Tumgik
#Citações em português
livros44frases · 1 year
Text
“Algumas pessoas desabam e nunca mais levantam. Outras recolhem os próprios cacos e os colam com as partes afiadas viradas para fora.”
— O Jardim das Borboletas, Dot Hutchison
444 notes · View notes
bluepoe · 2 years
Text
Aquela vida antiga aparece-me despida de muitos encantos que lhe achei; mas é também exato que perdeu muitos espinhos que a fez molesta, e, de memória, conservo alguma recordação doce e feiticeira.
Dom Casmurro - Machado de Assis
3 notes · View notes
99stephanie · 9 months
Text
Hoje eu ressignifiquei algumas coisas que em um tempo não muito distante, eram nossas coisas.
Deixe de viver no caso de você voltar correndo ou não ter encontrado o que procurava, passiflora passou a ser só o nome de um medicamento e a Suíça voltou a ser somente um lugar como os outros que eu tenho vontade de visitar algum dia, o gibizinho agora só é mais uma história que terminei e guardei na prateleira.
Engraçado como essas coisas funcionam
Mas continuaremos a escrever nossas histórias, mas cada uma em um papel diferente.
Sinto muito
0 notes
luaeosol · 10 months
Text
Acho que dói bem menos dormir e fingir que tá tudo bem!!!
59 notes · View notes
aninha-pm · 1 year
Text
"Antes, Evangeline achava que o amor era como uma casa. Uma vez construída, dava pra viver nela para sempre. Mas, agora, achava que o amor era mais parecido com uma guerra, em que novos inimigos aparecem constantemente, e batalhas estão sempre à espreita. Vencer o amor tinha menos a ver com triunfar em uma batalha e mais a ver com continuar lutando; decidir que a pessoa que a gente ama é a pessoa pela qual estamos dispostos a morrer, inúmeras vezes."
— A balada do felizes para nunca
25 notes · View notes
gasoline-and-fire · 1 year
Text
O problema não está em se jogar de cabeça, mas o erro é mergulhar numa piscina infantil na mesma intensidade que você mergulharia num oceano. - Juan Alonso
16 notes · View notes
pisico888 · 7 months
Text
Tumblr media
2 notes · View notes
cegodaltonico · 1 year
Text
"Se os reis da Terra e os povos todos, os príncipes e todos os juízes da Terra, moços e virgens, velhos e crianças, todos os de idade capaz de ambos os sexos e aqueles, publicanos e soldados, a quem João Batista se dirige lhe ouvissem e ao mesmo tempo pusessem em prática os preceitos relativos aos costumes justos e santos, a república não apenas ornaria de felicidade os páramos da presente vida, mas ascenderia ao próprio cimo da vida eterna, para ali reinar em beatitude imorredoura. Mas, porque este ouve e aquele despreza e a maioria é mais amiga do encanto dos vícios que da útil aspereza das virtudes, aos servos de Deus, quer sejam reis, quer sejam príncipes, ricos ou pobres, livres ou escravos, de qualquer sexo, é mandado que tolerem, se necessário, essa república ainda péssima e dissolutíssima."
Santo Agostinho
2 notes · View notes
unspokenmantra · 6 months
Text
youtube
POEMA EM LINHA RETA
Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil, Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita, Indesculpavelmente sujo, Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho, Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo, Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas, Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante, Que tenho sofrido enxovalhos e calado, Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda; Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel, Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes, Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar, Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado Para fora da possibilidade do soco; Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas, Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho, Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida…
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia; Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia! Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam. Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil? Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado, Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca! E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído, Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear? Eu, que venho sido vil, literalmente vil, Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Fernando Pessoa
1 note · View note
ellebarnes90 · 23 days
Text
Tumblr media Tumblr media Tumblr media
• fluff, Fernando conhecendo a família da namorada e algumas citações dela conhecendo a dele (eu ia escrever as cenas dela conhecendo eles desde o início, mas desisti pq não quero que fique muito longo, perdão), não revisado
• se quiser uma pequena continuação sobre a questão de família, filhos e etc, só me falarem
Tumblr media
Você e Fernando caminhavam com calma até a sua casa, escolha do argentino já que, segundo ele, precisava de tempo para se preparar. E você não escondia que achava graça em vê-lo tão nervoso, sentindo o gostinho da vingança por quando foi a sua vez de conhecer a família dele.
Durante o percurso, Fernando ensaiava o que ia falar e principalmente o que falaria em português, se saindo bem já que você havia o ensinado um pouco do seu idioma.
Fernando havia ficado horas no banheiro arrumando o cabelo — atoa já que o vento fez questão de bagunçar os fios escuros —, vestia uma calça jeans, uma camisa preta e era possível sentir o seu perfume de longe, agradecendo a Deus por ele ter escolhido um bom e não aqueles fortes que ele costumava usar — e você odiava.
Não negava que, de fato, o mais velho estava mais bonito que o normal e que infelizmente enquanto estivessem na sua casa vocês não poderiam fazer nada além de abraços e alguns toques, já que sua família era muito rígida.
Chegava a pensar se, por eles serem extremamente religiosos e rígidos, esse fosse o motivo do argentino estar nervoso.
— Tá nervoso? - perguntou, já sabendo a resposta e rindo por isso
Recebeu de volta um olhar sério dele que só te fez rir mais.
— É sério que você me perguntou isso? Seus pais são malucos, amor. Qualquer erro vai acabar comigo — a insegurança tomava conta da voz dele e percebendo isso seu riso sumiu
— Fica calmo, — fez um carinho na mão dele com o polegar — eles já gostam de você, você só precisa ser você mesmo
— Eles gostam da idéia que eles tem de mim, eles por acaso sabem a minha idade?
Você ficou muda, voltando a olhar para frente. Isso foi o suficiente para Fernando voltar a ficar nervoso e respirar fundo, levemente irritado com você por não os ter contado sobre a diferença de idade. Tinha medo deles surtarem com você pois o moreno era claramente anos mais velho que você e os fios grisalhos tanto na barba quanto no cabelo o entregava.
O resto do caminho, o qual andavam sem pressa, Fernando te pedia para o ensinar mais algumas palavras em português pois queria tentar impressionar a sua família, e assim você fez. Quando enfim chegaram e ficaram em frente à casa, o coração do argentino parecia querer pular para fora, suas mãos estavam um pouco suadas e, pedindo para esperar um pouco, você abraçava a cintura dele de lado fazendo um carinho por cima do tecido preto da camisa.
Até alguns minutos atrás estava vendo graça no nervosismo dele, mas agora sentia um pouco de dó pois ele realmente queria que eles gostassem dele, não queria que uma má relação com os seus pais atrapalhasse de alguma forma o relacionamento de vocês.
Antes de, de fato entrarem, o deu um beijo tranquilo seguido de alguma selinhos e palavras que pudessem o tranquilizar, dizendo que independente de qualquer coisa você estaria lá com ele.
Seu pai quem abriu a porta para vocês, te abraçando com força e te balançando, logo depois olhando para Fernando com um pouco de indiferença, mas o abraçando com força logo em seguida. Te surpreendeu e te surpreendeu mais ainda ver sua mãe o elogiar e o abraçar da mesma forma, sendo engraçado pois Fernando parecia um poste comparado a ela. Seu irmão foi diferente, apenas apertou a mão do seu namorado e o perguntou se estava bem, e sua irmãzinha o perguntou qual era a boneca preferida dele.
Apesar da boa recepção, as perguntas se iniciaram após você e o mais velho sentarem no sofá. Seus pais perguntando com o que ele trabalhava, quais as intenções dele pois ele obviamente era bem mais velho, de onde era, perguntas normais. O problema foi seu irmão que começou a perguntar de política, religião e Fernando, completamente perdido, não sabia o que responder.
O clima na sala ficou um tanto pesado, ficando mais ainda quando seu pai questionou a vontade dele de ter filhos, família...e mesmo tendo treinado para responder essas perguntas, ele não conseguiu e esse questionamento do brasileiro o fez pensar.
Claro que queria viver o resto da vida com você, mas filhos? Isso não estava nos planos dele, nunca pensou nisso. O livrando disso, você mudou o assunto e felizmente conseguiu fazer os dois homens esquecerem as perguntas.
Após o almoço, a conversa sobre futebol se iniciou após seu namorado disser que torce para o River desde criança e sabia que agora ninguém conseguiria fazer os três calarem a boca, por isso, foi para a cozinha com sua mãe e a mais nova no colo.
— Ele é bonito, educado...quantos anos ele tem mesmo? — sua mãe perguntou enquanto lavava a louça
— Trinta e oito — um pouco relutante, a respondeu
A mais velha não disse nada, apenas murmurou um "Hum" e voltou a esfregar a esponja no prato, mas seu silêncio não durou muito.
— Ele sabe que você só tem vinte e um né? Que tem muito pela frente...
— Eu sei, mãe. Confia em mim, ele é um amor de pessoa e nunca me magoaria
— Mas ele pretende ter uma família com você? Casar? Por que ele não respondeu seu pai quando ele perguntou
Enquanto as palavras de sua mãe assombravam você, seu pai e seu irmão nem pareciam os mesmos de antes, agora bebendo cerveja e comentando sobre futebol com o moreno, era possível ouvir as vozes deles de longe.
Fernando defendendo o time dele, seu pai dizendo que o River era horrível e que o Brasil dava uma surrava ele, e seu irmão julgando o time dos dois e sendo esculachado pelos dois logo depois. Quando foi conhecer os pais do argentino, os irmãos, a família em si, viu algumas fotos do mais velho de quando era criança e a memória de ter pensado se seus filhos seriam parecidos com ele retornou à sua mente.
Você e Fernando nunca haviam conversado sobre isso de fato, mas estavam juntos há apenas cinco meses e não parecia ser o momento de conversar sobre isso. Horas se passaram e sua família — por um milagre — pareciam ter o aceitado super bem.
Fernando já havia brincado de boneca com a sua irmã, deixado ela maquiar ele, havia saído para comprar cerveja com seu irmão, havia jogado dominó com seu pai e perdido, e havia ajudado sua mãe a montar a mesa para o jantar.
Quando enfim ficaram a sós, puderam se beijar e ficar mais perto do que podiam perto de sua família. Beijos profundos, algumas mãos bobas e enfim perguntou o que ele achou da sua família.
— Doidos. Mas, são gente boa, que dizer, tirando o começo constrangedor e tudo mais, acho que eles gostaram de mim
— Hum, eles gostaram de você mesmo
— Mas em relação a idade...
— Isso é detalhe, esquece isso — se aproximou dele novamente, tomando os lábios carnudos
Aprofundando o beijo e apertando sua cintura por baixo da blusa, ele te trazia mais para perto e enrolava a língua na sua, te deixando sentir o gostinho forte da cerveja. Era incrível como que, com apenas um beijo e alguns toques, o argentino conseguia te deixar desesperada por mais, ficava quase que descontrolada. Seu corpo não te obedecia, suas mãos que eram para estar agarrando a barrinha da camisa dele, desciam agora para o cós da calça e brincava com o cinto preto, ameaçando tirá-lo.
Fernando conseguia ser mais consciente que você nesses momentos e sabia que uma rapidinha na varanda não seria uma boa ideia. Com alguns selinhos longos ele te afastou, levando as suas mãos para longe e ajeitando a calça.
Riu ao te ver fazendo biquinho e reclamar baixinho, apenas se curvou e te deu mais um selar, alegando que ali não era hora e nem lugar, e que em casa poderiam resolver isso.
Parando para pensar, a diferença entre você conhecendo a família dele e ele conhecendo a sua era gritante. A família de Fernando era enorme e super tranquila, adoraram você e um irmão dois anos mais novo adorou até demais.
Se recorda do nervosismo que sentiu quando soube através do seu namorado que sua mãe queria que ele se relacionasse apenas com argentinas, o que nem ele e nem você entendia o motivo.
E te surpreendeu ver que ela te amou logo de cara.
A casa onde ele cresceu era grande e ficava num bairro calmo, segundo Fernando e seus irmãos, eles viviam invadindo a casa do vizinho — hoje abandonada — para nadar na piscina e principalmente viviam na rua jogando bola.
Que na escola o argentino era o mais tímido entre eles, mas que vivia de namorico com uma menina do nono ano, que era aqueles namoros de andar de mãos dadas, dar selinhos e abraços. Essa informação te fez rir por longos minutos.
Tumblr media
57 notes · View notes
loreleybooks · 7 months
Text
Poetry.Zine
Tumblr media
Poetry.Zine
[ENG below] é uma coletânea de citações e poemas selecionados por Marcia Rosenberger, há mais de uma década... ou duas... O texto, ora em português, ora em inglês, dialoga com imagens abstratas numa tentativa de subverter o padrão tradicional dos livros ilustrados. A escolha de imagens abstratas permite ao leitor uma fonte inesgotável de interpretações e significados, cabendo-lhe a tarefa de criar suas próprias relações entre imagem-texto.
As colagens analógicas foram criadas pela artista a partir de mini recortes que seriam destinados ao descarte, sobras de outras imagens recortadas. Como no efeito em loop os papéis recebem novos destinos compondo novos significados.
Os textos em inglês foram mantidos em seu idioma original, pois este zine é destinado à rede de arte correio, assim mais artistas postais podem se identificar com as referências nele contidas e também ter acesso à nossa língua.
Poetry.Zine artista: Marcia Rosenberger ano: 2024 técnica: impressão em jato de tinta dimensão: 10,5x7,5cm páginas: 8 edição limitada: 100 exemplares, numerados e assinados projeto: estrutura de uma página com dobras e recorte, colagens analógicas digitalizadas
______________________________________________________________
Um zine - derivado de revista - é um livreto publicado de forma independente ou autopublicada, geralmente criado por uma única pessoa. Os zines são normalmente criados cortando e colando fisicamente texto e imagens em uma superfície master para fotocópia, mas também é comum produzir o master digitando e formatando páginas em um computador. O produto final geralmente é dobrado e grampeado. Os zines podem ser impressos e encadernados de qualquer maneira. A impressão offset é uma alternativa relativamente comum à fotocópia, embora haja alguma controvérsia entre os redatores de zines sobre se os produtos impressos profissionalmente podem ser definidos como zines.
Fonte: https://zinewiki.com/wiki/Zine
Tumblr media
Poetry.Zine
is a collection of quotes and poems selected by Marcia Rosenberger, more than a decade ago… or two… The text, sometimes in Portuguese, sometimes in English, dialogues with abstract images in an attempt to subvert the traditional pattern of illustrated books . The choice of abstract images allows the reader an inexhaustible source of interpretations and meanings, leaving them with the task of creating their own relationships between image and text.
The analog collages were created by the artist from mini cutouts that would have been destined for disposal, leftovers from other cut images. As in the loop effect, the roles receive new destinations, composing new meanings.
The texts in English were kept in their original language, as this zine is intended for the Mail Art network, so more mail artists can identify with the references contained in it and also have access to our language.
Poetry.Zine artist: Marcia Rosenberger year: 2024 technique: inkjet printing dimension: 10,5x7,5cm pages: 8 limited edition: 100 copies, numbered and signed project: structure of a single sheet with folds and cutting, digitalized analog collages
5 notes · View notes
livros44frases · 1 year
Text
“Acho que essa é a diferença entre ser amado da maneira certa e da maneira errada. Ou você se sente amarrado a uma âncora ou sente que está voando.”
— Tarde Demais, Colleen Hoover
79 notes · View notes
mairamacri · 11 months
Text
Côca, o cabeça de abóbora!
Tumblr media
[CURIOSIDADE FOLCLÓRICA]
O costume infantil e divertido, em Outubro, de esvaziar abóboras e cortar olhos, nariz e boca buscando uma expressão medonha e iluminar por dentro, está bem longe de ser uma tradição importada americana.
É uma característica cultural milenar da Península Ibérica, que remonta ao tempo dos 'celtiberos'¹, relacionada com o culto celta das "cabeças cortadas", representando as cabeças dos inimigos que foram cortada durante uma guerra ou batalha, em tempos a.C..
Na antiga Beira Alta (província de Portugal) era costume os rapazes levarem espetada num pau, uma abóbora esculpida em forma de cara, com uma vela acesa dentro, lembrando uma caveira, como símbolo das almas do outro mundo.
Em outras regiões de Portugal, essa abóbora cortada em forma de cara levava o nome de coco, que era nome dado à cabeça (com variações de um coco fruta, que tem três orifícios). Por isso, aqui no Brasil, quando vc era criança pentelha e batia ou machucava a cabeça, a vó ou tia avó vinha e falava: "- Bateu o coco? Tadinho..."
Etimologicamente falando, coco é usada em linguagem coloquial para significar a cabeça humana em português e espanhol. Deriva de "crouca" na Galiza, que significa 'cabeça', que por sua vez deriva de "krowkā" em proto-celta com variante "croca", que significa 'cabeça'. Outros cognatos: "crogen" significa 'crânio' na antiga Península da Cornualha - Inglaterra. E "clocan" também significa 'crânio' em Irlandês.
Unindo todos esses elementos ao longo dos séculos... milênios até (por terem variações históricas antes de cristo), acredito que os antigos começaram a atribuir "coco" para uma coisa do mau.
O nome "coco" era um aviso de um mal iminente nos países de língua castelhana e portuguesa, quando as crianças desobedeciam seus pais, não queriam dormir, não queriam comer, ou mesmo colocar medo para não irem à lugares perigosos ou afastados de casa.
Aos poucos "coco" variou para "coca", a coisa do mau, que comia crianças, ou um sequestrador. A coca vigiava as crianças mal educadas em cima do telhado.
A coca funcionava tão bem para assustar a criançada pentelha, que entrou para o folclore lusitano/castelhano. Até ganhou citações em livros, quadros de pintores, e uma cantiga:
“Vai-te coca vai-te coca, para cima do telhado, deixa dormir o menino, um soninho descansado.”
E, eis que a lenda atravessou o oceano e veio parar no Brasil Colônia... E a coca virou cuca, o bicho-papão, a personificação do medo, um ser mutante que assume qualquer forma monstruosa, para assustar as crianças, um papa-crianças. E tinha que cantar pra botar medo na criança, pro pentelho dormir logo e não atrapalhar o namoro dos pais.
Assim, crescemos com essa cantiga, variação lusitana, unindo a cuca e o bicho-papão numa só:
"Nana nenê, que a cuca vem pegar, papai foi na roça e mamãe no cafezal. Bicho papão, sai de cima do telhado deixe esse menino dormir sossegado."
Aí, veio o Monteiro Lobato, em 1921, e transformou a lenda incrível do cabeça de abóbora num personagem totalmente desconstruído.
No livro O Saci, de Monteiro Lobato, ele descreve a cuca como uma velha amedrontadora, que tem "cara de jacaré e garras nos dedos como os gaviões" (broxante...).
Então, com o passar das décadas, as pessoas se esqueceram da coca/cuca cabeça de abóbora e trouxeram a cuca jacaré para assustar a prole desobediente.
PRONTO!
Quando tiver vontade de pegar uma abóbora, cortar olhos, boca e acender uma vela dentro, LEMBRE-SE, NÃO É SÓ UM COSTUME AMERICANO. Ele viajou milênios entre os povos para chegar em sua forma como vemos hoje.
Sabe, né, aquela velha história: Quem conta um conto, aumenta um ponto.
Maira Macri.
____
¹. Celtiberos: Povos ibéricos pré-romanos celtas ou celtizados que habitavam a Península Ibérica desde finais da Idade do Bronze, no século XIII a.C., até à romanização da Hispânia, desde o século II a.C. ao século I.
(fonte: Arquivos Provençais de Beira Alta, Wikipédia - Coco/Coca, Bicho-Papão, Cuca, Folclore - Imagem: Google)
5 notes · View notes
pupububub · 17 days
Text
e o texto que deixa todas as citações em francês e nem coloca tradução nas notas qq vc quer??!! fala português alienígena filha da puta 😭😭
1 note · View note
luaeosol · 5 months
Text
É difícil acreditar nos sentimentos de alguém por você, quando esse alguém faz de tudo para te machucar ll!!
10 notes · View notes
aninha-pm · 1 year
Text
"— Acho que encontrar o companheiro perfeito tem tanto a ver com o momento quanto a pessoa em si.
— O que você quer dizer?
— Acho que as pessoas se encontram quando estão prontas. Quando elas mais precisam uma da outra. E é nessas horas de necessidade que os relacionamentos mais fortes se formam."
Gus - Kim Holden
11 notes · View notes