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skrol · 7 years ago
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Nascimento
Estive trancado em um quarto escuro por todo minha vida! A janela estava vedada, a porta trancada. Não existia iluminação alguma, por isso o espelho nada refletia, via apenas o meu vulto, uma sombra, um contorno... O tempo apodreceu as janelas, que começaram a ruir. Então, aos poucos, filetes de luz começaram a entrar, com o tempo a luz inundava meu quarto. O contorno tomou formas e eu pude me ver finalmente. Agora começo a entender o que e quem eu sou. O meu atual problema e conseguir sair para fora, a porta já não está trancada para a vida, mas o medo ainda toma conta, as pessoas me assustam! Rejeição, risos, conversar, conviver... Não sei se estou preparado para essa nova realidade. Entretanto, resolvi arriscar e no primeiro dia do ano ainda com receios decidi que é hora de mudar. O resultado somente o tempo vai dizer.
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skrol · 7 years ago
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Santíssima Trindade em promoção
No ônibus, a caminho do serviço, sentado no último banco e na cadeira do meio, como estratégia para descer com mais facilidade caso ficasse cheio. Entram duas jovens senhorinhas, de cabelos roxo azulado e com cara de vovós que fazem doces maravilhosos enquanto contam histórias. Para minha surpresa e apesar do ônibus estar vazio, ambas resolvem sentar ao meu lado. As duas, que estavam em uma conversa animada quando entraram no ônibus, continuaram a falação e consegui ouvir que era sobre alguma pessoa apelidada de Jezebel e a todo instante comentavam como a "ira do Senhor" se abateria sobre ela. Infelizmente, os cochichos sobre as atividades da Jezebel se estenderam até que uma delas, com cabelo mais desbotado e que parecia ser a cabeça de uma organização de vovózinhas mafiosas, se levantou falou para a outra: - Fique com Deus! A que continuou sentanda imediatamente respondeu: - Fique com ele porque você está precisando mais; A que ainda estava em pé esperando o ônibus parar, retrucou: - Estou precisando, mas será você quem vai passar o dia com a Jezebel. Então você precisa Dele ao seu lado. Quando a outra estava se preparando para a tréplica, interrompi a troca de gentilezas e imediatamente falei: - Se ninguém quer ficar com Deus. Deixa, eu levo Ele comigo! Ambas se entreolharam como se eu tivesse dito a pior das blasfêmias, arregalaram os olhos como se estivessem ensaiado a vida toda para aquele momento e a vovozinha que estava em pé, falou: - o Espírito Santo não é para qualquer um. Ele precisa ser merecido e você não pode sair pedindo suas graças na rua, como se Ele fosse um pão velho. A segunda velinha se limitou a me olhar com ar de reprovação, daqueles que somente professoras de colégios católicos sabem fazer quando vão aplicar algum castigo desumano. A primeira foi continuar a falar mais alguma coisa, mas interrompi e falei: - Era só Deus, agora vocês também estão doando o Espírito Santo? Oba!!! Hoje, é meu dia de sorte. Vou levar toda a Santíssima Trindade. Eu tenho certeza que se a velhinha que estava sentada pensou várias vezes em me acertar com a bolsa. Ela fazia uns gestos com a boca, que podia ser ela acertando a dentadura ou tendo prazer em me imaginar sofrendo ao ser linchado em pleno ônibus. A que estava prestes a descer desistiu e sentou novamente ao lado da outra. Pegou a mão da senhorinha, que nesse momento me encarava com um olhar de puro ódio e desprezo, e sentenciou: - Os jovens de hoje não respeitam mais nada. Por isso que morrem cedo, depois de passar de mão em mão e cheios de doen��as. A outra que até então estava muda, declarou: - Eles brincam por serem filhos de lares desestruturados, foram criados no pecado e para o pecado. Olha esse! Ele emana promiscuidade e tem um olhar de pura luxúria... Nesse momento, ambas, em um movimento que pela precisão demonstrou ser uma prática comum levaram as mãos para as golas de suas blusas, como se tentassem ocultar o corpo. Para minha sorte meu ponto chegou. As duas senhorinhas continuaram a cochichar me encarando. Antes de descer soltei: - Bom dia e podem ficar tranquilas que estou indo com Deus. Desci depressa e quando o ônibus partiu vi que as duas me olhavam e faziam o sinal da cruz.
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skrol · 7 years ago
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Morri e me matei tantas vezes para descobrir que, mesmo depois de ter ressuscitado várias vezes, ainda não consegui entender o objetivo de estar vivo
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skrol · 7 years ago
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Ando tão a flor da pele...
O ano chegou ao fim e no apagar das luzes ainda continuei com a mesma dúvida que trouxe de 2016: como e quando as pessoas se tornaram tão sensíveis? Pode parecer um questionamento irrelevante para o final de ano quando todo estão planejando e traçando metas para o novo ano, mas ao tentar traçar os meus objetivos para o próximo ano essa inquietação aparece e joga todas as minhas intenções para o ralo. No último ano me deparei com várias situações onde um comentário, uma mensagem ou um email deixaram de ser apenas informativos para se transformar em peças de crimes contra a honra, contra a dignidade, contra os direitos individuais de cada um. O mais recente envolveu uma colega de profissão que contou ter arrumado um emprego em outro estado e com essa nova atividade veria a filha somente a cada 15 dias. Mandei uma mensagem parabenizando e começamos a conversar. Foi quando, para minha infelicidade, em tom de brincadeira, comentei que a menina desenvolveria vários problemas. Enquanto escrevia a próxima frase notei que não conseguia mais enviar nenhuma mensagem e me toquei que tinha sido bloqueado. Pensei que por ser mãe solteira, a sujeita talvez não tivesse entendido a brincadeira. Enviei um email pedindo desculpas e afirmando que não tive nenhuma intenção de ofender ela com o comentário. Esqueci, afinal é vida que segue e cada um com seus problemas. No dia seguinte acordei com várias notificações no celular. Estava sofrendo um linchamento virtual pelo comentário. Não satisfeita em me bloquear, a alma perturbada resolveu compartilhar com todos que quisessem ler seu ódio e rancor pelo comentário. Várias feministas e mães solteiras surgiram para me criticar por ter sugerido que uma mulher não é capaz de trabalhar fora e cuidar/educar uma criança. Confesso que até hoje ainda estou sem entender como aquelas poucas palavras escritas enquanto estávamos em uma conversa descontraída se transformaram em um ato de agressão a emancipação feminina. Enfim, com esse e outras várias situações que passei e presenciei ao longo do ano, a única certeza é que as pessoas se tornaram sensíveis não por causa de uma sociedade injusta, mas porque elas buscam respaldo para situações que elas acreditam que estão erradas em suas atitudes. No caso de mãe, se ela tivesse tanta certeza, segurança e convicção que uma convivência quinzenal com a filha não fosse causar nenhum problema com certeza ela teria respondido de outra forma ou teria percebido que não tinha sido feita nenhuma agressão. No entanto, eu acredito que ela, internamente, poderia estar sofrendo de incertezas em relação a essa nova realidade. Assim, meu ano terminou com a dúvida de como conviver e se planejar para um mundo onde qualquer comentário, no melhor dos cenários, pode gerar inimizades?
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skrol · 7 years ago
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Vai malandra
Nos últimos dias li e ouvi vários comentários relacionados ao novo lançamento da Anitta, Vai Malandra. Na era dos extremos em que estamos vivendo vi ambos os lados defendendo e atacando a cantora e o clip como se eles fossem realmente mudar a forma como vemos o mundo ou como consumimos cultura. Na minha opinião, o clipe e a música são um lixo. A música tem a profundidade dos antigos sucessos do É o Tchan! e o clipe, comercial, foi totalmente concebido para gerar views. Então, desculpem quem está conseguindo visualizar uma obra de arte, pois eu não consegui ver elementos que sugerissem qualquer outra abordagem. Lógico! Vai ter muita gente falando da bunda cheia de celulites no início do clipe, das mulheres com fio dental, dos homens mostrando corpos sarados, da diversidade de pessoas que representam o que é ser e morar em uma favela carioca. Tudo isso é puro enfeite comercial e sem profundidade sociológica. Eu não acredito que a Anitta se reuniu com acadêmicos, filósofos e sociólogos para discutir a melhor forma de apresentar para as massas a realidade sócio-econômica de uma favela brasileira. Muito pelo contrário. Como profissional da área acredito que a discussão foi entre ela e o diretor sobre quais elementos poderiam chamar a atenção e causar maior burburinho nas redes sociais. Eu fico pensando por quê o brasileiro tem essa necessidade de sempre buscar algum ponto de reafirmação nos lançamentos de cantores que vieram da periferia? Por quê não vêem apenas como mais um trabalho comercial do artista como é feito com Rihanna, Beyoncé e várias outras cantoras que também saíram do gueto para a fama internacional e que não tem as suas músicas e clipes esmiuçados em buscas de justificativas para falar que gosta do estilo e da letra. Nas várias matérias que li e nos comentários em mesas de bar ouvi de pseudos intelectuais que a Anitta está trazendo de volta o "funk de raiz", que está voltando as origens e valorizando a cultura do subúrbio. Desculpem, mas acredito que os loucos e desinformados que se baseiam nessas três premissas para qualquer argumentação nunca ouviram "eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente na favela onde eu nasci...", ter nascido e sido criada em uma favela não serve para Anitta ou qualquer outra pessoa ser considerada uma especialista em folkcomunicação da região e a valorização da cultura ou do funk de raiz está longe de ser uma verdade, pois quem fala isso nunca deve ter ido a uma favela carioca para ouvir e perceber a diferença do funk da favela e do asfalto. No final, o único ponto positivo foi para a Anita que conseguiu se mostrar como uma expert em criar buzz com os seus lançamentos. Para os desinformados que ainda acreditam ou defendem esse trabalho como um tratado sociológico, a minha sugestão é ir em uma favela carioca e ouvir a opinião dos "representados" no clipe.
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skrol · 10 years ago
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Melhor versão de Hello, da Adele, na voz da própria cantora
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ADELE - HELLO (Jimmy Fallon)
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skrol · 10 years ago
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by Um Garoto Solitário (https://www.facebook.com/DesenhosDeUmGarotoSolitario)
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skrol · 10 years ago
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skrol · 10 years ago
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Os piores livros da história da literatura
Em "A passagem", doze prisioneiros sentenciados à morte foram usados em um experimento militar que buscava criar o soldado invencível. Mas a experiência deu terrivelmente errado. Um vírus inoculado nas cobaias acabou com qualquer resquício de sua humanidade e elas fugiram, matando ou infectando qualquer um que cruzasse seu caminho. Os infectados se tornavam virais obedientes a seu criador, mais um de seus Muitos. No caos que se formou, a única chance de sobrevivência para a espécie humana eram fortificações altamente protegidas. Assim se formou a Primeira Colônia, um reduto a salvo dos virais, mas isolado do resto do mundo. Noventa e dois anos depois, uma andarilha surgiu às portas da Colônia. Era Amy Harper Bellafonte, a Garota de Lugar Nenhum, aquela que iria liderar um grupo de colonos e eliminar a cobaia número 1, Gilles Babcock, libertando seus Muitos. Agora, cinco anos após ter cruzado as Terras Escuras em busca de respostas e salvação, seu grupo está separado. Cada um seguiu seu caminho, mas seus destinos logo voltarão a se cruzar, num embate definitivo contra uma ameaça mortal. Fanning, o Zero, aquele que deu origem ao apocalipse, tem planos para refazer o grupo dos Doze e conta com um aliado poderoso, disposto a qualquer coisa em nome da própria imortalidade. Segundo livro da trilogia A passagem, Os Doze nos faz questionar a mente humana, os avanços científicos e a busca do poder que leva a uma certeza sombria de nossa capacidade para o mal. Mas, acima de tudo, ele reforça nossa esperança em uma humanidade que se adapta, sobrevive e não se rende. **** Apesar da sinopse parece ser atraente no primeiro momento, o livro é uma das piores coisas já publicadas nos últimos anos. A narrativa é arrastada, detalhista e cansativa. Os dois primeiros livros sofrem com uma profusão de personagens, que tem as suas histórias desenvolvidas de forma extensa e sem nenhuma utilidade para o desenvolvimento do enredo. O autor, Justin Cronin, acredito que tenha se empolgado e acreditado que bons livros de ficção tenham que ser exaustivamente detalhados. Infelizmente, a história se perde nos primeiros capítulos e cada página virada se torna um suplício. Depois de ler as 816 páginas do primeiro livro, A Passagem, fica aquela forte dúvida de porque ninguém se deu ao trabalho de editar, rever, enxugar, reescrever e vetar a publicação do livro. Quando você termina se for um otimista vai pensar que, talvez, todo o tédio do primeiro livro tenha sido somente uma introdução para uma história mais dinâmica e bem escrita no segundo livro. Um total engano. O segundo consegue ser pior que o primeiro. Entretanto, vale uma boa ressalva. Na metade do livro é possível perceber uma agilidade, um frescor que só seria possível com um segundo autor. Até a narrativa muda ficando claro que houve uma intervenção preciosa na tentativa de salvar a história. Infelizmente, esse sopro de vitalidade é curto e novamente a narrativa volta a ficar perdida e arrastada. Enfim, "A Passagem" e "Os Doze" são livros que se tivessem contado com uma boa edição, a publicação teria sido feita em apenas um livro, mas por algum mistério editorial foi escolhido publicar em três longos e entediantes partes. O terceiro, felizmente, ainda não chegou ao Brasil e acredito que existe uma grande torcida para que a editora Arqueiro não disponibilize esse livro de qualidade duvidosa em terras brasileiras.
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skrol · 10 years ago
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"Hoje eu queria um abraço daqueles que te sufoca de tão apertado e te protege de tudo. Hoje eu só queria ouvir ‘eu-te-procurei-pra-saber-se-você-tá-bem’." - Caio Fernando Abreu.
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skrol · 11 years ago
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Aretha Franklin divulgou o primeiro single de seu novo álbum, uma versão de Rolling in the Deep, de Adele. Sings the Great Diva Classics tem ainda regravações de cantoras como Alicia Keys, Etta James, Gloria Gaynor e Sinéad O'Connor. Infelizmente, a cantora mostrou uma voz cansada, notas entrecortadas e que a música só conseguiu soar um pouco melhor graças a tecnologia. Mesmo assim o resultado é péssimo. Uma mostra do atual alcance vocal da eterna diva de "I Say A Little Prayer" pode ser conferido no link abaixo. https://www.youtube.com/watch?v=Bl8iBkjnRdA
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skrol · 11 years ago
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Os Guardiões da Galáxia finalmente chegou as telas. O filme é apenas mais uma adaptação, com muitos recursos visuais, da Marvel, dirigido por James Gunn, um diretor conhecido por fazer milagres com baixo orçamento e elenco de segunda. O blockbuster sem um bom roteiro prende a atenção por causa dos efeitos especiais e algumas tiradas engraçadas, já marca registrada em todos os títulos da Marvel, além de uma boa edição. As atuações que poderiam ser o diferencial beiram a mediocridade. A salvação surge por Rocky Racum, um guaxinim geneticamente modificado e ciberneticamente aprimorado (dublado brilhantemente por Bradley Cooper) e Groot, uma espécie de árvore ambulante, capaz de se regenerar (dublado por Vin Diesel). O grande segredo para quem vai assistir ao filme é ir sem pretensões e com a mente aberta para assistir uma comédia besteirol "B", que poderia facilmente ter sido rodada para passar nas tarde de domingo, em Temperatura Máxima.
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skrol · 11 years ago
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Uma das melhores versões de "Like a Virgen"
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skrol · 11 years ago
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Quem é quem na copa das redes sociais
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skrol · 11 years ago
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Melhor campanha para a derrota da Copa até o momento foi da Coca-cola. Sem muita ufanização, sem os velhos clichês, somente a simples mensagem que ainda outros mundiais vão acontecer e quem sabe em alguns deles a seleção consiga o sonhado hexa.
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skrol · 11 years ago
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skrol · 11 years ago
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