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Charlotte Brontë — Jane Eyre
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━━ Seus amigos adoram fazer uma cena, não posso descartar nenhuma possibilidade, eh? ━━ Devolveu, por fim baixando a varinha. Por “seus amigos”, referia-se aos comensais da morte e, honestamente falando, era doloroso. Por mais que, considerando o histórico familiar, não fosse surpreendente, nunca deixaria de ser doloroso para Sirius. Ele estava analisando o corredor às costas do irmão, como se esperasse alguém pular das sombras, quando escutou-o e a menção aos seus amigos o fizera engolir seco, automaticamente preocupado. De todas as pessoas do mundo, era seu irmão ali, querendo falar sobre um assunto que sempre pareceu incomodá-lo, até ondep odia dizer. Sem hesitar e sem dizer mais nada, fechou os dedos no topo do braço do caçula e puxou-o para dentro do apartamento.
Não havia muito para oferecer ali. Era um apartamento pequeno, de um quarto só, os móveis eram mínimos. Apenas o necessário para que fosse um espaço habitável e isso se dava à preguiça de Sirius de pensar em decoração. Sme contar que não pretendia passar o resto da vida em Godric’s Hollow. Só estava ali pelos Potter e daria o fora daquele canto esquecido do mundo assim que eles estivessem realmente fora de perigo. ━━ E aí, o que tá rolando? Por que você quer falar dos meus amigos? ━━ Perguntou, sem nem mesmo deixar seu lugar à porta, depois de fechá-la.
╭ॱ˖🌿ɞ﹒Desviou o olhar com a implicação de outrem. — Não tenho amigos. — Disse, num tom (inusitadamente) sombrio, mas resoluto. Era verdade… e nunca sentira-se tão sozinho. Revirou os olhos com a insistência de Sirius em inspecionar o corredor: realmente acreditava que o emboscaria após se anunciar? Num corredor apertado em plena luz do dia? Suspirou. Entretanto, não podia reclamar. Esperara que seria difícil conquistar sua confiança. Por isso mencionara os amigos. Custava-o reconhecer, mas aquele era o ponto fraco do irmão: os amigos. Aqueles com quem se importava. — Acredite, sinto o mesmo desprazer em vê-lo.
Dentro do apartamento, percorreu os olhos pelos arredores. Ainda que estivesse ali com um objetivo, não conteve reparar na mediocridade, uma expressão descontente tomando-lhe a face. — Isto é… certamente confortável. — Murmurou, cruzando o cômodo com passos curtos. Haviam crescido numa townhouse minuciosamente decorada. Desde os adornos nas fechaduras até a pomposa tapeçaria, cada detalhe da residência esbanjava a soberania associada aos Black. Imaginara, portanto, que o casebre estaria decorado, pelo menos, com bugigangas trouxas que o outro tanto gostava. Nada exacerbadamente elegante, mas… com atitude! Entretanto, o apartamento era tão desprovido de personalidade que, por um momento, ponderou se era ele quem estava a entrar numa armadilha. Por que você quer falar dos meus amigos?. Escutando o irmão, Regulus parou onde estava. Reparar o casebre não acontecia somente por hábito, mas era uma maneira de comprar alguns minutos enquanto reorganizava os pensamentos.
Quando deixara o próprio apartamento naquela manhã, caminhara sem hesitação. Ali, contudo, o coração assumia o ritmo dum relógio de pêndulo, pesando sua respiração a cada badalar. — É… contra minha natureza compartilhar informações pela metade, mas suponho que não possuo outra escolha. — Começou, os dedos esfregando a palma, um hábito da infância, expondo o nervosismo. Traíra o Lorde das Trevas no momento em que resgatara Monstro, quando descobrira seu segredo. Contudo, seus planos, descobertas e atitudes… tudo estava segredado em sua mente — até então, não havia os pronunciado. Virou para encará-lo. — Não foram os seguidores de… você-sabe-quem que fizeram aquilo. — Apesar da pausa, a entonação carregava confiança. Frente a Sirius, não achara apropriado chamá-lo pelo nome ou título: ou, ainda, na presença do irmão, as partes mais frágeis de seu coração transpareciam, expondo o temor que insistia em esconder. Flexionou os ombros, ignorando o formigamento na nuca, lembrando-se que seu corvo estava do lado de fora, pronto para anunciar qualquer presença: física ou não. — Não posso afirmar se é ou não parte dos planos dele. Mesmo… tendo acesso privilegiado. — A última parte soou mais baixa, hesitante. Mesmo sendo um comensal da morte. Planejara admitir, mas as palavras haviam morrido em sua garganta. Aquele era o mais próximo que conseguia de assumir sua identidade. — … há algum tempo que ele não diz nada. Minha teoria era que poderia ser algum recruta ou membro descontente, mas… Bellatrix me fez descartar essa possibilidade. — Outra traição, dessa vez contra sua família. Precisava conquistar a confiança do irmão naquela tarde, fazê-lo acreditar no quê dizia… e concordar com o quê pediria. — Só o estou dizendo essas coisas para que você e seus amigos não gastem seu tempo olhando para o lado errado. — Endireitou a postura, por fim. — Eu preciso fazer uma coisa, mas só irá ajudá-lo se confiar em mim.
#♔ · ˋ I believe that our tears will die with the summer ˊ . chats.#w. sirius#bella @ pls don't kill me love u <3
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dcrklady:
aquela crítica velada foi suficiente para transformar a expressão de bellatrix. com os olhos no primo, pendeu levemente a cabeça para o lado, um sorriso debochado brincando em seus lábios. “não admito que me critique, regulus.” o aviso veio seguido de um enrijecer da expressão, apenas para mostrar que não estava mesmo satisfeita com o comportamento do outro. “o que você sabe sobre o que está acontecendo? se tiver alguma informação que nos coloque à frente do ministério, fique a vontade para compartilhar. porém, se tudo o que tem são suposições, sugiro que fique calado. os comensais sempre serão colocados como suspeitos, sejamos os autores ou não e o ministério só está esperando que um de nós se desespere e nos coloque nos holofotes.” alteou as sobrancelhas para o outro.
“enquanto não soubermos o que o ministério sabe, ninguém vai fazer nada. independente do que acontecer, a responsabilidade vai cair nas nossas mãos, afinal de contas não é isso o que queremos? que os sangue-ruins desapareçam? não interessa para eles quem fez, mas o motivo e nós somos o motivo.” suspirou. “não seja idiota como seu irmão. pense um pouco ao invés de se entregar ao desespero. é bom que estejam com medo, o medo faz com que sejam imprudentes e assim que tivermos informações suficientes sobre o que ocorreu, iremos nos movimentar. enquanto isso, apenas aproveite. são trinta e dois sangue-ruins a menos. é algo a se comemorar.” retomou a bebida, relaxando na poltrona que ocupava. “me provoque de novo e não terei problemas em te lembrar dos motivos de eu ser a favorita de voldemort.”
╭ॱ˖🌿ɞ﹒ Crispou os lábios com as palavras dela, a atenção recaindo sobre a própria taça de vinho. Era exatamente não possuir nenhuma informação que o importunava: sua rede de informação era ampla e, nos últimos tempos, crescera. Contudo, nenhum de seus “amiguinhos” conseguira o informar nada sobre os eventos recentes. Ajustou a postura na cadeira. — Não estou me desesperando. — Murmurou, revirando os olhos. Estava preocupado, certamente, mas não desesperado: nunca permitira seus sentimentos sobreporem sua racionalidade. A última vez que o fizera quase perdera a única criatura que se importava consigo.
No auge de seu fascínio, teria recebido a última afirmação com inveja — por muito tempo, ser notado pelo Lorde das Trevas fora seu objetivo. No presente, porém, sentiu uma mistura de desconforto e pena. Eventualmente, o caminho que escolhera o colocaria contra a prima e aquela era uma situação que o atormentava: não porquê a temia… somente não queria perder outro membro de sua família. Mas a afirmação também o lembrara de sua verdadeira intenção em visitá-la naquela tarde. — De qualquer maneira, onde está Lestrange? — Perguntou numa entonação de pseudo exasperação, como uma criança que desgosta ser repreendida impacientemente querendo mudar o assunto. O era fácil forjar maneirismos imaturos e passivos uma vez que, por muitos anos, aquela fora a imagem que demonstrara para a família. Em seu cuidado e devoção, Regulus nunca deixou-se parecer tão obstinado quanto realmente era, nunca chamando a atenção. Ainda que reconhecesse que a personalidade não era (tão) forte como a da prima ou, até mesmo, do irmão, também não era tão inerte quanto os deixava pensar: sua rápida ascensão dentro dos comensais fora a prova. — Queria o perguntar algumas coisas.
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areusirivs:
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Sirius entrara no modo de “todo cuidado é pouco”, quase involuntariamente até. Não tinha medo de sofrer um ataque ou acabar morrendo, mas também não era como se quisesse que acontecesse. Tinha muita coisa que ainda gostaria de fazer e aquilo incluía ver Harry crescer. Por isso, nas raras ocasiões que estava em seu apartamento, preferia fingir que não estava. Sem fontes de luz muito chamativas, sem música alta. Apenas Sirius fazendo o que precisava com a ajuda de magia para facilitar o trabalho. Naquele dia, nem precisava da varinha porque estava apenas tirando um cochilo no sofá. Por isso, quando os feitiços de proteção avisaram-no da aproximação de alguém, todo corpo pareceu retesar, em alerta. Quem costumava visitá-lo, já sabia como passar pelo sistema de segurança. Empunhando a varinha com firmeza e um feitiço na ponta da língua, fora atender a porta. ━━ Oh, é você. ━━ Soltou, exasperado, junto a um suspiro quase aliviado por reconhecer a figura do irmão caçula. A varinha permanecera erguida à altura do peito alheio por mais alguns segundos, no entanto. ━━ O que faz aqui, Regulus?
╭ॱ˖🌿ɞ﹒Desde que lera as notícias, sua mente não sossegara. Regulus nunca compartilhara da apreciação por carnificina de seus… aliados. Portanto, não era surpresa que os relatos haviam o comovido: especialmente quando, recentemente, estivera demasiadamente fragilizado. Haviam, também, o perturbado. Até onde sabia, os eventos daquela semana não haviam sido causados por ninguém de “seu lado”. O que o indicava duas possibilidades: uma nova ameaça aparecia ou um comensal da morte, na falta de ordens, resolvera agir por contra própria. Era por isso que, naquela tarde, se encontrava em Godric’s Hollow. Nunca estivera pela região e, por isso, precisara rodar algumas vezes até encontrar o endereço que buscava — o apartamento de Sirius. Retirou a varinha do bolso, tocando-a contra um broche dum corvo fixado no casaco. Num instante, com um crocito, o quê antes era um objeto inanimado transformou-se num corvo que pousou em seu ombro. Uma aquisição recente, fruto de seus estudos com a transfiguração; um companheiro para suas madrugadas solitárias desde que se separara de Monstro. Conforme aproximou-se do local, acenou com o queixo a direção dos telhados e, com um crocito de compreensão, o animal levantou voo. Não o apetecia recorrer ao irmão, considerando que confiar a ele tais informações significava expô-lo ao perigo: contudo, supunha que seria menos perigoso que se decidisse xeretar em busca delas. Considerara, também, contatá-lo através de outros métodos ou solicitar que o encontrasse em outro local — mas estariam mais seguros onde poucos olhares podiam observá-los. E, no fim, não estava certo de que aceitaria o encontrar. Respirou fundo, dando umas batidinhas na porta. — Se eu quisesse te matar não teria batido. — Bufou cinicamente, levantando as mãos por um breve momento para mostrar que não carregava a varinha. — Preciso falar com você. É sobre… seus amigos.
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dcrklady:
bellatrix suspirou alto, olhando para o primo. “quem fez não teve culhões o suficiente para assumir.” bebeu mais um pouco. a mulher não conseguia sentir qualquer coisa pelas pessoas que foram mortas, mas se sentia incomodada por ter sido pega de surpresa daquela maneira pelos eventos. de qualquer forma, também não parecia certo se abrir demais para o primo, ainda mais quando ainda não sabia o suficiente sobre o ocorrido. “não acho que sejam as iniciais dele. deve ser algo como “the mudblood retaliator” or something. seja o que for, em nome dos comensais e do nosso lorde ou não, fizeram uma limpeza. não temos que nos desesperar, o culpado deve aparecer logo. pessoas assim gostam do caos e não precisamos dar isso para ele. sem falar que isso nos colocaria debaixo dos olhares do ministério e não queremos isso também, não é?”
╭ॱ˖🌿ɞ﹒Controlou a expressão com a afirmação, reprimindo a vontade de arquear as sobrancelhas — quem quer que fosse o culpado, Regulus não estava certo sobre caracterizar as ações como “sem culhões o suficiente”. Em sua opinião, ambos a contagem de corpos e a maneira como haviam sido expostos, demonstravam um pertinente level de ousadia. — Se for um dos nossos que está tomando decisões por si e for pego, atrairá atenção de qualquer forma. Só penso que precisamos ficar atentos. — Insistiu. Se aqueles tivessem sido, de fato, atitudes dum comensal, significava que (até onde sabia, ao menos) agira por conta própria. Sabia que nenhum daqueles inseridos no círculo pessoal do lorde seriam estúpidos o suficiente para tal, o que indicaria um dos membros de ranques mais baixos tentando chamar atenção — acontecera inúmeras vezes, membros novatos ou com manias de grandeza agindo impulsivamente para cair nas graças do Lorde das Trevas. Outrora, ignoraria. Contudo, se realmente fosse o caso, não demoraria para o culpado ser capturado: o que poderia resultar em problemas para si se o indivíduo fosse interrogado por membros do ministério e resolvesse expô-los em troca de acordos. Não fazia tanto tempo desde que subira os ranques devido sua proficiência com transfiguração e facilidade em obter informações: sua identidade era conhecida entre muitos dos membros mais baixos dos quais, a maioria, haviam frequentado a escola consigo. Se fosse exposto, seus esforços até ali seriam perdidos. — Mesmo que não seja, imagino que será a primeira coisa que eles pensarão. Achei que estaria mais interessada em alguém querendo criar problemas e se aproveitando de nossa quietude para isso.
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dcrklady:
“certo, trinta e dois sangue-ruins morreram. eu deveria sentir algum tipo de empatia?” bellatrix comentou enquanto bebia, suspirando pesadamente para mostrar o quão cansada estava daquele assunto na sua cabeça. todos que lhe encontraram naquela manhã fizeram questão de comentar sobre o ocorrido e a mulher não conseguia se importar da forma com que esperavam. “não é como se não tivessem feito um favor.”
╭ॱ˖🌿ɞ﹒Desde que suas lealdades haviam se abalado, Regulus não encontrava em si a mesma indiferença que, outrora, esbanjava. Não acreditava que poderia nomear de empatia as perturbações que a notícia haviam o causado — contudo, contrário dos familiares nunca simpatizara com as carnificinas contra aqueles que praticavam magia; mesmo que seu sangue não fosse puro. Por isso, sentira exacerbado senso de perda com tantos bruxos sendo ceifados e, também, aflição com a maneira como haviam sido exibidos. — O ponto não é esse… mas quem fez. — Começou, calmamente, bebericando da própria taça de vinho. — Se nenhum de nós está a tomar os créditos, significa que outra pessoa está agindo. — Aquele pensamento o preocupava, mas não demonstraria para a prima. Suspirou, relendo as palavras impressas. — E usando as iniciais de nosso senhor para tal. Não acha que é uma afronta? Somente consigo imaginar que é alguém que ouse se achar páreo para confrontar nosso Lorde; ou algum Comensal que está se achando demais. Ambos soam como problema para mim.
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areusirivs:
Uma das coisas que fazia com que Sirius odiasse ter crescido eram as responsabilidades de adulto. Veja só, tivera que tirar todo um dia de sua agenda agitada para resolver problemas burocráticos em Gringotes, referentes ao testamento do Sr. Potter, pai de James, e a legitimidade de sua parte na herança dele. Enquanto descia as escadas do banco, ainda terrivelmente exasperado com toda a situação que passara com os malditos duendes, reconheceu uma silhueta em particular por entre os transeuntes do lugar naquele horário. Podia reconhecer facilmente, porque era seu instinto de irmão mais velho procurá-lo onde quer que fosse. Nos anos em Hogwarts, perdera as contas das vezes que se esticava por entre os colegas da Grifinória para ter um vislumbre do outro na mesa mais a frente. E fazia o mesmo ali, para se certificar que era ele mesmo. Então, seus passos eram firmes em direção ao irmão mais novo, ainda que tivesse acabado por recuar a uma distância segura.
Sirius entendia que, apesar de ainda terem o mesmo sangue e tudo o que implicava ser uma família, o relacionamento dos dois estava permanentemente abalado por conta das escolhas de ambos. E era isso que o impedia de simplesmente puxar o outro contra seu corpo em um abraço, como gostaria de fazer. ━━ Regulus. ━━ Chamou então, em tom decidido. ━━ Tem algum compromisso importante agora?
╭ॱ˖🌿ɞ﹒O súbito som daquela voz o chamando fez com que parasse de supetão, prensando a mandíbula. Era apenas seu nome mas, quando enunciado por ele, detinha efeitos como dum encantamento em sua psique: com o coração disparado e os punhos cerrados dentro dos bolsos do casaco, sentiu um nó formar-se em sua garganta ao que seus pensamentos se embaralhavam. Descontrole, um maremoto de emoções: há muito, o desequilíbrio emocional o acompanhava quando na presença de Sirius. Por anos, evitara encontrá-lo devido aos ressentimentos passados. Porquê se tornara doloroso vê-lo e encontrar um estranho — apesar do laço sanguíneo, há muito haviam perdido a familiaridade. Cada vez que buscara pela figura entre os leões, o reconhecia menos… e, antes que percebesse, a distância entre eles havia se tornado grande demais. Contudo, mantinha o título de “ a pessoa que menos desejava encontrar”, mas as razões eram diferentes. Virou-se, discretamente encarando as redondezas: a última coisa que precisava era algum de seus “colegas” reconhecendo-os. Sabia que o nome dele estava alto entre os comensais da morte, que sua associação aos Potter colocara um alvo em suas costas — e que, possivelmente, seu parentesco consigo o colocaria em mais perigo. Já causara demasiada dor para alguém que amava, jamais se perdoaria se acontecesse de novo. Por fim, pela primeira vez em alguns anos, os olhos encontraram os do irmão mais velho. Não era fácil encará-lo antes e, naquele momento, era menos ainda. ❝ — Se possuo ou não, não é da sua conta. — Apesar da rispidez das palavras, a pronúncia fora desprovida de expressividade. Não queria implicá-lo em nada, não queria que alguém passasse e reconhecesse em sua postura o desespero escondido em seu coração, que lessem a maneira como almejava vociferar todos seus medos ao outro, ouvirem em seu tom como queria que fossem crianças novamente e pudesse o sussurrar todas suas angústias. Não, não podia expor-se, precisava manter sua distância. Juntou as sobrancelhas, respirando fundo. ❝ — Se tem alguma coisa para dizer, diga logo. Não tenho tempo para perder com você.
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@areusirivs
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longelle:
Alice estava ali para comprar algumas coisas para o filho. Neville estava crescendo rápido demais e parecia que sempre estava precisando de mais roupas. Por segurança, o menino tinha ficado em casa com a avó e a loira prometera que seria coisa rápida. E, de fato, estava caminhando a passos rápidos pelas vielas do beco diagonal quando os passos estancaram automaticamente à vista de uma figura conhecida. Sob a ordens de Dumbledore, deveriam estar sempre de olho nas pessoas cujos nomes estavam na lista de suspeitos e o nome do caçula dos Black estava lá. Até onde Alice sabia, sugestão do próprio Sirius. Para ela, era doloroso que uma família tivesse sido partida daquela maneira, mas entendia - ou gostava de acreditar - que aquela era uma maneira que o mais velho tinha de olhar pelo outro de alguma forma. Até pensou em não dizer nada, mas como boa grifana, acabou agindo antes de pensar uma segunda vez no que deveria fazer: ━━ Sr. Black? ━━ Chamou, alto o bastante para se certificar que a voz de sino seria ouvida. ━━ Indo ao corujal?
╭ॱ˖🌿ɞ﹒Arqueou uma das sobrancelhas, vagamente olhando os arredores para certificar-se que estavam falando consigo. ❝ — Sim… minha coruja está incapacitada neste momento. — A ofereceu um breve sorriso. ❝ — Desculpe-me, mas você é…? McDonald? — Juntou as sobrancelhas em pseudo confusão. Sabia muito bem a identidade da mulher: Alice Longbottom, uma das amiguinha de seu irmão, auror. Em seu período de servitude, aprendera os nomes e rostos de todos os aurores, especialmente aqueles que eram conhecidos por suas aptidões mágicas: como ela. Passara tempo, também, aprendendo sobre suas afiliações e familiares como o marido, Frank — e seu filho que, até onde Regulus sabia, era de sumo interesse para o Lorde das Trevas. Outrora, teria fitado-a com desdém, um peão causando empecilho para seu senhor; agora, contudo, sentia uma mistura de pena e ansiedade… precisava avançar em suas pesquisas o quanto antes. ❝ — Está indo para lá também?
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marmcninnon:
Mckinnon tinha feito algumas compras de materiais que necessitava para seu trabalho. Tintas mágicas, pinceis, telas brancas… Até que foi contra alguém, deixando tudo que tinha nos seus braços cair. “Fucking hell…” Disse vendo todos seus materiais cair. Esperando que nada tivesse quebrado, era tudo extremamente caro e delicado “Me desculpe. Estava com presa.” Admitiu enquanto pegava nas suas coisas “Oh! É você Regulus.”
╭ॱ˖🌿ɞ﹒Desviara o olhar por um instante para checar a vitrine do Olivaras quando alguém deu-o um encontrão, o empurrando ligeiramente para trás. Com um pulo, instintivamente, a canhota alcançou o bolso do casaco; até lembrar-se que a varinha estava quebrada. Então, o nome foi enunciado e percorreu as orbes acinzentadas pela figura curvada. ❝ — Hm… McKinnon, certo? — Juntou as sobrancelhas, tentando não deixar transparecer a ansiedade. No humor em que se encontrava, a última coisa que desejava era encontrar conhecidos; ainda que fosse melhor deparar-se com aqueles que o conheciam meramente pelo irmão que seus familiares ou… colegas de serviço. Considerou por uns segundos antes de, enfim, agachar para ajudá-la a recolher os pertences. ❝ — Você deveria prestar atenção por onde anda.
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Helen Oyeyemi, from “White Is for Witching”
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╭ॱ˖🌿ɞ﹒Era a primeira vez em meses que deixava o escuro de seu quarto. Entre suas descobertas e o decréscimo de atividades dos comensais da morte, sua mente desenvolvera uma mania paranoica. Parecia que nunca estava sozinho, como se a presença de seu (ex)mestre residisse em sua sombra. Por vezes alucinava — pois, há muito, se privara de sonhar — que aurores derrubavam a porta de cascalho do apartamento e o levavam para Azkaban; outras, que o Lorde das Trevas invadia sua mente e o destruía por dentro — ambos cenários o trazendo demasiado alívio. Entretanto, sabia que não podia deixar-se ser capturado por nenhum dos lados. Mal avançara em suas pesquisas desde sua última descoberta e, com os comensais se mantendo na surdina, era difícil investigar sem levantar suspeitas. Nunca fora, afinal, um membro sociável. Se começasse a contatar muitos de seus colegas sem um motivo razoável, não demoraria para que descobrissem suas intenções. Mas, era por isso que, naquela tarde, deixava a residência. Nunca fora bom em manter contato com seus colegas humanos — fazia seu caminho para o corujal, afim de mandar uma mensagem para um dos elfos de Hogwarts com quem mantinha contato (e que o passava informações de dentro do castelo). Não arriscava usar a própria coruja, temendo ser interceptado, mesmo que utilizasse de códigos para comunicar-se. Com confiança e um sorriso carismático, passou pela inspeção dos aurores, seguindo seu caminho até o corujal.
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Sometimes, alone is safer. That’s not the conventional wisdom.
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#♔ · ˋ I believe that our tears will die with the summer ˊ . chats.#♔ · ˋ the blood you bleed is the blood you owe ˊ . inspo.#♔ · ˋ to find the sun which will burn all our sorrows ˊ . paras.#♔ · ˋ and in my insomnia I cry about it the mourning of silence ˊ . self.
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✶ { A B O U T } ✶ — · ‘ 𝔦'𝔳𝔢 𝔟𝔢𝔢𝔫 𝔴𝔞𝔦𝔱𝔦𝔫𝔤 𝔱𝔬 𝔟𝔢 𝔣𝔯𝔢𝔢
não são zonzóbulos entrando em seus ouvidos, aquele é mesmo REGULUS A. BLACK vindo aí, mesmo que ele esteja parecendo um pouco com LUCAS JADE ZUMANN olhando daqui… ele tem 20 ANOS e atualmente trabalha como COMENSAL DA MORTE. conhecido entre os amigos como REGGIE, é um SANGUE-PURO que reside em LONDRES. por via das dúvidas, levante sua varinha! vai que é alguém sob o efeito de poção polissuco. disclaimer: o personagem é um OCLUMENTE.
✶ { MY BLOOD IS A FLOOD OF RUBIES, PRECIOUS STONES } ✶ .
FATHER, SON AND THE HOUSE OF BLACK | Regulus, a estrela mais brilhante na constelação de Leão. Além da tradição, é nomeado num aferro, um vislumbre dos devaneios gananciosos dos progenitores: tal qual seu nome, o caçula dos Black cresce num pequeno rei. Neném, chora com as mínimas perturbações e não consegue dormir sem estar na presença dos pais; criança, caminha nas sombras de seus parentes. O menor de todos, os olhos cristalinos minuciosamente acompanham os familiares com apreço, moldando a personalidade em reflexos daqueles que o cerca: contudo, é na figura de Sirius que as pupilas cintilam. Qualquer criança idolatra seu irmão mais velho, e Regulus não fora diferente — admirador das estrelas, encontra a constelação Canis Major antes da própria. Na mui antiga e nobre Casa dos Black, os laços familiares estão acima de tudo e carrega tal crença em seu coração. Herda a determinação de Walburga, a disciplina de Orion — em seu deslumbre e devoção, desde pequeno, Regulus ostenta as etiquetas e valores de sua pompa com exacerbado brio. Honra os ensinamentos que o são passados, tornando-se um admirador das artes e literatura, maneirismos refinados: mesmo quando preferiria estar seguindo o irmão mais velho ou se aventurando pelas dependências das mansões de seus familiares, Regulus renuncia suas vontades para agradar sua família. Comporta-se dignamente e se torna o queridinho, ganhando a bajulações dos pais, tios e primas — mas, mesmo que se deleite no estrelismo, a verdade é que suas atitudes os distraem de repreender (muito) o irmão. Quando Sirius deixa a residência para estudar, se encontra sozinho. Mas, longe dos olhares dos adultos, um garotinho e uma criatura de orelhas pontudas desenvolvem um laço inquebrável, precioso — Monstro torna-se seu melhor amigo e confidente. Compartilham segredos, contos sobre o presente e passado. Nas histórias dos antepassados e relatos de murmúrios atrás de portas fechadas, Regulus adquire um entendimento secreto sobre os progenitores e outros membros de sua família: assim, ao contrário dos outros Black, cuja as personalidades eram fortes e regozijavam na notoriedade, se transforma numa sombra, coletando segredos e multando-se de acordo com o quê precisam, se escondendo nos pormenores; esta é a posição que assume, de fato, em sua família.
✶ { ALL YOU HAVE IS YOUR FIRE, AND THE PLACE YOU NEED TO REACH } ✶ .
PRELÚDIO, A SELEÇÃO | Quando senta no banco de madeira, peito estufado e postura impecável, está pronto para ser recebido na casa de Salazar Slytherin. “Outro Black, sim. Há muito de seus antecessores em ti, criança. Mas… você poderia escolher… vermelho o cairia bem.” Em êxtase, os olhos recaem sobre a mesa dos leões, e o cintilar das pupilas ferve. Sacrificaria suas glórias pelo irmão: esta é a extensão de sua devoção — a estrela mais brilhante do céu noturno, a luminosidade de Sirius era inigualável: ali, contudo, Regulus não encontra em sua figura o contraste que o distingue quando estão no Grimmauld Place. Entre os leões, sua resplandecência é equiparável. “Sua determinação é admirável, poderia alcançar grandes coisas em Grifinória.” Em seu âmago, contudo, compreende que não pertence. Uma escolha, um sacrifício. Seu sangue não o conecta apenas ao irmão, afinal. “Pois bem, eu vejo. Seu coração nobre será recompensado. Estará entre os seus, Regulus Black. Sonserina!” É recebido em resplendor sob o estandarte verde e prateado. E, embora os lábios exibam um sorriso satisfeito, os olhos retornam a percorrer o outro lado do salão.
HOGWARTS, PRIMEIRO ATO | Os primeiros anos são marcados pelas comparações com o irmão e demais familiares, mas não se intimida. Se a primeira parte de sua vida destacara-se por sua piedade filial, uma vez apresentado à sua independência, a personalidade aflora. No ninho, não sente a necessidade em se expor, adotando um comportamento recluso, passivo; longe, mantém os maneirismos de sua pompa, contudo, se permite enunciar seus pensamentos e vontades — não conquista a mesma notoriedade exuberante que outros Black, antes de si, esbanjavam; e não se importa, afinal, nunca almejara por popularidade. Mesmo assim, se demonstra um prodígio, destacando-se, principalmente, em transfiguração — desenvolve fascínio pela matéria e suas ramificações, se aprofundando nos estudos (juntamente de encantamentos) com os anos. O bom comportamento e célebres rendimentos o concede permissão para explorar os livros da sessão restrita, porém, quando determinados títulos o são negados, forja seu próprio caminho para a área durante as madrugadas. É em sua determinação acadêmica que sua ambição se destaca: estudioso, não demora para começar a formar as próprias inferências acerca dos usos da magia. A cada ensinamento, se encontra questionando os limites demarcados, as regulações impostas; mesmo quando é introduzido, naturalmente, aos estudos das artes das trevas, sua insatisfação se mantém. Em sua criatividade, Regulus consegue extrapolar e flexionar as artes que o são ensinadas — mas seus questionamentos geram repreensões dos professores, principalmente, de Slughorn. Desde o primeiro momento em que pisara em Hogwarts, o professor demonstrara demasiado interesse em si; contudo, as coisas mudam quando começa a debater suas ideias sobre magia com o homem. A verdade era que, enquanto muitos brigavam para entrar nas graças do professor, Regulus o desprezava — em sua opinião, era um sangue suga cuja ganância constituía em esbaldar-se nas glórias alheias. Mesmo que, ele próprio, não buscasse por glórias, sua linhagem era repleta de bruxos e bruxas talentosos que haviam conquistado os próprios lugares naquele mundo. Assim, a concepção de alguém sem honras próprias se vangloriando por outros o era simplesmente patético. Ainda sim, quando percebe que Slughorn se distancia (e frente a repreensão de outros professores), pela própria preservação, mantém suas observações para si; mas não deixa de experimentar, explorar e flexionar os limites da magia. Especialmente quando se amiga de outros sonserinos que, nos anos que seguiriam, o introduziriam aos feitos dum bruxo de invejável talento.
HOGWARTS, SEGUNDO ATO | Os murmúrios sobre um exímio bruxo e seus seguidores chegam no salão comunal esverdeado nos meados de seu quarto ano, e Regulus demonstra demasiado interesse. E, quando retorna para casa, aprende mais sobre aquele que chamavam de Lorde das Trevas. Não são as visões da preservação do sangue que o atraem para a causa. Nunca vociferaria, mas não detinha o mesmo vigor em relação ao sangue que o resto de sua família — conhecera mestiços e nascidos-trouxas com maior proeza que seus compatriotas sangues-puro. Para ele, era uma questão mais simples: sangues-ruim e squibs, ineptos à magia, nada podiam contribuir ao mundo. Era natural que aqueles com aptidões mágicas detivessem poder. O apagamento de tais eram justificáveis, meios para um fim: esta é a crença que o sustém quando seu fascínio transforma-se em obsessão. Encontra no Lorde das Trevas a sabedoria que estava esfomeado por, uma bússola. No auge de sua adolescência, Regulus enfrentava uma turbulência emocional. Herdara muitas características de seus progenitores, contudo, em sua própria maneira, era uma incógnita naquela família tanto quanto Sirius: seu coração era dotado duma fragilidade nada característica da mui antiga e nobre casa dos Black. Desde a infância, a afeição e devoção por sua família eram o combustível de seu âmago — blood is thicker than water, era sua convicção. Estava disposto a ceder tudo por aqueles que ama… mas quem estava ali por ele? Quando o irmão deixa a residência pela última vez, sente-se traído, abandonado. Em seu âmago, há muito compreendera que eram opostos — quando o encontrara, pela primeira vez, entre os leões; quando as orbes cristalinas o observavam na distância, exibindo sorrisos que nunca deixara transparecer dentro das paredes álgidas de Grimmauld Place. A verdade é que sacrificara o zelo pelo irmão pelo bem de outrem; e o próprio, porque a luminosidade de seu astro nunca seria o suficiente para amparar a de Sirius. Em sua percepção, as atitudes do outro são egoístas e as de seus pais, por permitirem tais desenvolvimentos (de terem negado as diferenças de Sirius, o colocado sob tamanha agonia), imperdoáveis — eram uma família, não? Como poderiam deixar tantos buracos se formarem na moldura? Frente suas crenças sendo despedaçadas, se encontra desolado. E, em vez de buscar por consolos, desesperado e de coração partido, busca pela sensação de pertencer: aos dezesseis anos, é concedido a marca negra em seu antebraço.
TRIGGER WARNING: menção de assassinato (não descritivo), menção de tortura (não descritivo).
HOGWARTS, TERCEIRO ATO | No sexto ano, é convidado, por fim, para adentrar o Clube do Slugh. Suas opiniões acerca de Slughorn continuam desfavoráveis, contudo, se junta pelas conexões. Nas férias, quando é convidado para as residências de seus colegas, está acompanhado de Monstro — são nos sussurros entre elfos domésticos, que o amigo compartilha consigo, que coleta os segredos das diferentes figuras proeminentes do mundo mágico. Os affairs, as doações generosas, as transações que acontecem na surdina. Regulus estabelece uma rede de informações até mesmo dentro de Hogwarts, dentro das mansões de seus familiares. Suas primeiras contribuições para o Lorde das Trevas são feitas dessa maneira, coletando sussurros, usando de truques sujos para conseguir favores e seguidores. Uma das principais características que desenvolvera graças à sua família fora a de manipulação — o caçula, conquistara seu lugar entre os Black através da pseudo passividade, a arte da bajulação e, é claro, pelos segredos: aprendera a sempre dizer a coisa certa, a contornar situações; era em não destacar-se, deixá-los a crer que não era uma ameaça que Regulus montara um arsenal propício para seus esforços como comensal da morte. É esta característica, acoplada ao seu espetacular histórico acadêmico e interesses que o rende um espaço no círculo pessoal de Lorde Voldemort — e quando se encontra conversando com o bruxo, Regulus encontra um igual. Seu líder o permite expressar seus pensamentos, o incentiva a aprimorar seus estudos e exercer sua criatividade; Voldemort, com suas próprias motivações, o proporciona o quê desesperadamente procurava: aceitação. Uma vez formado, é propriamente introduzido às tarefas que constituem ser um comensal da morte. A maior parte do tempo, Regulus se mostra útil coletando informações, estudando transfiguração e as artes das trevas: demonstra proeza na manipulação e encantamento de artefatos mágicos, conjurações e, até mesmo, na transfiguração de seres vivos — sua especialidade. E conforme suas contribuições aumentam, maiores se tornam suas responsabilidades. A primeira vez que tira uma vida (um ex-colega de ano, nascido-trouxa), está bêbado na adrenalina — em seus recém feitos dezoito anos, prova da extensão de suas habilidades e saboreia a sensação de poder que ela o proporciona. Ignora os pesadelos sobre o lampejo verde e o perturbador silêncio que segue a maldição, até, eventualmente, se privar de sonhar através de encantamentos. Mergulha em seus estudos, mantendo-se fiel à crença de quê seus atos e de seus companheiros detinham um fim que transformaria o mundo; mesmo quando o estômago revira ao assistir as sessões de tortura e não partilha dos conceitos de “diversão” dos colegas, continua a murmurar que havia um propósito. Querendo minimizar o contato com tais atos — se convencendo que era, apenas, fraco demais para aquilo —, em conflito com sua ansiedade, se afunda em seus experimentos e estudos. Regulus experimenta mais e mais, e em um ano, mal se compara a quem costumava ser: se perde em sua sede, e suas experiências se mostram mais exigentes que sequer imaginara. Até mesmo os pais começam a mostrar hesitação quando comenta sobre sair outra vez, sobre uma nova missão ou estudo. Como todas as coisas, sua devoção ao Lorde das Trevas, seus estudos nas ramificações de transfiguração… ambos requeriam equivalência: na mesma medida que suas aptidões mágicas eram aprimoradas, trincos se formavam em seu âmago. Esta era a moeda das artes da trevas — sua sanidade por poder. E, em sua obsessão, negligencia as coisas que o são mais importantes.
✶ { Y’A PAS DE PLACE POUR LES FAIBLES, YA PAS DE PLACES POUR LES REGRETS } ✶ .
MONSTRO | Quando Lorde Voldemort solicita-o Monstro para uma “missão” importante, Regulus o empresta sem hesitar, era uma honra. Contudo, na madrugada em que o elfo retorna para casa, os calafrios que o percorrem a espinha quando aparata em sua frente, são o suficiente para acordá-lo para a realidade: a figura esguia e minúscula de Monstro se contorce no chão, desidratado, vociferando contra alucinações que o perturbam por dias que seguem — em desespero, Regulus busca auxílio em seus livros, usando de todo seu conhecimento para apaziguar os sofrimentos do amigo. Quando, por fim, livra-o dos tormentos, coloca-se de joelhos implorando para que o contasse o quê acontecer; descobre sobre uma caverna com um lago de inferi, um estranho amuleto e sobre como Monstro fora submetido à torturas e deixado para morrer. Os relatos são a evidência que os métodos de Lorde Voldemort não passavam de crueldades sem fins — covardia. Em seus estudos da transfiguração, se deparara com as práticas da criação de inferi e similares criaturas; eram cadáveres reanimados, seres que desafiavam a natureza. Admitia que suas visões eram controversas e, potencialmente, detestáveis: contudo, seus conflitos eram com as limitações humanas, com a maneira como bruxos impunham regras que enfraqueciam a magia — nunca fora contra a natureza. Desafiar a morte, violar os corpos de outros… sabia que exercia hipocrisia, entretanto, não podia mais se permitir contribuir com tais atos. Envergonhado, Regulus se coloca de joelhos para suplicar pelo perdão de Monstro; em sua obsessão, agira da mesma maneira que Lorde Voldemort, traindo seu único e melhor amigo. Monstro o concede perdão (”Como poderia Monstro culpar mestre Regulus?”), contudo, o relata as próprias súplicas: de todas as pessoas naquela casa, Monstro era quem o conhecia melhor. Desde pequeno, era ao elfo a quem confiava suas preocupações, sonhos e lástimas; era a companhia dele, no sótão, que procurava quando as brigas ecoavam pelas paredes de Grimmauld Place, e juntos catalogariam as constelações visíveis no céu noturno. Assim, Monstro fora o primeiro a notar o quanto se perdera em sua sede, em como se apegara a ilusões para apaziguar as próprias dores. Até ali, Regulus sempre pensara que suas atitudes eram desprovidas de emoções, cálculos duma mente incompreendida — Monstro, por outro lado, compreendia que eram apenas atitudes duma criança perdida. Nunca se permitira sentir. Devoção, deslumbre, família: vivia pelos e por outros, deixando sua luz ser consumida. Então, Monstro o suplica: “Viva, mestre Regulus.”. Pela primeira vez, permite que lágrimas escorram, deixando seus sentimentos transbordarem. Culpa… angústia… cólera, determinação. Considera escolher a morte, explicitamente desistir da causa e receber sua punição; entretanto, conhecendo os métodos de Voldemort, temia que não seria ele quem receberia a cruel punição. Assim, após muito repassar os relatos de Monstro sobre aquela fatídica noite, Regulus deduz o maior dos segredos que resguarda — uma inferência que o aterroriza, de certo, mas que o motiva a continuar entre os ranques dos comensais da morte com a única intenção de descobrir mais e, possivelmente, ser capaz de detê-los.
✶ { AND IN MY INSOMNIA I CRY ABOUT IT… THE MOURNING OF SILENCE } ✶ .
Para preservar suas descobertas e afim de proteger Monstro, para a o desgosto de sua mãe, Regulus mudou-se do Grimmauld Place — antes, contudo, deixou instruções para os progenitores não exporem o elfo e, tampouco, receberem demasiadas visitas. Sendo amigo de muitos da espécie, contratou um outro elfo para atuar como servente no lugar de Monstro.
Iniciou o treinamento da OCLUMÊNCIA pouco após tornar-se comensal da morte aos dezesseis anos. Sua habilidade é notável, mas nada impressionante; por isso, por precaução, utiliza de encantamentos para certificar-se que manterá seus segredos do Lorde Voldemort: esconde seus pensamentos numa espécie de penseira que desenvolveu, mais discreta e eficaz, foi a maneira mais segura que encontrou.
Frente aos relatos de Monstro, por conta de seus próprios estudos, fora capaz de deduzir que o medalhão era uma horcrux de Voldemort. Ainda não está em sua posse uma vez que, através de sua rede de informação élfica, descobriu sobre o bruxo ter dado a Lucius Malfoy um diário pouco após os acontecimentos da caverna — o que o levou a pensar que, possivelmente, poderia ser outra horcrux. Agora, está no processo de tentar descobrir se existem mais e onde elas estão.
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Sarah Kay, No Matter the Wreckage; “Postcards”
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