parabéns,nonuuuu!você é a minha autora favorita de todo esse site,e olha que eu sou muito exigente,honesto!queria fazer um pedido com os prompts 35 e 45,e o idol seria o mingi do ateez♥︎
GRANDE EVENTO DE 1 ANO DE ANIVERSÁRIO DO NONUWHORE!!!! 🥳🥳🥳
35. "Espera, você tá com ciúmes?" "Não..." + 45. "Você fica tão gostoso/gostosa quando tá bravo/brava."
contém: fluff, fluff e fluff; relacionamento estabelecido; menção rápida de uma certa insegurança sobre o relacionamento por parte da leitora (o relacionamento é meio à distancia, então se você espremer tem ansgt); smut: sexo sem menção de preservativo; sexo na cozinha; riding; vanila sex (?);
contagem de palavras: 2,2k
nota da autora: voltamos! esperamos que pra ficar dessa vez. agradeço imensamente a paciência e espero que curta o resultado. tá um tanto açucarado, viu? recomendo ler com um copo de água do lado.
Mingi estava demorando demais, então você resolveu fazer chocolate. Você começava a culpá-lo pelo atraso do avião, já que ele podia muito bem tomar os controles e voar logo para casa. Provavelmente ficará agarrada à perna do seu namorado por pelo menos duas horas depois que ele colocasse os pés dentro de casa, você pensou, mas primeiro precisava ficar de cara fechada para que ele soubesse quanta falta ele fez, e como isso te deixou com raiva, principalmente por ele não ter largado o trabalho do outro lado do mundo e vir correndo para você.
Algo que você, nesse ponto, deveria ter se acostumado já que o trabalho dele é literalmente…. Viajar. Como consultor de pacotes de viagem, Mingi estava sempre voando de um lugar para o outro, conhecendo paisagens e culturas maravilhosas sem você, o que ele sempre compensava de várias maneiras diferentes quando estava em casa e agora você precisava ser compensada o mais rápido possível. Olhando a caixinha do fone de ouvido vazia em cima da mesa e sentido os plugs dentro do ouvido, você lembrou do presente que ele tinha de dado e sobre toda a discussão deles serem da cor favorita do Mingi e não da sua cor favorita. Sorriu, boba, olhando para dentro da panela onde o chocolate começava a dar seus primeiros sinais de borbulhas.
"Isso não faz sentido nenhum", você balançou a cabeça, rindo.
"Faz todo sentido, além de ser uma ideia perfeita. O fato de você não gostar de verde é ainda melhor."
"É mesmo? Me agracie com toda sua sabedoria, então!", a ironia estampada no seu rosto o fez conter um sorriso enquanto mordia o lábio inferior, apertando uma das suas bochechas com força.
"Além de sempre lembrar de mim quando usar os fones, porque, afinal fui que te dei, você vai fingir ficar com raiva, porque odeia a cor verde, mas me ama”, ele parecia tão convencido da própria genialidade que beijá-lo e tirar a risadinha presunçosa dele foi mais forte do que você.
“Esquisitinho”
Você ouviu um barulho, abafado pelo fone de ouvido, de algo se chocando contra a porta, seguido de um tremor no chão. Algo foi atingido de novo e o piso tremulou mais um pouco, como se alguma coisa estivesse vindo na sua direção. Olhou em volta do cômodo, tentando entender se era ali que os barulhos aconteciam e não viu nada, andou até a janela e procurou na rua, ainda nada. De repente braços te enlaçaram e seu coração quase saiu pela boca. Encheu seu pulmão de ar e cheiro que te tomou junto com oxigênio, familiar e esperado, te fez relaxar.
“Song Mingi!”, chutando ele para longe, você segurou seu peito, tentando normalizar a respiração, “Tá tentando me matar? Achei que a casa ‘tava sendo invadida!”, você ouviu a risadinha perversa dele por cima dos seus gritos e ele foi ao teu encontro de novo, te abraçando agora de frente, as mãos segurando pela cintura e te colocando no balcão perto da pia da cozinha. Desligou a chama do fogão e beijou sua bochecha, a boca, enquanto o nariz desliza pelos lugares que conseguia, como se desejasse te inalar, ser preenchido de você. Segurou seu rosto, checando se todos os detalhes que ele tinha deixado no mês passado ainda estavam ali e sorriu quando finalizou a vistoria.
“Você tem sorte que eu menti meu dedão do pé da mesa da sala, se não teria te assustado de verdade”, a boca encontrou a sua de novo, os lábios te seguram enquanto as mãos passearam dos seus ombros e braços para as costas e a cintura, finalizando nas coxas e uma boa apertada de cada lado da bunda. Você tentava sorrir, amando cada nota de desespero que Mingi imprimia enquanto te tocava, mas ficava difícil quando os lábios dele pareciam não querer parar de sugar os seus, mesmo que isso fosse uma questão de vida ou morte.
“Eu senti tanto a sua falta…”, você disse quando ele te largou por um momento, descendo os beijos até a pele da sua clavícula, subindo um pouco a sua regata e beijando também sua barriga, saudando cada pedacinho seu. “Vem, vamos pro quarto”, e tentou descer do balcão, mas ele colocou no mesmo lugar.
“Não dá tempo”, ele ofegava e disse aquilo como se precisasse cruzar o mundo de novo para chegar até o outro cômodo. O beijo agora parecia mais controlado, prestava mais atenção aos detalhes conhecidos e, principalmente, reconhecendo-os. “Eu realmente ia te dar um puta susto, mas quando te vi meu peito doeu de tanta saudade…”, te segredou no ouvido, enquanto descia sem reserva a parte de baixo do seu pijama. Você soltou um muxoxo de dó e abraçou o pescoço, sentindo seu corpo relaxar embalado pelo dele, pelo toque desajeitado que ele começava aplicar na sua intimidade, absorvendo na ponta dos dedos o calor que você emanava dali enquanto murmurava algo para si mesmo. O toque te fez gemer procurando a boca de Mingi, que ele ofereceu rapidamente, circulando um braço atrás do seu pescoço. Suas mãos alcançaram o zíper da calça jeans, entrando no ritmo precipitado que seu namorado tinha proposto, ambos rindo com a urgência um do outro, enquanto se olhavam e dividiam a vontade de estar ali para sempre.
Ele te ajudou a deslizar o membro para dentro da sua entrada, com a mesma pressa de antes, mas buscando agora aproveitar cada detalhe de estar fisicamente conectado com você. Mingi respirou pesado e te viu apertar as pálpebras, absorvendo a sensação de preenchimento. Beijou seu nariz, deslizou o dele no seu e se moveu um pouco, segurando suas pernas que tremelicavam ao redor dele.
“Dá pra você nunca mais ir embora?”, a sinceridade do seu pedido machucou um pouco mais o coração dele e automaticamente os braços grudaram seu corpo no dele.
“Nunca mais, prometo”, ele respondeu, porque naquele momento te daria qualquer coisa que você quisesse, mesmo sabendo que essa, sobretudo, era impossível.
Deitados na cama, Mingi desliza os dedos pela tela do celular te mostrando inúmeras fotos de paisagens ao mesmo tempo que te conta como, quando e porque as tirou. Te explicando cada detalhe, te ajudando a imaginar e te tele transportando para cada canto que ele tinha percorrido na viagem. Ele sempre foi muito bom em narrar cenários, isso provavelmente era muito positivo para o trabalho dele, visto que fazer com que os clientes desejassem estar em todos aqueles lugares era o objetivo principal. Agora, por exemplo, tudo que você queria era viver os momentos registrados pelo celular com ele.
“As praias eram incríveis, incríveis mesmo! A areia era tão branquinha e macia. No fim do dia, até uma boa parte da noite, ela continuava quentinha, então quando a gente pisava, apesar do vento frio, o calor na pele era bem gostoso”, você o escutava, olhando cada vez que ele ampliava a imagem e te apontava algo na foto, mas sempre voltando sua atenção para ele e para cada micro expressão empolgada que ele te oferecia, tão apaixonada e triste por pensar que daqui há algumas semanas iria perdê-lo de novo.
Mingi passou para a outra foto e agora ele estava acompanhado de uma colega de trabalho, que você conhecia e que era um amor de pessoa, mas que a vista inacreditavelmente bonita e um tanto romântica te fez reagir quase instintivamente.
“E essa aqui?”, perguntou mesmo conhecendo a mulher há anos, já que ela sempre acompanhava Mingi nas viagens e era uma figurinha carimbada em todas as festas de fim de ano da empresa.
“Esse quarto era um sonho,” respondeu, acreditando que sua pergunta era sobre as instalações, “a vista pra praia tanto de noite quanto de manhã era perfeita, super paradisíaca. Acho que vai funcionar como pacotes de viagens para casais, principalmente lua de mel. Muitos bebês vão ser feitos lá…”, ele riu, já visualizando como poderia publicitar o destino.
“E… Vocês ficaram juntos…? Nesse quarto?”, as pausas nas perguntas fizeram Mingi pousar o olhar no seu rosto. Você ainda encarava o celular, o olhar fixo na foto, mas completamente vazio de pensamentos. Ou melhor, cheio deles.
“Não… Ela ficou em um ao lado do meu. Por que a gente ficaria no mesmo quarto?”, levantou uma sobrancelha e apoiou a cabeça em uma das mãos, buscando sinais em você para confirmar a própria hipótese.
“Ah, sei lá… Às vezes a empresa não quis pagar dois quartos… A cama parece bem grande também…”, você virou a barriga para cima e encarou o teto, imaginando mais do que queria.
“Você ‘tá se ouvindo falar?”, deu um riso rápido e a ficha finalmente caiu. "Espera, você tá com ciúmes?"
"Não...", você respondeu automaticamente, fazendo uma careta ressentida, tentando inutilmente provar que não estava.
“Tá sim. Por que você tá com ciúmes?”, Mingi puxou seu corpo para baixo do dele, te prendendo com os dois braços, e rindo sem vergonha da sua cara.
“Não tô não!”
“Tá sim! O que eu fiz?”
“Você não fez nada! Mas deveria ser eu com você nessas fotos, não ela!”, a confissão saiu meio estridente e você se sentiu patética. Respirou fundo e pegou seu namorado olhando para o lado, assustado e sem jeito, porque ele não tinha solução para o problema. “Desculpa, não é justo com você. Agora eu fui muito egoísta, me perdoa…”
“Não, você tá certa, devia ser a gente lá.”
“Poderia ser a gente lá, mas não é. O que a gente tem aqui é muito mais importante e precioso pra mim. Eu juro”, você segurou o rosto dele na sua direção, tentando a todo custo arrancar o olhar preocupado de Mingi e conseguir o espirituoso que você tanto amava de volta. “É que… Quanto mais o tempo passa, mais difícil é te ver partir e ainda pior ter que te esperar”, segurou o choro e o abraçou forte, que ele te devolveu na mesma intensidade.
“Eu te amo tanto… Prometo que vou fazer cada momento valer a pena, cada um deles”, a voz ecoou no seu ouvido, ocupando sua cabeça com conforto e calmaria.
“Eu sei, você sempre faz”, você o beijou, subindo em cima dele, que se ajeitou encostando as costas na cabeceira da cama, espalmando sua cintura com firmeza e aprofundando o beijo.
As suas mãos encontrando os cabelos dele, acarinhando a região, sem pressa, se apropriando da memória da textura que eles tinham. Mingi te dedilhava inteira, como se quisesse o mesmo, te apertando e sentindo seu corpo padecer sob o dele, começando lentamente a movimentar seu quadril na direção do dele, provocando sua intimidade nua na dele, também despida. Sentiu os líquidos que vinha de você aos poucos se espalhando pela extensão, a pele que ele segurava arrepiar e o músculo lubrificado pulsando nele.
“Não vai me provocar não… Senta direito, vai…”, ele pediu manhoso, as mãos agora segurando os dois seios com força e depois apertando ambos os mamilos, arrancando um chiado seu.
“Não ‘tô te provocando… Eu ‘tô curtindo o momento… Como a gente prometeu…”, você rebolou um pouco agora e Mingi encostou a cabeça na parede, respirando fundo. Riu, satisfeita com a reação dele, que segurou sua bunda com mais força, te dando um susto.
“Eu vou subir em cima de você, ‘tô te avisando”, ameaçou e você sabia que entregaria o controle para ele se isso acontecesse. Flexionou as coxas um pouco e com uma das mãos direcionou o membro para dentro de si. A compressão e o alargamento fizeram os dois segurarem o ar dentro do peito, soltando devagar, sincronizados.
Mingi te ajudou a movimentar o quadril, impaciente, encarando sua boca e reverenciando cada sonzinho de prazer que ela emitia. Você apoiou os braços atrás de si, balançando a cintura para frente e para trás, oferecendo o show que seu namorado merecia. Chamou o nome dele baixinho e ele segurou suas coxas, grunhindo algo desconexo e se controlando para não gozar, porque você sabia como o corpo dele funcionava, ele vibrava diferente dentro de você, os dedos te tomavam como se você estivesse prestes a esgueirar para longe dele.
“Porra, ah- Eu vou passar essas duas semanas nessa cama com você. Vem cá”, te puxou para perto dele, te abraçando pela cintura e encaixando o rosto na curva do seu pescoço. “Eu sou teu, ‘tá? Não esquece disso”, você gemeu mais alto, sentido a sensação boa crescer dentro de si, “Pra sempre, de qualquer lugar do mundo, eu sou seu e só seu”, a fala grave seguida de beijos molhados pelo queixo e pescoço faziam sua cabeça girar e segurar-se em Mingi deixou de ser uma opção para virar necessidade.
“Repete pra mim”, pediu, sentindo que você gozaria de qualquer forma em poucos segundos, mas os sons que aquelas palavras tinham eram doces demais e te davam a clareza que você precisava.
“Eu fui feito pra você, meu bem. Só pra você…”, o sussurro te alcançou e você apertou os fios curtos da nuca dele, ouvindo em seguida um ruído rouco vindo da garganta de Mingi.
+
Era o terceiro sorvete que você tomava e nada dele. Você o mataria dessa vez, tinha certeza. Ou ele tinha errado o horário do voo ou tinha te dito errado de propósito, e conhecendo seu namorado do jeito que conhecia, a última opção parecia mais tentadora. Já tinha desistido de encarar o portão de desembarque e agora andava na frente da vitrine de urso de pelúcia tentando decidir qual era o mais caro e que seria sua escolha de presente de desculpas dessa vez.
Algo segurou sua perna e você pulou, assustada, quase caindo em cima do vidro.
Mingi riu copiosamente. “E essa minissaia, é pra me dar boas vindas?”, perguntou te levantando no ar enquanto sentia seus braços apertarem o pescoço.
“Infeliz! Eu vou arrebentar o seu nariz!”, ameaçou, com voz de choro.
"Você fica tão gostosa quando tá brava. Meu amor…"
69 notes
·
View notes
Cap. 7
Os dias seguintes se passaram lentamente, havia dias que os meninos vinham me ver, outros que não apareciam, pois tinham algum compromisso importante e inadiável, o engraçado era que eu nunca sabia o que diabos eles estavam aprontando. Na véspera da minha alta, todos se reuniram lá para me ver.
Quando eles entraram eu encarei o Wooyoung ele tinha um galo na testa e estava com um pouco do rosto arranhado.
Eu fiz um gesto de confusão, eu passara muito tempo treinando com a fonoaudióloga, mas ainda não conseguia falar tudo direito, parecia meio retardada quando dizia alguma coisa.
-O...O que aco... aconte... ceu?
-Ah isso? – ele perguntou apontando a própria testa. – acidente de percurso.
-Comumente conhecido como burrice. – Mingi falou e Wooyoung lhe fez uma careta. – ele caiu da escada da casa do San.
Eu comecei a rir, ele me encarou.
-Acha isso engraçado? – ele falou se aproximando de mim e começando a me fazer cócegas. – acha?
-Wooyoung pára vai machucar ela. – Hongjoon protestou, ele jogou os cabelos de lado e encarou o amigo.
-Ela é acostumada com isso.
Eu comecei a rir feito uma tonta enquanto ele ainda me fazia cócegas, quando eu quase não conseguia mais respirar ele parou.
-Isso é pra você aprender que não pode ficar rindo assim da minha cara.
Eu enxuguei os olhos e os encarei.
-Pronta para ir pra casa? – foi o San que falou com a maior empolgação do mundo.
Eu fiz um gesto frenético com a cabeça, ele sorriu.
-Desculpe não entendo quando faz essas coisas, pode me fazer o favor de falar?
Eu respirei fundo.
-Pronta para ir pra casa?
-Sim. – falei rápido e todos sorriram.
-Precisa exercitar as cordas vocais Liz. – Wooyoung falou rápido. – e as pernas também, vamos!
Eu fiquei de pé animada, claro que eu estava pronta para ir pra casa era o que eu mais queria desde que acordei, ir para casa, tentar retomar minha vida e acima de tudo saber o que perdi durante esses dois anos.
-X factor? – perguntei quando nos reunimos no meu quarto naquela tarde, eu estava animada com a novidade.
-Não vencemos. – San falou rápido. – mas conseguimos um reconhecimento legal, quer dizer, fomos até a final, né?
Eu sorri animada.
-E então gravamos um CD e estamos de volta a Holmes Chapel para gravar um documentário. – Yeosang falou com um sorriso.
-N..Não ac..acre...dito nis..so.. – falei sorrindo.
-Pois é, até que deu certo. – Mingi sorriu.
Eram novidades demais, coisas demais, então meus melhores amigos agora eram uma banda famosa? Uau.
-A gente... – antes que Wooyoung terminasse o celular do San tocou.
-Só um minuto. – San falou rápido. – é o Simon.
-Qu..Quem é Si.. – comecei, ele me interrompeu rápido.
-É um dos jurados do X factor, ele era nosso mentor durante a competição e agora é meio que uma espécie de empresário, consultor, pai, carrasco...
Eu sorri.
-A gente precisa ir. – San falou ao desligar o celular.
-Já?– Wooyoung perguntou espantado.
-Já sim.
-O Simon é um chato de vez em quando. – Wooyoung resmungou se aproximando mais de mim e me dando um beijo na cabeça. – prometo que quando terminar o que temos para fazer eu volto, precisamos dar uma olhada naquela nossa estrela, lembra?
Eu fiz um gesto positivo com a cabeça.
-E eu preciso te ensinar como é que se fala direito, está parecendo uma retardada. – eu bati com força na cabeça dele, ele sorriu. – a gente se vê mais tarde.
Os garotos saíram do quarto me deixando apenas com Isabela e Eduarda.
-E então? Acho que quer que contemos as novidades, não é? –Eduarda falou me encarando.
Eu fiz um gesto positivo com a cabeça.
-Tu...tudinho.
Ela sorriu.
-Ok eu posso começar.
-Min.. Mingyu. – falei e ela sorriu largamente.
-Quer saber como começamos?
Mais um gesto positivo.
-Na verdade foi engraçado, quando os meninos viajaram, bem eu e a Isabela meio que ficamos sozinhas já que você, bem... – ela falou sem conseguir se expressar, eu fiz um gesto com as mãos para que ela continuasse. – então, a Isabela tinha esquecido algumas letras de música e partituras na casa do San, me pediu para ir com ela buscar, me lembro como se fosse hoje.
O olhar dela ficou perdido, era como se ela estivesse mesmo voltando nas lembranças.
-Tocamos a campainha e o Mingyu atendeu, eu meio que fiquei um pouco nervosa, pois eu achava ele lindo, sempre achei até mesmo quando estava sei lá, ficando com o Mingi. A Isabela entrou para pegar as partituras e ele ficou comigo na calçada, perguntou do Mingi e de como eu estava me sentindo, eu falei que sentiria falta não só dele, mas de todos. Ele meio que duvidou de inicio, mas me chamou para sair a noite, ir na cafeteria tomar alguma coisa.
-E? – perguntei ansiosa.
-Fomos, depois ele me levou até aquele velho cinema de rua, ficamos em cima do carro dele assistindo Bonequinha de Luxo.
-Ow. – gemi, Eduarda me encarou, os olhos dela estavam brilhando, aquilo sim tinha sido algo romântico. – vo... você me.. me fa.. fa..lou.. uma vez, que ach.. achou rom.. român..romântico eu e o Wooy.. Wooyoung olh...olhando as es.. estrelas, iss...isso foi bem me.. melhor.
-Foi nada, depois que o filme acabou fomos até aquele penhasco na saída da cidade e olhamos o céu assim como você me disse que fazia com o Wooyoung, grudamos nossas cabeças uma na outra e olhamos o céu, eu a vi Lizzy, a estrela laranja que você me falou, é mesmo linda e quando a vi a única coisa na qual consegui pensar foi em você e no Wooyoung.
Eu sorri, um sorriso amarelo, eu me lembrava daqueles dias também, mas eu me lembrava daqueles dias com o Wooyoung meu melhor amigo e não com o Wooyoung do Ateez.
-Eu vi vocês uma vez observando as estrelas. – Isabela começou. – eu estava com o Hongjoon e nós vimos, era realmente linda a sintonia entre vocês, ainda é.
Eu fiquei quieta, não estava com vontade de falar de mim e do Wooyoung agora.
-Eu vi o que ele escreveu para você antes do acidente Lizzy, era lindo, - Eduarda falou rápido e eu a encarei fazendo um gesto negativo com a cabeça, eu realmente não queria falar daquilo.
-Min... Mingyu. – falei rápido.
-Ok vou continuar, bom ficamos olhando as estrelas, ele perguntou como eu estava com o Mingi, qual era nosso tipo de relação e eu disse a verdade, que eu não tinha nada de importante com o Mingi e que o nosso lance era só atração física e então ele me beijou.
-Owww. – eu e Isabela falamos ao mesmo tempo, Eduarda nos encarou vermelha de vergonha.
– Agora é sua vez Isabela, contra pra Lizzy sobre o Woozi.
-Woo... Woozi? – perguntei confusa.
-Meu namorado. – Isabela falou rápido.
-Mas... – comecei e ela sorriu.
-Eu não podia ficar esperando o Hongjoon a minha vida toda, não é? E bem, ele nunca gostou de mim mesmo e nunca vai gostar.
-Por que está dizendo isso? – Eduarda falou rápido. – eu adoro o Woozi e pensei que você estava feliz com ele, mas quando vi como você olhou para o Hongjoon quando ele voltou, eu percebi que ainda sente algo forte por ele.
-E ele pela Lizzy.
Eu a encarei.
-Que?
-Enquanto você estava dormindo fomos te ver no hospital e ele me falou com todas as letras que ainda gostava de você.
Eu fiz um gesto negativo com a cabeça, Isabela sorriu.
-Não é sua culpa amiga, eu estou bem com o Woozi, ele é lindo, engraçado, me faz rir, me faz me sentir segura, com ele é como se eu tivesse um rumo, sabe? Me sinto com os pés no chão, ele me acalma, o Hongjoon é diferente, ele me faz perder a cabeça, ele me deixa agitada e nervosa, não sei se é isso o que quero para mim.
Eu fiquei quieta, as palavras da Isabela me fizeram lembrar de quando eu estava com ele, Hongjoon me transmitia toda essa paz que esse Woozi transmitia para ela e o Wooyoung me deixava agitada ao mesmo tempo em que me transmitia segurança. Aquilo era possível?
-Fic..fico fe.. fe..liz. – falei encarando-a. – pre..preciso conh... conhecer ess... esse Woozi.
-Precisa mesmo ele vai ficar feliz em te conhecer. Ah e também tem a Luiza, irmã dele que de certa forma se tornou uma amiga e tanto pra gente.
-Que...ro...con...conhe...cer...el..eles.
-Meninas. – minha mãe apareceu na porta. – desculpem atrapalhar, mas a Lizzy precisa descansar um pouco.
-Não se preocupe Anne já estamos indo. – Eduarda falou com um sorriso.
-Então nos vemos depois Lizzy. – as duas se aproximaram de mim e me deram um abraço apertado. – até depois.
Minha mãe foi leva-las até a porta, eu escutei um barulho de música vindo do quarto da Eduarda e decidi ir até lá, as vozes eram lindas e o ritmo envolvente. Eu estava enganada ou aquela era a voz do San?
-Sa... San? – comecei quando abri a porta do quarto dela apontando na direção do stereo que tocava o CD, Jessy me encarou, não estava sozinha, havia mais três garotas com ela.
-É sim é a voz do San, é o álbum do Ateez. – ela falou friamente.
Eu fiquei um minuto apenas absorvendo as vozes, uma delas me fez ter um arrepio.
-Wo...Wooyoung?
-Sim, é a voz do Wooyoung! – ela confirmou novamente, eu sorri, a voz do San era mesmo linda, mas a do SWooyoung era muito melhor.
-É sua irmã? – uma das garotas perguntou. – a que você nos falou? Aquela que tinha uma amizade com o Wooyoung? A das matérias nos jornais?
-Sim ela mesmo, a mesma que era namorada do Hongjoon. – ela falou e outra garota me encarou.
-Ele beija bem? Tem cara de que sim, sempre quis saber.
Eu fiquei quieta sem saber o que dizer. Matérias? Que matérias?
-Acho que ela meio que não se importava muito com os beijos do Hongjoon, já que era no Wooyoung que ela ficava de olho mesmo.
Eu balancei a cabeça em um gesto negativo.
-Vo... Voce sa..sabe Jessy que.. que eu e o Woo Wooyoung... era só am.. ami.. amizade.
-Claro que sei e foi por isso que ele te escreveu a letra de more 117 e também foi por isso que você foi correndo atrás dele no aeroporto no dia em que ele embarcou para Londres e bem, sabemos o resto da história.
Eu fiquei quieta, a Jessy sabia ser cruel.
-Mas sinto te informar irmãzinha que o Wooyoung já te superou, olha só.
Ela atirou uma revista na minha cara, a capa era a foto do Wooyoung e de uma mulher, eu a conhecia. Quando li a matéria fiquei paralisada, era Kim Hyuna, a apresentadora do X factor e bem, lá estava dizendo que ela era namorada dele, mas ela não tinha quase o dobro da idade do Wooyoung?
Fiquei olhando a revista sem me mover.
-Lê a matéria. – Jessy falou rápido. eu abri a revista procurando e lá, em letras muito grandes tinham duas declarações, uma dele e uma dela.
A declaração da Hyuna dizia “o Wooyoung é muito maduro para a idade, adoro estar com ele, ele é muito carinhoso e a gente se diverte.”
A declaração do Wooyoung dizia o seguinte. “acho que a idade não importa se você realmente se sente bem com a pessoa, eu adoro a Hyuna e não me importo com o que as pessoas estão pensando.”
Eu fiquei por alguns segundos encarando a foto dos dois que estampava a matéria, eu conhecia aquele sorriso. Respirei fundo e joguei a revista de volta para a Jessy com um sorriso forçado.
-Es... esper... espero que eles se.. sejam fe.. felizes. – e assim saí do quarto, destruída por dentro, mas com a cabeça erguida.
Me atirei de costas na cama e encarei o teto, então não era só as meninas que tinham continuado suas vidas, o Wooyoung era claro que não ia ficar solteiro esperando alguém que ele nem sabia se acordaria um dia, logo ele, Jung Wooyoung.
Meu coração deu um salto e eu comecei a chorar, dois anos, dois anos perdidos da minha vida que me fizeram perde-lo também. Agora ele podia tentar parecer, mas ele não era mais o Wooyoung que eu conhecia, estava mais maduro segundo o que a própria Kim Hyuna tinha dito, tinha uma vida nova, novos amigos, nova rotina, responsabilidades e eu? Onde eu me encaixava na nova vida dele? Em lugar algum.
3 notes
·
View notes
[Fanfinc! Johnlock + Mystrade]
Un regalo para Martini como conmemoración de mis 500 subs en Wattpad.
Cariño, espero que casi 10k de palabras ayuden a que me perdones por haber tardado tanto en escribir esto 🤧. Tu sabes lo que pediste, así que no debo explicar más.
Esto es, de todas formas, puro fluff amistoso y amor filial 🥰
* * *
Desde que el doctor John Watson le fue presentado a Lestrade, no hubo argumento que le hiciera cambiar de parecer acerca de lo mucho que el hombre llamaba su atención. No de una manera escandalosa, ni mucho menos; Lestrade tenía desde hacía una década a quien resguardara sus latidos y aún se dispondría a cedérselos el resto de su vida. Sin embargo, un detalle guardaba aquel atractivo hombre. Quizá en la tenacidad de su sonrisa, la pasividad salvaje de su mirada o la rectitud de su actuar, algo todavía por descubrir en él atrapó la curiosidad de Lestrade tras los primeros minutos de conocerlo.
Dos puntos de suma importancia colocaron al hombre ante los ojos inquisitivos del astuto inspector. En primer lugar, el nombrado doctor tuvo la osadía de aceptar, aún con todos los rumores que pudieran precederlo, el compartir vivienda junto a Sherlock Holmes. En segundo lugar: decidió quedarse. Poco menos se necesitaba para convencer a Lestrade, y no obstante, una larga lista, mientras el tiempo avanzaba, seguía escribiéndose. Alargándose de maneras que Lestrade ya era incapaz de imaginar, no encontrando en el señor Holmes verdaderas razones que justificaran ese nivel de lealtad.
El detective amateur seguía tratándolo y a sus compañeros cual infantes maleducados con nulo respeto al fango, los cigarrillos a medio fumar o los pedacitos de papel medio tostados. Los declaraba ineficaces con esos despectivos ojos grises y tachaba de erróneos muchos de sus métodos de investigación. Odiaba que le pidieran repetir sus palabras susurradas y se adueñaba de las pruebas. ¡¿Cómo un hombre de tan magna terquedad e inmadurez guardaba siquiera el más ínfimo, pequeño y desesperadamente irracional vínculo con…?!
—Hay algo en tu ceño fruncido, alma mía, diciéndome que no piensas en el Holmes correcto. —Lestrade se inclinó veloz hacía la gran mano acercándose a su rostro. Se dejó acunar en la cálida palma, permitiendo que la tranquilidad volviera a esa dulce tarde de verano; al viento suave agitando las cortinas y al libro entre sus dedos. A la afable compañía del hombre en cuyo brazo descansaba su cabeza. Greg deseó, no por primera ni por última vez, lograr mantener un secreto a salvo de su amante.
—¿Te gustaría solucionarlo?
Aquellas palabras bastaron para crear fuego en medio la fría niebla de los dominantes ojos grises. Palabras que, por cuanto deseara, no salvarían a Lestrade de aceptar lo mucho que el doctor Watson lo atraía. No, de nuevo, de una manera intima —aunque más tardaría en explicarlo que su Holmes en asegurarse de darle un recordatorio de a quién pertenecía. Esa y un par de razones extra, justificaban el silencio que Lestrade imponía acerca del asunto. Hasta que descubriera el verdadero motivo, si acaso resultara posible, lo hablaría con él.
En tanto, la investigación de Lestrade continuaría, silenciosa a la vez que rampante, pese a las pocas palaras que cruzaba con el doctor, a quien, teniendo la fortuna de su lado, vería dentro de muy poco.
Sobraban motivos para hacer llamar al detective consultor, sin embargo, no es que, con el doble de esfuerzo, Lestrade no lograra resolver el asunto por su propia cuenta, e incluso su amado se mostró sorprendido y sospechoso al oírlo hablar de pedir la ayuda del joven Holmes. Por su parte, hallándose Lestrade ciertamente desesperado por algún acercamiento con el doctor Watson, ni siquiera se tomó la molestia de buscar una excusa, se limitó a reducir sus verdaderas capacidades y hacerse, por el momento, un tanto más ciego de lo que ya lo creía el señor Holmes menor y llevarse a su vez una mayor sospecha de su amado.
Si funcionó y el señor Holmes lo creía a ese bajo nivel, no importaría mientras Lestrade se ocupaba del problema secundario. Se encargaría de su reputación después. Aclarar el tema sería la mitad de fácil con su amante.
—¿Nos acompaña de nuevo, doctor Watson? —preguntó Lestrade, acaso demasiado severo, al encontrarse rezagado de la escena del crimen por el señor Holmes, que tuvo de nuevo la osadía de robar el protagonismo y dejarlo atrás a él y a su compañero de habitaciones.
—¿Apenas lo nota, Lestrade? —se interpuso la voz susurrante del señor Holmes, inclinado al ras del suelo, olisqueando el aire alrededor de un árbol medio caído. Una tos apaciguadora, proveniente del doctor Watson, detuvo cualquier respuesta irritable de Greg.
—Así es, inspector, espero no causar ningún inconveniente.
—Descuide, doctor, es imposible causar mayores problemas en comparación a… —señalando con sus ojos al señor Holmes, dijo Lestrade con voz ligera, a modo de broma, que consiguió la menor de las sonrisas en el buen doctor.
El silencio que creció entre ambos fue entonces liviano y cómodo, lo que otorgó a Lestrade la oportunidad de estudiar al hombre rubio. Todavía delgado como un palo y la piel no naturalmente morena, daba algunas señales de mejora en su decaído estado de salud. Cambio que, de manera inquietante, Lestrade notó también se reflejaba en el señor Holmes, así como la extraña cantidad de sonrisillas que ambos se dedicaban al creerse no observados y el tiempo que tardaban sus ojos en alejarse una vez se encontraban. Puesto que Lestrade nunca sería ni por asomo la mitad de torpe de lo que el señor Holmes lo creía, sonrió el inspector ante la inusitada facilidad con la que obtuvo los primeros resultados de su investigación.
Y con qué nacimiento de una hermosa amistad se encontró.
No obstante, la duración del caso relativamente sencillo dio a Lestrade poca oportunidad de continuar sus averiguaciones, y para cuando terminó, aunque varias preguntas se respondieron, algunas otras quedaron inconclusas.
—Planeas algo, amado mío, pero aún me es difícil descubrir lo que es —murmuró el Holmes mayor al oído del inspector, algunas noches después, una vez se acostaron en el lecho uno al lado del otro. Lestrade, sonriente, se acorrucó en el pecho de su gran hombre, permitiendo que una mano ancha le acariciara desde la espalda hasta los glúteos. El sueño lo abrazaba de igual forma.
—Es irrelevante por ahora, lo prometo.
Pese a creerlo de verdad, desafortunadamente, no se mantuvo irrelevante durante mucho tiempo. Al cabo de unos meses, Lestrade halló en su investigación razones para dormir apenas lo suficiente. Y qué poco tardó su Holmes en advertir su insomnio, sin embargo, de igual manera se mantuvo rezagado, dejando en claro, como siempre, que estaría ahí por si se le necesitara. Greg se preguntó, no por última vez, en qué momento de su vida había hecho un acto tan bueno que le hiciera ganar el amor a un hombre así.
A sabiendas de que la respuesta no existía y amando a Mycroft de un modo imposible, Greg se dedicó a su nuevo caso. Él no solía llevarse el trabajo a casa, mucho menos algo que todavía comenzaba a tomar forma, aun así, dada la velocidad con la que se desarrollaba el asunto, sumado al hecho de que no podía hacerlo formal sin involucrar a nadie, el propio tema tampoco le dejaba con posibilidades de actuar. Es decir, pedirle al hombre, que tan rápidamente creó lazos con el joven hermano Holmes, denunciara a su mejor amigo, no sería ni probable ni libre de escándalo.
Lejos de siquiera insinuarlo, el propio Lestrade tardó, luego de los primeros avistamientos, alrededor de cuatro meses en aceptar para sí mismo que no alucinaba ni estaba haciendo deducciones apresuradas. Por supuesto, los accidentes son imposibles de esquivar. Siendo doctor y además exsoldado, sería difícil apuntar a un culpable por lo sucedido, en cualquier caso, el hombre no parecía cambiar un ápice su aprecio por el Holmes menor o actuar diferente en su presencia. Al final, no importaban las excusas, Lestrade terminó con cada una de ellas sin opción que redimiera al joven Holmes.
Si acaso ‘redimir’ no fuera un exceso, pues no importaba en demasía el lapso transcurrido, Lestrade todavía guardaba esperanzas para con el hermano de su amante. Sabía a Mycroft no un santo ni un monje, consciente de lo que hizo y haría por él y por su patria, sería poco inteligente pensar en el joven Holmes como un ser inocente y puro… No obstante…
—¿Otro caso difícil? Creí que irían a vacacionar —Greg no tuvo que aclararlo, Watson simplemente carraspeó y, mirando al lado contrario, intentó subir inútilmente el cuello de su camisa, sonrojado.
—Ya ve cómo es, los problemas persiguen a Holmes a donde sea que vaya… —Lestrade no dijo más, incapaz de seguir avergonzando al hombre y obligarlo a continuar inventando excusas. Watson se removió en su asiento, llenando la pequeña sala de incomodidad. El movimiento, no obstante, reveló más de lo que quiso ocultar.
—Espero que haya descansado al menos un poco, doctor. —Con una diminuta sonrisa que liberó el aire alrededor, el doctor Watson se limitó a decir:
—Por supuesto, eso es posible junto a Holmes. —Ambos rieron, aunque Greg tuvo que esforzarse para hacerlo creíble.
¿Cómo un hombre de semejante intelecto haría algo tan espantoso e irredimible? ¿Y cómo el doctor Watson, el hombre valeroso, leal y respetable, lo seguía permitiendo? Las marcas en las muñecas del doctor eran frescas, su vivo color lo anunciaba claramente. Mas la tela firme de su cuello todavía resguardaba cicatrices de las líneas firmes, cortas, continuas y con apenas espacio entre ellas, de lo que claramente se trataba de un pequeño y afilado cuchillo. Tal vez alguna de las propias herramientas del doctor. Lo descubriría en cuanto reuniera evidencia palpable.
Qué haría Lestrade si resultaba estar en lo correcto, se lo preguntaría después, en esos momentos aún luchaba contra la idea del pequeño hermano de su amante ocasionando tal daño en su amigo, y de alguna forma manipularlo para que se quedara a su lado y no proporcionara, incluso en su ausencia, ninguna señal de auxilio. Lo que opinaría Mycroft tampoco lo averiguaría pronto si difícil de aceptar era para Greg, su amado hombre encontraría cien motivos para defender a su querido hermano. Y por supuesto que lo haría, considerando el cariño que sentía por su hermano.
Abandonar a su destino al pobre hombre, naturalmente, tampoco entraría en sus planes. Que el joven y descarriado Holmes abusara de esa manera a un exsoldado que claramente no salió en las mejores condiciones de la guerra, azuzaba los nervios de Lestrade e imponía un límite para actuar y liberar al amable doctor. Porque no iba a detenerse, la experiencia le indicaba que así siempre sucedía, Greg estaba muy consciente; el maltrato se elevaría hasta el punto en que no quedaría ninguna vida para defender, ¿y entonces, cuántas leyes estarían a favor? Ninguna ayudó a su madre cuando lo necesitaba y ninguna lo hizo cuando se Greg atrevió a hablar. Ahora, no le importaba qué tan valiente o fuerte pudiera ser el hombre de dulces ojos verdes, Greg lo protegería incluso del hermano menor de su amante.
Una tarea de ese tamaño, por supuesto, no se resolvería solo con buenos deseos, siendo también un asunto que por falta de pruebas le iba a ser imposible hacer oficial y ya que aún no pondría al tanto a su amante, le dejaba además sin nadie para ayudarlo. Solo, manteniendo la estabilidad de su trabajo y sin descuidar su asociación romántica, le dejaba escaso tiempo cada día para avanzar en el caso. Como resultado, de forma inevitable y dada la importancia del asunto, Lestrade supo que debía decidir a cuál responsabilidad limitar su atención para que el conjunto no terminara colapsando.
—Harás tiempo extra de nuevo —susurró Mycroft al oído de Greg, mientras lo sostenía de la cintura contra la pared, a un par de pasos de la puerta que daba a la calle—. Dame algo para recordarte y no morir de soledad. —Greg, estremeciéndose, se aferró a su amado con brazos y piernas. Lo besó hasta perder el aliento.
—Lo que desees, soy tuyo de cualquier manera…
Mycroft lo tomó entonces de una manera que nadie más podía hacerlo.
Valió la pena llegar tarde al trabajo, las marcas en su piel y la deliciosa sensación que hacía temblar sus piernas y le impedía sentarse correctamente, se abrió paso en su memoria incluso luego de que hallara la estabilidad. La calidez del cuerpo pesado y grande de su hombre lo acompañó el resto del día, y lo abrigó después de ello, cuando se enfrentó a la noche oscura, fría.
No significó ningún problema el abrirse paso al edificio desocupado en Baker Street, justo frente al 221A y 221B. Limpió la esquina de una de las ventanas y se aseguró de una caja de madera para sentarse, dispuesto a no moverse durante un lapso considerable, reconociendo a las horas nocturnas como aquellas en donde los maltratadores sentían mayor confianza para subyugar a sus víctimas. Portaba su arma, si bien no guardaba ninguna expectativa, pues normalmente su suerte no iba en esa dirección. Estaría listo de cualquier manera.
El movimiento inició casi a la media noche. Las luces se encendieron y una sombra delgada y alta apareció en la cortina: el hermano menor Holmes, por supuesto. Greg lo observó dar tres vueltas y luego quedarse a la mitad de la ventana, pensó que abriría la cortina, lo que lo empujó a esconderse contra la pared, pero no lo hizo, al contrario, la sombra fue disminuyendo su tamaño. No apareció de nuevo. Greg se marchó algunos minutos antes de las tres de la mañana.
—Tu hermano debe tener algunos problemas de sueño —dijo Greg casualmente, tras dos semanas de comenzada su vigilancia en Baker Street. Mycroft no detuvo su siguiente bocado ni mostró alguna extrañeza por el comentario de su inspector.
—En realidad, duerme mucho mejor desde hace algunos meses, diría que casi un año. Siempre tuvo problemas para dormir, tal vez ese doctor Watson le este ayudando a resolverlo. En cualquier caso, Sherlock tiende a no dormir en tanto atienda sus acertijos complejos…, ¿tiene uno de esos ahora?
—Habría pensado que no, le envié al hombre de la rata gigante. —La risa de su amado estalló en una carcajada, que rápidamente lo contagió. Greg se convenció de zanjar ahí el asunto si no quería plantar alguna sospecha haciendo demasiadas preguntas sobre el joven Holmes.
A pesar de sus esfuerzos, luego de dos meses sin conseguir una pista significativa, con la energía al límite, la falta de sueño y el anhelo por regresar a sus noches rodeado por brazos fuertes y el perfume masculino de su Holmes, Greg comenzaba a frustrarse. No, en realidad, se sentía ya sobrepasado por la frustración. Y no veía más que sombras, y las marcas en el doctor continuaban apareciendo, y la amistad de él y el Holmes menor permanecía y cada día se notaba acrecentándose.
Y, quizá, la relación de Greg y Mycroft era la que se veía afectada. El inspector no pondría en duda la estabilidad de su relación, tantos años habían pasado y de situaciones peores sobrevivieron, unidos por encima de todo y de todos. Así, por cuanto esta repentina lejanía no iba a separarlos, Greg distinguía las cicatrices amenazando con abrirse en cualquier momento. De no hacer algo que ofreciera una solución rápida, los estragos reclamarían un pago difícil de entregar estando aún comprometido con el rescate del doctor Watson.
Greg decidió entonces pedir ayuda extraoficial para su caso y, a su amante, una cita en un lugar especial para ambos. En Scotland Yard guardaba la confianza de algunos detectives inspectores, sin embargo, solo uno podía ofrecerle la seguridad de que ninguna palabra sería extraída de su boca antes de encontrar la muerte. Tan intenso espécimen, como tendía a nombrarlo Mycroft, contrario a lo que aparentaría dadas las incontables escenas en donde pudiera señalarse lo mucho que él y Greg peleaban, en realidad, guardaban una relación amistosa. Lejos de los casos y el celo profesional, el hombre era sorprendentemente cálido.
Tosco en su actuar y de lenguaje soez, aún quedaba espacio en Tobias Gregson para una sonrisa fácil y una lealtad feroz, cualidades que Greg tardó mucho en descubrir y muy poco en atesorar. Greg, tampoco siendo el mejor ejemplo de buen samaritano, y menos aún con un hombre tan competitivo como Tobias, le costó un periodo considerable demostrar sus cualidades y alcanzar el punto de amistad en que ahora se encontraba con él. En suma y sea como fuere, esa noche, durante su turno nocturno, Greg le relató sus inquietudes.
—¡Ese maldito entrometido Holmes, sabía que terminaría haciendo algo tan infame! —Greg no dudó un segundo en que Tobias reaccionaría de forma distinta, igualmente deseó que lo hiciera—. ¿Cómo puede aprovecharse así de un hombre enfermo? ¿No acaso existimos los fuertes para proteger a los débiles? Cuente conmigo para atrapar a ese hombre nefasto. Cuál es su plan, Lestrade.
Ninguno guardaba ya la necedad de creer que podían superar al señor Holmes, por lo que descartaron seguirlo lejos de la vigilancia en el edificio frente al 221 A y B. Vigilar al doctor Watson lejos de su tiempo con Holmes tampoco tendría sentido, y si el señor Holmes le imponía alguna escolta que amenazara sus pasos y procurara su silencio, podrían ambos inspectores ser descubiertos si cometían un error. No obstante, ahora que la fuerza se multiplicaba, confiándose de sus talentos, se propusieron una vigilancia exclusiva, ya de día o de noche —dependiendo de sus horarios en la Yard— para cuando los hombres estuvieran juntos.
Cuidándose las espaldas, habría pocas posibilidades de ser atrapados y, en cambio, aumentaría la probabilidad de ver al señor Holmes cometiendo un acto atroz en contra de su compañero de habitaciones. Greg, acoplado al modo en que Tobias trabajaba, nada le costó el entender sus señas o los gestos ridículos de su cara, por lo que una vez comenzaron su misión, entraron de lleno a solucionar el asunto.
Tardaron tres semanas en aceptar que no avanzaban en ninguna dirección. La cita de Greg con Mycroft se había marcado al día siguiente y, dado su ánimo agonizante, solo la muerte evitaría esa reunión. Gregson no se veía mejor. Irritado la mitad del tiempo, somnoliento y cansado la otra mitad, estallaría en cualquier momento.
—Descansemos esta noche, Gregson.
—¿Qué? No me dirá que se rinde.
—Por supuesto que no.
—Él tiene un pómulo hinchado, Lestrade.
—Lo sé.
—Dijo que le cayó una enciclopedia.
—También estaba ahí para escucharlo.
—Esta herido de una pierna y no puede ni sentarse, ¿aun así usted quiere…?
—¡Sí, Gregson! Lo sé, lo entiendo, pero hemos llegado a nada en casi un mes. Le pedí su ayuda en este caso porque logré exactamente lo mismo trabajando yo solo. Le agradezco, no piense lo contrario —añadió Greg, antes de que el inspector rubio abriera la boca—. Sin embargo, es obvio que necesitamos un enfoque distinto. Lo que no resolveremos si continuamos desgastando nuestra energía repitiendo un proceso inservible. —Su explicación apenas logró ser reconocida por Gregson, que la aceptó al cabo de unos minutos.
—Tómese un par de noches, Lestrade —suspiró Gregson, levantándose de su silla, caminó despacio hacia la puerta de la sala de detectives. Del perchero escogió su abrigo y sombrero—. Descansaré hoy y volveré a Baker Street mañana, usted ha mantenido este caso abierto sin detenerse nunca, seguramente su esposa lo extraña. —Sin pensarlo, Greg acarició el hermoso y brillante anillo de oro rosa en su dedo anular izquierdo. Una risa burlona lo despertó del recuerdo de Mycroft—. Me voy, Lestrade, su rostro es vergonzoso y no me apetece mirarlo. —Greg se pellizcó el muslo y salió justo detrás de él.
El coche de Mycroft lo esperaba afuera, no así el hombre a quien pertenecía.
—Buenas noches, inspector.
—Buenas noches, Cecil, ¿Mycroft esta en casa?
—El señor Holmes llegó hace una hora, me envió para acelerar el tiempo de su encuentro o, dado el caso, llevar un recado que lo aplace. —Lestrade asintió, sonriente, y rápidamente abrió la puerta de la berlina.
Aunque se trataba de un viaje corto, Greg estuvo ansioso cada minuto del trayecto; colmado de emoción reprimida por la falta de contacto o la menor charla insulsa que lo devolviera a la época en donde lejos de su trabajo, cada uno de sus segundos le pertenecía a su amante. Ningún inconveniente hubo en el camino, ni al ser recibido por su amado ni al salir nuevamente de casa.
Hill Street les dio la bienvenida con las farolas encendidas y una ligera llovizna, lo que terminó por ahuyentar a los ojos indiscretos. El caballeroso amante de Greg le ayudó a descender del coche, estando bajo el resguardo de una sombrilla que Cecil sostenía para ellos. Mycroft, desvergonzado, besó al inspector en los labios antes reacomodarle su clavel verde y avanzar hacia la puerta del lugar, cuya fachada deslucida contrastaba por completo con sus elegantes ropas. Cecil se marchó en el momento en que un par de ojos se revelaron tras una pequeña rendija en la puerta.
—Buenas noches, Gabriel… Belcebú —saludó la voz en el interior. Greg contuvo la risa al advertir el estremecimiento de Mycroft.
—Adrian. —Omitiendo el enfado de Mycroft o las inútiles disculpas aclaratorias, Greg compartió algunas palabras con el guardia y finalmente se les concedió el acceso.
Recogieron sus abrigos tras cruzar la tercera puerta y los condujeron en seguida a su mesa reservada. La conversación fluyó maravillosamente; Mycroft deslizando cada palabra con esos preciosos labios de ocre rosa, seduciendo a Greg, como si hiciera falta alguna prueba, en cuestión de segundos. Greg intentaba estar a la par, aunque su coqueteo, más bien físico, lo conducía a obsequiar miradas profundas, caricias suaves a esas grandes manos y deslizamientos suaves de su pie a los tobillos de su amante.
La música del trio de violines complacía a los danzantes en la pista de baile alejada de las mesas, funcionando a su vez como un adecuado acompañamiento a la comida. El maître que Mycroft adoptó para atenderles en cada visita les servía el plato fuerte cuando, a medio trago de agua, Greg vio algo que lo alarmó al punto de escupir, toser y atragantarse. Reconocido por su silencio y amabilidad distante, el maître retrocedió varios pasos, intentando limpiarse el rostro y la ropa, en tanto Mycroft de la daba a Greg sus ojos grises colmados de sorpresa y una ligera preocupación.
—Lo siento, lo siento, yo… Regresaré… —logró decir el inspector, sin apartar la vista de su objetivo.
Luego se retiró apresuradamente en dirección a los baños, justo la ruta que seguía el hombre que llamó su atención. Se abrió paso tan rápido como los asistentes lo permitían, y nada hubo que le hiciera acercarse tan pronto como su ánimo ansioso lo exigía. No se reconoció a sí mismo al apartar a cada persona tras un segundo de pedirles que se hicieran a un lado. Nada importaba. Nada tenía sentido, y de cualquier manera…
—Eso es… Soy un verdadero idiota… Eso tiene sentido… Debí haberlo… —roía el inspector entre dientes, masticando el sentido de todo cuanto lo hizo espiar a un hombre inocente, sospechar del hermano de Mycroft y pasar incontables días alejado de él.
Le temblaban las manos, sus pies nunca podrían acercarse a la rapidez que les exigía. Su cuerpo, hasta el último centímetro, carcomido por la necesidad y el hambre de la verdad más obscena en el caso más pesimamente comprendido del que alguna vez Greg tuvo la mala fortuna de ser parte. Sudor frío comenzó a abrillantarle la frente y un temblor le asaltaba las manos en el instante en que abrió de par en par la discreta puerta del baño. Dio un paso adentro y señaló a su objetivo con el dedo de aquel que ha resuelto la última pregunta sobre la vida y el universo.
La emoción del descubrimiento lo poseía.
—¡Eso lo explica todo!
El hombre rubio, de bigote perfecto, hombros anchos y amables ojos verde pasto dio media vuelta, enfrentándose al poco elegante grito. Greg observó la miríada emocional que atravesó al hombre rubio, nunca cediendo al peso de su mirada ni sintiéndose culpable por su excéntrica revelación. En cambio, se mostró abierto a la observación del hombre, considerando que ambos se encontraban en similares condiciones respecto al lugar en donde estaban. La emoción del hallazgo todavía inundando a Greg.
—Esta conclusión no absenta ningún detalle, doctor Watson, y lo admito, su simpleza me abruma —continuó Greg, acercándose al hombre que aún leía la situación—. Es solo que no pensé en relacionar sus marcas con esta situación, menos aún al ver que casi nunca sale sin compañía, estando casi siempre junto al señor… —Una repentina mano en el pecho lo detuvo.
El doctor Watson no le dio tiempo de reaccionar, sujetándolo del chaleco, empujó a Greg en el primer compartimento de la fila de inodoros y lo colocó de espaldas a él. La sorpresa impidió a Greg oír la puerta abriéndose, apenas le dio tiempo para usar las manos y no golpearse el rostro contra la pared. Comenzaba a girarse y abrir la boca para exigir una explicación antes de ser frenado por una voz en la entrada.
—¿John? —Greg, paralizado, escuchó los pasos del doctor Watson caminando hacia esa voz—. Vi a un pequeño hombre caminando furioso en esta dirección, solo compruebo que nadie te ha puesto en peligro. —El doctor Watson liberó una risilla.
El corazón de Greg se detuvo. Si el doctor se creyera en peligro por no haber leído bien su situación con Greg y llamara al señor Holmes, nada de lo que Greg hiciera serviría para evitar la sentencia del señor Holmes. Absolutamente todo iría mal, Greg lo había concluido con las marcas y su presencia en esa casa de Molly. Watson no lucía sino las señales de propiedad de un hombre que, como el hermano mayor y amante de Greg, podía con relativa facilidad hacer notar sus celos y protección sellándolos en la piel de aquel a quien poseía.
Probado quedaba, según en el recuerdo de lo que ahora reconocía como mordeduras de amor o de manos firmes sujetando las muñecas o los tobillos, el hecho innegable del peligro en el que Greg estaría de haber caído el doctor Watson en la conclusión equivocada.
—Nadie entró después de mí —aclaró el doctor Watson, tranquilizador. Greg oyó el innegable sonido de un beso apasionado y enseguida una pausa abrupta—. No aquí, ¿de acuerdo? Vuelve, terminaré aquí y continuaremos donde lo dejamos. —Greg se negó a pensar nada acerca del tono susurrante del doctor, sintiéndose en su lugar como si invadiera una conversación privada y agradeciendo que el señor Holmes no hubiera descubierto su identidad.
—Por supuesto, mon vrai cœur. —Algo en Lestrade murió en esas últimas palabras, renaciendo en una carcajada que solo contener el aire pudo evitar. Así, el señor Holmes retrocedió, marchándose luego de un último beso a Watson.
Cerrada la puerta, Greg no lo contuvo más. La risa brotó de su pecho al tiempo en que Watson lo atraía de la forma nada delicada en que lo empujó ahí. El hombre rubio lo vio ahogándose de burbujeante humor y un color ligero comenzó a teñirle las mejillas morenas. Naturalmente, la risa de Greg creció. El alivio lo inundaba y la vergüenza del doctor acrecentaba la optimista euforia. Lejos de Mycroft, pocas situaciones le habría regalado ese nivel de alegría. Unos buenos minutos después, con las manos del buen doctor Watson sosteniéndolo de las solapas con furia reprimida, Greg comenzó a limpiarse las lágrimas sin mostrarse arrepentido frente los ojos acusadores o las mejillas rojas.
—No tiene idea, doctor —dijo con voz agitada y dando palmaditas a las manos del hombre—, de cuánto me alegra verlo aquí —concluyó, lanzándose al doctor para abrazarlo fraternalmente. Regresando a su posición, no le extrañó que esos gestos ahora se mostraran confundidos. Él, claro, debía al hombre algunas palabras que explicaran el ridículo escenario—. Me abochornaría demasiado decirle los verdaderos motivos de mi alegría, doctor, sin embargo, le ruego fiarse de mí. No estoy aquí, como bien habrá notado, para causar problemas y menos aún a usted o al señor Holmes. —El hombre rubio no pareció convencerse, lo que era de esperar, según la situación en que Greg lo dejaba.
—Su clavel no me es suficiente, inspector.
Y como obviamente Greg no daría una prueba definitiva —tal cual lo exigía la situación—, solo besando al primer hombre que se le cruzara, se alzó de hombros he hizo lo debido con el doctor Watson. O lo intentó. Alejándose el doctor al reconocer las intenciones de Greg, por fin lo liberó de las solapas.
—¿Qué otra prueba me exige, pues? Dudo mucho que me permita salir sin nada que lo compruebe.
—Y el daño que podría hacerle a Holmes sería irreparable, soy incapaz de…
—¡Oh, por supuesto! —dijo Greg, con su sonrisa orgullosa e interminable—. No se preocupe, doctor Watson, soy incapaz de enviar a una celda al amado hermano menor de mi amante. —Y de igual manera, como si su simple voz pudiera convocarlo, desde las afueras del baño la voz de Mycroft lo llamaba.
—¡Greg! ¡Greg! —Lestrade no dudó en devolverle el favor a Watson, enviándolo al interior del cubículo que hace poco él abandonó en, valga esa locura, iguales circunstancias. Así, la puerta se abrió y el señor Gran Hombre hizo acto de presencia—. Greg, ¿qué sucedió? ¿Qué te ha poseído? —Greg lo alcanzó antes de que avanzara al cubículo de Watson.
—Una falsa alarma, me temo, creí haber visto a un conocido de hace mucho tiempo, pero ya me disculpé por mi error, así que simplemente aprovecharé que estoy aquí y haré mis asuntos. ¿Me esperarás en nuestra mesa? Le pediré perdón a Françoise y continuaremos nuestra cita —rogó el inspector, sonriente. Creciendo sus ya grandes ojos castaños y batiendo sus largas pestañas algunas veces, una estrategia a la que Mycroft nunca se resistiría. Su amante lo besó en la frente.
—Date prisa, mi pequeña estrella. —Greg sonrió a las dulces palabras, se levantó de puntillas y aguardó a que Mycroft se inclinara para besarlo correctamente. Una vez se separaron y la puerta se cerró detrás de su amante, ya tranquilizado gracias a su presencia, Greg se cruzó de brazos, encarando al hombre rubio que lo miraba con sospechosos ojos verdes.
—No dude por mi comportamiento, doctor, en realidad no me avergüenzan los nombres cariñosos de Mycroft. —Los gestos firmes del doctor Watson se derrumbaron frente a Greg, reemplazados por una mezcla de asombro, sorpresa y cierta desconfianza, que Lestrade supo, no iba a desaparecer aquella noche.
Entonces, el hombre comenzó a rodearlo, buscando la salida.
—Holmes regresará si no vuelvo pronto, usted… —Greg levantó las manos, apaciguadoramente.
—Sé que es difícil de procesar, Doctor.
—Si intenta algo contra Holmes, aunque sea usted el amante de su hermano…
—Ni siquiera planeo decírselo, si acaso no lo sabe ya, es un asunto familiar en el que no voy a inmiscuirme. —Watson le frunció el ceño, ya en la puerta.
—Lo mantendré vigilado. —Sentenció.
Greg bajó las manos en cuanto el doctor se marchó, terminó sus asuntos en el baño y regresó a la mesa, con Mycroft, para continuar el resto de su magnífica velada. Olvidándose de la pantomima risible que sucedió en el baño no prestó la menor atención a cual haya sido la amenaza del hombre rubio, reconociendo que no existía ningún peligro si, como dijo, nada hacía contra el joven Holmes. Y no planeaba hacerlo. La felicidad de saber que aquellas marcas no eran producto del maltrato ejercido, que el ojo hinchado posiblemente sí se debía al golpe de una enciclopedia y que esa cojera pensada en un inicio como la consecuencia de un golpe pudiera ser a causa de otras actividades un tanto más peligrosas; aún mantenían a Greg al borde de su asiento, vibrando de feliz energía contenida.
La noche fue sublime.
Al día siguiente ya tenía un motivo convincente que justificara para Gregson la resolución del caso y, unas horas después, sentado Watson en la silla delante de su escritorio, solo ellos dos estaban al tanto de los motivos que justificaban la amenaza silenciosa en los ojos del hombre rubio. Lestrade le sonreía, como ayer por la noche, quieto y nada pretencioso.
Entendía el miedo del doctor de la misma forma en que entendía cómo el terror de ser descubierto formando una relación amorosa con otro hombre nunca lo abandonaría. Sin embargo, con la sabiduría de quien ha conservado esa misma relación durante casi doce años, Greg podría asegurarle al doctor Watson una red de apoyo, invisible para casi todos, en donde pudiera prometerle cierta seguridad. Cierto sentido de pertenencia en dónde hallar un poco de serenidad o al menos la certeza de que no estaba solo, peleando él y su compañero contra el mundo. Que Greg nada haría para lastimarlos.
—¿Puedo ofrecerle té, doctor Watson?
—Cuál es su precio, inspector. Pida lo que quiera, simplemente no involucre a Holmes en esto. —Greg sonrió.
Eso no iba a ser fácil. Si bien el asunto parecía girar en torno al Holmes menor, el propio doctor valía el esfuerzo de Lestrade, tuviera o no relación alguna con el señor Holmes, sus escasos encuentros servían a Greg de prueba para justificar otorgarle algunos de sus secretos. Y, naturalmente, el que de hecho el doctor sea la causa de tantos cambios positivos en el amado hermanito de Mycroft, impulsaba casi de forma obligatoria el que Lestrade le ofreciera algún alivio.
—¿Sabía que las habitaciones y salas privadas en el bar de Hill Street se inauguraron hace casi once años? Una excelente decisión, ¿no lo cree? En ese entonces Adrian se negaba a convertir su restaurant en un ‘prostíbulo’, sin embargo, puesto que fue mi idea, logré convencerlo de que ese no sería el caso, pues el prostíbulo estaría detrás del bar, en el recientemente desalojado edificio. Mycroft y yo nos casamos unos días antes de la inauguración.
La sorpresa de su declaración, observó Greg, menguó un ápice el irascible humor de doctor Watson. Reconociendo que necesitaría de mayores palabras y quizá un par de pruebas que demostraran su sinceridad, Greg se relajó contra su asiento, suspirando. Deseó tener el tiempo para hacerlo de un modo considerado y nada escandaloso.
—Pasamos nuestra primera noche como un matrimonio no reconocido en la habitación Júpiter, donde accidentalmente dejamos coja la mesita de noche. Adrian nos mataría si de casualidad se enteraba, así que Mycroft no ofreció una compensación; regresé al día siguiente fingiendo haberme olvidado de las ligas de mis calcetas y llevando un botecito de resina en el bolcillo. Desde esa noche, durante una década, la maldita pata de esa mesita ha estado del revés.
Si Watson le creyó y, al irse, corrió directo a la habitación Júpiter o simplemente no quiso permanecer ante su mentirosa cara luego de que un par de policías entraron para buscarlo, Greg no lo averiguó el resto de la semana. Poco le preocupaba lo que el hombre hiciera o se propusiera hacer, no es que tuviera algún poder sobre él, y en especial, Greg hizo el primer movimiento para que estuvieran en iguales condiciones, ¿qué haría? ¿Denunciarlo? Al final, nunca señalaría al doctor Watson de ser un corto de intelecto o de una sensibilidad en extremo frágil.
No se equivocó, y el doctor regresó ocho días después, con un ánimo positivamente abierto al dialogo.
—Estoy muy avergonzado con usted, inspector, desearía…
—Yo habría actuado igual, doctor, si acaso no peor.
—Aún me gustaría reparar el daño. —Greg sonrió, el resto de su vida no pensaría mal de un hombre tan respetable.
Acabado el turno de Greg, se encontraron en un pub escondido a un par de minutos de la Yard. Al principio, ninguno dijo palabra, y si bien el inspector no logró interpretar el silencio, personalmente no le causó malestar alguno. Ni siquiera sabía si estaban ahí para hablar o solo para cobrar un favor. Cierto es que apenas conocía al hombre sentado frente a él y, por todas las buenas características que pudo haber deducido, nada le aseguraba que pudiera tenerlas a su favor.
Cualesquiera que fueran las intenciones, Greg seguiría feliz que haberse equivocado con el origen de las heridas del doctor. Viéndolo ahora de cerca, Greg advertía que el furioso color rodeando el ojo verde, disminuyó considerablemente su intensidad. Las marcas en las muñecas y en el cuello no dejarían de aparecer, sin embargo, cada una de ellas parecían ser consensuadas. Greg no alcanzó a retirar su atención, siendo descubierto por el doctor, que se tocó la herida en el rostro.
—Holmes no es un hombre violento por naturaleza, esto lo causó un verdadero accidente.
De alguna forma, dado el nivel de comprensión que Greg podía ofrecerle, las cosas se resolvieron fácilmente desde ese punto. Palabras fluyeron sin esfuerzo, los temas de conversación, aunque no intrusivos y por el momento y el lugar, no descuidados; resultaron fascinantes. Ya una rata gigante, ya ligeros incidentes con víctimas intrusas o el clásico culpable que pretende no serlo y que por un descuidó de lo más estúpido echa abajo su cuartada, los dos se encontraron, horas después, riendo a carcajada limpia por el caso de un borracho con los pantalones en las rodillas que huyó de Greg antes de que descubriera su deplorable estado.
Greg llegó a casa deshecho y feliz, colapsó en los brazos de su esposo y, sonriente, durmió sin pausa hasta el amanecer.
No era que a Greg le resultara imposible hablar sobre ciertos asuntos con Mycroft, no obstante, al tener de esposo al hombre más inteligente del país, si acaso no del mundo, limitaba algunos temas que, frente a una mente igual a la suya, podrían desenvolverse de maravillosas formas. No planeaba negarlo, en comparación a Mycroft, Greg nunca sería el hombre más inteligente, aunque jamás se autodenominaría un tonto, su esposo se hallaba muy por encima de lo común. Siendo así, al tanto de a quién el doctor Watson tenía por amante, considerando además que en la corta temporada de vigilancia el buen doctor apenas tuvo contacto con otras personas, fácil se le hizo pensar que estaría en la misma situación.
Greg conocía a otros hombres que compartían su particular gusto, llenaba su lista desde abogados, barrenderos, cocheros y un par de contadores, médicos también, por supuesto. Pero ¿cuántos de ellos de verdad entenderían lo que significaba compartir la vida con un Holmes? No solo el genio, el político despiadado que fácilmente sustituiría a la reina, el hermano protector o el amante posesivo, ¿cómo Greg explicaría a gente tan extraordinariamente ordinaria, por cuanto los respetara o estuviera en el mismo nivel, lo que experimentaba cada día al convivir con su Mycroft?
No se trataba del amor ni de lo que ocurriría en la alcoba eso que le impedía hablar con nadie sobre su relación. Envidiando la facilidad de los hombres de Hill Street para conversar sobre sus amantes y formar amistades en donde no se vieran obligados a cuidar los pronombres de tales, Greg nunca consiguió dar ese paso. Ni qué decir en el trabajo, al ser doble la dificultad incluso para fingir que en casa lo recibiría la esposa que siempre rechazaba las ofertas de las esposas de sus compañeros para tomar el té. En un lugar lo tacharían de engreído y en el otro, sencillamente lo arrojarían a una celda.
Por eso, cuando el doctor Watson le ofreció encontrarse de nuevo, Greg no dudó en aceptarlo, tal vez un poco demasiado entusiasta. La vergüenza no disminuyó su ánimo, menos aún le impidió llegar temprano... Igual que el doctor Watson, quien lo esperaba ya en la mesa que ocuparon la primera vez. Greg, intentando pensar de manera coherente y no con el anhelo infantil de haber tropezado con un hombre en un escenario similar al suyo, lo tomó como un hecho arbitrario que muy poco habría de significar para el doctor.
La facilidad con la que un tema sencillo evolucionaba y se deslizaba al siguiente de manera inadvertida, las risas compartidas y la comprensión de ambos en situaciones a los que muy pocos lograban sobrevivir, comenzó a darle a Greg la confianza de liberar una censura que por décadas mantuvo cerrándole la garganta cada vez que debía entablar una conversación amistosa fuera de su hogar. No saltaría al vació de la ciega confianza tan deliberadamente, sin embargo, de continuar sus salidas con el doctor por ese buen camino, ninguna opción le quedaría.
Muy pocas dudas guardaría, así como de limitadas serían sus esperanzas. De ese modo, siguiendo el plan y poniendo lo justo de su parte, para su buena fortuna, aquella noche terminó de manera excelsa. Y la siguiente docena también.
Greg maldijo algunas veces no haber invitado antes al doctor Watson, aun si no conociera su secreto, el hombre extraordinario habría sido una gran compañía desde el principio. Ahora, un año y medio después, de vez en vez lo cubría una emoción que advertía su lentitud para no ver lo obvio; lo mucho que tenía en común con el doctor y las altas probabilidades de hallar en él un gran amigo.
No obstante, quizá el tiempo y la forma del descubrimiento, hayan sido el mejor de los escenarios. ¿Cuánto habría tardado en convencer al doctor Watson para que entrara en aquella pastelería tan bonita, les comprara algunos pastelillos y luego, cual niños maleducados, se adentraran a comerlos en la floresta del parque Saint James? Los pastelillos que servían cada par de semanas en la casa de molly y que provenían de un lugar al que ningún hombre decente accedía sin la compañía o el encargo de alguna mujer. Greg anunciaría su descubrimiento a su esposo al llegar a casa, en tanto, comería sin arrepentimientos.
—Probé uno de estos la primera vez que Sherlock me llevó a Hill Street —dijo Watson, tomando una pequeña porción de esponjosa crema. Al principio, Greg no cayó en cuenta de que esa era la primera vez que hacían alguna referencia a sus particulares gustos—. Estar ahí me tenía tan nervioso que ni siquiera pude saborearlo. —Greg soltó una ligera risa.
—Cuando los ofrecieron la primera vez, Mycroft comió tres de ellos —respondió Greg, haciendo lo propio con su pastelillo. Watson no perdió el tiempo para contestar.
—Comprensible, es un hombre grande.
—Oh, vaya que lo es.
Greg cayó en cuenta de la doble interpretación de su comentario al mismo tiempo que el doctor. Se miraron unos segundos, tras los cuales, las risas de ambos estallaron. Mycroft lo entendería de estar en el ánimo correcto, en definitiva no en medio esa clase de situación totalmente inocente. Los ojos llorosos de ambos se encontraron y, sin decirse nada, la comprensión absoluta los alcanzó. He ahí el paso faltante, la pequeña chispa que iluminó el sendero de su amistad, ampliando el campo de visión acerca de lo que podían o no hablar.
Levantó su pastelillo en dirección a Watson, brindando silenciosamente por el nacimiento de una amistad única.
Sonrientes, el buen humor instalado les impidió ver las señales de una abrupta interrupción cuando, de entre los árboles a sus espaldas, un hombre irascible apareció, apuntándolos con su bbastó; de aliento agitado y un leve sonrojo en sus mejillas delgadas. Greg apenas detuvo su risa, la situación en realidad no se advertía peligrosa, quizá por la nada intimidante presencia del hombre pese a la brusquedad de su entrada o la obvia constitución, que descartaba en su delgadez cualquier experiencia de combate. El doctor Watson, a su lado, tampoco reaccionó más allá, limitándose a detener el siguiente bocado. Greg incluso tuvo el ánimo de apreciar la similitud de sus reacciones tras estudiar al hombre.
—Son ellos, oficiales. Estos son los invertidos que pervierten la… —Greg dejó se prestar atención, ahora por completo seguro de que el escenario no podía ser menos peligroso.
Tres policías llegaron corriendo a donde el hombre furioso. Greg levantó una ceja, tragó el pastel que apenas terminó de masticar y miró a Watson, preguntando en silencio si estaría bien ponerse de pie o si sería acaso darle demasiada importancia al asunto. El hombre rubio se levantó de hombros, permitiendo que Greg tomara la decisión mordiendo de nuevo su postre. Por el otro lado, los oficiales ya habían recuperado el aliento y, detrás del hombre adusto, los observaron, identificándolos al instante.
—I-inspector Lestrade, do-doctor Watson…, se-señor… —tartamudeó el primer oficial, dándole a Greg una suerte de venia militar. Gesto que imitaron el segundo y el tercer agente. Eso convenció al inspector de ponerse de pie, y Watson lo imitó.
—Oficiales, ¿cómo van las rondas hoy? Espero que no pretendan seguir todas las falsas alarmas que les anuncien —dijo, apenas una ligera nota de humor en su tono. Lo cierto es que por ninguna razón aceptaría que lo llamaran “invertido”.
—¿Inspector, doctor? —repitió el hombre indignado, estudiando a Greg y a Watson de los pies a la cabeza. Greg pensó que se vería más profesional sin migajas en la ropa, aunque igualmente estas no le quitarían el título de detective inspector.
—¿Y bien? —preguntó Lestrade, sin esperar otra cosa que no fuera tener de vuelta a los policías haciendo sus rondas. Levantó una ceja a los tres hombres y contuvo una sonrisa al verlos temblar ligeramente. Ellos comenzaron a retroceder y a despedirse antes de que el hombrecillo molesto los interrumpiera.
—¡No, alto!, ¿no lo hacen sus títulos incluso peor? Estos hombres están cometiendo un ultraje a la buena sociedad y ustedes deben encargarse de ello. —Greg frunció el ceño luego de que los policías volvieran a quedarse en su lugar. Watson le dio una nueva mordida a su postre.
—E-el doctor Watson esta comprometido y el inspector ha estado casado desde hace… —Ahora Greg no se contuvo, y la ira reflejada en su rostro hizo temblar a los agentes. ¿De verdad se justificaban con el hombre?
—Oficiales, retírense, yo me encargaré de esto. —Dio un paso amenazante y el trío tardó un segundo en acatar la orden. Miró a Watson y él le devolvió el gesto; un poco de su molestia retrocedió al ver la mejilla y la nariz del doctor con pequeñas manchas de crema. Comenzó a señalarle para que se limpiara, pero nuevamente lo interrumpieron.
—Ustedes ya no tienen para mí ninguna autoridad, y si esos ineptos no se harán cargo… —A punto de advertirle Greg que su discurso se dirigía a un camino desagradable, él osó levantar su bastón en contra de Greg.
Tan rápidamente que el hombre no tuvo la menor ventaja, Greg le arrebató el bastón, lo golpeó en la espinilla, y colocándose detrás de él, empujó la parte interna de sus rodillas, obligándolo a hincarse. Watson, todavía manchado de crema, le aplaudió un par de veces. Greg, halagado, hizo una graciosa reverencia. Después dejó que el bastón descansara en el hombro del atrevido, su presencia una amenaza silenciosa.
—Solo hay una cosa que lo salvará de ir al calabozo el resto del mes —dijo el inspector con una voz que aseveraba la única oportunidad que le daría al hombre.
Aun así, algunas veces Greg era demasiado amable, porque una vez el hombre, sin decir palabra, echó a correr por donde había venido, no se tomó la molesta de iniciar una persecución. Watson se colocó a su lado y ambos observaron cómo el hombre se perdía entre los árboles. Suspiraron, vencidos, a sabiendas de la inevitable realidad. Por fortuna, orgullosos y fuertes como se sabían, tuvieron la voluntad de mantener la estabilidad de su burbuja.
Estableciéndose de regreso un silencio ligero, aprovechó el inspector para señalarle a Watson los restos de crema. Las pequeñas manchas, sin embargo, esquivaron los intentos del doctor, por lo que Greg, riendo, aceptó ayudarlo. Extrajo de su bolsillo uno de los pañuelos de ceda que su esposo le obsequió y lo levantó a donde la mejilla de Watson.
El sonido de ramitas quebrándose en el suelo volvió a detenerlos. Greg no escuchó ninguna repetición o voz que hiciera eco, por lo que en esta ocasión logró reconocer lo que lo originaba. No así Watson, que permaneció atento a lo que pudiera venir. Greg lo atrajo del mentón y, ocupándose de las machas, dijo, susurrante:
—Esta bien, solo es Bülent. —Watson le dirigió su atención de inmediato, la duda plasmada en su rostro—. Es un agente no oficial al servicio de Mycroft, normalmente cuida al señor Holmes, sin embargo, ha comenzado a seguirnos desde hace un mes.
—Nunca lo he visto.
—Diría que, en cuestión de espionaje, tiene un talento similar al del señor Holmes, si acaso no mejor, yo no lo habría descubierto si no supiera lo que estoy buscando. —Con el atractivo rostro limpio, ambos se dirigieron a la manta que aún resguardaba un par de pastelillos y media botella de sidra.
—¿Entonces, puede que él nos haya estado siguiendo desde un principio?
—No —dijo Lestrade despreocupadamente, eligiendo a la siguiente dulce víctima—, él no esta aquí para cuidarme, lo que descarta su presencia temprana. —Watson enarcó una ceja.
—Supongo que no es porque el señor Holmes me crea una amenaza. —Bebió un trago de sidra—. Sherlock lo encontraría muy divertido.
—¿Amenaza? No en el sentido que pueda pensar, doctor —dijo Greg con calma. Watson escupió su bebida.
—No podría ser… No, imposible. —Lestrade se ofendió ante la doble negación.
—¿Por qué la repentina crueldad? No creo ser tan repelente, si debo decirlo.
—Claro que no, querido amigo, es solo que… —Burlándose Greg de la forma en que Watson pretendía explicarle sin obtener resultado, moviendo la boca inútilmente, añadió:
—De acuerdo, lo entiendo, no diga más o el reporte que Bülent haga llegar a Mycroft le dará un ataque.
—Si ese es el caso, yo diría entonces, sin embargo… —Comiendo, Greg prestó atención a su amigo, extrañándose por el leve brillo de travesura en sus ojos verde pasto—. Que de haberme encontrado primero con usted y no con Sherlock, no hubiera dudado en… —Greg lo silenció estrellándole el pastelillo en la boca, carmín tiñéndole el rostro e ira presionando su ceño.
—¡Dispáreme antes de condenarme a una muerte lenta! ¿Qué demonio lo ha poseído? —sus dramáticos lamentos cayeron en oídos sordos; de tener suerte, Watson se ahogaría entre su risa con pastel.
Watson no murió, el pequeño desayuno terminó de maravillosa manera y, trascurrido su turno nocturno en la Yard, Greg regresó a casa de un humor lo suficientemente bueno como para haber olvidado la cruel travesura del doctor. Se dio un baño y durmió sus horas, anhelando la presencia de su hombre en el lado vacío de la cama. Soñar con él le alegró la tarde.
Felizmente realizó las tareas hogareñas, cocinó un bufet para su gran señor y, animado como estaba, conociendo el horario de Mycroft, decidió llevarle una comida ligera a Pall Mall. Los chefs del club hacían comida esplendida, aun así, la desventaja de ese horario al no poder dormir con su esposo, le daba la oportunidad de alimentarlo como era debido, sin entregarle lo que quisiera solo porque le pagaban.
Greg se sorprendió al ser recibido por Jude, el secretario personal de Mycroft, quien durante el trabajo se despegaba del escritorio delante de su oficina, exclusivamente por una razón. Aunque ya no hiciera falta que lo guiaran, Greg caminó tras Jude a una sala vacía, donde esperaría a que Mycroft terminara la reunión con su hermano pequeño. Una vez la puerta estuvo cerrada, se sorprendió al oír al otro lado la distintiva voz de Bülent, que luego de intercambiar algunas palabras con Jude, se retiró.
A Greg lo recorrió un escalofrío, como si mil serpientes venenosas le acariciaran la nuca. El recuerdo de la travesura de Watson le hizo temblar las piernas, apenas dándole oportunidad de alcanzar una silla. Oh, cuánto no se arrepentía Greg de cada palabra halagadora que pudo haber pensado a su favor… Y cuánto se lamentaba de no haber pensado más, casi al punto de idolatrarlo como, ahora, sin lugar a dudas lo merecía.
Delante de Greg, dados los recientes hechos, un nuevo vértice de maravillosas posibilidades se abría ante esta renovada amistad con el buen doctor. Qué clase de magia rodeaba al hombre, quizá Greg nunca lo sabría, aun así, jamás se cansaría de agradecerlo.
A Greg no le costaba imaginarlo, el repentino conocimiento de la clase de travesuras que podría pactar con Watson reavivó el estremecimiento de la cabeza a la punta de los pies. Recordar la manera extraordinaria en que Mycroft reaccionaba a los celos y el cómo solía encargarse de dejar en claro la imposibilidad de que cualquier otro hombre, nunca, bajo ninguna circunstancia, sería capaz de imitar un ápice de lo que hacía sentir a Greg tanto en cuerpo como en alma, tuvo a Greg vibrando de energía.
Energía que debería contener si planeaba seguir fingiendo que el trato abusivo de su esposo no le gustaba en esas circunstancias.
Tres días después, recibió a Watson con un abrazo efusivo y un claro agradecimiento que no tardó en vocalizar, palmeando su brazo cariñosamente. Habría hecho más si el pequeño y discreto restaurante en donde se encontraban o el pensamiento de que el hombre rubio poco entendería de su gratitud lo hubieran permitido.
Greg aún lucía radiante, aún le dolía sentarse y docenas de marcas de todo tipo le adornaban la piel por debajo de la ropa, un brillo etéreo le iluminaba los ojos y cierto tono rojizo natural le teñía las mejillas y los labios, cuya enorme sonrisa exaltaba un corte en ellos. Sentados frente a frente, miro a Watson y Watson lo miró a él. Greg, que planeaba decir con palabras de ocultos significados los motivos de su dicha, no tardó en reconocer viniendo de Watson la misma esencia de eso que no podría decir en voz alta, sumado a las tonalidades, acaso ligeramente inclinadas al color rosa, marcando de igual forma el rostro de bigote perfecto.
Watson hizo amago de ajustarse el cuello almidonado de su camisa, permitiendo que Greg viera, accidentalmente, las incontables marcas en su piel; como si el detective necesitara de alguna prueba. Sonriendo, llamó al mesero y ordenó lo que comería.
—¿Fue esto causado por el Incidente del Saint James? —preguntó Greg, reacomodándose en la silla. Watson, con una sonrisa practicada que escondería fácilmente tras sus labios perfectos los pecados del mundo, asintió—. No sabía que el señor Holmes comprendía los alcances de mi… asociación con su hermano.
—Y no era el caso, nada más que sospechas, mismas que yo compartía antes de nuestro encuentro en Hill Street. Luego del “Incidente del Saint James”, fue convocado a Pall Mall. Sherlock pensaba que sería un caso de Su Majestad, sin embargo, una vez retornó a Baker Street ni tres horas después, él… —carraspeó—. Digamos que apenas logré convencerlo para que cerrara la puerta.
Nada significativo lograron decir luego de eso. La comida llegó en silencio y en silencio acabaron con ella. Sus miradas, no obstante, contaban una historia diferente. Códigos secretos a los que pueden acceder solo esos que comparten historias similares, fueron y vinieron entre ellos. Preguntas y oraciones completas quedaron entredichas sin ninguna oportunidad de erróneos entendimientos o significados ocultos.
—¿Bülent esta aquí?
—Oh, por supuesto, y no solo él, su esposa vino para ayudarlo. —Watson detuvo su copa a mitad del camino a la mesa.
—¿Dilay? —Greg asintió—, ¿no estaba ella embarazada?
—Al parecer no lo suficiente como para ignorar esta misión. —El silencio los acogió nuevamente, en tanto sus ojos declaraban planes inconcebibles a oídos ajenos.
—Es una experiencia que deberíamos repetir —dijo Lestrade una vez terminaron. No se refería a la comida, como quien lo escuchara hubiera supuesto. Watson, que ya extraía su cigarrera, falló en ocultar un leve brillo de diversión en la esquina de sus ojos.
—Jamás podría negarme, fue una… comida deliciosa. —Greg sonrió, pagó la cuenta y salieron, él aceptó un cigarrillo de Watson.
Caminaron hacia su siguiente destino, el doctor le ofreció su brazo y Greg no dudó en tomarlo, atravesando la calle como buenos y respetables caballeros.
—Aunque deberíamos tomarnos una pausa. —Watson rio con ligereza.
—Quería proponerlo también, no solo el cuerpo debe… recuperarse, si lo hacemos continuamente, podría sospecharse la naturaleza de este inusitado plan. Y si ya hay indicios de la similitud en las respuestas de los hermanos Holmes, ¿me equivoco si digo que, de enterarse, su señor Holmes detendría de inmediato tan reaccionarias atenciones?
—En absoluto, mi buen amigo, el hombre es un controlador de primera, y puesto que nada le costaría castigarme con su abandono, ya que es también un hombre de lo más perezoso, el que se niegue a ejercer su voluntad sería desgarrador. Por lo que calcular una fecha adecuada es preciso, no obstante de la alarma que ya se despliega cada vez que nos encontramos.
—Oh, sin duda, no deberíamos llevarlo más lejos por ahora, pero me pregunto, ¿es este un límite adecuado? —Greg estudió sus brazos cruzados por primera vez.
—Si no lo es, en todo caso puede ser justificado, ¿qué clase de hombre respetable no caminaría del brazo con su mejor amigo?
Greg lamentó el desliz al comprender lo dicho. Es decir, que él considerara al buen doctor como su único y mejor amigo podría no significar nada para el doctor, y nunca él haber impuesto esa clase de título hasta, al menos, que se diera la apertura del tema y tuviera así la libertad de exponer sus sentimientos. No así, definitivamente no en esas circunstancias. Quiso arrepentirse y anunciar una disculpa al tiempo en que se alejaba de Watson, enseguida él lo detuvo.
—Sería una tragedia, ¿no es cierto? Nadie justificaría una ofensa de ese tamaño. —Fue inevitable que la barbilla de Greg temblara un par de segundos. Al volver sobre sus pies ofreció una liviana sonrisa al hombre encantador.
Desde que el doctor John Watson le fue presentado a Lestrade, no hubo argumento que le hiciera cambiar de parecer acerca de lo mucho que el hombre llamaba su atención. Ahora, siendo su mejor amigo, Greg comprobaba de primera mano una pequeña parte de los motivos que hacían a Watson un hombre tan valeroso y tan digno de ser respetado y amado.
Igualmente, leal y divertido como ninguno, Greg aprovecharía esta inusitada conexión para hacer de su vida algo mucho más interesante; algo por lo que incluso su esposo iba a beneficiarse. Solo gracias a un par de travesuras inocentes.
Oh, tan inocentes.
* * *
Muchas gracias por llegar aquí, aquí tienes mi corazón.
Te amo 🫀🫀🫀
4 notes
·
View notes