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Roteiros & Rabiscos
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Opiniões bobas de uma garota ainda mais boba.
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roteiroserabiscos · 3 months ago
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Review: Aftersun
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Se você pudesse, faria alguma coisa diferente?
Direção: Charlotte Wells Produção: Adele Romanski, Barry Jenkins, Mark Ceryak, Ana Leocha, Neil Shah, Alex Sutherland, Amy Jackson Estúdios: PASTEL, BBC Film, Tango Entertainment, Unified Theory, Screen Scotland, BFI
Nota: ★★★★★
Gente decidi fazer uma review sincera de um dos meus filmes favoritos de todo o mundo: Aftersun, e falei para mim mesma que seria uma crítica sem spoilers, mas com as emoções que o filme me transmite a cada vez que eu dou play.
É o filme que vai fazer você sorrir, chorar, se preocupar, sentir nostalgia e um enorme vazio dentro de si quando acabar.
O filme fala sobre Sophie (Frankie Corio), se lembrando de uma viagem que fez junto a seu pai Calum (Paul Mescal) anos atrás. A história possui diversas fitas que foram gravadas nessa viagem que nos trazem a melancolia de relembrar o passado, enquanto nos identificamos com os personagens principais.
No meu caso, eu sempre tive pai presente, então foi muito fácil me colocar na pele da Sophie e sentir o amor que ela sente e a relação tímida porém regada de preocupações e carinho que ambos dividem. E, agora mais velha e já adulta, digo com facilidade que o Calum também é uma pessoa facilmente identificável.
"When You Were 11, What Did You Think You Would Be Doing Now?" - Sophie
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No início do filme somos apresentados a pousada onde eles estarão hospedados até o final, que tem uma atmosfera bem estabelecida e mostra de formas sutis um desprendimento dos personagens ao local, tanto por Calum não ter dinheiro suficiente para bancar todas as atividades que faz com a filha, quanto à Sophie em constante observação de relações entre pessoas mais velhas que ela. Isso já nos traz ao primeiro estabelecimento dos personagens, de uma forma a desenhar um pouco como eles estão de certa forma desconectados um com o outro.
O passo do filme é bem linear e leve num geral, é realmente sobre os dias que eles estão vivendo juntos. Não temos altos e baixos que sejam muito altos e muito baixos, tudo é bem calmo enquanto estamos vendo as coisas na perspectiva dela, o que nos remete a como nossos pais por várias vezes tentam colorir e proteger nossas infâncias. Ela come, brinca, joga e conhece pessoas novas enquanto dorme na melhor cama do quarto. Num geral, é uma criança feliz.
"I Think It's Nice That We Share The Same Sky." - Sophie
O filme entra mais no drama conforme vamos conhecendo o personagem do Calum mais a fundo. Ele tem seus problemas, tem suas dores, suas tristezas, suas mágoas, e não deixa isso transparecer para a filha. Ele foi pai jovem, é divorciado e seu trabalho simplesmente não decola, é um momento muito frágil na vida de uma pessoa.
Existem cenas que devo dizer que me magoaram muito assistindo, existe dor e falta de conversa e entendimento entre os principais, seja em um momento de ignorância ou ao acabar descontando algo um no outro. Mas é isso que é a vida, né?
Não somos perfeitos, não temos vidas perfeitas. Estamos todos vivendo e tentando continuar da forma que dá, todos temos preocupações, medos e inseguranças e é isso que faz de nós humanos. É por isso que eu amo tanto esse filme.
O final é uma enxurrada de emoções, se vocês gostam de sentir tudo ao mesmo tempo vale muito a pena!
Como decidi não entrar em spoilers eu peço que assistam Aftersun e deem uma chance para sentir os sentimentos que vão ser trazidos e inundados em você. Todas as vezes que eu assisto esse filme eu sempre fico com aquele sentimento de que eu preciso dar mais valor a tudo que eu tenho e vivo agora, pois um dia tudo vai passar e vai acabar, e eu vou envelhecer cada vez mais e a vida vai acontecer. As lágrimas não param de escorrer do meu rosto.
Aproveitem a vida ao máximo que puderem.
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roteiroserabiscos · 3 months ago
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Review: Viveiro
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Se a claustrofobia fosse um filme.
Direção: Lorcan Finnegan Produção: Cassandre Warnauts, Brendan McCarthy, John McDonnell, Jackson Clough,... Estúdios: Fantastic Films, Frakas Productions, XYZ Films, PingPongFilm, VOO, BeTV, Fís Éireann/Screen Ireland
Nota: ★★★★☆
Alerta de spoiler!
Decidi reassistir esse filme enquanto escrevo essa review pq mesmo que eu já tenha recomendado pra muita gente e saiba que eu gostei demais, existem muitos elementos que na minha cabeça estão brancos. O filme tem um passo lento e bizarro que faz com que uma hora e meia pareça três horas facilmente.
"Gemma: It's just the way things are. Molly: Well I don't like the way things are, I think it's horrible."
De início já somos apresentados para o casal de personagens principais. Ela se mostra empática, é professora. Ele se mostra engraçado, se preocupa com ela. É um casal que dá certo... não é?
O filme começa com eles procurando a casa perfeita para se mudarem, e no meio dessa busca se encontram com o corretor de imóveis mais suspeito do mundo, e decidem seguir ele para conhecer o novo conjunto habitacional que está sendo construído e vendido como perfeito, mesmo que o homem não diga nem ao menos onde fica. Galera, alerta vermelho! Por favor vamos ser mais espertos do que eles!!
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A atmosfera começa a ficar ainda mais estranha quando eles finalmente estão passando pelas centenas de casas verdes iguais. Isso me enlouqueceria, não nasci pra morar assim!! Enfim, enquanto eles estão na casa e vão para a parte dos fundos o corretor simplesmente se manda de lá. O casal começa a dar voltas e mais voltas tentando encontrar a saída em vão, então os dois são obrigados a voltar para a casa número 9 e esperar o novo dia chegar para tentarem escapar desse labirinto de novo.
Eu gosto muito dos visuais do filme, as casas parecem todas de bonecas com aquele verde forte e feio, as nuvens e o céu tem essa aparência de falsos e as ruas são absurdamente idênticas, criando esse tom claustrofóbico que será mantido até o ato final, afinal, nós estamos presos aos mesmos elementos toda hora, assim como os personagens.
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Após uma tentativa frustrada em queimar a casa, eles recebem uma caixa com um bebê dentro, e um bilhete dizendo que se o criarem, estarão livres. Disso, se corta para uma cena com a criança já crescida e passados 98 dias, com essa passagem sendo mostrada pelo menininho enquanto ele imita conversas que os dois principais tiveram, mostrando como o relacionamento está cada vez mais abalado pela situação horrenda a qual estão presos. Devo dizer que se eu estivesse presa com uma criança CHATA E INSUPORTÁVEL daquelas eu já teria desistido a muito tempo.
E falando desse menininho que ator perfeito escolheram pro papel, sério. Ele consegue ser muito, muito irritante mesmo. Ele é ótimo. Durante praticamente todo o tempo que o vemos, ele se mostra observando e imitando as coisas que vê e escuta. O mistério do filme, além de se apresentar no local onde eles estão, também está intrinsecamente conectado a esse garoto. O que ele é? Quem o enviou? Muitas perguntas são feitas e elas não são exatamente respondidas, a respostas vão vir principalmente de você e do seu entendimento sobre as coisas. E falando do ator mirim, não posso esquecer de aclamar também as atuações do Jesse e da Imogen, que estão muito convincentes na história e em quanto um não aguenta mais olhar para a cara do outro.
É interessante demais ver como os principais começam a perder completamente a cabeça e agem de formas diferentes nesse processo: Tom fica mais agressivo, e Gemma fica cada vez mais doce com o garoto, o vendo como uma criança de verdade, sua criança. O ciclo do filme é algo triste e incomodante de se ver: essa história ja aconteceu várias e várias vezes, e ninguém conseguiu escapar.
Existe uma sequência INCRÍVEL de perseguição que a Gemma faz com o garoto (agora adulto), passando por diferentes dimensões, casas e pessoas diferentes -vale-se dizer que é de longe a melhor parte do filme, pois abraça com tudo a esquisitice que nos foi proposta.
"Because of you… I'm- I'm home right now" - Tom
É bonito como no final, deixando de lado tudo o que eles viveram nos meses que estiveram presos, o casal divide um último momento juntos, se lembrando dos momentos que passaram com carinho. É bem especial ver que o amor deles perdurou tanto tempo e independente dos acontecimentos. Mesmo que pareça simples e talvez bobo, o filme vai te deixar com varias perguntas na cabeça, então boa sorte em completar a história. Vejam o filme, vale a pena!
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roteiroserabiscos · 4 months ago
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Review: Coraline e o Mundo Secreto
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Cuidado com o que você deseja.
Direção: Henry Selick Produção: Mary Sandell, Claire Jennings, Harry Linden, Bill Mechanic, Henry Selick Estúdios: Laika, Pandemonium
Nota: ★★★★★
Alerta de spoiler!
Lembro da primeira vez que vi esse filme no cinema em 2009, fui com minha mãe assistir em 3D, e foi um dos meus primeiros usando aquele óculos. Mal sabia eu que estaria vendo um dos meus filmes favoritos, ainda mais o que seria o mais assistido em toda minha vida e que sei literalmente todas as falas...
Coraline nunca vai ser só um filme pra mim. É uma aventura que combina tudo de mais maravilhoso que tem no mundo: animação, stop motion e terror infantil. Provavelmente a melhor combinação existente! Eu agradeço todos os dias por essa história ter caído nas mãos de pessoas tão talentosas como o queridíssimo Henry Selick e do maravilhoso estúdio Laika.
Coraline antes da porta
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A atmosfera do início do filme é espetacular! A música escolhida se juntando com a Beldam desfazendo a boneca da avó do Wybie e criando uma nova para a Coraline é puro ✨cinema✨, totalmente bem feito, bizarro e encantador. Essa pra mim é a forma perfeita de mostrar como vai ser o passo do filme, mostrando a manipulação que vai ser feita para a garota ceder ao charme de uma vida "perfeita".
Já no começo temos a apresentação do personagem do Wybie e do seu esplêndido gato, dos pais e da própria Coraline. De início conseguimos ver como ela está solitária nessa nova casa, já que seus amigos continuaram no Michigan. O novo vizinho da sua idade é irritante e sua mãe e seu pai precisam continuar focados no trabalho deles. Uma coisa muito interessante é também o jeito que somos apresentados a casa, conhecendo todos os espaços junto da personagem principal: quantas janelas tem? o que é azul? quantas portas podemos ver?
O mistério imediatamente criado sobre a porta é muito divertido, pois só de imaginar uma portinha minúscula escondida atrás de um papel de parede que leva direto à tijolos já me deixa intrigada com 24 anos, imagina com 9.
Coraline depois da porta
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Quando ela entra pela primeira vez nesse novo mundo é tão satisfatório de assistir! As cores vibrantes, os olhos de botão, o piano, o jantar e a casa são tão melhores que a realidade desbotada e negligenciada que ela vive, que você não consegue nem julgar essa criança por continuar voltando para esse lugar. A outra mãe é muito boa nas coisas que ela faz e cria.
Eu gosto muito que o filme nos apresenta o resto dos personagens só depois desse primeiro contato que ela tem com o outro mundo. O Sr. Bobinsky é aquele vizinho estranho e conspiracionista que acho que a maioria das pessoas já teve contato alguma vez na vida. Os camundongos saltadores são meus amores, e tem um ótimo gosto para músicas. As Srtas. Spink e Forcible são duas velhas casadas que moram juntas e tem todo esse jeito teatral e cheio de "desentendimento" das coisas. Vamos combinar que não são o melhor tipo de vizinho quando conhecemos pela primeira vez, né. Uma coisa que sempre me pegou um pouco foi como mesmo sendo super parecida com a Coraline, eu agiria de uma forma COMPLETAMENTE diferente ao ser avisada para não passar mais pela pequena porta que MAIS NINGUÉM além da minha família sabe, ainda mais se lessem no meu chá que estou correndo perigo! Devo dizer que ela é mais corajosa ou doida do que eu que sempre que escuto um barulho vou atrás pra ver o que é.
"Caroline! Caroline, Caroline, Caroline!"
Umas das melhores partes do filme com certeza são as que tem as apresentações no mundo secreto -inclusive meu segmento favorito do filme é a apresentação mágica e teatral das outras Srtas. Spink e Forcible (sei cantar a música inteira), eu AMO quando elas abrem o zíper das costas e aparecem jovens. Em contrapartida eu ODEIO o outro Wybie sofrendo pois ele é um amor e o melhor personagem do filme.
Quando o terror começa
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“You could stay here forever, if you want to. There’s one tiny thing we have to do first…”
Já na metade do filme começamos a ver o terror em que a menina se meteu. A outra mãe oferecendo colocar os botôes nos olhos dela, ela dormindo e acordando presa naquele mundo, o vazio que se espalha conforme ela se afasta da casa, as crianças fantasmas, o outro Wybie com a boca costurada em um sorriso, os pais sumindo e a boneca feita pra sequestrar eles...
A virada de chave desse filme é simplesmente FENOMENAL! O filme toma um ritmo e rumo direto pro horror. Toda a sequência das crianças contando sobre o que aconteceu a elas quando aceitaram os botões, e o pedido de ajuda que as mesmas fazem é um misto de tristeza com o sombrio que já bate logo. O outro Wybie ajudando ela a fugir pela porta e mostrando que ele não pode ir junto, só pra depois ser morto pela Beldam e ter suas roupas penduradas numa forma de desestabilizar a garota no meio do jogo é de uma crueldade sem igual.
O final do filme
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Eu amo toda a sequência da aposta que Coraline faz com a outra mãe, de verdade. Juntar a busca pelo seus pais com a procura pelos olhos das crianças fantasmas é uma ótima forma de apresentar a parte final do filme, trazendo tensão e espalhando medo ao mostrar os outros personagens em versões piores de si mesmos. A própria Beldam tem sua aparência mais deformada a cada cena que passa, se tornando uma espécie de monstro aranha que tem a presa bem no meio de sua teia. A garota tem muita sorte de ter o gato a acompanhando nessa jornada: ele é o cérebro, ele que conhece a outra mãe há anos, ele que sabe dos jogos que ela gosta de jogar e de como ela nunca vai liberar a principal para voltar pra casa e ter um final feliz, ele que arranca os botões depois de ser ARREMESSADO em cima da vilã e da uma chance maior para Coraline sobreviver. O título de maior personagem vai pra ele com certeza.
Uma coisa que eu adoro do final do filme é que depois que ela liberta seus pais do globo favorito da mãe, ele ta lá destruído e eles aparecem cheios de neve que só ela consegue ver. Fico muito feliz também com as crianças livres naquela sequência linda que homenageia uma pintura de Van Gogh, e fico muito irritada com a Coraline jogando a chave no poço, quem vai saber onde ela vai parar?? Tirando isso, acho fofo como os pais melhoram o relacionamento com ela no fim e decidem preparar o jardim com a menina, além de finalmente conhecer a irmã da garotinha fantasma e vó do Wybie!
Em conclusão: de todos os filmes do mundo esse é o que sempre vai ocupar a primeira prateleira pra mim, e espero que faça o mesmo com todos que decidirem assistir. Se você nunca viu, veja!
Top animações satisfatórias dentro do filme: 1: A lama caindo quando Wybie mostra pra Coraline que ela quase caiu no poço. 2: O trenzinho despejando o molho em cima da comida. 3: A outra mãe fazendo a boneca.
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roteiroserabiscos · 4 months ago
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Review: A substância
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A constante luta pela eterna juventude.
Direção: Coralie Fargeat Produção: Eric Fellner, Coralie Fargeat, Tim Bevan Estúdios: Working Title Films, Blacksmith, Working Title Films
Nota: ★★★★☆
Alerta de spoiler!
Fiquei pensando em como começar essa Review e sinceramente ainda não faço ideia. Esse com certeza foi um dos filmes que mais me atingiu ano passado, eu saí do cinema extremamente triste e até quase totalmente devastada. É um filme bem bizarro, o body horror é muito bom e as atrizes foram fenomenais em seus papéis. Eu realmente consegui entrar de cabeça nessa experiência!
O início do filme me causou muito desconforto (é a ideia mesmo). A atmosfera se estabeleceu muito bem fazendo críticas desde o primeiro minuto do filme sobre como as mulheres são vistas como mercadorias, crescendo com a doutrinação de que existe um relógio contra si devido à sua "data de validade". Cada close, cada nudez -de forma excessiva- foram uma forma de nos mostrar quanto desconforto e quanta cobrança a personagem principal começa a ter consigo mesma, mostrando o medo de ser descartada e substituída por um mundo extremamente capitalista e machista não ser mais jovem. Sua confiança é drenada rapidamente ao longo do filme.
"Have you ever dreamt of a better version of yourself? Younger, more beautiful, more perfect.... This is simply a better version of yourself."
Elisabeth
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Pessoalmente adoro as histórias que mostram como as pessoas ficam destruídas ao procurar constantemente a perfeição, e mesmo quando você tenta 500 vezes, nada nunca vai estar bom. Ver a Elisabeth sendo maltratada pela sua versão mais jovem quase acabou comigo, tive que me segurar algumas vezes para não chorar. Foi uma ótima forma de mostrar quanto ódio ela absorveu sobre sua pessoa, a cena em que ela está se arrumando para sair com o Fred é muito pesada, a constante comparação que sempre fazemos com quem achamos superior a nós faz com que a gente perca nossa vida inteira, nos tornando meros expectadores no mundo. Quando ela começou a colocar cada vez mais camada de roupa eu simplesmente já estava me sentindo destruída, ainda mais por ser a Demi Moore que até hoje é um espetáculo de beleza e uma atriz realmente incrível, as cenas em que se automutilava me davam muito nervoso.
"You. Are. One. You can't escape from yourself."
Sue
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A Sue foi escrita e atuada muito bem, a ansiedade e o estado de desespero que ela sempre se encontra foram uma crítica tão direta e escancarada e bem feita que eu mal pisquei durante o filme. Ela tem raiva da Elisabeth, tem raiva de precisar dividir sua vida com ela e tem raiva de tudo que ela representa: o velho, ultrapassado e imperfeito. A personagem acredita ser melhor e constantemente recebe essa confirmação do mundo, então como esperar que ela atue de forma diferente? Elogios nos alimentam, a perfeição é vendida como toda a fonte do seu merecimento, qualquer passo em falso te tira do holofote. Sue tem um grande alvo em cima dela e isso traz à personagem aquele fundo de entendimento que nos lembra que o mundo não é preto no branco. Ela odeia a Elisabeth, mas também odeia a si mesma. As duas são uma só.
Elisasue
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A parte final, embora um pouco cômica em algumas cenas (tinha gente gargalhando no cinema enquanto eu me segurava pra não morrer de chorar) é devastadora. Ver o "monstro" que foi criado nessa busca incessante da Elisabeth de ser sua melhor versão foi muito triste. A cena onde ela começa a se arrumar em frente ao espelho, colocando brinco e maquiagem é de partir seu coração em pedaços. O rosto da Elisabeth preso nas costas e tentando gritar ou falar passa uma sensação de sufoco enorme. Quando o monstro vai se apresentar e começa a ser vaiado e a sofrer ataques das pessoas eu verdadeiramente quase chorei de profunda tristeza. Ver alguém que se anula e mutila tanto pra ser amada recebendo aquele tratamento acabou comigo.
Enfim, eu levei o filme muito a sério e me conectei profundamente com ele, sentindo cada cena ao máximo. É um filme ótimo pra quem gosta de ver a busca da perfeição, coisas bizarras e histórias tristes. Merece todo o hype que recebeu!
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roteiroserabiscos · 4 months ago
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Review: Flow
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Quando o silêncio fala mais alto.
Direção: Gints Zilbalodis Produção: Ron Dyens, Matīss Kaža, Gints Zilbalodis, Gregory Zalcman, Alon Knoll, Marc Janssen, Paola Acosta Estúdios: Dream Well Studio, Sacrebleu Productions, Take Five ARTE France Cinéma, RTBF
Nota: ★★★★☆
Assisti esse filme com muita expectativa e posso dizer que ele é realmente muito lindo. O charme dele vem do básico, você se apaixona pelos personagens pq tem a representação fiel da personalidade de cada animal, que são muito fofos, tão fofos que da vontade de explodir!!!
É incrível como sem utilizar nenhuma palavra o filme entra em você e te faz rir, ficar tenso, irritado e até mesmo emocionado (tive q me segurar pra não chorar em cenas que eram simplesmente os bichinhos sendo os bichinhos e vivendo do jeito que a gente conhece e sempre vê). A interação que o gato tem com cada personagem é muito bem feita e estruturada, você acompanha de perto o crescimento que ele tem ao longo do filme, aprendendo a ter mais confiança não só em si mesmo, mas também nos outros.
É um filme com muita alma e da pra ver que foi feito com muito amor, cuidado e carinho. Acompanhamos uma aventura linear extremamente bonita, pessoal e divertida e espero que ainda ganhe muitos prêmios e reconhecimento por todo esse trabalho! Devo admitir ainda que o final me pegou desprevenida pois acaba sem a gente esperar que acabe. Você está lá, mergulhado nas sensações que o filme traz, e do nada é puxado pra realidade de novo quando os créditos começam a subir. Inclusive devo falar que a cena pós crédito me deixou super aquecida dentro do coração, que bom que a adicionaram!
Se possível assistam ao filme no cinema, eu juro que vocês não vão se arrepender e estarão apoiando uma história encantadora! Dito isso, devo acrescentar aqui que o grupo que criaram vai fazer vocês se apaixonarem! A capivara, o pássaro, o lêmure, o cachorro e o gato -com menção honrosa a minha talvez personagem favorita que é a baleia- vão te encantar tão rápido que você não vai nem perceber. Assistam!!
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