangida assim - Eu falei após largar os talhares no prato - Não deveria ficar encarando uma pessoa enquanto ela come.
- Ah é? - Ele riu debochado - Eu te deixo nervosa?
- Nesse caso não é legal
O sorriso sumiu do rosto dele e sua expressão se tornou irritada.
- Eu não dou a mínima se você acha algo que eu faço legal ou não - Ele serrou os dentes
Eu desviei o olhar e me levantei da mesa
- Já terminou? - Apontei para o prato dele - Vou levar isso pra cozinha
Minha pergunta o fez rir. Ele levantou e veio até mim.
- Você não vai a lugar nenhum. Vamos assistir um filme agora.
Deitamos novamente na cama e ele entregou o controle para mim.
- Vai me deixar escolher o filme? - Eu ergui a sobrancelha
- Eu vou dormir de qualquer forma - Ele deu de ombros
Javier passou seu braço por trás do meu pescoço e me aninhou em seu peito. O filme começou e assim como ele havia dito, em poucos minutos ele pegou no sono.
Eu não conseguia dormir, assisti o filme até o final mas sem prestar muita atenção, minha mente estava cheia pensando em tudo o que estava acontecendo.
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pascaltesfaye · 19 days
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TAKE MY SOUL
Chapter 6 - The first friday (+18)
Ao contrário do que eu esperava, o tempo passou mais rápido do que deveria e já é sexta feira. Durante o dia, Vanessa me ligou para combinar os últimos detalhes. Iríamos hoje a noite e a festa duraria até domingo. Eu deveria vestir uma roupa curta mas nada muito escandaloso, já que meu objetivo era chamar a atenção dele de um jeito mais diferente. Ela me buscaria em casa por volta de 19h.
Como era sexta feira, de costume teríamos nosso jantar aqui em casa e então Jeffrey ficou responsável por falar com Frank, inclusive inventar uma desculpa para o fato de que eu passaria o final de semana fora. Ele disse a Frank que a família de minha mãe me convidou para ficar lá, Frank não gostou muito da ideia mas depois acabou cedendo.
Não consegui fazer muitas coisas durante o dia, nem mesmo comer, eu estava tão nervosa que meu apetite havia sumido.
Quando estava perto do horário de Vanessa me buscar, eu tomei um banho longo, aproveitando cada segundo. Coloquei um vestido preto colado com um decote discreto e saltos altos, fiz uma maquiagem e me sentei no sofá esperando a Vanessa.
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Apaguei as mensagens como Jeffrey solicitou e Vanessa logo me ligou avisando que já estava lá embaixo.
Peguei minhas coisas e quando desci pude ver uma van branca na frente do prédio, a porta se abriu e Vanessa apareceu.
- Bem vinda a limousine do patrão - Ela riu e fez sinal pra mim entrar
Eu entrei na van e me deparei com mais umas 15 mulheres, até que Vanessa me puxou para o fundo para conversarmos.
- Olha, eu sei que a gente não começou com o pé direito lá no bar, mas eu faço isso a muitos anos e sei o quanto isso é assustador na primeira vez, especialmente você que tem um objetivo específico. - Eu concordei com a cabeça - mas vai dar tudo certo, ok? Só faça tudo o que mandarem. O Peña é sempre o último a chegar, então assim que nós chegarmos lá, alguns amigos e capangas dele já estarão lá, apenas siga o que as meninas fizerem.
Eu concordei com todas as instruções dela e agradeci pela ajuda, depois de uns 20 minutos a van parou e as meninas começaram a descer.
Fiquei deslumbrada ao ver a casa assim que saí da van, era uma verdadeira mansão, na frente havia 5 carros todos de luxo.
- É a casa do Peña! - Vanessa parou novamente ao meu lado - Por isso os vidros da van são completamente escuros, não temos permissão pra saber a localização.
Então entramos na casa, assim como ela já havia me informado, já haviam alguns homens lá. O som tocava um reggaeton alto e as meninas começaram a se espalhar pela casa, indo cada uma em direção a um dos homens presentes lá. Enquanto eu caminhava pela casa, um homem segurou minha mão e me puxou até onde ele estava sentado.
- Vem aqui, princesa - Ele me olhou de cima a baixo e me botou sentada em seu colo
- Oi, meu bem - Eu sorri, tentando não demonstrar o quão nervosa eu estava, mas ele não reparou pois estava muito focado em alisar meu corpo.
Ele começou a beijar meu pescoço e eu só queria sair correndo dali, eu contava os segundos pra aquilo passar.
Depois de um tempo dele me apertando e beijando meu pescoço, ele parou ao ouvirmos um barulho. Peña havia chegado e entrou na casa estourando uma garrafa de champanhe, fazendo as meninas gritarem ansiosas por ele.
Meus olhos pousaram nele e eu fiquei impactada por ver o homem mais bonito e sexy que eu havia visto em toda minha vida. Ele tinha cabelos pretos, um bigode extremamente sensual, os ombros eram largos, seu nariz era grande mas de um jeito que combinava com seu rosto, os lábios eram perfeitamente desenhados e seus olhos eram de alguém que conseguiria tudo o que quer com apenas um olhar. Levou alguns segundos até eu me lembrar de quem ele era e qual era o meu real objetivo ali.
Assim que ele entrou, ele passou por mim mas sem nem sequer notar minha presença. De longe vi Vanessa ir o cumprimentar mas ele não pareceu dar muita atenção pra ela.
- Hey! - O homem chamou minha atenção novamente - Meu copo está vazio e eu estou com sede. - Ele me entregou o copo
Fingi não sentir o tapa que ele me deu na bunda quando levantei e fui em direção a mesa das bebidas, durante o caminho meus olhos correram por toda a casa procurando por Peña, mas não obtive sucesso. Coloquei algumas pedras de gelo no copo, whiskey e antes mesmo de levar de volta para o homem, bebi. O que eram pra ser somente uns goles acabaram esvaziando o copo e eu o enchi novamente, quando me virei pra voltar aonde eu estava, acabei dando de cara com alguém, ele estava tão perto de mim que ele rapidamente tirou o copo da minha mão, pois eu quase o derrubei com a batida.
- Tome mais cuidado! - Quando eu subi o olhar para seu rosto pude ver que era Peña, me encarando com um olhar misterioso
- Desculpe - Eu falei baixo, minha voz quase não saiu
- Você é nova, não é? - Ele largou o copo de volta na mesa - Não lembro de te ver aqui antes - Ele botou a mão no meu rosto, passando o dedão pela minha bochecha - Eu com certeza lembraria desse rostinho lindo. - Eu apenas concordei com a cabeça e ele riu - E o seu nervosismo deixa isso bem claro também. - Ele aproximou seu rosto do meu e eu senti minha respiração enfraquecer.
Ele estava tão perto que eu sentia sua respiração e seu hálito em meu rosto, ele olhava diretamente em meus olhos e seu dedo ainda acariciava lentamente meu rosto, até que nos viramos ao ouvirmos uma voz irritada
- Que porra de demora é essa pra pegar um whiskey? - Era o homem com quem eu estava minutos atrás, seu corpo se enrijeceu quando ele viu que eu estava junto de Peña. - Desculpa chefe, eu não vi você aí e…. - Ele apenas fez um sinal para que o homem saísse dali e se virou novamente pra mim. - Acho que teremos que ir para um lugar mais privado para conseguirmos conversar - Ele sorriu
Apenas concordei com a cabeça e o segui pelas escadas, eu sabia onde aquilo ia levar e senti meu coração quase saindo pela boca quando adentramos um enorme quarto.
- Sinta-se a vontade - Ele sorriu enquanto colocava a arma que carregava na mesa ao lado da cama e abria o pequeno freezer - Whiskey?
Eu concordei com a cabeça e ele serviu dois copos de whiskey, me entregando um.
- Acho que até agora eu não ouvi sua voz direito - Ele riu e novamente se aproximou de mim, segurando meu queixo em direção ao seu rosto - O que inclusive está me fazendo imaginar como você deve ser gemendo, se é tão envergonhada assim. - ele riu baixo e eu senti meu rosto queimar
- Desculpe - Eu tentei fazer minha voz sair em um tom normal, mas falhei novamente, o fazendo rir mais uma vez.
- Está tudo bem - Ele sorriu - Mas você ainda não me disse seu nome.
- Meu nome é Helena. - Dessa vez minha voz saiu em um tom mais tranquilo
- Um nome bonito para uma moça tão bonita - Sua mão agora segurava o meu queixo com um pouco mais de força enquanto ele olhava diretamente em meus olhos - Essa sua timidez está me dando vontade de fazer coisas com você que talvez você não goste.
Eu engoli a seco quando ele me soltou e serviu seu copo mais uma vez..
- Você não deu um gole ainda, beba! - Ele ordenou, ríspido
Eu rapidamente o obedeci, a sensação do whiskey descendo pela minha garganta começou a esquentar meu corpo por dentro, me fazendo relaxar aos poucos. Antes mesmo de meu copo se esvaziar, ele o completou novamente.
- Muito bem - Ele sorriu satisfeito ao me ver bebendo
Depois de mais uns 2 ou 3 copos, eu me senti completamente relaxada e Peña obviamente percebeu isso
- É o suficiente pra você, por hoje. - Ele tirou o copo da minha mão e eu rolei os olhos, ele rapidamente parou o que estava fazendo e veio em minha direção, novamente segurando meu queixo com força - Você rolou os olhos para mim? - Eu concordei com a cabeça - Não faça isso! - Seu tom de voz era duro
- Você é tão mandão! - Eu definitivamente não deveria ter bebido tanto, o álcool estava tendo um grande efeito em minhas atitudes, mas ao contrário do que eu imaginei, o meu comentário o fez rir.
- Você me acha mandão? - Eu concordei novamente com a cabeça - você vai ver o quão mandão eu posso ser quando eu te jogar nessa cama e fizer tudo o que eu quero. - Ele desceu a mão até o meu pescoço e o apertou levemente, me pegando desprevenida e num reflexo acabei mordendo o lábio inferior.
O corpo de Peña se enrijeceu quando ele notou o que eu havia feito e então sua mão rapidamente saiu de meu pescoço e se enrolou com força em meus cabelos, sua língua invadiu minha boca e eu pude sentir seu corpo totalmente contra o meu.
Era um beijo cheio de tesão, eu sentia como se a qualquer momento ele fosse acabar me engolindo. Sua outra mão desceu até minha cintura e a apertou com força, colando mais ainda meu corpo no dele. Minhas mãos subiram até seu cabelo e eu passei levemente minhas unhas em sua nuca.
Senti seu corpo arrepiar e ele abruptamente parou o beijo, segurando mais uma vez em meu pescoço, agora com um pouco mais de força.
- É bom você saber, eu não vou ser bonzinho com você! - Ele me olhava quase que com desdém - E você vai fazer tudo o que eu mandar. - O tom dele não era de pergunta e sim de ordem, mas mesmo assim eu concordei
- De joelhos, agora! - Suas mãos foram até meus ombros, me empurrando em direção ao chão - Boa menina, agora vem aqui!
Eu não tive tempo sequer de pensar algo quando com uma mão ele agarrou em meus cabelos e com a outra já estava abrindo a calça
- Você vai ser bem boazinha - Ele colocou o dedo em minha boca, a abrindo lentamente - Eu pensei no que fosse fazer com essa sua boquinha desde que eu botei meus olhos em você - Ele sorriu e então seu membro preencheu minha boca. - Chupa bem direitinho! - Ele ordenou e mesmo assustada, eu o obedeci
Comecei a chupa-lo e ouvi um gemido escapar de seus lábios, eu sabia que não podia o decepcionar e com a ajuda do álcool presente no meu corpo, fui chupando com vontade, passando a língua por toda sua extensão
- Caralho! - Ele gemeu e segurou minha cabeça com força, empurrando tudo dentro da minha boca.
Eu segurei o ar por alguns segundos e senti meus olhos se encherem de lágrimas quando ele me soltou.
- Você é muito boa, porra! - Sua mão passou pelo meus cabelos, quase como um carinho
Continuei chupando e fui descendo até suas bolas, passando a língua desde lá até a cabeça de seu pau. Ele me olhou completamente surpreso pela minha atitude e segurou com mais força meus cabelos.
- Vem cá! - Ele me puxou pra cima de novo - Assim você vai me fazer gozar e ainda estamos só começando - Ele riu ofegante e me beijou - Você é uma putinha, não é? - Sua mão apertou meu pescoço e assim ele me levou até a cama, me jogando na mesma.
Levaram-se poucos segundos até ele tirar completamente meu vestido, quase o arrancando de meu corpo.
- Você é muito gostosa - Ele me olhou admirado e esticou o braço, abrindo a gaveta da mesinha de cabeceira e pegando uma camisinha - Eu já te avisei, eu não vou ser bom com você - Ele colocou a camisinha - Mas você pode gritar o quanto quiser. - Ele riu
Javier tirou a camisa e deitou seu corpo sobre o meu, me beijando novamente e então eu senti ele colocar tudo de uma vez só, me fazendo soltar um grito que foi abafado por seus lábios. Ele riu satisfeito e então começou a dar ritmo em suas colocadas. Ele era forte, muito forte. Eu sentia seu pau batendo na parede do meu útero como uma pancada, mas apesar da dor, era extremamente prazeroso. Alguns gemidos começaram a sair da minha boca e ele pareceu muito satisfeito.
- Você gosta, não é? - Ele riu agarrando em meu pescoço - Você gosta de ser fodida como a putinha que você é.
Eu apenas concordei com a cabeça e fechei os olhos, sentindo ele botando cada vez mais forte.
- Eu quero te foder assim todos os dias - Ele disse baixo no meu ouvido, quase que como um sussurro - Você pertence a mim agora.
Eu mal ouvia suas palavras, estava perdida em uma mistura de dor com prazer.
Depois de algum tempo eu senti os músculos do meu corpo começarem a se contorcer e a minha respiração pesou.
- Vai gozar, minha putinha? - Ele riu - Goza pra mim, goza comigo.
Eu nem sabia que ele conseguiria me foder com mais força mas ele o fez, eu gemia alto e quando senti meu corpo se contorcendo em um orgasmo, cravei minhas unhas com força em suas costas.
- Vadia! - Ele riu e apertou meu pescoço com mais força
Depois de mais alguns minutos, um gemido alto escapou de seus lábios e ele então relaxou seu corpo sobre o meu, ficando assim parado por alguns segundos, tentando recuperar o ar.
- Caralho. - Ele se sentou na cama e acendeu um cigarro enquanto eu continuava deitada, tentando recuperar o ar. - Descansa um pouco, você precisa! - Ele riu convencido
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Apesar do tom soberbo, ele estava certo, eu realmente precisava descansar, mas o que deveria ser apenas alguns minutos acabaram tornando-se mais do que isso quando eu acabei pegando no sono.
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pascaltesfaye · 24 days
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TAKE MY SOUL
Chapter 5 - A task
O que começou com uma promessa de ser só uma vez, se tornou no mínimo 3x na semana. Jeffrey vem de madrugada e vai embora antes que o sol nasça para não correr o risco de Frank descobrir.
- Achei que você não viesse hoje - Eu disse enquanto abria a porta
Era passado das 2 horas da manhã, Jeffrey normalmente chegava bem antes desse horário, eu já estava dormindo quando acordei ouvindo ele tocar a campainha.
- O dia hoje durou até agora e foi um inferno - Ele respirou fundo - eu precisava ver você - Ele beijou o topo da minha cabeça ao me abraçar
- Você está com fome? Acho que sobrou algo da janta - Fui em direção a cozinha, mas ele segurou minha mão.
- Eu só preciso de você…. E de um banho - Rimos - Me espera na cama?
Sorri concordando com a cabeça e me deitei novamente. Jeffrey tomou um banho rápido e logo se deitou ao meu lado.
- Quer conversar? - Perguntei puxando seu tronco para cima de meu corpo, acariciando gentilmente seus cabelos
- Acho que você já está cansada de me ouvir reclamando desse desgraçado. - Eu neguei com a cabeça e ele continuou - Passamos o dia tentando interceptar um carregamento de drogas dele, mas o desgraçado havia feito duas rotas diferentes e é claro que nós escolhemos a errada. - Ele bufou - Perdemos um dia inteiro além de dinheiro gasto com a operação enquanto ele trazia mais drogas e consequentemente terminou a noite muito mais rico.
- Isso é foda! - Suspirei
- Sabe o que é realmente foda? - Ele se virou para mim - É que eu só preciso de um erro dele, uma única vez que ele pise em falso e eu vou fazer ele pagar por isso, mas as vezes isso parece tão impossível.
- Esse dia vai chegar! - Acariciei seu cabelo - Tem que existir um jeito de você conseguir antecipar os passos dele.
- Eu já estou a alguns anos tentando descobrir esse jeito, querida.
- Se eu pudesse te ajudar..
- Bem - Ele pausou a fala por alguns segundos - Talvez há um jeito de você me ajudar! - Ele pausou novamente e abaixou a cabeça - Mas não sei se você toparia.
- Eu quero muito te ajudar. - Eu disse olhando em seus olhos
- Bem, talvez com você tenha um jeito. Mas, primeiro eu preciso analisar isso direito, ok?
- Eu fico feliz em ajudar no que eu puder - Sorri e ele depositou um beijo carinhoso em meus lábios
- Você se importa se a gente dormir? Eu estou morto! - Ele bocejou
- Claro que não, você precisa descansar - Nos ajeitamos na cama - Boa noite!
- Boa noite, princesa! - Ele me beijou novamente e se virou, logo caindo em um sono profundo
Jeffrey estava realmente tão cansado que simplesmente não conseguiu acordar cedo para sair sem correr o risco de ser visto. Acordamos quase meio dia com o celular dele tocando.
- Porra! - Ele encarou o visor do celular - É o Frank.
Jeffrey atendeu a ligação enquanto já se levantava e se vestia, ele se desculpou pelo atraso e disse que já estava indo para a agência.
- Bom, ele já está lá - Ele riu aliviado - Pelo menos vou ser massacrado apenas por me atrasar e não por estar dormindo com o serviço - Eu ri ao entender que ele estava se referindo a mim
Jeffrey se despediu rapidamente e saiu com pressa. Levantei-me e após fazer minhas higienes, fui direto fazer o almoço. Enquanto cozinhava recebi uma ligação de Anna, coloquei no auto falante para que pudéssemos continuar conversando enquanto eu preparava o almoço. Contei a ela sobre Jeffrey e sobre tudo o que vinha acontecendo nesses quase 4 meses que estou aqui. Desliguei a chamada assim que a comida ficou pronta e almocei bebendo uma taça de vinho enquanto assistia o jornal local. Obviamente o único assunto era sobre Javier Peña e suas operações, eu nunca havia visto seu rosto, os jornais nunca mostravam uma foto sequer dele.
Terminei de almoçar e fui ler um livro, até que recebi uma mensagem de Jeffrey.
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Passei o resto do dia fazendo apenas mais do mesmo, fui malhar na academia do prédio, li algumas páginas do meu livro e quando foi 18h40 tomei um banho.
A noite em Santiago fazia frio, então vesti uma blusa de alças vermelha levemente decotada, uma jaqueta de couro e calças jeans também na cor preta, nos pés meu bom e velho vans e deixei o cabelo solto. Fiz uma maquiagem leve porém apresentável e quando foi exatamente 20h Jeffrey me ligou avisando que já estava lá embaixo.
Guardei apenas meu celular, documento e carteira na bolsa e saí de casa.
- Você está linda! - Jeffrey sorriu ao me ver entrando no carro - E cheirosa - Ele cheirou meu pescoço e em seguida beijou meus lábios
- Que bom que gostou! - Sorri de volta
Levamos cerca de 30 minutos até chegar no bar, me pergunto o motivo disso já que haviam tantos bares perto do meu prédio.
- Sei o que está pensando - Ele parecia ter lido meus pensamentos - Mas precisávamos de um lugar longe para mantermos a discrição.
Concordei com a cabeça e assim que entramos no bar, Jeffrey segurou minha mão e me guiou até uma mesa onde já havia uma mulher sentada.
Ela era, bem…. diferente! Era uma mulher ruiva, seu cabelo ondulado ia até metade de suas costas, ela possuía seios enormes que eram claramente próteses e vestia uma mini saia com uma blusinha e jaqueta.
- Helena, quero que conheça Vanessa - A mulher me olhou rapidamente com um leve sorriso falso - Vanessa, essa é Helena! - Retribui o sorriso e nos juntamos a ela na mesa. - Garçom - Jeffrey o chamou - Pode me trazer um copo de whiskey com gelo, por favor? - O garçom assentiu - E você? - Ele virou seus olhos para mim
- Uma cerveja, por favor! - Sorri para o garçom que logo saiu com os pedidos
- Helena, Vanessa é uma…. antiga amiga minha - Jeffrey parecia desconfortável ao explicar e ela riu
- É, antiga amiga - Ela falou ironicamente - Ele me pagava para satisfazê-lo, mas de uns tempos pra cá, somos apenas amigos.
- Ah, entendi, uma prostituta.
- Acompanhante! - Ela me corrigiu e eu deixei uma risada escapar - Qual o problema? - Ela me encarou
- Nenhum. - Dei de ombros e o garçom se aproximou com nossas bebidas
- A questão é - Jeffrey começou a falar após tomar um gole de seu whiskey - Que Vanessa tem um grupo de meninas que fazem esse serviço de… acompanhamento com ela. E muitas dela atendem Peña e seus capangas.
Olhei confusa para Jeffrey, eu realmente não entendi o ponto que ele queria chegar, Vanessa notou minha dúvida e tomou a palavra.
- Jeffrey, eu acho que a garota não entendeu o que você quer - Ela riu - Se você quer que ela faça isso, você vai ter que ser sincero - Ela deu de ombros
- Bem - Ele respirou fundo e pausou por uns segundos, procurando as palavras certas para dizer - Talvez, se você se juntasse a elas, poderia conseguir se infiltrar e descobrir os passos do Peña antes que ele faça, assim me ajudando a prever as atitudes dele.
Eu congelei ao ouvir suas palavras, parecia muita informação pra minha cabeça naquele momento, fiquei em silêncio por alguns segundos até que finalmente consegui elaborar uma pergunta.
- Você quer que eu me infiltre como uma prostituta? - Perguntei incrédula
- Acompanhante. - Vanessa me corrigiu novamente
- Acompanhante - Repeti e rolei os olhos - Eu não sei se posso fazer isso….
- Seguinte - Vanessa voltou a falar após tomar um gole de sua cerveja - Conheço o Peña a muitos anos, sei bem exatamente o tipo dele. Ele é um escroto que gosta de dois tipos de mulheres: As que ele usa somente para sexo e as que ele usa de fantoche.
- Como assim? - Jeffrey perguntou curioso
- Peña separa as mulheres em duas categorias: As que só servem pra sexo, como eu - Ela deu de ombros - E as que ele usa como fantoche. As fantoches são as que acompanham ele, passam dias na casa dele, as vezes até viajam com ele. As fantoches são as mulheres que ele usa como troféu para os amigos e outros traficantes. E você - Ela me olhou de cima a baixo - Você é exatamente o tipo de mulher que ele gosta como fantoche. Você é bonita de rosto, tem um corpão, é loira, tem um olhar marcante, tem presença… As fantoches do Peña são sempre assim.
- Isso facilitaria um pouco as coisas - Jeffrey disse me olhando, mas eu seguia sem conseguir esboçar nenhuma reação
- E atualmente Peña está sem uma fantoche, inclusive já faz um tempo, então assim que ele botar os olhos em você….
- O que aconteceu com a última? - Perguntei encarando o vazio
- Elas viram como eu - Ela riu - Quando ele enjoa de uma fantoche, ela passa a servir apenas para sexo. Não se preocupe - Ela continuou após notar minha preocupação - Em todo esse tempo que eu conheço o Peña, nunca vi ele machucar alguma mulher que sirva a ele.
O silêncio reinou em nossa mesa por alguns minutos enquanto eu ainda tentava abstrair todas as informações que foram simplesmente jogadas em mim durante aquela conversa.
- Bom, eu vou deixar vocês conversarem e vou ao banheiro - Vanessa se levantou
- Você está bem? - Ele alisou minha mão
- Jeffrey… Eu não posso fazer isso. - Minha voz saiu baixa - Não tem como, me desculpa.
- Helena, por favor, pensa bem. Eu preciso muito da sua ajuda - Ele alisou meu rosto - Eu prometo que nada vai acontecer com você e não vai durar muito, eu só preciso que você descubra qualquer plano dele e aí a gente pega ele, está bem?
Pensei por alguns segundos mas aquilo ainda não me parecia certo.
- Além de que - Ele levantou meu rosto, me fazendo olhar em seus olhos - Estando no meio deles, pode ajudar você a descobrir quem fez aquilo com seus pais.- Senti um calafrio percorrer meu corpo - Não foi para isso que você veio pra cá? Esse é o jeito mais fácil de descobrir quem mandou matar seus pais, Helena!
Então tudo mudou. A sede de vingança simplesmente invadiu meu corpo, a vontade de descobrir quem era o responsável pela morte dos meus pais me corroía por dentro e a possibilidade de finalmente conseguir descobrir me fez responder sem hesitar.
- Eu vou!
- Você tem certeza? - Ele perguntou com um brilho nos olhos
- Só me diz o que eu tenho que fazer. - As palavras saiam secas da minha boca
- Conversaram? - Vanessa se sentou novamente a mesa
- Eu vou! - Ela me olhou surpresa - O que eu preciso fazer?
- Bem - Ela tentava entender a mudança da minha postura - Todo final de semana Peña organiza uma festa, nesse próximo você vai comigo. Mas eu já deixo avisado, você não pode negar nada do que te mandam fazer. Nada! - Ela enfatizou e eu concordei - E não seja burra de chegar perguntando sobre o trabalho deles, apenas faça sua parte como uma acompanhante. E eu vou avisar você - Ela apontou o dedo em direção a Jeffrey - Se esse plano der merda e você me envolver pra tentar me foder, eu vou contar tudo o que eu sei. - Ela disse ríspida - Não tenta me foder que eu vou te foder o dobro.
- Você sabe que eu jamais faria algo pra prejudicar você, Vanessa. - Ele disse gentilmente
- Bem, eu tenho que ir - Ela se levantou - Antes do final de semana eu entro em contato. Helena, vejo você em breve - Ela sorriu e saiu
Jeffrey pagou a conta e fomos para o carro, o caminho até meu prédio foi em completo silêncio.
- Você quer entrar? - Perguntei hesitante
- Acho melhor deixar você descansar - Ele beijou o topo da minha cabeça - Eu confio em você, sei que vai descobrir tudo o que a gente precisa saber.
Sorri e desci do carro, ao chegar em casa fui direto colocar meu pijama e me joguei em minha cama. Os pensamentos estavam gritando em minha cabeça, tomei um remédio para dormir com uma taça de vinho e apaguei.
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pascaltesfaye · 28 days
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TAKE MY SOUL
Chapter 4 - Never more?
Hoje completa exatamente um mês desde que cheguei no Chile. Foram 30 dias completamente normais, minha rotina consiste basicamente em ficar em casa assistindo tv, ir à academia do prédio e receber Jeffrey e Frank algumas noites para que possamos conversar sobre como está indo as investigações, mas até agora nenhuma pista surgiu. Sob ordens de tio Hank, eu só posso sair do prédio em casos extremamente necessários. Tudo o que eu preciso de mercado e coisas assim, eu tenho que fazer uma lista e entregar para Frank trazer pra mim. Por enquanto isso ainda não me incomodou, mas não sei quanto tempo até eu cansar de ficar somente aqui dentro. As vezes subo no rooftop do prédio para pegar um pouco de sol e aproveito para ler.
Já é final de tarde e eu comecei a preparar o jantar, hoje é sexta-feira e como de costume Frank e Jeffrey irão jantar comigo, mas nós combinamos que nas sextas seria um dia apenas para comermos, bebermos e conversamos sem falar de trabalho.
Lembrei que Frank havia comentado durante a semana que estava com vontade de lasanha e decidi fazê-lá. Enquanto cozinhava lembrei que essa era uma das receitas favoritas de minha mãe e algumas lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto. Ainda era tão difícil, eu sinto falta dos meus pais a todo momento. A cada música que eu escuto, cada filme que eu vejo. Tudo me lembra eles. Tudo!
Sequei as lágrimas e respirei fundo, não posso ficar me lamentando, a única coisa que posso fazer para honrar a memória dos meus pais é ser forte e descobrir quem fez isso com eles.
Quando eu ia colocar a lasanha no forno ouvi a campainha tocar. Me assustei ao abrir a porta e ver Jeffrey sujo de sangue.
- O que aconteceu? Você está bem? - Perguntei preocupada
- Não é meu sangue - Ele entrou no apartamento, passando reto por mim e foi em direção ao banheiro - Posso tomar banho aqui? - Ele gritou já adentrando o mesmo
- Claro! - Fui atrás dele - Vou ver se tenho algo pra você vestir.
Ouvi o barulho do chuveiro sendo ligado e fui até meu quarto procurar algo que ele pudesse vestir, mas não encontrei nada a não ser um roupão que provavelmente ficaria pequeno nele.
- Ei - dei duas batidas na porta do banheiro - deixei um roupão pra você em cima da cama.
Não tenho certeza se ele ouviu, mas voltei pra cozinha colocar a lasanha no forno para não atrasar o jantar.
Alguns minutos depois, Jeffrey surgiu na sala vestindo o roupão que eu havia separado. Era extremamente curto, suas canelas estavam completamente de fora e seus braços grandes haviam transformados as mangas do roupão em quase uma regata, além de seus músculos estarem extremamente apertados.
- Bem… - Eu tentei formular uma frase mas ao nos olharmos, acabamos caindo na risada
- Isso tá ridículo, fala sério! - Ele bufou
- Me da suas roupas aqui, vou colocar na lava e seca, no máximo em uma hora você já pode se vestir de novo. - Fui em direção a máquina e coloquei suas roupas
- Eu não tinha noção de que você era tão pequena - Ele se analisou em frente ao espelho
- Ou talvez você seja grande demais.
- Isso nunca foi um problema pra mim. - Ele riu malicioso
Jeffrey foi até a geladeira, pegou uma cerveja e sentou-se no sofá.
- Antes que você pergunte, podemos não falar sobre isso, pelo menos até o Garcia chegar? - Ele me olhou com uma expressão cansada
- Peña de novo? - Ignorei seu pedido
- O dia que eu botar minhas mãos nesse hijo de puta…. - Ele simulou como se estivesse estrangulando alguém e eu gargalhei
- Vamos comemorar muito nesse dia - Fui até a geladeira pegar uma cerveja e a campainha tocou - Tá aberta! - Gritei e Frank entrou, congelando assim que viu Jeffrey sentado no sofá.
- Mas que porra é essa? - Ele gargalhou
- Tivemos um pequeno encontro pacífico com alguns capangas do Peña - Ele sorriu sínico
- Algo que eu deva me preocupar? - Frank retomou a expressão seria enquanto largava a sacola com uma garrafa de vinho na mesa
- Mais do mesmo - Jeffrey deu de ombros - Uma troca de tiros, um dos nossos foi baleado e eu o carreguei até o carro, mas ele já tá bem. Me sujei de sangue e vim direto pra cá, precisava de um banho.
- Você quer alguma roupa emprestada? - Frank abriu uma cerveja - O vinho é pra janta - Ele piscou pra mim e voltou até a sala
- De acordo com a querida aqui em menos de uma hora minha roupa estará seca - Ele me olhou por alguns segundos - Ou foi algum tipo de golpe dela na tentativa de me ver assim por mais tempo.
- Você é ridículo! - Eu ri
Seguimos bebendo e conversando até que o forno apitou.
- A janta está pronta! - Levantei do sofá
- Eu não vou comer assim! - Jeffrey continuou sentado enquanto Frank também levantava
- Que?
- Eu não vou comer sem cueca, porra! Eu não sou religioso, mas eu acho que isso é até pecado.
- Ah, pelo amor de Deus! - Rolei os olhos, mas por alguma coincidência divina a máquina também apitou
Jeffrey se levantou animado e rapidamente foi se vestir, quando ele voltou já estávamos os dois sentados na mesa nos servindo.
- Mortos de fome - Ele riu e se sentou também.
- Ah, meu Deus! - Frank fechou os olhos após a primeira garfada - Helena, isso aqui tá divino!
Sorri em agradecimento e cheguei a conclusão de que a lasanha realmente estava boa pois a janta se seguiu praticamente em silêncio.
- Eu sinto que vou explodir a qualquer momento - Frank se jogou no sofá - Caramba, já são 21h, tenho o aniversário do cunhado da Fátima hoje.
- Quer que eu fique com as crianças? - Me ofereci, Frank tinha um casal de filhos adorável
- Não precisa, eles vão ficar na casa da irmã dela com os primos e uma babá.
Seguimos mais alguns minutos conversando até que Frank tivesse forças para se levantar. Ele agradeceu o jantar e se despediu.
- Bem, ainda tem uma garrafa de vinho quase cheia - Entreguei uma taça para Jeffrey - Me acompanha?
- Eu jamais negarei um convite desses - Ele sorriu
Depois de muita conversa e algumas (ok, talvez um pouco mais do que deveria) taças de vinho, Jeffrey respirou fundo e jogou a cabeça para trás.
- Eu tô cansado! Essa guerra tá cada vez pior, eu só quero acabar com o Peña de uma vez.
- Você vai conseguir - Encostei a cabeça em seu braço
- Já faz tanto tempo, ele tá sempre um passo a frente. Eu só queria um jeito de terminar com isso!
E então um silêncio atingiu a sala, nossos olhares se encontraram e permanecemos assim durante um tempo. Jeffrey lentamente se aproximou de mim e quando eu já podia sentir sua respiração em meu rosto, ele fechou os olhos.
- Se eu pudesse…
Meu corpo se contraiu ao sentir seu hálito de menta misturado com vinho, o álcool em meu corpo já não fazia mais discernimento do que era certo ou errado e naquele momento eu necessitava muito senti-lo.
- Você pode. - Me aproximei mais, tocando meus lábios nos dele
Jeffrey gentilmente passou a mão entre meus cabelos e demos início a um beijo, que de calmo logo passou para desesperado, encostei minha mão em seu rosto enquanto ele enrolava seus dedos em meu cabelo. Nossa respiração ofegante fazia da situação completamente excitante. Jeffrey tirou a mão de meus cabelos e me puxou com facilidade para seu colo. Pude sentir seu membro já duro dentro da calça e rebolei levemente.
- Por favor… - Ele murmurou
Levantei de seu colo e estiquei a mão, o chamando para o quarto. Ele rapidamente levantou e ao adentrarmos no quarto, ele empurrou meu corpo na cama, se posicionando sobre mim.
- Se você soubesse que eu queria fazer isso desde que eu te vi a primeira vez naquele aeroporto - Ele tirou a camisa e eu pude reparar em seu corpo.
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Apesar da idade, Jeffrey tinha um peitoral e abdômen definidos, obviamente por conta do trabalho. Seu peito era tatuado e com alguns fios brancos que combinavam com sua barba.
Ele rapidamente retirou a blusa que eu usava juntamente com meu sutiã
- Você é tão linda! - Um arrepio percorreu meu corpo ao senti-lo alisar meus seios.
Respirei ofegante e levei minhas mãos até seu cinto, desabotoando o mesmo.
Levaram-se poucos segundos até estarmos completamente nus, Jeffrey rapidamente se levantou e pegou uma camisinha em sua carteira. Ele retornou para cima de mim e ao fechar os olhos, pude sentir sua primeira colocada. Gemi alto e ouvi ele soltar um grunhido de prazer, levei minhas mãos até suas costas e as apertei com força quando ele começou a me foder repetidamente e com força.
- Se você soubesse o quanto eu precisava disso - Ele repetiu, afundando o rosto em meu pescoço e o cheirando - Você é tão gostosa!
Jeffrey me fodia com vontade, como se estivesse comendo um prato de comida após passar o dia sem se alimentar. Eu simplesmente não conseguia controlar meus gemidos, e aparentemente esse era o objetivo dele ao sorrir me vendo morder os lábios.
- Geme pra mim, princesa. - Ele disse docemente em meu ouvido
Senti um gemido alto quase como um grito escapar de meus lábios e apertei suas costas com força, quase arrancando um pedaço ao sentir ele aumentar mais ainda a força.
- Isso, me faz gozar pra você. - Ele me beijou
Levei minhas mãos até seus cabelos e os puxei com força, o fazendo soltar um gemido e morder levemente meu pescoço.
Jeffrey mais uma vez aumentou a força e eu pude sentir seus músculos se contraindo em cima de mim. Um gemido alto anunciou seu orgasmo e ele então relaxou seu corpo por cima do meu.
Depois de alguns segundos de descanso, Jeffrey rolou ofegante para o meu lado na cama e me colocou deitada em seu peito.
- Ninguém pode saber disso. - Ele tentava sem sucesso controlar sua respiração
- Não! - Concordei
- Vai ser só dessa vez. Não vai acontecer mais.
- Nunca mais!
E aconteceu. No outro dia. E no dia seguinte. E na semana seguinte. Mais de uma vez.
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pascaltesfaye · 30 days
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TAKE MY SOUL
Chapter 3 - A friend?
- Desculpe não ter me apresentado ainda - Disse o homem loiro ao entrarmos no carro - Meu nome é Frank Garcia e esse - Ele apontou para o homem grisalho que estava sentado no banco do carona - É Jeffrey Morgan, meu parceiro!
Ele então se virou e sorriu gentilmente pra mim. Ele aparentava já ter seus 50 anos, com alguns fios de cabelo e barba já grisalhos. Mas ele era sexy. Muito sexy. Seus ombros eram largos e seus olhos eram extremamente penetrantes.
- Minhas condolências pelo o que aconteceu com seus pais - Ele disse, ainda olhando em meus olhos - Não cheguei a trabalhar com seu pai mas eu o conhecia, ele era um homem admirável.
- Obrigada - Sorri tímida e logo desviei o olhar para a janela
Era tão bom estar de volta no lugar em que nasci e cresci, apesar de toda a situação que fez com que eu voltasse pra cá, era boa a sensação de estar novamente em casa.
- Hank já alugou um apartamento pra você - Frank retomou a palavra - É localizado no bairro mais seguro de Santiago, e é no prédio onde eu moro. Jeffrey também está sempre lá - Ele me olhou pelo espelho retrovisor e sorriu novamente
Fomos quase que completamente em silêncio até o prédio, trocamos apenas algumas palavras referente a cidade e o quanto algumas coisas haviam mudado em 4 anos.
Depois de subirmos com as minhas malas, Frank me entregou a chave do apartamento e entramos. Para a minha surpresa, já estava completamente mobiliado.
- Hank - Frank deu de ombros e riu - Ele já quis deixar tudo pronto pra você, aí só precisa decorar do jeito que você quiser, coisas de mulher e tal - Ele fez uma careta e eu ri
- Bem, está entregue, moça - Frank disse após ele e Jeffrey colocarem as malas no chão da sala - Hoje a noite temos uma pequena “festa” do DEA no salão do prédio, todos estão ansiosos pra ver você. Aqui está meu número e do Jeffrey - Ele me entregou um papel com dois números de telefone anotados - Hank já nos passou o seu, se precisar de qualquer coisa urgente o número do meu apartamento é o 36. - Ele sorriu e eu o abracei
- Obrigada, de verdade! - Apesar de meio tímido, ele retribuiu o abraço
Me despedi dos dois e comecei a desfazer as malas. Depois de algumas horas e tudo no seu devido lugar, me sentei no sofá e liguei o som. Não conseguia acreditar que eu realmente estava de volta no Chile, não conseguia acreditar que meus pais não estavam mais aqui. De todos os cenários que existiam em minha cabeça a um mês atrás, esse definitivamente não era um deles. Despertei de meus pensamentos ao ouvir a campainha tocar, espiei pelo olho mágico e não vi ninguém, ao abrir a porta me deparei com uma caixa de cerveja com um bilhete.
“Regalo de bienvenida a Chile. Con cariño, Jeffrey”
Deixei um sorriso escapar ao terminar de ler, era bom saber que eu teria com quem me sentir bem aqui.
Voltei pra dentro de casa, peguei uma das cervejas e guardei o restante na geladeira. Me sentei no sofá novamente e me assustei ao perceber que já eram 18h30 da tarde. Frank não havia dito nada sobre o horário da festa, então decidi mandar uma mensagem para Jeffrey.
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Senti minhas bochechas corarem ao ler a última mensagem, mas terminei de beber minha cerveja e logo corri para o banho para não me atrasar.
Ao terminar, coloquei um vestido vermelho de mangas longas, uma meia calça de fio 40 e um pequeno salto, só para disfarçar um pouco o fato de eu ter apenas 1,60 de altura.
Terminei minha maquiagem rapidamente e quando bati os olhos no relógio os ponteiros já apontavam 20h45, será que algum dia eu não vou me atrasar?
Guardei apenas meu celular, documento e chave de casa na bolsa e fui em direção ao elevador sem fazer a mínima ideia de onde é o salão. Pra minha sorte, havia uma pequena placa informando que o salão de festas era no rooftop do prédio.
Logo que adentrei as portas do salão, Frank apareceu para me receber.
- Boa noite! - Ele sorriu, o loiro vestia um terno azul marinho e parecia muito elegante
- Boa noite, Frank! - Sorri de volta e o acompanhei até onde todos estavam
Encontrei alguns antigos amigos de meu pai, era tão estranho me referir a ele apenas no passado, as vezes parece que a ficha não ia cair nunca.
- Helena? - Um senhor mais de idade, porém de baixa estatura me abordou, logo o reconheci como ex colega de minha mãe - Lembra de mim?
- Mais ou menos - Sorri envergonhada - Lembro que você trabalha na inteligência do DEA.
- Trabalhava - Ele me corrigiu - Também me aposentei. - Ele me encarou por uns segundos - Mas sinceramente, eu gostaria de entender o que te traz de volta ao Chile depois do que aconteceu. Aliás, sinto muito pelos seus pais - Assenti com a cabeça e ele continuou - Mas o que te fez voltar pra cá? E o que a DEA tem a ver com isso?
- Bom, eu… - Comecei a falar mas logo fui interrompida
- Helena! - Olhei para trás e pude ver Jeffrey se aproximando com dois copos de cerveja na mão - Eu estava te procurando - Ele me entregou um dos copos e encarou o senhor - Diaz. - Ele o cumprimentou com a cabeça.
- Morgan - O homem retribuiu o aceno, mas havia uma grande tensão entre os dois.
- Helena, vem, quero te mostrar algo!
Jeffrey saiu andando e eu o segui, fomos para parte de fora do salão que dava para uma linda vista da cidade de Santiago.
- Eu senti tanta falta daqui. - Respirei fundo e bebi um gole da cerveja
- Sim, é realmente lindo. Mas, eu só queria te tirar de lá mesmo - Eu o encarei confusa - Diaz sempre foi um pé no saco enquanto trabalhava no DEA, depois que se aposentou virou dois pés no saco - Nós rimos - Aliás, nem todos sabem o motivo de você estar aqui, ok? - Concordei com a cabeça - Hank pediu para que o mínimo de pessoas soubesse. Quanto menos gente, mais seguro.
- Mas eles sabem que meus pais…? - Minha garganta secou e não consegui continuar
- Não. Eles acham que foi o acidente de carro.
Jeffrey bebeu um gole de sua cerveja e eu pude reparar nele. Ele vestia uma camisa social branca com dois botões abertos no peito, deixando suas tatuagens amostra, uma calça jeans preta e sapatos sociais. Ele sorriu de canto ao perceber que eu o observava e eu desviei o olhar.
- Helena, eu sei que você está determinada no que você quer, mas não faça nada que ponha sua vida em risco, ok? - Ele segurou meu queixo com a ponta dos dedos - Seu tio ficou transtornado com a morte dos seus pais e está completamente preocupado com sua segurança. Ele quase nos enlouqueceu essas duas semanas - Nós rimos - O que você precisar, o que você pensar em fazer, você tem que me avisar, ok? - Concordei com a cabeça - Como eu te disse, não cheguei a trabalhar com seus pais mas sei que foram pessoas incríveis, pois todos que estão aqui os admiravam muito. O DEA é como uma grande família, então eu e o Frank vamos fazer de tudo pra te proteger.
Nossos olhos se encontraram por um segundo e quando Jeffrey foi falar novamente, seu telefone tocou.
- Só um minuto - Ele sorriu e atendeu o celular - Morgan. O QUE? Filho da puta! - Sua expressão mudou rapidamente e parecia que a qualquer momento iria sair fogo de seus olhos - Os dois carros? Quer que eu vá pra aí? Tá bem, qualquer coisa me liga de novo e nós vamos pra aí. - Ele desligou o celular e chutou um vaso de plantas que estava lá - PORRA!
Ao ouvir o barulho, Frank logo apareceu para acalmar Jeffrey.
- Deu errado? - Frank perguntou já sabendo a resposta
- Óbvio que deu errado, porra! - Jeffrey bufava de raiva - Aquele desgraçado. Ele já sabia que iríamos fazer a operação, eles pegaram os dois carros.
- Alguém ferido?
- Os carros sumiram com todo mundo dentro. Essa hora já estão todos mortos. - Senti um arrepio percorrer minha espinha ao ouvir
- Filho da puta - Frank respirou pesado - Eu vou lá ver essa porra, você fica aí.
- Não, eu vou!
- Você fica! - Frank levantou a voz e Jeffrey concordou, o sistema de hierarquia na DEA é levado muito a sério.
Frank rapidamente se despediu e foi embora, Jeffrey se sentou em um banco e eu me sentei ao seu lado.
- Me desculpa - Ele respirou fundo - Eu perdi a cabeça.
- Eu sou filha de um ex agente - Sorri fraco - Já vi isso acontecer várias vezes, acredite. Mas, se você não se importar de falar, o que aconteceu?
- Essa pedra no meu sapato que me atormenta a três anos aconteceu. Logo depois que seu pai se aposentou, esse desgraçado assumiu o comando do narcotráfico e faz da minha vida um inferno. Ele tá sempre a um passo a frente, sempre fazendo seus joguinhos doentios.
Permanecemos em silêncio por alguns segundos até que outro homem se aproximou.
- Jeffrey, o que aconteceu?
- A porra do Javier Peña aconteceu, de novo.
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pascaltesfaye · 1 month
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TAKE MY SOUL
Chapter 2 - Hola, Chile!
Eu não sei dizer quanto tempo se passou desde a ligação de meu tio até o momento em que me encontro terminando de assinar a papelada para a realização do funeral. Era como se eu agora vivesse apenas dentro de minha própria existência e o mundo seguia fazendo seu ciclo lá fora.
Fiquei responsável por fazer a parte burocrática enquanto tio Hank fazia a identificação dos corpos porque eu não conseguiria. Eu realmente não conseguiria.
Voltei dos meus pensamentos enquanto chegava a capela para preparar tudo, desde o início Anna esteve ao meu lado me ajudando com tudo, não sei se sozinha eu daria conta.
Depois de deixarmos tudo pronto, me sentei em um banco na área externa da capela, apoiei meus braços em meus joelhos e ao segurar minha cabeça, fechei os olhos lembrando de meus pais. A dor que eu sentia em meu peito jamais poderia ser descrita, mas era como se algo queimasse dentro de mim, me rasgando por inteira e em algumas vezes me impossibilitando de respirar.
Meus pensamentos novamente foram interrompidos quando avistei tio Hank e mais dois ex colegas também aposentados do meu pai vindo em minha direção.
- Lena - Apelido carinhoso que tio Hank me dera quando eu nasci - A gente precisa conversar.
- Por favor, chega de notícias ruins! - Me levantei e os encarei preocupada
- A causa da morte dos seus pais não foi um acidente de carro - Adam tomou a palavra, eu lembrava vagamente dele em algumas reuniões que meu pai me levava - Foram achados fragmentos de bala em seus corpos. Helena, seus pais foram assassinados!
Senti meu corpo todo formigar e me sentei rapidamente antes que caísse no chão. Tio Hank se sentou ao meu lado e me abraçou fortemente enquanto um grito desesperado saia de meus lábios.
- Helena, eu sei o quanto isso deve estar sendo dolorido pra você - Adam se abaixou na minha altura e segurou meu rosto - Mas você vai ter que ser forte. A gente teme que você corra perigo também.
- Eu corro perigo? Por que? - Perguntei confusa
- O pessoal do escritório fez uma pesquisa e nós acreditamos que tenha sido um ataque planejado, a mando de alguém que seu pai colocou na cadeia.
- Lena, a gente acha melhor você sair do país, eu te ajudo a vender a casa e…
- E eu vou para o Chile!
- O que? Não! - Hank se levantou - Se foi alguém que tinha algum problema com seu pai, provavelmente é do Chile.
- Por isso mesmo! - Levantei e firmei a voz - Eu quero saber quem matou meus pais, eu não vou deixar isso assim.
- Lena….
- Talvez - Adam o interrompeu - Talvez seja uma boa ideia. Ninguém vai imaginar que ela vai pro Chile, sem falar que ela pode ficar aos olhos dos nossos agentes de lá, você sabe que eles são os melhores - Hank concordou com a cabeça - E ela também terá o apoio da família materna.
- Lena, você tem certeza disso? Essa não me parece uma boa ideia - Hank me encarou e eu pude ver a preocupação em seus olhos misturada com a dor, ele havia perdido seus melhores amigos e temia perder sua afilhada também.
- Eu vou para o Chile, vai ficar tudo bem, eu prometo! - O abracei com força e ele retribuiu
Voltamos para dentro da capela e logo a cerimônia se iniciou, honestamente eu não consigo me lembrar de nada pois meus pensamentos lotaram minha cabeça durante todo o tempo. Fiz um pequeno discurso e após enterrarmos os dois, encontrei Anna na saída.
- Eu vou pra casa com você - Ela segurou minha mão
- Não, tá tudo bem! - Sorri fraco - Eu preciso ficar sozinha um pouco, preciso colocar a cabeça no lugar.
- Você tem certeza? - Assenti com a cabeça - Se você precisar de qualquer coisa, me liga, tá bom?
- Tá bom!
- Você promete?
- Prometo!
Nos abraçamos e tio Hank se aproximou
- Lena, vou te levar pra casa. Anna, quer uma carona?
- Claro!
Fomos em silêncio durante todo o percurso, após me despedir de tio Hank ele segurou meu braço antes que eu descesse do carro.
- Lena, pensa direito nessa história, eu acho isso muito arriscado.
- Não tem o que pensar, eu vou para o Chile - Falei firme e ele abaixou a cabeça - Vai ficar tudo bem, lembra do que o Adam disse, lá eu ficarei mais protegida do que aqui. Eu preciso saber quem fez isso com meus pais. E se eu precisar de algo, eu sei que posso ligar para o tio mais foda que existe - Ele me olhou e sorriu
- Você me liga e na mesma hora eu embarco pro Chile, combinado? - Assenti com a cabeça - Me dá duas semanas para eu organizar tudo, quando você chegar lá já vai ter um lugar pra ficar e tudo pronto.
- Certo - Sorri e o abracei - Obrigada por tudo tio Hank, eu amo você!
- Também amo você!
Essas duas semanas passaram voando, talvez pelo excesso de coisas que tive que fazer. Confesso que trancar minha faculdade foi uma das mais fáceis, antes mesmo de tudo isso acontecer eu já estava pensativa sobre o meu futuro e agora isso já não é mais uma das minhas maiores preocupações.
Sentada no saguão do aeroporto, ouço a voz nos alto falantes chamar para o início do embarque do meu voo.
- Eu realmente não acredito que você vai me deixar - Anna me abraçou chorando - Se cuida, por favor! E se você se esquecer de mim, eu vou atrás de você naquele país!
- Eu jamais vou esquecer de você e de tudo o que você fez por mim, Anna. Você é como uma irmã pra mim, eu prometo que vou te mandar mensagem todos os dias. - Ela sorriu e enxugou as lágrimas ao nos soltarmos
- Bom, acho que tudo que eu tinha que dizer eu já disse - Hank me abraçou - Quando você chegar lá, Frank vai estar no aeroporto te esperando, ele é um grande amigo meu e de seu pai, ele vai te ajudar no que precisar. E Lena - ele segurou meu rosto com as duas mãos - Por favor, se cuida. Você não tem ideia com quem pode acabar mexendo, eu não posso perder você também.
Terminei de me despedir dos dois e segui para a sala de embarque, logo em seguida entrei no avião. Me acomodei em meu lugar, coloquei meus fones e tomei um remédio para dormir, o que não demorou muito para acontecer e acabei acordando quando já estávamos pousando no Chile.
Assim que a saída do avião foi liberada, peguei minhas malas e fui em direção a sala de desembarque, logo avistei um homem loiro com o distintivo da DEA, ao prestar mais atenção pude notar que havia outro homem também da DEA junto a ele.
- Bem vinda de volta ao Chile, Sra. Helena! - O homem loiro que eu acredito ser Frank pegou minhas malas com a ajuda do outro homem.
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pascaltesfaye · 1 month
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CHAPTER 1 - The beginning and the end
Acordei com o irritante som do despertador tocando ao lado da cama. Estiquei o braço na missão de encontrar o botão para desligar mas falhei miseravelmente.
- Helena, filha, já passou da hora! - Ouvi minha mãe abrir a porta
Resmunguei e rolei na cama fazendo um sinal de positivo para ela que riu.
- Já são 08h15, você vai perder o último café da manhã com seus queridos pais antes da nossa viagem?
- Eu já vou, mãe! - Resmunguei novamente e pude ouvir a porta se fechando.
Se eu soubesse o quanto iria me arrepender disso.
Depois de cochilar novamente, acordei com duas batidinhas em minha porta.
- Filha, estamos indo! Nos vemos semana que vem, nós te amamos! - Ouvi a voz da minha mãe
- Amo vocês! - Respondi
Chequei meu celular e a hora marcava 08h45, porra!
Levantei às pressas, vesti a roupa que graças ao meu pico de energia da noite passada já estava pronta, fiz rapidamente minhas higienes e fui em direção ao meu carro.
Ao me sentar no banco pude perceber que o tanque do meu carro estava cheio e no painel havia um bilhete.
“Um presente para o meu presente. Com amor, papai.”
Um sorriso preencheu meu rosto, não havia palavras para definir o quão sortuda eu era por ter a minha família.
Bem, falando em família, vamos começar do começo.
Meu nome é Helena Jiviera, sou filha de Carlos e Renata Jiviera, dois ex funcionários aposentados da DEA. Eu nasci e cresci na cidade de Santiago no Chile, meus pais viveram anos lá a trabalho combatendo o narcotráfico no país, meu pai inclusive se aposentou com honras por prender mais de 20 narcotraficantes durante o tempo em que foi líder das operações. Minha mãe é chilena e meu pai americano, eles se conheceram quando meu pai foi mandado para Santiago. Minha mãe era da parte da inteligência e quando meu pai colocou os olhos nela, sabia que ela seria sua companheira para o resto da vida.
Desde que meus pais se aposentaram a 4 anos atrás, moramos em Boca Raton no estado da Flórida, cidade em que meu pai vivia antes de ser transferido.
Bom, de volta ao presente!
Cheguei no prédio da faculdade em 10 minutos, faltando apenas 5 para começar a primeira aula, corri o mais rápido que pude e entrei na sala instantes antes do professor.
Eu estou no último ano da faculdade de direito na Florida Atlantic University e os planos são me graduar e tentar entrar pra DEA, o negócio da família, sabe?
A manhã passou rápida e tranquila, perto do meio dia recebi uma mensagem de minha amiga Anna para almoçarmos juntas.
- Olá querida, você está acabada! - Ela riu ao meu abraçar
- Nem me fala!
- Outro pico de ansiedade de madrugada?
- Você me conhece como ninguém - Sorri - O que vamos comer?
- Eu estou sedenta por mexicano, e você?
- Te acompanho!
Anna não dirige então fomos no meu carro ao Chipotle mais perto do campus.
- Então, quer me contar o motivo dessas olheiras inchadas? - Ela perguntou enquanto colocava a bandeja sobre a mesa
- O de sempre, você sabe! - Dei de ombros e mordi meu burrito - Último ano da faculdade, a prova do DEA… Eu tô perdendo a cabeça, Anna! - Suspirei
- Sabe do que você precisa? - Ela me olhou com atenção enquanto eu erguia uma das sobrancelhas - De um porre!
- Acho incrível como essa é sua solução pra tudo - Ri
- Vamos, uns amigos vão dar uma festinha hoje a noite - Neguei com a cabeça - o Henry vai - Meus olhos correram rapidamente até os de Anna, a fazendo gargalhar - Você é tão previsível, Helena!
- Acho que a gente pode aparecer nessa sua “festinha” - Sorri perversamente e nós duas caímos na risada.
O resto do dia passou igual aos demais, passei a tarde na academia e quando cheguei em casa tentei ligar para os meus pais mas não obtive sucesso, acreditei ser falta de sinal na estrada pois eles estavam fazendo uma road trip até o Texas.
Quando deu 19h tomei um banho e comecei a me arrumar, estávamos no fim do inverno entao vesti uma calça jeans com uma blusa estilo cropped de mangas longas, um casaco e tênis. Coloquei alguns acessórios e fiz uma maquiagem mais “ajeitada” já que Henry estaria lá. Nós ficamos algumas vezes na faculdade e desde então eu tenho uma certa fraqueza por ele.
Fiquei pronta e mandei uma mensagem para Anna.
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Não demorou 20 minutos até que eu ouvisse a buzina do carro. Tranquei a casa, liguei os alarmes e partimos em direção a festa. No caminho, tentei novamente sem sucesso ligar para os meus pais.
- E aí, ansiosa pra ver seu gato? - Anna me cutucou rindo
- Você é bem engraçadinha, né? - A cutuquei de volta e ri - Estou indo por você!
- Sei, por mim… Obviamente você não está indo por causa daquele sorriso encantador, ombros largos, barriga definida….
- Desce um pouco mais e eu te jogo desse uber. - Falei e caímos na risada, inclusive o motorista
Mais alguns minutos de conversa e chegamos na casa onde seria a festa, descemos do carro e logo quando entramos encontramos Helen e Joe, casal de amigos da Anna.
- Demoraram, ein? - Disse Helen já entregando um copo de cerveja para cada
Corri os olhos ao redor da casa que estávamos em busca de Henry, mas não o encontrei de primeira. Até que o vi descendo as escadas e minha nossa!
Ele usava uma camisa que apertava seus braços, o cabelo despenteado e uma calça jeans, era impressionante como ele ficava lindo apenas usando o básico.
- Quer que eu busque um babador pra você? - Anna bateu no meu braço, me trazendo de volta a realidade - Vai lá dizer oi pra ele, besta!
- Eu vou parecer uma idiota.
- Isso você já faz - A encarei e ela riu - Vai lá logo
Fui despretensiosamente até a cozinha pegar mais um copo até que senti uma mão no meu braço me puxando.
- Gatinha! - Henry beijou meu rosto e desceu para o meu pescoço, o cheirando e depositando mais um beijo - Você está linda!
- Você não tá nada mal também - Nós rimos
- Eu tenho que levar essa garrafa pros meus amigos antes que eu apanhe - Ele riu - Nos vemos depois?
- Claro - Sorri
Voltei para onde o pessoal estava e Anna já estava com um sorriso de orelha a orelha.
- Você, quieta! - Eu disse e ela deu de ombros
- Que seja, vamos beber!
Depois de uma hora bebendo jogando conversa fora e uma leve tontura, me levantei do sofá e fui em direção ao banheiro no segundo andar. Ao notar a porta trancada, dei duas batidas
- Já vai! - Uma voz feminina veio lá de dentro
Me encostei na parede para esperar e pude ouvir gemidos vindo de dentro do banheiro, alguém estava realmente se divertindo lá. Até que alguns minutos depois a porta se abriu e atrás da linda garota ruiva que saiu, estava Henry. Ele me olhou envergonhado e saiu rapidamente de cabeça baixa.
Eu entrei rapidamente no banheiro e encarei o espelho por alguns segundos.
- Como você é idiota, Helena! - Falei ríspida olhando meu reflexo
Fiz o que tinha que fazer e desci novamente, antes passei na cozinha e peguei uma garrafa de whiskey. Me sentei já abrindo a garrafa e tomando o primeiro gole direto do bico mesmo.
- Que isso? - Anna me olhou assustada
- Não pergunta, eu só preciso beber - Respirei fundo e bebi mais um gole
E depois disso foram mais e mais garrafas, até que eu simplesmente apaguei e só acordei na metade do outro dia que graças a Deus era sábado. Eu não fazia ideia de como havia chegado em casa, de como eu tomei banho ou coloquei meu pijama. Ainda meio tonta estiquei o braço e senti meu celular na cabeceira, conectado ao carregador, eu fiz tudo isso mesmo bêbada?
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É claro que eu não conseguiria fazer tudo isso sozinha.
Estranhei ao notar 36 chamadas perdidas de meu tio Hank e uma mensagem pedindo pra ligar para ele o mais rápido possível.
Disquei seu número e no primeiro toque ele atendeu
- Tio Hank, tá tudo bem? - Perguntei já preocupada
- Helena…. São seus pais - A voz dele estava fraca e meu coração acelerou - Eles estão mortos!
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